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Atividade Assíncrona 1 Parte 1 A. Montmorilonita, comercialmente conhecido como bentonita, é um argilo mineral com tamanho de partículas que pode variar de 2 μm a 0,1 μm, com tamanho médio aproximadamente de 0,5 μm. Pertence ao grupo dos filossilicatos 2:1, e sua estrutura é composta por 2 folhas tetraédricas de sílica com uma folha central octaédrica de alumina, unidas por átomos de oxigênio em ambas folhas. No interior dessas folhas a união ocorre devido à forças polares fracas, enquanto que, entre as folhas é predominante ligações de Van der Walls. Nessa região existem lacunas que abrigam cátions trocáveis, como Na⁺, Ca2+ e Li2+. Devido a essa estrutura cristalina a bentonita apresenta as seguintes propriedades: ● Expansão volumétrica; ● Adsorção de água; ● Inchamento interlamelar (onde o Ca+ adsorve menos água quando comparado com Na+); ● Moderada carga negativa superficial; ● Resistência à altas temperaturas; ● Resistência a solventes; ● Resistência à compressão e baixa compressibilidade; ● Plasticidade; [1] B. Sozinha, a bentonita apresenta uma contribuição industrial maior que todos os outros tipos de argilas industrias reunidas. A figura 1, a seguir apresenta a distribuição para o uso industrial da bentonita. Figura 1: principais usos industriais para a bentonita [2]. Uso 1: Para o uso de perfuração a bentonita é utilizada para refrigerar e limpar a broca de perfuração, redução de fricção do equipamento, formação de torta de filtragem na parede do poço a fim de evitar desmoronamento, conferir tirotrópia à lama, e viscosidade à lama [1]. Uso 2: Para a pelotização de minério de ferro é utilizado de 6 a 8 kg de bentonita sódica para cada tonelada de ferro, para promover resistência às pelotas verdes após o processo de queima e calcinação [1]. Uso 3: Para o uso em fundição a bentonita é adicionada na areia, como agente aglomerante, para a preparação de moldes. Promove a aglutinação ao quartzo, levando-o a adquirir propriedades físicas (porosidade, refratariedade, etc.) apreciáveis moldes de fundição [1]. Uso 4: A bentonita é aplicada na construção civil para a cobertura de aterros, impermeabilizante de bacias, devido à plasticidade resistência à compressão e baixa compressibilidade [1]. Uso 5: Devido a sua capacidade de adsorver e estabilizar íons/moléculas/gases/líquidos é utilizado na agropecuária para controlar odor de fezes e urinas de animais [1]. C. Devido às suas propriedades físicas e químicas a gama de aplicação para o caulim é extensa, com destaque para a fabricação de papéis e revestimentos, cerâmica branca, fibra de vidro, plásticos, tintas, borrachas, catalisadores para craqueamento de petróleo, concreto de alto desempenho e refratários. O uso do caulim se deve pelas seguintes propriedades: ● Fácil dispersão; ● Baixa condutividade térmica; ● Baixa condutividade elétrica; ● Maciez; ● Baixa abrasividade; ● Insolubilidade e inércia química; ● Alvura; Uso 1: Para o uso em cerâmica branca o caulim é adicionado para aderir cor branca a massa e suportar o óxido de alumínio, que durante o processo de queima regula a reação de equilíbrio. Nesse processo, acima de 1000°C, o caulim se transforma em mulita, causando a formação de uma fase vítrea que atua como esqueleto ao produto, contribuindo para a resistência mecânica e redução da deformação piroplástica [1]. Uso 2: Na fabricação de louças de mesas, o mesmo deve apresentar baixo teor de ferro e titânio para conferir a cor desejada à peça. Além de conferir cor ao produto, é possível aumentar a resistência, e melhorar a moldabilidade da matéria prima na etapa de produção [1]. Uso 3: Ao grés porcelanato é possível adquirir a brancura do produto, pois auxilia na plasticidade aumentando o teor de alumina [1]. Uso 4: Em polímeros como o nylon, poliuretano, polietileno insaturado, poliolefinas e pvc promove acabamento liso à superfície, além