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Apostila Disciplina Práticas Educativas em Saúde

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Disciplina Práticas Educativas em Saúde 
Professora Ms. Cely de Oliveira
SANTOS
2013
Roteiro Avaliação NP1
Aula 01- Evolução histórica dos conceitos de educação em saúde – 
Aula 02- Educação em saúde e sua relação com a promoção da saúde - Reflexões sobre situações reais.
Aula 03- O profissional de saúde e o seu papel de educador em saúde: competências e implicações – 
Aula 04-Teorias da educação: conhecimento e reflexão acerca dos diferentes modelos educacionais.
Aula 05- Educação dialógica/emancipatória – 
Aula 06- Instrumentos para desenvolvimento de um projeto educativo 
Aula 07- Ensinar e aprender: desafios do educador em saúde - Desenvolvimento de um projeto de educação em saúde – justificativa do tema escolhido.
Roteiro Avaliação NP2
Aula 08 - Planejamento educacional, de currículo e de ensino.
Aula 09 - Objetivos e conteúdos de ensino.
Aula 10- Procedimentos de ensino: aula expositiva, discussão e debate, seminário, estudo do meio; métodos e técnicas novas: Método Montessori, Centros de Interesse, Unidades didáticas, Trabalho em grupo, Método de solução de problemas, Método de projetos e Método psicogenético
Aula 11- Recursos de ensino: os materiais educativos em saúde 
Aula 12- Avaliação educacional: aspectos epistemológicos 
Aula 13- Avaliação do processo ensino-aprendizagem 
AULA 1- EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO: PODE SER VISTA POR DUAS VERTENTES
VERTENTE SOCIAL DA EDUCAÇÃO:Diz respeito à forma como uma sociedade se estrutura para a transmissão de seus conhecimentos e valores.
VERTENTE INDIVIDUAL DA EDUCAÇÃO: Trata do processo de formação de uma pessoa, considerando a aquisição/construção de novos conhecimentos e novas habilidades e a capacidade de controle ou manifestação de novos comportamentos.
PEDAGOGIA: É a ciência da educação que se dedica a estudar todas as faces do processo de educar. Interessa-se por investigar o processo educacional sistematizado e o não sistematizado.
DIDÁTICA: É uma área de estudo da pedagogia sendo uma disciplina específica que se preocupa em estudar os processos de ensino e o processo de aprendizagem. Além disso, pesquisa a relação entre o ato de ensinar e de aprender. Afinal, ensinar e aprender são processos distintos e independentes.
Vale saber! Nem tudo o se ensina é aprendido e nem tudo o que se aprende foi ensinado. A aprendizagem pode ser fruto das experiências de vida, das relações estabelecidas com outras pessoas e de muitas outras possibilidades.
Ensinar e educar são processos distintos, que se complementam. Ensinar é ajudar alguém a aprender um determinado conteúdo. Educar á orientar a pessoa a se preparar para fazer parte de um grupo social especifico.
“A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.” (Jean-Jacques Rousseau)
· EDUCAÇÃO: papel importante no processo de humanização do homem e de transformação social.
· TEORIA EDUCACIONAL: visa a formação do homem integral, ao desenvolvimento de suas potencialidades, para torná-lo sujeito de sua própria história. 
· TEORIA x PRÁTICA: fundamental na educação
· “Desde o surgimento do homem, (a educação) é prática fundamental da espécie, distinguindo o modo de ser cultural dos homens do modo natural de existir dos demais seres vivos”
(Severino, in: Gadotti, 2001).
O pensamento pedagógico surge a partir da reflexão sobre a prática da educação, ou seja, a prática educativa é anterior ao pensamento pedagógico, este surge a fim de sistematizar e organizar a prática em função de determinados fins e objetivos(Gadotti,2011.8ª edição. 15ª impressão)
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ORIENTAL
· Ligou-se à religião
Educação primitiva era prática, fundamentada pela visão animista
A doutrina pedagógica mais antiga é o taoísmo que prega pela vida tranqüila e pacífica
Confúcio (551-479aC), sob doutrina taoísta, pregava o ensino dogmático e memorizado
Educação Chinesa tradicional
Reprodução do sistema hierárquico e de obediência 
· Hindus: 
· contemplação e reprodução da cultura das castas
· Egípcios:
· Uso de bibliotecas,
· Casas de instrução: ensinamentos de leitura, escrita, história dos cultos, astronomia, música, medicina... 
· Hebreus:
· Educação rígida e minuciosa com técnicas de repetição
· Através do cristianismo seus métodos influenciaram a cultura ocidental
· Educação Primitiva: características semelhantes, marcada pela tradição e culto aos velhos
· Doutrinas Pedagógicas: se estruturaram e se desenvolveram em função das necessidade da sociedade de classes 
Comunidade Primitiva =Escola na Comunidade.
Divisão Social do trabalho =Especialidades =Escola em local privado 
Hierarquização e desigualdade econômica =DESIGUALDADE DAS EDUCAÇÕES 
.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO
· A sociedade grega serviu de berço da cultura, civilização e educação ocidental
· A educação do homem integral pautava-se:
· Ginástica para o corpo,
· Filosofia para a mente,
· Artes para a moral e os sentimentos.
· Sócrates, Platão e Aristóteles: influência no mundo grego
· Sócrates: crença que o autoconhecimento é o início do caminho para o verdadeiro saber
· Platão: educação como arte de conversão no sentido de vislumbrar o Bem, o divino.
· Aristóteles: aprendemos fazendo.
· Educação Grega: baseada em virtudes guerreiras, cavalheirismo, amor à glória, à honra, à força, à destreza e à valentia
· Esparta
· - Interesses ao interesse do Estado 
Athenas 
· Escolas baseadas em disputas intelectuais
 Ensino deveria ser público
Escola Primária
Estudos Secundários:
· Educação Física
· Educação artística 
· Estudos Científicos
Ensino Superior.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ROMANO
· Impuseram o latim a numerosas províncias
· Escola com 3 graus de ensino (elementar, gramático e superior)
· Roma domina a Grécia, que transmitiu sua filosofia de educação para os Romanos
· Estado se preocupa com a Educação e as escolas eram vigiadas por supervisores-professores 
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO MEDIEVAL
· Com a queda do Império Romano e as invasões bárbaras limitam-se a influência greco-romana e impõe-se o crivo ideológico da Igreja Cristã
· Destaca-se que Cristo havia sido um grande educador: uso de parábolas, linguagem popular e erudita, comunicação com os humildes= tradição que contribuiu para o sucesso da Igreja
· Séc. I ao VII d.C: conciliação da fé cristã com as doutrinas greco-romanas e difusão das escolas catequéticas
· Séculos seguintes: centralização do ensino por parte do Estado, cristianismo passa a ser adotada como religião oficial =culturas fundadas no heroísmo, na existência terrena são substituídas pelo poder de Cristo
· Séc. VI e VII – formação do império árabe. Fundação do islamismo, por Maomé.
· O Império árabe com predomínio islâmico, não queria mutilar a cultura grega em função dos seus interesses, foram eles que a levaram ao ocidente
· A educação assim como o pensamento grego e romano era excludente (escravos, mulheres...) apenas a elite (nobreza, clero...) tinha acesso à educação
· Nobreza: atenção aos seus interesses
· Classes trabalhadoras: educação transmitida por gerações
· Mulheres: apenas se vocacionadas.
· Destaque para a criação das universidades na Idade Média – alguns historiadores afirmam que as universidades medievais eram menos elitistas que as renascentistas 
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO RENASCENTISTA
· Revalorização da cultura greco-romana, tornando a educação mais prática, incluindo a educação do corpo e a substituição dos métodos mecânicos por procedimentos mais agradáveis
· Educação renascentista: formação do homem burguês elitismo, aristocratismo e individualismo clero, nobreza e burguesia nascente
· Reforma Protestante: transferência da escola para controle do Estado, na forma de escola pública religiosa
· A educação jesuítica privilegiava os dogmas, a conservação das tradições em uma educação científica e moral em detrimento a uma abordagem humanística
· Jesuítas: atuação na formação de burgueses e formação catequética das populações indígenas, restando para o povo o ensino dos princípios da religião cristã
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO MODERNO· Nova forma de produção opondo-se ao modo feudal – o sistema de cooperação produção em esforço coletivo
· Desenvolvimento de técnicas, artes e estudos
· Destaques: (predomínio da razão e do método)
· Telescópio (Galileu Galilei)
· Circulação do sangue (William Harvey)
· Distinção entre fé e razão (Francis Bacon)
· Matemática como a ciência perfeita (René Descartes)
· Revolução lingüística: Fim do predomínio do latim, com inclusão do vernáculo
· João Amos Comênio afirmava que a educação do homem nunca termina, estamos sempre em formação,
· Permanecia a dicotomia entre trabalho intelectual e trabalho manual
· Ao lado da luta popular pelo acesso à escola tem-se a popularização da educação religiosa: os metodistas com as escolas dominicais e ordens religiosas católicas dedicando-se à educação popular.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ILUMINISTA
· Revolução Francesa: fim do poder concentrado na nobreza e na Igreja: luta pela liberdade individual
· Jean Jacques Rousseau inaugura uma nova era na educação
· Resgata a relação entre educação e política
· Não vislumbra mais a criança como um mini adulto
· Ressalta o estado natural do homem – educação que permite o desabrochar da natureza humana
· Séc. XVIII: reivindicação das camadas populares por educação pública revolução pedagógica nacional, com a criação de escolas oferecidas gratuitamente pelo Estado para todos
· Iluminismo: movimento de libertação da repressão dos monarcas e do poder absoluto sobrenatural do clero
· Emanuel Kant supera a contradição de conhecimento inato (Kant) x conhecimento pela experiência (Locke)
· Para Kant o homem é o que a educação faz dele através da disciplina, didática, formação moral e da cultura.
