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Unidade III - Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA

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A Linguagem na 
Elaboração de 
Materiais para a 
Educação a Distância
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dr. Ana Lucia Tinoco
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução
• A escolha das palavras na produção de textos para AVA
• Paráfrases
• Organização dos enunciados
• A revisão
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Compreender o conceito de clareza e precisão no uso da linguagem verbal;
• Estudar o funcionamento de estratégias para a clareza e a precisão na elaboração de 
enunciados e textos para AVA;
• Conhecer estratégias linguísticas para garantir clareza e precisão na escrita de textos 
para materiais para AVA.
Nesta unidade da disciplina “O uso Linguagem para a Elaboração de Materiais para 
EAV”, vamos compreender o conceito de clareza e precisão no uso da linguagem verbal 
e explorar estratégias linguísticas para elaboração de enunciados e textos escritos para 
materiais destinados a AVA.
Para um melhor aproveitamento na nossa disciplina, são muito importantes a interação 
e o compartilhamento de ideias com seus colegas e tutor(a) para a construção de 
novos conhecimentos. Para interagir com eles, utilize as ferramentas de comunicação 
disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard (Bb), como Fórum 
de Dúvidas e Mensagens.
Contamos com o entusiasmo e a participação de todos.
Clareza e precisão na elaboração de materiais 
para AVA
UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Contextualização
Você já deve ter lido um texto ou ouvido a fala de alguém para os quais não 
conseguiu atribuir nenhum sentido, ou seja, você já se deparou algumas vezes com 
“discursos vazios”. Assim são chamados os textos, orais ou escritos, que “falam, falam, 
falam e não dizem nada”, como se diz mais popularmente.
Há também a expressão “encher linguiça” para textos de provas ou trabalhos, 
quando o produtor do texto não tem mais informações ou conteúdo a oferecer, mas 
precisa preencher um determinado número de linhas... Mais uma vez nos deparamos 
com o “tal” discurso vazio.
Nesta unidade, vamos trabalhar exatamente o contrário para a elaboração de textos 
para materiais para AVA. Nela, vamos mostrar algumas estratégias para tornar o texto 
mais preciso e mais claro para veicular as informações e os conteúdos que precisamos 
fornecer aos estudantes numa disciplina ou curso em AVA.
Veremos, no entanto, que nem sempre percebemos que não estamos sendo claros 
e precisos, e muitas vezes nos perdemos nas palavras, precisando da leitura de outros 
para nos auxiliar na elaboração de textos para AVA. Por isso, a etapa da revisão, da 
qual falamos ao final da unidade, também é essencial.
Antes de chegarmos lá, vale a pena experimentar uma espécie de jogo, em que, 
combinando frases já dadas em uma determinada ordem, podemos gerar “verdadeiros” 
discursos vazios.
Vamos tentar?
Leia então com atenção o seguinte texto:
A tabelinha que você encontra a seguir foi publicada na Folha de São Paulo em 1998 e, 
desde então, circula pela internet. Segundo a informação do jornal, sua versão original teria 
sido publicada numa revista polonesa. A tabelinha foi traduzida por autor desconhecido e 
corresponde a uma versão melhorada de uma compilação surgida pela primeira vez há mais 
de vinte anos, na revista “Time”. Trata-se de um verdadeiro guia para elaboração de “discurso 
vazio”. É pura parolagem, um verdadeiro tratado do blábláblá. 
Talvez não seja coisa muito nova, mas certamente é divertida (para os amigos do 
idioma) e útil (para os inimigos).
Combinando a expressão listada na primeira coluna com outras das demais, na 
ordem 1, 2, 3 e 4 é possível montar um texto sem dizer nada. As variações possíveis 
são cerca de 10 mil e permitem ao orador embusteiro, literalmente falando, “ao orador 
pilantra”, que fale ininterruptamente por mais de 40 horas, sem dizer coisa nenhuma.
Vamos ver se funciona mesmo? Escolha uma expressão da coluna 1; em seguida, 
acrescente a ela uma expressão da coluna 2, e depois da coluna 3 e da coluna 4, 
sucessivamente, e veja o “belo” texto que você pode formar. Você pode repetir a 
operação até quatro vezes e terá um belo parágrafo que não diz absolutamente nada.
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Procure ir escrevendo enquanto junta essas partes para que possa vislumbrar bem 
o seu parágrafo e o que estamos querendo mostrar com esse “jogo”.
Faça essa operação pelo menos duas vezes, variando os trechos escolhidos de cada 
coluna. Você vai se surpreender com a sua própria capacidade de formar textos que 
não dizem nada a ninguém. Vamos ao trabalho!
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4
Caros colegas, a execução deste projeto nos obriga à análise das nossas opções de desenvolvimento no futuro.
Por outro lado, a complexidade dos estudos efetuados
cumpre um papel essencial 
na formulação
das nossas metas financeiras 
e administrativas.
