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ENSINO MÉDIO CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 5 Capa_Exatas_CAD5_AL.indd 2 07/12/16 09:34 MATEMÁTICA Kátia Stocco Smole Maria Ignez Diniz TRIGONOMETRIA 1 Trigonometria: arcos de circunferência e círculo trigonométrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2 Funções trigonométricas: definição, periodicidade e gráfico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3 Equações, inequações e relações trigonométricas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Jogos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Tabela trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 2137684 (AL) Book_MAT2_CAD5.indb 1 07/12/16 19:46 MÓDULO Trigonometria Um indício histórico do conhecimento do conceito de ângulo é a construção do monumento megalítico Stonehenge, entre 2500 e 2000 a.C., na Inglaterra. É o mais conhecido dos círculos de pedras britânicos e parece ter sido projeta- do para a observação de fenômenos astronômicos, como os solstícios de verão e de inverno e os eclipses. Book_MAT2_CAD5.indb 2 07/12/16 19:46 JA S O N H A W K E S /S TO N E S U B /G E TT Y IM A G E S REFLETINDO SOBRE A IMAGEM Em quais unidades podemos medir arcos e ângulos? É possível estabelecer relações trigo- nométricas para qualquer ângulo ou só para ângulos agudos? www.sesieducacao.com.br Book_MAT2_CAD5.indb 3 07/12/16 19:46 4 Trigonometria Objetivos: c Identificar o radiano como unidade de medida de ângulo e utilizá-lo na resolução de problemas. c Utilizar relações de seno, cosseno e tangente em problemas que envolvam cálculo de distâncias. c Compreender e utilizar a noção de arcos côngruos na resolução de problemas. CAPÍTULO 1 O texto permite explorar integração com História e Física (Astronomia). Os alunos podem realizar a leitura em duplas, fazer uma lista das aplicações da Trigonometria e pesquisar temas que envolvem cálculo de distâncias inacessíveis. O site da Nasa, indicado na página 5, pode auxiliar na pesquisa. A percepção da Matemática, especificamente da Trigonometria, como construção humana originada por problemas próximos das necessidades do dia a dia e depois aplicada em várias ciências permite ao aluno se identificar como parte desse processo de construção de uma ciência. Trigonometria: arcos de circunferência e círculo trigonométrico TRIGONOMETRIA E ASTRONOMIA: UMA SÓ HISTÓRIA “O universo é escrito em linguagem matemática.” Galileu A humanidade sempre foi mo- vida pela curiosidade e pelo dese- jo de desvendar o desconhecido. No passado, a busca por riquezas que pudessem existir no outro lado do oceano impulsionou os europeus a empreenderem as Grandes Navegações; mais recen- temente, o desejo de conquistar o espaço motivou a corrida à Lua. Hoje a humanidade vai além e uti- liza cálculos e aparelhos sofisti- cados para desbravar outras ga- láxias e elementos cósmicos, como buracos negros e estrelas supermassivas. A Trigonometria, entre todas as áreas da Matemática que contribuem para o conheci- mento científico, certamente é de fundamental importância para a Astronomia, o estudo do Universo. Essas duas áreas de conhecimento praticamente “nasceram” juntas. Registros e pesquisas arqueológicas indicam que já por volta de 4000 a.C., na região da Mesopotâmia, o céu era cuidadosamente observado para que se pudesse entender o movimento de objetos celestes visíveis a olho nu. Paralelamente às observações, as estimativas de distâncias, tama- nhos e posições já eram pensadas a partir dos triângulos, e os planetas conhecidos na época eram repre- sentados em círculos fracionados em partes iguais, usando a base 60. Em especial, os sacerdotes as- trônomos da Babilônia consegui- ram construir um conhecimento bastante acurado dos planetas, prevendo a posição deles com muita precisão, se compararmos aos dados obtidos com toda a tec- nologia da atualidade. Os métodos babilônicos, principalmente para estabelecer o calendário ritualísti- co e agrícola e fazer previsões de S co tt C am az in e/ A la m y/ O th er Im ag es Imagem da galáxia espiral M81: a imagem combina dados dos telescópios Hubble e Spitzer e das missões do satélite Galaxy Evolution Explorer (GALEX). Nossa sugestão é que, ao longo deste ano, você leia O jeito matemático de pensar, de Renato J. Costa Valladares (Ed. Ciência Moderna). Nesse livro, o autor procura mostrar, em cada capítulo, o quanto esta ciência faz parte da nossa vida e está presente até mesmo em situações não matemáticas. Comece lendo os dois primeiros capítulos. LEIA O LIVRO To ny H al la s/ S ci en ce F ac ti o n /C o rb is /L at in st o ck Parte da Via Láctea, a estrela Sirius (no canto superior direito) e a estrela Eta Carinae (nebulosa vermelha no canto inferior esquerdo) vistas de uma das ilhas da Flórida (EUA). Nesta obra, optamos por desenvolver a Trigonometria nos três volumes para: • permitir que o aluno se aproprie progressivamente dos conceitos do tema; • favorecer as relações com funções, Geometria e números complexos; • fazer revisões constantes sobre o tema. Book_MAT2_CAD5.indb 4 07/12/16 19:46 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 5 natureza mística, estiveram em uso até os primeiros séculos da nossa era. Sob a influência da Astronomia dos babilônicos, Hiparco de Niceia (180 a.C.-125 a.C.), considerado o “pai da Trigo-nometria” e também o maior astrônomo daquela época, construiu a primeira tabela trigonométrica, pelo menos de que se tem notícia, com os valores das cordas de ângulos de 0° a 180°. A tabela foi utilizada por ele para determinar o nascer (visibilidade a partir da Terra) e o ocaso de diversas estrelas. A estreita relação entre as duas ciências, Astronomia e Tri- gonometria, ficou evidente na Idade Média, com o interesse em desvendar nosso lugar no céu (geocentrismo ou heliocentrismo) e em descrever as leis que governam os movimentos dos corpos celestes. Além dis- so, os avanços da navegação marítima implicaram a necessi- dade de elaboração de mapas cartográficos e topográficos precisos, bem como a exatidão de cálculos da astronomia posicional, para determinação de localização e tempo, du- rante as navegações que desbravavam novas terras. Entre os muitos avanços da parceria entre Astronomia e Trigonometria destaca-se, em 1838, o trabalho de Bessel (1784-1846), que conseguiu detectar a distância da Terra à estrela 81 Cygni utilizando cál- culos trigonométricos com medidas angulares em relação ao movimento da Terra em sua órbita. A medição de Bessel é considerada um marco importante no cálculo de distâncias cósmicas, constituindo-se basicamente no ponto de partida para o progresso das pesquisas avan- çadas do espaço sideral. Ao longo do século XX, a Trigonometria se ex- pandiu às outras ciências físicas, deixando de ser exclusiva aos avanços da Astronomia. Por outro lado, os avanços científicos e tecnológicos impul- sionaram as investigações sobre o universo, con- tando com outros conhecimentos matemáticos além da Trigonometria. Nesta unidade, daremos continuidade ao estu- do sobre Trigonometria e funções trigonométricas. Vamos recordar as ideias principais e avançar nas propriedades e relações da Trigonometria. Rolo de papiro encontrado em uma tumba em Tebas (no Egito Antigo). Ele é a fonte mais valiosa que se tem sobre a Matemática egípcia.O x A D C B sen x = =AC OA corda AD 2r Z ap t Pontos... ... de vista Seno e cosseno Longe daqui Estrela 1 RÉGUA NAS ESTRELAS Entenda como se monta a equação que mede a distância até as estrelas. 2 3 Para astros mais distantes, o método é diferente: com- para-se a luz da estrela com a de astros conhecidos, e aí se faz uma estimativa. Os astrônomos identificam esse deslocamento aparente da estrela e, graças à “mágica” da Trigonometria, obtêm a distância da estrela. Emjaneiro, os astrônomos observam a posição de uma estrela próxima da Terra. Em julho, a Terra está no ponto oposto da sua órbita. Quando a mesma estrela é observada, ela parece ter se deslocado. Sol (Ilustração fora de escala e em cores-fantasia.) Se tiver oportunidade, acesse o site <http://antwrp.gsfc.nasa.gov/> para saber um pouco mais sobre a relação Trigonometria- Astronomia. Veja também o site <www. google.com/sky>. Esse recurso do Google permite explorar o espaço e ver as estrelas de determinados pontos da Terra. O acervo de imagens capturadas por diversos observatórios cobre milhões de estrelas e de galáxias. VEJA O FILME T h e B ri dg em an A rt L ib ra ry /K ey st o n e Book_MAT2_CAD5.indb 5 07/12/16 19:47 6 Trigonometria RECORDANDO Observando triângulos retângulos, é possível per- ceber que as razões entre as medidas de lados corres- pondentes de triângulos com um ângulo em comum são constantes. Como os três triângulos possuem os três ângulos correspondentes congruentes, eles são semelhantes. nABC , nADE , nAXY Daí: BC AC 5 DE AE 5 XY AY , o que nos permite definir sen α 5 medida do cateto oposto a α medida da hipotenusa . AB AC 5 AD AE 5 AX AY , o que nos permite definir cos α 5 medida do cateto adjacente a α medida da hipotenusa . BC AB 5 DE AD 5 XY AX , o que nos permite definir tg α 5 medida do cateto oposto a α medida do cateto adjacente a α . Definimos assim as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente para o ângulo α. É importante destacar duas relações entre essas razões válidas para qualquer ângulo α. sen2 α 1 cos2 α 5 1 tg α 5 sen α cos α Essas relações são úteis para resolver problemas de cálculo de distâncias que não podem ser medidas diretamente. Veja este exemplo: Se um observador está a 20 m de uma torre e a observa de um ângulo