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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN ESTRATÉGICO: INOVAÇÃO MIRELA PAETZOLD CENTENO A INOVAÇÃO EM AMBIENTES CRIATIVOS CURITIBA 2011 MIRELA PAETZOLD CENTENO A INOVAÇÃO EM AMBIENTES CRIATIVOS Monografia apresentada à Diretoria de Pós- graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR, para a obtenção do título de especialista em Design Estratégico: Inovação. Orientador: Prof. Luis Fernando Kasprzak. CURITIBA 2011 MIRELA PAETZOLD CENTENO A INOVAÇAO EM AMBIENTES CRIATIVOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentação ao Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do titulo de especialista em Design Estratégico: Inovação. COMISSÃO EXAMINADORA ____________________________________ Luis Fernando F. Kasprzak Pontifícia Universidade Católica do Paraná ____________________________________ Nome Pontifícia Universidade Católica do Paraná ____________________________________ Nome Pontifícia Universidade Católica do Paraná Curitiba, _____de __________ de 2011. AGRADECIMENTO Ao meu orientador, que apesar da falta de tempo conseguiu tronar esta trabalho possível. A amiga Caroline Schmitz que me incentivou nas horas em que mais precisei. “a arquitetura depende ainda, necessariamente, da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis pra a realização da obra, ou seja, do programa proposto.” Lúcio Costa RESUMO Consiste na apresentação dos pontos relevantes de um texto. O resumo deve dar uma visão rápida e clara do trabalho; constitui-se em uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos. Apresenta os objetivos do estudo, o problema, a metodologia, resultados alcançados e conclusão. Deve ser digitado em espaço simples e sem parágrafos, não ultrapassando a 500 palavras. . Palavras-chave: São palavras representativas do conteúdo do trabalho, separadas entre si por ponto e vírgula. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Foto da Escola X.......................................................................................26 LISTA DE TABELAS Tabela1 – Arquivo X.......................................................................................44 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas PMC – Prefeitura Municipal de Curitiba SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11 2 TÍTULO ............................................................................................................................... 12 2.1 Seção secundária ......................................................................................................................................... 12 2.2 Seção secundária ......................................................................................................................................... 12 2.2.1 Seção terciária .......................................................................................................................................... 12 3 TÍTULO ................................................................................................................................ 13 3.1 Seção secundária ......................................................................................................................................... 13 3.2 Seção secundária ......................................................................................................................................... 13 4 TÍTULO ................................................................................................................................ 14 4.1 Seção secundária ......................................................................................................................................... 14 4.2 Seção secundária ......................................................................................................................................... 14 4.2.1 Seção terciária ...................................................................................................................................... 14 5 METODOLOGIA ................................................................................................................ 15 6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 16 7 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 18 APÊNDICE ............................................................................................................................. 19 ANEXO .................................................................................................................................... 