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A importância da governança corporativo

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ESTRATÉGIAS 
ORGANIZACIONAIS
 Zaida Cristiane dos Reis
Políticas e estratégias 
empresariais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir políticas empresariais.
  Explicar no que consistem as estratégias empresariais.
  Relacionar políticas empresariais com a estratégia da organização.
Introdução
As políticas empresariais auxiliam na consistência da estratégia da em-
presa. As decisões dentro de uma organização estabelecem um conjunto 
de variáveis que reduzirão consideravelmente as alternativas com que 
o administrador se defronta; por isso, a política é considerada um guia, 
que permite à organização concretizar as definições estratégicas e auxilia 
o gestor perante as turbulências enfrentadas no dia a dia da sua gestão.
Segundo Kotler e Armstrong (2015), entre outros autores, a política 
de trabalho de uma organização consiste em um conjunto de regras 
empresariais que são norteadoras da sua atuação, bem como da atuação 
de seus colaboradores no relacionamento com diferentes públicos. Nota-
-se que, dentro de uma empresa, todo o processo envolvendo a rede de 
funcionários, acionistas, fornecedores, clientes, intermediários e demais 
públicos se insere na política empresarial.
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos relacionados às políticas 
empresariais e relacioná-las com a estratégia da organização.
O que são políticas empresariais?
De acordo com Oliveira (2015), a política de uma empresa estabelece e orienta 
aonde a alta gestão pretende chegar. Diante disso, a política se torna a razão 
norteadora de forma ampla para toda a organização. Esse conceito, mesmo 
sendo abrangente, não se desdobra ao nível operacional, por exemplo, como 
uma regra de conduta específi ca para determinadas situações. Nogueira (2014) 
destaca que a política empresarial se limita ao contexto estratégico, mais 
distante das preocupações diárias da empresa.
Após a construção das políticas, estabelecem-se os objetivos da empresa, 
visto que estes são considerados como avaliações quantitativas que comple-
mentam as afirmações gerais da política. Dessa forma, destaca-se que os 
objetivos estão subordinados às políticas adotadas. 
Na sequência, são elaboradas as estratégias e os planos de ação, todos 
decididos com base nos conceitos anteriores. Oliveira (2015), Kotler e Arms-
trong (2015) e Nogueira (2014), entre outros, salientam que a política de uma 
empresa é criada a partir de três âmbitos de influência:
  ambiente externo;
  avaliação das operações correntes;
  valores da gerência. 
Segundo esses autores, quando uma organização se insere em um ambiente 
formado por concorrentes, consumidores, fornecedores e demais integrantes 
dos fatores macroambientais, como política, economia, tecnologia e a comu-
nidade si — isto é, fatores que não são controláveis —, surgem incertezas na 
gestão. Por isso, a inclusão de uma leitura apropriada do ambiente no processo 
de decisão das políticas se torna essencial. 
Certo e Peter (2011) destacam que os objetivos (quantificáveis) de uma organização 
precisam estar adequados à capacidade interna; a política, por sua vez, deve observar as 
operações da empresa, assim como o seu funcionamento, para que seja concretizável 
pela gestão. 
Percebe-se que toda a política de uma empresa é influenciada pelas carac-
terísticas pessoais dos gestores que a desenvolvem, e isso acaba por marcar as 
políticas organizacionais. Por isso, uma revisão criteriosa se torna importante 
para que a política seja desenvolvida de forma coerente para a organização 
como um todo.
Políticas e estratégias empresariais2
Silva (2013) apresenta cinco funções básicas das políticas empresariais 
no processo decisório:
1. uniformidade do comportamento na organização;
2. continuidade das decisões;
3. sistema de comunicação;
4. facilitadora na tomada de decisão;
5. proteção contra pressões imediatas.
