Nutrição para Atletas de Handebol

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Energia, macro e micronutrientes
A atenção nutricional a esses atletas começa pela avaliação da composição corporal seguida do histórico de peso corporal anotado nos últimos anos. Com base nesses dados é possível definir a qual grupo o atleta pertence e a partir de tal definição identificar a necessidade diária de energia. 
Outro fato importante também é confrontar os dados obtidos dos inquéritos alimentares com os resultados obtidos pelas equações a fim de aproximar teoria e prática, em função do valor calórico da alimentação dos atletas é possível atingir a recomendação de micronutrientes. Somente nos casos em que há restrição de alimentos ou energia optamos por suplementação com polivitamínicos.
A ingestão insuficiente de macro e micronutrientes, resultado de balanço calórico negativo, pode ocasionar perda de massa muscular e maior incidência de lesões, disfunções hormonais, osteopenia/osteoporose e maior frequência de doenças infecciosas, algumas das principais características da síndrome do overtraining, o que compromete o treinamento pela queda do desempenho e do rendimento esportivo.
Carboidratos
A refeição que antecede os treinos deve ser suficiente na quantidade de líquidos para manter a hidratação, pobre em gorduras e fibras para facilitar o esvaziamento gástrico, rica em carboidratos para manter a glicemia e maximizar os estoques de glicogênio, moderada na quantidade de proteína e, preferencialmente, deve fazer parte do hábito alimentar do atleta. 
Estima-se que a ingestão de carboidratos correspondente a 60 a 70% do aporte calórico diário atenda à demanda de um treinamento esportivo de handebol. Para otimizar a recuperação muscular, recomenda-se que o consumo de carboidratos esteja entre 5 e 8g/kg de peso/dia. Em dias de jogos ou treinos intensos, a necessidade pode aumentar para até 10g/kg de peso/dia para a adequada recuperação do glicogênio muscular ou aumento da massa muscular.
Proteínas
Na pratica de handebol, que muitas vezes enfatiza os treinos de resistência, as proteínas tem um papel auxiliar no fornecimento de energia para a atividade, calculando-se ser de 1,2 a 1,6 g/kg de peso a necessidade de seu consumo diário.
A suplementação proteica tem indicação secundária e visa complementar a alimentação do atleta cujos alimentos não conseguiram fornecer a quantidade de proteína recomendada.
Gorduras
Quando dietas com restrição de lipídios forem necessárias, as cotas em relação ao aporte calórico total devem conter menos do que 8% para as gorduras saturadas, mais do que 8% para as monoinsaturadas e de 7 a 10% para as poli-insaturadas, a ideia é atingir cerca de 1g de gordura/kg de peso corporal/dia com a dieta, o que equivale a 30% do valor calórico total.