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UNIVERSIDADE FMU FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS ESCOLA DE NEGÓCIOS E HOSPITALIDADE CURSO DE GESTÃO DA QUALIDADE CLAUCIA DAL PIZZOL Projeto Aplicado II – Planejamento Estratégico CONCÓRDIA - SC 2020 CLAUCIA DAL PIZZOL Projeto Aplicado II – Planejamento Estratégico Trabalho apresentado no Curso de Gestão da Qualidade instituição de ensino superior FMU Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo, como requisito para a realização da disciplina de prática profissional: Projeto Aplicado. Orientador(es): Prof. Marcos Roberto Buri CONCÓRDIA 2020 RESUMO Este trabalho teve por finalidade elaborar um planejamento estratégico para a empresa JJC- TRANSPORTES E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS LTDA ME. Para alcançar o objetivo geral buscou-se informações do ambiente externo e interno da organização, assim possibilitando determinar medidas a serem tomadas para elaborar o planejamento estratégico. A tipologia utilizada foi a avaliação formativa e a abordagem qualitativa. Para o diagnóstico foi utilizado como instrumento de coleta de dados, observação, entrevista informal e sites. Quanto aos participantes da pesquisa constituí apenas um dos Sócio Gerente da empresa. E para facilitar a aplicação das ações sugeridas após o diagnóstico foi elaborado um plano de ação que permite visualizar cada um dos objetivos propostos de forma detalhada. Palavras-chave: planejamento estratégico; estratégia; melhorias e soluções. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.................................................. 18 Figura 2 –. Balanced Scorecard..........................................................................................22 Figura 3 – Objetivos............................................................................................................24 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8 2. OBJETIVOS DO TRABALHO ....................................................................................... .10 2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO...............................................................................................10 3. DADOS DA EMPRESA......................................................................................................11 4. ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS (ESTRATÉGICO TÁTICO E OPERACIONAL)...................................................................................................................11 4.1 GESTÃOESTRATÉGICA..................................................................................................12 4.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.......................................................................13 4.3 PLANEJAMENTO TÁTICO....................................................................................14 4.3 PLANEJAMENTO....................................................................................................14 4.4 PLANEJAMENTO OPERACIONAL......................................................................14 4.5 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS APLICÁVEIS À EMPRESA ESTUDADA....15 4.6 METAS E AÇÕES....................................................................................................16 5. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO ................................................................................... 16 6. ANÁLISE SWOT ............................................................................................................... 18 7. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....................................................................................... 18 8. PROPONDO MELHORIAS E SOLUÇÕES UTILIZANDO BSC ............................... 19 9. POLÍTICAS ORGANIZACIONAIS ................................................................................ 22 10. IMPLEMENTAÇÃO DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: INDICADORES, INICIATIVAS E TAREFAS ................................................................................................. 