Assim mesmo a expansão de nossa atividade exige a precisão e a definição
dos conceitos de participação 
geral.
Não podemos esquecer que a atual estrutura da organização
auxilia a preparação e a 
estruturação
das atitudes e das atribuições 
da diretoria.
Do mesmo modo, o novo modelo estrutural aqui preconizado
contribui para a correta 
determinação das novas proposições.
A prática mostra que o desenvolvimento de formas distintas de atuação
assume importantes 
definições
das opções básicas para o 
sucesso do programa.
Nunca é demais insistir, uma 
vez que
a constante divulgação das 
informações facilita a definição
do nosso sistema de formação 
dos quadros.
A experiência mostra que a consolidação das estruturas prejudica a percepção da importância
das condições apropriadas para 
os negócios.
É fundamental ressaltar que a análise dos diversos resultados
oferece uma boa oportunidade 
de verificação dos índices pretendidos.
O incentivo ao avanço 
tecnológico, assim como
o início do programa de 
formação de atitudes
acarreta um processo de 
reformulação das formas de ação.
extraído da Folha de São Paulo – 28/06/98.
Agora que você verificou como podemos construir discursos vazios, vamos verificar 
exatamente o que é necessário fazer para evitá-los e tornar nossos textos exemplos de 
clareza e precisão na escrita em AVA. Contamos com sua atenção e participação!
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Introdução
O tema desta unidade é clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA. 
Vamos abordar a importância da escolha das palavras para garantir a clareza e a 
precisão na hora de elaborar os materiais para AVA. Vamos estudar também estratégias 
que podem auxiliar a tornar o texto mais compreensível, desde a escolha das palavras, 
até a organização de enunciados e de parágrafos. 
Mas, o que é clareza?
O dicionário (Houaiss e Salles, 2001, p. 235) traz os seguintes significados para o 
verbete clareza:
2 qualidade do que é inteligível.
6 compreensão, percepção, entendimento.
 E define claro (Houaiss e Salles, 2001, p.236) como algo 
14 que representa as coisas ao vivo com toda a exatidão (diz-se da memória ou da imaginação)
15 fácil de apreender ou entender
16 que compreende ou percebe facilmente (diz-se das faculdades intelectuais)
Uma linguagem clara deve, então, ser de fácil compreensão, procurando representar 
as coisas com exatidão.
Sabemos que não é fácil dizer as coisas com exatidão, com clareza, até porque, 
na interação verbal, os interlocutores têm conhecimentos diferentes, o que implica 
compreensão das coisas também diferente, não é?
Como temos sempre o intuito de nos fazer compreender, devemos, portanto, 
procurar ser claros e buscar utilizar a linguagem com precisão.
E o que é precisão?
O mesmo dicionário (Houaiss e Salles, 2001, p.2281) define precisão como sendo: 
4 Escolha exata das palavras e construções que expressem com fidelidade um pensamento.
Concluímos, assim, que a precisão e a clarezana redação de textos escritos têm 
a ver especialmente com duas questões: a escolha das palavras e a organização dos 
enunciados. Nos próximos itens vamos abordar essas duas questões. Mas há ainda 
mais um detalhe ao qual devemos estar atentos na elaboração de textos escritos em 
geral, e especialmente se eles forem destinados a processos educativos em AVA. Além 
de cuidarmos da escolha das palavras e da organização do texto, precisamos, no fim 
da redação, realizar uma boa revisão. Também abordaremos estratégias para fazer a 
revisão textual.
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A escolha das palavras na produção de 
textos para AVA
Quando elaboramos um texto para AVA, devemos ter um cuidado especial com 
a escolha das palavras, não apenas no sentido de não escolher palavras que possam 
ser mal interpretadas pelos estudantes, mas também no intuito de garantir a precisão 
daquilo que desejamos dizer (cf. ARCOVERDE e CABRAL, 2004). É importante ter 
claro que quanto mais precisos formos, mais claro será nosso texto, possibilitando 
melhor compreensão por parte de nossos leitores, os estudantes.
Com relação à escolha das palavras, vale lembrar que devemos evitar palavras de 
sentido genérico demais. No joguinho que lhe propusemos na seção “Contextualização” 
desta unidade, os enunciados todos têm um sentido bastante genérico, podemos dizer 
que são mesmo extremamente genéricos; por isso, não dizem nada precisamente.
São também exemplos de palavras de sentido genérico:
Coisa, Negócio
“Coisa”, “negócio” são substantivos que podem referir qualquer objeto ou assunto 
de forma geral, mas não especificam exatamente o que é.
Alguns pronomes demonstrativos também têm a propriedade de poder referir 
qualquer outra palavra já dita em um texto, ou mesmo um trecho inteiro de um texto. 
São exemplos de pronomes demonstrativos de sentido genérico: isso, isto.
