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Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Matéria: LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO Professor: MORGANA DIEFENTHAELER Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 2 de 58 www.exponencialconcursos.com.br APRESENTAÇÃO Olá! Meu nome é Morgana Diefenthaeler e estarei com você no curso de LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO - PRF, disponibilizando um material aprofundado, porem sucinto, para o concurso de Policial Rodoviário Federal. Agradeço pela confiança depositada em mim para orientá-los nesta matéria! A minha missão, em consonância com os valores do Exponencial Concursos, é transmitir conhecimento com qualidade e eficácia, buscando maximizar o aprendizado e alcançar o nosso objetivo, que é a sua aprovação no concurso público que você sempre sonhou. Para que você possa me conhecer melhor, vou resumir meu histórico profissional, especificamente na seara do Trânsito. Em 2014, com apenas 18 anos, fui aprovada em dois concursos públicos: o de agente administrativo da Polícia Rodoviária Federal, e o de técnico judiciário – área administrativa no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ambos com lotação na cidade em que já residia: Porto Alegre/RS. Assumi meu cargo na PRF-RS em outubro de 2014, e, devido ao fato de estar cursando a faculdade de Direito, fui lotada no Núcleo de Apoio Técnico - NUAT, setor responsável por subsidiar o Superintendente Regional nas demandas internas, emitindo orientações técnicas, e nas demandas externas, emitindo respostas aos órgãos solicitantes – em sua maioria, Advocacia-Geral da União e Ministério Público Federal. No Núcleo, a principal atribuição envolvia o fornecimento de subsídios à AGU nas demandas judiciais que envolviam a PRF, as quais, normalmente, consistiam em processos judiciais em que se discutia a validade de Auto de Infração de Trânsito lavrado pela PRF-RS. Trabalhei no NUAT no período de outubro/2014 até outubro/2017 – ou seja, aproximadamente três anos, nos quais adquiri densa experiência com a legislação e a prática de trânsito da Polícia Rodoviária Federal. Foi nesse período que descobri a minha paixão pela área de trânsito. Após, fui lotada na Corregedoria Regional, área na qual trabalhei até junho/2018, quando assumi meu atual cargo do TRF4. Como servidora do Poder Judiciário, encontro-me novamente trabalhando com trânsito, mas dessa vez, sob outra perspectiva: atualmente, estou lotada no gabinete da Desª Vivian Caminha, integrante da 4ª Turma do TRF4, sendo responsável pela análise dos processos do gabinete que envolvam matéria de trânsito (PRF e DNIT) e outras multas administrativas. Sou bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, graduada em junho/2018 e com Trabalho de Conclusão de Curso aprovado sob orientação do Prof. Dr. Juarez Freitas, com o seguinte título: “As Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 3 de 58 www.exponencialconcursos.com.br formas de remessa das notificações no processo administrativo de imposição de penalidade de multa de trânsito”. Se você tiver interesse, pode conferir a íntegra do trabalho aqui. Atualmente, encontro-me cursando Pós-Graduação em Direito de Trânsito na Verbo Jurídico. Por fim, e para não nos estendermos demasiadamente falando de mim (o foco é você!), sou integrante do Núcleo Interdisciplinar de Trânsito – NUITRAN da UFRGS, como colaboradora, e voluntária na Fundação Thiago de Moraes Gonzaga (mais conhecida pelo programa Vida Urgente). Prezado: as nossas aulas serão realizadas com o objetivo de auxiliá-lo a atingir a aprovação. Tenho ciência de que o tempo é escasso e a matéria é extensa, por isso, os esquemas terão como prioridade as esquematizações e a realização de questões, para facilitar o entendimento e treinar o conteúdo. Durante o curso, você provavelmente será acometido por dúvidas ou incertezas quanto à matéria. Nestes casos, não deixe de me procurar: estou à sua disposição para auxiliá-lo nas suas dúvidas sobre Trânsito, mesmo naquelas que, à primeira vista, possam parecer “toscas”. Ainda, se você quiser se aprofundar em algum ponto específico da matéria, estiver buscando orientações bibliográficas ou quiser conversar mais sobre algum dos assuntos, esclarecendo nuances práticas, por exemplo, estarei disponível. Para me contatar, você tem as seguintes opções: 1 – Postar um tópico no Fórum Tira Dúvidas; 2 – Enviar um e-mail; 3 – Entrar em contato por alguma das redes sociais disponibilizadas na página do Professor. Escolha a que for melhor para você, e esteja certo de que estarei do outro lado para auxiliá-lo. O cronograma do curso, orientado para o Edital da PRF, conterá o CTB e suas atualizações, além de material relativo a Resoluções do CONTRAN. Serão priorizados os comentários das Resoluções mais relevantes, extensas e difíceis de serem compreendidas com a simples leitura. Tenha, primeiramente, um cuidado básico: selecione a legislação mais atualizada para estudar. A matéria de trânsito é extremamente volátil e está constantemente sendo alvo de modificações, sejam elas legislativas, regulamentares, ou até mesmo jurisprudenciais, nos casos em que os Tribunais modificam a interpretação de algum dispositivo. Tenho ciência disto, e estou aqui para ajuda- lo, portanto: Busque sempre no site do Planalto a versão mais atualizada do CTB, até a data de publicação do edital do seu concurso (lembre que qualquer alteração legislativa após a publicação do Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 4 de 58 www.exponencialconcursos.com.br edital não é cobrada). Eu, particularmente, gosto de estudar a legislação não compilada, de forma a poder visualizar todos os dispositivos que foram alterados e comparar a redação anterior com a atual. Isso incrementa o estudo e é particularmente interessante à longo prazo. Para estudo de revisão, ou curto prazo, priorize a leitura da versão mais atualizada da lei. As resoluções do CONTRAN estão disponíveis no site do DENATRAN, porém, em sua maioria, não estão em arquivos unificados e atualizados. Pensando nisso, sempre disponibilizarei as Resoluções a você, em arquivo separado, para poupá-lo desse trabalho. Busque no material do seu curso, que você irá encontrar! Por fim, e para encerrar essa parte introdutória, gostaria de ressaltar algumas dicas gerais de estudos: Tenha sempre a legislação atualizada em mãos, e leia, com calma, pelo menos uma vez, os dispositivos que cairão na sua prova, para ter contato com a “letra fria” da lei, normalmente cobrada; Utilize as nossas aulas para entender o que a legislação está trazendo: não basta decorar o artigo (e você terá grande dificuldade para decorar todos os artigos), sendo necessário entender o funcionamento da lei como um todo, sabendo compreendê-la, interpretá-la e conectá-la em si mesma e com as demais matérias; Estudos demonstram que o aprendizado é potencializado quando você pratica o que foi aprendido, portanto, faça muitas questões! Dedique um tempo específico do seu estudo diário apenas para resolver questões. Para tanto, refaça as questões trazidas em aula e utilize a plataforma de questões para ter acesso a questões inéditas, cadernos e simulados específicos. Se precisar de orientações nesse sentido, não hesite em me procurar. Se você gosta de escrever, fazer resumos à mão ou imprimir os materiais, tente utilizar folhas de ofício amarelas nessas tarefas. Parece bobagem, mas a cor amarela ajuda a fixar o conteúdo que você está colocando no papel. Já parou para pensar por que é que usamos marca texto amarelo para grifar partes importantes? Abraça essa dica! Feitos estes esclarecimentos iniciais,vamos ao curso! Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 5 de 58 www.exponencialconcursos.com.br A matéria de trânsito é conhecida como “a matéria da PRF”, e com razão! Veja: Na prova de 2004, banca CESPE, foram cobradas 56 questões de legislação de trânsito, de um total de 175 questões! Todas essas questões foram bem distribuídas entre as matérias do CTB e das principais Resoluções do CONTRAN. Na prova de 2008 para PRF, banca CESPE, foram cobradas 24 questões de legislação de trânsito, de um total de 80 que compunham a prova. Destas, metade envolviam Resoluções do CONTRAN, e a outra metade restou bem dividida entre as matérias do CTB (máximo de 3 questões por matéria). Já no edital de 2009, banca FUNRIO, foram cobradas 18 questões de trânsito (a prova continha um total de 80 questões), as quais foram bem divididas entre as matérias do CTB. Houve a cobrança de apenas 1 questão de Resolução, envolvendo a Res. 277 do CONTRAN, sobre o uso da cadeirinha. Já no ano de 2013, houve uma pequena mudança no padrão das provas... o edital do concurso, banca CESPE, não exigiu as Resoluções do CONTRAN... E a prova terminou por cobrar apenas 2 questões sobre legislação de trânsito (de um total de 120 questões). E o edital desse ano? O Edital de 2018 dedicou um Bloco inteiro da prova para a matéria de Legislação de Trânsito, exigindo os seguintes conteúdos: LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO: 1 Lei nº 9.503/1997 e suas alterações (institui oCódigo de Trânsito Brasileiro - CTB). 2 Decreto nº 4.711/2003(dispõe sobre a Coordenaçãodo Sistema Nacional de Trânsito - SNT). 3 Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e suas alterações: 04/1998; 14/1998; 24/1998; 26/1998; 32/1998; 36/1998; 92/1999; 110/2000; 160/2004; 197/2006; 205/2006; 210/2006; 211/2006; 216/2006; 227/2007 (exceto os seus anexos); 231/2007; 242/2007; 253/2007; 254/2007; 258/2007;268/2008; 273/2008; 277/2008; 289/2008; 290/2008; 292/2008; 349/2010; 356/2010;360/2010; 371/2010 (exceto as fichas); 396/2011; 432/2013; 441/2013; 453/2013;471/2013; 508/2014; 520/2015; 525/2015; 552/2015; 561/2015 (exceto as fichas); 573/2015; 598/2016; 619/2016; 624/2016; 643/2016; 720/2017; 723/2018; 735/2018. Histórico e análise dos Editais e Provas Legislação de Trânsito PRF Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 6 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Das 120 questões da prova, o Bloco II – Legislação de Trânsito comporá 40 questões – ou seja, 1/3 da prova! Nos editais de 2008 e de 2013, não houve essa separação: o conteúdo de trânsito integrava o conjunto das demais matérias. Isso demonstra a extrema relevância que a banca está dando para o conteúdo neste Edital... E aponta a necessidade de você ter uma preparação de qualidade e profundidade. Vem comigo, e juntos vamos destrinchar e DOMINAR este conteúdo! Veja a estrutura básica do curso e a forma como a matéria será dividida, seguindo os títulos e capítulos trazidos pelo Código de Trânsito Brasileiro. Pode haver mudanças nas estruturas internas de cada Aula, para facilitar o aprendizado, mas a essência da matéria será a mesma contida no quadro abaixo. Alterações substanciais, remoção ou inclusão de conteúdos serão sempre avisadas nos fóruns! AULA DETALHAMENTO DO ASSUNTO AULA 00 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E DEFINIÇÕES 1- Introdução ao estudo do Código de Trânsito Brasileiro 2- Abrangência do CTB 3- Responsabilidade dos órgãos de trânsito 4- Prioridade dos Órgãos do SNT 5- Vias Terrestres 6- Aplicação do CTB 7- Anexo I do CTB 8- Anexo II do CTB AULA 01 SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO 1- Definição 2- Objetivos Básicos 3- Composição a. CONTRAN b. CETRAN e CONTRANDIFE c. Órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 7 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Estados, do Distrito Federal e dos Municípios d. Órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e. Polícia Rodoviária Federal f. Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal g. Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI 4- Câmaras Temáticas 5- Decreto nº 4.711/2003 AULA 02 NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA 1- Introdução e usuários das vias terrestres 2- Princípio do domínio do veículo 3- Normas gerais de circulação 4- Ultrapassagem 5- Preferência de Passagem 6- Conversão, Retorno e Cruzamentos 7- Uso de Luzes 8- Buzina 9- Velocidade 10- Estacionamento, Parada e Carga e Descarga 11- Animais e Veículos de Tração Animal 12- Circulação de pedestres e ciclistas 13- Circulação de Motocicletas, Motonetas e Ciclomotores 14- Cinto de Segurança 15- Transporte de Crianças 16- Provas ou competições desportivas AULA 03 MOTORISTAS PROFISSIONAIS, MOTO FRETE E CONDUÇÃO DE ESCOLARES 1- Normas para condução de veículos por motoristas profissionais 2- Moto Frete a. Condutores b. Veículos 3- Condução de Escolares a. Condutores b. Veículos AULA 04 PEDESTRES, VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS E EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO 1- Circulação de Pedestres 2- Direitos do Cidadão 3- Condução de veículos não motorizados 4- Educação para o Trânsito AULA 05 SINALIZAÇÃO E ENGENHARIA 1- Sinalização a. Normas gerais sobre Sinalização b. Sinais de Trânsito c. Prevalência da Sinalização Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 8 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 2- Engenharia de Trânsito AULA 06 VEÍCULOS 1- Classificação dos Veículos 2- Modificações veiculares 3- Peso e Dimensões 4- Transporte de Cargas 5- Segurança Veicular 6- Identificação do Veículo 7- Veículos em Circulação Internacional AULA 07 REGISTRO E LICENCIAMENTO 1- Registro de Veículos a. Certificado de Registro de Veículos – CRV b. Casos peculiares 2- Licenciamento de Veículos a. Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos - CRLV AULA 08 HABILITAÇÃO 1- Requisitos 2- Permissão para dirigir 3- Categorias 4- Exames exigidos 5- Aprendizagem e Autoescolas 6- Carteira Nacional de Habilitação – CNH 7- Condutor Estrangeiro AULA 09 INFRAÇÕES 1- Infrações relacionadas a veículos 2- Infrações relacionadas a pedestres e ciclistas 3- Infrações em Espécie a. Infrações relacionadas a veículos b. Infrações relacionadas a pedestres c. Infrações relacionadas a ciclistas 4- Natureza e valores de multas 5- Responsabilidade pelas infrações 6- Infrações com multiplicador de multa 7- Infrações com previsão de Suspensão/Cassação do Direito de Dirigir AULA 10 PENALIDADES E MEDIDAS ADMINISTRATIVAS 1- Penalidades a. Advertência por escrito b. Multa i. Aplicação da Receita arrecadada com Multas de Trânsito c. Suspensão do direito de dirigir d. Cassação da Carteira Nacional de Habilitação e. Frequência obrigatória em curso de reciclagem. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 9 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 2- Medidas Administrativas a. Retenção do veículo b. Remoção do veículo c. Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação d. Recolhimento da Permissão para Dirigir e. Recolhimento do Certificado de Registro f. Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual g. Transbordo do excesso de carga h. Realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica i. Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas eencargos devidos j. Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. AULA 11 PROCESSO ADMINISTRATIVO 1- Autuação 2- Julgamento de Consistência 3- Notificações a. Notificação da Autuação – NA b. Notificação da Penalidade - NP 4- Recursos a. Defesa da Autuação b. Recurso em 1ª Instância c. Recurso em 2ª Instância AULA 12 CRIMES DE TRÂNSITO 1- Parte Geral a. Multa reparatória b. Agravantes 2- Crimes em Espécie a. Majorantes AULA 13 RESOLUÇÕES DO CONTRAN COMENTADAS Res. 14-1998 Res. 98-1999 Res. 160-200 Res. 210-2006, 258-2007 e 290- 2008 Res. 277-2008 Res. 292-2008 Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 10 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Res. 356-2010 Res. 371-2010 Res. 396-2011 Res. 432-2012 Res. 525-201 Res. 561-2016 Res. 598-2016 Res. 619-2016 Res. 723-2018 Res. 735-2018 AULA 14 LEGISLAÇÃO DO CONTRAN SEM COMENTÁRIOS Compilado de Resoluções do CONTRAN sem comentários. *Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página do curso. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 11 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Aula - Disposições preliminares - Código de Trânsito Brasileiro (CTB) Sumário 1-Introdução ao Código de Trânsito Brasileiro 11 2-ABRANGÊNCIA DO CTB 12 2.1- Conceito de Trânsito ....................................................................... 14 2.2- Direito de Todos e Dever dos órgãos e entidades do SNT .................... 16 3-RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO 18 Responsabilidade Objetiva ou Subjetiva? ................................................. 18 4-PRIORIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO 22 5-VIAS TERRESTRES 24 5.1- Conceito de Via .............................................................................. 24 5.2- Tipos de Vias Terrestres .................................................................. 25 5.3- Classificações das Vias Terrestres .................................................... 29 6-APLICAÇÃO DO CTB 31 7- . ANEXO I DO CTB 32 8-ADENDO: ANEXO II do CTB 35 9-Questões Comentadas 37 10- Lista de questões da aula (sem comentário) 50 11- Gabarito 58 12- Referências Bibliográficas 58 1- Introdução ao Código de Trânsito Brasileiro Antes de iniciarmos o estudo das matérias específicas, vamos a uma brevíssima introdução acerca do Código de Trânsito Brasileiro. O Código de Trânsito Brasileiro – CTB foi instituído pela Lei Federal nº 9.503/97, publicado em 24/09/1997 e retificado em 25/09/1997 no Diário Oficial da União. O CTB é produto do exercício da competência privativa da União para legislar sobre trânsito, trazida pelo art. 22, XI, da Constituição Federal: Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 12 de 58 www.exponencialconcursos.com.br O CTB é constituído por um total de 341 artigos e 2 anexos, encontrando- se assim estruturado: As DISPOSIÇÕES PRELIMINARES constituem os 4 primeiros artigos do CTB, cuja função é apresentar o Código e dar as linhas gerais de entendimento e funcionamento desta Legislação. Aqui iremos destrinchar esses 4 artigos que, apesar de parecerem tão pequenos, possuem enorme relevância para a sua aprovação e orientarão todo o entendimento do restante da matéria. 2- ABRANGÊNCIA DO CTB A abrangência do CTB, também chamada de territorialidade, está contida no art. 1º do CTB: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XI - trânsito e transporte; Art. 1º ao art. 290 Parte Administrativa Art. 291 ao art. 312 Parte Criminal Art. 313 ao art. 341 Disposições Finais e Transitórias Anexo I - Conceitos e Definições Anexo II - Sinalização de Trânsito Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 13 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Veja que o artigo pode ser dividido em 3 partes, que iremos estudar separadamente, para facilitar a sua compreensão! Qualquer Natureza O que significa “trânsito de qualquer natureza”? Significa que o CTB abrangerá todos os tipos de circulação nas vias, seja de veículos, pessoas, animais; sejam elas lícitas ou ilícitas (se relacionem a aspectos criminais ou administrativos) Vias Terrestres do Território Nacional Aqui temos 2 conceitos diferentes: vias terrestres e território nacional. As vias terrestres serão estudadas ainda nesta aula, em tópico adiante! Estudaremos o conceito de vias e as suas respectivas classificações. Quanto ao território nacional, o CTB regula apenas as vias que se encontram dentro do Brasil! Ou seja, mesmo que uma via possua continuação para fora do Brasil (caso que ocorre muito em rodovias federais), a partir da fronteira, não há mais ingerência do CTB. Abertas à Circulação O CTB só regula as vias que são abertas à circulação do público. Assim, e como estudaremos adiante, mesmo que uma via esteja localizada dentro de uma propriedade privada, ela poderá sofrer a regulação do CTB. Não confunda vias públicas com vias abertas à circulação do público! Veja no gráfico a seguir o significado de cada uma. Vias Públicas • São as vias de propriedade do poder público Vias abertas à circulação do público • São as vias, não necessariamente públicas, podendo ser se propriedade privada, mas que sejam acessíveis ao público em geral Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 14 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 2.1- Conceito de Trânsito O trânsito é o objeto do CTB. Mas o que é “trânsito”? O próprio CTB traz essa resposta, no art. 1º, §1º: Ou seja, trânsito é um conceito definido ao redor de três elementos: O trânsito compreende a atividade de utilização das vias. As vias são utilizadas pelos seus usuários. Para fins de definição de trânsito, os usuários das vias são todos os tipos de: Pedestres; Veículos; Animais Quanto aos animais, estes podem estar: Sozinhos, ou não Conduzidos, ou não A utilização das vias por estes usuários compreende as atividades de: § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. •Utilização das viasO quê? •pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não Por quem? •circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga Para quê? Utilização das vias Circulação Parada Estacionamento Carga e Descarga Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 15 de 58 www.exponencialconcursos.com.br o Circulação A circulação, por ser um conceito menos técnico e mais intuitivo, consiste na movimentação dos usuários nas vias de trânsito, seja através de veículos, seja a pé. o Parada A parada, segundo o Anexo I do CTB, é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros. o