24 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 26 12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 28 8 1. INTRODUÇÃO Abordar o planejamento estratégico nos dias de hoje muito se pensa em grandes pesquisas e muitos estudos voltados para as grandes empresas, no entanto, é um assunto que tem que ser tratado em qualquer administração de empresa, seja ela, grande ou pequeno. Com o cenário econômico atual em momento de crise e incerteza sobre o futuro, o mercado se torna cada vez mais competitivo, e só sobrevivem os que conseguem inovar e se reinventar no mercado. As microempresas muitas vezes não costumam adotar algum tipo de planejamento e acabam se apegando à rotina, fazendo com que não desenvolvam a sua empresa. Para o desenvolvimento de uma estratégia competitiva, vale ressaltar que uma empresa deverá apresentar o mínimo de conhecimento estratégico possível, atentando em se ter um corpo de líderes bastante experientes, pois em um processo de estratégia, haverá toda a formulação de metas e objetivos da empresa para adentrar no mercado e ser altamente competitiva com as demais empresas, pois hoje o índice de encerramento precoce das micros e pequenas empresas são bastante elevados, muitas vezes por conta da f alta de planejamento. Para inserção no mundo inovador que temos hoje, o empresário está cada vez mais sendo requisitado a buscar meios que os tornem diferenciados dos demais, uma vez que, as redes sociais, cursos específicos e ter um suporte técnico altamente qualificado se tornaram exigências do mercado. O corrente trabalho tem como tema o planejamento estratégico como ferramenta de gestão na empresa JJC-TRANSPORTES E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. A problemática da pesquisa aborda como o planejamento estratégico ajudará uma microempresa prestadora de serviços a ser mais competitiva no mercado, investigando o planejamento estratégico como ferramenta de gestão e expondo os pontos fortes e fracos da empresa em questão. Dessa forma o trabalho a seguir mostrará como um planejamento estratégico pode influenciar diretamente desenvolvendo estratégias alternativas e evidenciando ações futuras para a tomada de decisões dos sócios. 9 O Planejamento estratégico se torna algo esquecido pelas pequenas empresas, muitas vezes os administradores não tendem a aderir à essa prática por falta de recursos ou até mesmo por falta de informações. Para Maximiano (2006, p.51) “Planejamento estratégico é o processo de tomar decisões sobre a estratégia da empresa”. Ou seja, ter um plano estratégico para sua empresa, visa o futuro e prepara a empresa para eventuais mudanças no mercado. 10 2. OBJETIVOS DO TRABALHO Os sócios estão preocupados com questões rotineiras mas também importantes, como o cumprimento das etapas, qualidade no sistema, tempo de entrega por esse motivo necessita elaborar uma proposta de planejamento estratégico para atender as exigências e necessidades dos clientes. 2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO -Identificar o ambiente externo e interno da em presa. -Levantar a estratégia vigente. -Estabelecer a missão de negócio. -Elaborar objetivos e estratégias. -Apresentar o plano de ação 113. DADOS DA EMPRESA Empresa JJC-TRANSPORTES E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA-ME. Localizada na Cidade de Arabutã, SC, Linha Progresso área rural. A Sociedade tem como objeto social de – TRANSPORTE RODOVIARIO DE CARGAS INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL, SERVIÇO DE EXTRAÇÃO DE MADEIRA EM FLORESTA PLANTADA. 4. ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS (ESTRATÉGICO TÁTICO E OPERACIONAL) A definição de estratégia empresarial poderia ser resumida em poucas palavras desta forma: Estratégia empresarial é a definição de que ações devem ser tomadas hoje (curto prazo) para acionar planos de ação (médio prazo) – com base no estudo do passado, da situação presente e de perspectivas do que está por vir – para que se alcançar os resultados desejados no futuro (longo prazo). Assim, as características da estratégia empresarial envolvem diversos momentos, mas, basicamente, podemos dizer que é preciso agir hoje, para modelar o cenário futuro. Como diria Peter Drucker: “A melhor maneira de prever o futuro, é criá-lo” Assim, a gestão da estratégia empresarial não pode focar apenas na experiência do passado e no que se imagina e se gostaria que fosse o futuro. 12 Quem sabe mesmo o que é estratégia empresarial foca no presente: na implementação do planejamento estratégico, uma das etapas mais difíceis detidas essa jornada. 