O gerenciamento das políticas empresariais é importante para se obter a 
uniformidade do comportamento na organização, principalmente nas grandes 
organizações, conforme destaca Silva (2013). Sem uma boa gestão, é difícil 
fazer com que todos os grupos de trabalho funcionem da mesma forma ou 
apresentem comportamentos e resultados semelhantes, o que tende a provocar 
uma incompatibilidade entre as áreas da empresa, visto que as dinâmicas 
internas e o trabalho voltado ao público externo são bastante diferentes. Nota-
-se, claramente, que a incoerência da postura de tratamento tende a provocar 
reações negativas entre funcionários e consumidores. As políticas, a partir do 
momento em que são estabelecidas, tendem a minimizar esse problema, na 
medida em que uniformizam alguns dos comportamentos dos funcionários 
e das áreas da organização.
Com relação à continuidade, os autores reforçam que a uniformidade 
das decisões não deve ser observada apenas no contexto da empresa e deve 
ser assegurada ao longo do tempo. Todos os participantes da empresa — os 
stakeholders — esperam sempre ser tratados de forma homogênea. Oliveira 
(2015) estabelece que as políticas não são imutáveis, porém, são elaboradas 
tendo em vista o longo prazo para garantir estabilidade para a empresa.
Quando a empresa muda a equipe de gestão, isto é, o seu corpo diretivo, é possível que 
haja divergência de ideias, e alguns comportamentos já estabelecidos e consolidados 
podem ser perdidos no momento da transição. Reforça-se que as políticas devem 
permanecer inalteradas durante essa transição, justamente para manter os valores 
da empresa. 
3Políticas e estratégias empresariais
No que tange ao sistema de comunicação, Oliveira (2015) reforça que, por 
meio das políticas da empresa, a alta administração consegue transmitir aos 
funcionários e a toda a equipe suas expectativas. Nas novas contratações, é 
possível perceber com mais facilidade e clareza os desígnios e comportamentos 
esperados dentro da empresa.
Com relação à sua função de facilitadora na tomada de decisão, segundo 
Silva (2013), a política pode ser vista como uma decisão tomada de forma 
antecipada. Uma vez que ela é constituída, espera-se que, em toda situação 
necessária, sejam aplicadas suas orientações, de forma a se evitar discussões 
nos diversos níveis organizacionais. Nesse contexto, a política propõe proce-
dimentos ou linhas de pensamento que reduzem as decisões a serem tomadas 
pelo gestor, facilitando, assim, o processo de gestão. Trata-se de um sistema 
de respostas-padrão; porém, é preciso ter atenção para não usar de forma 
indiscriminada essas soluções.
As políticas empresariais também auxiliam na proteção contra pressões 
imediatistas. Oliveira (2015) corrobora, explicando que, como as políticas 
se estabelecem no longo prazo, as suas definições previnem os gestores de 
negligenciar aspectos estratégicos em favor de interesses imediatos. Silva 
(2013) e Oliveira (2015) destacam que, do ponto de vista da empresa, a política 
pode ter um entendimento diferenciado.
Conforme leciona Buskirk (1971), em uma pesquisa realizada nos Esta-
dos Unidos pela American Management Association, em 1962, após serem 
contatadas centenas de empresas, surgiram mais de 10 definições diferentes 
para o termo “políticas empresariais”, como:
  interesse amplo, direção ou filosofia;
  declaração dos princípios e objetivos da empresa;
  objetivos a longo prazo, com repercussão sobre o planejamento geral 
da empresa;
  metas corporativas (corporate goals) ou linhas de orientação, de modo 
amplo;
  guias para o pensamento e a ação;
  guias de conduta estáveis e a longo prazo estabelecidas para dirigir a 
tomada de decisões;
  proposições amplas que possam servir de base às orientações (diretivas);
  padrões gerais que não são alterados frequentemente;
  instruções de funcionamento normal (standard practice);
  procedimentos (procedures) e normas práticas (practices).
Políticas e estratégias empresariais4
Na verdade, muitas organizações denotam como políticas os procedi-
mentos,as normas práticas ou as regras, apesar de reconhecerem que estas 
deveriam ter intenções amplas. Pode-se perceber o quanto o entendimento 
do conceito de políticas empresariais varia. Essa confusão ocorre não só no 
Brasil, mas também em outros países. O que deve ficar claro é que as políticas 
empresariais são fundamentais para auxiliar a gestão na tomada de decisões, 
prevendo períodos de longo prazo para manter o direcionamento da empresa 
por um longo tempo.