Veja um exemplo:
Menos preciso, portanto menos claro Mais preciso, portanto mais claro
A penicilina foi encontrada quase por “acaso”, no ano 
de 1928, por Alexander Fleming. Fleming fazia estudos 
sobre o combate de bactérias em feridas, que causavam 
muitas mortes por ferimentos do dia a dia, acidentes, 
ou ferimento de guerra. O cientista saiu de férias e 
esqueceu sua cultura da bactéria Staphylococcus aureus 
sobre a bancada do laboratório, exposta ao sol. Quando 
voltou, se deu conta do deslize e foi observar o que 
tinha ocorrido com a amostra. Isso o surpreendeu.
A penicilina foi encontrada quase por “acaso”, no 
ano de 1928, por Alexander Fleming. Fleming fazia 
estudos sobre o combate de bactérias em feridaxs, 
que causavam muitas mortes por ferimentos do dia 
a dia, acidentes, ou ferimento de guerra. O cientista 
saiu de férias e esqueceu sua cultura da bactéria 
Staphylococcus aureus sobre a bancada do laboratório, 
exposta ao sol. Quando voltou, se deu conta do deslize 
e foi observar o que tinha ocorrido com a amostra. 
Essa visão o surpreendeu.
Ao chegarmos ao último enunciado do texto da esquerda, ficamos nos perguntando 
o que de fato surpreendeu Flemming: o deslize pelo fato de ter esquecido sua cultura 
exposta ao sol? O que tinha ocorrido com a amostra que ficara ao sol? Para decidirmos 
a qual parte do texto se refere o pronome isso, precisamos pensar um pouco, pois 
o pronome “isso” não nos permite identificar com clareza a que termo ele se refere. 
O mesmo não acontece com o trecho da direita, que deixa claro que Flemming ficou 
surpreso em ver o que acontecera com a amostra deixada por acaso ao sol. O que 
nos permite determinar com certeza de que se trata do ocorrido com a amostra é a 
expressão “essa visão”, que, ao contrário do pronome “isso”, especifica claramente a 
que parte do texto ela faz referência.
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Além dos pronomes demonstrativos que elencamos acima, há também os pronomes 
indefinidos, que têm por característica serem vagos. Eles têm “sentido vago ou 
exprimem quantidade indeterminada” (BECHARA, 1999, p.168). São exemplos de 
pronomes indefinidos: alguém, certo, qualquer, algum, algo.
Veja como eles funcionam em enunciados.
Suponhamos que Pedro, ao chegar a sua casa, receba o seguinte recado:
Pedro, 
Alguém ligou para você e disse algo, mas não compreendi muito bem. Disse para você 
encontrar alguma pessoa em algum lugar, a certa hora, mas confesso que já não me lembro, 
pois não anotei. Qualquer hora você vai conseguir compreender quem foi.
Ao ler o bilhete, Pedro vai ficar completamente desinformado, pois não há 
informação precisa sobre quem telefonou, com quem ele deve se encontrar, onde 
deve encontrar essa pessoa, a que horas.
Considerando o caráter genérico dessas palavras que acabamos de ver, devemos 
evitá-las nos textos para AVA.
Mesmo quando as utilizamos em substituição a outra mais precisa no 
desenvolvimento do texto, devemos evitá-las, dando preferência àquelas que 
expressem de forma mais precisa o que desejamos dizer.
Precisamos sempre utilizar palavras que expressem com precisão o que queremos dizer.
O exemplo a seguir ilustra como podemos escolher de forma precisa palavras em 
textos teóricos:
Texto menos preciso Texto mais preciso
Psicologia social é um ramo da psicologia que estuda 
como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam 
umas com as outras. Para entender a coisa do “social” 
com a psicologia, quer concebida como ciência da 
mente (psique) quer como ciência do comportamento, 
é preciso esclarecer como isso pode ser pensado e 
compreendido. Segundo Aroldo Rodrigues (alguém 
que escreveu sobre o tema): “a psicologia social é 
uma ciência básica que tem como objeto de estudo 
as manifestações comportamentais suscitadas pela 
interação de uma pessoa com outras pessoas, ou pela 
mera expectativa de tal interação. A influência dos 
fatores situacionais no comportamento do indivíduo 
frente aos estímulos sociais”.
Psicologia social é um ramo da psicologia que estuda 
como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam 
umas com as outras. Para entender a relação do “social” 
com a psicologia, quer concebida como ciência da 
mente (psique) quer como ciência do comportamento, 
é preciso esclarecer como esse “social” pode ser pensado 
e compreendido. Segundo Aroldo Rodrigues (um dos 
primeiros psicólogos brasileiros a escrever sobre o 
tema): “a psicologia social é uma ciência básica que tem 
como objeto de estudo as manifestações comportamentais 
suscitadas pela interação de uma pessoa com outras 
pessoas, ou pela mera expectativa de tal interação. A 
influência dos fatores situacionais no comportamento do 
indivíduo frente aos estímulos sociais”.
