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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL PROF. ROBSON JOSÉ SILVA DE SANTANA CONCEITUAÇÃO RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL É um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável, ou seja, formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. Mais do que um conceito, responsabilidade socioambiental é uma postura. É adotar, individual ou coletivamente, práticas em benefício da sociedade e do meio ambiente, melhorando a qualidade de vida das pessoas. EDUCAÇÃO AMBIENTAL • Educação ambiental é um processo de educação responsável por formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade. • A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. • A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Uma pesquisa desenvolvida pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) mostra que o surgimento de lixões - depósitos ilegais de lixo em que não há controle dos materiais, cuidados com o solo e o meio ambiente - está ligado aos municípios com maior dependência de transferências de recursos intergovernamentais, densidade populacional reduzida, menor valor per capita de investimento em limpeza urbana, e com baixos níveis educacionais. EDUCAÇÃO AMBIENTAL De acordo com o estudo, a questão econômica é o que apresenta maior impacto nos resultados. Cidades com lixões têm, em média, 90,8% de dependência financeira de repasses dos governos estaduais e federais, enquanto as que destinam os resíduos corretamente para aterros sanitários apresentam dependência menor, 79,1%, em média. EDUCAÇÃO AMBIENTAL A pesquisa mensurou ainda a relação entre o investimento em educação infantil e os depósitos ilegais. "A cada 10% de aumento no número de crianças matriculadas na escola, diminui em 3,6% a probabilidade de surgir um lixão", disse o economista responsável pela pesquisa, Jonas Okawara. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Evidenciou-se que além da questão educacional, para eliminarmos os lixões no Brasil, as cidades necessitam de recursos orçamentários e financeiros para sustentar o custeio dos serviços. Sem recursos próprios e vinculados, as cidades não conseguirão acabar com a destinação inadequada", disse Okawara. IMPACTO AMBIENTAL É a alteração no meio ambiente ou em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade humana. O objetivo de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o de avaliar as consequências destas ações para que possa haver a prevenção da alteração da qualidade do ambiente após a execução dessas ações. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL A Avaliação de Impacto Ambiental (ou AIA), é um instrumento preventivo usado nas políticas de ambiente e gestão ambiental com o intuito de assegurar que um determinado projeto passível de causar danos ambientais seja analisado de acordo com os prováveis impactos no meio ambiente, e que esses mesmos impactos sejam analisados e tomados em consideração no seu processo de aprovação. A elaboração de um AIA é apoiada em estudos ambientais elaborados por equipes multidisciplinares, os quais apresentam diagnósticos, descrições, analises e avaliações sobre os impactos ambientais efetivos e potenciais do projeto. IMPACTO AMBIENTAL – FATORES HUMANOS Em maior ou menor escala. A legislação brasileira pede Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto no Meio Ambiente (RIMA) nas seguintes situações: • Construção de rodovias; • Construção de Ferrovias; • Construção de Portos e terminais; • Construção de Aeroportos; • Instalação de oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgoto; PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO AQUECIMENTO GLOBAL O aquecimento global pode causar: • Elevação do nível do mar; • Aumento de eventos de extremo climático (ex.: chuvas torrenciais, ondas de calor, ciclones tropicais, ressacas no litoral, etc); • Decréscimo da produção de alimentos; • Escassez de água; • Redução da biodiversidade; • Surgimento de doenças infecciosas endêmicas sensíveis ao clima (malária, dengue, cólera, leishmaniose, leptospirose e hantavirose). POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo tornar efetivo o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, princípio matriz contido no caput do art. 225 da Constituição Federal. E por meio ambiente ecologicamente equilibrado se entende a qualidade ambiental propícia à vida das presentes e das futuras gerações. Por sua vez, os objetivos específicos estão disciplinados pela lei em questão de uma forma bastante ampla no art. 4º da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente em comento Art. 4º – A Política Nacional do Meio Ambiente visará: • I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; • II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; • III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; • IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnológicas nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; • V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência publica sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; • VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propicio à vida; • VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. PRINCIPIOS DA LEGISLAÇÃO O art. 2º da Lei nº 6.938/81, após