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GOVERNANÇA DE TI - TEMA1

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DESCRIÇÃO
Governança Corporativa e Governança de Tecnologia da Informação.
PROPÓSITO
Compreender os fundamentos da Governança Corporativa e Governança de Tecnologia da Informação, respectivas responsabilidades e sua
importância em uma organização. Entender a necessidade do alinhamento da Governança de Tecnologia da Informação com a Governança
Corporativa e as respectivas estratégias. Conhecer os processos de tomada de decisão realizados pela Governança de Tecnologia da
Informação. Entender o papel essencial dessas áreas para os resultados e crescimento de uma organização.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os princípios e as responsabilidades da Governança Corporativa
MÓDULO 2
Relacionar a estratégia de Tecnologia da Informação à estratégia corporativa
MÓDULO 3
Descrever os princípios e as responsabilidades da Governança de Tecnologia da Informação
MÓDULO 4
Identificar o processo de decisão na Governança de Tecnologia da Informação
INTRODUÇÃO
Existem diversas organizações mundiais que atuam no Brasil, realizando operações de serviços de tecnologia da informação e atendendo às
demandas mundiais em grande escala. Em 2002, foi publicada a Lei Sarbanes-Oxley, que visa à proteção do mercado de capitais e de seus
investidores, estabelecendo o conceito atual de Governança Corporativa em consequência da participação e importância da área de
Tecnologia nas organizações. Em 2019, foi divulgada a Portaria nº 778 sobre a implantação da Governança de Tecnologia da Informação e
Comunicação nos órgãos e entidades pertencentes ao Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia do Poder Executivo Federal.
A necessidade de profissionais de Governança em Tecnologia da Informação (TI) com alto nível de conhecimento é de fundamental
importância. Entretanto, há uma carência de profissionais que conheçam os modelos e as técnicas de Governança Corporativa nos diversos
segmentos em que a Tecnologia da Informação é aplicada.
A Governança Corporativa é o sistema pelo qual as empresas são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo relacionamento entre
sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. Ela tem como principais
responsabilidades o fortalecimento e a disseminação dos princípios e dos valores da organização. A importância estratégica da Tecnologia da
Informação nas organizações reflete a necessidade de informações e sinergia exigidas em uma sociedade dinâmica.
Neste contexto, a Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões, processos e técnicas que envolve relacionamentos estruturados
entre gestores, técnicos e usuários de TI, visando assim minimizar riscos e custos no suporte dos recursos tecnológicos alinhados com os
princípios de Governança Corporativa e com as estratégias e objetivos de negócio.
O tema Governança de Tecnologia da Informação visa compreender os princípios e as responsabilidades da Governança de Tecnologia da
Informação e da Governança Corporativa, bem como a extrema importância de alinhamento entre essas áreas, no que tange às estratégias,
aos processos e aos resultados efetivos para uma organização.
MÓDULO 1
Identificar os princípios e as responsabilidades da Governança Corporativa
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Fonte: greenbutterfly/Shutterstock.
ORIGEM DA PALAVRA GOVERNANÇA
A palavra governança tem origem grega e significa dirigir. O primeiro uso desse termo em conexão com estruturas institucionais foi efetuado
em 1885, no livro de John Fortescue The Governance of England , tradução inglesa de uma obra latina do século XV conhecida como A
Diferença entre um Absoluto e uma Monarquia Limitada . No entanto, o sentido atual e mais amplo de governança, abrangendo as atividades
de uma gama de instituições públicas e privadas, iniciou-se na década de 1990, quando o termo foi renomeado por economistas e cientistas
políticos e disseminado por instituições como a ONU (Organização das Nações Unidas), o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco
Mundial, sendo amplamente utilizado desde então.
A governança é um conceito teórico referente às ações e aos processos pelos quais práticas e organizações estáveis surgem e persistem.
Essas ações e processos podem operar em organizações formais e informais de qualquer tamanho.
Há uma distinção entre os conceitos de política e governança.
Política
A política envolve processos pelos quais um grupo de pessoas chega a decisões coletivas, geralmente, consideradas vinculativas para o
grupo e aplicadas como políticas comuns.
Governança
A governança, por outro lado, transmite os elementos administrativos e processuais do governo.
As organizações corporativas costumam usar a palavra governança para descrever a maneira pela qual os conselhos ou seus afins dirigem
uma corporação e as leis e costumes (regras) aplicáveis a essa direção.
CONCEITO GOVERNANÇA CORPORATIVA
A Governança Corporativa consiste no conjunto de processos, costumes, políticas, leis e instituições que afetam o modo como as pessoas
dirigem, administram ou controlam uma corporação. A Governança Corporativa também inclui as relações entre os diversos atores envolvidos
e as metas corporativas. Os principais atores incluem:
Sezer33/Shutterstock.
OS ACIONISTAS
fullvector/Shutterstock.
A ADMINISTRAÇÃO
AZVector/Shutterstock.
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Outras partes interessadas incluem:
Funcionários
Fornecedores
Clientes
Bancos
Outros credores, reguladores, o meio ambiente e a comunidade em geral
O primeiro uso documentado de governança Corporativa é de Richard Eells (1960, p. 108) para denotar a estrutura e o funcionamento da
política corporativa.
Segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), é possível definir:
GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO O SISTEMA PELO QUAL AS
EMPRESAS E DEMAIS ORGANIZAÇÕES SÃO DIRIGIDAS, MONITORADAS
E INCENTIVADAS, ENVOLVENDO OS RELACIONAMENTOS ENTRE
SÓCIOS, CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DIRETORIA, ÓRGÃOS DE
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE E DEMAIS PARTES INTERESSADAS.
Ainda de acordo com a definição do IBGC:
AS BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA CONVERTEM
PRINCÍPIOS BÁSICOS EM RECOMENDAÇÕES OBJETIVAS, ALINHANDO
INTERESSES COM A FINALIDADE DE PRESERVAR E OTIMIZAR O VALOR
ECONÔMICO DE LONGO PRAZO DA ORGANIZAÇÃO, FACILITANDO SEU
ACESSO A RECURSOS E CONTRIBUINDO PARA A QUALIDADE DA
GESTÃO DA ORGANIZAÇÃO, SUA LONGEVIDADE E O BEM COMUM.
A Governança Corporativa pode ser definida como um conjunto de boas práticas para aumentar a confiança das partes interessadas
perante os administradores de uma empresa. Por meio de princípios, como a transparência, e de mecanismos que proporcionem um melhor
desempenho econômico, muitas instituições estão mudando a maneira de gerir e controlar o seu negócio e, claro, melhorando continuamente
os seus resultados financeiros (e os intangíveis) com a aplicação das melhores práticas de Governança Corporativa.
Fonte: Panchenko Vladimir/Shutterstock.
PARTES INTERESSADAS
Investidores, acionistas, fornecedores, colaboradores etc.
Vamos citar um exemplo simples para entender esse conceito:
EXEMPLO
A primeira condição para que uma pessoa faça parte de um jogo é conhecer as regras deste. A Governança Corporativa funciona de modo
semelhante. São estabelecidas diversas regras, que somadas dão sentido à rotina do negócio, gerando mais agilidade, transparência e
autonomia às atividades da empresa, independentemente de seu tamanho.
Crescer com Governança Corporativa significa, entre outras coisas, aprimorar os processos de administração da empresa e as tomadas de
decisão estratégicas, como iniciar um novo projeto, ter conhecimento do(s) responsáveis por aprovar o(s) orçamento (s) e dos integrantes do
conselho.
A governança é a forma como as regras, normas e ações são estruturadas, sustentadas, reguladas e responsabilizadas. O grau de
formalidade depende tanto das regras internas de uma determinada organização quanto de fatores externos, como, por exemplo, seus
parceiros de negócios.A governança pode assumir muitas formas, impulsionada por muitas motivações diferentes, com muitos resultados
diferentes.
Fonte: NcikName/Shutterstock.
COMO A GOVERNANÇA CORPORATIVA GANHOU IMPORTÂNCIA PARA
AS ORGANIZAÇÕES
Até o final dos anos 90, governança era uma palavra pouco usual no dicionário das corporações que, a partir de uma necessidade de maior
transparência causada pelo aumento da complexidade de seus negócios e das inter-relações com seus stakeholders, obrigou as empresas a
seguir este conjunto de práticas.
