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- -1 AUDITORIA AUDITORIA E CONTROLE INTERNO Christiano Braga Lopes - -2 Olá! Você está na unidade .Auditoria e controle interno Conheça aqui os conceitos, princípios e a importância da ética e da responsabilidade social nas organizações. Você sabia que uma empresa ética e responsavelmente social contribui para os trabalhos de auditoria e controle interno? Você também vai entender a importância da qualidade, da estratégia e dos indicadores na avaliação de desempenho nas organizações. E conhecer qual o papel do controle interno nas organizações e sua importância para os resultados. Será que um controle interno robusto e eficaz facilitaria os trabalhos de avaliação da auditoria? Você vai conhecer os conceitos, os tipos e os papéis da auditoria, inclusive, nos principais processos de uma organização. Bons estudos! - -3 1 Introdução ao estudo das auditorias Quando agimos eticamente todo o meio é influenciado? Essa é o grande desafio que os gestores e líderes das organizações têm pela frente, qual seja, disseminar entre todos os colaboradores os princípios éticos que irão conduzir os negócios da organização, visando a promover uma cultura ética em todos os sentidos. - -4 1.1 Ética nas organizações A e suas escolhas estão intimamente ligadas àsética está representada nos atos corretos de cada homem suas possibilidades. Uma cultura antiética, que é implementada por um gestor, disseminada em seus colaboradores, com o consentimento de todos, pode identificar um típico caso de que a ética está relacionada à ontologia de cada ser humano. O que isto significa? Significa que a , ela fazética está dentro de cada um de nós parte do nosso “eu” e é confrontada por diversos padrões éticos diariamente. Segundo Pereira (2009, p. 16) “a salvação do sentido próprio, original, do homem passa necessariamente pela compreensão do seu ser ético como seu ser ontológico próprio: o homem é eticamente. O seu é o seu ”. Este entendimento é essencial,ethos ontos pois independente da cronologia de fatos, uma cultura implementada e fundamentada em ações antiéticas, certamente teria o mesmo resultado, se os envolvidos antiéticos agem em conjunto ou de forma isolada, como mostra a figura “Ética e seus princípios”. Figura 1 - Ética e seus princípios Fonte: 3D generator, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: Na imagem há um poste de madeira, com setas também em madeira, uma abaixo da outra. A ética aponta para a direita, em seguida a prestação de contas para a esquerda, a próxima traz os princípios virado para a direita, logo abaixo a integridade apontando para a esquerda e, por fim, os valores apontando para a direita. Assim, nas organizações, o conceito de ética evidenciou uma característica até então não muito disseminada, que é a de cooperação. Isso deve-se ao fato de caracterizarmos o ou umamundo corporativo como uma guerra selva se tornando, inclusive, um assunto que ganhou destaque nas últimas décadas com publicações notáveis. Ao fazer esta analogia devemos estar cientes de que estaremos nos distanciando mais ainda dos preceitos éticos, - -5 pois o foco central da corporação da guerra é adquirir poder e assegurar o sucesso ou vantagem competitiva a todo custo. O mercado empresarial, quando moldado para a competição em busca de vantagens para obter meios e recursos visando a um reposicionamento estratégico, tem com melhor alternativa desenvolver estratégias que sistematicamente que destroem ou desestabilizam as vantagens dos outros. O resultado é um mundo onde a sobrevivência parece depender de uma ética de matar ou ser morto. A competição também imperou de forma sólida dentro das organizações, em que os colaboradores eram estimulados a competir internamente entre eles. Desta forma, o novo desenho das organizações modernas é estruturado em forma de [...] sistemas de competição e colaboração simultâneas. As pessoas precisam colaborar na consecução de uma tarefa comum, mas muitas vezes são jogadas umas contra as outras em competição por recursos limitados, e progresso na carreira (MORGAN, 2002, p. 191).status Diante disso, como podemos estimular a competição e a cooperação entre os colaboradores internos e as próprias organizações? Esta junção é, na verdade, , poisuma estrutura complexa e extremamente dinâmica haverá variações que poderão influenciar negativamente o comportamento dos colaboradores, pois não estarão coerentes com os seus valores preestabelecidos. Morgan (2002, p. 210) identifica que [...] uma organização é simultaneamente um sistema de competição e de cooperação. A ênfase na racionalidade tenta unificar um sistema político que, em virtude da diversidade de interesses em que se baseia, sempre tem uma tendência latente a se mover em diversas direções e, algumas vezes, desmoronar. Assim, as organizações precisam pensar de forma sistêmica e entender que a ética, construída, a partir dos valores organizacionais, atua de forma suprema, na qual nenhuma diretriz pode ser descumprida gerando um processo antiético. Mas você deve estar pensando: qual a relação da ética com a auditoria? De acordo com o autor William Attie (2018, p. 13), “a função da auditoria deve ser exercida em caráter de entendimento e que o trabalho executado tenha e mereça a credibilidade possível, não sendo permissível existir qualquer sombra de dúvida quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor”. Desta forma, a ética e a moral devem ser o e de suas corporações, alicerçadas em seus valores, visto