de 56°, podemos calcular a altura da torre. tg 56° 5 h 20 Consultando a tabela trigono métrica do final do módulo, temos: tg 56° 5 1,4826 h 5 20 · 1,4826 h > 29,7 m As razões trigonométricas podem ser estendidas como funções por meio da utilização do círculo trigonométrico, e é isso que faremos a partir do item 3. Cálculo de seno, cosseno e tangente de alguns ângulos Vamos calcular as razões trigonométricas de alguns ângulos que são frequentemente utilizados na resolução de situações diversas. Seno, cosseno e tangente de 30° e de 60° Em um triângulo equilátero, com um lado de medida a, sabemos que uma altura mede h 5 a 3 2 . No nAHB, temos: 2 Relações trigonométricas no triângulo retângulo – 2 Desenvolva suas habilidades na aplicação das relações trigonométricas. Peça aos alunos que, em duplas, escrevam o que sabem sobre Trigonometria. Se for possível, leia alguns dos textos produzidos para que você tenha uma noção dos conhecimentos e das dúvidas dos alunos. Depois, peça que leiam as páginas 6 e 7 e que revisem o próprio texto. Ajude-os a esclarecer as dúvidas. Se achar necessário, selecione alguns exercícios extras, além dos que se encontram nas páginas seguintes, para que os alunos resolvam e então avancem com mais tranquilidade no assunto. Ler e escrever sobre a aprendizagem auxilia os alunos no desenvolvimento de uma melhor compreensão do próprio conhecimento e permite que memorizem o que aprenderam e sistematizem ideias importantes. 56° h 20 m α A X Y E C BD Book_MAT2_CAD5.indb 6 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 7 sen 30° 5 BH AB 5 a 2 a 5 1 2 sen 60° 5 AH AB 5 a 3 2 a 5 3 2 cos 30° 5 AH AB 5 a 3 2 a 5 3 2 cos 60° 5 BH AB 5 a 2 a 5 1 2 tg 30° 5 BH AH 5 a 2 a 3 2 5 3 3 tg 60° 5 AH BH 5 a 3 2 a 2 5 3 Seno, cosseno e tangente de 45° Em um quadrado, com um lado de medida a, sabemos que uma diagonal mede d 5 a 2. No nABC, temos: sen 45° 5 BC AC 5 a a 2 = 2 2 cos 45° 5 AB AC 5 a a 2 = 2 2 tg 45° 5 BC AB 5 a a 5 1 Esses valores podem ser resumidos em uma tabela. α 30° 45° 60° sen α 1 2 2 2 3 2 cos α 3 2 2 2 1 2 tg α 3 3 1 3 B H C A h aa 30° 60° 60° 30° a 2 a 2 Im ag en s: Z ap t aa D C d A a a B 45° Para melhor utilização dos exercícios resolvidos e dos problemas a seguir, consulte o Manual do professor. EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 Em um triângulo retângulo, a hipotenusa mede 10 cm, e o seno de um dos ângulos agudos vale 0,6. Calcule as medidas dos catetos. RESOLUÇÃO Seja sen B 5 0,6. Então: sen B 5 AC BC ⇒ 0,6 5 AC 10 ⇒ AC 5 6 cm Pelo teorema de Pitágoras, temos: (AB)2 1 (AC)2 5 (BC)2 ⇒ (AB)2 1 62 5 102 ⇒ AB 5 8 cm 2 Calcule as medidas dos ângulos agudos do triângulo retân- gulo da figura. RESOLUÇÃO tg B 5 AC AB ⇒ tg B 5 3 3 ⇒ B 5 30° Como B 1 C 5 90°, então C 5 60°. C BA B̂ 10 cm Ĉ C B A B̂ 3 3 Book_MAT2_CAD5.indb 7 07/12/16 19:47 8 Trigonometria PROBLEMAS E EXERCÍCIOSAs respostas se encontram no final do caderno Durante a correção destes exercícios, organize com a classe uma lista de cuidados que devem ser tomados para que não haja erro de cálculos envolvendo as razões trigonométricas. Peça que registrem a lista, para que possa ser consultada em outras ocasiões. 1 Calcule o seno, o cosseno e a tangente de cada ângulo agudo. a) b) 2 Calcule o valor de x. a) b) 30° x 4 3 c) 45° 60° x 15 3 Calcule a altura do edifício medida a partir do solo, sabendo que um observador colocou-se a 30 m de distância e assim o observou segundo um ângulo de 30°, conforme mostra a figura (fora de escala). 30° 30 m 3 m 4 Em um paralelogramo de dimensões 12 cm e 16 cm, um ângu- lo mede 30°. Calcule as medidas das alturas desse paralelo- gramo. 5 Em um trapézio isósceles, a base menor vale 5 cm, um lado oblíquo mede 4 cm e um ângulo é 60°. Calcule o perímetro e a altura desse trapézio. 6 Em um trapézio retângulo ABCD, a base menor AB, a base maior CD e a altura AD medem, res- pectivamente, 6 cm, 8 cm e 2 3 cm. Calcule os ângulos do triângulo BCD. 7 Calcule o valor aproximado de x. A B C 5 12 13 P Q R 815 17 6 x60° 60°45° 100 m x NOÇÃO DE ÂNGULO Um radar capta um obstáculo no ponto P. O raio detector RP, que pode ser visto na tela do radar, faz um ângulo de 151° com a semirreta RL. A distância de P à origem R é de 1 km. Quais são as coordenadas do obstáculo P? Se o obstáculo estivesse sobre a bissetriz do terceiro quadrante, no ponto Q, o raio detector do radar teria descrito 225° desde a posição inicial RL. Se Q distasse 1 km de R, quais seriam as coordenadas de Q? Ampliando a noção de ângulo No exemplo acima, como em muitos outros geralmente relacionados com movimentos de rotação, é necessário considerar ângulos cuja amplitude é superior a 90°, a 180° e até a 360°. De fato, se o raio partisse da posição RL e tivesse dado duas voltas completas antes de detectar P, teria descrito: 2 · 360° 1 151°, ou seja, 871°. C ri st in a X av ie r P Q O S L N R ° Book_MAT2_CAD5.indb 8 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 9 Há também movimentos de rotação de sentido contrário a esse, como é o caso do movimento dos ponteiros do relógio. Se observássemos um relógio como o da figura ao lado durante 50 minutos, notaríamos que o ponteiro dos minutos descreve um ângulo próximo a 300°. Para distinguir esses dois sentidos que podem ser descritos nas rotações, assumimos um como positivo e outro como negativo. Vamos construir um novo conceito, que é o de círculo trigonométrico, que permitirá com preen der melhor ângulos de medida maior que 180° e estender os cálculos de seno, cosseno e tangente para esses ângulos. ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA Dois pontos, A e B, dividem uma circunferência em duas partes denominadas arcos. A e B são as extremidades de cada um desses arcos, que indicaremos por AB ou BA. Para diferenciar esses arcos, convencionamos percorrer a circunferência no sentido anti-horário. Assim, AB é o arco formado pelos pontos da circunferênciaentre A e B, percorridos no sentido (anti- horário) de A para B, enquanto BA é o arco formado pelos pontos da circunferência entre B e A, percorridos no sentido (anti-horário) de B para A. Se A coincide com B, temos um arco de uma volta ou um arco nulo. Se A e B são as extremidades de um mesmo diâmetro, temos um arco de meia-volta. O: centro da circunferência; AB e BA: arcos de meia-volta O AB ÂNGULO CENTRAL Todo ângulo com vértice no centro de uma circunferência L cujos la- dos interceptam L é denominado ângulo central relativo a L. O arco de circunferência contido no interior de um ângulo central é chamado de arco correspondente a esse ângulo. De forma recíproca, a todo arco de L corresponde um único ângulo central de L. Essa relação entre arcos e ângulos de uma circunferência nos per- mite definir formas de medir arcos a partir da medida do ângulo cen- tral correspondente. BAAB B A B A A = B A = B Arco de 1 volta Arco nulo L O A B AB: arco correspondente ao ângulo central AOB AOB: ângulo central correspondente ao arco AB L O A B NOÇÃO DE ÂNGULO Um radar capta um obstáculo no ponto P. O raio detector RP, que pode ser visto na tela do radar, faz um ângulo de 151° com a semirreta RL. A distância de P à origem R é de 1 km. Quais são as coordenadas do obstáculo P? Se o obstáculo estivesse sobre a bissetriz do terceiro quadrante, no ponto Q, o raio detector do radar teria descrito 225° desde a posição inicial RL. Se Q distasse 1 km de R, quais seriam as coordenadas de Q? Ampliando a noção de ângulo No exemplo acima, como em muitos outros geralmente relacionados com movimentos de rotação, é necessário considerar ângulos cuja amplitude é superior a 90°, a 180° e até a 360°. De fato, se o raio partisse da posição RL e tivesse dado duas voltas completas antes de detectar P, teria descrito: 2 · 360° 1 151°, ou seja, 871°. C ri st in a X av ie r Book_MAT2_CAD5.indb 9 07/12/16 19:47 10 Trigonometria MEDIDA DE ARCOS DE CIRCUNFERÊNCIA Há dois tipos de medições que podem ser feitas para arcos de circunferência: a linear e a angular. A medida linear de um arco AB é o seu comprimento, ou seja, a distância linear entre suas extremidades. Observe o desenho ao lado. Encontrar a medida do comprimento do arco AB equivale a “esticar” o arco e encontrar um segmento de reta EF cujo comprimento seja igual ao do arco AB. Já a medida angular de AB está relacionada à medida do ângulo central correspondente a esse arco, ou seja, a medida angular do arco AB é igual à medida do ângulo central associado a ele: m(AB) 5 m(AOB) As unidades usuais para a medida angular de arcos de circunferência são grau e radiano. O radiano será apresentado nas páginas que seguem. Vamos relembrar a medida de ângulos em graus. Medida em graus O grau é a unidade de medida de ângulos mais utilizada, especialmente na Ge- ometria. O grau é definido dividindo-se uma circunferência em 360 ângulos centrais con- gruentes entre si. Cada um desses ângulos equivale a um ângulo de um grau (1°), e definimos a medida angular do arco correspondente como sendo igual a um grau. Dividindo-se um arco de 1° em 60 ângulos congruentes entre si, cada um dos arcos formados corresponde a um arco com medida angular de um minuto (1'). Dividindo-se um arco de 1' em 60 partes congruentes entre si, cada um desses arcos formados corresponde a um arco com medida angular de um segundo (1"). Portanto, 1° 5 60' e 1' 5 60". Se um arco de circunferência tem medida a graus, b minutos e c segundos, escrevemos a°b’c”. Observe agora a figura ao lado. Como o ângulo central AOB mede 45°, dizemos que a medida angular do arco AB é de 45°. Note que os arcos AB, CD e EF têm medida angular de 45°, apesar