estabelecer o objetivo geral da Política Nacional do Meio Ambiente, define o que chama de princípios norteadores da ações: • I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio publico a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; • II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; • III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; • IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação das áreas representativas; • V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; • VI – incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; • VII – acompanhamento do estado de qualidade ambiental; • VIII – recuperação de áreas degradadas; • IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação; • X – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacita-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. INSTRUMENTO LEGISLATIVO Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente estão elencados pela Lei nº 6.938/81: Art. 9º – São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: • I – o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; • II – o zoneamento ambiental; • III – a avaliação de impactos ambientais; • IV – o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; • V – os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ouabsorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; • VI – a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; • VII – o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; • VIII – o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; • IX – as penalidades disciplinares ou compensatórias não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. • X – a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; • XI – a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; • XII – o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. Conferências Ambientais Na tentativa de promover estratégias que visem ao desenvolvimento socioeconômico atrelado à preservação do meio ambiente e ao uso consciente de recursos naturais, surgiram as conferências ambientais, que reúnem representantes de diversos países. Conferência de Estocolmo A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (em inglês United Nations Conference on the Human Environment), também conhecida como Conferência de Estocolmo, foi a primeira grande reunião de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas (ONU) para tratar das questões relacionadas à degradação do meio ambiente, realizada entre os dias 5 a 16 de junho de 1972 na capital da Suécia, Estocolmo. Conferência de Estocolmo A Conferência de Estocolmo é amplamente reconhecida como um marco nas tentativas de melhorar as relações do homem com o Meio Ambiente, e também por ter inaugurado a busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico e redução da degradação ambiental (poluição urbana e rural, desmatamento, etc), que mais tarde evoluiria para a noção de desenvolvimento sustentável. Conferência de Estocolmo Assim, podemos resumir que os principais objetivos da conferência foram: • Discutir as mudanças climáticas • Discutir a qualidade da água • Debater soluções para reduzir os desastres naturais • Reduzir e encontrar soluções para a modificação da paisagem • Discutir as bases do desenvolvimento sustentável • Limitar a utilização de pesticidas na agricultura • Reduzir a quantidade de metais pesados lançados na natureza Conferência de Estocolmo A conferência de Estocolmo contou com representantes de 113 países, entre eles o Brasil, e de 400 organizações governamentais e não-governamentais. Alguns países desenvolvidos foram resistentes com as metas e objetivos propostos durante a conferência. Rio 92 A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, Cúpula da Terra, Cimeira do Verão, Conferência do Rio de Janeiro e Rio 92, foi uma conferência de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas e realizada de 3 a 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Seu objetivo foi debater os problemas ambientais mundiais. Rio 92 Em 1992, vinte anos após a realização da primeira conferência sobre o meio ambiente, representantes de 178 países do mundo reuniram-se para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de outras gerações. A intenção, nesse encontro, era introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico. Os encontros ocorreram no centro de convenções Riocentro. Rio 92 A diferença entre as conferência de 1972 e 1992 pode ser traduzida pela presença maciça de Chefes de Estado na segunda, fator indicativo da importância atribuída à questão ambiental no início da década de 1990. Já as organizações não governamentais fizeram um encontro paralelo no Aterro do Flamengo, chamado o Fórum Global. Esse evento paralelo teve como resultado a aprovação da Declaração do Rio, também chamada de Carta da Terra. Rio 92 Resultados • Além da sensibilização das sociedades e das elites políticas, a Conferência teve, como resultado, a produção de alguns documentos oficiais fundamentais: • A Carta da Terra; • Três convenções: • A Convenção sobre Diversidade Biológica, tratando da proteção da biodiversidade; • A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, tratando da redução da Desertificação; e • A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando das Mudanças climáticas globais; • A Declaração de Princípios sobre Florestas; • A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; e a • A Agenda 21. Agenda 21 A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco- 92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não- governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e da Agenda 21 Nacional . Agenda 21 Ela se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento. Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF, internacionalmente, que tornou possível repensar o planejamento. Abriu-se o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento participativo em âmbito global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma econômico e civilizatório. Temas abordados no evento • Mudança do Clima: a Eco-92 embasou eventos como a conferência em Quioto no Japão, em 1997, que deu origem ao Protocolo de Quioto, no qual a maioria das nações concordou em reduzir as emissões de gases estufa que intensificam o chamado "efeito estufa". • Ar e água: um congresso da ONU em Estocolmo em 1972, adotou um tratado para controlar 12 substâncias químicas organocloradas. Destinada a melhorar a qualidade do ar e da água, a convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes pede a restrição ou eliminação de oito substâncias químicas como clordano, DDT e os PCBs. • Transporte alternativo: os automóveis híbridos, movidos a gasolina e a energia elétrica, já reduzem as emissões de dióxido de carbono no Japão, na Europa e nos Estados Unidos. Temas abordados no evento • Ecoturismo: com um crescimento anual estimado em 30%, o ecoturismo incentivou governos a proteger áreas naturais e culturas tradicionais. • Redução do desperdício: empresas adotam programas de reutilização e redução, como acontecia com as garrafas de PET no Brasil. • Redução da chuva ácida: na década de 1980, os países desenvolvidos começaram a limitar as emissões de dióxido de enxofre, lançado por usinas movidas a carvão. A Alemanha adotou um sistema obrigatório de geração doméstica de energia através de célula fotoelétrica. Rio+10 Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (em inglês, Earth Summit 2002) foi um fórum de discussão das Nações Unidas realizado entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro de 2002, em Johanesburgo, África do Sul. Teve como objetivo principal discutir soluções já propostas na Agenda 21 primordial (Rio 92), para que pudesse ser aplicada de forma coerente não só pelo governo, mas também pelos cidadãos, realizando uma agenda 21 local, e implementando o que fora discutido em 1992. Foi um encontro de alto nível,reunindo líderes mundiais, cidadãos engajados, agências das Nações Unidas, instituições financeiras multilaterais e outros importantes atores, para avaliar a mudança global desde a histórica Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 (também conhecida como a Cúpula da Terra, ou Rio-92). A Rio-92, realizada entre 3 e 14 de junho daquele ano, no Rio de Janeiro, reuniu legisladores, diplomatas, cientistas, a mídia, e representantes de organizações não governamentais de 179 países, num esforço maciço para reconciliar as interações entre o desenvolvimento humano e o meio ambiente. O evento foi realizado por ocasião do 20º aniversário da Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano (1972), a primeira conferência mundial que tratou da natureza, tanto global quanto transfronteiriça, da degradação e poluição ambientais. A agenda do Rio enfocou a procura de meios de cooperação entre as nações para lidar com problemas ambientais globais como poluição, mudança climática, destruição da camada de ozônio, uso e gestão dos recursos marinhos e de água doce, desmatamento, desertificação e degradação do solo, resíduos perigosos, e a perda da diversidade biológica. A conferência culminou na elaboração da Agenda 21, um programa pioneiro de ação internacional sobre questões ambientais e desenvolvimentistas, voltado à cooperação internacional e ao desenvolvimento de políticas para o século XXI. Suas recomendações incluíram novas formas de educação, preservação de recursos naturais e participação no planejamento de uma economia sustentável. Objetivos A RIO+10 serviu para fazer um balanço da anterior ECO-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Centrada no desenvolvimento sustentável, seu objetivo era a adoção de um plano de ação de 153 artigos divididos em 615 pontos sobre diversos temas: a pobreza e a miséria, o consumo, os recursos naturais e sua gestão, globalização, o cumprimento dos direitos humanos, o lazer etc.. Objetivos Como consta no Informativo da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, Joanesburgo (África do Sul), 26 de agosto a 4 de setembro de 2002, obrigou-se aos países desenvolvidos alcançar os níveis intencionalmente convencionados de assistência oficial ao desenvolvimento, apoiar a criação de alianças regionais fortes para promover a cooperação internacional, afirmar que o setor privado também tem o dever de contribuir ao desenvolvimento sustentável, e por último chamada para criação de instituições internacionais e multilaterais mais eficientes, democráticas e responsáveis. Conquistas Apesar dos problemas levantados, a ampla participação e colaboração foram chaves para o bom desenvolvimento da Cúpula e