· Igualdade Social: tida como nociva, desrespeito a individualidade. Manteve-se a diferenciação de educação popular (para trabalhar) x para classe dirigente (para governar) 
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO POSITIVISTA
· Consolidação da concepção burguesa da educação
· Final do séc. XVIII: marxismo (Karl Marx) X positivismo (Augusto Comte)
· Augusto Comte: pensamento positivista: ciências deveriam ser neutras, afastando qualquer sinal de preconceito ou pressuposto ideológico das ciências da natureza e das ciências humanas. 
· Doutrina positivista: substituição da manipulação mítica e mágica do real pela visão científica, estabelecimento de uma nova fé, a fé na ciência
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO SOCIALISTA
· Surge do movimento popular pela democratização do ensino
· Lênin (1870-1924): acreditava na educação como processo de transformação social
· Gramsci: crítica à divisão de ensino clássico e profissional apontava o trabalho como um princípio e educativo básico de formação.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA NOVA
· Movimento de renovação após a criação da escola pública burguesa
· A teoria da Escola Nova propunha que a educação fosse instigadora da mudança social e, ao mesmo tempo, se transformasse porque a sociedade estava em mudança
· Ferrière – um dos pioneiros e divulgadores da educação nova
· Destaque para Maria Montessori (foco nas experiências sensoriais com crianças) e Piaget (foco no desenvolvimento da inteligência na criança)
· Embora esse movimento escola novista não tenha relação direta com o tecnicismo pedagógico, teve grande preocupação com os meios e técnicas educacionais
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO CRÍTICO
· Na segunda metade do século XX surgem críticas à educação e afirmam o quanto a educação reproduz a sociedade.
· Algumas teorias (críticas da educação) que abordam o sistema de ensino como função ideológica: 
· Escola enquanto aparelho ideológico do Estado (Althusser)
· Escola enquanto violência simbólica (Bourdieu e Passeron)
· A teoria da escola dualista (Baudelot e Establet) 
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO
· Pensamento pedagógico com autonomia nacional a partir da Escola Nova – até então reprodução do pensamento religioso medieval
· Em 1924 - criação da Associação Brasileira de Educação (ABE)
· Em 1938 - criação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos
· Reformas importantes na década de 20 – perda do monopólio jesuítico à educação
· Educação presente nos movimentos anarquistas: educação não era vista como processo desencadeador, porém a mentalidade das pessoas deveria se modificar para que a revolução social alcançasse êxito
· Destaque para Paulo Freire – um dos maiores educadores do século XX sua idéia central é pautada na concepção dialética:
· Educador e educando aprendem juntos em uma relação dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa teoria, tornando-se um processo de constante aperfeiçoamento
	
Para Freire, através da educação é possível alcançar a autonomia intelectual do cidadão para intervir sobre a realidade – educação como ato político
· Educadores e teóricos da educação progressistas defendem a formação do cidadão crítico e participantes das mudanças sociais
· Alguns defendem mais a autonomia da escola, outros maior intervenção do estado
· O pensamento pedagógico brasileiro é rico e está em movimento
· Perspectiva atual: discussão sobre a educação pós-moderna e multicultural.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gadotti,M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática; 2001.
ALVES R. Conversa com que gosta de ensinar. Cortez, São Paulo, 1981.
MALHEIROS BT. Didática Geral.Organização Andrea Ramal. Rio de Janeiro: LTC,2012. Capítulo 2 pg. 39-56
AULA 2 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE E SUA RELAÇÃO COM A PROMOÇÃO DA SAÚDE
SAÚDE NO BRASIL:
· Investimento na: formulação, implementação e concretização de políticas de promoção, proteção e recuperação da saúde, gerando melhor qualidade de vida.
· Promoção da saúde através da Educação em Saúde
· Necessário a compreensão do processo saúde-doença, considerando-o como resultado da vivência social e a fatoresligados a cultura,intelectualidade, escolaridade, saneamento, moradia e aspecto econômico
· Duas dimensões:
· CONCEITUAL: princípios, premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoção de saúde
		
· METODOLÓGICA: práticas, planos de ação, estratégias, formas de intervenção e instrumental metodológico
Promoção da Saúde: concepção que não restrinja a saúde à ausência de doença, mas que seja capaz de atuar sobre seus determinantes
Vai além de serviços clínico-assistenciais
PROMOÇÃO DA SAÚDE:
· Expressão usada pela primeira vez em 1945, pelo canadense Henry Sigerist
· Informe Lalonde – 1974 – privilegiou os “fatores particulares” na promoção da saúde – foco restrito a mudança de hábitos, estilo de vida e comportamentos individuais não saudáveis abordagem centrada na prevenção de doenças crônico-degenerativas
· Tentativa de contenção de custos
· Crítica pela OMS: abordagem contrária aos princípios de promoção da saúde.
· Déc. 80 - passa a ganhar destaque no campo da Saúde Pública – novo paradigma: ação de saúde voltada para o coletivo
· Carta de Ottawa: “saúde para todos no ano 2000”
· Consiste em fornecer meios para melhorar sua saúde exercer maior controle sobre ela
· Afirma seu compromisso com a equidade
· Promoção da saúde além do setor saúde
· Participação ativa da população para operacionalizar a promoção da saúde
Campos de ação da promoção da saúde estabelecimento de políticas públicas favoráveis à saúde, criação de ambientes propícios, fortalecimento de ação 	comunitária
· Lei Nº 8.080- 19 de setembro de 1990 - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e coloca que:
· A assistência as pessoas por intermédio dessas ações, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas são objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS).
· PROMOÇÃO DA SAÚDE:
· 3ª Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde – 1991 – enfatiza a interdependência entre ambiente e saúde
· 4ª Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde – 1997 – Declaração de Jacarta – saúde tida como direito humano e importante para o desenvolvimento social e econômico
· 5ª Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde – 2000 – desenvolvimento de prioridades na promoção da saúdepara o século XXI
· 8ª Conferência Nacional de Saúde – 1986 – 
· a saúde como "direito de todos e dever do Estado“
· Implantação de políticas sociais que defendessem e cuidassem da vida (Conferência Nacional de Saúde, 1986)
· Relatório final: fundamentos da proposta do SUS
· No SUS: estratégia de promoção da saúde é retomada, enfocando aspectos que determinam processo saúde-doença em nosso país: fome, habitação, educação, 
qualidade do ar e da água, etc.	Abordagem de desejos e interesses coletivos.
· Saúde como movimento socialparticipação ativa de todos os envolvidos em sua produção:
· Usuários
· Movimentos sociais
· Trabalhadores da saúde
· Gestores sanitários, etc.
Buscam melhor qualidade de vida
· Promoção da Saúde 		observam fatores que colocam a população em risco e as diferenças entre necessidades, culturas e territórios em nosso País, visando: 
· Criação de mecanismos para reduzir a vulnerabilidade
· Defesa da eqüidade
· Participação na gestão de políticas públicas
· Saúde – desafio de construir a intersetorialidade processo saúde-doença como efeito de múltiplos aspectos;
· Política Nacional de Promoção da Saúde, proposta pelo Ministério da Saúde, em 2006. 
· Objetivos:
· Promover a qualidade de vida
· Reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde - modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.
Política Nacional de Promoção da Saúde
· Ações Específicas
· Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde
· Alimentação Saudável
· Prática Corporal/Atividade Física
· Prevenção e Controle do Tabagismo
· Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
· Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito
· Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz
· Promoção do desenvolvimento sustentável
Etapas do Atendimento
Intervenção preventiva (atenção primária):
- noções primordiais de higiene
- mudança de hábitos e de comportamento da população
- identificação dos fatores psicológicos e socioculturais que influem na conduta de saúde
- definir normas técnicas, planejar, coordenar e avaliar os aspectos educativos dos programas de Saúde
- elaborar formas de participação e comunicação da população com os serviços de saúde e os poderes institucionais.
- análise das relações educativas que se estabelecem entre os profissionais da saúde e a clientela das unidades básicas de saúde
- realizar a investigação no campo da Educação em Saúde
- informação e educação da população e de agentes multiplicadores, em hábitos e práticas de promoção da saúde e da qualidade de vida
- Promover a saúde como eixo norteador do processo ensino-aprendizagem, com ênfase para o desenvolvimento de habilidades no campo da participação social.
Educação em Saúde e 
Promoção da Saúde
Utilizar mensagens de fácil compreensão, devendo ser levados em consideração fatores como o ambiente, abordagem e nível de interesse do cliente
Educador em Saúde
· Deve visar:
A qualidade da informação
A recepção da informação, forma e compreensão por parte da clientela
Estratégias de ensino
Conscientização: 1º passo para ações transformadoras por parte da clientela
-qualificação básica: graduação e pós-graduação em saúde coletiva
- capacitação específica: aperfeiçoamento e educação continuada 
- capacitação geral: compreensão do relacionamento interpessoal; humanização
- formação educadora: compreensão e aplicação dos conceitos de práticas educativas
· Aplicada em qualquer ambiente onde são executadas as atividades profissionais de cuidado:
· Enfermarias
· Consultórios
· Sala de aulas
· Grupo terapêutico
· Unidades de Saúde
· Salas de espera.
Profissional de Saúde: Deve ter uma visão globalizante e crítica sobre as necessidades de saúde da clientela!
Deve envolver-se com sujeito, grupos e comunidades!
Referências
· SILVA, J.L.L. Educação em saúde e promoção da saúde..., Informe-se em promoção da saúde, n.1.p.03. jul-dez. 2005. Disponível em:http://www.uff.br/promocaodasaude/informe>. 
· Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de promoção da saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
· Brasil, Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs. Oficina de Educação em Saúde e Comunicação: Fundação Nacional da Saúde, 2001.
· LEFÈVRE F, LEFÈVRE AMC. Promoção de saúde: a negação da negação. São Paulo: Ed: Barba Ruiva; 2007. Disponível em: http://jiasa.libertar.org.
· Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo: Manual: Educando em Saúde: planejando as Ações Educativas- Teoria e prática- Manual de Operacionalização das Ações Educativas no SUS- São Paulo, 2001.
AULA 3- O PROFISSIONAL DE SAÚDE E O SEU PAPEL DE EDUCADOR EM SAÚDE: COMPETÊNCIAS E IMPLICAÇÕES.
EDUCAÇÃO:
· Tarefa de todos os profissionais da saúde
· Insere-se em todas as atividades
· Deve ocorrer em todo e qualquer contato entre o profissional de saúde e a população, dentro e fora da unidade de saúde.
CONCEITOS:
· Conhecimento: Apreensão da realidade
· Aprendizado: modificação do conhecimento
OMS: "o foco da educação em saúde esta voltado para a população e para a ação.”
Educação em Saúde:Deve promover, por um lado, senso de identidade individual, a dignidade e a responsabilidade e, por outro, a solidariedade e a responsabilidade comunitária.
AÇÃO EDUCATIVA:Processo que inclui também o crescimento dos profissionais de saúde.Reflexão conjunta sobre o trabalho que desenvolvem e suas relações com a melhoria das condições de saúde da população.Técnico de saúde deve se preparar para um método educativo que se baseie na participação social, através de sua própria prática profissional.
BASES CONCEITUAIS PARA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
· Funcional: as funções de técnica, método e meio de veiculação conformam os instrumentos de ação
· Epistemológica: formada pela ciência (através do rigor científico), educação e comunicação, que fornecem as diretivas de ação. 
COMUNICAÇÃO DEVE SER CLARA! 
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO
· Em relação às necessidades individuais:
1. Desenvolvimento harmônico do corpo e do espírito; 
2. Desenvolvimento emocional; 
3. Formação do espírito crítico; 
4. Desenvolvimento da capacidade criativa; 
5. Desenvolvimento do espírito de iniciativa; 
6. Formação estética; 
7 Formação ética; 
8. Formação moral; 
9. Desenvolvimento das peculiaridades de cada educando 
10. Assimilação dos valores e técnicas fundamentais da cultura a que pertence o educando.
Formação e desenvolvimento da personalidade!
A EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM
· Desenvolvimento da profissão: iniciado por Florence Nightingale.
· Preconiza as observações sistemáticas do indivíduo e do ambiente como forma de desenvolver o conhecimento dos fatores que promovem o restabelecimento da saúde
· Fundou a escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas após a guerra modelo para outras escolas 
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EMENFERMAGEM NO BRASIL
· Criação da primeira escola de enfermagem brasileiraESCOLA PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS E ENFERMEIRAS , no Rio de Janeiro (1890) abordagem curativa, formação hospitalar.
· Cruz Vermelha Brasileira organizada e instalada no Brasil em fins de 1908. Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira por sua atuação durante a I Guerra Mundial (1914-1918)
· 1923 – Primeira Escola de enfermagem baseada na adaptação americana do modelo nigthingaleano ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY referência para outras escolas, tradicional pela formação do “enfermeiro padrão.
· Formação de modelo de enfermagem com as características de submissão, espírito de serviço, obediência e disciplina.
· 1926 – Criação da Associação Nacional das Enfermeiras Diplomadas Brasileiras (atual ABEn)
· 1973 – criação do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem)
· Déc 40 – Escola Anna Nery incorpora-se à Universidade do Brasil
· 1962 – Enfermagem passa a ser ensino de nível superior.
A EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEMQuando pensamos no preparo do enfermeiro para ser educador, muitas questões emergem: 
· O que é ação educativa em enfermagem? 
· Até que ponto a dimensão educativa está incorporada aos currículos, na formação do profissional enfermeiro e nos serviços de assistência à saúde? 
· Qual a fundamentação teórica, filosófica, política e metodológica imprescindível para o enfermeiro ser um educador? 
· Que é ser um enfermeiro educador?
A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO EDUCADOR
Em 28/01/1972, através do parecer no 163, é introduzida uma disciplina pedagógica, no rol das matérias obrigatórias.
- Em 1994, com reestruturação curricular do MEC, ocorre novamente a "perda" do espaço pedagógico.
Apenas no final dos anos 90, é que as disciplinas pedagógicas passam a ser obrigatórias por determinação do MEC.
Disciplinas obrigatórias: Fundamentos Teóricos da Educação; Práticas educativas/ Didática/ metodologia do ensino; Assistência de Enfermagem, articulada com a Prática Assistencial
A natureza multidimensional da enfermagem exige profissionais que sejam competentes, não somente nos aspectos técnicos específicos do seu fazer, mas também na capacidade de apropriação e reelaboração de conhecimentos originários de outras áreas, que lhes capacitem interferir na realidade com a compreensão das várias possibilidades disponíveis.
A História da Nutrição no Brasil e no Mundo...
De acordo com a Associação Brasileira de Nutrição, os primeiros registros da evolução da profissão do nutricionista surgiram no Canadá, em 1670, com o Centro de Classificação e Ocupações Técnicas das Irmãs da Ordem de Ursulinas, e em 1867, em Toronto, com a criação do Curso de ensino de Economia Doméstica. Só em 1902, no entanto, surgiu o Curso de nível Universitário na formação de dietistas.
A primeira profissional da área surge na guerra de Criméia, organizando cozinhas funcionais para dietas para enfermos graves. Na área médica as primeiras dietas para casos especiais são registradas na Escócia.
A primeira guerra mundial marca a necessidade profissional de dietistas para o racionamento alimentar e provisão dos exércitos, e é na Alemanha, em 1914, que surgem os primeiros trabalhos relativos aos alimentos, por meio do conselho de pesquisas médicas do ministério da agricultura.
A primeira Associação Profissional de Dietistas, ou Associação Americana de Dietética, foi criada em Cleveland em 1917 e teve como objetivos:
· melhorar a nutrição do ser humano;
· desenvolver a ciência da nutrição e dietética;
· promover a ciência da nutrição e de áreas afins.
Na França, em 1915, a Sociedade Científica de Higiene Alimentar de Paris é reconhecida como de utilidade pública, criando cursos de Economia Doméstica e Ciências Sociais com enfoque em conhecimentos de nutrição. No Japão também acontece a criação do Centro de Estudos de Alimentação e o Curso de Dietética, e na Suécia inicia-se treinamentos profissionais para dietistas atuarem em serviços de alimentação para coletividades, hospitais, e também para as forças armadas.
É na União Soviética, porém, que se cria o primeiro Instituto Científico dedicado ao estudo de nutrição, com cozinha experimental e dietoterápica, principalmente para o estudo da conservação e valores nutricionais dos alimentos.
Em 1945 foi fundada, durante a Conferência de São Francisco, a Organização das Nações Unidas (ONU) e, sub-ligada a esta, a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), com sede em Roma.
Em 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede em Genebra, inicia a divulgação e execução de programas específicos ligados à produção e estudos sobre alimentos, marcando o aperfeiçoamento profissional da nutrição.
Na América do Sul, o professor Pedro Escudeiro incentiva na Argentina, a partir de 1926, a criação do Instituto Municipal de Nutrição em Buenos Aires, e em seguida a Escola Municipal de Dietista. Depois foi criado o Curso de nível universitário no Instituto Nacional de La Nutricion, marcando a formação de profissionais nutricionistas na América do Sul, ofertando bolsas de estudos aos outros países.
Acontece na Holanda, em Amsterdam, em 1952 o 1º Congresso Internacional de Dietética, e com ele a criação de cursos em outros países da Europa, África e América do Sul. 
No Brasil, na Universidade de São Paulo, inicia-se em 1939 o primeiro curso para formação de educadores e inspetores sobre alimentação. Os cursos de formação nutricional acompanharam nesta história as tendências de cada época, cobrindo primeiramente as necessidades, ora por guerras e racionamento alimentar, ora por usar a nobre ciência em benefício do homem, integrando o mesmo à natureza e a tudo o que ela pode oferecer. Com a aprovação do currículo mínimo, em 1962, mais trinta e quatro cursos foram criados até o ano de 1988, e atualmente registramos através dos conselhos regionais de nutricionistas, 44 cursos no território brasileiro.
Para o esporte, a história da nutrição seguiu quase o mesmo caminho, descobrindo sua importância a cada momento de necessidade. Nos anos 70 e 80, várias pesquisas relatam a importante relação dos nutrientes no desempenho, e mais pesquisas acontecem à cada ano, deixando o Brasil próximo aos países mais desenvolvidos na área, favorecendo a troca de informações, atual globalização, e incentivos à continuidade das mesmas.
A Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967, regulamentou a profissão do nutricionista. Em 20 de outubro de 1978, foi sancionada a Lei nº 6.583, que criou os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas com a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional. A instalação dos Regionais foi feita a partir de 1980.
A criação do primeiro Programa Nacional de Alimentação e Nutrição, em 1972, impulsionou a criação dos cursos de Nutrição e o mercado de trabalho para os nutricionistas.
Conseqüentemente, a profissão se expandiu dos hospitais e Serviços de Alimentação da Previdência Social (SAPS) para efetivamente assumir as escolas, os restaurantes de trabalhadores, docência, indústria, marketing, nutrição em esportes, saúde suplementar, núcleos de assistência à saúde da família. Esta ampliação de áreas se mantém até hoje.
A formação e o desenvolvimento das habilidades profissionais devem ser alvo de constante luta das instituições que representam os interesses da sociedade, para assegurar uma saúde de qualidade e universal. Portanto, a carga horária mínima de 4 mil horas é requisito essencial para a formação do nutricionista, para que ele adquira os conhecimentos técnicos e científicos necessários ao desenvolvimento da assistência nutricional à população, expressos na resolução CNE/CES nº 5, de 2001, que institui as diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Nutrição.