4.1 GESTÃO ESTRATÉGICA Ao pensar em elaboração da Gestão Estratégica é preciso, antes de mais nada, avaliar a situação estratégica atual da empresa, verificar seus objetivos estratégicos e realizar um mapeamento de fatores externos para identificar tanto os fatores que a limitam quanto os que a impulsionam. Por consequência, será possível identificar ameaças e oportunidades. Nesta etapa entra também o mapeamento dos fatores internos. Portanto, são identificadas e analisadas forças e fraquezas dentro da empresa. O objetivo disso é verificar se a empresa possui as competências necessárias para executar cada atividade ou um conjunto em específico. Importante ressaltar que forças e fraquezas são associadas a funções, processos, atividades e tarefas responsáveis pela entrega do valor da empresa (produtos e/ou serviços). Esse valor é medido de duas maneiras: Pelas características de desempenho de um produto/serviço e Pelos atributos pelos quais clientes estão dispostos a pagar. A entrega deste valor é realizada pela Cadeia de Valor, que é um conjunto de atividades realizadas por uma organização com o objetivo de criar valor para seus clientes. De acordo com a Cadeia de Valor, a maneira como as atividades são realizadas determina os custos e afeta os lucros. Este é o principal motivo pelo qual a ferramenta pode ajudar a empresa a entender quais são suas fontes de valor e, portanto, melhor realizar o diagnóstico da Gestão Estratégica. Entender o que precisa ser feito e onde só saber o desempenho geral da sua empresa pode não ser suficiente, mas com o diagnóstico empresarial é possível saber 13 exatamente onde estão os erros e o que a sua empresa está deixando de fazer para chegar em um novo patamar de gestão. 4.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO No contexto atual socioeconômico com mudanças constantes que vão desde a legislação até o modo como se atender os clientes, se torna necessário no âmbito empresarial a inserção do planejamento estratégico na empresa. Conforme Certo (2003, p.149) “O planejamento estratégico é um planejamento de longo alcance que se concentra na organização como um todo”. O autor quis dizer que o planejamento estratégico engloba toda a organização, ou seja, tem que partir do administrador aos seus colaboradores dando direção aos seus rumos e estudando suas a ações atuais de forma evidente para que consiga chegar aos seus objetivos. Neste contexto, Ambrósio (2007, p.8) enfatiza “O Planejamento estratégico consiste na escolha dos objetivos maiores da organização, das estratégias adotadas para alcançar esses objetivos e da definição das fontes de recursos”. Conforme Maximiano (2006, p.51) “Planejamento estratégico é o processo de tomar decisões sobre a estratégia da empresa”. O planejamento Estratégico se trata da formulação das estratégias, elaboradas a partir de ideias que visam trazer resultados, observando os riscos organizacionais tanto no presente quanto futuramente. Percebe- se que é no planejamento estratégico que a empresa começa a tomar forma para se inserir no mercado fortemente, preservando sua organização de modo com que se mantenha instável por um longo período. Para Chiavenato (2012, p.344) enfatiza que: O Planejamento estratégico é um processo organizacional compreensivo de adaptação através da aprovação, tomada de decisão e avaliação. Procura responder as questões básicas, como: “Por que a organização existe”? “O que ela faz”? ”e“ Com o faz? ““. O resultado do processo é um plano que serve para guiar a ação organizacional por um prazo de 3 a 5 anos. 14 Dessa forma o planejamento estratégico é projetado para ser a longo prazo, onde é feita a leitura do ambiente interno, analisando seus pontos fortes e fracos, para se criar a estratégia com dados coletados e alocar os recursos no lugar certo e no momento oportuno. No entanto, tem que se levar em conta também o planejamento estratégico em um curto período de tempo, pois a empresa que tem uma visão futura, tem que estar atenta ao seu presente, sujeito a mudanças repentinas da gestão organizacional. 4.3 PLANEJAMENTO TÁTICO O planejamento tático é elaborado a partir das estratégias, aplicando-as nas áreas e departamentos específicos da empresa, projetando seus resultados a médio prazo que varia de um a três anos. De acordo com Chiavenato (2012, p.345) “O Planejamento tático é o planejamento focado no médio prazo e que enfatiza as atividades correntes das várias unidades ou de parlamentos da organização”. Chiavenato (2012), ainda complementa que o gestor usa o plano tático para direcionar os departamentos da empresa, para que se obtenha sucesso em um médio prazo. Os planos táticos se desenvolvem a partir do planejamento estratégico abrangendo áreas bem especificas: como marketing ou recursos humanos, potencializando os setores de forma, a saber, como alcançará os objetivos da organização. 