Outro fator importante para a sua adoção foi a explosão de empresas que passaram a abrir capital para financiar seus investimentos.
Fonte: Akira Kaelyn/Shutterstock.
Neste contexto, as empresas descobriram que, para atrair novos investidores, era necessária uma maior transparência do seu negócio, assim
seus atuais acionistas saberiam o resultado de seus investimentos.
O ano de 2001 foi um marco para a aceleração da adoção de práticas de Governança Corporativa no mundo. Escândalos financeiros, como o
da empresa norte-americana Enron, que fraudava demonstrativos financeiros para cobrir prejuízos, destruíram a confiança de muitos
investidores que perderam todos os seus investimentos.
Após esses escândalos, uma Lei com o nome de Sarbanes-Oxley foi aprovada pelo congresso americano. A SOX responsabilizava
criminalmente os executivos das empresas com ações na bolsa de valores de Nova York que fraudassem as demonstrações financeiras.
Fonte: shaneinsweden/Shutterstock.
As punições afetavam os executivos, mesmo que eles não tivessem participação nas fraudes, exigindo a criação de processos de controle
para evitar esse tipo de crime e para mostrar uma maior transparência da empresa com todos os seus stakeholders. A punição ia desde
multas até a prisão dos executivos.
Este ambiente de descrédito das grandes corporações fortaleceu a Governança Corporativa, baseada nos princípios da transparência,
independência e prestação de contas, como mecanismos para atrair novos investimentos.
OS QUATRO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Os princípios básicos de Governança Corporativa permeiam, em maior ou menor grau, as práticas que resultam em um clima de confiança
tanto internamente como nas relações com terceiros. Por tratarem das melhores práticas para administrar um negócio, os métodos de
Governança tornaram-se fundamentais para avaliar os riscos e o retorno de um investimento. Inclusive, este é um dos principais motivos que
tem dado bastante evidência ao tema quando se fala em eficiência e transparência na gestão empresarial.
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.
SAIBA MAIS
Empresas que colocam a Governança Corporativa em prática são mais valorizadas e têm mais facilidade para captar recursos. Ao mesmo
tempo, ao aplicar bem esses recursos, constroem boa reputação e se consolidam no mercado, em um processo contínuo de criação de valor.
Os quatro princípios fundamentais da Governança Corporativa são:
TRANSPARÊNCIA
Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse, e não apenas aquelas impostas
por disposições de leis ou regulamentos. Não se deve restringir ao desempenho econômico-financeiro, e sim também contemplar os demais
fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.
EQUIDADE
Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (acionistas), levando em consideração
seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo
integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
Os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus
negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro,
manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazo.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Para colocar em prática os princípios da Governança Corporativa, as organizações dispõem de várias ferramentas, como as auditorias
independentes, documentações, estatutos, entre outras.
Uma empresa com Governança Corporativa implantada tem maior credibilidade perante investidores. Outros dispositivos possíveis para
começar essa organização são:
Criação de diretorias (finanças, comercial, fiscal etc.)
Instauração de um Conselho Administrativo ou um Conselho Consultivo
Entregas de relatórios periódicos
Implantação de ferramentas de gestão
Entre outras medidas
Essas ferramentas são imprescindíveis a empresas de capital aberto e recomendáveis a qualquer outra companhia que busque melhorar
seus resultados por meio da excelência na gestão empresarial.
O PAPEL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA GOVERNANÇA
O Conselho de Administração é o órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu
direcionamento estratégico. Ele exerce o papel de guardião de princípios, valores, objeto social e sistema de governança da
organização, sendo seu principal componente.
Além de decidir os rumos estratégicos do negócio, compete ao Conselho de Administração, conforme o melhor interesse da
organização, monitorar a diretoria, atuando como elo entre esta e os sócios.
Os membros do Conselho de Administração são eleitos pelos sócios. Na qualidade de administradores, os conselheiros possuem
deveres fiduciários para com a organização e prestam contas aos sócios nas assembleias. De forma mais ampla e periódica, também
prestam contas aos sócios e às demais partes interessadas por meio de relatórios periódicos.
O conselheiro tem seus deveres perante a organização. O conceito de representação, pelo conselheiro, de qualquer parte interessada,
é inadequado.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O desempenho do Conselho de Administração depende do respeito e da compreensão das características de cada um de seus membros,
sem que isso implique ausência de debates de ideias. A diversidade de perfis é fundamental, pois permite que a organização se beneficie da
pluralidade de argumentos e de um processo de tomada de decisão com maior qualidade e segurança.
Fonte: metamorworks/Shutterstock.
INDEPENDÊNCIA DOS CONSELHEIROS
Todos os conselheiros, uma vez eleitos, têm responsabilidade para com a organização, independentemente de sócio, grupo acionário,
administrador ou parte interessada que o tenha indicado para o cargo. Também devem criar e preservar valor para a organização como um
todo, observados os aspectos legais e éticos envolvidos.
PILARES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA
Os pilares da Governança Corporativa são os agentes e os procedimentos que devem sustentar suas boas práticas. Os 6 pilares da gestão
corporativa são:
A Propriedade (representada pelos sócios)
O Conselho de Administração
A Gestão, a Auditoria Independente
O Conselho Fiscal
A Conduta e o Conflito de Interesses.
BENEFÍCIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA
Os benefícios da Governança Corporativa, quando corretamente empregada nas empresas, são inúmeros. Vamos conhecer alguns deles:
Converter princípios, missões, valores e outros conceitos abstratos em ações concretas e efetivas.
Alinhar os interesses de diversos stakeholders, como acionistas e executivos, para que se definam os melhores objetivos estratégicos
para a organização.
Descentralização da tomada das decisões estratégicas e mais transparência em sua motivação.
Preservar o valor da organização em longo prazo, garantindo sua longevidade econômica de forma sustentável.
Promover uma gestãoorganizacional de qualidade e que facilite o acesso aos recursos e às fontes de financiamento necessários para
seu crescimento.
Melhoria da imagem da empresa e valorização de sua marca.
Em empresas familiares, promover a capacitação e a escolha de herdeiros e administradores adequados para o negócio.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
PRINCÍPIOS E RESPONSABILIDADES DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FONTE: QCONCURSOS) A DISCUSSÃO SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA ENVOLVE A CRIAÇÃO DE
MECANISMOS INTERNOS E EXTERNOS QUE ASSEGUREM:
A) Prioridade da instituição na remuneração dos conselheiros.
B) A prática de atividades de responsabilidade social que promovam comunidades.
C) A adoção de monitoramento bancário por meio de indicadores de desempenho contábil.
D) A tomada de decisões pela organização no melhor interesse dos investidores.
2. (FONTE: GRAN CURSOS QUESTÕES.) SEGUNDO O INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA – IBGC, GOVERNANÇA CORPORATIVA É O SISTEMA PELO QUAL AS ORGANIZAÇÕES SÃO
DIRIGIDAS, MONITORADAS E INCENTIVADAS, ENVOLVENDO OS RELACIONAMENTOS ENTRE
PROPRIETÁRIOS, CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DIRETORIA E ÓRGÃOS DE CONTROLE. NESSE
CONTEXTO, TAMBÉM APONTA O IBGC, OS SEGUINTES PRINCÍPIOS BÁSICOS DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA, EXCETO:
A) Equidade e Transparência
B) Responsabilidade Corporativa
C) Legalidade e Legitimidade
D) Prestação de Contas (accountability )
GABARITO
1. (Fonte: Qconcursos) A discussão sobre Governança Corporativa envolve a criação de mecanismos internos e externos que
assegurem:
A alternativa "D " está correta.
A Governança Corporativa é um sistema para dirigir, monitorar e incentivar uma organização e envolve diversos níveis hierárquicos.
2. (Fonte: Gran Cursos Questões.) Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, Governança Corporativa é o
sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários,
Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. Nesse contexto, também aponta o IBGC, os seguintes princípios
básicos de Governança Corporativa, exceto:
A alternativa "C " está correta.
Legalidade e Legitimidade não fazem parte dos princípios que norteiam a Governança Corporativa.
MÓDULO 2
Relacionar a estratégia de Tecnologia da Informação à estratégia corporativa
ESTRATÉGIA
Fonte: Gajus/Shutterstock.
