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O processo de alfabetização e o enfoque de suas funções, política e social, através da análise de métodos e materiais didáticos utilizados
A escrita é uma das mais antigas invenções do homem e que surge da necessidade de materializar o seu pensamento por meio de símbolos. Ou seja, é uma representação simbólica da linguagem falada, ou um meio de concretizar, de simbolizar o mundo e as experiências nele vividas.
O processo de alfabetização e o enfoque de suas funções, política e social, através da análise de métodos e materiais didáticos utilizados
Os registros escritos se configuram em parte da memória do ser humano ao longo das épocas e é através deles que conseguimos consolidar a ideia de nossa identidade, do que fomos, somos e seremos.
O processo de alfabetização e o enfoque de suas funções, política e social, através da análise de métodos e materiais didáticos utilizados
Desde cedo, o ser humano se integra a esta prática social viva por meio de simbolismos utilizados no decorrer de seu desenvolvimento, tais como o gesto, o brinquedo, o desenho e a fala.
São ainda discutidas as premissas teóricas de Ferrero e Teberosky no que se relaciona aos estágios na construção da escrita na infância, além de reflexões quanto à função social da escola no que concerne à aprendizagem da leitura e da escrita.
A criança e a escrita
 
A criança desde que nasce é imersa no mundo da linguagem, seja esta verbal ou não verbal.
A linguagem escrita necessita de complexas operações cognitivas, que incluem desde a formação de básicos conceitos linguísticos (o que são letras, como se aglutinam etc) até a construção de sistemas simbólicos socialmente elaborados.
A criança e a escrita
Afirma Ximenes (2000, p. 386) que a “escrita é a representação de palavras ou ideias por meio de letras ou sinais convencionais”. Ou seja, é o agrupamento de sinais convencionais para representar ideias através de palavras. 
Serkez e Martins (1996), a aprendizagem da língua escrita não pode ser reducionista, ou seja, concentrar-se na interpretação de signos, pois o ato de escrever não se limita à reunião de letras e sílabas, para depois passar à composição das palavras, frases e de pequenos textos. Inclui, na verdade, a caminhada em direção à apropriação do que se escreve, o que significa a ampliação de inúmeros resortes psíquicos, intelectivos, e que levam o aprendiz a abstrair uma ideia para o ‘papel’.
A criança e a escrita
Já a leitura, é o ato de decodificar e interpretar estes sinais convencionais, estes símbolos alfabéticos, que por sua vez se conformam em textos (XIMENES, 2000). Portanto, leitura e escrita são processos cognitivos integrados, que permitem ao indivíduo compreender, entender, recordar, codificar e decodificar mensagens. Ou seja, necessitam de habilidades necessárias, distintas, porém interrelacionadas.
A construção da escrita pela criança parte da premissa da necessidade de ser inclusa socialmente, pois é uma das portas de entrada para o acesso à cultura, ao saber científico, tecnológico etc. A limitação frente ao conhecimento da escrita é fator social de exclusão visto que o indivíduo ficará restrito a determinados postos sociais: “[...] tanto naquela como em nossa época a alfabetização é apresentada como um dos instrumentos privilegiados de aquisição de saber e, portanto, de esclarecimento das ‘massas’ (MORTATTI, 2000, p.21).
A criança e a escrita
O aprendizado da escrita, segundo Vygotsky (1998), é um processo cultural, socialmente construído, de caráter histórico e que envolve práticas interacionistas, ou seja de interação consigo, com o meio, com o outro, com a cultura e a história em que o indivíduo está inserido. O aprendizado da escrita é um fazer complexo que envolve a mediação e que inicia-se “[...] muito antes da primeira vez que o professor coloca um lápis em sua mão e mostra como formar letras”.(VYGOTSKY, 1998, p.143). 
A linguagem escrita configura-se numa situação nova e, por vezes, mais intrincada do que aprender a fala. Esta última, por sua vez, acontece num dinamismo posto em tempo real na comunicação com o mundo. Já a escrita necessita da mediação por meio dos signos e, de acordo com Vygotsky (1998), para ser realizada precisa ser necessariamente representada no pensamento, o que a torna mais complexa exatamente por seu caráter de arbitrariedade.
A criança e a escrita
A aprendizagem da linguagem escrita é, portanto, um processo que necessita da apropriação do código a ser utilizado para representar palavras e para isto se faz imprescindível que relações entre os diferentes elementos simbólicos sejam estabelecidas. Desta forma, antes de chegar à escrita, a criança passa por simbolismos de primeira ordem que, de acordo com Vygotsky (1998), são o gesto, o brinquedo, o desenho e a fala. 
Segundo Fávero (2005, p.09), "a escrita tem sido vista como de estrutura complexa, formal e abstrata, enquanto a fala, de estrutura simples ou desestruturada, informal, concreta e dependente do contexto". Entretanto, constatamos que estas relações que se aproximam a partir da produção textual.