Estacionamento Estacionamento, na definição trazida no Anexo I do CTB, é a imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. O fator que distingue a parada do estacionamento é justamente o tempo necessário para embarque ou desembarque de passageiros. Tanto parada quanto estacionamento são definidos em razão do tempo necessário para embarque e desembarque de passageiros. Quando a operação em tela envolver carga e descarga(aqui incluindo-se cargas e animais), sempre se considerará que o veículo está estacionado – mesmo que a imobilização seja somente para o tempo de carga ou descarga!! o Carga e Descarga Segundo o CTB, a operação de carga e descarga é imobilização do veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre a via. Esquematizando.... Embarque e Desembarque Passageiros Parada ou Estacionamento Operação de Carga e Descarga Carga ou Animais Estacionamento Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 16 de 58 www.exponencialconcursos.com.br (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) De acordo com o art. 1.º do C.T.B., considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, A) isoladas ou em grupos, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. B) veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, estacionamento e operação de carga ou descarga. C) veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. D) veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. E) veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada e operação de carga ou descarga. Comentário: A questão traz a literalidade do art. 1º, §1º, do CTB e tenta confundir o candidato ao trocar palavras-chave do conceito: Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Gabarito: C 2.2- Direito de Todos e Dever dos órgãos e entidades do SNT Este tópico é bastante intuitivo, de forma que pela leitura já é possível compreender sua essência: A emenda constitucional nº 82/2014 elevou a segurança viária ao status de direito constitucional, nos moldes já previstos pelo CTB: § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 17 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Esquematizando.... Como veremos oportunamente, o CTB traz uma escala de cuidados que devem ser observados pelos usuários das vias, os quais são responsáveis pelo cuidado uns com os outros. O velho chavão: “o maior cuida do menor”. Veja o quadro esquemático: § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. Segurança no Trânsito Direito de todos Dever dos integrantes do SNT Os veículos de maior porte são responsáveis pelos de menor porte Todos os motorizados são responsáveis pelos veículos não motorizados E todos são responsáveis pela segurança dos pedestres. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 18 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 3- RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO Primeiramente, vamos ler o que o art. 3º do CTB traz acerca da responsabilidade dos órgãos de trânsito: Responsabilidade Objetiva ou Subjetiva? A responsabilidade administrativa trazida na Constituição Federal é, tradicionalmente, objetiva para os atos da Administração Pública e subjetiva para as omissões. Aqui não nos alongaremos nas considerações acerca da responsabilidade civil pública, pois esta constitui matéria de Direito Constitucional e Administrativo, mas revisaremos brevemente o regime de responsabilidade administrativa tradicional e qual a sua diferença para o regime de responsabilidade dos órgãos de trânsito. A responsabilidade das pessoas de direito público está disposta tanto na Constituição Federal quanto no Código Civil: Adotou-se, com isso, a teoria da responsabilidade objetiva da Administração, a qual possui o dever de indenizar pelos danos causados em decorrência dos atos praticados. Assim, basta provar a existência da ação pública, do dano, e do nexo causal entre eles: § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro. CF, Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. CC, Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver por parte destes, culpa ou dolo.” Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 19 de 58 www.exponencialconcursos.com.br A responsabilidade administrativa não necessariamente advém de atos ilícitos: ela pode ser proveniente da prática de atos lícitos também! Até agora falamos de atos praticados pela Administração, mas.... E quanto às omissões? Nesse caso, em que pese a existência de divergências doutrinárias e jurisprudenciais, o entendimento majoritário ainda é o de que há, nesse caso, a necessidade de comprovar que houve DOLO ou alguma das modalidades de CULPA, enquadrando-se na teoria da responsabilidade subjetiva da Administração: Indenização Nexo Causal Ação Dano Omissão Dano Nexo causal Dolo ou Culpa Indenização Responsabilidade Subjetiva da Administração Responsabilidade Objetiva da Administração Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 20 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Quanto à responsabilidade específica dos órgãos e entidades integrantes do SNT, não há essa diferença entre ação e omissão: independente do que tenha ocorrido, a previsão do CTB é de que a responsabilidade será sempre objetiva! Ou seja, não há necessidade de comprovar o dolo ou a culpa dos órgãos do SNT, bastando a comprovação do dano, do nexo causal e da ação/omissão/erro. Lembre-se, entretanto, que pode haver a ocorrência de alguma das hipóteses de excludente ou mitigação de responsabilidade: culpa exclusiva da vítima; culpa exclusiva de terceiro; caso fortuito ou força maior ou culpa concorrente! Nesses casos, a responsabilidade do órgão público é completamente afastada, ou então, mitigada. Em um exemplo prático: imagine que um usuário está transitando por uma rodovia federal, dentro da velocidade regulamentada quando se depara com um redutor de velocidade, do tipo “quebra molas”, que não estava sinalizado. Ao frear e tentar desviar do redutor, o usuário termina por perder o controledo veículo, vindo a se acidentar. Estava, entretanto, transitando sem o cinto de segurança. Neste caso: Há a responsabilidade do órgão responsável pela sinalização da rodovia; A responsabilidade do órgão público é mitigada pela culpa concorrente da vítima, haja vista que, caso estivesse utilizando o cinto de segurança, os danos sofridos teriam sido menores. Acerca dos problemas na sinalização, o art. 90, §1º do CTB atribui que a responsabilidade por falta, insuficiência ou incorreta colocação de sinalização será do responsável pela sinalização da rodovia: •Ação •Omissão •Erro na execução e manutenção Dano Nexo Causal DIREITO À INDENIZAÇÃO PELOS ÓRGÃOS DO SNT! Responsabilidade Objetiva dos Integrantes do SNT Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 21 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Apenas para ressaltar desde já, o responsável pela sinalização da via é, em regra, o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via, mas há uma exceção, que se relaciona às vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo, em que a responsabilidade pela sinalização é do proprietário do estabelecimento: (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos causados aos cidadãos, no âmbito de suas respectivas competências, (A) subjetivamente, por ação, omissão ou erro na execução de suas ações. (B) objetivamente, apenas por ação ou omissão em suas ações. (C) subjetivamente, por ação ou omissão em suas ações. (D) objetivamente, por ação, omissão ou erro na execução de suas ações. (E) nem objetiva nem subjetivamente em suas ações. Comentário: A responsabilidade dos órgãos de trânsito é sempre objetiva, independente de se tratar de ação, omissão ou erro. ATENÇÃO à alternativa “B”, que tentou confundir o candidato, ao colocar que a responsabilidade se referia ‘apenas’ à ação ou omissão. Lembre-se que o CTB traz a hipótese do erro também! Gabarito: D Art. 90 […] § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação. Art. 80 […] § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 22 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 4- PRIORIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO O CTB traz uma prioridade para todas as ações dos integrantes do SNT, que é a Defesa da Vida. A vida está em primeiro lugar no trânsito, de forma que todas as ações, sejam elas regulamentadoras, fiscalizatórias ou punitivas, devem estar alinhadas com esse objetivo principal. Em última análise, a preservação da vida relaciona-se diretamente com a redução do número de acidentes de trânsito, pois são essas ocorrências as responsáveis por ceifar as vidas dos usuários. Ainda, como veremos adiante, relaciona-se, também, com a preservação ambiental (a flora e a fauna também são aspectos da vida que deve ser protegida). Nesse sentido, a defesa da vida pode ser considerada como um princípio basilar do trânsito. Para contextualizar, imagine alguns exemplos práticos: o A Polícia Rodoviária Federal precisa escolher os trechos em que irá montar uma blitz de trânsito. Para isso, pode considerar, por exemplo, os trechos com maior índice de acidentalidade; o O órgão de trânsito municipal, responsável pela instalação da sinalização de regulamentação, ao observar que em determinado trecho houve um aumento do número de acidentes, deverá estudar o local e melhorar as sinalizações existentes, buscando a redução desse índice. Leia agora o dispositivo legal trazido pelo CTB sobre o assunto: PRIORIDADE do SNT é diferente de OBJETIVOS do SNT, bem como das COMPETÊNCIAS de cada integrante do SNT, que são objeto de aula específica sobre o assunto. Cuidado para não confundir! Você deve ter notado que o artigo traz duas nuances acerca do princípio da defesa da vida: a preservação da saúde e do meio ambiente. § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 23 de 58 www.exponencialconcursos.com.br (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) Os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, nos termos do art. 1.º, § 5.º do C.T.B, darão (A) prioridade em suas ações à defesa da vida, à preservação da saúde e do meio ambiente. (B) prioridade em suas ações à defesa da vida, à segurança, à preservação da saúde e do meio ambiente. (C) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança e à preservação do meio ambiente. (D) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança, à preservação da saúde e do meio ambiente. (E) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança, à circulação, à preservação da saúde e do meio ambiente. Comentário: A questão cobra a literalidade do art. 1º, §5º, do CTB! Atente-se para termos como “prioridade” e “preferência”, para não cair em “pegadinha”. Gabarito: A Defesa da vida Preservação da saúde Preservação do meio ambiente PRIORIDADE das ações do SNT Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 24 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 5- VIAS TERRESTRES Já vimos que a utilização das vias terrestres se relaciona intimamente com o conceito de trânsito. 5.1- Conceito de Via Antes de mais nada, vamos definir o que é uma via (Anexo I do CTB): Ou seja, a via, primeiramente, é uma superfície. Sobre essa superfície, podem transitar veículos, pessoas ou animais. Ainda, a via é composta de diversos elementos, dentre os quais se incluem a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. O que são veículos, pessoas e animais, nós já sabemos... Vamos focar no conceito dos componentes da via, novamente extraídos do Anexo I do CTB. Note que cada componente possui uma definição e uma finalidade diferente: Pista- parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. Calçada- parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. Acostamento- parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. Ilha- obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. Canteiro Central- obstáculo físico construído como separador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício). VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 25 de 58 www.exponencialconcursos.com.br A pista destina-se, normalmente, para o trânsito de veículos. Há hipóteses, entretanto, emque se admite a circulação de pedestres. Ou seja, não é exclusiva para a circulação de veículos. Em diferente situação está a calçada: ela é reservada para a circulação de pedestres. 5.2- Tipos de Vias Terrestres Veja o que dispõe o art. 2º sobre as vias terrestres: Você deve ter notado que há vários tipos de vias terrestres, quais sejam, as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias. Mas qual o conceito de cada uma delas e as diferenças respectivas? Vamos inicialmente tomar emprestadas algumas definições trazidas pelo Anexo I do CTB: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) • espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer, calçadões. LOGRADOURO PÚBLICO • via rural não pavimentada.ESTRADA • via rural pavimentada.RODOVIA Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 26 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Em sua totalidade, as vias terrestres são: Tenha atenção ao disposto no parágrafo único desse artigo do CTB! As vias terrestres não são apenas aquelas listadas no caput... Há ainda mais três vias, muito cobradas em prova por não serem tão intuitivas! Vamos analisar? Leia primeiro o que diz a legislação: Você notou que há duas vias ali que são vias privadas, porém, abertas à circulação do público? Atenção a elas! Praias abertas à circulação pública [PÚBLICA] Vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas [PRIVADA] Vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo [PRIVADA] ruas avenidas logradouros caminhos passagens estradas rodovias Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 27 de 58 www.exponencialconcursos.com.br As áreas portuárias também constituem vias terrestres passíveis de fiscalização! Veja o que diz o art. 7º-A do CTB: Para ilustrar algumas peculiaridades, vamos tomar por exemplo um posto de gasolina. Os postos de gasolina, em sua totalidade, NÃO SÃO vias terrestres! Pela redação do art. 2º, parágrafo único, do CTB, são consideradas como “vias terrestres” as VIAS e as ÁREAS DE ESTACIONAMENTO dos estabelecimentos privados de uso coletivo. Ou seja, não é o estabelecimento inteiro, mas sim, as suas vias de circulação