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No quadro que acabamos de ler, o texto da esquerda traz destacados três exemplos 
de como podemos ser vagos ao expor informações. Na coluna da esquerda, temos 
“coisa” em vez de “relação”; “isso” em vez de “esse social”; “alguém” em vez de “um 
dos primeiros psicólogos brasileiros”. Observe que a palavra “relação” exprime de 
forma clara o que se estabelece entre social e psicologia, que entre eles há uma relação, 
não uma coisa qualquer. O uso da palavra “coisa” pode dizer respeito a qualquer outra 
palavra, como, por exemplo, contradição, oposição, descaso. A escolha da palavra 
com precisão deixa claro que o que se estabelece no texto é uma relação.
Da mesma forma, a escolha de “esse social” diz com precisão a que palavra o trecho 
do texto se refere, isto é, refere-se ao fator social da psicologia, não a qualquer outro. 
Com o emprego de isso, podemos ficar nos perguntando se o que pode ser pensado e 
compreendido não seria a psique, ou o comportamento, palavras que aparecem antes 
no texto. O uso preciso da expressão “esse social” nos indica com clareza a que parte 
do texto devemos relacionar o que vem em seguida e isso representa uma economia 
de tempo para o estudante.
Por último, quando lemos a citação de Aroldo Rodrigues sabendo que ele foi um 
dos primeiros psicólogos brasileiros a escrever sobre psicologia social, nosso interesse 
pela citação dele e nossa atençãona sua leitura aumenta relativamente a saber apenas 
que ele é alguém a mais que tenha escrito sobre o tema. Podemos dizer até que a 
precisão na explicação do autor da citação chama a atenção do leitor e funciona 
argumentativamente, motivando seu interesse. Veja como é importante a escolha 
das palavras para garantir clareza e precisão na elaboração dos textos teóricos! As 
escolhas auxiliam, inclusive, na orientação da leitura!
Uma questão prática que envolve também a escolha das palavras diz respeito aos 
comandos que elaboramos para os estudantes. Precisamos dizer com clareza o que 
esperamos que eles façam numa atividade, por exemplo, e para onde eles devem 
enviar a atividade realizada.
Devemos, portanto, utilizar palavras precisas sobre o que deve ser realizado. Veja 
o exemplo a seguir:
Menos preciso Mais preciso
Leia parte do quinto capítulo do livro X. 
Depois de realizar a leitura indicada, responda as 
questões que estão disponíveis no fórum desta semana.
Envie as respostas até o dia 24/06.
Leia a Parte II, do quinto capítulo do livro X.
Depois de realizar a leitura indicada, responda as questões 
que estão disponíveis no fórum desta semana. 
Envie as respostas até o dia 24/06.
No enunciado que se encontra na coluna da esquerda, pede-se que o estudante leia 
“parte” de um capítulo de livro, mas não há informação de que parte é essa, o que 
deixa o estudante sem orientação precisa do que deve fazer. O enunciado da coluna da 
direita, ao contrário, apresenta claramente qual parte o estudante deve ler, o que torna 
o comando preciso, facilitando a realização da tarefa.
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Na elaboração dos enunciados de atividades, é importante também o emprego 
de verbos no imperativo para indicar as ações a serem tomadas. Como o imperativo 
é o modo incitativo por excelência, ele constitui a forma mais clara de enunciar 
comandos no AVA:
Menos preciso Mais preciso
A indicação de leitura é do quinto capítulo do livro X.
Depois da leitura, você irá responder as questões que 
estão disponíveis no fórum desta semana. Você pode 
enviar as respostas até o dia 24/06.
Leia o quinto capítulo do livro X.
Depois da leitura, responda as questões que estão 
disponíveis no fórum desta semana. Envie as respostas 
até o dia 24/06
No exemplo elaborado na coluna da esquerda, apresentamos comandos das 
atividades por meio de substantivos (indicação de leitura); pela expressão verbal no 
futuro (você irá responder); e pela expressão verbal (você pode enviar).
Esses três exemplos nos permitem observar a importância de utilizarmos verbos 
para nos referirmos às ações que esperamos dos estudantes, afinal o verbo é a classe 
gramatical ligada à ação.
O primeiro exemplo nos permite observar a diferença: é mais objetivo dizer 
“leia” do que dizer “a indicação de leitura”. A expressão “indicação de leitura” não 
necessariamente quer dizer que o estudante deve ler, como atividade obrigatória. Ora, 
uma atividade que vale pontuação no AVA torna-se atividade obrigatória e isso precisa 
ficar claro para o estudante.
Nos dois outros exemplos, temos, ainda na coluna da esquerda, o emprego de 
verbos nas expressões – você irá responder; você pode enviar – então por que eles 
não são adequados?