Hoje, corroborando com a evolução do pensamento social, o CFN tem por missão “contribuir para a saúde da população, assegurando assistência nutricional e alimentar por meio do exercício ético, por profissionais habilitados e capacitados, como direitos sociais e fundamentais de todos os cidadãos”. 
Seja na alimentação institucional, saúde pública, na área clínica, no esporte ou marketing, o nutricionista torna-se cada vez mais participante na vida de todo cidadão,são ou não.
Ser nutricionista não é apenas cuidar da alimentação, mas sim, interpretar e compreender fatores culturais, biológicos, sociais e políticos, para criar soluções que garantam uma vida mais saudável, justa e equilibrada. 
A EDUCAÇÃO EM SAÚDE
ATUALMENTE: o cuidado à saúde requer um PROFISSIONAL que influencie positivamente sua equipe com valores humanísticos, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento da criatividade e do intelecto, pela prática e pela pesquisa, promovendo a sua satisfação no cuidado ao paciente.
EDUCADOR
· Características: facilitador X orientador
· Domínio dos conteúdos específicos
· Domínio das formas de ensinar
· Experiência na prática assistencial
Características Básicas
· Conhecimento
· Atualização
· Responsabilidade
· Julgamento crítico
Educador 
COMPETÊNCIAS
· Estimular agentes reflexivos; problematizadores doconhecimento
· Respeitar os saberes, relacionando-os aos novos conteúdos
· Estimular o pensamento crítico como elemento de melhora da prática
· Respeitar a dignidade e autonomia do educando
· Ser mediador do desenvolvimento cognitivo, posto que este seja individual
· Aprender a falar com e não falar para, através do ato de saber escutar
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Trata-se de competência importante e inerente ao trabalho do profissional em saúde, que deve ser continuamente desenvolvida e avaliada, visto que "a educação em saúde como processo político pedagógico requer o desenvolvimento de um pensar crítico e reflexivo, permitindo desvelar a realidade e propor ações transformadoras que levem o indivíduo a sua autonomia e emancipação enquanto sujeito histórico e social capaz de propor e opinar nas decisões de saúde para o cuidar de si, de sua família e da coletividade” (3).
REFERÊNCIAS
CANDEIAS, Nelly Martins Ferreira; ABUJAMRA, Alcéa Maria David and  PEREIRA, Isabel Maria Teixeira Bicudo. Delineamento do papel profissional dos especialistas em Educação em Saúde: uma proposta técnica. Rev. Saúde Pública [online]. 1991, vol.25, n.4 [cited  2010-03-10], pp. 289-298
http://www.datasus.gov.br/cns/temas/educacaosaude/educacaosaude.htm
MACHADO, Maria de Fátima Antero Sousa et al. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS: uma revisão conceitual. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2007, vol.12, n.2 [cited  2010-03-11], pp. 335-342 
FREIRE P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996
ALVES R. Conversa com que gosta de ensinar. Cortez, São Paulo, 1981.
MALHEIROS BT. Didática Geral. Organização Andrea Ramal. Rio de Janeiro: LTC,2012. Capítulo 2 pg. 39-56
AULA 4 - TEORIAS DA APRENDIZAGEM
“Tão importante quanto o que se ensina e o que se aprende é como se ensina e como se aprende.” (César Coll).
As teorias de aprendizagem são vistas, em diversas obras, como fruto das teorias de ensino. Trata-se de uma perspectiva que crê que a forma como as pessoas aprendem é oriunda da forma como se ensina em determinado tempo e local. Outras correntes acreditam no contrário: o método de ensino definirá o modelo de aprendizagem. Independentemente da postura que se adote para analisar a relação entre ensinar e aprender, é possível perceber que as teorias de aprendizagem, de forma geral, podem ser agrupadas em três grandes linhas: o inatismo, o empirismo e o associacionismo.
O inatismo parte do principio de que a totalidade das características que definem as pessoas está presente desde o nascimento. Com efeito,alguns estariam mais aptos aprender enquanto outros,menos providos de herança genética, estariam relegados a uma categoria que definitivamente não aprende ou, pelo menos,apresenta maior dificuldade no que tange à construção do conhecimento.
Nota: de acordo com o dicionário Michaelis, inato quer dizer “ aquilo que nasce conosco”. Voar, para os pássaros, por exemplo, é uma atitude inata.
O inatismo, enquanto concepção de aprendizagem foi e ainda é usado com frequencia no intuito de tentar justificar o nível cultural de um determinado grupo pelo foco de sua genealogia. Significaria dizer que filhos de pais mais cultos tenderiam a ser mais cultos, ainda que vivessem em um contexto diferente daquele no qual os pais estivessem inseridos. Esta concepção de aprendizagem não encontra muitos defensores entre os pesquisadores da educação na atualidade. Contudo, ainda é possível perceber sua manifestação em sala de aula, o que se nota, por exemplo, pela justificativa docente de que determinados alunos não aprendem porque nasceram “sem jeito” para isso.
A maior critica realizada ao inatismo refere-se à impossibilidade de mudança. Ao afirmar que o potencial de aprendizagem de uma pessoa está diretamente ligado à sua herança biológica, defende-se a crença de que tal potencial não pode ser desenvolvido. Ou seja, não há participação do meio na formação das estruturas cognitivas da pessoa.
Nota: o inatismo acredita que todas as características que definem uma pessoa estão presentes no momento em que esta pessoa nasce. Aprender seria, portanto, estimular características que já existem.
O empirismo, ao contrário do inatismo,parte do principio de que nascemos sem saber absolutamente nada e que todas as estruturas necessárias para que o conhecimento seja construído são edificadas nos decorrer dos anos. Aprender, nesta teoria, significa ser capaz de acumular o maior número de informações de forma que, no futuro, se convertam em conhecimento. O acúmulo de informações só seria por meio da experiência real. Perceba que, neste caso, aprendizagem parece acompanhar o desenvolvimento em vez de sucedê-lo.
No começo do século XIX, diversos pensadores começaram a analisar o impacto das relações sociais para o ensino e a aprendizagem. Estas discussões, não por acaso, começam em paralelo á afirmação da psicologia como uma disciplina autônoma (antes, a psicologia estava dividida entre outras áreas do conhecimento, como a filosofia e a medicina). A noção de que existia uma relação entre o meio no qual se vivia e o modelo de educação que era oferecido levou à percepção de que a relaçãoentre o social e o individual não se resumia a uma mera coincidência, mas a uma relação de causa e efeito.
Estas teorias, chamadas de associacionistas, crêem que a educação é fruto de uma relação de estímulo e recompensa. Na prática, podemos citar diversos exemplos de aprendizagem por associação. Pense, por exemplo, na forma como as mães costumam estimular seus filhos a cumprirem as obrigações escolares. É extremamente comum que o sucesso escolar (a provação) seja recompensado com um presente; por outro lado, o insucesso tende a ser punido comum castigo. Este comportamento das mães faz com que os filhos estabeleçam uma relação de ganho ou perda buscando, como é previsto, que a recompensa seja positiva.
A teoria associacionista foi gerada com base nos pressupostos do positivismo e, por que não dizer, do próprio empirismo. Trata-se deuma concepção extremamente ampla,mas centrada no entendimento de que as ações humanas são orientadas por relações estabelecidas entre as pessoas e destas com o meio. 
O inatismo, o empirismo e o associacionismo são correntes filosóficas que orientam a forma como se crê que o conhecimento se estabelece. Não são métodos. Os métodos de ensino são os caminhos utilizados para garantir que o outro aprenda.
Nota: Métodos de ensino são formas selecionadas pelo educador para garantir que os objetivos educacionais sejam efetivamente atingidos.
Com base nas três grandes correntes, crenças na forma de ensinar mais focadas no método desenvolvidas. As três principais são o comportamentalismo, o cognitivismo e o socioconstrutivismo.
Teoria Comportamentalista/Behavorista
· Estuda eventos psicológicos como ciência do comportamento e não da mente
· Foi iniciado em 1913, por John B. Watson.
· Estímulo+Resposta ( Ponto de partida para a ciência do comportamento relação do comportamento com o meio ambiente “Reação (resposta) é provocada por um estímulo”)
· Principal pressuposto da Teoria: aprendizagem é sinônimo de formação de hábitos e tem como princípios:
· Repetição de estímulos
· Influência de reforços positivos e negativos para a formação de hábitos
· Burrhus Frederic Skinner – importante behavorista que sucede Watson
· Aprendizagem é fruto do condicionamento um comportamento é reforçado até que ele seja condicionado de tal forma que, ao se tirar o reforço, o comportamento continue a acontecer
· Tem como base o COMPORTAMENTO OPERANTE (comportamento voluntário)
CONDICIONAMENTO EREFORÇO = Mecanismos centrais
· LEI DO EFEITOFormulada por Edward Lee Torndike. 
· Organismo tende a repetir a reação do efeito agradável
Estímulo reforçador = REFORÇO 
POSITIVO:Acréscimo de alguma coisa à situação
NEGATIVO:Remoção de alguma coisa da situação
EXTINÇÃO: Ausência do reforço desaparece com a resposta
PUNIÇÃO: Comportamento é eliminado por estímulo aversivo
·GENERALIZAÇÃO: capacidade de percebermos semelhanças entre estímulos e responder de maneira semelhante ou igual a todos eles
· DISCRIMINAÇÃO: capacidade de perceber diferenças entre estímulos e responder diretamente a cada um deles
Teoria do Comportamento X Desenvolvimento ensino-aprendizagem
PROFESSOR: Transmite o conhecimento
ALUNO: Escuta o professor
PROFESSOR: Determina o objetivo
ALUNO: Repete as informações transmitidas pelo mestre, tantas vezes quanto forem necessárias, para aprender o conteúdo transmitido;
PROFESSOR: Determina o ritmo de ensino
ALUNO: Questiona pouco (ou quase nada);
PROFESSOR: Avalia o aluno segundo os objetivos alcançados
ALUNO: Procura repetir o conhecimento do professor (na maioria das vezes utilizando-se do mesmovocabulário) e é pouco criativo.