CONCEITO DE ESTRATÉGIA
Estratégia é uma palavra de origem grega que significa “a arte de liderar uma tropa; comandar”. Normalmente, estipula-se uma estratégia
para superar algum problema, indicando assim habilidade, astúcia ou esperteza.
Tanto no âmbito profissional quanto no pessoal, o pensamento estratégico é essencial para o ser humano, podendo ser estimulado até
mesmo por meio de jogos. O xadrez, por exemplo, requer que os jogadores desenvolvam estratégias, pois ambos os jogadores devem
pensar com antecedência no movimento de suas peças.
Fonte: zef art/Shutterstock.
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Estratégia empresarial é a definição de um conjunto de ações a serem tomadas com base no estudo do passado, presente e das
perspectivas futuras, visando alcançar os resultados desejados. Essas ações envolvem planejamento, execução, coordenação e ajustes
constantes com o objetivo de se adaptar a um ambiente em constantes mudanças, em busca determinados objetivos.
Em um mundo cada vez mais competitivo, é essencial que as empresas tenham uma boa estratégia competitiva e corporativa.
ESTRATÉGIA COMPETITIVA
A estratégia competitiva é uma forma de atuação onde uma empresa compete com outras e age em resposta às estratégias destas.
Este tipo de estratégia pretende conferir vantagens à empresa em relação aos seus concorrentes.
EXEMPLO
Uma empresa pode se distinguir de outra por meio de estratégia de marketing, com o objetivo de melhorar o seu posicionamento no mercado
onde atua.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Planejamento estratégico é o processo de elaborar a estratégia de uma organização e definir como alcançar seus objetivos. Em outras
palavras, a empresa reconhece a sua situação atual e faz uma projeção de futuro, ou seja, como deseja estar daqui a alguns anos. Essa
visão de longo prazo prevê mudanças que ajudem na diferenciação de negócio.
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.
Esse processo permeia toda a organização, logo, a responsabilidade por ele deve recair sobre todas as pessoas. Líderes e gerentes são
condutores e articuladores dessa jornada, mas sozinhos não conseguem fazer as mudanças necessárias para atingir a visão de futuro
definida pela empresa.
É preciso trabalho em conjunto, colaboração e compartilhamento. Sem divisão de tarefas, o planejamento estratégico não funciona.
Periodicamente, o planejamento precisa ser reajustado. À medida que o ambiente externo sofre mudanças, a empresa deve se adaptar a
essas transformações. Assim, ocorre a evolução no mercado.
O planejamento estratégico estabelece pontos fortes e fracos da organização e identifica as oportunidades e ameaças do cenário de atuação
da empresa. Dessa maneira, torna-se viável estabelecer objetivos e ações estratégicas que aumentem a competitividade da organização no
mercado de trabalho.
Durante o planejamento estratégico, são definidas as estratégias com foco no curto, médio e longo prazo da empresa, geralmente,
abrangendo um período de 5 a 10 anos.
Nesta etapa, é importante levar em consideração os fatores internos e externos à organização, os quais ajudam a mapear todas as Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças e fornecem uma ótima base para a estruturação dos demais planos estratégicos.
Uma excelente ferramenta é a análise SWOT (Strengths and Weaknesses / Opportunities and Threats), conhecida no Brasil como FOFA
(Forças e Fraquezas / Oportunidades e Ameaças). A análise de ambiente é dividida em duas partes: Ambiente Interno (Forças e Fraquezas)
e Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças).
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. Apesar de ter
surgido na década de 60, nos Estados Unidos, hoje, essa metodologia é uma das mais utilizadas e eficazes no mundo administrativo.
Fonte: Balodann/Shutterstock.
Além de diagnosticar a atual fase do negócio, ela também auxilia nas ações de projeção e ascensão, ou seja, ajuda a planejar os próximos
passos e a reparar algumas lacunas que interferem na lucratividade da sua empresa.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
Missão, visão e valores são o tripé que confere identidade e propósito para uma empresa. Sem esse tripé, é praticamente impossível
construir um planejamento estratégico e guiar as decisões feitas dentro da companhia, de modo a atingir os resultados esperados.
MISSÃO
De acordo com Peter Drucker, missão é o que define uma empresa. Ela deve refletir aquilo que a organização tem de especial e a diferencia
das demais.
O principal papel da missão é inspirar e engajar todos os funcionários em direção ao sucesso da organização. Quando a equipe sabe que há
objetivos maiores por trás de cada decisão, leva a missão em consideração em suas atividades diárias e contribui para o crescimento da
empresa naturalmente. Por esse motivo, é importante comunicar a missão efetivamente por toda a empresa, redigindo-a de maneira clara e
compreensível por qualquer pessoa.
Por exemplo, a missão do Mcdonald’s é servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, em um ambiente limpo e agradável.
VISÃO
A visão define como a organização será vista pelo mercado depois de ter implantado as mudanças necessárias por meio do planejamento
estratégico. O importante é indicar concretamente aonde a empresa deve chegar.
Por exemplo, a visão de uma empresa como a Nike é ser uma referência em artigos esportivos, mantendo assim um vínculo com qualidade
de vida e de pessoas.
VALORES
Também conhecidos como princípios, os valores de uma organização ditam sua maneira de se comportarpara cumprir os objetivos. É
importante que a empresa tenha valores bem estabelecidos e amplamente conhecidos internamente e, mais do que isso, que os
colaboradores acreditem e ajam de acordo com eles.
Para isso, a gestão precisa construir valores que tenham ligação com os objetivos do negócio e que sejam relevantes para o público-alvo
atingido.
Por exemplo, em uma startup de tecnologia, os valores podem envolver inovação, agilidade e valorização do conhecimento.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Os objetivos estratégicos são as metas globais e amplas da organização e devem estar diretamente relacionados à missão da empresa. A
cada objetivo estratégico alcançado, a empresa deve caminhar para mais perto de alcançar a sua visão de futuro.
EXEMPLO
Aumento da satisfação dos clientes em 30%, redução dos custos administrativos em 10%, aumento do nível de capacitação dos funcionários
em 20%.
PLANEJAMENTO TÁTICO
O planejamento tático tem o seu foco no médio prazo e possui mais detalhes do que o planejamento estratégico. Esse plano orienta as áreas
e os departamentos da empresa, detalhando os meios para atingir suas metas. Podemos dizer que o planejamento tático é a decomposição
do planejamento estratégico para cada setor e área da companhia.
No planejamento tático, as projeções também são feitas para um período um pouco menor, geralmente, de 1 a 3 anos.
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.
OBJETIVOS TÁTICOS
A partir do planejamento tático, são elaborados os objetivos táticos para cada unidade específica da organização (produção, finanças,
marketing e de recursos humanos etc.). Esses objetivos devem ser criados de forma a garantir que os objetivos estratégicos sejam
alcançados. É essencial que o planejamento tático tenha conexão com o planejamento estratégico.
São exemplos de objetivos táticos a garantia de que 100% dos novos funcionários possuam graduação, que nenhum produto com defeito
seja comercializado e que as apólices de seguros sejam emitidas em 20 dias.
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
O planejamento operacional tem o foco no curto prazo e define métodos, processos e sistemas a serem utilizados para que a organização
possa alcançar os objetivos globais.
Como resultado da etapa de planejamento operacional, geralmente, obtemos planos de ações e cronogramas das atividades que devem ser
desenvolvidas dentro do período definido.
OBJETIVOS OPERACIONAIS
A partir do planejamento operacional, são definidos os objetivos operacionais, cujos planos especificam as pessoas envolvidas, suas
responsabilidades, atividades, funções, a divisão de tarefas, os equipamentos e os recursos financeiros necessários para colocar o
planejamento em prática.
São exemplos de objetivos operacionais a parceria com uma universidade para capacitar os funcionários, a implementação de um programa
de qualidade total ou de um sistema de rastreamento de demandas à Tecnologia da Informação.
ORÇAMENTO
Depois de definir seus objetivos estratégicos, a organização os subdivide em objetivos táticos para cada área da empresa e cria planos de
ação para os objetivos operacionais. A próxima etapa é transformar tudo em números com ajuda do orçamento empresarial. A empresa
possuirá um plano completo que abrange:
Fonte: Ahmet Misirligul/Shutterstock.