e as áreas de estacionamento (em que os veículos não circulam, mas permanecem estacionados). E quem pode fiscalizar esses locais? A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via. Essa competência, conforme o CTB, é dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios (art. 24, VI), podendo autuar e aplicar penalidades, nestes locais, SOMENTE para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos: Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a autuação por descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) Também são vias terrestres praias abertas à circulação pública vias internas condominiais vias e áreas de estacionamentos privados de uso coletivo áreas portuárias Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 28 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Perceba que a inclusão das “vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo” no rol de vias terrestres foi feito pela Lei nº 13.146/2015, a qual instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Essa lei, na parte de trânsito, visou regulamentar a questão do ESTACIONAMENTO para os deficientes, esclarecendo a legislação nesse sentido e abrindo a possibilidade de os órgãos de trânsito autuarem pessoas que estacionassem indevidamente na vaga destinada às pessoas com deficiência. À título de curiosidade, veja o que diz seu art. 47, na redação dada pela Lei nº 13.281/16: (UFMT - 2015 - DETRAN-MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito) De acordo com a Lei N.º 9.503/1997, Código de Trânsito Brasileiro (CTB), NÃO são vias terrestres: A) Praias privadas. B) Vias internas pertencentes aos condomínios. C) Ruas. D) Estradas. VI – executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento aberto ao público, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoa com deficiência com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados. § 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XX do art. 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 29 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Comentário: Apenas as praias abertas à circulação pública enquadram- se como vias terrestres, as praias privadas, na medida em que não são abertas ao público, não. Veja o que diz o CTB: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Gabarito: A 5.3- Classificações das Vias Terrestres Cada tipo de via terrestre pode ser enquadrado em uma ou mais classificações. Veja as definições do Anexo I do CTB: As vias urbanas são, ademais, separadas entre vias de trânsito rápido, vias arteriais, vias coletoras e vias locais. Veja as definiçõese diferenças entre cada uma no quadro abaixo: VIA RURAL • estradas e rodovias. VIA URBANA • ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 30 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Para fins de prova, saber a classificação de uma via é particularmente importante para definir a velocidade máxima e mínima que poderá ser desenvolvida nessa via. O estudo dessas velocidades, entretanto, será visto em outra aula. As diferenças entre os tipos de vias são basicamente relativas à presença ou não se semáforo e de interseções em nível. A definição de interseção é a seguinte: todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. Vias urbanas Trânsito rápido caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. Arterial caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. Coletora destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. Local caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 31 de 58 www.exponencialconcursos.com.br [FCC – TÉC. SEGURANÇA E TRANSPORTES - TRT 6ª – 2012] Via caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível é caracterizada como: (A) via arterial. (B) via de trânsito rápido. (C) estrada. (D) via local (E) passarela Comentário: A questão aborda as definições acerca dos conceitos das vias, expostas no Anexo I do CTB. Gabarito: B 6- APLICAÇÃO DO CTB O art. 3º do CTB prevê a quem são aplicáveis as suas disposições: Assim, o CTB é aplicável tanto a pessoas (proprietários, condutores), quando a coisas (veículos), nacionais ou estrangeiros, desde que estejam circulando nas vias no território nacional. POSSUI SEMÁFORO? NÃO SIM SIM NÃO POSSUI INTERSEÇÃO? NÃO SIM SIM SIM TIPO RESULTANTE Trânsito Rápido Arterial Coletora Local Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencionadas Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 32 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Se um veículo ou uma pessoa estrangeira estiver circulando pela via dentro do território nacional, ela sofrerá a influência do CTB? SIM, mesmo sendo estrangeira! 7- ANEXO I DO CTB O Anexo I do CTB traz uma série de conceitos que são utilizados ao longo do Código. A leitura e compreensão destes conceitos é fundamental para o estudo do CTB, pois ao longo do texto normativo, são utilizados apenas os termos técnicos, sem retomar, a todo momento, a definição de cada um deles. Ainda, por serem tratados diferentes tipos de vias, veículos e outros termos técnicos, é comum que a banca tente causar confusão, trocando os conceitos e tentando levar os candidatos a erro. Veja o que diz o art. 4º: Assim, sempre que for aplicável, trarei os conceitos trazidos no Anexo I para dentro do material, em quadros de destaque. Você irá notar que a leitura do Anexo I é bastante intuitiva, técnica e esclarecedora. Não deixe de lê-lo por inteiro! Aqui, trago alguns dos conceitos mais importantes e “problemáticos”, essenciais para esse momento inicial, os quais serão oportunamente comentados nas respectivas aulas. Por enquanto, apenas os leia: Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 33 de 58 www.exponencialconcursos.com.br AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento. AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha a função específica de proporcionar maior segurança ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo. FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol. OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 34 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Quem faz PATRULHA é a Polícia Rodoviária Federal. Quem faz Policiamento Ostensivo são as Polícias Militares. As Operações de Trânsito relacionam-se à Engenharia de Tráfego. A Fiscalização é o exercício do poder de polícia administrativa de trânsito – não necessariamente exercida por um órgão policial! Pode ser o órgão municipal. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de regulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de direção, tipo de estacionamento, horários e dias. SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. RENAVAM Registro Nacional de Veículos AutoMotores RENAINF Registro Nacional deINFrações RENACH Registro Nacional de Condutores Habilitados. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 35 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 8- ADENDO: ANEXO II do CTB Lá no início desta aula, referi que o CTB possuía dois Anexos, você recorda? O primeiro anexo, como vimos no capítulo anterior, refere-se aos conceitos e definições dos termos usados na legislação. Já o segundo anexo, refere-se à regulação dos sinais de trânsito estipulados no art. 87 do CTB: Originalmente, o Anexo II fora aprovado junto com o corpo do CTB, assim como o Anexo I. Posteriormente, entretanto, e seguindo a orientação do art. 336, ele passou a ser regulamentado por Resolução do CONTRAN: Dessa forma, Anexo II do CTB, encontra-se, desde o ano de 2004, instituído e regulamentado pela Resolução nº 160/2004 do CONTRAN, e suas respectivas alterações. O Anexo II regula as sinalizações de trânsito, aprofundando os sinais trazidos pelo art. 87 do CTB, e encontra-se estruturado da seguinte forma: Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: Verticais Horizontais Dispositivos de sinalização auxiliar Luminosos Sonoros Gestos do agente de trânsito e do condutor Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e obedecidos os padrões internacionais. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 36 de 58 www.exponencialconcursos.com.br Assim, encerramos a parte teórica da nossa aula sobre Disposições Preliminares do CTB. Vamos praticar o que foi aprendido? ANEXO II DO CTB 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL 2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL 3. DISPOSITIVOS AUXILIARES DE SINALIZAÇÃO 4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA 5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS 6. GESTOS 7. SINAIS SONOROS Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 37 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 9- Questões Comentadas 1- (CESPE - CETURB - ES – 2010 - MOTORISTA – ADAPTADA) As praias abertas a circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas são consideradas vias terrestres. Correta COMENTÁRIO: A resposta encontra-se no art. 2º do CTB, caput e parágrafo único: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 2- (CESPE - 2012 - PEFOCE - Perito Criminal - Engenharia Civil) Trânsito, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, corresponde à utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Correta Comentário: Este é o exato teor do art. 1º, §1º do CTB: Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. 3- (FCC - DETRAN/MA – 2018 - ASSISTENTE DE TRÂNSITO) A questão está alicerçada no Código de Trânsito Brasileiro − CTB vigente, consideradas as alterações posteriores e principais Resoluções. O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional é regido pelo Código de Trânsito Brasileiro − CTB. Nesse sentido, considere: I. Ruas e avenidas sem pavimentação. II. Caminhos e passagens. III. Estradas e rodovias com sinalização horizontal. IV. Praias abertas à circulação pública. V. Vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 38 de 58 www.exponencialconcursos.com.br VI. Vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas. São classificadas como vias terrestres as que constam em a) I, II e VI, apenas. b) I, III, IV e V, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) V e VI, apenas. e) I, II, III, IV, V e VI. E COMENTÁRIO: A resposta encontra-se no art. 2º do CTB, caput e parágrafo único: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Veja-se, aliás, a definição constante no Anexo I do CTB sobre o verbete "via": VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. A questão tenta confundir trazendo características que podem ser aplicadas às vias: sem pavimentação, com sinalização horizontal. Entretanto, essas informações não são relevantes para definir se uma via é ou não terrestre, pois o CTB não traz tais condicionantes para a definição. 4- [FCC – TÉC. SEGURANÇA E TRANSPORTES - TRT 6ª – 2012] Via caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível é caracterizada como: (A) via arterial. (B) via de trânsito rápido. (C) estrada. (D) via local. (E) passarela Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 39 de 58 www.exponencialconcursos.com.br B Comentário: A questão aborda as definições das vias trazidas pelo Anexo I do CTB: VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. 5- (VUNESP - 2016 - MPE-SP - Analista Técnico Científico - Engenheiro de Tráfego) Conforme Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, acostamento é parte da ______________ diferenciada da pista de rolamento destinada a _________ de veículos, em caso de emergência, e à circulação de___________ , quando não houver local apropriado para esse fim. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto. A) rodovia … parada … pedestres e bicicletas B) rodovia ou via de trânsito rápido … parada … pedestres e bicicletas C) via … parada ouestacionamento … bicicletas D) via … circulação ou estacionamento … pedestres e bicicletas E) via … parada ou estacionamento … pedestres e bicicletas E Comentário: Veja a definição de acostamento no Anexo I do CTB: parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. 6- (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos causados aos cidadãos, no âmbito de suas respectivas competências, (A) subjetivamente, por ação, omissão ou erro na execução de suas ações. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 40 de 58 www.exponencialconcursos.com.br (B) objetivamente, apenas por ação ou omissão em suas ações. (C) subjetivamente, por ação ou omissão em suas ações. (D) objetivamente, por ação, omissão ou erro na execução de suas ações. (E) nem objetiva nem subjetivamente em suas ações. D Comentário: A responsabilidade dos órgãos de trânsito é sempre objetiva, independente de se tratar de ação, omissão ou erro. ATENÇÃO à alternativa “B”, que tentou confundir o candidato, ao colocar que a responsabilidade se referia ‘apenas’ à ação ou omissão. Lembre-se que o CTB traz a hipótese do erro também! 7- (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) Os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, nos termos do art. 1.º, § 5.º do C.T.B, darão (A) prioridade em suas ações à defesa da vida, à preservação da saúde e do meio ambiente. (B) prioridade em suas ações à defesa da vida, à segurança, à preservação da saúde e do meio ambiente. (C) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança e à preservação do meio ambiente. (D) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança, à preservação da saúde e do meio ambiente. (E) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança, à circulação, à preservação da saúde e do meio ambiente. A Comentário: A questão cobra a literalidade do art. 1º, §5º, do CTB! Atente-se para termos como “prioridade” e “preferência”, para não cair em “pegadinha”: § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. 8- (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) O Código de Trânsito Brasileiro (C.T.B.) rege o trânsito de A) pessoas e veículos nas vias terrestres do território nacional, abertas ou não à circulação. B) qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas ou não à circulação. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 41 de 58 www.exponencialconcursos.com.br C) qualquer natureza, inclusive de pessoas e veículos, nas vias do território nacional, abertas ou não à circulação. D) qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação. E) pessoas e veículos nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação. D Comentário: a questão traz a literalidade do art. 1º do CTB e tenta confundir o candidato ao trocar palavras-chave do conceito: Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. 