A expressão verbal no futuro (você irá responder) indica a declaração de um fato que 
acontecerá no futuro, envolvendo o estudante (você), mas sem nenhum envolvimento 
do produtor do comando, no caso o produtor do material ou o tutor que gerencia a 
ação educativa. Comparando a expressão verbal “você irá responder” com o verbo 
no imperativo “responda”, podemos notar que com “responda” fica muito mais 
claro para o estudante que se trata de uma “ordem”, um comando de atividade a ser 
realizada obrigatoriamente. O imperativo é a forma mais clara de expressar a ordem, 
o comando. Por isso é a forma mais adequada para dizer ao estudante o que ele deve 
fazer nas atividades.
Já a expressão verbal “Você pode enviar” é de caráter epistêmico, isto é, da 
ordem da possiblidade, ou da probabilidade. Quando dizemos que alguma coisa pode 
acontecer, estamos também admitindo que ela pode não acontecer. No caso, o ato de 
enviar ou não fica totalmente à mercê do estudante: ele pode enviar e pode não enviar, 
de maneira idêntica. Ele pode ainda compreender que ele tem a possibilidade de enviar 
a atividade até aquela data. Fica como se a decisão de realizar ou não a atividade 
dependesse da vontade dele apenas. Ora, a atividade é obrigatória e isso precisa ficar 
claro para o estudante. Por isso, a melhor forma de dizer é com o verbo no imperativo, 
como está na coluna da direita: “envie a resposta até o dia 24/06”.
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Todas as três formas que se encontram na coluna da esquerda foram substituídas 
pelo verbo no imperativo na coluna da direita. O imperativo imprime um caráter de 
obrigação, de dever, incitando o estudante a realizar as ações previstas para seu bom 
desempenho nos estudos. É importante que a obrigação relativa às tarefas exigidas no 
desempenho dele em seus estudos fique clara para o estudante. Estamos, assim, dizendo 
ao estudante que ele tem permissão para enviar a atividade, apenas, até tal data.
Veja outros exemplos de como o uso do verbo, no imperativo, torna o texto mais 
claro em relação à ação esperada:
Menos preciso, Uso de Nomes Mais preciso, Uso de Verbos
Para a realização desta atividade será necessária a 
leitura da parte 10, intitulada “Memória”, do livro x 
(páginas 233 a 256).
A leitura do capítulo indicado é importante para a 
produção de uma síntese, ressaltando os pontos 
relevantes do texto.
O envio da atividade deve se dar até o dia 24/06. 
Leia a parte 10, intitulada “Memória”, do livro x (páginas 
233 a 256) antes de realizar a atividade. 
Depois de ler o capítulo indicado, produza uma síntese, 
ressaltando os pontos relevantes do texto. 
Envie a atividade até o dia 24/06
Evidentemente exageramos um pouco para tornar o exemplo mais significativo 
e claro. Todas as ações que o estudante deve realizar estão expressas na coluna da 
esquerda por meio de substantivos abstratos. O emprego de substantivos abstratos 
para designar as ações no lugar dos verbos permite organizar o texto em termos de 
ideias e razões, distanciando o produtor do conteúdo do texto, por torná-lo ausente do 
texto. Já o emprego de verbos, estando a maioria no imperativo, aproxima o produtor 
do texto e, em consequência, aproxima o leitor também.
Quando dizemos “a leitura do capítulo indicado possibilitará a melhor compreensão 
dos conteúdos que estudamos nesta unidade”, estamos afastando qualquer agente do 
ato de ler e de compreender, expressos por meio de dois substantivos abstratos: leitura 
e compreensão.
Já quando dizemos: “Leia o capítulo indicado; ele possibilitará que você compreenda 
melhor os conteúdos estudados nesta unidade”, instauramos nesse enunciado dois 
sujeitos: um que diz ao estudante para ler o capítulo e outro, que é o estudante, a quem 
se aconselha a ler determinado texto para compreender melhor o conteúdo estudado.
Lembre-se ainda de que, para se fazer entender, não é necessário dizer duas vezes a 
mesma coisa. Observe na tabela a seguir a diferença entre as duas colunas, explicitando 
a questão da redundância. Muitas vezes, na escolha de palavras, não nos damos conta 
desse efeito, não é mesmo?
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Expressões redundantes Expressões simples
Certeza absoluta Certeza
Expressamente proibido Proibido
Sintomas indicativos Sintomas 
Demasiadamente excessivo Excessivo
Surpresa inesperada Surpresa 
Escolha opcional Escolha 
Encarar de frente Encarar 
Desaparecer de vista Desaparecer
Consenso de opinião Consenso
Perspectivas futuras Perspectivas 
Grande maioria Maioria
Além disso, vale lembrar que é do senso comum a ideia de que o uso de expressões 
mais longas torna o texto mais erudito e, portanto, mais valorizado.