que, sem valores, não convémcentro das negociações falar de ética. Alguns valores e princípios devem ser supremos, pois “indicam a responsabilidade com o cumprimento das leis, a isenção no trato das questões públicas, a integridade moral e ética, a transparência e a eficiência” (MENDES, 2017, p. 92). - -6 Organizações que não envidam esforços para a preocupação nos padrões éticos e morais, certamente perdem credibilidade diante de uma sociedade mais conectada e informada das ações e decisões tomadas por seus agentes. As grandes corporações no campo ético são aquelas que criam seus normativos e não os sobrepujam aos interesses particulares e privados de cada um de seus representantes. A ética e suas diretrizes e princípios devem ser observados justamente na prática e nas ações de seus agentes, por isso, o desafio é grande, pois fazer o que é correto individualmente pode ser diferente diante de um comportamento frente a uma ação corporativa. Estas corporações passaram a se comunicar de forma mais eficaz com todos seus (interessados)stakeholders disseminando uma prática de ordem e de transparência em suas prestações de contas. Termos como (prestação de contas) ganharam importância e foram determinantes para oaccountability crescimento de diversas organizações que prestam contas a seus interessados. A é um dos principaiscapacidade de prestar contas e zelar pela transparência e governança corporativa critérios que aproximam as organizações dos cumprimentos éticos e morais. O mundo dos negócios é, antes de tudo, fundamentalmente cooperativo e a concorrência só é possível dentro dos limites dos interesses compartilhados em comum, e o que é de interesse comum é relacionado com os interesses da sociedade. Considerar os interesses da sociedade e de seus clientes como pressupostos fundamentais para a existência de determinada organização significa se comprometer com algo externo e que influencia, de alguma forma, seus processos e resultados internos. Assim, a ética precisa ser pensada de forma institucional, com foco nos interesses da sociedade. - -7 1.2 Responsabilidade social nas organizações A esta preocupação e compromisso da organização com a sociedade damos o nome de responsabilidade social. É por isso que podemos afirmar que a responsabilidade social só se torna significativa se os valores e padrões éticos estiverem assegurados produzindo confiança aos interesses públicos, ou ainda, da sociedade. Assim, a coerência da nas organizaçõesrecai e é validada diretamente peloaplicabilidade da responsabilidade social interesse público, que por sua vez, é a essência dos princípios constitucionais previsto em nossa Constituição de 1988, também conhecida como a Constituição Cidadã. Entretanto, o que percebemos no mercado é que a responsabilidade social é vista como um campo em contínuo entendimento de sua aplicabilidade pelas organizações, com múltiplos conceitos e visões. Diante disso, a responsabilidade social em alguns casos virou um “modismo” para as organizações atuais. O compromisso com a responsabilidade social deve ser medido e publicado para que a sociedade tenha conhecimento e valide que a prestação de serviços daquela organização possui compromissos sociais. É o que conhecemos por controle social. Assim, e por algumas medidas que conseguimos perceber em nível mundial, há um esforço das organizações para assegurar melhorias na eficiência, na produtividade e nos processos internos de trabalho, com foco na sociedade e na busca pela criatividade e inovação – o que certamente garantirá a excelência do serviço prestado à sociedade, como mostra a figura “A responsabilidade social". Fique de olho As organizações precisam se comprometer a divulgar com transparência os seus compromissos com a responsabilidade social, com indicadores voltados para a sustentabilidade, governança corporativa, entre outro. Nesse sentido, o Instituto ETHOS publica cartilhas de indicadores temáticos. - -8 Figura 2 - A responsabilidade social Fonte: EtiAmmos, Shutterstock, 2020 #PraCegoVer Na imagem há a economia, a sociedade, a sustentabilidade e o meio-ambiente como engrenagens: de um sistema chamado responsabilidade social. Por fim, as organizações devem buscar a integração com todos os seus envolvidos para compreender que tipo de negócio a sociedade busca e entende como essencial. Buscar soluções que estejam nos interesses de terceiros em detrimento dos interesses privados, por si só, já é uma característica de organizações que pensam no valor agregado final, valor percebido pelo cliente como fundamental. Esta, portanto, é a razão de existir de muitas organizações que entendem e cooperam de alguma forma com a sociedade e os demais .stakeholders - -9 2 Avaliação do desempenho empresarial Em um ambiente fluido, com características complexas e alto padrão de mudanças, as organizações buscam diversificar suas opções e ofertar algo inovador e de valor agregado ao cliente. Mas para você, o que seria promover algo inovador e proporcionar um valor final agregado? De acordo com a Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), inovação é A implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas (OCDE, 2005, p. 55). Perceba que a inovação necessita de uma ideia, de dados e informações, sejam internas ou externas, para que seja possível ser implementada em determinado cenário. Neste sentido, a OCDE (2005, p. 72) reforça que Dados sobre cada tipo de inovação podem ser coletados por meio de uma única questão ou por meio de uma série de subquestões