Quanto precisa faturar
Fonte: mantinov/Shutterstock.
Quais são os limites de custos e despesas que precisa respeitar.
Fonte: kan_chana/Shutterstock.
Quais investimentos precisa realizar.
Além disso, pode acompanhar os números ao longo do ano, verificando se está caminhando para alcançar sua visão ou se precisa de algum
ajuste na operação.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
Nos dias atuais, empresas dependem fortemente dos serviços de tecnologia, os quais devem estar alinhados aos objetivos do negócio como
premissa para a performance e sobrevivência no mercado. O objetivo do planejamento estratégico de Tecnologia da Informação é alinhar
objetivos de Tecnologia da Informação aos objetivos do negócio.
Planos Estratégicos de TI (PETI) e Planos Diretores de TI (PDTI), portanto, são instrumentos que devem ser desenvolvidos e mantidos de
maneira integrada a Planejamentos Estratégicos Corporativos, assim como respectivos.
Fonte: Vasin Lee/Shutterstock.
Planejamento estratégico de Tecnologia da Informação é o processo de elaborar uma estratégia para uso da tecnologia da informação em
uma organização. Por meio dele, a estratégia de Tecnologia da Informação é estruturada, organizada e sistematizada. Contar com um
planejamento estratégico de TI garante que a tecnologia da informação está sendo usada a favor do negócio e ajuda a criar valor para os
clientes.
O planejamento estratégico de TI é um desdobramento do planejamento estratégico corporativo, portanto, deve estar alinhado com os
valores e objetivos estratégicos da organização. Para fazer um planejamento estratégico de TI, é necessário ter definido antes qual a
estratégia da empresa. Isso significa elaborar uma visão de futuro e as principais metas da organização durante um período específico. A TI
deve, inclusive, participar da sua elaboração.
O planejamento estratégico deve considerar ainda:
Análise de ambiente interno e externo da Tecnologia da Informação
O planejamento estratégico de Tecnologia da Informação também deve considerar o ambiente interno e externo da TI. Analisar as condições
internas da TI é verificar o que a área de tecnologia pode fazer diferente no futuro, visando gerar novos resultados para a organização. Ao
analisar as condições externas à TI, é preciso averiguar o que os concorrentes estão fazendo e o que o mercado precisa.
Iniciativas estratégicas
As iniciativas estratégicas são projetos e programas executados para alcançar os objetivos estratégicos, podendo atender à estrutura interna
da TI ou beneficiar toda a organização. Como exemplo de iniciativas, existe a padronização de processos e implantação de modelo de
governança de TI.
Indicadores estratégicos
Não basta apenas fazer um ótimo planejamento estratégico de TI. É preciso monitorar a execução desse plano e ficar de olho nos
indicadores das iniciativas e dos próprios objetivos estratégicos. Com o acompanhamento constante, indicadores que não estiverem
performando bem vão ter uma chance de serem recuperados.
Para que o monitoramento seja completo, é interessante associar papéis e responsabilidades aos indicadores. Isso significa estabelecer um
responsável pelo indicador e por fornecer informações para apuração deste. Para isso, será necessário fechar acordos entre as partes, com
as informações necessárias e prazos, visando atender ao monitoramento do planejamento estratégico.
Por isso, ele pode sofrer ajustes, dependendo de como está a execução da estratégia. Esses ajustes vão decorrer de uma análise profunda
do desempenho da estratégia. Assim, o planejamento não pode ser muito engessado nem muito volátil. É preciso encontrar um equilíbrio
entre esses dois extremos.
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI
Muitas áreas de TI apenas atendem ao que as áreas de negócio pedem, sem se preocupar se realmente haverá resultados. Os orçamentos
das empresas, em sua maioria, são utilizados para a manutenção dos serviços essenciais de TI, sendo destinado uma pequena parte para o
crescimento dos negócios.
O planejamento estratégico de TI surge justamente para explorar todo o potencial que a área de TI de uma organização oferece. Isso porque,
o processo de planejamento exige uma reflexão profunda acerca das competências e habilidades da TI. A área de TI pode ser potencial
parceira estratégica do negócio. A TI pode atuar como agente de mudanças e transformar o negócio, pois conhece a organização como
nenhuma outra área.
Fonte: SOMKID THONGDEE/Shutterstock.
Com o aumento na disponibilidade de informações, hoje, é possível entender com mais facilidade os desejos e as necessidades dos
consumidores. Assim, as empresas conseguem se aproximar mais do cliente por meio de uma estratégia conduzidapelo valor e pelas
informações.
A importância da TI se dá à medida que ela proporciona a transformação digital. Nesse sentido, pode-se considerar o aumento das soluções
de TI e o surgimento de novos modelos de negócio. Por isso, ela deve participar ativamente das discussões estratégicas do negócio. Assim,
terá mais condições de colaborar com a empresa.
BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI
Os benefícios do planejamento estratégico de TI são:
COMUNICAÇÃO TRANSPARENTE
Com o planejamento estratégico de TI, a equipe da área entenderá melhor o seu papel dentro da empresa. Assim, os colaboradores vão se
sentir mais motivados a trabalhar em prol do negócio. Isso também ajuda a percepção da empresa sobre os resultados da TI.
Portanto, o planejamento estratégico de TI ajuda a levar visibilidade para a área. Serve também como ferramenta para comunicação com a
direção da empresa e para apresentar os resultados esperados com a TI. Assim, é possível melhorar a governança como um todo.
AGILIDADE DE NEGÓCIO
O planejamento estratégico de TI traz agilidade organizacional, que é a capacidade das empresas responderem rapidamente às mudanças,
considerando que as tecnologias facilitam a execução de processos e projetos.
CRESCIMENTO ORGANIZACIONAL
O planejamento estratégico de TI proporciona crescimento organizacional, isto é, aumenta a competitividade da empresa e favorece a
continuidade do negócio.
USO CORRETO DE RECURSOS
O planejamento estratégico de TI ajuda a priorizar projetos e outras ações, auxiliando na tomada de decisões. O uso correto de recursos é
algo natural e vem como consequência do planejamento estratégico de TI.
ALINHANDO O NEGÓCIO COM A TI
As empresas precisam de uma maneira de ter todas as partes trabalhando em conjunto.
Não adianta permitir que cada departamento busque a própria otimização pensando que, assim, terá um conjunto otimizado. Otimizar todas
as partes é algo bom, porém não otimiza o todo. Devemos olhar além dos processos e das funções departamentais e desenhar o negócio
como um todo para observar, tanto as relações entre as partes, quanto a necessidade de elas trabalhem em conjunto.
Fonte: Monster Ztudio/Shutterstock.
Para alinhar as áreas de negócio e consequentemente as áreas de apoio que incluem a TI, é preciso começar pela estratégia, considerando
Missão, Visão, Valores e os Objetivos do negócio como um todo. É importante visualizar o negócio com seus elementos e suas relações e,
muitas vezes, redesenhá-los; também se deve considerar o ambiente externo e os processos de negócio. Com isso, a TI poderá atuar
fortemente para ajudar na execução deste conjunto, ou seja, poderá se alinhar ao negócio.
Como disse Peter Ducker,
“PLANEJAMENTO NÃO DIZ RESPEITO ÀS DECISÕES FUTURAS, MAS ÀS
IMPLICAÇÕES FUTURAS DE DECISÕES PRESENTES”.
IMPORTÂNCIA DO ALINHAMENTO ENTRE A ESTRATÉGIA DE
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A ESTRATÉGIA
CORPORATIVA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FONTE: OLHONAVAGA) O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É A FERRAMENTA INDISPENSÁVEL A UMA
ORGANIZAÇÃO, A FIM DE PREVENIR AS INCERTEZAS POR MEIO DE TÉCNICAS E PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS, OS QUAIS PERMITEM O PLANEJAMENTO DO SEU FUTURO, A ELABORAÇÃO DE
OBJETIVOS E AS ESTRATÉGIAS.
ANALISE AS AFIRMATIVAS ABAIXO:
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SIGNIFICA O PONTO DE PARTIDA NA ADMINISTRAÇÃO
ESTRATÉGICA DAS ORGANIZAÇÕES, INDEPENDENTEMENTE DE SEU TAMANHO E TIPO.