Podemos observar, na seguinte tabela,alguns exemplos que ilustram bem essa 
crença. No entanto, essas expressões tornam a leitura mais longa e cansativa e 
representam um risco para a eficácia do texto e da realização de nossas intenções. 
Evite-as. Veja a diferença entre as duas colunas, a seguir:
Expressões longas Expressões simples
Em relação a Sobre, referente 
Em excesso de Mais de 
No momento presente Agora
Anteriormente a Antes de
Subsequentemente a Depois de 
Ainda com relação à escolha das palavras na produção de um texto para AVA, 
lembramos a importância de utilizar palavras de fácil compreensão.
Há uma regra de ouro na elaboração de texto para AVA: Procure utilizar linguagem simples, 
de fácil compreensão.
Vale lembrar que a tela torna a leitura mais lenta e mais cansativa, dificultando-a. 
Então, para minimizar as dificuldades de leitura, devemos simplificar a linguagem, 
a fim de torná-la mais fácil de ser compreendida, com um menor custo cognitivo 
para os estudantes.
Lembre-se, ninguém se queixa por compreender facilmente o conteúdo de um documento.
Palavras simples, do dia a dia, são mais fáceis de ser compreendidas e garantem um 
maior impacto no leitor.
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O exemplo a seguir nos mostra como a simplicidade da linguagem pode facilitar a leitura. 
Linguagem mais difícil Linguagem mais simples
O desenho evoluiu para o pictograma até chegar ao 
ideograma, o que resultou, mais tarde, no surgimento 
das artes plásticas: pintura, escultura, etc. 
O desenho, então, representa a modelização da cultura, 
pois, por intermédio da linguagem gráfica contida no 
traço, a partir de suas noções espácio-temporais de 
profundidade, de tridimensionalidade, de perspectiva, 
permite uma leitura. 
O desenho evoluiu para a representação figurativa 
das palavras, ou pictograma, até chegar ao ideograma, 
isto é, um símbolo gráfico que serve para representar 
uma ideia. Essa evolução resultou, mais tarde, no 
surgimento das artes plásticas: pintura, escultura, etc. 
O desenho, então, representa um meio de transmissão 
da cultura, pois, por intermédio da linguagem gráfica 
contida no traço, a partir de suas noções espácio-
temporais de profundidade, de tridimensionalidade, de 
perspectiva, permite uma leitura. 
Você deve ter notado que, no texto apresentado no quadro, na coluna da direita, 
logo após a palavra simplificada, há o termo técnico, ou, inversamente, após o termo 
técnico, há a sua explicação. Essa explicação se dá por meio de uma paráfrase. As 
paráfrases são muito úteis para explicar conceitos ou definições um pouco complicadas.
Paráfrases
A paráfrase define-se como sendo o modo diverso de expressar um enunciado, sem 
que se altere seu significado.
A paráfrase sempre remete a um enunciado que lhe é anterior, para reafirmá-lo, 
esclarecê-lo.
A paráfrase serve para reiterar, fixar, explicar, precisar, expandir ou sintetizar uma 
mensagem - no todo ou parcialmente e, por isso, constitui um recurso muito útil à 
redação de textos, especialmente de textos acadêmicos ou ainda de textos direcionados 
para AVA. Ela pode contribuir para torná-los mais claros, facilitando a leitura e a 
compreensão dos conteúdos por parte dos estudantes.
A forma da paráfrase leva em conta a finalidade com que o autor a utilizou. Assim, 
uma paráfrase para sintetizar deve ser menos extensa do que o enunciado original, 
caso contrário ela não corresponde a uma síntese.
A paráfrase, no desenrolar de um texto, é normalmente introduzida por uma 
expressão que a sinaliza:
vale dizer; isto é; ou seja; ou melhor; dito de outra forma; 
em outras palavras; em suma.
Essas expressões apresentam-se sempre marcadas por vírgulas.
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Veja alguns exemplos de paráfrases:
O estudo regionalizado do impacto da agricultura é necessário para que possibilite 
a busca de alternativas sustentáveis para a agricultura regional, perfazendo uma maior 
fixação do homem no setor agrícola, ou seja, permitindo que ele continue residindo 
e trabalhando na área rural.
Um spam, isto é, uma mensagem não solicitada, que vem entupindo as caixas 
de entrada dos e-mails, alerta sobre um plano para transformar a Amazônia em uma 
reserva internacional.
As doenças crônicas, ou seja, aquelas que não são resolvidas num tempo curto, 
quer dizer, em até três meses, não põem em risco a vida da pessoa num prazo curto, 
logo não são emergências médicas. No entanto, elas podem ser extremamente sérias, 
e várias delas causam morte certa.