de suas medidas lineares serem diferentes. Medida em radianos Embora o grau seja uma unidade de medida bastante utilizada para ângulos, quando se trata da medida angular de arcos há outra unidade mais usual em Trigonometria: o radiano. B A O E F α r r 1° 1 360 da volta completa da circunferência mede 1° O B D F A C E 45° r 1 r 2 r 3 ℓ 1 ℓ 2 ℓ 3 Im ag en s: Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 10 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 11 Arco de 1 radiano (rad) é o arco cujo comprimento é igual à medida do raio da circunferência que o contém. O r r Arco de 1 rad O r r 1 rad r Podemos falar, também, que ângulo de 1 radiano é o ângulo central correspondente a um arco de comprimento igual ao do seu raio. Medir um arco com essa unidade significa respon- der à pergunta: Quantos arcos de comprimento igual a 1 raio da circunferência “cabem” no arco que se de- seja medir? Por exemplo: um arco de 2 rad corresponde ao arco de comprimento igual a 2 raios da circunferência. De modo geral, indicando por α a medida, em ra- dianos, de um arco de comprimento , contido em uma circunferência de raio r, podemos escrever: α 5 , r Ou seja, α é o número de vezes que r “cabe” em ,. É importante observar que a medida angular de um arco, em radianos, só é numericamente igual ao comprimento desse arco se r 5 1, isto é, se a medida do raio for igual a uma unidade de medida de comprimento. Vejamos agora algumas relações entre graus e radianos. Como o comprimento da circunferência é igual a 2πr, o raio cabe 2π vezes (aproximadamente 6,28 vezes) na circunferência. Logo, temos as seguintes relações entre medidas de arcos: Lembre-se de que o sinal > é usado como “aproximadamente igual” entre quantidades numéricas. 360° → 2π radianos (> 6,28) 180° → π radianos (> 3,14) 90° → π 2 radiano (> 1,57) 45° → π 4 radiano (> 0,785) As medidas de arcos de circunferências em graus e em radianos são, então, diretamente proporcionais. 360 2π 5 180 π 5 90π 2 5 45π 4 O r r A B r Comprimento de AB 5 2r m(AB) 5 m(AOB) 5 2 rad Logo, a medida angular de AB é 2 rad. Escolha alguns objetos circulares e proponha aos alunos que meçam o diâmetro (d) e o comprimento (C) da circunferência de cada um e depois calculem a relação C d . Espera-se que eles encontrem resultados próximos de π > 3,14, o que permitirá a comprovação experimental de que C 5 π · d 5 2π · r, ou seja, o raio r de qualquer circunferência “cabe” 2π > 6,28 vezes no comprimento C. r r ℓα Raio A B1 rad Raio Im ag en s: Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 11 07/12/16 19:47 12 Trigonometria Esse fato nos possibilita obter a equação de conversão de unidades por meio de uma regra de três simples. Exemplo: Qual é a medida em graus de um arco de 1 radiano? Pela regra de três, temos: 360° 2π a 1 a 5 360 2π 5 180 π > 180 3,14 > 57° a 360 5 α 2π ou a 180 5 α π Medida em graus Medida em radianos a α [ 360 2π 1 rad 1° a EXERCÍCIO RESOLVIDO Leia e resolva no caderno cada um destes ER. Em caso de dúvida, consulte o livro. 3 Na figura, temos duas circunferências coplanares, de mes- mo centro O. Sendo OA 5 2 cm, CD 5 4 cm e 3 cm o compri- mento de AC, calcule: O D C A B a) a medida de AOC em radianos. b) o comprimento de BD. RESOLUÇÃO a) m(AOC) 5 comprimento de AC OA ⇒ m(AOC) 5 3 2 ⇒ ⇒ m(AOC) 5 1,5 rad b) O raio da circunferência maior é r 5 6 cm. Seja , o comprimento de BD; então: m(BOD) 5 , r ⇒ 1,5 5 , 6 ⇒ , 5 9 cm 4 Transforme: a) 120° em radianos. b) 5π 6 rad em graus. RESOLUÇÃO a) Substituindo a por 120 na equação a 180 5 α π , temos: 120 180 5 α π ⇒ α 5 120π 180 ⇒ α 5 2π 3 Portanto, 120° 5 2π 3 rad. b) Substituindo α por 5π 6 na equação a 180 5 α π , temos: a 180 5 5π 6 π ⇒ a 5 5 · 180 6 ⇒ a 5 150 Portanto, 5π 6 rad 5 150°. 5 Calcule a medida do menor ângulo formado pelos ponteiros das horas e dos minutos quando são: a) 4 horas. b) 5 h 20 min. RESOLUÇÃO a) O menor ângulo formado por duas marcas con secutivas de horas tem medida 360° 12 5 30°; logo, o menor ângulo formado pelos ponteiros dashoras e dos minutos, às 4 horas, terá medida 4 · 30° 5 120°. b) A medida x do ângulo solici- tado é x 5 30° 1 y. Para o cálculo de y, vamos notar que, enquanto o ponteiro dos minutos dá uma volta (360°), o ponteiro das horas descre- 30° Book_MAT2_CAD5.indb 12 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 13 ve um ângulo de 30°. Logo, temos a seguinte regra de três: Ângulo descrito pelo ponteiro dos minutos Ângulo descrito pelo ponteiro das horas 360° 30° 120° y Ou seja: 360 120 5 30 y ⇒ y 5 10° Portanto, x 5 40°. 30° x y PROBLEMAS E EXERCÍCIOSAs respostas se encontram no final do caderno Leia os exercícios desta seção e comece resolvendo aqueles que lhe parecerem mais fáceis. Em caso de dúvida, releia os ER ou o texto do livro. 8 Na figura, O é o centro do cír- culo de raio 4 cm. a) Calcule m(AOB) em ra- dianos sabendo que o comprimento de AB é 10 cm. b) Calcule o comprimento de CD dado m(COD) 5 0,8 rad. 9 Transforme em radianos. a) 40° b) 36° c) 25° d) 15° e) 24° f) 80° g) 192° h) 22°30' 10 Transforme em graus. a) π 12 rad b) π 8 rad c) 5π 9 rad d) 7π 16 rad e) 7π 15 rad f) 11π 45 rad g) 17π 10 rad h) 3π 40 rad 11 Na figura, AC e MN são arcos contidos em circunferên- cias de um mesmo plano e de mesmo centro O, OM 5 8 cm e OB 5 2 cm. MN e AB têm comprimentos, respectivamente, 12 cm e 2 cm. Calcule: O A C B M N a) AOC em radianos. b) o comprimento de AC. 12 (UEL-PR) Um relógio marca que faltam 20 minutos para o meio-dia. Então, o menor ângulo formado pelos ponteiros das horas e dos minutos é: a) 90° b) 100° c) 110° d) 115° e) 125° 13 (UEG-GO) Considerando 1° como a distância média entre dois meridianos, e que na linha do Equador corresponde a uma distância média de 111,322 km, e tomando-se esses valo- res como referência, pode-se inferir que o comprimento do círculo da Terra, na linha do Equador, é de, aproximadamen- te, a) 52 035 km b) 48 028 km c) 44 195 km B D C O A CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO No plano cartesiano, vamos considerar a circunferência de centro na origem O(0, 0) e de raio unitário. Vimos, no início desta unidade, que em diversas situações podemos adotar sentidos diferentes em uma circunferência para os arcos e ângulos formados. Escolhemos então como positivo o sentido anti-horário de percurso dos arcos que serão medidos a partir do ponto A(1, 0) de intersecção da circunferência com o semieixo positivo das abscissas. Organize a classe para uma leitura coletiva de Círculo trigonométrico. Durante a leitura, faça pausas para comentários e análise das imagens, dos destaques etc. Feito isso, peça aos alunos que fechem os livros e listem as principais ideias. Anote-as no quadro e peça que façam o mesmo em seus cadernos. A lista será útil na resolução das próximas atividades. Esse é um bom recurso para desenvolver as competências relacionadas à linguagem. Book_MAT2_CAD5.indb 13 07/12/16 19:47 14 Trigonometria O círculo trigonométrico corresponde à circunferência de centro O e raio unitário (r 5 1), na qual escolhemos um ponto de origem dos arcos e o sentido do seu percurso. No círculo trigonométrico, a medida absoluta α, em radianos, de um arco e o comprimento , desse arco são iguais, pois α 5 , r e r 5 1. E esse é o motivo por que escolhemos r 5 1. Podemos, então, associar a cada número real α um único ponto P do círculo trigonométrico, de modo que: > se α 5 0, P neste caso coincide com A. > se α . 0, percorremos a circunferência no sentido anti-horário. > se α , 0, percorremos a circunferência em sentido horário. > o comprimento de AP é o módulo de α. O ponto P é a imagem de α no círculo trigonométrico. O A P O A P O A = P m(AP ) 5 0 m(AP ) 5 α . 0 m(AP ) 5 ]α se α , 0 Exemplos: a) Para obtermos a imagem de π 3 , partimos de A e percorremos, no sentido anti- -horário, um arco de comprimento π 3 , que corresponde ao ângulo central de 60°. O A60° P π 3 b) Para obtermos a imagem de ]3, partimos de A e per- corremos, no sentido horário, um arco de comprimen- to 3, que tem medida em graus de aproximadamente 172° medidos no sentido horário a partir de A. Observe que a cada ponto do círculo estamos asso- ciando um número, de modo que os pontos sejam as imagens desses números. Visualizemos alguns números no círculo trigonométrico. O A P –3 Im ag en s: Z ap t 1 6 5 4 0 2 3 –1 0 –6 –5 –4 –2 –3 – O O π 3 π 2 π 4 π 6 π –π 11π 6 7π 4 5π 33π 2 4π 3 5π 4 7π 6 5π 6 3π 4 2π 3 3π 2 – π 2 – π 3 – π 4 – π 6 – 4π 3 – 5π 3 – 5π 4 – 7π 6 – 7π 4 – 5π 6 – 11π 6 – 3π 4 – 2π 3 Im ag en s: Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 14 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 15 Se o módulo de α é maior do que 2π, damos mais de uma volta no círculo trigonométri- co para obter a imagem de α. Exemplos: a) Para obter a imagem de 7π 3 , partimos de A, damos, no sentido anti-horário, uma volta completa (2π) e percorremos, no mesmo sentido, um arco de comprimento π 3 , pois 7π 3 5 6π 3 1 π 3 5 2π 1 π 3 . π 3 O P A b) Para localizar a imagem de ] 9π 2 , partimos de A, damos, no sentido horário, 2 voltas completas (]4π) e percorremos, no mesmo sentido, um arco de comprimento π 2 , pois ] 9π 2 5 ] 8π 2 ] π 2 5 ]4π ] π 2 . π 2 – O P A O círculo trigonométrico corresponde à circunferência de centro O e raio unitário (r 5 1), na qual escolhemos um ponto de origem dos arcos e o sentido do seu percurso. No círculo trigonométrico, a medida absoluta α, em radianos, de um arco e o comprimento , desse arco são iguais, pois α 5 , r e r 5 1. E esse é o motivo por que escolhemos r 5 1. Podemos, então, associar a cada número real α um único ponto P do círculo trigonométrico, de modo que: > se α 5 0, P neste caso coincide com A. > se α . 