consequentemente, para o êxito do desenvolvimento sustentável. O grande êxito da Cúpula da Terra de Joanesburgo foi a ênfase que se conseguiu, temas de desenvolvimento social tais como a erradicação da pobreza, o acesso a água e aos serviços de saneamento, e a saúde. Assim, se acordou reduzir à metade, para o ano 2015, a proporção de pessoas cuja renda seja inferior a 1 dólar por dia, a de pessoas que sofrem de fome e a de pessoas que não tenham aceso a água potável. Conquistas Se acordou também fortalecer a contribuição do desenvolvimento industrial à erradicação da pobreza, de maneira compatível com a proteção do meio ambiente. Apesar dessas conquistas, foi considerada a menos produtiva das reuniões ambientais internacionais, porque os debates se focaram mais em geopolítica e as questões ambientais foram postas de lado. Os custos da reunião A Cúpula de Joanesburgo custou 33 milhões de euros à África do Sul e 47 milhões às Nações Unidas, 80 milhões de euros no total. Isto poderia representar: • 67% do gasto em saneamento no Mali (República do Mali, é um país africano sem saída para o mar na África Ocidental); • O acesso à água potável de 80 000 pessoas numa cidade como La Paz (Bolívia) ou Manila (Filipinas ); • O preço da compra de quase 2 Rafales (sem armas) ou de 4 F-16 (sem armas); • O custo da aquisição de 11 tanques estadunidenses M1 Abrams. Catherine Kamping, destacou durante o encerramento que enquanto um terço da população mundial ganha menos de um dólar por dia, nós ficamos durante dez dias neste paraíso de riqueza para conseguir resultados decepcionantes. Rio+20 A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), conhecida também como Rio+20, foi uma conferência realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012 na cidade brasileira do Rio de Janeiro, cujo objetivo era discutir sobre a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável. Rio+20 A Rio+20 contou com a participação de chefes de Estado e de Governo de 188 nações (das quais, 185 dentre os 193 países-membro da ONU, além de representantes do Vaticano, da Palestina e da Comunidade Européia) que reiteraram seus compromissos com a sustentabilidade do desenvolvimento, sobretudo, no que concerne ao modo como estão sendo usados os recursos naturais do planeta. A Rio+20 foi marcada pelo esforço de se promover a participação social na construção e na implementação dos compromissos pela sustentabilidade. Rio+20 De forma inédita às conferências da ONU, a Rio+20 concedeu espaço de palavra aos representantes dos nove grupos sociais distinguidos na Agenda 21 (os Major Groups) para se manifestarem na Plenária de Alto Nível - na qual tradicionalmente somente se manifestam os Chefes de Estado e de Governo dos países-membro da ONU. A "plena participação da sociedade civil" está realçada no primeiro parágrafo do documento resultante da Rio+20 intitulado "O Futuro que Queremos". No entanto, tal participação social nos resultados da Rio+20 foi questionada por diversos grupos sociais, gerando críticas ao texto da Conferência. Rio+20 O evento ocorreu em dez locais, tendo o Riocentro como principal local de debates e discussões; entre os outros locais, figuram o Aterro do Flamengo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio+20 No Brasil, foi formado o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. Segundo Aron Belinky, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civis, que representa o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) na Coordenação Nacional do Comitê, o papel do grupo – atualmente formado por 14 redes – é trazer mais participantes para o debate até o ano que vem. “Nossas ações são elaboradas por meio de grupos de trabalhos. Um deles é o de formação e mobilização, que deverá levar os temas em discussão para a sociedade e cuidará da organização do evento paralelo previamente chamado de Cúpula dos Povos, que terá a participação da sociedade civil”, pontual. Rio+20 “Além de representantes do Brasil, outros do Canadá, França, Japão, e de alguns países da América Latina já estão envolvidos nestas ações”, adianta o ambientalista. “Na Cúpula dos Povos, queremos que seja garantido que a economia verde seja avaliada como um interessante indutor de sustentabilidade, desde que abranja as questões sociais, além das ambientais, e tenha sempre presente a questão da qualidade de vida dos cidadãos, além da ecoeficiência.” Rio+20 Uma outra frente da sociedade civil rumo à Rio+20 se dará no âmbito do Fórum Social Mundial (FSM). A decisão foi tomada ao final da edição deste ano, em Dacar, no Senegal. Segundo o empresário e ativista da área de responsabilidade social, Oded Grajew, que integra o Comitê Internacional do FSM – que ocorrerá entre 27 e 31 de janeiro de 2013 (data sujeita a alterações) –, a edição internacional descentralizada do evento terá como principal pauta a temática ambiental, voltada à conferência. Protocolo de Kyoto/Quioto O Protocolo de Kyoto/Quioto é um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global. Protocolode Kyoto/Quioto O acordo é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvália, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC. Protocolo de Kyoto/Quioto Discutido e negociado em Kyoto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55 