TEORIA COGNITIVA
· Aborda o estudo da mente e da inteligência em termos de representações mentais e dos “processos centrais” do sujeito;
· O conhecimento consiste em integrar e processar as informações;
· Estudam cientificamente a aprendizagem como sendo maisque um produto do meio ambiente, das pessoas ou de fatores que são externos ao aluno;
· Piaget
· Inteligência:
- definida como processo contínuo
- Desenvolvimento intelectual e a estrutura mental são modificados de forma gradual
· Desenvolvimento Cognitivo:
· Não é apenas resultado de processo de maturação biológica, nem apenas influência do meio
· Interação-o organismo tem uma relação ativa com o meio
· Inteligênciaadaptação ao meio ampliação das formas de agir e pensar mediante a construção de novos esquemas mentais novas informações e desafios novos esquemas
· Aprendizagem: produto do ambiente das pessoas ou de fatores que são externos a elas
· Desenvolvimento intelectual:
· Dividido em estágios:
· Inteligência sensório motora(0-2 anos)
· Pensamento pré-operacional (2-7 anos)
· Operações concretas (7-11 anos)
· Operações formais (7-15anos)
Elucidação de cada estágio:
· Sensório motor: abrange os meses iniciais da vida da criança, acontece a aprendizagem sensorial.
· Fase responsável pela base de conhecimentos e habilidades que serão demandadas pelas futuras assimilações. A criança constrói o conhecimento no uso dos reflexos, coordenações e combinações mentais.
· Pré-operacional: a criança jáconsegue se perceber separada do mundo ligando-se ao concreto. Torna-se portanto, capaz de compreender uma situação completa, mas ainda não consegue perceber um ponto de vista que não seja o seu próprio. Esta fase é caracterizada pela sensação de integralidade vivida pela criança, ou seja, acontecimentos deixam de ser fatos isolados
Operacional concreto é marcado pelo pensamento reversível e pelo entendimento de que as ações da criança repercutem no meio no qual estão inseridas. Todavia, conforme o nome atribuído ao período, a criança ainda não é capaz de desenvolver situações em sua mente.
Operacional formal é caracterizado pela capacidade de o pensamento reter o conhecimento e, em seguida, desenvolver situações exclusivamente no âmbito mental. 
Ao apresentar estes estágios, Piaget influencia a forma como os educadores vão lidar com o método de ensino.
	Papel da escola
	Integrar e enriquecer o desenvolvimento normal da criança.
	Experiências de ensino formais
	Relacionadas com as vivências do aluno.
	Tópicos/assuntos
	Relacionado com diferentes níveis, consoante o estádio de desenvolvimento (sensório – motor, pré-operatório, operações concretas, operações finais).
	Perspectiva do aluno/ adulto
	A perspectiva deve ser sempre do aluno e não do adulto.
	A aprendizagem
	É um processo:- normal, harmónico e progressivo, de exploração, descoberta e reorganização mental,à procura do equilibro da personalidade.
	O ensino deve SER
	Responder aos interesses e curiosidades da criança
Ser significativo e não a repetição das palavras do mestre
	O ensino Não deve ser
	Demasiado fácil
Demasiado difícil
	PROFESSOR
	ALUNO
	Criar condições propícias ao estabelecimento da reciprocidade intelectual
	Ser observador;
	Propor problemas que não exijam uma resposta única, evitando a fixação, rotina e hábitos; o
Problema deve ser construído de maneira que o aluno tente e consiga resolvê-lo, sem que lhe
Ensine a solução;
	Ser ativo;
	Observar o comportamento do aluno, através de conversas e perguntas, possibilitando o aluno
Fazer perguntas que possam auxiliar na aprendizagem;
	Experimentar
	Deve organizar contra-exemplos que levem o aluno a reflexão
	Comparar;
	 
	Relacionar
TEORIA SÓCIO-CONSTRUTIVA
· Fundamenta-se na teoria do psicólogo Lev Vygotsky
· Abordagem central:
· Origem social da inteligência
· Estudo dos processos sócio-cognitivos de seu desenvolvimento
· Principais pressupostos:
· Desenvolvimento do cérebro: cérebro é a base biológica, e suas peculiaridades definem limites e possibilidades para o desenvolvimento humano. 
· Processos Mentais Elementares: derivado do capital genético, da maturação biológica e da experiência da criança com o ambiente
· Processos Psicológicos Superiores: construídos ao longo da história do homem com o mundo (ações voluntárias e conscientes)
· Principais pressupostos:
· Natureza social: desenvolvimento do homeme de sua inteligência são baseados nas características sociais em que vive
· Conceitos Básicos da Teoria
· Conhecimento é sempre mediado: é pela APRENDIZAGEM nas relações com os outros que é construído o conhecimento que permite o desenvolvimento mental.
· Linguagem: principal instrumento de intermediação do conhecimento entre os seres humanos, tem relação direta com o desenvolvimento psicológi
· Processo de internalização: envolve uma atividade interpessoal que deve se tornar intrapessoal. Conhecimento se constitui através destas relações (inter e intrapessoal)
· Conceitos Básicos da Teoria
· Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. É a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender. É a diferença entre:
· Desenvolvimento efetivo: desenvolvimento de atividades ou resolução de problemas sem auxílio de outra pessoaou fatores externos
· Desenvolvimento potencial: capaz de resolver atividades ou problemas, mas com auxílio de pessoas ou instrumentos mediadores.
· Relação desenvolvimento/ aprendizagem:relação complexa, diferente de Piaget, não há paralelismo entre aprendizagem e o desenvolvimento das funções psicológicas
	PROFESSOR
	ALUNO
	Servir de guia para os alunos
	Construir sua própria compreensão dos assuntos em estudo
	Propor várias atividades, das simples às complexas
	Trazer suas experiências para serem discutidas em sala de aula
	Criar um ambiente que proporcione ao aluno liberdade de expor suas experiências pessoais, demaneira a associá-las ao conteúdo em estudo
	Ser participante das reuniões promovidas em sala de aula
	Promover diálogo, oportunizando a cooperação, a união e organização até alcançar a soluçãodos problemas;
	Participar do processo de aprendizagem juntamente com o professor
	Assumir o papel de educando
	Assumir o papel de educador
	 
	Reelaborar os significados que lhes são transmitidos pelo grupo cultural
Vygotsky : O professor é:Mediador da aprendizagem do aluno, facilitando-lhe o domínio e a apropriação dos diferentes instrumentos culturais e com relação à Plano da Zona de Desenvolvimento Proximal O professor é a pessoa mais competente para auxiliar o aluno na resolução de problemas que estão fora do seu alcance.
· O professor é considerado como possuidor de conhecimento ou educador e o aluno é considerado ouvinte ou construtor de seu conhecimento;
· A grande maioria das escolas ainda é behavioristas
REFERÊNCIAS
· Bock, Ana; Furtado, Odair e Teixeira, Maria. Psicologias. Uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1992. pág. 38-47.
· Silva, Valdete Teixeira. Módulo Pedagógico para um ambiente hipermídia de aprendizagem. Dissertação de Mestrado. Florianópolis, 2000.
· MALHEIROS BT. Didática Geral.Organização Andrea Ramal. Rio de Janeiro:LTC,2012. Capítulo 1 pg. 1-38.
AULA 5- EDUCAÇÃO DIALÓGICA E EMANCIPATÓRIA
Segundo Paulo Freire “ninguém educa ninguém, ninguém educa as si mesmo. Os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
A interação professor-aluno é crucial para a existência e para a efetivação do processo ensinar-aprender. Libanêo (1994) destaca que esta relação é permeada por dois aspectos:
Aspecto cognoscitivo: relacionado aos conteúdos e às tarefas escolares.
Aspecto sócio emocional: relacionado às questões pessoais que acontecem na relação entre o educador e a turma.
Certamente, os domínio s cognitivo e emocional não existem e nem se manifestam sozinhos. A divisão é uma questão didática para que se possa estudar o ambiente da sala de aula. Mas alunos e professores são seres integrais, que se colocam no espaço educacional de forma completa.
Educação durante séculos: Mera transmissão de conhecimentos sem reflexão crítica, conhecido como educação bancária (A mente do educando era como um banco no qual o educador depositava conhecimentos para serem arquivados sem serem questionados sobre seu teor).
Educação bancária: semelhante aEducação de saúde Tradicionalna qual transmite-se aos sujeitos de forma prescritiva através de palestras para se evitar doenças , sem levar em conta a realidade individual.Indivíduo acata a idéia para que evite a doença e quando as orientações não seguidas conforme prescritas pelo profissional da saúde tornam-se culpados pelos próprios problemas de saúde, que são originários ou influenciados por fatores sociais, culturais e financeiros resultando em um processo denominado: “Culpabilização da vítima”.
· Culpabilização do indivíduo: superado com mudanças na prática e mudanças de saúde.
· Saúde: Entendida como resultante das condições de vida da população, influenciada por fatores sócio-econômicos;
· Prática voltada prioritariamente para prevenção de agravos e não somente para a cura.
EDUCAÇÃO DIALÓGICA
· Segundo Paulo Freire:
	É a articulação dialética entre os conteúdos relacionados com a existência dos educandos e o método dialógico problematizador
· Para que a educação promova no educando a autonomia, é essencial que ela seja dialógica, pois assim há espaço para que o educando seja sujeito, para que ele mesmo assuma responsavelmente sua liberdade e, com a ajuda do educador, possa fazer-se em seu processo de formação. 
· Educador: precisa atuar como gestor da comunicação, promovendo situações que possibilitem a participação ativa e crítica dosestudantes na construção do conhecimento e isso somente é possível a partir do envolvimento do sujeito.
· Educação em Saúde: 
· Conceitos e propósitos adaptaram-se conforme as mudanças de paradigma que ocorrem no setor de saúde;
· Foram influenciadas pelas transformações ocorridas nos processos pedagógicos.