em subgrupos separados para cada tipo de inovação. Esta última sugestão resultará em informações mais detalhadas sobre as inovações de cada empresa. Maiores detalhes sobre os tipos de inovação implementados pelas empresas seriam muito úteis para a análise e interpretação de dados. Desta forma, estes dados e informações precisam ser catalisados para que sejam interpretados inicialmente e, por conseguinte, serem transformados em ideias, que por sua vez, se traduzem em perspectiva de resultados, conforme podemos perceber na figura “Relação dos conceitos de dados, informação e conhecimento”. - -10 Figura 3 - Relação dos conceitos de dados, informação e conhecimento Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer A imagem mostra que conhecimento, dados, informação, resultado, filtro e interpretação estão: interligados e todas as atividades exercidas pela organização pertencem a um mesmo propósito. Fatores como liderança, foco nos clientes, formulação das estratégias e planos, elaboração e implementação dos processos, conhecimento e informações e, por fim, o alcance dos resultados, apenas será possível se o cliente perceber valor naquilo que a organização se propõem a fazer. Para Oliveira (2004, p. 23) As organizações são sistemas abertos sempre sujeitos a variáveis que o ambiente externo lhes coloca sob a forma de influências que lhes afetam o funcionamento e interferem diretamente no processo administrativo e, de forma clara, em todos os movimentos gerados no sentido de manter ou superar a qualidade atingida, a gestão, no desempenho do seu papel organizacional e informacional, tem de lidar cotidianamente com as consequências das variáveis do próprio ambiente interno e os arranjos que provocam, especialmente os que surgem quando ocorrem transformações sociais e afetam atitudes e comportamentos dos cobradores envolvidos. As para se posicionar no mercado buscando uma vantagem que lhesorganizações articulam estratégias assegure sobrevivência. Para Henderson (apud, MONTGOMERY; PORTER, 1998, p. 4), “o foco da estratégia é a busca deliberada de um plano de ação para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa”. Assim, para este plano de ação, como instrumento norteador da estratégia seja elaborado, é necessário que as organizações conheçam o ambiente interno, visando a potencializar suas forças, reconhecendo suas fraquezas, e - -11 o ambiente externo visando a aproveitar as oportunidades e inibindo as ameaças, como Henderson (apud, MONTGOMERY; PORTER, 1998, p. 4) reconhece, “para qualquer empresa, a busca é um processo interativo que começa com o reconhecimento de quem somos e dos que temos nesse momento”. Assim, podemos compreender que a manutenção da vantagem competitiva está cada vez mais imprevisível, visto que as necessidades dos clientes mudam a todo o momento em mercados completamente incertos. E qual o maior problema nisso? Diante desse dilema, incertezas e ambiguidades, as organizações adotam a para alcançarem seus resultados, preferindo recorrer ao conhecido e experimentado,racionalidade ferramentas ou processos que sempre deram certo, fazendo do jeito que as pessoas sempre aprenderam e foram aprovadas. Esta atitude suprime qualquer tipo de flexibilidade e sabota os processos de inovação. Para Oliveira (2004, p. 15), “a dedicação ao processo de melhoria deve ser constante e partir de todos os elementos da empresa com particular apoio da alta cúpula, para garantir seriedade de propósito e dedicação a longo prazo”. Este é o que podemos chamar de desempenho da empresa. Trata-se da relação do que foi planejado e alcançado, ou ainda, o previsto x realizado, e os meios para isso se chama, estratégia. - -12 2.1 Estratégia como vantagem competitiva A estratégia compreende a visão de futuro e a missão como objetivo supremo, junto aos objetivos principais ou estratégicos, e as políticas para canalizar seu alcance. Estas organizações se utilizam de elementos básicos para visando ao diferencial no mercado, são eles (HENDERSON, apud,compor seu plano estratégico MONTGOMERY; PORTER, 1998, p. 4) (1) capacidade de compreender o comportamento competitivo como um sistema no qual competidores, clientes, dinheiro, pessoas e recursos interagem continuamente; (2) capacidade de usar a compreensão para predizer como um dado movimento estratégico vai alterar o equilíbrio competitivo; (3) recursos que possam ser permanentemente investidos em novos usos mesmo se os benefícios consequentes só aparecerão a longo prazo; (4) capacidade de prever riscos e lucros com exatidão e certeza suficientes para justificar o investimento correspondente; (5) disposição de agir. Vamos a um exemplo: suponha que um programa do governofederal, através de uma política pública da área da saúde, resolva contemplar 80 soluções/equipamento de radioterapia para tratamento do câncer no país. Neste programa, algumas instituições inscreverão um projeto para tentar captar este recurso e adquirir o equipamento. Um dos hospitais, com referência na área de cardiologia, é contemplado e passa a atender 95% dos casos de câncer no Estado. Surge a possibilidade de um reposicionamento de mercado baseado na oportunidade criada. Aqui lembramos da Matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, traduzidas para o português, Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), como mostra a figura “Estratégia para o alcance de resultados”. Figura 4 - Estratégia para o alcance de resultados Fonte: Buffaloboy, Shutterstock, 2020. - -13 N#PraCegoVer: a