0, percorremos a circunferência no sentido anti-horário. > se α , 0, percorremos a circunferência em sentido horário. > o comprimento de AP é o módulo de α. O ponto P é a imagem de α no círculo trigonométrico. O A P O A P O A = P m(AP ) 5 0 m(AP ) 5 α . 0 m(AP ) 5 ]α se α , 0 Exemplos: a) Para obtermos a imagem de π 3 , partimos de A e percorremos, no sentido anti- -horário, um arco de comprimento π 3 , que corresponde ao ângulo central de 60°. O A60° P π 3 b) Para obtermos a imagem de ]3, partimos de A e per- corremos, no sentido horário, um arco de comprimen- to 3, que tem medida em graus de aproximadamente 172° medidos no sentido horário a partir de A. Observe que a cada ponto do círculo estamos asso- ciando um número, de modo que os pontos sejam as imagens desses números. Visualizemos alguns números no círculo trigonométrico. O A P –3 Im ag en s: Z ap t 1 6 5 4 0 2 3 –1 0 –6 –5 –4 –2 –3 – O O π 3 π 2 π 4 π 6 π –π 11π 6 7π 4 5π 33π 2 4π 3 5π 4 7π 6 5π 6 3π 4 2π 3 3π 2 – π 2 – π 3 – π 4 – π 6 – 4π 3 – 5π 3 – 5π 4 – 7π 6 – 7π 4 – 5π 6 – 11π 6 – 3π 4 – 2π 3 Im ag en s: Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 15 07/12/16 19:47 16 Trigonometria Arcos côngruos Analisemos o que ocorre com as imagens no círculo trigonométrico dos números π 2 , π 2 1 2π, π 2 1 4π, π 2 1 6π, ... e dos números π 2 ] 2π, π 2 ] 4π, π 2 ] 6π, ... A partir de A, no sentido anti-horário, percorrendo um arco de comprimento π 2 , localizamos P e, a seguir: no sentido anti-horário, damos 1, 2, 3, ... voltas completas, obtendo sempre o ponto P. Isso significa que π 2 1 2π, π 2 1 4π, π 2 1 6π, ... têm a mesma imagem P. no sentido horário, damos 1, 2, 3, ... voltas completas, obtendo sempre o ponto P. Isso significa que π 2 ] 2π, π 2 ] 4π, π 2 ] 6π, ... têm a mesma imagem P. Podemos representar esses números, genericamente, por π 2 1 k · 2π, onde k é a variável que assume valores inteiros, e afirmar que: os números expressos por π 2 1 k · 2π, k [ Z, têm a mesma imagem P no círculo trigonométrico,ou os arcos cujas medidas são dadas por π 2 1 k · 2π, k [ Z, têm a mesma origem A e a mesma extremidade P. Dois arcos contidos no círculo trigonométrico são côngruos se tiverem a mesma origem e a mesma extremidade. Exemplo: Veja na figura que os arcos de medida π 2 e ] 3π 2 são côngruos, pois têm a mesma origem e a mesma extremidade. Podemos escrever que ] 3π 2 5 π 2 1 (]1) · 2π. As medidas dos arcos côngruos a um arco de medida a são dadas por: a 1 k · 2π, k [ Z, para a em radianos ou a 1 k · 360°, k [ Z, para a em graus Se 0 < a , 2π (ou 0° < a , 360°), o arco de medida a é a determinação principal ou a 1a determinação não negativa desses arcos côngruos. No exemplo, π 2 é a determinação principal de ] 3π 2 . Consideremos as medidas α 1 5 a 1 k 1 · 2π e α 2 5 a 1 k 2 · 2π de dois arcos côngruos. Calculando α 1 ] α 2 , obtemos: α 1 ] α 2 5 (k 1 ] k 2 )2π Como k 1 ] k 2 é inteiro, podemos escrever: A diferença entre as medidas de dois arcos côngruos é igual ao produto de um número inteiro por 2π (ou é múltiplo de 360°). Exemplos: a) Os arcos de medidas 21π 5 e ] 9π 5 são côngruos, pois: 21π 5 ] ] 9π 5 5 21π 5 1 9π 5 5 6π 5 3 · 2π. b) Os arcos de medidas 37π 7 e 16π 7 não são côngruos, pois: 37π 7 ] 16π 7 5 21π 7 5 3π (não é produto de um número inteiro por 2π). c) Os arcos de medidas 3 645° e 5 445° são côngruos, pois: 3 645° ] 5 445° 5 ]1 800° 5 ]5 · 360° (é múltiplo de 360°). O P A π 2 3π 2 – O P A Im ag en s: Z ap t 4 Arcos côngruos e arcos congruentes Entenda a diferença entre arco côngruo e arco congruente. Book_MAT2_CAD5.indb 16 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 17 EXERCÍCIO RESOLVIDO 6 Calcule a determinação principal dos arcos de medida: a) 4 120° b) ]170° c) ]4 550° d) ]33π e) 47π 6 f) ] 67π 3 RESOLUÇÃO a) Dividindo 4 120 por 360, temos: 4 120 360 520 11 160 b) A determinação principal dos arcos côngruos a ] 170° é o arco de medida a, 0° < a , 360°, que tem a mesma ori- gem e a mesma extremidade do arco de medida ]170°. Portanto, a 5 360° ] 170° 5 190°. c) Dividindo 4 550 por 360, temos: 4 550 360 4 550° 5 12 · 360° 1 230° 950 12 ] 4 550° 5 ] 12 · 360° ] 230° 230 A determinação principal tem medida a 5 360° ] 230° 5 130°. d) “Dividindo” 33π por 2π, temos: 33π 2π 33π 5 16 · 2π 1 π π 16 ]33π 5 ]16 · 2π ] π A determinação principal tem medida a 5 2π ] π 5 π. e) “Dividindo” 47π 6 por 12π 6 (5 2π), temos: 47π 6 12π 6 47π 6 5 3 · 2π 1 11π 6 11π 6 3 A determinação principal tem medida a 5 11π 6 . f) “Dividindo” 67π 3 por 6π 3 (5 2π), temos: 67π 3 6π 3 67π 3 5 11 · 2π 1 π 3 π 3 11 ] 67π 3 5 ]11 · 2π ] π 3 A determinação principal tem medida a 5 2π ] π 3 5 5π 3 . 7 Determine no círculo trigonométrico as imagens dos núme- ros α 5 ] π 4 1 kπ 2 , k [ Z. π 4 – π 4 O M N Q P A RESOLUÇÃO Atribuindo a k alguns valores, temos: k 5 0 ⇒ α 5 ] π 4 1 0π 2 5 ] π 4 (ponto M); k 5 1 ⇒ α 5 ] π 4 1 1π 2 5 π 4 (ponto N); k 5 2 ⇒ α 5 ] π 4 1 2π 2 5 3π 4 (ponto P); k 5 3 ⇒ α 5 ] π 4 1 3π 2 5 5π 4 (ponto Q); k 5 4 ⇒ α 5 ] π 4 1 4π 2 5 ]1 π 4 1 2π (ponto M); k 5 5 ⇒ α 5 ] π 4 1 5π 2 5 π 4 1 2π (ponto N); etc. 5 Cálculo trigonométrico Veja como utilizar os teoremas na resolução de situações-problema. A determinação principal tem medida 160°. A –170° a = 190° O Im ag en s: Z ap t PROBLEMAS E EXERCÍCIOSAs respostas se encontram no final do caderno 14 Indique a medida de vários arcos com a mesma origem e a mesma extremidade que o arco de 192°. 15 Indique a medida de ângulos com a mesma origem e a mes- ma extremidade que o ângulo de ]140°. 16 Calcule a medida da determinação principal dos arcos de medida: a) 2 380° b) ]790° Antes de resolver este exercício, veja novamente o ER6. Book_MAT2_CAD5.indb 17 07/12/16 19:47 18 Trigonometria CALCULADORA c) ]2 200° d) 29π 7 e) 20π 3 f) 26π 5 g) 13π 3 h) ] 5π 3 i) ] 29π 5 j) ] 37π 7 17 Sejam A, B, C, D e E, em sentido anti-horário e nessa ordem, os vértices de um pentágono regular inscrito no círculo tri- gonométrico, com A na origem dos arcos. Dê a expressão geral dos arcos de origem A e extremidade em cada um dos pontos restantes. 18 AA1A2A3A4A5A6A7 é um octógono regular, inscrito no círculo trigonométrico, com vértices percorridos em sentido anti- -horário e A na origem dos arcos. Dê a expressão geral dos arcos de origem A e extremidade em cada um dos outros vértices do octógono. Experimente jogar antes de sugeri-lo aos alunos, para perceber sua importância. Saiba mais sobre Jogos nesta coleção no Manual do professor. Razões trigonométricas em graus e em radianos As calculadoras científicas nos permitem calcular seno, cosseno e tangente de arcos com suas medidas em graus ou radianos. Existem diferentes tipos de calculadora. Vamos apresentar dois deles. 1. Calculadora com tecla MODE Apertando uma ou duas vezes essa tecla, aparece a opção: DEG (degree, grau), RAD (radiano), GRA (grado). Para calcular sen 57º digite: MODE DEG e em seguida SIN 5 7 = aparecerá 0,838670567. Da mesma forma, é possível calcular: COS 5 7 = e TAN 5 7 = . Os resultados serão cos 57º 5 0,5446... e tg 57º 5 1,5398... Para obter sen π 3 digite: MODE RAD e depois SIN ( SHIFT π : 3 ) = para obter 0,866025403. Da mesma forma é possível calcular: cos π 3 5 0,5 e tg π 3 5 1,7320... 2. Calculadora sem tecla MODE, como a calculadora científica do sistema do computador O modelo ao qual nos referimos não apresenta a tecla MODE , mas possui a tecla DRG , que é polivalente: um toque nela faz aparecer no visor DEG (grau), outro toque faz mudar para RAD (radiano) e ainda um terceiro faz mudar para GRA (grado). Exemplos: a) Dê o seno, o cosseno e a tangente do ângulo de 65°. Faça aparecer no visor a opção DEG e digite: 6 5 SIN — Aparecerá no visor o número 0,906307787. Isso significa que sen 65° 5 0,9063... 6 5 COS — Aparecerá como cos 65° o número 0,4226... 6 5 TAN — Aparecerá como tg 65° o número 2,1445... b) Calcule o sen 5π 6 . Aperte a tecla DRG até aparecer RAD no visor. Em seguida, tecle: A alfabetização tecnológica é um dos objetos do trabalho sistemático com a calculadora. Saiba mais consultando o Manual do professor. JOGOS Na página 76, encontra-se o jogo Batalha naval circular. Junte-se a um colega e joguem uma ou duas vezes. Depois, construam outro tabuleiro com ângulos de 45 em 45 graus. As respostas se encontram no final do caderno Book_MAT2_CAD5.indb 18 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 19 5 × π / 6 = SIN e no visor aparecerá 0,5. Repetindo a sequência, podemos calcular: cos 5π 6 5 ]0,8660... e tg 5π 6 5 ]0,5773... Agora, resolva estes exercícios. 1 a) Usando sua calculadora, indique o seno, o cosseno e a tangente de três ângulos do 1o quadrante e de três do 2o quadrante. b) Represente esses três ângulos no círculo trigonométrico. 2 Usando as teclas de funções trigonométricas de sua calculadora, determine a medida do lado AwB, em centímetros, do triângulo retângulo abaixo. B C A 25° 9 cm Im ag en s: Z ap t CÁLCULO RÁPIDO Para conhecer esta seção, consulte o Manual do professor. O cálculo mental é uma importante habilidade, e o seu desenvolvimento deve ser um dos objetivos do aprendizado da Matemática, porque: tem importância prática no dia a dia; tem um valor pessoal, individual; é útil na resolução de problemas em Matemática. Em todas as unidades você encontrará esta seção. São alguns desafios para au- xiliá-lo no desenvolvimento de sua habilidade de cálculo. Conhecer os resultados ou ter estratégias de cálculo mental pode agilizar a resolução de problemas, porque sua atenção estará voltada mais à solução, e não aos cálculos rotineiros. 