4.3 PLANEJAMENTO OPERACIONAL O planejamento operacional é trabalhado para ser em curto prazo, geralmente em menos de um ano, englobando cada plano tático para cada setor envolvido, determinando a tarefa e funções de todos os envolvidos para se chegar aos Segundo 15 Nogueira (2014, p. 13) “O Plano Operacional se refere a procedimentos e ação especifica requerida nos níveis de execução operacional da organização”. Seguindo este contexto Sobral (2008, p.135) enfatiza, “Os planos operacionais identificam os procedimentos e processos específicos requeridos nos níveis mais operacionais da organização”. Dessa forma, os tipos de planejamento se concretizam em uma cadeia, ou seja, um depende do outro para ser executado, tendo como base almejar os objetivos esperados usando adequadamente os recursos e com prazos já estabelecidos objetivos da organização. 4.5 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS APLICÁVEIS À EMPRESA ESTUDADA. O planejamento estratégico de transporte de cargas é fundamental para qualquer empreendimento, independentemente do ramo de atuação ou porte da empresa. Com ele é possível obter diversas vantagens, tais como: crescimento; redução de custos de transporte; aumento da produtividade; otimização das operações logísticas; Toda empresa precisa ter metas e objetivos. É justamente aí que entra o planejamento estratégico, como uma forma organizar e de dar direcionamento a suas ações. Em outras palavras, é a partir dele que se define aonde se quer chegar e quais estratégias devem ser adotadas para atingirtais objetivos. 4.6 METAS E AÇÕES Planejamento estratégico: Ser uma empresa referencia em transportes prestando serviços com qualidade nos segmentos em que atua, respeitando as pessoas, com responsabilidade social e ambiental para promover a satisfação dos clientes. 16 Planejamento tático: As metas e objetivos a serem atingidos dentro do planejamento tático é o carregamento e transporte de 30 m³ de madeira bruta por hora. Planejamento operacional: Para atingir os objetivos das decisões estratégicas o planejamento operacional garante a execução de tarefas e operações de acordo com os procedimentos estabelecidos para o alcance dos resultados que para a empresa estudada seria a solução para aumentar a quantidade em m³ de madeira carregada e transportada por hora. 5. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO Realizado a partir de dados e informações referentes aos ambientes externo e interno de uma empresa, o diagnóstico estratégico tem o objetivo de fazer uma análise completa da organização e em tudo o que pode influenciá-la. Esse diagnóstico é extremamente importante para a tomada de decisões, pois é a partir dele que o gestor consegue entender o cenário em que a empresa se encontra e definir seus objetivos e estratégias de maneira acertada. Iniciando o diagnóstico estratégico O diagnóstico estratégico é indicado a todos os tipos de empresa, independentemente do porte e do segmento no qual desenvolve suas atividades. Afinal, o planejamento é a peça chave para o sucesso de qualquer negócio, por menor que ele seja. A ferramenta mais utilizada para a realização do diagnóstico estratégico é a Análise SWOT, na qual o gestor deve listar todas as forças, fraquezas, ameaça e oportunidades que conseguir identificar na empresa e em seus stakeholders. O ideal é que essa análise completa seja feita no momento em que a marca está sendo idealizada, ou seja, durante a montagem do plano de negócios. Por isso, se você ou o dono do local em que trabalha pulou essa etapa quando abriu a empresa, retome a ela o quanto antes. 17 Também é muito importante que a Análise SWOT seja refeita periodicamente, com o objetivo de identificar possíveis falhas e se tornar mais competitivo diante da concorrência. O cenário interno e, principalmente, o externo estão em mudanças constantes, e não se atentar a isso é um risco muito alto. Analisando o ambiente externo A análise do ambiente externo vai ajudar o gestor a entender como as coisas que acontecem no mundo podem influenciar seus negócios. Na análise SWOT, são analisadas as ameaças e oportunidades que compõem esse ambiente. Neste momento deve-se levantar todas as informações possíveis sobre tudo que acontece nos cenários: sociocultural, legal, político, econômico, natural e tecnológico. Para exemplificar alguns dos itens que fazem parte do macroambiente podemos dizer que estão o estilo de vida da