20 1 1 INTRODUÇÃO A arquitetura como atividade humana existe desde que o homem passou a se abrigar das intempéries, construindo abrigos, casas e edifícios para diferentes funções em nossas vidas, da necessidade de sobrevivência ao prazer de aliar tecnologia, utilidade e beleza em uma construção. O espaço foi mudando conforme as necessidades de proteção e apropriação. A construção de uma casa, por exemplo, pode ser pensada como a segunda pele de uma pessoa, em relação de aspectos de proteção como as de vestuário. Conforme o período da historia a arte de construir foi se moldando aos hábitos e costumes próprio daqueles tempos e espaços, inclusive usando a matéria prima disponível e de acordo com o clima e relevo do local. Segundo o arquiteto Lucio Costa, arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada. O arquiteto é responsável pela realização do sonho de seus clientes, ele é capaz de interpretar as necessidades quanto a um ambiente agradável e funcional. Este pode auxiliar desde a escolha de um terreno até o mobiliário, pois tem visão de todo o conjunto. A importância do arquiteto para o planejamento de projetos está na habilidade que ele desenvolveu no sentido de criar espaços adequados às várias atividades que os seres humanos realizam ao longo de suas vidas. Um espaço adequado é aquele que possui dimensões aptas à função que o ambiente serve;é aquele onde a luz e a cor dos vários materiais que o compõem colaboram para sua eficiência; onde as próprias superfícies dos elementos, em suas 2 texturas, despertam uma sensação agradável tanto visual quanto ao tato; a temperatura do espaço, a qual pode ser controlada não só pela escolha dos materiais construtivos como pelo uso de plantas, que amenizam o calor e embelezam o lugar, também é fator contributivo. Até mesmo os odores e o som devem ser levados em consideração e podem ser de antemão planejados pelo arquiteto. Desta forma, o papel deste profissional é seguramente de fundamental importância para a sociedade, pois em suas mãos está missão de criar os “cenários” onde transcorrerão as várias ações humanas, desde o nascimento, sendo ele o projetista de maternidades, até a morte, como o idealizador de mausoléus. Entre estes dois momentos, o arquiteto produzirá as escolas para a educação, as praças e shoppings para o lazer e recreação, os ginásios para a prática esportiva e até mesmo os restaurantes e motéis para os momentos românticos. Não há como negar o valor do arquiteto, o qual vem sendo confirmado desde os tempos mais remotos, primeiramente apenas como funcionário dos reis e nobres, como Inhotep o foi do faraó Zosér e Ledoux do rei Luis XVI. Há cerca de um século, estes profissionais têm se dedicado mais a outros grupos da população, embora ainda se perceba que muito falta para que os arquitetos alcancem um maior contato com os cidadãos financeiramente mais carentes. 1.1 Objetivos Gerais O interesse pela criatividade nas organizações tem grande relevância no sentido de preparar e selecionar profissionais para atuar de maneira mais eficiente no cenário atual. Alencar (1996), explica que criatividade é um fenômeno multifacetado que envolve uma interação dinâmica entre elementos relativos à pessoa, como característica de personalidade e habilidade de pensamento, e ao ambiente, como o clima psicológico, os valores e normas da cultura e as oportunidades para expressão de novas ideias. É um tema que vem atraindo a atenção de profissionais dos mais diversos setores, interessados no processo criativo e nos recursos que possibilitam uma maior expressão das fontes interiores de criação. Um ambiente que sugere a criação terá mentes inovadoras. 1.2 Objetivos específicos 3 Descrever a relação de criatividade e ambiente de trabalho. Compreender o processo criativo nas fases do projeto de arquitetura e relacionar fatores que podem contribuir para a inclusão da criatividade do desenvolvimento de projetos para escritórios. Conforme veremos no decorrer deste trabalho a criatividade nos ambientes de trabalhos são importantes, pois elas ajudam a desenvolver a própria criatividade das pessoas e com isso proporcionando a inovação, existem alguns aspectos que podem inibir ou desinibir a criatividade, e eles serão descritos. O projeto de arquitetura em si envolvem diversas fases. Essas fases serão identificadas, descritas e compreendidas para se chegar a um processo final onde os assuntos específicos possam ter a sua devida atenção na hora de se projetar. 