1 Calcule a medida em graus correspondente às medidasem radianos a seguir. (Lembre-se: 2π radianos 5 360º.) a) π b) π 2 c) π 4 d) π 3 e) π 6 f) π 12 g) π 10 h) π 20 i) 2π 3 j) 4π 3 k) 3π 4 l) 5π 4 2 Use 2 > 1,42, 3 > 1,73 e π > 3,14 para calcular os valores aproximados com uma casa decimal após a vírgula. a) 2 2 b) 2 2 c) 2 4 d) 2 3 e) 3 2 f) 3 3 g) 2π h) π 2 i) π 4 3 Para a 5 64, ache mentalmente o valor destas expressões. a) a 4 b) a c) 3 a d) a ] 100 e) a ] 80 2 f) a 1 36 g) a · 36 h) 128 a 4 Para p 5 x 1 y, q 5 2x ] 1 e r 5 2x, ache o valor destas expressões. a) p 1 q b) p ] q c) p 1 q ] r d) 2r2 e) pr f) 2p ] q g) ]2p h) pq As respostas se encontram no final do caderno Book_MAT2_CAD5.indb 19 07/12/16 19:47 20 Trigonometria 5 Resolva os problemas mentalmente. a) Qual é o perímetro de um octógono regular cujos lados medem 2 cm? b) Quantos meses há em cinco anos? c) A área de um quadrado é 100 m2. Quanto mede o lado desse quadrado? d) Qual é a área aproximada de um círculo com 2 m de raio? e) A pulsação de uma pessoa está em 80 batimentos por minuto. Quantos batimentos são medidos em 30 segundos, em 15 segundos e em uma hora? Regra de arredondamento No cálculo com valores aproximados, arredondamos os resultados de acordo com as regras a seguir: 1. Se o algarismo que será eliminado é maior ou igual a 5, acrescentamos 1 ao primeiro algarismo à esquerda do algarismo eliminado. 2. Se o algarismo que será eliminado é menor do que 5, os algarismos à esquer- da são mantidos. Exemplos: 1 1 1 1 3,78 6 > 3,79 1,07 5 > 1,08 0,84 2 > 0,84 4,00 3 > 4,00 Há outras regras de arredondamento. Converse com os alunos sobre elas. 1 Um cubo de madeira tem 3 cm de aresta. Duas faces opostas foram pintadas de amarelo e as outras quatro faces foram pintadas de verde. Em seguida, o cubo foi serrado em 27 cubi- nhos de 1 cm de aresta, conforme indicado no desenho. Quan- tos cubinhos têm faces pintadas com as duas cores? 2 Uma folha quadrada foi cortada em quadrados menores da seguinte maneira: um quadrado de área 16 cm2, cinco qua- drados de área 4 cm2 cada um e treze quadrados de área 1 cm2 cada um. Qual era a medida do lado da folha, antes de ela ser cortada? SAIA DESSAResolver problemas não convencionais permite ao aluno desenvolver procedimentos pessoais de resolução e registro. Saiba mais sobre os objetivos desta seção no Manual do professor. 1 3 Im ag en s: Z ap t PARA RECORDAR Conheça os objetivos desta seção lendo o Manual do professor. 1 Uma associação para trabalho voluntário é fundada por 10 pessoas. O regulamento dessa associação estabelece que, ao final de cada ano, cada sócio deve apresentar 2 novos sócios. a) Qual o número de sócios após 3 anos? b) Após quanto tempo a associação terá 7 290 sócios? 2 Resolva. a) log 12 (x2 ] x) 5 1 b) log x 1 2 (20 ] 2x) 5 2 c) log 3 x 1 3 x ] 1 5 1 3 A figura a seguir representa um cubo. H G BA C D FENesta seção você vai relembrar algumas ideias importantes. As respostas se encontram no final do caderno As respostas se encontram no final do caderno As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos Book_MAT2_CAD5.indb 20 07/12/16 19:47 Trigonometria M AT EM ÁT IC A 21 a) Quais pontos são vértices desse cubo? b) Quais arestas do cubo são paralelas a AD? c) Quais arestas do cubo são concorrentes a DC? d) Dê um par de planos concorrentes que contenham faces desse cubo. 4 Relembremos a propriedade dos triângulos que diz: A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo qualquer é 180°. Utilize essa propriedade e resolva os problemas a seguir. a) Dois ângulos de um triângulo medem, respectivamente, 20° e 30°. Quanto mede o terceiro ângulo? b) Em um triângulo com dois ângulos iguais, o ângulo diferen- te mede 20°. Quanto mede cada um dos ângulos iguais? c) Um triângulo pode ter dois ângulos retos? Por quê? 5 (UEL-PR) Considere que um tsunami se propaga como uma onda circular. 10 horas Epicentro do tsunami Representação da propagação de um tsunami. 2 horas 1 hora k k k k A 9 horas 3 horas Se a distância radial percorrida pelo tsunami, a cada in- tervalo de 1 hora, é de k quilômetros, então a área A, em quilômetros quadrados, varrida pela onda entre 9 horas e 10 horas é dada por: a) A 5 π k2 b) A 5 9π k2 c) A 5 12π k2 d) A 5 15π k2 e) A 5 19π k2 6 Seja a função f(x) 5 x2 ] 2|x|. a) Esboce o gráfico de f. b) Determine Im(f). c) Resolva a equação f(x) 5 3. d) Resolva a inequação 0 < f(x) , 3. PALAVRAS-CHAVE Esta seção tem como objetivo auxiliá-lo no estudo do tema da unidade e, ao mesmo tempo, avaliar o que foi aprendido e o que exige ser retomado ou aperfeiçoado. Para começar, vamos repassar os objetivos do estudo desta unidade. 1. Relembrar razões trigonométricas (seno, cosseno e tangente) no triângulo retângulo. 2. Estender a medição de ângulos e arcos para ângulos maiores de 90º considerados como orientados nos sentidos horário ou anti-horário. Organize um resumo da unidade a partir das expressões-chave a seguir, redigindo uma breve explicação para cada uma delas, com desenhos e exemplos. Seno, cosseno e tangente de ângulos de um triângulo retângulo Medida de um arco em radianos Círculo trigonométrico Arcos côngruos Esse será um bom resumo se fizer com que você relembre, sempre que precisar, as ideias, fórmulas e os procedimentos de cálculo que utilizará na continuidade do estudo da Trigonometria. Veja no Manual do professor as orientações e os objetivos desta seção. ANOTAÇÕES Book_MAT2_CAD5.indb 21 07/12/16 19:47 22 Trigonometria A estrutura dos cristais está diretamente relacionada à natureza dos raios X. Inicialmente, não era evidente que tais raios eram ondas eletromagnéticas, pois seu caráter ondulatório era difícil de ser observado. Em 1912, Max von Laue (1879-1960) comprovou que, pelo fato de os átomos estarem dispostos simetricamente em um cristal e sepa- rados uns dos outros em cerca de 10]10 m, mesmo com- primento de onda dos raios X, esses átomos poderiam se comportar como uma rede de difração para os raios X. Nascia assim a Cristalografia, ciência que estuda basicamente a estrutura dos materiais no nível atômico, sendo em- pregada atualmente em larga escala na Biologia, na Química e na Física. Por essa descoberta, Von Laue foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1914. Quando raios X atravessam um cristal, tal como o cloreto de sódio, eles se difratam, ou seja, sofrem desvios, espalhando- -se em direções diversas. Ao colocar um filme fotográfico como anteparo, para captar os efeitos da difração, verifica-se que é formado um conjunto de pontos, chamados pontos de Laue, que correspondem aos máximos de difração da radiação pelo cristal. A teoria matemática sobre a difração dos raios X pelos cristais foi desenvolvida no final de 1912, por William Henry Bragg (1862-1942) e seu filho William Lawrence Bragg (1890-1971), ficando conhecida por Lei de Bragg. Essa lei pode ser facilmente compreendida se examinarmos a próxima figura: uma onda eletromagnética incide sobre os átomos A e B de dois planos atômicos que se encontram separados por uma distância d. A interação da onda eletromagnética com os átomos torna-os excitados, fazendo-os emitir radiação. Onda 2 d d θ θ θθ C D B A n = 2 d sen θ Onda 1 Ângulo de incidência Ângulo de reflexão λ λ Representação da Lei de Bragg. A diferença de percurso entre os dois raios emitidos é igual a 2dsen (u), onde u é chamado de ângulo de Bragg, ân- gulo entre os raios incidentes e o plano em que estão os átomos. A diferença de percurso é igual a um número inteiro de comprimento de onda dos raios X incidentes, ou seja, nl. Assim, a equação de Bragg poderá ser escrita: nl 5 2dsen (u). A difração dos raios X se tornou bastante usual no estudo das estruturas cristalinas, como, por exemplo, na estrutura cristalográfica das proteínas. MATEMÁTICA – CRISTALOGRAFIACONEXÃOEsta conexão pode ser trabalhada em conjunto com Física. Para conhecer esta seção e saber como usá-la com os alunos, consulte o Manual do professor. A TRIGONOMETRIA DOS CRISTAIS Feixe de raio X Feixes difratados Cristal Filme fotográfico Pontos de Laue Representação dos pontos de Laue sobre filme fotográfico. Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 22 07/12/16 19:47 Objetivos: c Analisar gráficos das funções seno, cosseno e tangente. c Utilizar funções trigonométricas para resolver problemas. c Conceituar funções trigonométricas e utilizar como recurso para a construção de argumentação. c Resolver problemas que exigem cálculos de distâncias inacessíveis. 