imagem há a palavra swot com diversos desenhos em suas letras, cada um representando força, oportunidades, fraquezas. As organizações que possuem a predominância de forças e oportunidades se posicionam de forma ofensiva no mercado; as organizações que possuem predominância nas forças e ameaças, se posicionam de forma defensiva; as que concentram fraquezas e oportunidades se posicionam com debilidades, seja criativa ou de ação e; na concentração das fraquezas com ameaças, as organizações se encontram em um estágio de vulnerabilidade. Devemos considerar também “a comunicação externa à empresa, com seus fornecedores e clientes, para que se estabeleça um processo de retroalimentação do desempenho [...]” (OLIVEIRA, 2004, p. 27). Desta forma, entendemos que, na perspectiva interna, a organização possui processos de gestão operacional, processos de gestão que envolvem os clientes, os processos de inovação e os processos regulatórios e sociais, todos abordando questões do ambiente interno e externo. Neste sentido, o planejamento estratégico absorveu , desde a análise dos ambientes internos e externos, as variáveis envolvidasa condução da organização (pessoas, clientes, processos), as informações disponíveis e, por fim, o alcance dos resultados. É nesta perspectiva que as grandes organizações se lançam no mercado. Mas como avaliar o desempenho empresarial? Inicialmente é importante entendermos que medir o desempenho é como medir as competências ou metas de uma pessoa, dentro de um contexto específico, ao longo do tempo. Por exemplo: suponha que você atua como comprador em uma determinada empresa. Seu gestor, o gerente de compras, decide estabelecer algumas metas para avaliar o seu desempenho e, neste sentido, estabelece as metas, o prazo que será medido, o peso que cada meta terá na avaliação final e, por conseguinte, sua avaliação final, conforme podemos visualizar na tabela “avaliação de desempenho por metas”. Tabela 1 - Avaliação de desempenho por metas Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. - -14 Na imagem há uma tabela com seis colunas e cinco linhas representando a avaliação de#PraCegoVer: desempenho por metas. Em nosso exemplo, perceba que a meta com maior peso obteve o menor resultado, uma avaliação 2, em uma escala de 0 a 5. Entretanto, compreenda que na avaliação implicitamente estão as condições de trabalho, estrutura, equipamentos necessários, capacitação, motivação, liderança, entre muitas outras. No processo de avaliação de desempenho, caberá ao gestor, diante das metas traçadas e alcançadas, identificar as falhas ou complementos, recomendar treinamentos para que você, como colaborador, atingir o máximo possível de seu desempenho. É assim também com as empresas, avaliar o desempenho empresarial requer um procedimento sistemático e periódico, visando a assegurar o alcance dos objetivos planejados. Para isso, as organizações estabelecem indicadores de desempenho, que nada mais é do que um instrumento de medição. - -15 2.2 Indicadores de desempenho Um hospital, por exemplo, pode estabelecer indicadores que correspondam ao seu desempenho, como a taxa de ocupação em uma UTI, a média de permanência do paciente na maternidade, taxa de paciente residente no hospital (> 90 dias), entre outros. Em síntese, devemos compreender que é fundamental que os indicadores sejam direcionados para auxiliar a tomada de decisão. Analise o parecer do TCU acerca do tema. 9.1.1. À Secretaria-Geral da Presidência da República, em articulação com o Ministério da Economia, que estabeleça: [...] 9.2.2. Na pactuação de resultados de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, indicadores de desempenho que considerem o cumprimento de prazos para a prestação de serviços públicos (TCU, 2019a). Conseguiu compreender melhor? Os para oindicadores são essenciais para assegurar o monitoramento alcance dos resultados. É importante também que você compreenda que os indicadores também podem ser utilizados para a resolução de problemas e mitigação de riscos, a exemplo dos indicadores da incidência de queda do paciente, taxa de infecção hospitalar. A avaliação de risco é o processo de identificação e análise dos riscos relevantes para o alcance dos objetivos da entidade para determinar uma resposta apropriada. Podemos perceber a importância desta avaliação na administração pública, no parecer do TCU. Determinar que, no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias contados da notificação desta deliberação, a Agência Espacial Brasileira, [...], adote as providências cabíveis para: 9.3.1. Formalizar o seu planejamento estratégico, contemplando, no mínimo, a definição da identidade institucional (missão, visão e valores institucionais), a análise do ambiente interno e externo da organização e a definição de objetivos estratégicos e de planos de ação [...] 9.3.2. Reformular a sua cesta de indicadores, [...] 9.3.3. Formalizar e implementar o seu processo de gestão de riscos, compatível com a sua missão e os seus objetivos estratégicos, [...]