· Educar para a Saúde:ir além da assistência curativa, dar prioridades e intervenções preventivas e promocionais
· MODELO DIALÓGICO: 
· Proposta de integralidade - favorece o reconhecimento dos usuários enquanto sujeitos portadores de saberes sobre o processo saúde-doença-cuidado.
· Contribui para apreensão abrangente das necessidades de saúde dos sujeitos e na humanização da ação educativa.
· Educação Dialógica em Saúde:
· Caracteriza-se pelo diálogo bilateral entre as duas partes envolvidas no processo educativo: profissional de saúde e comunidade
· Valoriza o saber popular;
· Estimula e respeita a autonomia do indivíduo no cuidado de sua própria saúde;
· Incentiva sua participação ativa no controle social do sistema de saúde.
· Discurso dialógico: professor considera o que o aluno tem a dizer do seu próprio ponto de vista, mais de uma voz é considerada e há uma inter-animação de idéias. 
· Educação dialógica: pressupõe intervenções pedagógicasfundamentadas em discursos interativo-dialógicos.
EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA
· Emancipação, segundo Paulo Freire: ser humano é um sujeito participativo de sua história, construindo uma educação libertadora.
· É importante que educador e educando estejam unidos na superação das situações;
· Através do diálogo, o educador não é apenas o que educa, mas o que, enquanto educa, é educado;
· Têm relação com o exercício da cidadania fundamentado no conhecimento;
· Refere-se à importância estratégica do professor na sociedade e à economia de informação;
· Grande volume de informações: exige seletividade,manipulação e compreensão dos dados, de modo que se obtenha construção crítica do conhecimento;
· Professor: papel mediador, possibilitando desenvolvimento de visão crítica e emancipação.
· Emancipação: múltiplas dimensões: interdisciplinaridadeRuptura das fronteiras disciplinares, compreensão da realidade a partir do intercâmbio entre diferentes áreas do conhecimento;
· Docente deve assumir postura crítica frente ao conhecimento, articulando-o à realidade vivida pelo aluno.
· Visão Emancipatória: deve preparar o profissional para atender as demandas da prática, levando em consideração as características situacionais ligadas à incerteza e conflitos de valores que se encontram no cotidiano. O conhecimento profissional envolve a capacidade de criar, improvisar e testar novas estratégias;
· A formação deve estar baseada em processos de reflexão na ação e sobre a ação, privilegiando o aprender por meio do fazer e estimulando a reflexão a partir da interação, do diálogo crítico e aberto entre professor e aluno.
REFERÊNCIAS
Giordan M, Dotta S. Tutoria em Educação a Distância: um Processo Dialógico. Sâo José dos Campos, 2007
Cunha ML, Vilarinho LRG. Concepção Emancipatória: uma orientação na formação continuada a distância de professores. Ver. Dialogo Educ.Curitiba, v. 9, p. 133-148, jan/abr 2009
MALHEIROS BT. Didática Geral.Organização Andrea Ramal. Rio de Janeiro: LTC,2012. Capítulo 3 pg. 59
AULA6- INSTRUMENTOS PARA DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO EDUCATIVO
Muitas vezes, na prática, a educação tem sido considerada apenas como divulgação, transmissão de conhecimentos e informações, de forma fragmentada e, muitas vezes, distante da realidade de vida da população ou indivíduo.É sempre bom lembrar que a atividade educativa não é umprocesso de condicionamento para que as pessoas aceitem, semperguntar, as orientações que lhes são passadas. A simplesinformação ou divulgação ou transmissão de conhecimento, de comoter saúde ou evitar uma doença, por si só, não vai contribuir paraque uma população seja mais sadia e nem é fator que possacontribuir para mudanças desejáveis para melhoria da qualidadede vida da população.
As mudanças no sentido de ter, manter e reivindicar por saúde ocorrem quando o indivíduo, os grupos populares e a equipe de saúde participam. A discussão, a reflexão crítica, a partir de um dado conhecimento sobre saúde/doença, suas causas e conseqüências, permitem que se chegue a uma concepção mais elaborada acerca do que determina a existência de uma doença e como resolver os problemas para modificar aquela realidade.
Muitos daqueles que trabalham na área da Educaçãoe Saúde encontram dificuldades no seu dia-a-dia, como:
· Recomendação de práticas diferentes por instituições diferentes e relacionadas a uma mesma ação que se espera da população.
· Recomendação de práticas com barreiras socioeconômicas ou culturais que dificultam e/ou restringem a sua execução.
· Despreocupação com o universo conceitual da população, achando que tudo depende da transmissão do conhecimento técnico.
· Uma maneira de perceber se uma atividade educativa está de acordo com uma proposta de educação transformadora é descobrir para que ela serve.
Vamos analisar as atividades de Educação em Saúde desenvolvidas nos serviços de saúde, na escola, na comunidade.
Ao analisarmos aqui algumas das características do processo de educação, partimos da admissão de que existem dois saberes: o saber técnico e o saber popular, distintos mas não essencialmente opostos, eque a educação, como processo social, exigirá o confronto e a superaçãodesses dois saberes.Em seu dia-a-dia, a população desenvolve um saber popular que chega a ser considerável. Embora aeste saber falte uma sistematização coletiva, nem por isso é destituído de validez e importância. Não pode, pois, serconfundido com ignorância e desprezado como mera superstição. Ele éo ponto de partida e sua transformação, mediante o apoio do saber técnico-científico, pode constituir-se num processo educativo sobre o qual se assentará uma organização eficaz da população, para a defesados seus interesses.
O saber técnico, ao se confrontar com o saber popular, não pode dominá-lo, impor-se a ele. A relação entre estes dois saberes não poderá ser a transmissão unidirecional, vertical, autoritária, mas deverá ser uma relação de diálogo, relação horizontal, bidirecional, democrática. Diálogo entendido não como um simples falar sobre a realidade, mas como um transformar-se conjunto dos dois saberes, na medida em que a própria transformação da realidade é buscada.
FUNÇÃO EDUCATIVA DO PROFISSIONAL DE
SAÚDE: O PAPEL DE CADA UM
Educação é tarefa de todos os profissionais de saúde: insere-se em todas as atividades, deve ocorrer em todo e qualquer contato entre o profissional de saúdea população dentro e fora da unidade de saúde.
E em se tratando de ações educativas em saúde o importante para que os objetivos sejam alcançados é necessário planejamento.
Planejamento:Fazer planos é uma atividade conhecida do homem desde que ele sedescobriu com capacidade de pensar antes de agir. Mas foi com o
desenvolvimento comercial e industrial, ocorrido com o capitalismo,que surgiu a preocupação de planejar as ações antes que elasocorressem.
Hoje, em todos os setores da atividade humana, fala-se muito emplanejamento, com maior ênfase na área governamental. Atualmenteele é uma necessidade em todas as áreas de atuação. Quanto maior acomplexidade dos problemas, maior é a necessidade de planejar asações para garantir melhores resultados.Planejar, definindo de forma simples e comum, é não improvisar. É
compatibilizar um conjunto diversificado de ações, de maneira que sua operacionalização possibilite o alcance de um objetivo comum.
É o processo de decidir o que fazer. É a escolha organizada dosmelhores meios e maneiras de se alcançar os objetivos propostos.
Planejar é preparar e organizar bem uma ação, decidir o que fazer eacompanhar a sua execução, reformular as decisões tomadas,redirecionar a sua execução, se necessário, e avaliar os resultados ao seu término.Acompanhar a execução das ações é importante paraverificar se os objetivos pretendidos estão sendo alcançados ou não.
O processo de planejamento contempla pelo menos três momentosem permanente interação: preparação, acompanhamento e revisãocrítica dos resultados, buscando-se sempre caminhos que facilitem arealização do que foi previsto. 
Se em todos os setores da atividade humana o planejamento se reveste
da maior importância para prever melhor as ações e seus efeitos, a área da Educação em Saúde não pode fugir a esta premissa.
Passos do planejamento ação educativa
O planejamento, sendo um processo ordenado, pressupõe certos passos, momentos ou etapas básicas, estabelecidos em uma ordem lógica.
Para o planejamento do componente educativo das ações de saúde, regra geral, seguem-se as seguintes etapas:
1 - Diagnóstico, compreendendo a coleta de dados, a discussão, análise e interpretação dos dados, e o estabelecimento de prioridades.
2 - Plano de Ação, incluindo a determinação de objetivos, população-alvo, metodologia, recursos e cronograma de atividades.
3 - Execução, implicando na operacionalização do plano de ação.
4 - Avaliação, incluindo a verificação de que os objetivos propostos foram ou não alcançados.
Um dos princípios do planejamento participativo é a flexibilidade, que permite a reformulação das ações planejadas durante sua execução. A avaliação, nesta perspectiva, deve iniciar-se na etapa de diagnóstico e acompanhar todas as fases do planejamento. A avaliação realizada após a execução, além de identificar os resultados alcançados, também fornece subsídios para a reprogramação das ações, bem como indica a necessidade de novas ações de diagnóstico.
ELABORAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO
O planejamento das ações educativas, como parte das ações de saúde,quer de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, cura e reabilitação, deve contar com a participação da equipe de saúde, deusuários, e de representantes de diferentes segmentos da população,na busca de intervenção mais adequada à realidade local.Já temos o diagnóstico da situação e uma percepção mais clara darealidade. 
Estabelecemos prioridades e concluímos “que ações necessitamosdesenvolver”.