A PARTIR DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, A ORGANIZAÇÃO IDENTIFICARÁ AS
OPORTUNIDADES E AS AMEAÇAS EM UM MERCADO GLOBALIZADO E COMPETITIVO COMO O ATUAL.
O PLANEJAMENTO ESTÁ RELACIONADO AO ALTO NÍVEL DA ORGANIZAÇÃO, É ELE QUE ESTABELECE
A MELHOR DIREÇÃO A SER SEGUIDA.
O PRINCIPAL AUXÍLIO PARA A ALTA ADMINISTRAÇÃO É O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO QUE
ORIENTA AS DECISÕES TOMADAS SEM LEVAR EM CONTA A ALTA MARGEM DE ERRO DO
PLANEJAMENTO.
ESTÃO CORRETAS AS AFIRMATIVAS ABAIXO:
A) I e III
B) II e IV
C) I, II e III
D) I, II, III e IV
2. (FONTE: OLHO NA VAGA) O PLANEJAMENTO FORMAL NAS ORGANIZAÇÕES PREVÊ A FORMULAÇÃO DE
OBJETIVOS QUE ESPECIFIQUEM OS ESTÁGIOS DE VISÃO E DA MISSÃO DA ORGANIZAÇÃO. OS
OBJETIVOS PODEM SER CLASSIFICADOS DE ACORDO COM OS NÍVEIS ORGANIZACIONAIS. ASSINALE A
OPÇÃO EM QUE ESSES NÍVEIS ESTÃO LISTADOS CORRETAMENTE.
A) Executivo, estratégico e tático
B) Estratégicos, táticos e operacionais
C) Tático, operacional e logístico
D) Logístico, tecnológico e estratégico
GABARITO
1. (Fonte: Olhonavaga) O Planejamento Estratégico é a ferramenta indispensável a uma organização, a fim de prevenir as incertezas
por meio de técnicas e processos administrativos, os quais permitem o planejamento do seu futuro, a elaboração de objetivos e as
estratégias.
Analise as afirmativas abaixo:
O planejamento estratégico significa o ponto de partida na administração estratégica das organizações, independentemente
de seu tamanho e tipo.
A partir do processo de planejamento estratégico, a organização identificará as oportunidades e as ameaças em um mercado
globalizado e competitivo como o atual.
O planejamento está relacionado ao alto nível da organização, é ele que estabelece a melhor direção a ser seguida.
O principal auxílio para a alta administração é o planejamento estratégico que orienta as decisões tomadas sem levar em
conta a alta margem de erro do planejamento.
Estão corretas as afirmativas abaixo:
A alternativa "C " está correta.
O Planejamento estratégico corresponde, primeiramente, à definição de uma estratégica e, depois, a como ela poderá ser alcançada com a
colaboração de todos na organização.
2. (Fonte: Olho na vaga) O planejamento formal nas organizações prevê a formulação de objetivos que especifiquem os estágios de
visão e da missão da organização. Os objetivos podem ser classificados de acordo com os níveis organizacionais. Assinale a
opção em que esses níveis estão listados corretamente.
A alternativa "B " está correta.
O Planejamento é realizado em três níveis: estratégico, tático e operacional.
MÓDULO 3
Descrever os princípios e as responsabilidades da Governança de Tecnologia da Informação
GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fonte: metamorworks/Shutterstock.
CONCEITO GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Visando à proteção do mercado de capitais e de seus investidores, foi promulgada em 2002 a Lei Sarbanes-Oxley, estabelecendo o conceito
atual de Governança Corporativa em consequência da participação e importância da informática nas operações das organizações. Surgiu
também a Governança de TI, visando exclusivamente estabelecer mecanismos de proteção, segurança, confiabilidade nas empresas e, com
isso, evitar a ocorrência de fraudes, viabilizar meios para a sua identificação e proteger o mercado investidor.
Fonte: everything possible/Shutterstock.
A Governança em TI, portanto, é a responsável por garantir que as informações estejam disponíveis para dar suporte ao processo de
Governança Corporativa, integrando os setores e proporcionando o embasamento para a tomada de decisões da alta cúpula da organização.
SAIBA MAIS
Em 4 de abril de 2019, foi divulgada a Portaria nº 778, que dispõe sobre a Implantação da Governança de Tecnologia e Comunicação nos
órgãos e entidades pertencentes ao Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação do Poder Executivo Federal.
PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
(GOVERNANÇA DE TI)
A Governança em TI é feita com base em um conjunto de políticas e processos internos que garantem a transparência e eficiência das
informações.
Essa área fornece suporte aos membros da alta administração para que tenham base de informações no processo de tomada de decisões,
sempre com o objetivo estabelecido no planejamento estratégico.
A Governança de TI utiliza os seguintes princípios e estrutura conforme a sua área:
Fonte: tomertu/Shutterstock.
GESTÃO DE RISCOS
O risco é inerente a qualquer atividade realizada pelas empresas. Porém, ele precisa ser constantemente monitorado para que os membros
da organização possamagir a tempo de corrigir os eventuais problemas.
Fonte: Monster Ztudio/Shutterstock.
ENTREGA DE VALOR
A TI precisa garantir que seus benefícios sejam entregues de forma a serem devidamente executados em todos os setores da organização.
Fonte: ra2 studio/Shutterstock.
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
As soluções e práticas de TI devem estar alinhadas a todos os objetivos estratégicos da empresa. Caso contrário, a Governança de TI torna-
se ineficiente.
Fonte: tomertu/Shutterstock.
GESTÃO DE RECURSOS
Os recursos necessários para que a TI preste seus serviços devem ser geridos da forma mais eficaz. Isso vale tanto para os recursos
tecnológicos quanto para os recursos humanos, que operacionalizam os sistemas.
Fonte: Candidman/Shutterstock.
MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO
Todos os projetos e processos devem ser mensurados para que seus objetivos sejam alcançados.
QUAIS BENEFÍCIOS UMA GOVERNANÇA DE TI BEM-SUCEDIDA PODE
PROPORCIONAR AO NEGÓCIO?
INOVAÇÃO
As inovações tecnológicas tornaram-se fortes aliadas dos negócios e são definidas pelo resultado da exploração de novas ideias, levando à
criação de um produto, processo ou serviço totalmente novo ou melhorado. Portanto, é muito importante manter o foco em inovações
tecnológicas, pois são elas que lhe trarão uma maior probabilidade de um resultado para a organização.
PRODUTIVIDADE
A tecnologia é útil para simplificar tarefas do dia a dia e melhorar a produtividade durante a jornada de trabalho. Auxilia no processo de
minimizar o esforço de funcionários que podem estar em atividades desnecessárias.
QUALIDADE
Qualidade é estar em conformidade com os requisitos, os quais devem derivar da Governança de TI.
REDUÇÃO DE CUSTOS
A redução de custos poderá derivar de processos operacionais, licenças de software, terceirização de serviços etc.
FLEXIBILIDADE
A infraestrutura de TI e a conexão de serviços, sistemas e pessoas se tornou o coração de todos os negócios. Uma infraestrutura ágil,
otimizada e preparada para lidar com mudanças bruscas de demanda, atuando de forma elástica e flexível, garante a rápida adaptação
sempre que necessário.
POR QUE UMA EMPRESA PRECISA DE GOVERNANÇA DE TI?
Falhas em TI podem colocar em risco a credibilidade da empresa com os consumidores.
Um acidente ou erro em TI pode afetar a segurança da informação e a confidencialidade de processos. Diferentes projetos de TI sem um
alinhamento estratégico e procedimentos para seguir podem trazer prejuízos financeiros para um negócio. Esses são alguns exemplos de
uma gama de erros que podem ocorrer em uma organização sem uma Governança de TI consolidada.
Fonte: Den Rise/Shutterstock.
A Governança de TI tem a responsabilidade de solucionar problemas de alinhamento organizacional em relação à TI e às estratégias do
negócio. Ela atua por meio da identificação de áreas interessadas em iniciativas de TI, mapeamento dos graus de tomada de decisão de
cada setor e criação de modelos e padrões de governança para que todas as áreas façam o uso adequado de TI e tenham um bom retorno
sobre os investimentos.