. (TCU, 2017). - -16 Assim, dispor de identificação clara dos processos críticos, além de realizar um diagnóstico dos riscos nas diversas áreas da empresa, que permitam detectar a probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-las, é fundamental para os resultados da empresa. Assegurar que este processo esteja em prática é o desafio do controle interno. - -17 3 Controle interno O ambiente empresarial deve estabelecer as condições necessárias para o sistema de controle interno da organização, compondo disciplina e estrutura. Este ambiente deve demonstrar o degrau de comprometimento todos da organização com a qualidade dos instrumentos de controle instituídos, assim como ferramentas da qualidade para fortalecer o controle interno. - -18 3.1 Papel do controle interno Assim, o que podemos entender por controle interno? De acordo com o Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos (AICPA), nos Estados Unidos, (apud ATTIE, 2018, p. 239), o controle interno Compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração. Assim, o controle interno administrativo é de responsabilidade dos próprios gestores, atuando eticamente e em conformidade com as diretrizes institucionais. O tem, por sua vez, a função decontrole interno avaliativo avaliar a consistência, qualidade e suficiência dos controles internos implantados na empresa. Na administração pública, este controle interno avaliativo é previsto constitucionalmente, disposto em seu art. 74. Entretanto, devemos ter atenção que a “nomeação de um comitê pode simplesmente confundir a responsabilidade com inadequações de controle e permitir que gestores de linha fujam da sua responsabilidade” (COMER, 2011, p. 39). Foi o caso da Parmalat, em que mesmo passando por uma situação difícil, sob todos os pontos, suas demonstrações financeiras não refletiam isso;como também o caso da Enron, em que a empresa utilizou de estruturas complexas de capital para esconder que o fluxo de caixa era muito pequeno para suportar as grandes dívidas acumuladas (VAASSEN; MEUWISSEN; SCHELLEMAN, 2013). Por isso, o objetivo do comitê de controle interno deve ser de Agir independentemente como um cão de guarda acerca da segurança da empresa, assegurando-se que todos os ativos estejam protegidos, que operem com a devida propriedade, em estrita concordância com as leis e regulamentos, que ela seja transparentemente justa e honesta evitando controvérsias (COMER, 2011, p. 700). Para Attie (2018, p. 244), este objetivo é a “salvaguarda dos interesses da empresa, a precisão e a dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais, o estímulo à eficiênciaconfiabilidade operacional e a aderência às políticas existentes”. Por isso, devemos considerar que no ambiente interno são avaliados instrumentos de controle interno, código de ética, normas e diretrizes, a estrutura organizacional, processos, a política de recursos humanos e as responsabilidades, como mostra a figura “Controle interno”. - -19 Figura 5 - Controle interno Fonte: Photon photo, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer Na imagem há um círculo iluminado, com diversos pontos interligados, e ao centro a palavra: controle interno. Entretanto, não devemos sobrepujar a influência da condição humana no ambiente empresarial que, por vezes, a influencia negativamente sem se preocupar com padrões éticos, mas apenas por um reconhecimento social ou vantagens e benefícios individuais. “Um bom ambiente de controle é aquele em que as pessoas da organização estão conscientes da sua importância e agem de forma coerente a essa consciência” (VAASSEN; MEUWISSEN; SCHELLEMAN, 2013, p. 33). • Controle interno avaliativo Por sua vez, os controles internos avaliativos buscam, através de uma atividade sistemática e disciplinada, avaliar a melhor eficácia dos processos, considerando riscos, controle e governança. • Eficácia Para que possamos ter um controle interno avaliativo eficaz, precisamos assegurar a atuação independente e autônoma, sem interferências ou interesses diversos, ou seja, “[...] políticas abordando exigências éticas e enfatizando a necessidade de seu cumprimento por cada auditor” (INSTITUTO RUI BARBOSA, 2017, p. 29). • Independência • • • - -20 A independência está relacionada à autonomia de agir, devendo se “manter independentes, de modo que seus relatórios sejam imparciais” (INSTITUTO RUI BARBOSA, 2017, p. 29). • Exemplo Um comitê de ética que apenas apure as denúncias após autorização de um corpo diretivo, interfere diretamente nos trabalhos do controle interno, impedindo, assim, que atuem de forma independente e autônoma. Para termos um controle ético, necessariamente, a organização precisa ser ética, envolvendo todo o pessoal que a compõe. O conceito original destes comitês, pelas Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway e pelo Código de Melhores Práticas Cadbury, era de que ocupassem um lugar e tivessem um campo de atuação entre o conselho administrativo executivo da empresa e os auditores, fortalecendo a gestão, e não suprimindo as responsabilidades de quaisquer deles. Por isso, Comer (2011, p. 620) afirma que o papel do comitê de , “os quais se preocupavam principalmente com aauditoria deveria ir além dos padrões recomendados exatidão dos relatórios financeiros”, e complementa que seu trabalho deveria se pautar em “conduzir uma avaliação anual, ou certificação, do sistema de controle e não apenas se limitar aos aspectos financeiros”. O Microbank, por exemplo, um banco de microcréditos criado em 2007 e sediado na Espanha, possui 7 conselheiros, que destes, 5 são independentes. Vamos supor que você atue como membro de um setor de controle interno na fiscalização dos processos da cadeia de valor de suprimentos. Assim, é natural que os processos de estoques, compras, recebimento, inventário, entre outros, façam parte do seu plano de trabalho. Desta forma, o controle interno deverá comprovar se os estão sendo realizados, comprovar a existência de umainventários separação adequada entre