Tipos de políticas organizacionais
Pode-se classifi car as políticas organizacionais quanto ao escopo e quanto à 
clareza, segundo Nogueira (2014) e Oliveira (2015), entre outros autores. As 
variações entre políticas segundo o escopo foram identifi cadas por diversos 
autores; Barney e Hesterly (2011), por exemplo, indicam dois níveis na tomada 
de decisão e, consequentemente, nas políticas que a orientam: o nível de negócio 
e o nível corporativo. O nível de negócio abrange as partes operacionais da 
empresa, enquanto o nível corporativo engloba a estrutura da alta gestão, para 
a qual as unidades de negócio se reportam. De acordo com Barney e Hesterly 
(2011), as políticas corporativas refl etem a natureza da empresa. 
Organizações que trabalham com produtos técnicos e especializados, como os labora-
tórios farmacêuticos, utilizam políticas corporativas que fornecem subsídio e auxílio às 
atuações específicas de cada linha. Já em empresas que dependem da diversificação de 
produtos, como a Unilever e a Nestlé, por exemplo, as políticas corporativas incentivam 
a busca por novos produtos. Nesse contexto, as políticas de negócio lidam com o dia 
a dia dos responsáveis pelas linhas de produtos. Elas reduzem o campo de alternativas 
na tomada de decisão operacional, destacando o papel de facilitadora nessa função.
Ainda segundo Nogueira (2014) e Oliveira (2015), entre outros autores, é 
possível classificar as políticas em gerais e específicas, sendo as primeiras 
de influência generalizada, e as demais estabelecidas e dirigidas pelas áreas 
e departamentos. Barney e Hesterly (2011) apontam as diferenças entre essas 
classificações por meio de exemplos de políticas de empresas:
5Políticas e estratégias empresariais
  Políticas gerais.
 ■ “A nossa prioridade é a manutenção de altos valores éticos nas nossas 
relações com o mercado.”
 ■ “Será dada ênfase à autonomia dos chefes.”
  Políticas específicas.
 ■ “É requerido o nível universitário para os cargos de chefia.” (Recursos 
Humanos [RH])
 ■ “Todos os funcionários devem usar uniforme na empresa.” (RH) 
Oliveira (2015) destaca que as políticas podem ser subdivididas em dois 
momentos na metodologia do planejamento estratégico. Primeiro, elas atuam 
como guias definidos com base nos cenários traçados, que auxiliam na fixação 
e formalização dos objetivos. Depois, as políticas atuam como consequência 
das metas quantificadas, aproveitando as avaliações dos pontos fortes e das 
oportunidades ou eliminando os pontos fracos e as ameaças. A distinção 
entre esses dois momentos é feita utilizando-se os termos macropolíticas e 
micropolíticas, respectivamente.
Estratégias empresariais 
As estratégias empresariais, segundo Silva (2013) e Oliveira (2015), são 
elaboradas no momento em que é apresentada a missão empresarial, estando 
alinhadas com as grandes ações e com os caminhos e as orientações para as 
decisões da alta gestão.
Silva (2013) e Oliveira (2015), entre outros autores, salientam que as estra-
tégias empresariais são agrupadas em quatro grandes grupos:
1. Sobrevivência — nessa classificação, a organização procura métodos 
para não encerrar suas atividades perante as dificuldades que enfrenta, 
mesmo que, para isso, ela tenha que fazer grandes mudanças, o que 
inclui cortes — por exemplo, a demissão em grande quantidade de 
funcionários, o que gera um forte impacto em seus resultados. Destaca-
-se que a demissão é uma das últimas alternativas a serem empregadas 
para que a empresa se mantenha viva no mercado.
2. Manutenção — quando a empresa opta por essa estratégia, está numa 
posição um pouco mais favorável do que aquela da estratégia de so-
brevivência. Nesse caso, os investimentos em melhoria e expansão 
Políticas e estratégias empresariais6
ficam para um segundo plano, pois a empresa se dedica em manter 
determinados indicadores de resultado e lucratividade.
3. Crescimento — nessa estratégia, a empresa busca a expansão, avaliando 
investimentos que alavanquem e maximizem seus resultados, visto que, 
nesse caso, o ambiente externo e a economia lhe favorecem. 