23 CAPÍTULO M AT EM ÁT IC A Trigonometria 2 Funções trigonométricas: definição, periodicidade e gráfico FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS No ciclismo, é comum representar a inclinação de um trecho na forma de uma porcentagem. Essa porcentagem é a tangente do ângulo da subida (θ na figura a seguir), expressa como porcentagem. Um trecho plano tem 0% de inclinação; uma subida de 45º (tg(θ) 5 1) tem 100% de inclinação. Em provas como o Tour de France, é comum dar classificações aos trechos de subida. A classificação varia de prova para prova. No Tour de France, por exemplo, existem subidas Cat 4 (mais fácil), Cat 3, Cat 2, Cat 1 e HC (mais difícil). A sigla HC significa hors catégorie (sem categoria) e corresponde a subidas muito acentuadas com 15 km a 20 km de comprimento e com inclinações passando de 10%. Qual será a inclinação θ de uma subida de categoria HC nessa famosa prova de ciclismo? Neste capítulo, serão estudadas as funções seno, cosseno e tangente nos círculos trigonométricos e voltaremos para responder a essa questão. Essas funções têm aplicações não apenas dentro dos estudos da Matemática. Por exemplo, a Física as utiliza bastante em suas fórmulas, como: vx 5 v · cos θ vy 5 v · sen θ a 5 g · tg θ Fat 5 μ · P · cos θ tg θ 5 v2 R · g τF 5 F · d · cos θ Essas são algumas das fórmulas estudadas na Cinemática e na Dinâmica — partes da Mecânica que analisam os movimentos. FUNÇÃO SENO Consideremos um círculo trigono mé trico centrado na origem O de um sistema cartesiano ortogonal e com a origem A dos arcos no semieixo positivo das abscissas. Lembrando que no círculo trigono mé trico o raio é tomado como uma unidade de comprimento, então o ponto A tem coordenadas (1, 0). Na figura, α é a medida do ângulo agudo AÔP e o nOP 1 P é retângulo. Assim, para esse triângulo podemos escrever: sen α 5 P 1 P OP O capítulo 3 de O jeito matemá- tico de pensar, de Renato J. Cos- ta Valladares, fala sobre a relação entre a Matemática, questões culturais e questões técnicas. LEIA O LIVRO D(0, –1) C(–1, 0) O B(0, 1) A(1, 0) Im ag en s: Z ap t P et er C h ri st o ph er /M as te rf ile /O th er Im ag es A definição das funções trigonométricas seno, cosseno e tangente é o foco deste capítulo, assim como a análise das principais características dessas funções para utilização no próximo capítulo, para a resolução de equações e inequações trigonométricas. Book_MAT2_CAD5.indb 23 07/12/16 19:47 24 Trigonometria Sendo OP 5 1 e P 1 P a ordenada de P, temos sen α 5 P 1 P 1 5 P 1 P. Portanto: sen α 5 ordenada de P Podemos, então, ampliar o conceito de seno para qualquer número real α, usando a ordenada de P, imagem de α no círculo trigonométrico. Função seno (sen) é a função, de R em R, que a todo número α associa a ordenada do ponto P, imagem de α no círculo trigono métrico. sen: R → R α → sen α 5 OP2 OP2 é a medida algébrica do segmento OP2 quando o raio é tomado como unidade. Dizemos também que OP2 é o seno de AÔP ou de AP e indicamos: sen AÔP 5 sen AP 5 OP2 O eixo Oy passa a ser denominado eixo dos senos. D(0, –1) O B(0, 1) A(1, 0) C(–1, 0) α α P 2 P Casos particulares No quadro anterior, a figura nos permite observar que, quando α assume os valores zero, π 2 , π ou 3π 2 , o ponto P coincide, respectivamente, com A(1, 0), B(0, 1), C(]1, 0) e D(0, ]1). Nesse caso, temos: sen 0 5 sen 0° 5 0 sen π 5 sen 180° 5 0 sen π 2 5 sen 90° 5 1 sen 3π 2 5 sen 270° 5 ]1 Sinal da função seno Vamos analisar o sinal de sen α quando P, imagem de α no círculo trigonométrico, pertence a cada um dos quadrantes. Em cada figura, P 2 é a projeção ortogonal de P sobre o eixo dos senos. P no 1o quadrante P no 2o quadrante O B A D C α PP 2 O B A D C α P P 2 P2 acima de O ⇒ sen α . 0 P2 acima de O ⇒ sen α . 0 D O B AC α α P 1 P 1 Im ag en s: Z ap t Usualmente, as três funções (seno, cosseno e tangente) são apresentadas de uma só vez. No entanto, conhecendo a dificuldade dos alunos para compreender a passagem do sen α, com α no círculo trigonométrico, para a função seno, optamos por desenvolver uma função de cada vez, detalhando mais a primeira delas (a função seno) e deixando mais espaço para que o próprio aluno desenvolva o estudo das outras duas. Dessa forma, o aluno tem três chances distintas para se familiarizar com as funções trigonométricas e, portanto, mais possibilidade de aprender. Book_MAT2_CAD5.indb 24 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 25Trigonometria P no 3o quadrante P no 4o quadrante O B A D C α P P2 O B D C α PP2 A P2 abaixo de O ⇒ sen α , 0 P2 abaixo de O ⇒ sen α , 0 Alguns valores notáveis Assim como na trigonometria do triângulo retângulo, também na trigonometria do círculo trigonométrico há ângulos que são mais utilizados e, por isso, são conhecidos como notáveis. São eles: 30° 1 π6 rad2, 45° 1 π4 rad2, 60° 1 π3 rad2 e seus múltiplos. Usando os valores dos senos de π 6 (30°), π 4 (45°) e π 3 (60°) e a simetria em relação ao eixo das abscissas, podemos obter mais alguns valores da função seno. sen π 4 5 sen 45° 5 2 2 sen 3π 4 5 sen 135° 5 2 2 sen 5π 4 5 sen 225° 5 ] 2 2 sen 7π 4 5 sen 315° 5 ] 2 2 3π 4 5π 4 7π 4 π 4 π 4 π 4 π 4 π 4 O Seno 2 2 2– 2 Agora é com você. Use o que já sabe sobre o seno de 30º e o seno de 60º e, no caderno, escreva os valores do seno dos arcos indicados na figura a seguir. O aluno ganha familiaridade com o círculo trigonométrico e com a definição do seno de arcos nesse círculo se ele tiver a oportunidade de investigar as relações e a representação dos arcos notáveis. Por isso, sugerimos que reproduza o círculo trigonométrico para que os alunos possam buscar os valores do seno dos arcos apoiando-se na simetria da figura. 2π 3 5π 6 π 3 1 2 seno π 6 0 7π 6 4π 3 5π 3 11π 6 2 3I m ag en s: Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 25 07/12/16 19:47 26 Trigonometria Depois, confira se os valores obtidos estão de acordo com os da tabela a seguir. α (graus) 0 30 45 60 90 120 135 150 180 210 225 240 270 300 315 330 360 α (rad) 0 π 6 π 4 π 3 π 2 2π 3 3π 4 5π 6 π 7π 6 5π 4 4π 3 3π 2 5π 3 7π 4 11π 6 2π sen α 0 1 2 2 2 3 2 1 3 2 2 2 1 2 0 ] 1 2 ] 2 2 ] 3 2 ] 1 ] 3 2 ] 2 2 ] 1 2 0 Seno do oposto de um número Qualquer que seja o número real α, as imagens P e P' no círculo trigonométrico, respectivamente de α e de ]α, são simétricas em relação ao eixo das abscissas e suas projeções ortogonais sobre o eixo dos senos, P 2 e P' 2 , são simétricas em relação a O; logo: sen (]α) 5 ]sen α, para todo α [ R Por esse fato, dizemos que a função seno é função ímpar. Além disso, essa igualdade nos permite calcular o seno de números negativos a partir do seno de números positivos. Exemplos: a) sen 1] π6 2 5 ]sen π6 ⇒ sen 1] π6 2 5 ] 12 b) sen (]90°) 5 ]sen 90° ⇒ sen (]90°) 5 ]1 Senos de arcos côngruos, periodicidade, domínio e imagem da função seno Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α 1 k · 2π, k [ Z, têm a mesma origem A e a mesma extremidade P; logo: sen α 5 sen (α 1 k · 2π), k [ Z Exemplos: a) sen 2π 5 sen 4π 5 sen 6π 5 sen 0 5 0 b) sen 810° 5 sen 450° 5 sen 90° 5 1 c) A determinação principaldo arco de medida 35π 3 rad mede 5π 3 rad. Então: sen 35π 3 5 sen 5π 3 ⇒ sen 35π 3 5 ] 3 2 . Observe que há repetição dos valores de sen α de 2π em 2π, de 4π em 4π, de 6π em 6π etc. Em linguagem matemática, seno é uma função periódica. sen α 5 sen (α 1 2π) 5 sen (α 1 4π) 5 5 sen (α 1 6π) 5 ... 5 sen (α 1 k · 2π), k [ Z Seno é uma função periódica de período 2π. De modo geral, dizemos que uma função f é periódica se existe p que satisfaz a condição: f(x 1 p) 5 f(x), para todo x [ D(f ) O C A D B P α P 2 P' 2P' sen α sen (–α) –α Im ag en s: Z ap t Se necessário, reveja com a classe o sentido de simétricas, ortogonais, projeções etc. O C D B A P α + k · 2π, k ∈ ℤ O B(0, 1) A(1, 0) D(0, –1) C(–1, 0) se n α α, α + 2π, α + 4π, ... Solicite aos alunos que façam uma leitura antecipada de Seno do oposto de um número e Senos de arcos côngruos, periodicidade, domínio e imagem da função seno. Isso os ajudará a acompanhar melhor a explicação que será dada em aula. Book_MAT2_CAD5.indb 26 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 27Trigonometria O menor valor positivo de p é o período de f. O domínio da função seno é R e a imagem está contida no intervalo []1, 1]. O domínio é R porque sempre podemos tomar a ordenada de um ponto que represente qualquer α [ R, e a imagem está definida em tal intervalo porque no círculo trigono mé trico as ordenadas variam de ]1 a 1; daí ]1 < sen α < 1, para todo α [ R. No item 7 desta unidade, verificaremos que Im(sen) 5 []1, 1]. EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 Calcule. a) sen (]60°) b) sen 1 485° c) sen 2x ] sen2 x, para x 5 7π 6 RESOLUÇÃO Nos três itens propostos, é importante relacionar os ângulos dados à sua determinação principal, que estudamos na uni- dade 1, e a um ângulo do 1o quadrante, do qual conhecemos as razões trigonométricas. a) sen (]60°) 5 ]sen 60° 5 ] 3 2 b) 1 485° 5 4 · 360° 1 45° ⇒ sen 1 485° 5 sen 45° 5 2 2 c) x 5 7π 6 5 π 1 π 6 ⇒ sen 7π 6 5 ]sen π 6 5 ] 1 2 2x 5 14π 6 5 2π 1 2π 6 5 2π 1 π 3 ⇒ sen 14π 6 5 5 sen π 3 5 3 2 Daí, sen 2x ] sen2 x 5 3 2 ] ] 1 2 2 5 3 2 ] 1 4 5 2 3 ] 1 4 . 2 Determine o conjunto imagem da função π 6 π 3 60° A 7π 6 –60° O Z ap t f(α) 5 2 1 3 sen α, sabendo que Im(sen) 5 []1, 1]. RESOLUÇÃO Fazendo y 5 2 1 3 sen α, vem: sen α 5 y ] 2 3 . Como ]1 < sen α < 1, para todo α [ R, temos: ]1 < y ] 2 3 < 1 ⇒ ]3 < y ] 2 < 3 ⇒ ]1 < y < 5 Portanto, Im(f) 5 []1, 5]. 3 Determine m para que a equação sen x 5 ]3m 1 4 seja pos- sível. RESOLUÇÃO Como ]1 < sen x < 1, para todo x [ R, temos: ]1 < ]3m 1 4 < 1 ⇒ ]5 < ]3m < ]3 ⇒ 5 3 > m > 1 Portanto, 1 < m < 5 3 . 4 Determine o período da função f(α) 5 2 · sen 3α 1 π 5 . RESOLUÇÃO Como o período da função seno é 2π, basta obter a amplitude do intervalo ao qual α pertence quando 3α 1 π 5 percorre um intervalo de tamanho 2π. Para isso, determinamos α 1 e α 2 tais que: 3α 1 1 π 5 5 0 3α 2 1 π 5 5 2π Logo, α 1 5 ] π 15 e α 2 5 2π 3 ] π 15 , e a amplitude do intervalo de variação de α é: |α 1 ] α 2 | 5 ] π 15 ] 2π 3 ] π 15 5 2π 3 Portanto, o período de f(α) 5 2 · sen 3α 1 π 5 é 2π 3 . Oriente os alunos a lerem em duplas os ER e analisarem as resoluções apresentadas. Book_MAT2_CAD5.indb 27 07/12/16 19:47 28 Trigonometria PROBLEMAS E EXERCÍCIOS Esta extensa lista de exercícios traz como problemas centrais os de números 1, 2, 3, 5, 6, 11 e 14. Os outros podem ser propostos como tarefa complementar, para que os alunos trabalhem individualmente os procedimentos algébricos envolvidos nos cálculos com razões trigonométricas e números irracionais. Leia os exercícios desta seção e identifique quais deles se assemelham aos ER. Isso o ajudará em caso de dúvidas. 