Sempre que necessitar apresentar um termo técnico que você acredite que não seja 
do conhecimento dos estudantes, depois do termo técnico, apresente uma paráfrase 
para explicá-lo.
Lembre-se de sinalizar a paráfrase com uma expressão introdutora de paráfrase.
As expressões introdutoras de paráfrase devem estar sempre entre vírgulas.
Organização dos enunciados
A nossa língua tem uma ordem canônica de apresentação dos elementos que 
compõem as frases.
Em português, a ordem normal dos termos na frase é a seguinte:
sujeito + verbo + complemento verbal + circunstância 
(adjuntos adverbiais)
Veja os termos no enunciado a seguir:
Meus alunos entregaram os trabalhos ontem
Sujeito Verbo Objeto Circunstância
(complemento verbal)
A inversão nessa ordem é sempre possível. Ela, pode, no entanto, representar 
um trabalho a mais para o leitor, pois ele precisará raciocinar um pouco mais para 
compreender as relações que estão estabelecidas no enunciado.
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Veja como ficaria o mesmo enunciado acima construído com uma outra organização 
de seus componentes:
Entregaram ontem meus alunos os trabalhos
Verbo Ciscunstância Sujeito Objeto
(complemento verbal)
Ou mesmo: 
Os trabalhos ontem meus alunos entregaram
Objeto Ciscunstância Sujeito Objeto
Evidentemente, todo falante de português compreende esses enunciados, pois nossa 
língua prevê a possibilidade de inversões. Mas o leitor, para compreender bem os dois 
últimos enunciados, deverá invocar seus conhecimentos gramaticais, por exemplo, 
para identificar a concordância que permite associar o verbo “entregaram” a “meus 
alunos”, identificando o sujeito desse verbo.
Não há dúvida de que a organização respeitando a ordem direta, canônica, é mais 
fácil de compreender e mais rápida de ler.
Considerando as dificuldades impostas pela leitura na tela, devemos procurar evitar 
outras complicações de leitura, procurando facilitar o trabalho dos estudantes. Devemos 
evitar que à complexidade do texto se acrescente a dificuldade imposta pela própria 
tela, o que tornaria a leitura ainda mais cansativa. Por isso, uma das recomendações 
é: evite a inversão; dê preferência à ordem direta.
Ordem Invertida Ordem direta
No final do século XIX, cobriam todo o mercado 
americano grandes redes ferroviárias. [...]
À medida que aumentava o número de 
empresas, as pessoas do campo migravam para 
os centros urbanos para trabalharem, o que gerou 
novas necessidades de recursos e provocou um 
rápido crescimento das empresas voltadas para o 
consumo direto.
Começam a surgir grandes impérios empresarias. 
No final do século XIX, grandes redes ferroviárias 
cobriam todo o mercado americano. [...]
As pessoas do campo migravam para os centros 
urbanos para trabalharem à medida que o número 
de empresas aumentava; essa migração gerou 
novas necessidades de recursos e provocou um 
rápido crescimento das empresas voltadas para o 
consumo direto.
Grandes impérios empresarias começam a surgir.
Vale ainda apontar que não é apenas a ordem invertida nas frases que dificulta a 
leitura. Também encontramos dificuldade de compreensão quando estamos diante de 
períodos longos e complexos. Por isso, devemos evitá-los.
Frases curtas possibilitam rápida compreensão. Ao terminar a leitura de um 
enunciado curto, é provável que o leitor já o tenha assimilado e esteja pronto para 
receber novas informações.
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Ao empregarmos enunciados curtos, no entanto, precisamos ter certo cuidado paraque o texto não fique monótono, entrecortado, dando impressão de uma simples 
enumeração de dados e fatos. Embora a enumeração de fatos seja o bastante para 
garantir a informação, vale lembrar que o encadeamento entre os fatos enunciados, 
mostrando de forma clara a relação entre eles torna a leitura mais agradável, e, por 
conseguinte, menos cansativa.
Um conselho, então: ao elaborar um texto para AVA, lembre-se do encadeamento 
entre os enunciados. Observe os exemplos que apresentamos no quadro a seguir:
Períodos longos Períodos curtos
O homem é um ser social, que só realiza sua 
existência na convivência com outros homens, 
sendo que todas as suas ações e decisões afetam 
as outras pessoas; convivência e coexistência em 
que, naturalmente, têm que existir regras que 
coordenem e harmonizem essa relação, regras que, 
dentro de um grupo qualquer, indicam os limites 
em relação aos quais podemos medir as nossas 
possibilidades e as limitações a que devemos nos 
submeter, por meio de códigos culturais que nos 
obrigam, mas ao mesmo tempo nos protegem
O homem é um ser social, que só realiza sua 
existência na convivência com outros homens.
Por isso, todas as suas ações e decisões afetam as 
outras pessoas.
Nessa coexistência, naturalmente, deve haver 
regras que coordenem e harmonizem a relação 
entre os homens.
