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Paul Federn

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psicodinâmica da esquizofrenia. 
Paul Federn foi um teórico da psicologia do Eu, é amplamente lembrado por suas teorias que envolvem a psicologia do ego e tratamento da psicose. Esse autor foi profundamente influenciado por Freud e em 1904 tornou-se dedicado ao campo da psicanálise.
Em seus estudos psicanalíticos, cujo interesse maior era a psicose, Federn desenvolveu a teoria do Eu, sendo o conceito do
 Eu o principal fio condutor em suas investigações relacionadas à psicose.
Federn debateu e contribuiu com seus estudos sobre a esquizofrenia, principalmente em relação ao ponto que diz respeito à psicose enquanto déficit do Eu.
Embora ele tenha sido um ardente defensor dos ensinamentos de Freud, no que diz respeito à esquizofrenia dos pacientes, ele acreditava que seus egos possuíam insuficiente energia catexial. Ele não concordava com a afirmação de Freud de que a catexia dos objetos era retraída na esquizofrenia. Em vez disso, Federn enfatizou o retraimento da catexia, dos limites do ego. Ele observou que os pacientes esquizofrênicos não têm, caracteristicamente, qualquer barreira entre o que está dentro e o que está fora, porque os limites do ego não então mais investidos no âmbito psicológico (como de fato estão nos pacientes neuróticos).
Esse autor referia-se aos fenômenos da esquizofrenia, dentre eles a dissociação, como uma precariedade da unidade das funções do eu nesse tipo clínico que, neste caso, era reconhecida enquanto déficit.
Ele acreditava que esquizofrenia era como uma deterioração das funções do eu devido a essa perda de investimento no mesmo; para ele, portanto, é a retirada ou diminuição do investimento das fronteiras do eu que levam aos fenômenos psicóticos, ocorrendo uma falta de distinção entre o eu e o mundo exterior, pois o eu não pode exercer sua função de agente recalcante, e os conteúdos pré-conscientes e inconscientes invadem a consciência sem serem filtrados e reconhecidos pelas fronteiras do eu.
Para o autor todo caso de esquizofrenia começa, não pela perda da realidade exterior, mas pela criação de conceitos de uma realidade falsa. [...] a perda da realidade
CONCEITO DO EU
O conceito de Eu nas elaborações de Federn surgiu da ideia freudiana do Eu como objeto de investimento libidinal narcísico. (Os investimentos libidinais podem ser direcionados ao próprio ego ou aos objetos. Quando a libido é investida no ego, diz libidinal narcísico). Para ele, a concepção do Eu refere-se a uma realidade criada e mantida pelo investimento libidinal, sendo essa realidade uma unidade de investimento afetivo, coerente e contínuo.
O EU é a continuidade psíquica. O EU é sentido e conhecido pelo individuo como a continuidade durável ou recorrente da vida corporal e mental do ponto de vista do tempo, do espaço e da causalidade, e ele é sentido e apreendido por ele como uma unidade.
CATEXIA
Segundo Freud, catexia seria um processo pelo qual a energia libidinal estaria relacionada à representação mental do indivíduo. Isto é, a representação de uma coisa ou ideia. É como se a catexia fosse o investimento do indivíduo na libido
LIBIDO
De acordo com a teoria psicanalista, a libido pode ser vista como uma energia. Uma energia aproveitável para os instintos de vida. Segundo Freud, ela não é algo apenas interno, algo que está ligado a desejos sexuais. Em sua teoria, ela está estritamente ligada aos fenômenos psicossociais.
Também as alterações, as características ou as modificações libidinais estão ligadas a fenômenos psicossociais. Isto é, o seu aumento ou a sua diminuição, a sua produção, a sua distribuição, o seu deslocamento, etc. Tudo estaria ligado a esses fenômenos.
A psicose está ligada a uma desadaptação essencial do Eu, cujo problema refere-se a uma falha na formação e coerência do Eu.
Outra noção importante que Federn trabalha é sobre as fronteiras do eu, ou seja, é um contorno ou fronteira às variações de investimento que constituem o eu, criando uma unidade ao que acontece com o indivíduo em um dado momento –estímulos sensoriais ou intenções novas – dando a ele um “sentimento de unidade dos conteúdos do eu” quando penetram na consciência.
Para Federn, pelo contrário, na psicose trata-se de uma derrota do Eu e não de uma defesa. Ele diz que “toda psicose é uma doença do eu”, pois o eu fica vazio de investimento. A esquizofrenia será definida como uma deterioração das funções do eu devido a essa perda de investimento no mesmo
Psicose é um transtorno mental que faz com que as pessoas percebam ou interpretem as coisas de maneira diferente das pessoas que as rodeiam. Condições que afetam a mente, onde houve alguma perda de contato com a realidade. Isso pode envolver alucinações ou delírios.
· A psicose não é uma doença em si mesma, é um sintoma; A psicose é classicamente associada a transtornos do espectro da esquizofrenia e, embora existam outros sintomas, um dos critérios definidores para a esquizofrenia é a presença de psicose.
Em essência, a principal diferença entre neurose e psicose é a forma em que elas afetam a saúde mental. O comportamento neurótico pode estar naturalmente presente em qualquer pessoa, ligado a uma personalidade desenvolvida. O comportamento psicótico pode ir e vir como resultado de várias influências. 
Um distúrbio neurótico pode ser qualquer desequilíbrio mental que causa ou resulta em angústia. 
Psicose, ou uma desordem psicótica refere-se a qualquer estado mental que prejudica o pensamento, percepção e julgamento. Episódios psicóticos podem afetar uma pessoa com ou sem uma doença mental. A pessoa que experimenta um episódio psicótico pode ter diversos sintomas, como alucinações, paranoia, e até experimentar uma mudança na personalidade.

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