4 2 CONTRIBUIÇOES DO ARQUITETO NO PLANEJAMENTO DE PROJETOS Além de criar espaços internos adequados, o arquiteto também tem como meta a elaboração de edifícios cujo volume desperte a atenção das pessoas por causa de seu formato e das relações de proporção entre os elementos que o constituem. Janelas, portas, vigas, pilares, etc. devem se unir formando um todo harmônico que leva a edificação a assumir o papel não de simples construção, mas de obra de arte, ou como diria Goethe, música congelada. O arquiteto também pode auxiliar a evitar o desperdício durante a obra, e também a auxiliar um projeto econômico. Alem dos inúmeros benefícios como economia de energia e água. O papel do arquiteto, pelo que foi descrito acima, é muito importante, afinal de contas, apesar do meio onde as pessoas vivem não ser o único fator que as mude qualitativamente, posto que isto também é fruto de seus próprios esforços, não se pode negar a influência que os espaços bem projetados exercem sobre tal melhoria do ser humano e sua vida. 5 3 A EVOLUÇAO DO TRABALHO DO ARQUITETO Com a chegada da “Era digital”, após a década de 1980, a chegada do computador também auxiliou a entrada das arquiteturas desconstrutivista e high- tech. Também conhecida como arquitetura de alta tecnologia, a arquitetura high- tech emergiu nos anos 70 e foi caracterizada pelo emprego de materiais de tecnologia avançada nas construções. Os edifícios da época se transformam em uma demonstração cada vez mais ostensiva de estruturas com formas mais complexas e tecnológicas. Ilustração 1: Renzo Piano – Centro George Pompidou Fonte: a autora, 2007 A arquitetura desconstrutivista começou no fim dos anos 80 e se caracterizou pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear e formas não-retilineas que servem para distorces e deslocar alguns princípios elementares da arquitetura. Essa 6 arquitetura distingue-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade. Ilustração 2: FRANK GEHRY - STATA CENTER MASS. INSTITUTE OF TECH RAY AND MARIA STATA CENTER FONTE: http://2.bp.blogspot.com/-isKpB5xMiSQ/TaZEVy4hWaI/AAAAAAAABmg/e GK8YkPBEs/s1600/1_large.jpg; Acessada_em 15/05/2011; 14h13 Os usos de novas tecnologias tiveram um grande avanço nestes períodos. Tanto quanto no uso de novos materiais como na maneira de projetar. A chegada dos softwares de CAD auxiliarem na construção da arquitetura high-tech e desconstrutivista. A arquitetura apresentou novas formas e os projetos antes impossíveis de projetar se tornaram possíveis. A chegada dos softwares de CAD não auxiliou somente a construção de edifícios com as mais diversas formas, como a compatibilização de projetos de diversas áreas como elétrica, hidráulica e estrutural. A entrada da internet ajudou a arquitetos construíres fora das cidades onde estão seus escritórios sem precisar viajar com freqüência para visitas à obra. Quando falamos de ambientes internos referimos a arquitetura de interiores, que de um modo geral se resume ao aproveitamento Maximo dos espaços internos tendo como objetivo a beleza e a harmonia entre os elementos, conforto e funcionalidade para os usuários. Os ambientes são dimensionados de acordo com os usos e necessidades de casa cliente e o que irá acontecer dentro de cada http://2.bp.blogspot.com/-isKpB5xMiSQ/TaZEVy4hWaI/AAAAAAAABmg/e%20GK8YkPBEs/s1600/1_large.jpg http://2.bp.blogspot.com/-isKpB5xMiSQ/TaZEVy4hWaI/AAAAAAAABmg/e%20GK8YkPBEs/s1600/1_large.jpg 7 espaço. Os projetos de interiores podem ser elaborados juntamente com o projeto arquitetônico, e engloba a escolha do mobiliário adequado, estudo de cores para cada tipo de ambiente, ampliar pequenos espaços, escolha de revestimentos, insolação, iluminação, ventilação e o conforto ambiental (físico, ergonomia, visual, acústico e psicológico). Mas o mais importante a se considerar, é o perfil do usuário, das pessoas que irão utilizar aquele espaço. Os gostos, preferências, culturas e hábitos devem aparecer no projeto para que as pessoas sintam-se bem no local que escolheram para morar ou trabalhar. Holanda (2010), “o ambiente criativo atual tem sido regido pela transformação tecnológica, globalização, competição acirrada e extrema ênfase custo-benefício, qualidade e satisfação do cliente, exigindo um foco muito maior na criatividade e na inovação como competência estratégica das organizações.” As empresas tem que estar atenta as mudanças e da implementação de novos produtos e serviços, que são fatores importantes para estar há frente dos concorrentes. Com a facilidade de acesso as informações sejam por