4. Desenvolvimento — esta é uma abordagem na qual a empresa volta sua 
atuação estratégica para um patamar mais abrangente de qualidade de 
seus produtos e serviços, visando à obtenção de um status diferenciado 
no mercado perante a sua concorrência. 
Para um melhor entendimento da diferença entre crescimento e desenvolvimento, 
pode-se dizer que, no primeiro caso, a organização apenas vai aumentar o tamanho 
ou volume de seus negócios, enquanto, no segundo caso, passará por uma real 
transformação, uma evolução que a colocará em posição vantajosa perante a sua 
concorrência. 
Oliveira (2015) salienta que as estratégias empresariais correspondem às 
grandes ações ou aos direcionamentos que a organização precisa seguir para 
interagir, usufruir e gerar diferenciais competitivos no ambiente.
Exemplos de estratégias empresariais
Vejamos a seguir quatro exemplos de estratégias empresariais.
1. Estratégia de sobrevivência: empregada nos períodos de crises econô-
micas, por exemplo, nas quais as empresas precisam reestruturar seus 
processos. Muitas vezes, as empresas investem em automatização, e, 
consequentemente, ocorrem demissões, provocando um desequilíbrio 
social. O gestor tem consciência disso; entretanto, acaba tomando uma 
decisão nesse sentido porque, mesmo demitindo e prejudicando algumas 
famílias, acredita que com uma reestruturação vai conseguir preservar 
outras famílias, causando um impacto menor do que se deixasse a 
empresa falir.
7Políticas e estratégias empresariais
2. Estratégia de manutenção: muitas empresas fazem planos de expansão 
e investimento em atualização de maquinários nos seus planejamentos 
de longo prazo. Entretanto, ao se deparar com uma crise, para se manter 
no patamar, a organização toma a decisão de estagnar os investimentos, 
até surgir um equilíbrio de mercado.
3. Estratégia de crescimento: em casos oportunos, com economia fa-
vorável, coloca-se em prática o planejamento de expansão, com inves-
timentos em ampliação do espaço (fábrica ou comércio), melhorias no 
maquinário, leiaute, contratação de equipe qualificada, etc.
4. Estratégia de desenvolvimento: bons exemplos dessa estratégia são as 
alianças estratégicas, as fusões de empresas e as joint ventures. Essas 
ações corroboram para que a empresa atue em novos mercados, por meio 
da expansão para novas regiões, da exportação, entre outras táticas. 
Imagine, por exemplo, uma empresa que faturava, em dado momento, 
R$ 300 milhões anuais, e que alcança um total de R$ 320 milhões no 
ano seguinte. Nesse caso, houve o crescimento. Agora, se essa empresa 
resolve ampliar suas atividades, com a ampliação de suas unidades e o 
desenvolvimento de novos produtos, ela não estará apenas crescendo, 
mas também se desenvolvendo. 
Políticas empresariais e a estratégia da 
organização
Autores como Nogueira (2014), Maximiano (2014), Oliveira (2015), entre outros, 
destacam que a organização como um todo precisa desenvolver habilidades 
de aprendizado constantemente para obter bons resultados no mercado, com 
o intuito de proporcionar aos seus funcionários um ambiente no qual possam 
expandir sua capacidade de criar e de propor melhorias para os produtos e 
processos. 
Esses autores lecionam que as necessidades da gestão estratégica de-
pendem das oportunidades e ameaças de cada empresa. Um planejamento 
eficaz precisa identificar essas oportunidades, compreender os recursos 
necessários para geri-las, conhecer adisponibilidade desses recursos e ter 
habilidade para obtê-los. Nogueira (2014) destaca que a gestão estratégica 
pode ser elaborada como um projeto desenvolvido para realizar os objetivos 
e as metas de uma organização. Isso envolve a escolha das estratégias, 
partindo-se da definição antecipada do que fazer e da delimitação de 
quando e como a ação será praticada. 