população, as leis de regulamentação de uma atividade ou setor, a escassez de água, a possibilidade de chuva ou desastres naturais, a taxa de juros, impostos, nível de desemprego, avanços tecnológicos, políticas governamentais etc. Ou seja, todas as ameaças e oportunidades que sua empresa encontra, mas que não podem ser modificadas por ela, fazem parte do macroambiente. Analisando o ambiente interno É no ambiente interno que encontramos todas as forças e fraquezas da organização. Aqui podemos citar exemplos como a desmotivação, a falta de treinamento e a alta rotatividade dos colaboradores, a falta de investimento em marketing, problemas no produto ou serviço comercializado, pós venda ineficaz, relacionamento entre a equipe, etc. Tudo o que pode ser alterado e melhorado pelos próprios gestores e colaboradores da empresa, fazem parte do microambiente. Fechando o diagnóstico De nada adianta coletar todas essas informações valiosas se não for utilizá-las de maneira adequada. Para o diagnóstico estratégico ser efetivo, ele precisa ser seguido de um conjunto de planos de ações. 18 Porém, o gestor deve saber identificar quais são os pontos mais relevantes de sua análise e focar seu planejamento neles, já que nem tudo pode ser viável no momento. 6. ANÁLISE SWOT Fatores internos Fatores externos Controláveis Incontroláveis P O N TO S FO R TE S FORÇAS OPORTUNIDADES Preços competitivos Formação de novas parcerias Conhecimento do mercado Incentivo governamental Qualidade do produto Novas tecnologias P O N TO S FR A C O S FRAQUEZAS AMEAÇAS Lucros reduzidos Concorrência Auto custo das manutenções da frota Aumento da regulamentação Demora em carga e descarga Crise econômica Figura 1: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Fonte: a autora 7. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Com a definição da análise swot, as forças e as fraquezas que a empresa apresentou, e das oportunidades e ameaças, a empresa pode definir um plano de objetivos de curto e médio prazo. Os objetivos devem ser definidos em um prazo de 1 a 3 anos, tendo em vista que as mudanças de mercado ocorrem rapidamente, sendo necessário realizar uma análise periodicamente a fim de redefinir novas estratégias para atender à esses objetivos. Os objetivos foram feitos em reunião com os sócios da empresa e baseados a partir do cenário atual e da missão da empresa, ficando da seguinte forma: - Obter um crescimento considerável; 19 - Interação maior com o cliente; - Oferecer mais serviços; - Aumentar os lucros: 7. PROPONDO MELHORIAS E SOLUÇÕES UTILIZANDO BSC O BSC é um método voltado ao gerenciamento da estratégia das empresas. Seu principal objetivo é possibilitar que gestores e equipes trabalhem pensando no futuro (longo prazo), atuando para concretizar ações ou projetos que garantam um crescimento sólido às empresas. O BSC (Balanced Scorecard) tem como foco atuar para que a Visão da empresa seja concretizada. Com ele, é possível gerenciar os objetivos a longo prazo, mantendo a atenção ao que colabora para a realização da visão e monitorando por meio de indicadores se os planos traçados pela empresa estão ou não saindo do papel. O sucesso do BSC está em seguir uma ordem que realmente direcione a empresa para a estratégia. Criando uma espécie de cascata que vai, aos poucos, materializando a estratégia em um caminho a ser seguido. Primeiro você define os objetivos de cada perspectiva do seu negócio, depois define indicadores que vão medir se esses objetivos estão ou não sendo alcançados e, por último, cria projetos, ações ou processos que atuem para melhorar os indicadores e, assim, alcançar os objetivos traçados. O BSC surgiu na década de 90, criado pelo professor Robert Kaplan e pelo executivo David Norton. Já nessa época, eles identificaram que guiar as empresas apenas por indicadores financeiros não mais ajudava as empresas a se manter competitivas e inovadoras por longos períodos de tempo. Kaplan e Norton propuseram então que os indicadores fossem analisados sobre 4 perspectivas: Financeira, de Clientes, de Processos Internos e de Aprendizado e Crescimento. Vejamos o que cada uma delas prega: 20 Perspectiva Financeira Aqui a gente fala sobre o que qualquer diretoria de empresa quer saber: sobre os DINHEIROS da empresa! hehe. Na Perspectiva Financeira do BSC (Balanced Scorecard) tratamos mais especificamente de assuntos como a lucratividade e o retorno financeiro. Resumindo, aqui vamos definir objetivos financeiros para 3, 5 ou 10 anos, o tempo que você