as fases de recepção e armazenagem de produtos, comprovar se existe um controle padronizado para uma • Fique de olho O Microbank possui ainda um Comitê de Auditoria e Risco, formado por 4 conselheiros, sendo 3 deles, independentes. Acesse o regulamento do Comitê de Auditoria e Risco, e entenda melhor o funcionamento deste banco de microcréditos. - -21 armazenagem física adequada, se os processos de compras estão corretos (cotação de preços, negociação, fechamento e aprovação do pedido), avaliar os fornecedores, evidenciar se os custos estão sendo corretamente alocados, entre outros. Vamos supor que você atue como membro de um setor de controle interno na fiscalização dos processos da cadeia de valor de suprimentos. Assim, é natural que os processos de estoques, compras, recebimento, inventário, entre outros, façam parte do seu plano de trabalho. Desta forma, o controle interno deverá comprovar se os inventários estão sendo realizados, comprovar a existência de uma separação adequada entre as fases de recepção e armazenagem de produtos, comprovar se existe um controle padronizado para uma armazenagem física adequada, se os processos de compras estão corretos (cotação de preços, negociação, fechamento e aprovação do pedido), avaliar os fornecedores, evidenciar se os custos estão sendo corretamente alocados, entre outros. Acredite, as fraudes e os desvios podem vir de onde você não imagina. Em uma determinada auditoria interna no setor de almoxarifado, mais especificamente na dispensação de cartuchos de impressoras, foi evidenciado a dispensação de 37 cartuchos (de diferentes modelos) para o próprio centro de custo do almoxarifado, que possuía apenas uma única impressora e 3 funcionários. Foi constatado também que estas dispensações estavam ocorrendo de forma contínua e, detalhe, não foi evidenciada a entrega física dos cartuchos. Para o funcionário que estava promovendo estas “baixas no sistema” era simples, para fraudar ou promover indevidamente um ajuste por inventário, era mais “seguro” efetuar as “baixas” no próprio centro de custo, visto que esta prática apenas seria descoberta se houvesse um efetivo controle de custos pelo setor de controladoria (e mesmo assim relativamente difícil, visto não ter um expressivo valor financeiro envolvido) ou por um setor de controle interno, que avaliasse a cadeia de valor dos processos da empresa, como no caso exemplificado não havia nem um, nem outro, resta justificada a “segurança” da inconformidade. Neste sentido, “o objetivo do controle interno relativo ao estímulo à eficiência operacional visa prover os meios necessários à condução das tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e ação tempestiva e uniforme” (ATTIE, 2018, p. 248). O controle interno precisa, acima de tudo, focar na governança corporativa, formada pelos princípios do controle, tomada de decisão, responsabilidade, fiscalização, integridade e (prestação de contas), assim comocompliance na cadeia de valor de cada processo. - -22 4 Conceitos relacionados à auditoria Você sabe de onde vem a origem da palavra auditoria? Ela é derivada do latim, , que significa ouvir. Deaudire acordo com o dicionário Michaelis, o termo auditoria significa o exame analítico, minucioso, relativo às operações contábeis e financeiras de uma empresa ou instituição; auditagem. Corresponde também ao procedimento de análise, investigação e validação de um sistema, atividade ou informação. Em 1995, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou a Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 12, voltada para a auditoria. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (1995, p. 2), a auditoria corresponde “ao conjunto de que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controlesprocedimentos técnicos internos e dasinformações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade”. Assim, podemos definir auditoria como um processo sistemático para obter e avaliar o grau de conformidade das evidências coletadas , em consonância com um conteúdo e um planejamento pré-elaborado, visando alcançar os objetivos a qual, a própria auditoria, se propôs. - -23 4.1 Tipos de auditoria As auditorias podem ser internas, em que o trabalho é realizado por uma equipe de auditores internos do quadro de colaboradores da organização, que atuam na avaliação periódica das atividades operacionais e/ou estratégicas. A auditoria também pode ser externa, caso a organização deseje complementar os registros de avaliação, visando a dar mais fidelidade ao processo de avaliação. Assim, as auditorias também são privadas, realizadas por auditores habilitados pelos órgãos que os regulamentam ou registros oficiais; e, ainda, podem ser públicas, realizadas por auditores servidores públicos estáveis, que atuam especificamente na avaliação dos atos administrativos, previsto no Decreto n. 3.591/2000, como mostra a figura “Tipos de auditoria”. Figura 6 - Tipos de auditoria Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. Na imagem há um esquema com quatro colunas e 15 quadros representando os tipos de auditoria.