Essas regras, em qualquer grupo, indicam os limites 
dentro dos quais podemos agir e as limitações que 
devemos respeitar.
Elas constituem códigos culturais que nos obrigam, 
mas, ao mesmo tempo, nos protegem.
Note que o período que se encontrava excessivamente longo na coluna da esquerda 
foi desmembrado em vários pequenos períodos, mas o sentido do texto se manteve.
Provavelmente, se levarmos em conta as estratégias apontadas nesta unidade, 
chegaremos ao final à elaboração de um texto claro e preciso. Para nos certificarmos 
de que alcançamos essa importante meta na redação de textos escritos para AVA, vale 
a pena, no entanto, observar uma etapa essencial da produção escrita: a revisão.
A revisão 
Ao terminar de elaborar um material, portanto, é importante fazer uma revisão 
cuidadosa dele, antes de publicá-lo no AVA, ou melhor, antes mesmo de enviá-lo à 
equipe de produção e de designer instrucional.
Devemos, nessa revisão, observar se o vocabulário está adequado e acessível, se a 
construção dos enunciados, períodos e parágrafos está clara, se conseguimos, enfim, 
colocar em prática as várias estratégias ligadas à clareza e precisão, e, ainda, observar 
se não há problemas relativos à gramática normativa.
Vamos, então, repassar alguns pontos de que tratamos nesta unidade e sobre os 
quais devemos ficar atentos. Assim, você poderá seguir um roteiro na sua revisão, 
como um “check list”. Vamos lá?
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Com relação à escolha das palavras:
• Observe o vocabulário de seu texto: troque as palavras de difícil compreensão 
por palavras mais simples.
• Observe os termos técnicos, veja se estão bem explicados e, se necessário, 
inclua paráfrases para explicá-los.
Com relação à organização dos enunciados, períodos e parágrafos:
• Observe se você utilizou a ordem direta na construção de seus enunciados.
• Observe se os períodos e parágrafos estão muito longos. Se estiverem longos, divida-
os em partes menores, mas não se esqueça de estabelecer a relação entre eles.
Com relação à organização geral do texto:
• Observe as partes de seu texto. Veja se há progressão na apresentação dos conteúdos, 
se há relação entre eles. Observe se estão garantidas a coesão e a coerência na 
elaboração dos materiais.
Uma última dica: se puder, peça para alguém ler o material para você e verificar se não 
há nada estranho, nenhum erro de digitação, nenhum erro gramatical. Peça também a 
opinião dessa pessoa sobre a facilidade ou dificuldade na leitura e na compreensão do que 
se quer dizer no texto. Somos maus leitores de nossos próprios textos e o olhar de uma 
terceira pessoa pode nos ajudar a encontrar pequenos deslizes.
Nesta unidade, estudamos a importância da clareza e da precisão na elaboração 
de textos para AVA. Vimos como a escolha das palavras é importante, assim como 
a organização dos enunciados, inclusive a ordem em que os elementos devem ser 
apresentados nos enunciados. Observamos a necessidade de utilizar linguagem de 
fácil compreensão e verificamos como o emprego de paráfrases pode nos auxiliar a 
explicar termos técnicos e tornar nossos textos mais fáceis de serem compreendidos 
pelos estudantes. Finalmente, destacamos a importância da revisão, para verificação 
de todos os detalhes que podem assegurar a boa escrita de nossos textos para AVA.
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UNIDADE 
Clareza e precisão na elaboração de materiais para AVA
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Nesta unidade, apresentamos a importância dos conceitos de precisão e clareza na elaboração 
de materiais para AVA e destacamos algumas estratégias linguísticas que nos auxiliam a 
alcançar essa meta nos textos escritos para cursos e disciplinas em EaD.
Vimos que uma etapa essencial do processo de elaboração do material escrito é a revisão 
final do texto, que inclui também uma verificação das regras da gramática normativa.
Sendo assim, indicamos a seguir alguns sites que contêm informações sobre usos da Língua 
Portuguesa e podem ser úteis para responder a suas dúvidas tanto na hora da escrita quanto 
nos momentos de revisão. Não deixe de conhecê-los e utilizá-los!
 Sites
Educacional
http://goo.gl/8YDpk5
Editora LPB
http://goo.gl/SvjxzW
Gramática Online
http://goo.gl/is6KFq
Português
http://goo.gl/8MHUR3
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Referências
ARCOVERDE, R e CABRAL, A. L. T. Linguagem e navegabilidade: uma leitura crítica 
de três sites de ensino de língua portuguesa. In: COLLINS, H. e FERREIRA, A. Relatos 
de experiência de ensino e aprendizagem de línguas na internet. Campinas SP: 
Mercado de Letras, 2004.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37a edição revisada e ampliada. 
Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
HOUAISS, A. e SALLES, M. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2001.
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