escolher. Aqui, você pode definir objetivos estratégicos como: Alcançar um retorno de 20% sobre o capital investido; Aumentar as fontes de receita; Estabilizar o fluxo de caixa, reduzindo o tempo de fechamento. Perspectiva de Clientes Essa perspectiva centra-se no alvo de todos os esforços da empresa: o cliente. Aqui, temos objetivos estratégicos que buscamgarantir que, dentro do tempo que você determinou (3, 5 ou 10 anos), a empresa não só tenha mercado como tenha aumentado sua quantidade de clientes. É muito fácil focar nas capacidades internas, desenvolvendo a competência das equipes e melhorando os processos internos por exemplo; entretanto os fatores internos não vão fazer com que o cliente opte por comprar ou não um produto. O fator decisivo mesmo é o fato de o produto resolver ou não o problema que aflige o comprador. Por isso, a Perspectiva de Clientes é importante, pois força a empresa olhar para fora, olhar para o cliente. Entre os objetivos estratégicos da perspectiva de clientes pode estar: Aumentar os resultados dos clientes em 20%; Ter 90% de aceitação sobre o produto; Aumentar o índice de satisfação do cliente. Perspectiva de processos internos Essa perspectiva visa identificar os processos que mais tem impacto na organização e direcioná-los à excelência. Aqui, precisamos estabelecer formas de fazer com que os 21 processos críticos (aqueles que tem contato direto com o cliente) se tornem cada vez melhores. Também é vital nessa perspectiva trabalhar para tornar os processos cada vez mais focados nas necessidades dos clientes. É importante ressaltar que a Perspectiva de Processos Internos não deve focar somente em melhorar os processos internos. Também precisamos identificar a necessidade de criar novos processos que tornem possível executar a estratégia e alcançar os objetivos. Como exemplos de objetivos estratégicos dessa perspectiva, podemos falar em: Desenvolver novos produtos; Tornar o atendimento ao cliente mais ágil (pós-venda); Reduzir o ciclo de produção do produto X. Perspectiva de aprendizado e crescimento A quarta perspectiva do BSC (Balanced Scorecard) tem por objetivo trabalhar no conhecimento da empresa. Assim, você vai definir objetivos estratégicos que visem tornar a empresa mais capaz, mais competente ao realizar suas ações. Para alcançar esses objetivos, entram aqui projetos que tornem os colaboradores capazes de executar suas tarefas e que, com o crescimento planejado, continuem sendo capazes de atuar daqui a 5 anos, por exemplo. O clima organizacional, questões como a motivação das pessoas e o alinhamento aos objetivos e estratégias da empresa também devem ser trabalhados nessa perspectiva. 22 OBJETIVOS METAS INDICADORES INICIATIVAS Perspectiva Financeira: Aumentar vendas e diminuir custos Aumentar em 15% as vendas líquidas e diminuir em 10% o custo operacional Demonstrativos financeiros Negociar com fornecedores Perspectiva do Cliente: Manter elevado o numero de clientes satisfeitos 90% de clientes satisfeitos Numero de clientes satisfeitos/Numero de clientes total Criar pesquisa de satisfação e melhorar o processo de atendimento ao cliente Perspectiva de processos internos: Alinhar os processos internos aos objetivos da organização Implementar fermentas de gestão dos processos Organização e controle das tarefas Avaliar sistema de informação e controle Perspectiva de Aprendizado e crescimento: Eficiência Avaliação da satisfação dos funcionários Melhora dos processos internos Índice de satisfação interna Reuniões mensal com colaboradores Figura 2: Balanced Scorecard (BSC) Fonte: a autora 8. POLÍTICAS ORGANIZACIONAIS Cada uma das empresas que está inserida no mercado atual tem suas próprias características e maneiras de se posicionar. Isso acontece, principalmente, no que diz respeito aos produtos e serviços que esta oferece em seu segmento, à forma como se relaciona com seus principais stakeholders, que são seus consumidores, colaboradores e fornecedores, e também à forma com que administradores e diretores escolhem para conduzir a organização como um todo. Quando refletimos sobre estes pontos, somos levados a analisar e a procurar entender, com maior profundidade, o conceito de política empresarial, que nada mais é que a guia de definições estratégicas, consideradas como os principais alicerces da organização. São basicamente as políticas internas, parâmetros, balizamentos ou orientações, que facilitam e servem de base para o processo de tomada de decisões em qualquer nível da empresa. Todas as