#PraCegoVer: Em função do objeto a ser avaliado, as auditorias podem ser financeiras ou contábeis, relacionadas aos estados financeiros e contábeis das organizações, avaliando balanços, contas a receber, estoques, créditos, investimentos, imobilizado, empréstimos e financiamentos, conta fornecedores e prestadores de serviço, obrigações fiscais e sociais, provisões de contingências, patrimônio social, entre outros. As auditorias também podem ser administrativas, voltadas para a análise dos processos e controle interno das empresas. Em função do , a auditoria pode ser setorial, em função do setor econômico, ambiental, tecnologia, entreobjeto outras. As auditorias, tanto administrativa quanto financeira, podem servir de vários requisitos de avaliação por - -24 parte da empresa, e não apenas a conformidade dos processos. A atividade da auditoria precisa ser pautada na responsabilidade ética do auditor e do próprio processo de auditoria, seja financeira ou administrativa. Em função do , as auditorias podem ser completas, na qual a avaliação da equipe engloba aescopo de trabalho totalidade dos processos e operações da empresa, seja financeira e administrativa, e mobiliza as equipes setoriais da organização. Este tipo de auditoria, dependendo do porte da empresa, pode demorar meses de avaliação, ou ainda, dividida em períodos distintos, como, por exemplo, duas avaliações de 2 meses cada. A auditoria pode ainda ser parcial, abordando determinada operação da empresa, processo ou setor. Geralmente esta atividade é contratada como suporte ou reporte ao relatório emitido na auditoria completa. Em função da , as auditorias podem ser voluntárias, contratadas espontaneamente, e podem sermotivação também obrigatórias, que têm sua origem por força compulsória, quando leis, normativos ou regimentos determinarem a avaliação dos atos administrativos e financeiros da organização, como é o caso de algumas instituições a exemplo do próprio Sistema “S”, que é auditado internamente por seus conselhos fiscais e, ainda, pelos órgãos públicos de controle, como a CGU e o TCU. - -25 4.2 Papel da auditoria A história das auditorias nas organizações e nos Estados tem seu início incerto, sem consenso, mas é bem verdade que sua atuação recebeu evidência após a crise financeira de 1929, no Estados Unidos. De lá para cá, a auditoria começou a receber notoriedade com os benefícios que ela apresentava às tomadas de decisões e alcance dos resultados. Com o passar dos anos, as empresas a colocaram como um serviço de assessoramento , contribuindo, inclusive, nos planejamentos operacionais e estratégicos nas empresas. da alta direção As empresas privadas, desta forma, acostumaram a investir em melhorias nos processos internos de trabalho, educação continuada, dando ênfase nas boas práticas e busca pelos resultados — o que garantirá a excelência do serviço prestado. Na esfera pública, a atividade de auditoria é exercida pela Controladoria Geral da União (CGU), órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Federal (SCI), regulamentado pela Lei n. 10.180/2001 e pelo Decreto n. 3.591/2000. Vale destacar ainda a atuação do TCU, no âmbito do controle externo, n qual auxilia o Congresso Nacional na avaliação e fiscalização no governo federal. No art. 20, da Lei n. 10.180/2001, assim como no art. 2º, do Decreto n. 3.591/2000, determinam a finalidade do Sistema de Controle Interno. No artigo 3º, do aludido Decreto, é descrito o campo de atuação do SCI. Assim, a auditoria na administração pública visa a avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Sim, a administração pública exerce o controle e realiza auditorias em entes privados, caso haja repasse de recursos públicos, e ainda, anualmente a alguns entes de direito privado que possuem relação indireta com a administração pública, a exemplo dos entes do Sistema “S”, que apesar de não estarem vinculados às leis, precisam respeitar os princípios constitucionais. O ideal é que nas instituições conste em sua estrutura um e auditoriadepartamento de controle interno externa de tal forma que os processos de prevenção e controle mitiguem os riscos de desperdícios, seja por processos ineficazes como fragilidades nas equipes de trabalho. Portanto, devemos compreender e ter a clareza de entender a necessidade da abordagem dos controles na prevenção dos riscos inerentes às instituições. - -26 4.3 Papel da auditoria na avaliação dos principais processos da organização O principal processo das organizações irá variar de acordo com cada uma delas, inclusive, o foco da auditoria. Por envolver recursos e ativos, tangíveis e intangíveis, podemos destacar a área financeira, de compras, do imobilizado e dos estoques. Nos processos financeiros, o objetivo da auditoria é a de evidenciar que os fatos e ocorreram adequadamente e de forma embasada. A auditoriatransações efetuadas com ativos intangíveis avaliará se a organização possui instrumentos financeiros representados, substancialmente, por aplicações financeiras e empréstimos bancários, devidamente reconhecidos nos balanços patrimoniais, avaliará também a correta evolução do ativo intangível, se os passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicáveis, dos respectivos encargos, e variações monetárias e cambiais, avaliará a demonstração do resultados e os indicadores financeiros, a exemplo da liquidez líquida, liquidez seca, margem líquida, margem bruta, rentabilidade do patrimônio líquido, endividamento a curto prazo, entre outros. Na tabela “Indicadores financeiros” é possível analisarmos a evolução de alguns deles: Tabela 2 - Indicadores financeiros Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. - -27 #PraCegoVer: Na imagem há uma tabela com três colunas e sete linhas representando os indicadores financeiros. Nos processos de compras, geralmente a organização dispõe de um setor específico de compras para realizar os processos internos relacionados à aquisição de