países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004. Protocolo de Kyoto/Quioto • As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente. • A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas: Protocolo de Kyoto/Quioto • Reformar os setores de energia e transportes; • Promover o uso de fontes energéticas renováveis; • Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção; • Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos; • Proteger florestas e outros sumidouros de carbono. Protocolo de Kyoto/Quioto Se o Protocolo de Kyoto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global. Macroambiente É notável o elevado grau de inter-relacionamento entre as variáveis de nível macro. Por exemplo, a variável econômica mercado de capitais é resultante de um composto de variáveis diversas, entre elas: • Política monetária (variável política) • Política de crédito (variável política) • Legislação fiscal (variável legal) • Taxa de juros (variável econômica) • Política econômica (variável política) etc. Em vista disso, esta malha das variáveis deve ser considerada como um todo. Contudo, com o propósito de facilitar a operacionalização da análise ambiental, dividiremos o segmento ambiental macroambiente em subsegmentos, que são formados por variáveis com características bastante similares (variáveis econômicas, políticas etc). Macroambiente É importante lembrar que não é, nem poderia ser, nosso propósito apresentar listas exaustivas para cada segmento ou subsegmento ambiental. Procuramos, contudo, mencionar as variáveis que, a nosso ver, parecem ser de maior relevância para os vários tipos de organizações: 1. Variáveis econômicas a) crescimento do PNB; b) balanço de pagamentos; c) reservas cambiais; d) balanço comercial; e) taxa de inflação; f) taxas de juros; g) estabilidade monetária; h) mercado de capitais; i) arrecadação (impostos federais, estaduais e municipais); j) distribuição de renda. Macroambiente 2. Variáveis sociais a) estrutura socioeconómica • percentual da população pertencente a cada segmento socioeconómico; • hiatos entre os diversos segmentos; • condições de vida de cada segmento (moradia etc); • estrutura de consumo de cada segmento; • estilo de vida de cada segmento: tendências; • sistema de valores de cada segmento; b) estrutura sindical • tipos de organização; • tipos de conflitos; • graus de participação; • características ideológicas; c) estrutura política • características ideológicas; • características organizacionais; • tipos e graus de participação. Macroambiente 3. Variáveis culturais a) índice de alfabetização; b) níveis de escolaridade; c) características da orientação educacional: tendências; d) estrutura institucional do sistema educacional: tendências; e) veículos de comunicação; estrutura institucional do setor; graus de concentração; regime de funcionamento; níveis de audiência e leitura: tendências. 4. Variáveis demográficas a) densidade populacional; b) mobilidade da população (interna); c) índice de natalidade; d) índice de mortalidade; e) taxa de crescimento demográfico = (c-d); f) taxa de crescimento populacional [(c-d) + imigração - emigração]; g) composição e distribuição da população segundo sexo, idade e estrutura familiar. Macroambiente 5. Variáveis políticas A. Fatores de poder a) partidos políticos; b) sindicatos; c) instituições religiosas; d) forças armadas; e) associações de classe; f) empresas multinacionais; g) empresas estatais; h) ministérios; i) secretarias de estado; j) Poder Legislativo; k) Poder Judiciário; l) Poder Executivo. B. Estrutura de poder a) regime de governo; b) importância relativa dos fatores de poder; c) tipos de relacionamentos entre fatores; d) tipos de participação dos fatores. Macroambiente • C. Resultantes da dinâmica da estrutura de poder • a) política monetária; b) política tributária; c) política de distribuição de renda; d) política de relações externas; e) legislação (federal, estadual, municipal); f) política de estatização; g) política de segurança nacional. • 6. Variáveis tecnológicas • a) capacidade para aquisição e desenvolvimento de tecnologia; b) proteção de patentes; c) ritmo de mudanças tecnológicas; d) orçamento de pesquisa & desenvolvimento; e) transferência de tecnologia. Macroambiente 7. Variáveis legais a) legislação tributária; b) legislação trabalhista; c) legislação comercial. 8. Variáveis ecológicas a) índice de poluição sonora; b) índice de poluição atmosférica; c) índice de poluição hidrológica; d) índice de poluição visual; e) legislação sobre uso do solo e meio ambiente. É oportuno lembrar que existe uma ampla gama de variáveis ecológicas a serem consideradas de acordo com o âmbito de atuação de cada organização. Microambiente O microambiente consiste em forças próximas à empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes. No entanto, essa tarefa não pode ser realizada apenas pelos gerentes de marketing. O sucesso deles depende de outros atores do microambiente da empresa, outros departamentos, fornecedores, intermediários de marketing, clientes, concorrentes e vários públicos que se combinam para construir o sistema de entrega de valor da empresa. Microambiente Empresa: Ao fazer seus planos de marketing, a gerência de marketing leva em consideração outros grupos da empresa, tais como a administração de topo, os departamentos