qualquer meio, televisão, jornal, internet, revistas, telefones ou mídia, não estamosmais reduzidos aos aspectos geográficos, não há fronteiras entres as empresas e as concorrências do mercado, e a diferença entre eles está na capacidade criativa e conhecedora de aprendizagem constante dos seres humanos, o que pode trazer o diferencial entre as empresas e pode significar lucros para as organizações. Considerando os aspectos já citados, a arquitetura de escritórios, ainda passa a ser um assunto muito novo, se passaram apenas 4 décadas desde o inicio do uso dos computadores, e a evolução deste processo é extremamente rápida, nos dias de hoje o escritório passa a se móvel com o uso dos notebooks e laptops, podemos levar o escritório para casa, ou para a cozinha ou ate a cama. A arquitetura dos escritórios deve estar atenta a estas evoluções e adaptar o seu projeto, criar projetos versáteis e que possam suportar as inovações que ainda virão. O intuito deste trabalho é relacionar os pontos importantes, propor um método orientativo facilitador ao entendimento dos arquitetos durante a criação dos projetos de escritórios, com o intuito de criar e inovar os ambientes corporativos. 8 4 HISTORIA DOS ESCRITORIOS A origem etimológica do termo escritório vem de um tipo de móvel – a escrivaninha – mobiliário típico encontrado em gabinetes. A escrivaninha era um compartimento de uma casa destinado à leitura e à escrita, ao trabalho intelectual. Que por um grande período as atividades feitas nela era denominadas “atividades de gabinete”. A primeira representação significativa de um escritório aconteceu no século XV, elaborado por um arquiteto italiano Francesco di Giorgio. Chamado por Palácio de Uffizi era descrito como um lugar onde se faz o expediente relativo a administração, onde se tratam de negócios e se recebem clientes. Com a revolução industrial e o aparecimento das industrias, surgiu a necessidade por espaços onde pudessem ser realizadas as atividades administrativas, ou seja, espaços destinados exclusivamente para os escritórios. Nesta época só trabalhavam homens, patrão e empregado sentavam juntos e a única tecnologia disponível era a caneta e o tinteiro. A partir do século 20 surgem novos equipamentos, maquinas de datilografia, telefones, calculadora e, para operá-los são contratadas mulheres. Neste período o mobiliário e o layout sofre alterações e condições ambientais são adotadas no decorrer do tempo. Ilustração 3: MODELO DE ESCRITÓRIO DO SÉCULO XX. FONTE: http://www.zwelangola.com/ler.php?id=2901. Acessada_em: 17/05/2011; 13H51. http://www.zwelangola.com/ler.php?id=2901 9 Os escritórios crescem e o engenheiro Frederick W. Taylor cria um método de trabalho a fim de priorizar as diferenças hierárquicas, visando o incentivo da competição interna e estimulo das performances individuais. Tudo era padronizado, e o layout era rígido a fim de assegurar a disciplina e a linearidade do processo de trabalho, um grande salão abrigava centenas de funcionários e seus chefes utilizavam os andares superiores com salas luxuosas e ainda podiam vigiar os funcionários. Na década de 30, os arquitetos e outros especialistas começam a se preocupar com as inadequadas condições projetuais e ambientais dos locais de trabalho e ao longo das décadas de 40 e 50 dedicam-se a analise de questões relacionadas às formas de trabalho. A grande influencia no desenvolvimento dos escritórios aconteceu quando a Escola de Chicago (EUA) contribuiu com o desenvolvimento e execução de projetos inovadores de edifícios altos com estruturas de concreto armado e de aço, permitindo assim a libertação das fachadas e aberturas maiores. A partir de 1940 surgem as fachadas de vidro, que permitir melhor iluminação mas dificultou o conforto térmico dos pavimentos. Os pilares foram racionalizados e os layouts ficaram mais flexíveis. Ilustração 4: Larkin Building (1904) – Frank Lloyd Wright. Fonte: http://nafsikag.wordpress.com/category/uncategorized/. Acessada_em: 17/05/2011; 14h30. http://nafsikag.wordpress.com/category/uncategorized/ 10 Nas décadas de 50 e 60 surgiram vários tipos de escritórios, onde a distribuição dos funcionários variava entre os funcionários para o centro do edifício e as chefias ao redor e o outro modelo era o inverso deste. Mas o avanço na concepção de espaços de trabalho se deu quando a proposta de Open Plan chegou, os escritórios em planta livre. Facilitava e agilizava a comunicação individual e em grupo e reduziu as diferenças hierárquicas. Paralelamente na Alemanha, surgiu o escritório panorâmico, onde não havia paredes fixas de separação. Este novo tipo de escritório condenava a segregação hierárquica proposta por Taylor. Foram criados layout mais orgânicos em substituição as mesas rígidas, as diferenças hierárquicas diminuíram, pois os chefes não possuíam mais as salas fechadas e as separações físicas dos demais funcionários, propondo uma convivência de diversos escalões em um mesmo espaço de trabalho. Ilustração 5: MODELO DE ESCRITÓRIO NOS ANOS 60. Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/escritorio_sem_divisorias_foi_criado _para__libertar__funcionarios.html . Acessada_em: 18/05/2011; 11h05. Com a crise do petróleo em 1970 os espaços de trabalhos tiveram influências diretas. Foi exigido das empresas uma grande economia de energia e os sistemas http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/escritorio_sem_divisorias_foi_criado%20_para__libertar__funcionarios.html http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/escritorio_sem_divisorias_foi_criado%20_para__libertar__funcionarios.html 11 ambientais, como o ar condicionado, passaram a ser controlados por um sistema central, o trabalhador não possui autonomia para regulá-lo. Por conta disso, os anos 80 chegaram com os principais objetivos apontados para redução de custos, aumento de produção, e com a chegada do computador a agilidade nos processos de trabalho. Com a introdução das tecnologias e as redes de computador, as necessidades sofreram mudanças e os edifícios tiveram que se adaptar as novas demandas. Os conceitos sobre escritório sofreram alterações, e sua organização foi mudando cada vez mais. O trabalho ficou mais flexível, podendo ser realizado em qualquer lugar, propiciando mais liberdade, aumento da comunicação e da troca de informação, mais motivação e conhecimento pessoal. Com a evolução dos locais de trabalho as configurações dos locais de trabalho ficam mais integrados, os chefes participam mais, as estações de trabalho ficam abertas e as divisórias são baixas e permitem visualizar os demais funcionários. Desta maneira são criadas algumas áreas para que se obtenha um pouco de privacidade, como salas de reunião, mas que mantém uma certa permeabilidade visual. Áreas com arquivos e áreas de café para intervalos também se fizeram necessárias. Ilustração 6: MODELO DE ESCRITÓRIO NOS ANOS 80. Fonte: https://www.arcoweb.com.br/office/farias-denton-arquitetura-e-design- escritorio-tim-26-08-2003.html. Acessada_em: 18/05/2011; 11h26. https://www.arcoweb.com.br/office/farias-denton-arquitetura-e-design-escritorio-tim-26-08-2003.html https://www.arcoweb.com.br/office/farias-denton-arquitetura-e-design-escritorio-tim-26-08-2003.html 12 5 INCENTIVO À CRIAÇAO E INOVAÇAO DENTRO DAS EMPRESAS A criatividade e a inovação são sem duvida, importantes, afinal estamos vivenciando a própria evolução. Elas começam desde ouvir um funcionário e dar liberdade para ele opinar até relações com o seu ambiente de trabalho. Segundo Fatima Holanda, mudar o ambiente de trabalho, mudar alguma coisa no seu lar, ver novos filmes, ia a novos lugares, falar com novas pessoas e ler livros variados ajudam a estimular a criatividade das pessoas. Na medida em que a mente fica exposta a novidades, há estímulos, a observação fica mais aguçada e é mais fácil fazer novas conexõesentre as idéias. Existem também aspectos que inibem o desenvolvimento da criatividade, como não gostar do seu trabalho, falta de reconhecimento das chefias, pressão, stress, falta de flexibilidade em um sentido geral e conflito entre equipes. Alguns fatores ambientais e cognitivos também podem auxiliar no desenvolvimento destes. Freqüentemente as estações de trabalho e o espaço final não proporcionam condições de conforto visual, térmico, acústico, psicológico e principalmente físico, este último relacionado diretamente com a ergonomia dos postos de trabalho. As estações costumam ser pequenas, sem o espaço adequado para proporcionar a individualidade de cada um. As divisórias normalmente são baixas, não bloqueiam os sons de pessoas falando e dos ruídos dos equipamentos de informática e ar-condicionado, problemas de ofuscamentos em determinadas horas do dia, que podem causar desconforto visual ocasionados pela incidência direta do sol, e aquecimento do ambiente. Já esta provada que as conseqüências dos meios inconfortáveis termicamente produzem fadiga, extenuação física e nervosa, diminuição do rendimento, aumento dos erros e riscos de acidentes de trabalho, além de expor o organismo a adquirir diversas doenças. (RIVERO, 1986) A cor na arquitetura e no projeto de interiores é um elemento comunicacional de grande importância porque trabalha no contexto tridimensional sendo superado apenas pela aparência as superfície. No espaço, a cor define e articula novas percepções (HOLLAND, 1994). 