Políticas e estratégias empresariais8
Kotler e Armstrong (2015) lecionam que a gestão estratégica pode ser 
compreendida como o processo de ampliar e manter o equilíbrio entre os 
objetivos, as habilidades e os recursos de uma organização e as oportunidades 
de um mercado em contínua mutação. Segundo os autores, tal gestão pode 
proporcionar muitos benefícios para as empresas, como: 
  encorajá-las a pensar metodicamente no futuro e aperfeiçoar as intera-
ções entre seus gerenciadores;
  obrigá-las a definir melhor seus objetivos e suas políticas;
  fazê-las desenvolver e aplicar os recursos necessários para o alcance 
dos seus propósitos; 
  fazer com que a sua equipe realize atividades consistentes em conso-
nância aos objetivos e procedimentos adotados; 
  proporcionar padrões de desempenho práticos para controlar; e 
  adotar ações corretivas caso os resultados alcançados não sejam 
suficientes. 
Como o conceito de estratégia se relaciona diretamente com a visão de 
futuro, segundo Maximiano (2014), uma organização precisa ter sua visão 
focada no futuro. Nesse contexto, as empresas, hoje, entendem que precisam 
de profissionais qualificados, com habilidades que venham a agregar valores 
e gerar resultados, e que conheçam as políticas da empresa de forma clara. 
Segundo Certo e Peter (2011), uma estratégia recomendada aos profissio-
nais envolvidos na gestão estratégica é a de estabelecer um vínculo com as 
competências citadas, desenvolvendo uma autoanálise de suas habilidades 
e dificuldades e dos avanços e recuos necessários para atingir o plano de 
meta da empresa e, simultaneamente, da sua carreira profissional. Nessa 
perspectiva, entende-se que o profissional que atua na gestão estratégica da 
empresa necessita captar o conhecimento sobre todas as áreas da organização 
de maneira teórica, o que lhe possibilita implementar a gestão estratégica 
com base nas ideias e nos conhecimentos adquiridos, aplicando-os em seu 
ambiente de trabalho. 
Como gestor estratégico, o profissional executivo que está acompanhando 
a estratégia implementada pela empresa amplia o seu diferencial competitivo 
dentro das suas atividades, transformando ideias e conhecimentos em sistemas 
e processos. Desse modo, a prática da gestão pode ser estabelecida de forma 
consistente, oportunizando a conquista de espaço na organização e a obtenção 
de credibilidade profissional, conforme aponta Silva (2013). 
9Políticas e estratégias empresariais
Segundo Silva (2013), tornar-se um gestor estratégico é o grande desafio 
do profissional executivo, considerando-se as habilidades demandadas para 
a função, como:
  capacidade de elaborar e programar estratégias de médio e longo prazo 
para a empresa ou para a sua área de trabalho;
  estabelecer objetivos e metas;
  identificar de forma eficaz os caminhos e os meios que conduzem a eles.
Desse modo, nota-se que esse gestor estratégico define necessidades e 
prioridades, planeja a intervenção, coordena a execução e gerencia os processos 
organizacionais, conforme descrito na visão estratégica da empresa. 
Nesse contexto, Nogueira (2014) aponta que o emprego de ferramentas 
de gestão em todas as empresas é importante, sendo reconhecido como um 
processo que deve ser incentivado. No atual cenário organizacional, o principal 
papel do profissional de gestão estratégica é saber relacionar suas competências 
aos recursos que as organizações possuem, a fim de garantir a criação de um 
diferencial competitivo sustentável. 
Diante do exposto, percebe-se que a gestão estratégica se apresenta 
como instrumento fundamental para a manutenção e o crescimento das 
organizações, principalmente em tempos de crise, como é frequente no 
contexto brasileiro.
Em resumo, segundo Silva (2013), Maximiano (2014), Nogueira (2014) e 
Oliveira (2015), as estratégias organizacionais correspondem às grandes ações 
ou aos caminhos que a empresa deverá seguir para melhor interagir, usufruir e 
gerar vantagens competitivas no ambiente. Já com relação às políticas organi-
zacionais, esses autores afirmam que elas correspondem às grandes orientações 
que servirão como base de sustentação para as decisões de caráter geral que 
a empresa deverá tomar para melhor interagir com o ambiente.