Roteiro para elaboração de um projeto educativo:
TÍTULO DO TRABALHO
- DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
- CARACTERÍSTICA GERAL DO MUNICÍPIO, INSTITUIÇÃO E DA
POPULAÇÃO-ALVO
- DIAGNÓSTICO EDUCATIVO
. Apresentação e análise dos dados
- PROJETO EDUCATIVO
. Justificativa
. Objetivos
. Geral
. Específicos
. Conteúdo programático
. População-alvo
. Metodologia
. Avaliação
. Recursos
. Humanos
. Materiais
. Financeiros
. Cronograma/quadro de atividades
REFERÊNCIA
Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo: Manual: educando em Saúde:planejando as Ações Educativas- Teoria e prática- Manual de Operacionalizações das Ações Educativas no SUS-São Paulo,2001
MALHEIROS BT. Didática Geral. Organização Andrea Ramal. Rio de Janeiro: LTC,2012. Capítulo 4 pg. 71-86.
AULA 7- ENSINAR E APRENDER:
DESAFIOS DO EDUCADOR EM SAÚDE
O ensino e a aprendizagem na vida humanaestá relacionada com:
· Ensinamento de pais para filhos
· Pessoas dedicadas exclusivamente para tarefas de ensino
· Surgimento das escolas.
Presente em todos os ambientes e situações. 
Capacidade de indagar, pesquisar, procurar alternativas, experimentar, analisar, dialogar, compreender.
Resultando em uma atitude científica diante da realidade.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DO ENSINO
· Conceito etimológico: “Ensinar é colocar dentro, gravar no espírito”
· Conceito tradicional: “Ensinar é transmitir conhecimentos”
· Questão pedagógica central: aprender
· Concepção da Escola Nova: “Ensinar é criar condições de aprendizagem” 
· Iniciativa desloca-se para o aluno e o centro da ação educativa situa-se na relação professor-aluno
· Pequenos grupos de alunos
· Ambiente com materiais didáticos / bibliotecas
· Maiores custos
· Privilégio das classes mais altas
· Classes Populares:Despreocupação com a transmissão de conhecimento: nível de ensino mais baixo
· Classes mais altas:Aprimoramento do ensino
· Questão pedagógica central: aprender a aprender
· Concepção tecnicista: “O ensino deve se inspirar nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade”
· Questão pedagógica central: aprender a fazer
O que é aprendizagem?
“Processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir”
Características da aprendizagem
· Aprendizagem é mudança de comportamento
· Aprendizagem é mudança de comportamento resultante da experiência 
Elementos principais do processo de aprendizagem
1- Situação estimuladora (estímulo)
2-Pessoa que aprende
3- Resposta: uma vez aprendido, será repetido sempre que ocorrer a situação estimuladora.
Fases da aprendizagem
Realidade
Observação Síncrese 			 Síntese Conclusões
da realidade
Análise
Discussão sobre os
diversos aspectos da realidade
Etapas do processo aprendizagem
1-Motivação: sem motivação não há aprendizagem 
2- Objetivo: comportamento orientado para satisfazer necessidades 
3- Preparação ou prontidão: fatores fisiológicos, psicológicos e experiências anteriores
4- Obstáculo: social, psicológica ou física
5- Respostas: melhor maneira de vencer o obstáculo 
6- Reforço: se der certo, será repetido
7- Generalização: resposta correta ao repertório de conhecimento.
Tipos de aprendizagem
· Aprendizagem motora: aprender habilidades motoras (andar, dirigir automóvel, nadar, escrever, etc)
· Aprendizagem cognitiva: Aquisição de informações, princípios, teorias, etc. 
· Aprendizagem afetiva: Diz respeito aos sentimentos e emoções 
Relaçãoentre ensino e aprendizagem
O professor está na mesma situação de um médico ou de um lavrador. O médico e o lavrador funcionam como agentes externos, pois a cura do doente ou o sucesso da plantação dependem da natureza do doente ou da qualidade do solo. O professor também é um agente externo. Ele colabora na aprendizagem do aluno, mas esta depende do próprio aluno.
Conclusões sobre ensino e aprendizagem
-Há uma relação intrínseca entre o ensino e a aprendizagem 
- Não há ensino quando não há aprendizagem.
Para haver ensino e aprendizagem é preciso
Desafios do educador
-Uma comunhão de propósitos e identificação de objetivos entre o professor e o aluno;
- Um constante equilíbrio entre o aluno, a matéria, os objetivos do ensino e as técnicas de ensino. 
O ensino existe para motivar a aprendizagem, orientá-la, dirigí-la; existe sempre para a eficiência da aprendizagem. 
O ensino seria então fator de estimulação intelectual.
REFERÊNCIA
Piletti C. Didática Geral. Ed. Ática: São Paulo, 2002.
MALHEIROS BT. Didática Geral. Organização Andrea Ramal. Rio de Janeiro: LTC,2012. Capítulo 3 pgs. 57-65
ESTES TEMAS SERÃO ABORDADOS NA AVALIAÇÃO NP1
TEMAS QUE SERÃO ABORDADOS NA AVALIAÇÃO NP2
Este módulo abordará os tópicos: Planejamento Educacional, de currículo e de ensino.
AULA 8- PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
O QUE É PLANEJAMENTO?
· Planejar é estudar;
· Planejar é “assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema” (Paulo Freire);
· O planejamento é uma necessidade em todos os campos da atividade humana. Quanto mais complexos forem os problemas, maior é a necessidade de planejamento.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO
· O que pretendo alcançar?
· Em quanto tempo pretendo alcançar?
· Como posso alcançar isso?
· O que fazer e como fazer?
· Quais os recursos necessários?
· Como analisar a situação para verificar se o objetivo foi alcançado?
· Na educação, temos três tipos de planejamento:
· PLANEJAMENTO EDUCACIONAL;
· PLANEJAMENTO DE CURRÍCULO;
· PLANEJAMENTO DE ENSINO
· Planejamento educacional:Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. Tem objetivos a longo prazo definindo uma política da educação.
 Pensemos, por exemplo, no modelo de ensino brasileiro. Temos uma educação básica que é separada em duas grandes etapas: o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. O Ensino Fundamental é, mais uma vez, dividido em dois- o primeiro segmento e o segundo segmento. Para facilitar, vejamos esta organização na abaixo:
Organização de educação básica no Brasil
Educação básica: { Ensino Fundamental ( 9 anos) {1ºsegmento (5 anos) e { 2º segmento (4 anos) } 
Ensino Médio ( 3 anos)
O modelo educacional exemplificado acima foi concebido no âmbito no planejamento educacional realizado no país. Trata-se de uma construção abrangente, que atenderá a todas as regiões do país tendo, por trás de sua explicitação, uma concepção teórica sobre o processo de construção do conhecimento nesta fase.
Veja abaixo o modelo educacional norte americano:
Organização de educação básica nos EUA
Educação básica: {Escola Elementar ( 5 anos); Escola Primária ( 3 anos) e Ensino Médio (4 anos)}.
É fácil perceber que há semelhanças: a educação básica nos dois países tem duração de doze anos. O Ensino Médio norte-americano possui um ano a mais de duração do que o brasileiro. Em compensação, O Ensino Fundamental brasileiro tem um ano a mais. Então, o que faz com que os dois modelos de ensino sejam tão diferentes, se há tantas semelhanças. É o planejamento educacional.
Planejamento de Currículo: Consiste na formulação de objetivos educacionais a partir dos objetivos expressos nos guias oficiais e tendo em vista a realidade da instituição.
· Curriculum – latim: curriculum = percurso, carreira, ato de correr, incluindo o que ocorre o percurso efetuado
· Curriculum vitae: engloba todos os dados pessoais, cursos, experiências e atividades que dão idéia do que a pessoa conseguiu realizar durante sua vidarevela continuidade, sequencia e objetivos atingidos ou a atingir.
CURRÍCULO APLICADO À EDUCAÇÃO
· Variação no decorrer do tempo, que depende da concepção de educação, da escola e da necessidade de determinada sociedade dentro de um momento histórico
· Tradicionalmente: significa as matérias ensinadas na escolaou a programação de estudo
· A tendência: utilizar o termo num sentido mais amplo, referindo-se a vida e a todo programa de escola, inclusive atividades extraclasse.
CONSEQUÊNCIAS DO NOVO CONCEITO DE CURRICULO
· O currículo existe somente na experiência
· Inclui mais do que o conteúdo a ser aprendido: o conteúdo é importante, porém as relações humanas, os métodos de ensino e processo de avaliação também são importantes
· É visto como um ambiente especializado de aprendizagem, com o objetivo de dirigir interesses e capacidades para participação na vida da comunidade e da nação.
· Planejamento do currículo não gira apenas em torno de que matérias devem ser ensinadas para desenvolvimento de conhecimentos, mas também para a melhoria da vida do indivíduo e da comunidade
DIMENSÕES DO CURRÍCULO
· Dimensão Filosófica – tipo de educação apropriada a uma cultura, baseiam-se escolhas feitas quanto aos fins da educação, propósitos e conteúdo da escola.
· Dimensão sócio-antropológica – quais os padrões de comportamento que influenciam os alunos, forças econômicas atuantes, formas de estrutura familiar e transformações sociais
· Dimensão psicológica – atenção ao desenvolvimento psicológico do aluno
PLANEJAMENTO DE CURRÍCULO
· Deve envolver a participação de todos que estão envolvidos com o processo educativo
· Definição dos objetivos, conteúdos básicos, métodos e estratégias de avaliação e pesquisa de recursos que poderão ser utilizados
· Deve levar em conta a realidade de cada escola e sugestões apresentadas pelo Conselho Estadual de Educação (C.E.E.) (normas de avaliação, recuperação de alunos, etc)
Quem planeja?
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO (C.F.E.)=Fixa diretrizes para organização curricular a nível nacional
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (C.E.E.)= Faz as adequações necessárias, considerando as peculiaridades locais
UNIDADE ESCOLAR = Elabora o currículo atendendo aspossibilidades do estabelecimento e às necessidades e características da clientela
· Planejamento de Ensino - É a especificação do planejamento de currículo. Deve-se traduzir em termos concretos e operacionais o que será realizado para alcançar os objetivos educacionais. propostos.