A criança e a escrita
É imperioso identificar que a escrita é imprescindível para o ser humano porque está para além deste. Neste sentido, é a sociedade a guardiã deste objeto social, e solicita que a criança, enquanto sujeito aprendiz, descubra que o ato de escrever é um objeto interessante e que merece ser conhecido.
E este conhecer deverá se fazer em contextos sociais funcionais, e é neste momento que entra a escola como mediadora desta realidade, para que a criança seja capaz de produzir seus melhores esforços intelectuais no sentido de perceber e aproximar-se da escrita como instrumento de inclusão social, de forma que possa caminhar a passos seguros no mundo em que está inserida.
Construção e (re)construção da escrita pela criança como prática social viva
[...] A leitura de mundo precede a leitura da palavra, (...) a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente (FREIRE, 1989, 11 - 20).
Martin-Barbero (2004). Nessa perspectiva, a construção do processo ler-escrever se dá sob as bases de uma aprendizagem que não se limitaria somente às ações de codificar ou decodificar sons, letras, palavras, frases ou textos, mas a uma alfabetização cultural, que contempla amplas possibilidades de interlocução com o mundo contemporâneo, exigindo do mesmo inúmeras habilidades e competências comunicacionais, promovendo incontáveis desafios para a escola
Construção e (re)construção da escrita pela criança como prática social viva
No livro Psicogênese da Língua Escrita, de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1991), pode-se deduzir que, para as autoras, as crianças são facilmente alfabetizáveis, mas é necessário que percebam que a escrita é um objeto necessário que merece ser conhecido. Necessário que percebam que a escrita é um objeto necessário que merece ser conhecido. 
Teberosky e Colomer (2003, p. 46) afirmam o seguinte acerca das hipóteses construídas pela criança: "Trata-se de hipóteses que se constroem durante a alfabetização inicial. Nesse caso, falamos de hipóteses que se constroem porque não são transmitidas diretamente, isto é, nenhum adulto explica essas regras gráficas às crianças".
Alfabetizar ou letrar? Funções, política e social, necessidades e desafios.
Alfabetizar ou letrar, eis a questão. 
O termo alfabetizar vem do erudito alfabeto, ou seja, das duas primeiras letras do alfabeto grego: alfa e beta. O termo foi disseminado enquanto conhecimento das letras. Está relacionado à consciência fonológica-fonética, à identificação das relações fonema-grafema, à aquisição de habilidades de codificação e decodificação da língua escrita, ou ainda ao conhecimento dos processos de tradução da fala para a forma gráfica, em outras palavras, à alfabetização.
Alfabetizar ou letrar? Funções, política e social, necessidades e desafios.Letrar significa aquele que é versado em letras, o que faz o uso social da leitura e da escrita.
A concepção de letramento é marcada a partir do final do século XX, e se dá no Brasil a partir do livro de Mary Kato, No mundo da escrita, do ano de 1986, numa perspectiva psicolinguística. Mas foi realmente Leda Verdiani Tfouni que, em 1988, marcou a expressão no Brasil, com o livro: Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso. 
No mundo, o termo surge na década de 1980, na França, onde é tomado por literacia, e em Portugal, para nomear fenômenos distintos daquele denominado alfabetização, alphabétisation. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, o vocábulo é reconhecido como reading instruction, beginning literacy
Alfabetizar ou letrar? Funções, política e social, necessidades e desafios.
Para Vygotsky (1998), o letramento é cultural. É um processo histórico que representa uma das formas mais sofisticadas do comportamento humano, pois é um dos promotores na formação dos processos mentais superiores, tais como: raciocínio abstrato, memória ativa, resolução de problemas. 
Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita (SOARES, 2002, p.40).
Alfabetizar ou letrar? Funções, política e social, necessidades e desafios.
[...] possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social (FREIRE, 1991, p. 68). 
Pode-se conceber que a diferença entre letrar e alfabetizar não se trata só de um dissenso de terminologias. Mas de uma posição ideológica. Hoje se compreende que o letramento possui uma concepção que abrange a construção histórica do indivíduo e sua leitura de mundo, e encampa a alfabetização enquanto processo.
Alfabetizar ou letrar? Funções, política e social, necessidades e desafios.
Letrar significa inserir a criança no mundo letrado e este é um papel que não cabe somente à escola, pois a criança constrói uma parte do letramento a partir dos conhecimentos adquiridos no seu dia a dia.
A década de 90, do século XX, foi marcada pelo projeto neoliberal no Brasil que empreendeu reformas no campo da educação. Foram gestados esforços para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental. Nesse sentido, destacam-se no campo do legal, a Constituição de 1988, a Lei 9394 (LDB), os PCNs (1996) e o Plano Nacional de Educação (2001).
Obrigado!
alexandrinogeo@bol.com.br

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