Percebe-se, nesse contexto, que a política organizacional e a gestão estraté-
gica, reunidas, constituem atualmente uma área de conhecimento transdiscipli-
nar. Ao interagir com diversas áreas, o pensamento político-estratégico tem 
sido fundamental para o sucesso das organizações no universo empresarial. 
Conforme leciona Oliveira (2015), por meio do entrelaçamento entre as 
ações estratégicas e as políticas organizacionais, os gestores adotam uma atitude 
prospectiva em relação ao futuro, estabelecendo ações preventivas contra as 
ameaças e empreendendo diante das oportunidades que o ambiente externo 
pode oferecer. Tudo isso deve ser feito com base nas forças e fraquezas que a 
própria empresa deve reconhecer no seu ambiente interno.
Políticas e estratégias empresariais10
1. A política de uma empresa é 
criada a partir de determinados 
âmbitos de influência, como:
I. ambiente externo.
II. avaliação das operações 
correntes.
III. valores do mercado.
Qual(is) afirmativa(s) 
está(ão) correta(s)? 
a) Apenas a I e a II.
b) Apenas a I.
c) Apenas a III.
d) Apenas a II e a III. 
e) Apenas a II.
2. As cinco funções básicas das 
políticas empresariais no 
processo decisório são:
a) uniformidade do 
comportamento na organização, 
continuidade das decisões, 
sistema de comunicação, 
facilitadora na tomada de 
decisão, proteção contra 
pressões imediatistas.
b) fatos e projeções ligados à 
renda, facilitadora na tomada 
de decisão, proteção contra 
pressões imediatistas, visão dos 
fatores competitivos, desejos e 
necessidades da população.
c) visão dos fatores competitivos, 
projeções ligadas a costumes 
e hábitos, uniformidade do 
comportamento na organização, 
continuidade das decisões, 
sistema de comunicação.
d) projeções ligadas a costumes e 
hábitos, desejos e necessidades 
da população, fatos e projeções 
ligados à renda, facilitadora 
na tomada de decisão.
e) processos, máquinas, projeções 
ligadas a costumes, proteção 
contra pressões imediatistas 
e equipamentos vinculados 
ao negócio empresarial.
3. Os quatro grandes grupos das 
estratégias empresariais são:
a) incontrolável, proativa, 
concorrente e ambiental.
b) prioritária, retardatária, 
intervencionista e dirigida.
c) sobrevivência, 
manutenção, crescimento 
e desenvolvimento.
d) prescritiva, descritiva, 
projeções e ideologias.
e) absorção, sobrevivência, 
crescimento e eliminação.
4. O profissional executivo que atua 
na gestão estratégica da empresa 
precisa desenvolver habilidades 
demandadas para a função, como:
I. elaborar e programar 
estratégias de médio e longo 
prazo para a empresa ou para 
a sua área de trabalho.
II. estabelecer critérios de 
avaliação interna.
III. identificar de forma eficaz 
os caminhos e os meios 
que conduzam a eles.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas a III.
b) Apenas a I.
c) Apenas a I e a III.
d) Apenas a II.
a) Apenas a I e a II.
5. As políticas organizacionais 
correspondem:
a) às variáveis incontroláveis 
do ambiente interno.
11Políticas e estratégias empresariais
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
BUSKIRK, R. M., Business and administrative policy: text, cases, incidents and readings. 
New York: J. Wiley, 1971
CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e implantação da 
estratégia.São Paulo: Pearson, 2011.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 15. ed. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2015.
MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos de administração: introdução à teoria geral e aos 
processos da administração. 3. ed. São Paulo: LTC, 2014.
NOGUEIRA, C. S. Planejamento estratégico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 33. ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
SILVA, R. Planejamento estratégico e inteligência competitiva [recurso eletrônico]. Porto 
Alegre: Profissional, 2013.
b) às grandes orientações 
que servirão como base de 
sustentação para as decisões.
c) às variáveis controláveis 
do ambiente externo.
d) à capacidade de elaborar 
e programar estratégias 
embasadas nas políticas 
institucionais.
e) às funções básicas das 
políticas empresariais no 
processo decisório relativo 
somente ao ambiente externo, 
focando na exportação.
Políticas e estratégias empresariais12
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