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“VALORES” - FRANÇOISE CHOAY CHOAY, Françoise. Valores. In: A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: Editora UNESP, 2001, p. 116-123. O primeiro conceito apresentado é o valor nacional, considerado o mais importante entre eles, pois é fundamental para o entendimento de toda a relação afetiva do monumento histórico com a sociedade. O valor nacional desperta o sentimento de pertencimento e hierarquiza todo o sistema de valoração. É o engajador das sucessões propostas para a conservação do monumento, enquanto patrimônio, por meio da teoria dos valores através do seu poder subjetivo, noção de patrimônio público e nacional. O valor cognitivo, altamente educativo, é o portador da memória do patrimônio, verdadeira testemunha da história, da cultura e da formação de todo uma sociedade em específico. Introduz a noção do papel afetivo na preservação de uma memória viva, motivada pelo orgulho nacionalista instaurado. Em seguida, Choay traz o valor econômico do monumento histórico através a exploração turística e do sistema de industrialização implantada por meio de manufaturas, replicas reduzidas desses monumentos. O valor do patrimônio/monumento passa a ser economicamente definido e sua preservação a ser assegurada pelos lucros gerados através da exploração do seu potencial turístico. Economicamente falando, tomando a visão da valoração econômica, o patrimônio deve ser lucrativo e autossuficiente. O conceito de monumento histórico sempre foi atrelado ao conceito da economia, aspecto que está incrustado ao patrimônio até os dias de hoje na sua preservação. O último, porém não menos importante, dos valores é o valor artístico do patrimônio/monumento. A estética da arte é um conceito variável, significar um patrimônio pela estética deve ser avaliado com cautela, visto que o conceito de estética é mutável entre culturas e épocas diferentes, ressaltando que a importância do objeto/lugar não está em sua beleza, mas sim em sua significância perante a comunidade.
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