1 Calcule. a) sen 390° b) sen 4 100° c) sen (]820°) 2 Descubra o ângulo α do 4o quadrante cujo: a) sen α 5 ] 1 2 . b) sen α 5 1 3 2 . 3 Calcule o valor de cada expressão. a) sen 0° · sen 135° 1 sen 30° · sen 360° b) sen π 3 · sen 3π 2 ] sen 4π 3 · sen 2π 3 c) 3 (sen 120° ] sen 240°) sen 330° ] sen 180° d) 2 · sen π 4 ] sen 5π 6 sen π 1 sen 7π 6 4 Admitindo satisfeitas as condições de existência, simplifique cada fração. a) (a ] b)2 · sen 90° ] (a 1 b)2 · sen 270° a2 · sen 225° 1 b2 · sen 315° b) 1 ] sen 5π 6 ] sen 7π 4 1 1 sen 11π 6 ] sen 5π 4 5 Calcule o valor de: a) sen x · sen π 2 1 sen 2x ] sen 3x, para x 5 π 2 . b) sen 2x 1 sen 4x sen x 1 sen 3x , para x 5 π 6 . 6 Determine o sinal de y. a) y 5 sen 100° 1 sen 170° b) y 5 sen 7π 5 · sen 19π 12 c) y 5 sen 220° 1 sen 350° sen 140° d) y 5 sen 7π 10 · sen 2π 5 sen 9π 8 1 sen 8π 5 7 Calcule sen α para α igual a ] π 6 , ] π 4 , ] π 3 , ] π 2 , ] 2π 3 , ] 3π 4 , ] 5π 6 , ]π, ] 7π 6 , ] 5π 4 , ] 4π 3 , ] 3π 2 , ] 5π 3 , ] 7π 4 , ] 11π 6 e ]2π. 8 Calcule o valor de: a) y 5 sen x 1 sen 2x 1 sen 3x 1 sen 4x, para x 5 ]60°. b) y 5 4sen x 1 9sen 3x 1 5sen 6x, para x 5 ]30°. 9 Determine o sinal de y. a) y 5 sen (]160°) · sen (]260°) sen (]340°) ] sen (]10°) b) y 5 sen ] π 5 · sen π 5 sen ] 7π 8 · sen 7π 8 10 Calcule o valor de: a) sen 399π. b) sen 247π 6 . c) sen ] 53π 4 . 11 Calcule y em função de sen α. a) y 5 sen (α ] 2π) 1 sen (α 1 2π) 1 1 sen (α 1 4π) 1 sen (α ] 4π) b) y 5 sen (]α ] 2π) ] sen (]α ] 4π) 1 1 sen (]α 1 2π) 1 sen (]α 1 4π) 12 Indique o máximo e o mínimo valor que pode ter cada uma das expressões. a) 5 · sen β b) sen β 1 3 c) 1 2 1 sen β 13 Determine o conjunto imagem de cada função. a) f(α) 5 ]2 1 3 sen α b) f(α) 5 1 ] 2 sen α 14 Determine m para que cada equação seja possível. a) sen x 5 2m ] 1 b) sen x 5 ]3m 1 5 Em caso de dúvida, reveja o ER3. As respostas se encontram no final do caderno Book_MAT2_CAD5.indb 28 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 29Trigonometria FUNÇÃO COSSENO Na figura, α é a medida do ângulo agudo AÔP e o nOP 1 P é retângulo. A partir da definição de cosseno para ângulos agudos em um triângulo retângulo, podemos escrever: cos α 5 OP 1 OP Sendo OP 5 1 e OP 1 a abscissa de P, temos cos α 5 OP 1 1 5 OP 1 . Portanto: cos α 5 abscissa de P Podemos, então, ampliar o conceito de cosseno para qualquer número real α, usando a abscissa do ponto P, imagem de α no círculo trigonométrico. Função cosseno (cos) é a função, de R em R, que a todo número α associa a abscissa do ponto P, imagem de α no círculo trigonométrico. cos: R → R α → cos α 5 OP1 Dizemos, também, que OP1 é o cosseno de AÔP ou de AP e indicamos: cos AÔP 5 cos AP 5 OP1 O eixo Ox passa a ser denominado eixo dos cossenos. B(0, 1) α α P C(–1, 0) O A(1, 0) D(0, –1) P 1 Casos particulares Na figura do quadro anterior, observamos que, quando α assume os valores zero, π 2 , π ou 3π 2 , o ponto P coincide, respectivamente, com A(1, 0), B(0, 1), C(]1, 0) e D(0, ]1). Então, temos: cos 0 5 cos 0° 5 1 cos π 5 cos 180° 5 ]1 cos π 2 5 cos 90° 5 0 cos 3π 2 5 cos 270° 5 0 Sinal da função cosseno Vamos analisar o sinal de cos α quando P, imagem de α no círculo trigonométrico, pertence a cada um dos quadrantes. Em cada figura a seguir, P 1 é a projeção ortogonal de P sobre o eixo dos cossenos. P no 1o quadrante P no 2o quadrante O B D C α P P 1 A O C D B P α P 1 A P1 à direita de O ⇒ cos α . 0 P1 à esquerda de O ⇒ cos α , 0 Para estudar a função cosseno, organize os alunos em grupos e peça que leiam e comentem o texto, com sua supervisão. Depois, organize uma conversa para sistematizar a aprendizagem e tirar dúvidas. O B(0, 1) α α P C(–1, 0) 1 A(1, 0) D(0, –1) P 1 Book_MAT2_CAD5.indb 29 07/12/16 19:47 30 Trigonometria P no 3o quadrante P no 4o quadrante P 1 O B D C α P A B C P O A D α P 1 P1 à esquerda de O ⇒ cos α , 0 P1 à direita de O ⇒ cos α . 0 Alguns valores notáveis Do mesmo modo que os senos, oscossenos dos seguintes ângulos também são bastante utilizados em problemas de funções trigonométricas: 30° 1 π6 2, 45° 1 π4 2, 60° 1 π3 2 e seus múltiplos. Usando os valores dos cossenos de π 6 (30°), π 4 (45°) e π 3 (60°), a simetria em relação aos eixos coordenados e o desenho ao lado, busque os valores do cosseno para os ângulos indicados. Escreva no caderno os valores encontrados. Verifique se encontrou os valores que estão na tabela a seguir. α 0 π 6 π 4 π 3 π 2 2π 3 3π 4 5π 6 π 7π 6 5π 4 4π 3 3π 2 5π 3 7π 4 11π 6 2π cos α 1 3 2 2 2 1 2 0 ] 1 2 ] 2 2 ] 3 2 ]1 ] 3 2 ] 2 2 ] 1 2 0 1 2 2 2 3 2 1 Cosseno do oposto de um número Qualquer que seja o número real α, as imagens P e P' no círculo trigonométrico, respec- tivamente de α e de ]α, são simétricas em relação ao eixo das abscissas; logo: cos (]α) 5 cos α, para todo α [ R Por esse fato, dizemos que a função cosseno é função par e, quando α é um número negativo, seu cosseno pode ser calculado a partir do cosseno de ]α, que será um número positivo. Exemplos: a) cos 1] π6 2 5 cos π6 ⇒ cos 1] π6 2 5 32 b) cos (]120°) 5 cos 120° ⇒ cos (]120°) 5 ] 1 2 2π 3 3π 4 5π 6 7π 6 5π 4 4π 3 3π 2 5π 3 7π 4 11π 6 π 6 π 4 π 3 π 2 1 2 1 2 2 π 0 = 2π cosseno 3 2 3 2 2 2 2 OC D B P α P' cos α cos (–α) –α A Book_MAT2_CAD5.indb 30 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 31Trigonometria Cossenos de arcos côngruos e periodicidade da função cosseno Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α 1 k · 2π, k [ Z, têm a mesma origem A e a mesma extremidade P; logo: cos α 5 cos (α 1 k · 2π), k [ Z Exemplos: a) cos 8π 5 cos 6π 5 cos 4π 5 cos 2π 5 cos 0 5 1 b) A determinação principal do arco de medida 26π 3 rad mede 2π 3 rad; logo: cos 26π 3 5 cos 2π 3 ⇒ cos 26π 3 5 ] 1 2 . Observe que há repetição dos valores de cos α de 2π em 2π, de 4π em 4π, de 6π em 6π etc. cos α 5 cos (α 1 2π) 5 cos (α 1 4π) 5 5 cos (α 1 6π) 5 ... 5 cos (α 1 k · 2π), k [ Z Cosseno é uma função periódica de período 2π. Domínio e imagem da função cosseno O domínio da função cosseno é R e a imagem dessa função está contida em []1, 1]. O domínio é R porque sempre podemos tomar a abscissa de um ponto que represente qualquer α [ R, e a imagem está contida no intervalo indicado porque no círculo trigono- métrico as abscissas variam de ]1 a 1; daí ]1 < cos α < 1, para todo α [ R. B(0, 1) A(1, 0) D(0, –1) C(–1, 0) cos α α, α + 2π, O α + 4π, ... O B A D C α + k · 2π, k ∈ ℤ P P 1 Im ag en s: Z ap t PROBLEMAS E EXERCÍCIOS 15 Calcule o valor de: a) cos 3 990° b) cos 35π 3 c) cos (]3 465°) d) cos ] 40π 3 16 Calcule o valor. a) cos π 6 · cos 5π 3 1 cos 4π 3 · cos 5π 6 b) cos 60° ] 3 · cos 210° 3 · cos 330° ] cos 120° 17 Admitindo satisfeitas as condições de existência, simplifi- que. a) a2 · cos 180° 1 b2 · cos 0° ]a · cos 45° 1 b · cos 225° b) (a 1 b) · cos 3π 4 1 b · cos 3π 2 a · cos π 4 1 b · cos 7π 4 18 (PUC-RJ) O valor de cos 45° 1 sen 30° cos 60° é: a) 2 1 1 b) 2 c) 2 4 d) 2 1 1 2 e) 0 19 Calcule o valor de: a) y 5 cos x 1 cos 3x 1 cos 4x, para x 5 ]60°. b) y 5 (cos 6x 1 5 · cos 12x)cos 4x, para x 5 ] π 6 . 20 Determine o sinal de: a) y 5 cos (]220°) · cos (]140°) 1 cos (]70°) · cos (]350°). b) y 5 cos ] π 8 1 cos ] 9π 5 cos ] 6π 5 · cos ] 7π 8 . 21 Expresse y em função de cos α. a) y 5 cos (α 1 2π) 1 cos (α ] 2π) 1 1 cos (α 1 4π) ] cos (α ] 4π) b) y 5 cos (]α ] 2π) 1 cos (]α 1 2π) 1 1 cos (]α ] 4π) 1 cos (]α 1 4π) Analise com os alunos os principais erros que podem ter cometido na resolução dos exercícios 1 a 21. Depois, organize com eles uma lista de cuidados que devem ter para não cometer esses erros em outras atividades. As respostas se encontram no final do caderno Book_MAT2_CAD5.indb 31 07/12/16 19:47 32 Trigonometria Observe os problemas a seguir, que en- volvem o cálculo de distâncias inacessíveis. a) Um navio é avistado, da beira da praia, de dois pontos distantes um do outro 30 metros (ilustração abaixo). Os ângulos de observação são 88° e 89°. A que dis- tância de cada ponto de observação se encontra o navio? b) Um barco navegou 200 km partindo de um ponto O em direção ao nordeste, de modo que sua trajetória formou um ângulo de 27º com a direção norte, conforme representado no gráfico acima. Depois, ele percorreu 100 km na direção leste. Em linha reta, quanto o barco tem de se deslocar para regressar ao ponto O? Nos dois problemas, é preciso calcular distâncias em triângulos que não são retângulos, dos quais são conhecidas algumas medidas de lados e ângulos. Além disso, em problemas que envolvem medições em situa- ções reais, as medidas dos ângulos dificilmente coincidem com ângulos notáveis. Duas relações importantes resolvem problemas como esses. Elas são conhecidas como lei dos senos e lei dos cossenos. Lei dos senos Em todo triângulo ABC, as medidas dos lados são proporcionais aos senos dos ângulos opostos e a razão medida do ladoseno do ângulo oposto é constante e igual a 2r, em que r é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo considerado. a sen  5 b sen B 5 c sen C 5 2r A B b r c a C Lei dos cossenos Em todo triângulo ABC, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados menos duas vezes o produto das medidas desses lados pelo cosseno do ângulo que eles formam, ou seja: a2 5 b2 1 c2 ] 2bc · cos  b2 5 a2 1 c2 ] 2ac · cos B c2 5 a2 1 b2 ] 2ab · cos C A B bc a C N A 27° 100 km 20 0 k m B 0 S O L Z ap t A B Ĉ C 30 m (Ilustração fora da escala e em cores–fantasia.) 