empresas possuem características específicas e diretrizes sobre a maneira de lidar com clientes, colaboradores, fornecedores, produtos, serviços e, principalmente, com a administração empresarial. https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-que-significa-stakeholder-e-o-seu-papel-dentro-de-uma-empresa/ 23 Nesse sentido, a política empresarial padroniza a linguagem utilizada em todos os departamentos e operações, para que assim a comunicação entre todos aqueles que fazem parte do negócio se entendam e tenham alinhamento no dia a dia profissional, no sentido de caminharem juntos, rumo ao alcance do sucesso. Tipos de políticas empresariais Após compreender melhor do que se tratam as políticas empresariais, veja quais os tipos existentes a seguir: – Políticas internas: orientam e regulam os relacionamentos entre os funcionários da organização; – Políticas externas: guiam o relacionamento da empresa com outros grupos; – Políticas estabelecidas: são provenientes dos objetivos, desafios e metas estabelecidas pela administração, ou seja, trata-se da delimitação de questões estratégicas ou táticas; – Políticas solicitadas: são resultantes das solicitações dos subordinados à administração: estão relacionadas às questões operacionais; – Políticas impostas: provenientes de fatores do ambiente, tais como governo, sistema financeiro, sindicatos, etc; – Políticas explícitas: são aquelas que precisam sempre ser formalizadas em documentos; – Políticas implícitas: diz respeito à políticas que não necessitam de formalização, e têm como fonte a tradição, usos e costumes da organização. Observa-se que as politicas externas e as politicas estabelecidas, estão de acordo com os objetivos estipulados pela empresa, levando em consideração que cada empresa é única e tem suas próprias características, pontos estes que devem, primordialmente, ser levados em consideração na hora de definir suas políticas empresariais. No entanto, existem pontos em comum, que também devem ser levados em conta, para que assim a elaboração destas diretrizes sejam o mais assertivas possível e contribuam para 24 que o alcance de metas e objetivos por parte de todos os envolvidos nos processos organizacionais. 10. IMPLEMENTAÇÃO DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: INDICADORES, INICIATIVAS E TAREFAS Para cada objetivo foram criadas, metas para atingir tais objetivos, a fim de desafiar a empresa a buscar seus objetivos e se tornar cada vez melhor. Também estabelecidos apenas pelos sócios da empresa, ficou definida assim as metas de curto e médio prazo. Objetivos Atual Meta p/ 1 ano Meta p/ 3anos Crescimento considerável 64 67 75 Interação maior com o cliente 50 58 65 Oferecer mais serviços 13 15 17 Aumentar lucros x 5% 15% Figura 3: Objetivos. Fonte: a autora Plano de ação para implementação dos objetivos estratégicos: Crescimento considerável Indicador operacional: constatam se as atividades estão sendo devidamente executadas. Nesse caso, medem a quantidade de entregas feitas durante um determinado tempo. Atual 64 entregas mensais, sendo estipulada meta a curto de 67 e alongo prazo 75 entregas. As iniciativas para atingir os objetivos para ter crescimento considerável são: acompanhamento em tempo real de todos os veículos da frota e acompanhamento do tempo real do andamento das entregas As tarefas para atingir os objetivos para ter crescimento considerável são: controle das cargas através de planilhas e relatórios de desempenho diariamente e cronometrar o tempo de carga e descarga. Interação maior com o cliente Indicadores de qualidade:permitem avaliar se a qualidade dos serviços está no patamar desejado. Um exemplo é constatar o número de clientes satisfeitos com o atendimento. 25 As tarefas para atingir os objetivos para ter interação maior com o cliente são: promover o marketing da empresa por meio de redes sociais. Oferecer mais serviços Indicadores operacionais: constatam se as atividades estão sendo devidamente executadas. Nesse caso, medem a quantidade de entregas feitas no horário marcado durante um dia. As tarefas para atingir os objetivos para oferecer mais serviços, são: desenvolver opções para cotação online em tempo real e melhorar atendimento e identificar oportunidades para assumir contratos maiores. Aumentar os lucros Indicadores estratégicos: constatam se a estratégia da companhia está alcançando os resultados esperados. Por exemplo, analisa se o faturamento anual está dentro da meta. As tarefas para atingir os objetivos e aumentar os lucros são: entender qual é a margem de lucro de cada trajeto e avaliar qual é o mais lucrativo e verificar quais os postos de combustíveis dentro da rota que pratica o menor preço de combustível e fixar contrato de abastecimento. 