produtos, serviços, investimentos, entre outros. Assim, o setor de compras precisa estabelecer envolvendo o ambiente interno (processosfluxos de suprimentos e logística integrados) e externo (fornecedores). É no setor de compras que ocorrem diversos riscos para serem avaliados , a exemplo da compra em quantidade excessiva, adquirir produtos com valores superfaturados epela auditoria adquirir produtos com qualidade inferior. A auditoria poderá propor, nestes casos, respectivamente, “não autorizar as compras pelo setor de compras, mas pelo setor solicitante, [...]comparação de preço de compra comlista de preços antes de fazer a compra, [...] comprar de fornecedores pré-selecionados” (VAASSEN; MEUWISSEN; SCHELLEMAN, 2013, p. 158). De acordo com Vaassen, Meuwissen e Schelleman (2013, p. 159), “os preços das compras usados nesses pre-cálculos são, em geral, baseados em ofertas recebidas nas cotações de preços solicitadas”. Com relação ao ativo imobilizado, um dos critérios mais complexos de aferir corretamente, e que a equipe de auditoria deve avaliar, é a sua valoração inicial. Os ativos imobilizados, formados por máquinas, equipamentos, terrenos e construções, entre outros, devem ter sua valoração inicial mediante ao atendimento de alguns critérios específicos, dos quais é possível analisar mais profundamente no Pronunciamento Contábil 27, mais conhecido como CPC 27, que trata das definições, do alcance, do reconhecimento e mensuração do ativo imobilizado. É importante manter de verificação e uma escala de avaliação visando a promover aferir os registroscheck-lists dos estoques preventivamente. Para facilitar sua compreensão, analise a que uma auditoriaescala de pontuação pode considerar, ou até mesmo, a equipe de controle interno, nas tabelas “Instrumento de avaliação do inventário” e “Instrumento de avaliação de desvios”: Fique de olho O governo federal disponibiliza o registro de todas as aquisições de produtos ou serviços em uma plataforma para consulta e formação de preço base destes itens. A plataforma é denominada de “Painel de Preços” e é muito acessada para comparar preços de produtos homologados nos diversos estados e regiões do país. - -28 Tabela 3 - Instrumento de avaliação do inventário Fonte: VIEIRA; ROUX, 2012, p. 98. #PraCegoVer: Na imagem há uma tabela com duas colunas e cinco linhas representando o instrumento de avaliação do inventário. Tabela 4 - Instrumento de avaliação de desvios Fonte: VIEIRA; ROUX, 2012, p. 98. #PraCegoVer: Na imagem há uma tabela com duas colunas e cinco linhas representando os instrumentos de avaliação de desvios. - -29 Assim, podemos considerar com maiores riscos na área de estoques os furtos, fragilidade no inventário físico, erros nas entradas de notas fiscais, obsolescência do estoque derivada por um baixo giro de estoque, uma cobertura de estoque drasticamente baixa, podendo ocasionar a falta do suprimento e, ainda, registros desatualizados. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /2b4fea53bc6db452dfd8cd9204548e84 é isso Aí! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • perceber que a ética e a moral devem servir de base para todos os outros assuntos; • aprender o conceito de que as melhores empresas são aquelas que sobrepujam suas regras internas ou códigos de conduta para aumentar seu faturamento não merece prosperar; • entender como as organizações percebem suas avaliações de desempenho, a importância da qualidade, da estratégia e dos indicadores de desempenho na medição de sua evolução e busca pelos resultados; • compreender que uma organização preocupada em seu desempenho é mais suscetível a se preocupar, também, com seu controle interno; • conhecer e compreender a importância do controle interno nas organizações e, consequentemente, nos processos de auditoria; • entender que controle interno, por si só, é um controle de auditoria. Referências ATTIE, W. . 7 ed. São Paulo: Atlas, 2018.Auditoria: conceitos e aplicações BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br . Acesso em: 12 mar. 2020./ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm BRASIL. Decreto n. 3.591, de 6 de setembro de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03 . Acesso em: 12 mar. 2020./decreto/D3591.htm BRASIL. Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS . 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Brasília-DF, 2017.Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A2941% 2520ANOACORDAO%253A2017/DTRELEVANCIA%20desc,%20NUMACORDAOINT%20desc/1/%20? uuid=5ad564b0-aca0-11e9-b974-6b91939f4dba. Acesso em: 27 jan. 2020. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. . Brasília, 2013a. Disponível em: Acórdão n. 3.116/2013 https://pesquisa. */NUMACORDAO%253A3116%2520ANOACORDAO%apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/ 253A2013/DTRELEVANCIA%20desc,%20NUMACORDAOINT%20desc/0/%20?uuid=28f03430-ab1e-11e9-a85f- . 6108f2f9f713 Acesso em: 27 jan. 2020. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Acórdão n. 8118/2019 – TCU – 1ª Câmara. Brasília, 2019b. Disponível em: . http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/ata-n-28-de-13-de-agosto-de-2019-211443393 Acesso em: 27 jan. 2020. VAASSEN, E; MEUWISEN, R; SCHELLEMAN, C. TraduçãoControle interno e sistemas de informação contábil. Antonio Benedito Silva Olivera e Cecília Bartalotti. Revisão técnica Valéria B. C. Petrucci. São Paulo: Saraiva, 2013. 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Referências
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