88° 89° (Ilustração fora de escala e em cores-fantasia.) T P G D es ig n PARA SABER MAIS Book_MAT2_CAD5.indb 32 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 33Trigonometria A prova desses resultados pode ser encontrada no volume 1 desta coleção e se baseia nas definições de seno e cosseno de ângulos em triângulos retângulos. Vamos aplicar esses resultados para resolver os dois problemas propostos. No primeiro problema, no triângulo ABC é conhecida a medida de um lado, AB 5 30 m, e de dois ângulos,  5 88º e B 5 89º, e são questionadas as medidas dos lados AC e BC. Nesse caso, a lei dos senos resolve o problema. Observe. Como 88º 1 89º 1 C 5 180º, temos C 5 3º. Aplicando a lei dos senos, temos: BC sen 88° 5 AC sen 89° 5 AB sen 3° . Para obter os valores dos senos desses ângulos, que não são notáveis, temos duas alternativas: usar uma calculadora científica, como mostramos no final do capítulo 1, ou consultar a tabela trigonométrica que se encontra ao final do livro, na página 77. Consultando a tabela trigonométrica: BC 0,9994 5 AC 0,9998 5 30 0,0523 . A partir daí, temos: BC 5 30 · 0,9994 0,0523 > 573 m. AC 5 30 · 0,9998 0,0523 > 573 m. Para resolver o segundo problema, são conhecidas as medidas de dois lados do triângulo OAB e é pedida a medida do terceiro lado. Se encontrarmos a medida de um dos ângulos internos do triângulo OAB, podemos aplicar a lei dos cossenos. O nOAP é retângulo, o que significa que 27º 1 α 1 90º 5 180º; daí α 5 63º. Assim, a medida do ângulo OÂB pode ser obtida como m(OÂB) 5 180º ] α 5 117º. Pela lei dos cossenos: OB2 5 OA2 1 AB2 ] 2 · AO · AB · cos  x2 5 2002 1 1002 ] 2 · 200 · 100 · cos 117º Consultando a tabela trigonométrica: cos 117º 5 ]cos (180º ] 117º) 5 ]cos 63º cos 117º 5 ]0,45399 Finalmente: x2 > 50 000 ] 40 000 · (]0,45399) x2 > 68 159,6 x > 261 km Observe que, nesse problema, a medida de  é maior que 90º; por isso, seu cosseno é negativo. Devido a situações como essas, foi importante entender os conceitos de seno e cosseno para o círculo trigonométrico, de modo a poder calcular esses valores para ângulos de qualquer medida. Vamos retomar esses resultados na resolução dos problemasa seguir. Book_MAT2_CAD5.indb 33 07/12/16 19:47 34 Trigonometria PROBLEMAS E EXERCÍCIOS As respostas se encontram no final do caderno 22 Em cada triângulo, calcule a medida x. a) 100 105° 45° x b) 135° 30° x 3 – 1 c) 45° x 4 23 d) 30° 30° x 34 23 Consulte a tabela trigonométrica e calcule o valor aproxima- do de x e de y. a) b) 24 (Ifal) Num paralelogramo, cada ângulo agudo mede 30° e os lados que formam cada um desses ângulos medem 3 3 cm e 5 cm. Calcule a medida da menor das diagonais desse paralelogramo. a) 6 cm b) 3 cm c) 3 3 cm d) 7 cm e) 15 3 cm 25 (UFPR) Num projeto hidráu- lico, um cano com diâmetro externo de 6 cm será encai- xado no vão triangular de uma superfície, como ilustra a figura ao lado. Que porção x da altura do cano perma- necerá acima da superfície? a) 1 2 cm b) 1 cm c) 3 2 cm d) π 2 e) 2 cm 26 Em um triângulo ABC, temos: AB 5 2, BC 5 3 e AC 5 4. Use a tabela trigonométrica e determine aproximadamente a medida do ângulo Â. 27 Com os dados da figura, calcule sen α. 28 De um posto de observação em um ponto A, um guarda- -florestal avista um foco de in- cêndio na posição P. Dessa posição ele se comunica com outro ponto de observação a 2 km dali na posição B. Qual é a distância de A ao incêndio em P, sabendo que o ângulo BÂP mede 120º e o ângulo ABP mede 45º? 29 Qual das afirmações a seguir é verdadeira para os dados da figura? a) a 5 2b b) a 5 2b sen α c) a 5 2b cos α 1d) a 5 b cos α e) a 5 2 cos α 30 Um observador marca dois pontos A e B distantes 500 m um do outro e de cada um deles observa duas torres situadas nos pontos P e Q, inacessíveis por terra. Com o au- xílio de instrumentos, ele consegue as medidas dos seguin- tes ângulos: PÂQ 5 30º; QÂB 5 50º; ABP 5 65º; PBQ 5 35º. Qual é a distância entre P e Q? 20° x 5 y 5 55 42° 68° x 9 y x 8 cm 6 cm 60° O α 2 2 3 120° 45° 2 kmA P(incêndio) B Im ag en s: Z ap t a b c α 2α Este problema envolve construção de argumentação. ANOTAÇÕES O problema 30 é bem mais complexo e utiliza em sua resolução as leis dos senos e dos cossenos. Por isso é importante que os alunos tenham tempo para resolvê-lo, pensando na estratégia de resolução com cuidado, para evitar cálculos desnecessários. É possível encontrar mais de uma maneira para solucionar esse problema; sendo assim, incentive os alunos a apresentarem as diferentes formas que encontraram. Book_MAT2_CAD5.indb 34 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 35Trigonometria INVENTE VOCÊ Vamos ver o que você aprendeu sobre lei dos senos e lei dos cossenos. Invente um problema para cada um dos seguintes desenhos. Lembre-se de que você deve saber resolvê-los. a) b) Depois, troque seus problemas com um colega para que um resolva os do outro. Em seguida, corrija a reso- lução dada pelo colega para os problemas que você criou. Como foi essa experiência de produzir textos de problemas? A 60° 135° 5 km B C A B 80 0 m 700 m C 5° Os alunos têm aqui a oportunidade de avaliar a própria aprendizagem, ao mesmo tempo que se percebem como produtores da linguagem matemática. Muito provavelmente, os textos iniciais podem conter imprecisões que dificultarão a compreensão para quem irá solucionar o problema. Incentive o debate para aperfeiçoamento dos textos iniciais e interfira apenas quando os alunos não conseguirem entrar em acordo. Alguns desses problemas produzidos pelos alunos podem ser usados por você como tarefa de casa para todos da classe. Para conhecer melhor esta seção, leia o Manual do professor. RELAÇÃO FUNDAMENTAL DA TRIGONOMETRIA Sabemos que em um triângulo retângulo é válida a relação: sen2 α 1 cos2 α 5 1, onde α é a medida de um dos ângulos agudos. Essa relação é denominada relação fundamental da Trigo nometria. Vamos ampliá-la para qualquer número real α. Qualquer que seja o número real α Þ kπ 2 , k [ Z, existe o triângulo OPP 1 , em que P é a imagem de α no círculo trigonométrico e P 1 é a projeção ortogonal de P sobre o eixo das abscissas. No nOPP 1 , pelo Teorema de Pitágoras temos: |P 1 P|2 1 |OP 1 |2 5 |OP|2 Mas P 1 P 5 OP 2 5 sen α, OP 1 5 cos α e OP 5 1, então: sen2 α 1 cos2 α 5 1 Vamos agora analisar o que ocorre quando α 5 kπ 2 , k [ Z. Quando k assume valores pares: P coincide com A; então, sen α 5 0, cos α 5 1; ou P coincide com C; então, sen α 5 0, cos α 5 ]1. Quando k assume valores ímpares: P coincide com B; então, sen α 5 1, cos α 5 0; ou P coincide com D; então, sen α 5 ]1, cos α 5 0. Em cada um desses casos, a substituição de sen α e cos α pelos respectivos valores em sen2 α 1 cos2 α 5 1 nos mostra a validade da relação. Portanto: sen2 α 1 cos2 α 5 1, para todo α [ R B(0, 1) A(1, 0) D(0, –1) C(–1, 0) α P 2 P 1 O P Im ag en s: Z ap t Book_MAT2_CAD5.indb 35 07/12/16 19:47 36 Trigonometria EXERCÍCIO RESOLVIDO Utilize esta sequência de exercícios resolvidos do seguinte modo: estude o ER5 e depois resolva os problemas 31 e 32; estude o ER6 e então resolva o problema 34; estude o ER8 e faça os exercícios 36 e 38. 5 Sendo sen α 5 ] 3 5 , π , α , 3π 2 , calcule cos α. RESOLUÇÃO Substituindo sen α por ] 3 5 em sen2 α 1 cos2 α 5 1, temos: 1] 35 2 2 1 cos2 α 5 1 ⇒ cos2 α 5 16 25 ⇒ cos α 5 4 5 ou cos α 5 ] 4 5 . Mas π , α , 3π 2 ⇒ cos α , 0. Portanto, cos α 5 ] 4 5 . 6 Prove que sen4 α ] cos4 α 5 2 sen2 α ] 1, para todo α [ R. RESOLUÇÃO sen4 α ] cos4 α 5 1 (sen2 α 1 cos2 α) (sen2 α ] 1 ] sen2 α cos2 α) 5 5 sen2 α ] (1 ] sen2 α) 5 2 sen2 α ] 1 7 Sendo sen α 1 cos α 5 15 , determine: a) sen α e cos α. b) o quadrante ao qual pertence a extremidade do arco de medida α. RESOLUÇÃO a) Formamos um sistema com a equação dada e a relação fundamental da Trigonometria. sen α 1 cos α 5 1 5 1 sen2 α 1 cos2 α 5 1 2 De 1 obtemos sen α 5 1 5 ] cos α. Substituindo em 2 , temos: 1 15 ] cos α2 2 1 cos2 α 5 1 ⇒ ⇒ 1 25 ] 2 5 cos α 1 cos2 α 1 cos2 α 5 1 ⇒ ⇒ 25 cos2 α ] 5 cos α ] 12 5 0 ⇒ ⇒ cos α 5 4 5 ou cos α 5 ] 3 5 . cos α 5 4 5 em 1 resulta em sen α 5 ] 3 5 . cos α 5 ] 3 5 em 1 resulta em sen α 5 4 5 . b) cos α 5 4 5 sen α 5 ] 3 5 ⇒ A extremidade do arco de medida α está no 4o quadrante. cos α 5 ] 3 5 sen α 5 4 5 ⇒ A extremidade do arco de medida α está no 2o quadrante. Portanto, 2o ou 4o quadrante. 8 Determine k para que se tenha simultaneamente sen α 5 k ] 2 k e cos α 5 2 k . RESOLUÇÃO Condição de existência para k ] 2 k e 2 k : k ] 2 > 0 k Þ 0 ⇒ k > 2 Substituindo sen α por k ] 2 k e cos α por 2 k em sen2 α 1 cos2 α 5 1, temos: 1 k ] 2k 2 2 1 1 2k 2 2 5 1 ⇒ k ] 2 k2 1 4 k2 5 1 ⇒ ⇒ k2 ] k ] 2 5 0 ⇒ ⇒ k 5 2 (satisfaz a condição k > 2) k 5 ]1 (não satisfaz a condição k > 2) Portanto, k 5 2. ANOTAÇÕES Book_MAT2_CAD5.indb 36 07/12/16 19:47 M AT EM ÁT IC A 37Trigonometria PROBLEMAS E EXERCÍCIOSAs respostas se encontram no final do caderno 31 Calcule: a) cos α, sabendo que sen α 5 5 13 , π 2 , α , π. b) sen α, sabendo que cos α 5 ] 8 17 , π , α , 3π 2 . c) cos α, dado sen α 5 ] 4 5 , 3π 2 , α , 2π. d) sen α, dado cos α 5 5 3 , 0 , α , π 2 . 32 Calcule: a) cos α, sabendo que sen α 5 ] 2 6 7 . b) sen α, sabendo que cos α 5 4 2 9 . 33 Simplifique. a) (sen α 1 cos α)2 ] 4 sen α · cos α (sen α ] cos α)2 b) a · sen2 α 1 a · cos2 α ] b · sen2 α ] b · cos2 α 2a ] 2b 34 Prove que: a) cos4 α ] sen4 α 5 2 cos2 α ] 1. b) 2 1 cos α ] 2 sen2 α 1 ] sen2 α ] 1 cos α 5 2. 35 Resolva as equações em x. a) x2 ] 2x 1 sen2 α 5 0 b) x2 ] (sen α 1 cos α)x 1 sen α · cos α 5 0 c) sen α · x2 ] 2(sen α ] cos α)x ] 4 cos α 5 0, α Þ kπ, k [ Z d) x2 ] 2 (cos α) · x ] 1 ] sen2 α 5 0 36 Determine k para que se tenha simulta neamente sen α 5 ]2k 1 2 k e cos α 5 1 k . 37 Calcule os valores de sen α e cos α que sa tisfazem a condi- ção 2 sen α 1 cos α 5 ]2. 38 Para que valores
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