de finanças, pesquisa e desenvolvimento, compras, produção e contabilidade. Todos estes grupos formam o ambiente interno e, em conjunto, têm um impacto sobre os planos e as ações de marketing. Segundo o conceito de marketing, todas essas funções devem “pensar no consumidor” e coexistir em harmonia para oferecer valor superior e satisfação ao cliente. Fornecedores: Os fornecedores são um elo importante no sistema geral de entrega de valor da empresa ao consumidor. Eles provêem os recursos necessários para a empresa produzir sus bens e serviços, e podem afetar seriamente o marketing. Os gerentes de marketing devem controlar os suprimentos, as greves e outras ocorrências podem prejudicar as vendas no curto prazo e a satisfação do cliente no longo prazo. O aumento dos custos dos suprimentos pode forçar também o aumento dos preços, prejudicando assim o volume das vendas da empresa. Intermediários: Os intermediários do marketing ajudam a empresa a promover, vender e distribuir seus bens aos compradores finais. Microambiente Clientes: A empresa deve estudar seus clientes de perto. Segundo Kotler, a empresa pode ter cinco tipos de clientes: O mercado consumidor(indivíduos e famílias), o mercado industrial (compra bens e serviços para processamento ou para usá-los em seus processos de produção), o mercado revendedor (compra para revender com lucro), o mercado governamental (órgãos do governo que compram bens e serviços para outros que deles necessitem), o mercado internacional (compradores estrangeiros, incluindo consumidores, produtores, revendedores e governos). Concorrentes: Os profissionais de marketing não devem apenas visar às necessidades dos consumidores-alvos; devem também alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra as de seus concorrentes na cabeça dos consumidores. Públicos: O ambiente de marketing da empresa inclui também vários tipos de público. O público é qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial ou que cause impacto na capacidade da empresa de atingir seus objetivos. Kotler apresenta sete tipos de públicos: público financeiro; público da mídia; público do governo; público de defesa do consumidor; público local; e o público geral. Recuperação de Áreas Degradadas DEFINIÇÃO A recuperação de áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da restauração ecológica. Restauração ecológica é o processo de auxílio ao restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. Um ecossistema é considerado recuperado – e restaurado – quando contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais.1 A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, em seu art. 2º, distingue, para seus fins, um ecossistema “recuperado” de um “restaurado”, da seguinte forma: Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: [...] XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original; XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original; Recuperação de Áreas Degradadas Para promover o processo de recuperação primeiramente é preciso identificar o local e o tipo de ecossistema a ser restaurado. É necessário também identificar o agente causador da degradação e se existe a necessidade de intervenções indiretas para a restauração. Para a recuperação são empregadas diversas técnicas que serão aplicadas de acordo com as condições da área degradada. Tipos de recuperação 1 – Condição da Regeneração Natural De acordo com o nível de degradação é possível que uma área se regenere naturalmente. No entanto, para que isso ocorra é necessário superar algumas barreiras que podem prejudicar o processo de regeneração, tais como: ausência de sementes para a colonização do local, falha no desenvolvimento de mudas jovens, falta de simbiontes, polinizadores, dispersadores, entre outros. Este método vem sendo amplamente indicado no caso de recuperação de áreas de preservação permanente. 2 – Plantio por sementes O plantio de sementes é outra técnica de regeneração. Para que seja bem sucedida, é preciso que seja empregada sob condições mínimas que permitam o processo de regeneração, favorecendo o recrutamento de embriões vegetais e permitindo a substituição de simbiontes e polinizadores faltantes. 3 – Plantio de mudas O plantio de mudas é uma das técnicas mais onerosas, do ponto de vista financeiro, porém uma das mais efetivas para regenerar uma área degradada. O plantio de mudas nativas, em geral, apresenta índices de alto crescimento, após 2 anos, em geral, a área já se encontra reestabelecida e em equilíbrio. Inovação e sustentabilidade A difusão de novas tecnologias é primordial para o crescimento sustentado dos resultados e aumento da produtividade, e é definida como a maneira que uma inovação é disseminada desde a sua primeira aplicação para outro país, região, indústria, mercado ou empresa. Os processos de inovação e seus impactos econômicos ainda são considerados deficientes considerando, por exemplo, as dificuldades de difusão e baixo índice de adoção de tecnologias fundamentais a setores críticos e com considerável potencial de contribuição para o desenvolvimento de soluções sustentáveis, como os setores químico, sucroenergético, transporte e de bens de consumo. “Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender.” Paulo Freire
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