13 Ao escolher e combinar cores para os nossos ambientes pode-se escolher uma cor quente ou fria, e poderá complementar as cores já existentes com acessórios e mobiliários. (LACY, 1999) A utilização das cores no ambiente corporativo pode funcionar como um fator estratégico quando aplicada de maneira planejada, sendo capaz de expressar a partir daí tanto a identidade da empresa, como também funcionar como um elemento de estímulo para um trabalho mais produtivo. Além disso, as cores servem para diferenciar os diferentes departamentos, não apenas com relação a localização como também com relação às tarefas que são desenvolvidas em cada um deles. Em ambientes onde as atividades são menos movimentadas o ideal é buscar contrapor esta característica com uma composição de cores mais enérgicas, como o laranja e o vermelho, enquanto em lugares onde as tarefas exigem maior concentração, tons mais tranquilos, como os verdes amarelados, são os mais indicados. Nas salas de espera é interessante trabalhar com cores alternadas nas paredes. Isto criará um sentido de movimento que irá tornar aquele momento menos monótono. É importante ressaltar, no entanto, que as cores influenciam os estados de humor, podendo desencadear emoções, modificar comportamentos e, algumas vezes, até alterar o funcionamento do organismo. Desta forma, é fundamental balancear as cores e suas tonalidades: • - Cores frias: pela sugestão de tranqüilidade e de temperatura agradável são ideais para ambientes onde se deseja transmitir sobriedade ou relaxamento. Porém, quando utilizadas em excesso, as cores frias podem tornar o espaço depressivo e monótono; • - Cores quentes: favorecem a vitalidade, energia e a criatividade. Por outro lado, se forem aplicadas sem equilíbrio podem causar stress, predispondo estados de espírito elevados e discussões entre os indivíduos. • Outra propriedade do uso estratégico das cores é a possibilidade de, a partir delas, amenizar problemas de estrutura física, modificando a percepção do ambiente, de acordo com a necessidade, para transmitir a impressão de ele ser mais amplo, mais alto, mais claro ou outras características. Aqui vale lembrar que os tons 14 frios tendem ampliar as dimensões de um espaço, enquanto os quentes tendem a diminuí-las. • Um elemento que influencia diretamente na percepção das qualidades de uma cor é a iluminação. Por isso, no projeto de Arquitetura Corporativa as duas soluções devem ser decididas uma em favor da outra, a fim de que sejam produzidos os efeitos adequados para um maior conforto e melhor aproveitamento dos ambientes da empresa. • Desta forma, vemos o uso da cor sendo trabalhado não apenas no âmbito estético, mas também com relação às várias funções de um espaço, tanto ao que se refere a sua funcionalidade, como ao que diz respeito à satisfação e saúde psicológica dos colaboradores. 5.1 Seção secundária Inicie o texto aqui 5.2 Seção secundária Inicie o texto aqui 15 6 ARQUITETURA DE INTERIORES GURGEL (2005), a arquitetura estuda o homem e suas particularidades socioculturais, sendo a expressão cientifica de seu modo de viver, podendo também levar em conta fatores objetivos – regidos por normas técnicas, medidas ergonométricas, topografia, clima, etc. – e subjetivos – relacionados ao uso do espaço, do ambiente e as detalhes e preferencias pessoais dos ocupantes. O espaço ideal a ser projetado para uma região do país não será o ideal para outra, já que diferentes colonizações estabeleceram-se em diferentes regiões do Brasil. E obviamente as necessidades culturais, climáticas e topográficas de cada região evidenciam ainda mais a necessidade de diferentes soluções de projeto. As diferenças existentes dentro de cada um de nos, as necessidades de cada individuo como ser único no universo, fazem com que as soluções de projetos sejam distintas. O planejamento adequado dos diferentes ambientes deve propiciar o acontecimento de todas as atividades as quais se destina. Os ambientes não devem ser estáticos, pois nossa vida não é, somos seres em movimento e em constante evolução (GURGEL, 2005). Os espaços, bem como o mobiliário, a serem projetados também devem se facilmente adaptáveis as mudanças e a evolução tecnológica. A arquitetura de interiores deve criar ambientes onde a forma e a função, ou seja, a estética e a funcionalidade, convivam em perfeita harmonia e cujo projeto final seja oo reflexo das aspirações de cada individuo. 