SAIBA MAIS
Uma Governança de TI com padrões e processos bem definidos garante a segurança de sistemas e processos, a integridade de dados e
mitiga os riscos do negócio.
QUANDO A GOVERNANÇA DE TI É EFICAZ?
O primeiro aspecto mais relevante das organizações que têm sucesso usando a estratégia é o alinhamento com todas as áreas do negócio.
Todas as inciativas de TI precisam ter interdependência com o planejamento estratégico e serem avaliadas constantemente.
Para garantir um modelo de Governança de TI eficaz, é necessário ter o envolvimento e apoio da alta gestão, com padrões estabelecidos e
responsabilidades definidas para aplicação em toda a organização.
Os principais frameworks (conjunto de padrões, ferramentas e boas práticas) da Governança de TI são:
Cobit (Control Objectives for Information and Related Technology)
ITIL (Information Technology Infrastructure Library)
PMBOK (Project Management Body of Knowledge).
SAIBA MAIS
Também vale ressaltar a importância de gerenciar os riscos aos quais o negócio está exposto e de direcionar a tomada de decisões de
maneira assertiva.
FRAMEWORKS DA GOVERNANÇA DE TI
Para implantar a Governança de TI em sua empresa, é importante que você conheça todos os frameworks – em outras palavras, modelos de
trabalho – que lhe fornecem as métricas e o que deve ser feito para garantir a eficácia desta prática.
Os principais frameworks da Governança de TI são:
COBIT (CONTROL OBJECTIVES FOR INFORMATION AND RELATED
TECHNOLOGY)
Este é o modelo de trabalho mais utilizado na Governança de TI e está na sua quinta versão. Ele apresenta recursos que incluem:
Sumário executivo
Controles de objetivos
Mapas de auditorias
Indicadores de metas
Performances e um guia com técnicas de gerenciamento
Suas práticas de gestão são recomendadas por especialistas da área. Ele pode ser utilizado para testar e garantir a qualidade dos serviços
de TI prestados por meio de um sistema de métricas próprio.
Desenvolvido pela ISACA (Information Systems Audit and Control Association), ele conta com uma série de recursos que pode ser usada
como modelo de referência para governança não só da área de TI como também de todo o negócio. Entre eles, destacam-se um sumário
executivo, objetivos de controle, framework, mapas de auditoria, instrumentos para sua implantação e guia com técnicas de gestão.
ITIL (INFORMATION TECHNOLOGY INFRASTRUCTURE LIBRARY)
Este é um framework que é voltado para o público e não para o proprietário. Nesse contexto, o ITIL define o conjunto de práticas para o
gerenciamento dos serviços de TI por meio de “bibliotecas” que fazem parte de cada módulo de gestão. Dessa forma, diferentemente do
Cobit, este é um modelo mais focado para os serviços de TI em si.
PMBOK (PROJECT MANAGEMENT BODY OF KNOWLEDGE)
Este framework está voltado para o gerenciamento de projetos da área e a melhora do desenvolvimento e da atuação dos profissionais de TI.
Portanto, as definições, os conjuntos de ações e os processos do PmBOK estão descritos em seu manual, que expõe as habilidades,
ferramentas e técnicas necessárias para realizar a gestão de um projeto.
QUAL A RELAÇÃO DA COBIT E DA ISO 38500 COM A GOVERNANÇA EM
TI?
A ISO/IEC 38500 estipula um modelo para a Governança Corporativa de TI, além de definir esse termo como o sistema pelo qual a utilização
futura e atual da Tecnologia da Informação é dirigida e controlada.
A Governança Corporativa de TI engloba a análise e a orientação do emprego da TI para fornecer suporte à empresa a fim de alcançar seus
objetivos estratégicos. Também envolve o monitoramento da utilização da TI para se executar os planos traçados, ou seja, suas políticas de
uso dentro da empresa.
Fonte: Profit_Image/Shutterstock.
Para entender melhor, é importante que gestores gerenciem a TI por meio de três tarefas principais:
Avaliar o emprego atual e futuro da TI, levando em consideração as pressões internas e externas que influenciam o negócio —
tendências socioeconômicas, mudanças tecnológicas e influências políticas.
Considerar as necessidades futuras e atuais do empreendimento.
Gerenciar a preparação e a implantação de políticas e planos para assegurar que a utilização da TI consiga atender aos objetivos da
empresa; monitorar a performance em relação aos planos e o cumprimento das políticas. Por sua vez, o COBIT realiza uma clara
distinção entre gestão e governança em TI em seu quinto princípio: distinguir a governança de gestão.
Essas atividades englobam diferentes tipos de processos, necessitam e exigem distintas estruturas organizacionais, além de servirem a
propósitos diferentes.
Da perspectiva do COBIT, a governança de TI assegura que as necessidades, as opções e as condições das partes interessadas sejam
analisadas de modo a determinar os objetivos corporativos acordados. Ela estabelece a direção por meio de priorização e de tomada de
decisão, bem como provê monitoramento de performance econformidade com relação aos propósitos definidos.
Fonte: Profit_Image/Shutterstock.
Na governança, são debatidos e aprovados políticas e planos de alinhamento estratégico, a implantação de processos e os instrumentos de
controle/monitoramento que orientarão a gestão da TI.
Em grande parte das empresas, a governança de TI está sob responsabilidade do Conselho de Administração, tendo como liderança o
presidente. No entanto, determinadas responsabilidades de governança podem ser delegadas a estruturas empresariais especiais em um
nível adequado, com atenção especial em companhias maiores e mais complexas.
QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE TI E
UMA DE GOVERNANÇA?
Para a boa aplicação da governança em TI na empresa, é preciso ter um correto entendimento sobre quais as suas diferenças em relação à
gestão de TI convencional.
SAIBA MAIS
Primeiramente, é necessário deixar claro que a governança compreende todas as práticas e técnicas relacionadas a avaliar, direcionar e
monitorar fluxos de trabalho, processos e atividades da área de Tecnologia da Informação.
Governança
A área de governança corresponde à camada em que se discute e se aprova os direitos de decisão, as normas e demais políticas de gestão.
Esses serão utilizados para o alinhamento estratégico, a implantação de processos e os mecanismos de controle que orientarão o
gerenciamento de TI, que, por sua vez, corresponde à camada de execução da TI.
Gestão de TI
A gestão de TI compreende metodologias que têm relação com planejar, desenvolver, executar e controlar/monitorar as atividades, processos
e fluxos de trabalho de TI. Elas estão em constante sintonia com o direcionamento estratégico entregue pela governança em TI.
RESUMINDO
Na visão do COBIT, quando falamos das necessidades do negócio, a governança tem a ver com avaliar, dirigir e monitorar processos,
enquanto a gestão de TI é vinculada a planejar, construir, entregar e (também) monitorar.
PRINCÍPIOS E RESPONSABILIDADES DA GOVERNANÇA DE TI
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FONTE: GABARITOU TI.) EM TERMOS DE GOVERNANÇA, GESTÃO E CONTROLE, O COBIT 5 COBRE
TODO O CONJUNTO DE ATIVIDADES DE TI, CONCENTRANDO-SE MAIS EM “O QUE” DEVE SER ATINGIDO
DO QUE EM “COMO” ATINGIR. ASSIM, O COBIT PODE SER UTILIZADO EM UMA ORGANIZAÇÃO:
A) Somente no nível mais alto da gestão e governança que permite uma visão corporativa que trate, por exemplo, de questões legais e/ou de
compliance.
B) Para avaliar os riscos operacionais de TI, observando-se os habilitadores sempre de forma isolada, a fim de analisar se há discrepâncias
em relação às boas práticas e avaliar a probabilidade de ocorrência e a severidade do impacto dos riscos no negócio.
C) Para implementar a governança de uma única vez com práticas relativas às áreas de processos, sendo mapeados para os habilitadores
do modelo de forma a criar uma estrutura específica de governança que não utilize padrões já existentes.
D) Como um checklist para avaliar os pontos fortes e os pontos fracos de todos os habilitadores de TI, servindo como subsídio para a
proposição de ações de melhoria, visando uma estruturação eficaz da governança e do gerenciamento.
2. (FONTE: GABARITOU TI.) O ITIL É:
A) Um fórum de gerenciamento de serviços de Tecnologia da Informação.