26 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Mediante as constantes mudanças que ocorrem no ambiente organizacional, as empresas precisam estar preparadas para enfrentá-las e consequentemente melhorar sua posição competitiva no mercado, sendo assim, surge à necessidade de realizar um planejamento estratégico. É através do planejamento estratégico que é possível analisar o ambiente externo e interno da empresa no seu ramo de atuação, conhecendo os seus pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças. A partir desta análise é possível traçar os seus objetivos, selecionar as ações a serem seguidas e alocar os recursos necessários para que seja possível alcançar os objetivos desejados pela empresa. O planejamento estratégico é de fato um processo contínuo a ser vivenciado pelas empresas nos dias de hoje, pois é preciso ser flexível as possíveis mudanças que ocorrem a todo o momento no ambiente organizacional. Quanto mais complexo e dinâmico o ambiente estudado, maior é a quantidade de informações necessárias para a tomada de decisão. A execução da estratégia e a gestão do desempenho organizacional devem fazer parte do processo de planejamento estratégico, fornecendo informações importantes para as decisões tomadas pela empresa. Os resultados como a definição da missão, visão, valores e o estabelecimento de objetivos e estratégias, mais do que uma formalidade, devem ser significativos para a empresa, já que a mesma não possuía isso por escrito. E para facilitar a aplicação das ações sugeridas, foi elaborado um plano de ação permitindo a melhor visualização de cada um dos objetivos propostos de forma detalhada, bem como, a definição de como fazer, onde fazer, quem fará, por que fazer. Cabe a empresa priorizar o grau de importância de cada um dos objetivos propostos, avaliar as condições que o mercado se encontra e colocar em prática aqueles que no momento trarão mais retorno positivo para a empresa. 27 Conclui-se que o uso do planejamento é influente no sentido de organizar as idéias e ações em torno da estratégia, principalmente se complementado por um Balanced Scorecard firmado como um novo método de gestão estratégico no qual produz um claro entendimento de como a decisão do gestor pode impactar em toda a estratégia da empresa, nos indicadores de desempenho qualificados e nos planos de ação com responsabilidades e cronograma definidos, porém o BSC apesar de ser um gerenciador de estratégia, ele vai depender das características de competitividade e efetividade decorrentes da capacidade de concepção, analise e empreendedorismo de seus gestores. Nesse contexto verifica-se que o BSC é uma ferramenta facilitadora, centralizadora das implicações das decisões de negócios. Porém seu bom desempenho vai decorrer de quem está usando ou de como será utilizado. 28 12. REFERÊNCIAS ANDRADE, Arnaldo Rosa de. Planejamento Estratégico: formulação, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 2012. ANSOFF, H. Igor. Estratégia empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1977. _____. Administração Estratégica. São Paulo: Atlas, 1983. CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul; MARCONDES, Reynaldo C.; CESAR, Ana Maria R. Administração Estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 2. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: Fundamentos e Aplicações. 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. _____. Planejamento Estratégico: Fundamentos e Aplicações. Rio de Janeiro: Campus, 2004. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. 22. Ed. São Paulo: Atlas, 2005. _____. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. 24. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. _____. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. 26. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. _____. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. 31. Ed. São Paulo: Atlas, 2012. _____. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. 33. Ed. São Paulo: Atlas, 2013. WERNKE, Rodney. Gestão de Custos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2008 WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administração Estratégica: conceitos. Atlas, São Paulo, 2009. 29
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