de ocultar fibras, reduzir contração e fratura durante processos de composição e moldagem da matéria prima. Também é possível melhorar algumas propriedades mecânicas, elétricas e térmicas [1]. Parte 2 A. Plasticidade é uma propriedade dos materiais que consiste na deformação do mesmo perante a esforços externos sem romper-se, além de voltar a sua forma original após o esforço aplicado ser retirado [3]. Para apresentar comportamento plástico é necessário que a argila entre em contato com a água, que em quantidade apreciáveis permite que o material seja trabalhado, já que, a plasticidade em argilas é resultado da película sobre a superfície dos argilominerais, formada pelo contato com a água, causando forças atrativas entre as partículas de argilominerais, que são carregadas eletricamente mais a ação lubrificante da água entre as partículas. O índice de plasticidade das argilas pode ser medida por meio do método de Atterberg, que definiu os limites de retração, plasticidade e liquidez das argilas dividindo pelos valores de umidade. A diferença entre os limites de plasticidade e liquidez é considerada com o índice de plasticidade de Atterberg. Entretanto, a técnica mais utilizada para encontrar o índice de plasticidade de argilas é por meio de um aparelho chamado de plasticímetro de Pfefferkorn, onde o índice de plasticidade da argila é obtido como pela porcentagem de umidade na amostra para uma altura específica [4]. B. Devido a ação de intemperismo os argilominerais são considerados minerais secundários, essa interação rocha-solo leva ao material a capacidade de troca iônica, pois o mesmo apresenta íons disponíveis para interação em sua superfície, e em sua estrutura cristalina. Esta propriedade surge em função do alto potencial das argilas em reagirem com cátions de soluções por apresentarem cargas negativas em sua superfície externa [5]. Os fatores que influenciam na capacidade de troca de cátions neste material varia de acordo com os seguintes fatores: concentração dos íons trocáveis e adsorvidos, dimensão (quanto maior a área superficial, maior a troca catiônica), da natureza e de seu potencial de hidratação (durante a hidratação as reações físico-químicas de troca iônica são facilitadas). CTC pode ser calculada por vários meios, a seguir, são listadas alguns meios [6]. CTC efetiva (t): é a capacidade de troca de cátions do solo no seu pH natural. t = Al + Ca2⁺ + Mg2⁺ + K⁺ ou t = SB + Al CTC (F): É a capacidade de troca de cátions a pH 7,0. T = SB + H + Al C. A propriedade físico-químico que pode ser observada pela substituição de cátions a montmorilonita é o inchamento interlamelar. Neste caso, cátions de lítio, sódio ou cálcio se alojam nas lacunas da estrutura cristalina, alterando as forças de atração nas mesmas. Ao contrário do cálcio, a substituição pelo sódio leva ao distanciamento das lamelar e menores forças de atração [1]. Referências [1] Rochas & Minerais Industriais/Ed. Adão Benvindo da Luz e Fernando Antonio Freitas Lins. 2.Ed. - Rio de Janeiro, p. 239, 2008. [2]] TRIGUEIRO, P.A. Montmorilonita como suporte para remoção de proteínas no processo de clarificação/estabilização dos vinhos e para obtenção de pigmentos híbridos, João Pessoa, p.33, setembro 2018. [3] CAMPOS, L. F. A. et al . Características de plasticidade de argilas para uso em cerâmica vermelha ou estrutural. Cerâmica, São Paulo , v. 45, n. 295, p. 140-145, maio 1999 . [4] Rawet, P. S. Santos, Cerâmica 26, 128 (1980) 193. [5] FERREIRA, W. de A.; BOTELHO, S.M. Capacidade de troca de cátions das principais classes de solos da Amazônia. determinada a diferentes valores de pH. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 1999. [6] Ronquim, Carlos Cesar. Conceitos de fertilidade do solo e manejo adequado para as regiões tropicais / Carlos Cesar Ronquim. – Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2010.
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