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Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Em caso de compartilhamento este material foi criado por um aluno de medicina veterinária como forma de conhecimento pessoal e não foi revisado por um profissional graduado na área. Consulte um livro ou professor! Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Raiva - Doença viral aguda que atinge o sistema nervoso central de todos os animais de sangue quente causando uma encefalomielite fatal, tendo apenas como vetores e reservatórios todos os mamíferos da natureza. Agente Família: Rhabdoviridae Gênero: Lyssavirus (Lyssa do grego raiva) - Possuem a forma de um projetil de revolver e envoltório - Proteínas estruturais N – nucleoproteína: envolve fortemente o RNA P – fosfoproteínas M – Matriz G – Glicoproteína L – Polimerase do RNA Classificação do gênero Lyssavirus Genótipo Nome do vírus representativo Distribuição geográfica Genótipo 1 Raiva Mundial Genótipo 2 Lagos Bat (LBV) África Genótipo 3 Mokola (MOKV) África Genótipo 4 Duvenhage (DUVV) África Genótipo 5 European Bat Lyssavirus 1 (EBL1) Europa Genótipo 6 European Bat Lyssavirus 2 (EBL2) Europa Genótipo 7 Australian Bat Lyssavirus (ABL) Austrália Novos genótipos Aravan, Khujand, Irkut e West caucasian Ásia central Sensibilidade - sensível a detergentes, sabão - baixa resistência fora do hospedeiro - alta temperatura > 50°C durante 15min - luz solar, radiação ultravioleta Conservação - longos períodos de temperaturas de 4°C a -80°C . Quanto menor a temperatura dentro desses intervalos maior o tempo de conservação Epidemiologia - Infecção de pessoas aumenta a medida que a densidade de cães passa de 4,5 cães/km² - Anualmente a OMS estima 55 mil a 100 mil casos a maioria na Ásia e África isso é igual a uma fatalidade a cada 10 min. - Animais mais com maior suscetibilidade pode estar relacionada com as variantes existentes bem como a quantidade do vírus inoculada, porem dentre os grupos mais susceptível podemos citar as raposas, coiotes, chacais, lobos, certos roedores, gambás, guaxinins, morcegos, coelhos, bovinos, alguns membros da família Felidae e Viverridae. - Animais com suscetibilidade média são os cães domésticos, ovinos, caprinos, equinos e primatas não humanos. - Animais com baixa susceptibilidade são as aves. - No geral animais jovens são mais susceptíveis Replicação viral - brotamento O vírus se adere na célula hospedeira através das proteínas G e interagem com os receptores levando a fusão e internalização dos vírions ou por fagocitose. Dentro da célula dar-se inicio a transcrição do seu genoma e consequentemente sua multiplicação. Transmissão - principal via de transmissão é através da mordida devido a presença do vírus na saliva dos animais infectados. Pode ocorrer, mas é difícil a transmissão: - excretado ou exalado – animais em colônia grandes (morcegos) - aerógena – exposição de um hospedeiro susceptível a uma grande carga viral. - Ingestão de secreção ou tecido infectado - suspeita-se que em vacas, morcegos e gambás pode ocorrer transmissão transplacentária. - transplante de órgãos (no homem já ocorreu por transplante de córnea, rins, pulmões , fígado e pâncreas). Obs: em casos que não apresentem alterações neurológicas, não excluem o fato de infecção, pois já foi Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com encontrado a presença de vírus em saliva de animais que apresentavam saúde neurológica. Forma centrípeta -Transmissão através da mordida de animal infectado - Replicação nos miócitos e se disseminam para as terminações nervosas dos axônios para o SNC - Ocorre a multiplicação na medula espinhal atingindo rapidamente todo sistema nervoso - Atingindo o sistema límbico ocorre a perda do controle cortical e alterações comportamentais (raiva furiosa) Forma centrífuga - Disseminações do vírus dos nervos periféricos para os tecidos não neuronais - Envolvimento com as glândulas salivares sendo liberados pela saliva - Atingindo o córtex cerebral ocorre o desenvolvimento da raiva paralítica Ciclos Urbanos - Animais domésticos (cães, gatos) - Humanos Ciclos silvestres - Animais silvestres em geral os mamíferos Ciclos aéreo - Especialmente os morcegos Achados clínicos Bovinos Paralítica - dobramento das articulações dos boletos traseiros; Inclinação e oscilação