16 7 MOBILIARIO COGNITIVO (Revista Projeto 225) Nem sempre o melhor caminho para a criatividade são mesas limpas, sem papeis entulhados. A ergonomia cognitiva ajuda as empresas a maximizar seus bens intelectuais - as mentes de seus funcionários - criando ambientes que ajudam as pessoas a pensar. SILVA FILHO (2006), pessoas criativas tem pouca ou nenhuma preocupação com organização, que decorre do fato delas não disporem de tempo de arrumarem ou mesmo não terem qualquer preocupação em arrumar seu ambiente de uso, mantendo-o desorganizado e confuso. (Revista Projeto 225) A neutralidade e a mudança frequente de ambientes prejudicam o desempenho e afetam a produtividade dos funcionários. Nem mesmo somente a ergonomia basta para aumentar a produtividade e a criatividade dos funcionários. Uma das maiores empresas de moveis para escritório – Haworth – desenvolveu pesquisas e protótipos de moveis que são inspirados no conceito de que os moveis também podem ajudar a criar mentes criativas. O espaço de trabalho deve funcionar como uma base conceitual rica, que estimule o desenvolvimento de qualquer tarefa. Para aumentar a eficiência no desempenho de uma atividade intelectual, deve-se, facilitar a interação entre o conhecimento intuitivo (ou inconsciente), a analise racional e a capacidade de síntese. A eficácia sera tanto ou maior quanto maiores forem o equilíbrio e a ressonância entre três elementos: projeto, conhecimento e contexto conceitual. Para isso o mobiliário deve ajudar as essas pessoas pouco organizadas a organizarem melhor seu dia-a-dia, mantendo a vista as referencias mais importantes, não guardando nada em gavetas onde possam ser esquecidas, pois quando estão à amostra podem atuar como extensões da mente. 17 8 METODOLOGIA No aspecto epistemológico da fundamentação,esta pesquisa assume uma metodologia processual de investigação. A questão a ser investigada busca um entendimento dos processos de criar e desenvolver um facilitador do entendimento sobre como criar ambientes de trabalhos criativos. Os escritórios foram analisados desde sua criação até os dias de hoje, para que se houvesse um entendimento sobre como foi a evolução. Com isso precisou-se saber como foi a entrada do uso do computador, e alguns arquitetos com formação entre as décadas de 70 e 80 foram entrevistados. Após essa analise histórica analisaram-se os processos de criação dos arquitetos, o projeto como um todo. O projeto no todo desde sua criação até a entrega final da obra foi analisado e separado em duas partes principais: Criação e desenvolvimento. Os processos de criação envolvem: Cliente, conhecer o objeto de trabalho e conhecer o cliente (briefing), estilos e gostos do cliente e imagens como referencias, pesquisa para conhecer o objeto de trabalho mais a fundo como conceitos e outros exemplos, criar um acervo próprio ou repertorio, verificar com o cliente os recursos disponíveis para execução do projeto e a ultima etapa que constituem todas essas informações aplicadas é o Estudo Preliminar. Já os processos de desenvolvimento são considerados após a aprovação do estudo preliminar, que constituem Anteprojeto, Projeto Legal, Projeto Executivo e em alguns casos acompanhamento de obra. FIGURA 7: FLUXOGRAMA FAZER O FLUXOGRAMA FONTE: PRÓPRIA 18 9 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Inicie o texto aqui 19 10 CONCLUSÃO Inicie o texto aqui 20 REFERÊNCIAS Inicie as referências aqui ALENCAR, ANDRADE, Claudia GURGEL, Miriam GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, c2005. 224 p., il. (algumas col.). Inclui bibliografia e índice. ISBN 8573594500 (broch.). HOLANDA, Fátima HOLLAND, Maria Cristina Gonçalves. A cor na arquitetura, dissertação de mestrado pela FAUUSP, São Paulo, 1994, 285p. LACY, Marie Louise. O poder das cores no equilíbrio dos ambientes. São Paulo: Pensamento, 1999. 141 p. ISBN 85-315-1084-8 RIVERO, Roberto. Arquitetura e clima: acondicionamento térmico natural. 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: D. C. Luzzatto, 1986. SILVA FILHO, A. M. . Conectividade, educação e tempo livre: combustíveis para a criatividade no ambiente corporativo. Revista Espaço Acadêmico, p. 10 - 13, 10 fev. 2011. SILVA FILHO, A. M. . Criatividade no ambiente corporativo (2). Revista Espaço Acadêmico, 05 set. 2006. 21 22 APÊNDICE 23 ANEXO
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