9- (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) De acordo com o art. 1.º do C.T.B., considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, A) isoladas ou em grupos, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. B) veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, estacionamento e operação de carga ou descarga. C) veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. D) veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. E) veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada e operação de carga ou descarga. C Comentário: a questão traz a literalidade do art. 1º, §1º, do CTB e tenta confundir o candidato ao trocar palavras-chave do conceito: Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. 10- (IBFC - 2016 - Emdec - Técnico em Mobilidade Urbana Jr) Leia as afirmações abaixo sobre o código de trânsito brasileiro e assinale a alternativa correta I. Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 42 de 58 www.exponencialconcursos.com.br II. O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. A) Somente a afirmação I está correta. B) Somente a afirmação II está correta. C)Todas as afirmações estão corretas. D)Nenhuma das afirmações está correta. C Comentário: A resposta está nos parágrafos do art. 1º do ctb: § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. 11- (IESAP - 2015 - EPT - Maricá - Fiscal de Transportes) Com base no Código de Trânsito Brasileiro, responda a questão. Denomina-se _________ o ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas no CTB. Complete corretamente a lacuna: A) fiscalização B) Policiamento ostensivo C)Operação de trânsito D)patrulhamento A Comentário: Veja a definição dos termos trazidos no Anexo I do CTB: FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código. OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 43 de 58 www.exponencialconcursos.com.br PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurandoa livre circulação e evitando acidentes. 12- (IDHTEC - 2015 - CRQ - 1ª Região (PE) – Motorista) Sobre vias é INCORRETO afirmar: A) Vias de trânsito rápido – não possuem cruzamentos diretos, semáforos, nem travessia de pedestres. B) Vias arteriais – são vias de ligação entre as regiões da cidade, que possuem cruzamentos e geralmente são controladas por semáforos. C) Vias coletoras – coletam e distribuem o trânsito dentro da cidade, dando acesso às vias de maior porte. Também possuem semáforos. D)Vias locais – destinadas apenas ao acesso local ou a áreas restritas. E) As vias abertas na zona rural são denominadas vias rurais. São elas: Estradas: são as vias pavimentadas e Rodovias: são as vias não pavimentadas. E Comentário: o erro na alternativa “E” encontra-se no fato de que as rodovias são vias rurais pavimentadas, enquanto que as estradas são vias rurais não pavimentadas – a questão trocou as duas características. Quanto às demais alternativas, atendem ao previsto no Anexo I do CTB: VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. 13- (UFMT - 2015 - DETRAN-MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito) De acordo com a Lei N.º 9.503/1997, Código de Trânsito Brasileiro (CTB), NÃO são vias terrestres: A) Praias privadas. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 44 de 58 www.exponencialconcursos.com.br B) Vias internas pertencentes aos condomínios. C) Ruas. D) Estradas. A Comentário: Apenas as praias abertas à circulação pública enquadram- se como vias terrestres, as praias privadas, na medida em que não são abertas ao público, não. Veja o que diz o CTB: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 14- (IPAD - 2014 - Prefeitura de Recife - PE - Agente de Segurança Municipal - Guarda Municipal) Para fins de correta compreensão do Código de Trânsito Brasileiro, temos as seguintes definições: I - ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada a parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e a circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. II - FAIXAS DE Domínio - superfície lindeira às vias rurais, delimitada por lei especifica e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via. III - ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado a ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. Acerca dos conceitos acima: A) Todas as alternativas estão erradas. B) As alternativas I e II estão corretas, apenas. C)As alternativas II e III estão erradas, apenas. D)As alternativas I e III estão corretas, apenas. E) Todas alternativas estão corretas. E Comentário: as definições correspondem literalmente às trazidas no Anexo I do CTB e estão todas corretas! Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 45 de 58 www.exponencialconcursos.com.br 15- (CONSULPAM - 2014 - SURG - Motorista de Caminhão) Aponte o item que indica a parte da via destinada exclusivamente a parada ou estacionamento de veículos em caso de emergência e circulação de pedestres e ciclistas na ausência de calçadas ou ciclovias. A) Bordo da Pista. B) Acostamento. C)Ciclo faixa. D)Pista. B Comentário: A questão descreve o conceito de Acostamento trazido no anexo I do CTB. Relembre os demais conceitos: BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos. ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica. PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. 16- (CONSULPAM - 2014 - SURG - Agente de Trânsito) Julgue as assertivas abaixo segundo as disposições da Lei n°. 9.503, de 23 de setembro de 1997, para, ao final, escolher a sequência CORRETA: I - Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. II – Consideram-se vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. III - Para os efeitos do Código de Trânsito Brasileiro, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, excluídas as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas. Teoria e Questões comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler Prof. ª Morgana Diefenthaeler 46 de 58 www.exponencialconcursos.com.br IV - As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencionadas. A) V, V, F, V B) F, F, F, F C)V, F, V, F D)F, F, V, F A Comentário: O erro na assertiva III é dizer que as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas não constituiriam vias terrestres. Quanto aos demais itens, representam transcrição quase literal dos arts. Art. 1º, § 1º (assertiva I); art. 2º (assertiva II) e art. 3º (assertiva IV) do CTB. 17- (FADESP - 2014 - CREA-PA - Auxiliar Administrativo – Motorista - adaptada) O __________, em condições seguras, é um _____________de todos e __________dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito. Os termos que completam as lacunas do enunciado são, respectivamente, A) trânsito – direito – dever B) trânsito – dever – direito C)automóvel – direito – dever D)ambiente – dever – direito A Comentário: a resposta é o art. 1º, §2º do CTB: § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. 18- (VUNESP