B) Um sistema de certificação para profissionais de Tecnologia da Informação.
C) Uma biblioteca de melhores práticas para a gestão de serviços em Tecnologia da Informação.
D) Um ambiente corporativo para a gestão da estratégia de serviços em Tecnologia da Informação.
GABARITO
1. (Fonte: Gabaritou TI.) Em termos de governança, gestão e controle, o CobiT 5 cobre todo o conjunto de atividades de TI,
concentrando-se mais em “o que” deve ser atingido do que em “como” atingir. Assim, o Cobit pode ser utilizado em uma
organização:
A alternativa "D " está correta.
O Cobit está dentre um dos frameworks para a estruturação da Governança de TI de forma eficaz.
2. (Fonte: Gabaritou TI.) O ITIL é:
A alternativa "C " está correta.
O ITIL está dentre um dos frameworks para a estruturação da Governança de TI de forma eficaz.
MÓDULO 4
Identificar o processo de decisão na Governança de Tecnologia da Informação
Fonte: Blue Planet Studio/Shutterstock.
PRINCIPAIS DECISÕES NA GOVERNANÇA DE TI
A área de Tecnologia da Informação (TI) vem a cada dia desempenhando um papel mais importante nas organizações, especialmente pelo
fato de que grande parte das transações é registrada em ambientes informatizados.
A Governança de TI proporciona agilidade, mobilidade e suporte à tomada de decisão.
O aumento da importância da TI resulta na reflexão e em uma maior atenção em questões vinculadas ao crescimento de investimentos em
TI, valor que a área agrega à organização e a seus produtos e serviços. Essas questões fazem com que os temas de tomada de decisão na
área de Tecnologia e Governança de TI sejam mais frequentes.
Como consequência, torna-se essencial o alinhamento entre o Negócio e a TI, principalmente, devido aos altos investimentos, à dificuldade
de mensurá-los e à definição de como e quem são os atores do processo decisório.
A TI pode contribuir significativamente para que as organizações alcancem seus objetivos, mas, para isso, é preciso que a Governança de TI
seja implantada em uma área clara, forte, especialmente nos quesitos de riscos, controle dos custos, de pessoas, de contratos, fornecimento
de serviços de terceiros, além de ficar claro como são tomadas as decisões e os respectivos responsáveis. Entretanto, devido à
complexidade da TI, existe uma dificuldade de obtenção de respostas claras a questionamentos sobre quem são os tomadores de decisões
na área de TI das organizações.
Fonte: TippaPatt/Shutterstock.
SAIBA MAIS
A governança de TI se apresenta como uma ferramenta capaz de permitir o alinhamento entre as estratégias de negócio e da TI, além de
favorecer um maior profissionalismo aos processos decisórios da TI.
MATRIZ DE ARRANJO DA GOVERNANÇA DE TI
De acordo com Weill e Ross (2006), uma Governança de TI eficaz deve tratar de três questões referentes à tomada de decisão:
Quais decisões devem ser tomadas para garantir a gestão e o uso eficazes de TI?
Quem deve tomar essas decisões?
Como essas decisões serão tomadas e monitoradas?
Weill e Ross (2006) implementaram a Matriz de Arranjo de Governança de TI, que aborda as questões que envolvem quais são as decisões
que devem ser tomadas e quem deve tomá-las. A matriz permite a relação entre cinco decisões-chave que se relacionam com um conjunto
de arquétipos que permitem especificar os direitos decisórios na TI. Com relação às principais decisões sobre a governança de TI, os autores
sugerem que toda organização precisa tomar cinco grandes decisões inter-relacionadas sobre a TI, são elas:
DECISÕES SOBRE OS PRINCÍPIOS DE TI
São declarações de alto nível sobre como a TI é utilizada no negócio, tornam-se parte do ambiente organizacional e podem ser discutidas,
debatidas, apoiadas, recusadas e aprimoradas. Definem o comportamento desejável tanto para os profissionais de TI como para os usuários
da tecnologia da informação.
DECISÕES SOBRE ARQUITETURA DE TI
É a organização lógica dos dados, das aplicações e infraestruturas, definidas a partir de um conjunto de políticas, relacionamentos e opções
técnicas adotadas para obter a padronização e a integração técnicas e de negócio desejadas. As decisões sobre arquitetura são muito
importantes para uma gestão e utilização eficazes da TI.
DECISÕES SOBRE INFRAESTRUTURA DE TI
São os serviços de TI coordenados de maneira centralizada e compartilhados que provêm a base para a capacidade de TI da organização.
Possuir a infraestrutura adequada significa fornecer serviços com um bom custo/benefício que permitam à organização adotar de uma forma
mais rápida novas aplicações e negócios.
DECISÕES SOBRE NECESSIDADES DE APLICAÇÕES DE NEGÓCIO
São as especificações da necessidade de negócio de aplicações de TI adquiridas no mercado ou desenvolvidasinternamente.
DECISÕES SOBRE INVESTIMENTOS E PRIORIZAÇÃO DE TI
São as decisões sobre o quanto e onde investir em TI, incluindo a aprovação de projetos e as técnicas de justificação. Essas decisões
envolvem normalmente três dilemas: quanto se deve gastar, em que gastar e como reconciliar as necessidades de diferentes grupos de
interesse.
Essas cinco decisões relacionam-se para resultar em uma governança de TI eficaz, pois cada uma representa aspectos importantes que
devem ser observados dentro da TI. Na Matriz de Arranjo de Governança de TI, as decisões (colunas) são cruzadas com arquétipos (linhas)
que descrevem combinações de pessoas que possuem os direitos decisórios ou contribuem para a tomada de decisão de TI.
Weill e Ross (2006) utilizaram, para descrever os grupos de pessoas, arquétipos políticos, tais como: monarquia, feudalismo, federalismo,
duopólio e anarquia. Os arquétipos foram divididos em seis grupos descritos abaixo:
MONARQUIA DE NEGÓCIO
Representa os altos executivos de negócio que tomam decisões de TI que afetam toda a organização. Normalmente, as monarquias de
negócio aceitam contribuições de muitas fontes para as decisões-chave.
Os principais participantes do arquétipo monarquia de negócio são os gestores de nível estratégico.
MONARQUIA DE TI
Os profissionais de TI, principalmente, o CIO, tomam as decisões da TI. Normalmente, as organizações implementam as monarquias de TI
de diversas formas; com frequência, envolvem profissionais de TI tanto de equipes corporativas como de unidades de negócios.
Os principais participantes do arquétipo Monarquia de TI são profissionais da TI (da organização inteira) ou da TI das unidades de negócio.
FEUDALISMO
Cada unidade de negócio toma as decisões relativas à TI. Este modelo não ajuda a tomada de decisões da organização como um todo.
No Feudalismo, há somente os líderes das unidades/setores e pode ter duas variações, os gestores de nível estratégico, equipe de TI e os
líderes de unidades organizacionais, ou gestores de nível estratégico e líderes das unidades de negócio.
FEDERALISMO
As diretorias, os órgãos mais centrais e as unidades de negócio são os responsáveis pelas decisões sobre a TI. As unidades de negócios
maiores e mais poderosas com frequência ganham mais atenção e têm maior influência sobre as decisões.
DUOPÓLIO DE TI
Representa o consenso bilateral entre os executivos de TI e outros executivos de negócio. O duopólio envolve o grupo principal de TI e a
equipe de alta gerência, os executivos e líderes das unidades de negócio.
Também no duopólio de TI, pode existir duas variações na participação, os gestores de nível estratégico e a equipe de TI, ou a equipe de TI e
os líderes das unidades de negócio.
ANARQUIA
Indivíduos de pequenos grupos tomam as decisões sobre a TI. As anarquias são consideradas a ruína de muitos grupos de TI, pois são caras
de sustentar e preservar.
Na Anarquia, não há participação dos gestores de nível estratégico da organização, bem como da equipe de TI e de líderes das unidades de
negócio.
SAIBA MAIS
Os arquétipos demonstram os grupos decisórios que são encontrados em muitas organizações, públicas ou privadas, e servem para indicar
quem deve ser responsabilizado por tomar determinados tipos de decisões.