· Segundo PILETTI (2004) ele deve conter:
· Objetivos específicos(ou institucionais) estabelecidos a partir dos objetivos educacionais.
· Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinados pelos objetivos.
· Procedimentos e recursos de ensino que estimulam as atividades de aprendizagem.
· Procedimentos de avaliação que possibilitem verificar, de alguma forma, até que ponto os objetivos foram alcançados.
Mas qual a importância do planejamento de ensino?
1) Evita a rotina e o improviso
2) Contribui para a realização dos objetivos 
3) Promove eficiência do ensino
4) Direciona o ensino
5) Economiza tempo e energia
Características do planejamento de ensino
Ser elaborado em função da realidade dos alunos
 Ser flexível, reajustável
Ser claro e preciso
Estar relacionado com os objetivos propostos
Ser elaborado de acordo com o local em que será ministrado, tempo e recursos disponíveis.
Componentes básicos do planejamento de ensino
1. Objetivos: ONDE QUERO CHEGAR?
Os objetivos educacionais (são mais amplos, vão de encontro com o que a escola/instituição acredita) e os instrucionais (são mais específicos, referem-se às mudanças de comportamento que espero em um grupo de alunos)
2. Procedimentos de ensino: São ações e processos utilizados pelo professor para colocar o aluno em contato com as coisas ou fatos para mudar seu comportamento proposto nos objetivos. É como utilizarei as técnicas de ensino para atingir os objetivos estipulados(atividades para se alcançar um aprendizado).É o passo a passo das atividades que serão realizadas com os alunos
3. Recursos de Ensino: São os componentes do ambiente da aprendizagem que estimulam o aluno a aprender.
4. Avaliação 
	Que resultados alcancei?
	Avaliação do aluno
	Avaliação do programa
	Disponibilidade para alterações no planejamento
TIPOS DE PLANEJAMENTO DE ENSINO
· PLANEJAMENTO DE CURSO
· previsão de um determinado conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades a ser alcançado por uma turma, num certo período de tempo.
· Vantagens:
· Dá oportunidade ao professor para adequar o programa à realidade de sua classe.
· Permite distribuição da matéria pelo número de aulas disponíveis.
· Permite melhor orientação da aprendizagem.
· Permite que o professor avalie previamente a profundidade com que vai tratar o assunto.
Normas para :elaboração de um planejamento de curso
· Fazer sondagem inicial, para conhecer o nívele características dos alunos;
· Estabelecer os objetivos da disciplina;
· Adequar as atividades a serem desenvolvidas com os objetivos estabelecidos;
· Descrever as técnicas e os recursos a serem adotados;
· Prever as formas gerais de avaliação.
· PLANEJAMENTO DA UNIDADE
- É uma especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntosinter-relacionados.
- 
- Possui 3 etapas:
Apresentação: identificar e estimular osinteresses dos alunos, relacionando com o tema da Unidade /atividades:
· pré teste oral ou escrito
· diálogo com a classe a propósito do tema
· comunicação aos alunos dos objetivos da Unidade.
· aula expositiva
	Desenvolvimento: os alunos deverão chegar à compreensão do tema. 
· Estudo de textos
· Estudo dirigido
· Soluções de problemas
· Projetos
· Trabalho em grupo
Integração:alunos deverão chegar a uma síntese dos termos abordados na unidade.
· Organização dos recursos
· Relatório que sintetize os aspectos mais importantes da unidade.
· PLANEJAMENTO DE AULA: é a sequênciado que será ministrado em um dia de aula.
	Importante!!!
	
· Motivar os alunos a aprender
· Criar uma atmosfera de comunicação entre o aluno, demais alunos e professor
Importante: Como elaborar uma aula?
1ª) Definir o tema da aula
2ª) Especificar os objetivos 
3ª) Indicar o conteúdo que será transmitido
4ª) Estabelecer os procedimentos e recursos 
5ª) Avaliação (dos alunos e da aula)
Objetivos de ensino
· “Se você não tem certeza para onde quer ir, pode acabar indo para onde não desejaria”
	(Professor deve definir o que o aluno será capaz de fazer ao final do aprendizado)
“Direção é mais importante do que velocidade”
· Os objetivos instrucionais devem:
· Referir-se ao aluno e não ao professor
· Indicar claramente a intenção do professor
· Especificar o que o aluno deve realizar, em que condições e em que grau de perfeição
“ Ao final de um trabalho de pesquisa realizado em sala de aula, o aluno deverá ser capaz de identificar 80% das doenças contagiosas, suas causas e seus sintomas, além de adotar três novos hábitos de higiene e alimentação saudáveis.”
Conteúdos de ensino
· Quem direciona o conteúdo que será ministrado em aula são os objetivos
· A seleção do conteúdo deve ter:
	
Validade
Flexibilidade
Significação
Possibilidade de elaboração pessoal
Utilidade
Viabilidade
A organização do conteúdo se dá:
Por um critério lógico
(baseia-se na própria matéria)
Por um critério psicológico 
(baseia-se no cognitivo e no desenvolvimento intelectual do aluno
· Conclusão: Um bom planejamento de ensino deve:
· Ser elaborado em função das necessidades dos indivíduos e das condições de local, tempo e recursos
· Deve apresentar flexibilidade e clareza
Referências
PILETTI, C. Didática Geral. São Paulo, 2004. cap. 5,6,7.
AULA 9 - Objetivos e conteúdo de ensino
OBJETIVOS EDUCACIONAIS (ou gerais)
Referem-se aos objetivos mais amplos,que se efetivarão após um período mais ou menos longo de ação didática. São objetivos alcançados através de amadurecimento por parte do educando, referindo-se mais a aspectos de valores, atitudes e idéias, bem como de consciência diante de aspectos filosóficos, sociais e científicos.
Deve ser a “bússola” para orientar a elaboração dos objetivos instrucionais
Ex: Disciplina de Estudos Sociais: instrumentalizar o aluno para a compreensão das características naturais, culturais... Onde vive.
OBJETIVOS INSTRUCIONAIS (ou específicos)
Consistem numa maior especificação dos objetivos educacionais e numa operacionalização dos mesmos
São proposições específicas sobre mudanças no comportamento dos educandos, que serão atingidos gradativamente no processo de ensino-aprendizagem.
Refere-se ao que se deseja alcançar, normalmente a curto prazo
Ex: utilizar os recursos da comunidade como fonte de informação.
Operacionalização de um objetivo
Consiste em formalizar uma intenção de ensino:
1- EXECUÇÃO: refere-se à execução da tarefa
2 – OBSERVAÇÃO: a tarefa a ser executada deve ter caráter objetivo, para que mais de uma pessoa constate o que foi executado
3 – AVALIAÇÃO: deve ser acompanhada de algum critério que diga se o produto de execução é ou não satisfatório
4 – ADEQUAÇÃO – a tarefa deve estar de acordo com as possibilidades de realização do educando, de acordo com o preparo e maturidade do mesmo, ou seja, de acordo com suas possibilidades de desempenho.
DOMÍNIO COGNITIVO
Refere-se à razão, à inteligência e a memória, compreendendo desde simples informações e conhecimentos intelectuais, até idéias, princípios, habilidades mentais de análise, síntese, etc.
Ex: Conhecer as principais orientações pertinentesao paciente que tem diabetes no momento da alta hospitalar
 Conhecer os símbolos e as representações utilizadas em mapas e cartas geográficas
DOMÍNIO AFETIVO
Refere-se aos valores, às atitudes, às apreciações e aos interesses.
Ex:Valorizar a pessoa humana e o trabalho individual e coletivo
Interessar-se em conhecer as dificuldades emocionais para as mulheres mastectomizadas.
DOMÍNIO PSICOMOTOR
Refere-se às habilidades operativas ou motoras, isto é, às habilidades de manipular materiais, objetivos, instrumentos ou máquinas.
Ex:Desenhar um mapa
Fazer um curativo
Consertar um relógio
Redação dos Objetivos
Os objetivos devem indicar claramente a intenção do educador e não podem dar margens a muitas interpretações.
VERBOS
· Não devem ter interpretação ambígua
· Devem revelar comportamentos desejáveis, com clareza e precisão
Verbos que permitem muitas interpretações
Compreender
Saber
Entender
Desenvolver
Aprender
Melhorar
Aperfeiçoar
Julgar
Conhecer
Adquirir
Familiarizar-se
Verbos que admitem poucas interpretações
Identificar
Diferenciar
Escrever
Resolver
Enumerar
Comparar
Contrastar
Justificar
Escolher
Criticar
Verbalizar
Distinguir
Construir
Selecionar
Localizar
Os objetivos devem especificar o que o educando deve realizar
“Levar o aluno a conhecer fatos básicos relativos à saúde e à doença”
“Levar o aluno a identificar as doenças, seus sintomas e suas causas e a adotar hábitos de higiene e alimentação saudáveis”
Os objetivos podem estabelecer também as condições em que o educando deverá demonstrar ser capaz de realizar(tempo, uso ou não de instrumentos, livros e outros recursos)
“Ao final de um trabalho de pesquisa conduzido na sala de aula, o aluno deverá ser capaz de identificar as principais doenças contagiosas, seus sintomas e suas causas, além de adotar hábitos de higiene e alimentação saudáveis”
	
Conteúdos
Se expressa pelas experiências de aprendizagem que as atividades, áreas de estudo e disciplinas devem propiciar ao educando.
É visto como meio de favorecer o desenvolvimento integral do educando e como conhecimento de dados, fatos e conceitos, que levam à compreensão e retenção de informações.
Deve:
· Estar correlacionados com os objetivos definidos.
· Ter sequência e integração
· Abordar conteúdos mais importantes, mais centrais e mais atuais.
· O educador deve estar apto a levantar a idéia central do conhecimento que se deseja trabalhar.
· Ir do mais simples para o mais complexo, do concreto para o abstrato.
· Deve ser selecionado em função

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