CAPACIDADE DA GOVERNANÇA DE TI
A Governança de TI ultrapassa as abordagens de controle de risco e alcança a estratégia e todo o modelo de gestão empresa. Ela se
envolve nos processos e nas estruturas organizacionais que devem viabilizar avanços em direção à eficiência, à transparência e à
competitividade, integrando a tecnologia e o fluxo de informações ao objetivo de negócio da organização.
Para atuar em toda extensão da empresa, a Governança de TI necessita estabelecer os mecanismos do processo de decisão e o
alinhamento estratégico com o negócio. Para isso, Grembergen, Haes e Guidentops (2004), citados por Albertin e Albertin (2010), definem
algumas capacidades necessárias, conforme a seguir:
ESTRUTURAS FORMAIS DE INTEGRAÇÃO
Identificar os executivos, identificar as áreas e institucionalizar os comitês e conselhos.
PROCESSOS FORMAIS DE INTEGRAÇÃO
Formalizar e institucionalizar procedimentos de tomada de decisão estratégica de TI.
INTEGRAÇÃO
Grau no qual as decisões de TI são tomadas. As integrações se dão na forma administrativa, quando o cronograma e o orçamento são
compartilhados entre negócio e TI; na forma sequencial, quando as decisões de negócio endereçam as tomadas de decisão de TI; na forma
recíproca, quando as decisões de negócio e de TI se influenciam mutuamente; e na integração completa, quando as decisões de negócio e
TI concorrem num mesmo processo.
Nesta mesma linha, a norma NBR ISO/IEC 38500 (2009), que trata da Governança Corporativa de Tecnologia da Informação, tem como
objetivo fornecer uma estrutura de princípios para os dirigentes usarem na avaliação, gerenciamento e monitoramento do uso da tecnologia
da informação em suas organizações.
A norma oferece uma estrutura para orientar os dirigentes das organizações sobre o uso eficaz, eficiente e aceitável da tecnologia da
informação em suas empresas. Também ajuda a alta administração das organizações a entender e cumprir suas obrigações legais,
regulamentares e éticas com relação ao uso da tecnologia da informação. Desse modo, estabelece seis princípios de governança de TI,
conforme descritos a seguir:
RESPONSABILIDADE
Os indivíduos e grupos dentro da organização compreendem e aceitam seus papéis e suas responsabilidades com referência ao
fornecimento e demanda de tecnologia da informação. Fica estabelecido que responsáveis pelas ações também têm autoridade para
desempenhá-las.
ESTRATÉGIA
O desenvolvimento da estratégia do negócio considera as capacidades atuais e futuras de TI. O planejamento estratégico de TI busca
atender às necessidades atuais e contínuas da estratégia de negócio da organização.
AQUISIÇÃO
As aquisições de TI são feitas por razões válidas, com base em análise apropriada e contínua, com tomada de decisão clara e transparente,
buscando um equilíbrio adequado entre benefícios, oportunidades, custos e riscos, a curto e longo prazo.
DESEMPENHO
A TI é adequada para suportar a organização, fornecendo serviços, níveis de serviço e qualidade de serviço necessários para atender aos
requisitos atuais e futuros do negócio.
CONFORMIDADE
A TI cumpre e está em conformidade com toda a legislação e regulamentação obrigatórias. As políticas e práticas são claramente definidas,
implementadas e fiscalizadas.
COMPORTAMENTO HUMANO
As políticas, práticas e decisões de TI respeitam o comportamento humano, incluindo as necessidades atuais e futuras de todos os
envolvidos no processo.
Ainda de acordo com o modelo apresentado na norma, existe uma sugestão para que os dirigentes governem TI com o tripé para avaliar o
uso atual e futuro da TI, orientar a preparação e a implementação de planos e políticas para assegurar que o uso da TI atenda aos objetivos
do negócio e monitore o cumprimento das políticas e o desempenho em relação aos planejado.
CONTEXTUALIZAR O PROCESSO DE DECISÃO NA
GOVERNANÇA DE TI
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FONTE: COURSE HERO.) QUAL DOS ARQUÉTIPOS ABAIXO RELACIONADOS NÃO FAZ PARTE DE UMA
MATRIZ DE ARRANJOS DE GOVERNANÇA?
A) Monarquia
B) Presidencialismo
C) Anarquia
D) Federalismo
2. (FONTE: COURSE HERO) SOBRE O PROCESSO DE DECISÃO NA GOVERNANÇA EM TI, MARQUE A
ALTERNATIVA CORRETA:
A) A Governança em TI vai além das questões relativas a controle de risco, abrangendo todos processos e estruturas organizacionais.
B) Não se faz necessário que a Governança em TI estabeleça mecanismo relativos ao processo decisório.
C) Somente empresas de grande porte requerem Governança em TI.
D) A Governança em TI só deve ser usada em organizações cujo negócio é TI.
GABARITO
1. (Fonte: Course Hero.) Qual dos arquétipos abaixo relacionados não faz parte de uma Matriz de Arranjos de Governança?
A alternativa "B " está correta.
Para atuar,a Governança de TI deve ter uma estrutura adequada, com processos formais de integração e a integração nos processos de
decisão.
2. (Fonte: Course Hero) Sobre o processo de decisão na governança em TI, marque a alternativa correta:
A alternativa "A " está correta.
Essas são as decisões que a Governança de TI deve participar de maneira ativa. Essas decisões relacionam-se para resultar em uma
governança de TI eficaz.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o aumento da importância da TI nas organizações, cria-se a necessidade da reflexão e de uma maior atenção em questões vinculadas
ao crescimento de investimentos na área da TI e ao valor que esta agrega à organização e a seus produtos e serviços prestados. Desse
modo, é relevante a preocupação com o alinhamento da estratégia de negócio com a TI e como as decisões são tomadas por esta.
A Governança de TI tem como objetivo o alinhamento entre as estratégias da organização com a TI, além de deixar mais transparentes as
questões vinculadas a riscos, investimentos e, sobretudo, à tomada de decisão em aspectos que envolvem a TI.
REFERÊNCIAS
DRUCKER, P. F Administrando para o Futuro: Os Anos 90 e a Virada do Século. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1992.
EELLS, R. The Meaning of Modern Business: An Introduction to the Philosophy of Large Corporate Enterprise. Nova York: Columbia
University Press, 1960.
IBGC. Código das melhores práticas de governança corporativa. São Paulo: IBGC, 2015.
SWAIM, R. A Estratégia Segundo Drucker - Estratégias de Cresc. e Insights de Mark. Extraídos da Obra Peter Drucker. Rio de Janeiro:
LTC, 2011.
WEILL, P.; ROSS, W. J. Governança de TI – Como as empresas com melhor desempenho administram os direitos decisórios de TI na busca
por resultados superiores. São Paulo: M. Books do Brasil, 2006.
YU, A. S. O.; CAMARGO JR, A. S. C.; LIMA, A. C. Tomada de Decisão nas Organizações - Uma Visão Multidisciplinar. São Paulo: Saraiva,
2011.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, segue a indicação de livros que podem auxiliar no aprofundamento do conteúdo:
Governança Corporativa
Governança Corporativa , IBCG - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Governança Corporativa: Fundamentos, Desenvolvimento e Tendências , de José Rossetti e Adriana Andrade
Governança Corporativa no Brasil e no Mundo , de Alexandre Silveira
Governança Corporativa – O Poder de Transformação das Empresas , de Roberto Gonzalez
A Caixa-Preta da Governança , de Sandra Guerra
Governança Corporativa e Gestão Estratégica , de Patrícia Campos Baptista
Planejamento Estratégico
Estratégia Competitiva , de Michael E. Porter
Marketing de Guerrilha , de Jay Conrad Levinson
A Quinta Disciplina , de Peter Senge
Marketing 3.0 , de Philip Kotler
Para onde nos leva a tecnologia , de Kevin Kelly
Steve Jobs: a biografia , de Walter Isaacson
Governança de TI
Implantando a Governança de TI , de Aguinaldo Aragon Fernandes e Vladimir Ferraz de Abreu
Governança de TI - Tecnologia da Informação , Weill, Peter - Ross, Jeanne W
T.I.: mudar e inovar , de Marcelo Gaspar, Thierry Gomez e outros
CONTEUDISTA
Priscila Granato da Silva Castro Fleischhauer
CURRÍCULO LATTES

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