dos quartos traseiros; desvio de cauda; paralisia do ânus; movimentos do bocejar; tentativas de urrar; decúbito; morte. Furiosa - tenso; alerta; hipersensível a luz e movimentos; urros altos; aumento da excitação sexual; tentativa de ataque a outros animais ou objetos; colapso repentino com morte em poucas horas. Caprinos e Ovinos - Se assemelham com os bovinos, mas podem apresentar: - Ovinos podem arrancar a própria lã e ter tremores e ficam quietos sem balido e anoréxicos - Já os caprinos ficam agressivos e com balido continuo. Equinos - Poucos sinais nervosos; com forma paralítica; postura anormal, relincho frequente; mordidas; escoiceamento; cólica; cegueira; convulsões e paralisia terminal Suínos Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com - Excitação e tendências a atacar; incoordenação; contrações do focinho; movimentos de mastigação e salivação, convulsões e caminhar para trás, paralisia terminal. Cães e gatos Alterações de comportamento - não atendem ao dono - pode ocorrer falta de apetite - procuram se esconder Agressividade; caminham sem rumo, sem desviar e atacam para frente, latidos e uivados; nos períodos finais podem ficar deitados ou de pé; não defecam. - Muda ou atípica – Pouca mudança de habito, comem pouco e se escondem e morrem entra 5-10 dias. Paralitica ou furiosa -Apatia; perda de apetite; indiferença; mugido ou latidos constante; tenesmo; salivação com dificuldade de deglutição; hiperexcitabilidade; movimentos desordenados da cabeça; tremores; incoordenação; decúbito com os opistótono, deficiência respiratória e pedalagem. Diagnóstico Clínico: insuficiente - Encefalite e mielite Laboratorial - Infiltrado inflamatório no SNC - Linfócitos - Plasmócitos - Corpúsculo de Negri nos neurônios Inclusões citoplasmáticas eosinofilia Células neurais Acúmulos de nucleocapsídeos (imagem recorte tecido do encefalo) Imunofluorescência direta - isolamento viral - teste em cultura celular Inoculação em camundongo PCR Amostras As amostras devem ser enviadas no gelo ou congeladas Histologia: metade do cérebro seccionado de forma mediossagital; medula espinhal; Gânglio salivar parótida. Virolgia (TAF, Bioensaio) ¼ do cérebro seccionado de forma mediossargital; Medula espinhal sagital. Diagnostico diferencial BOVINOS - Intoxicação por chumbo - Tetania de lactação - Deficiência de Vitamina A - Polioencefalomacia - Listeriose - Toxemia da prenhez - Louping-ill SUÍNOS - Pseudoraiva (Aujesky) - Doença de teschen - Peste suína africana - Menigite EQUINOS - Encefalomielite viral - mieloencefalopatia degenerativa equina - herpesvirus equino - neurite da cauda equina - Intoxicação por cavalinha - Encefalite japonesa - Botulismo CÃES - Alguns casos de Cinomose que podem gerar agressividade Profilaxia: Imunização Tipos de vacinas - Uso parenteral: Inativado (vacinação em massa) - Uso oral: vírus vivo modificado (silvestres); recombinante (Poxvirus ou adenovirus) Biossegurança e responsabilidade - Quarentena de 4 a 6 meses para cães importados - Vacinação de animal na quarentena - Controle de pequenos roedores - Vacinação em massa de animais Responsabilidades do veterinário - Internar animal suspeito e observar por 10 dias - preparar declaração de compromisso para o proprietário em caso de suspeita ou confirmação - Se vacinar Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com - Colaborar na organização, orientação e execução das medidas ao seu alcance para combate da raiva (urbana, rural e silvestre) Responsabilidade do cidadão da zona rural - Deve notificar ao serviço veterinário oficial a seretaria municipal de saúde a existência de: - Animais mortos ou com sinais de raiva - Mordeduras de morcegos nos animais - Morcegos mortos ou voando de dia - Animais de estimação que tenham entrado em contato direto com morcegos Cidadão de zona urbana Notificar a um medico veterinário ou a secretaria municipal de saúde a existência de: - pessoas mordidas por mocego - morcegos voando durante o dia - Animais de estimação que tenham entrado em contato direto com morcegos Tratamento - Animais: não há - Humanos: Vacina pós-exposição e soroterapia Obs: após o inicio dos sintomas não deve ser feito o tratamento; Após a mordida deve ser lavado o local com água e sabão; Soro anti-rabico pode se tornar uma alternativa para animais; notificação à órgãos reguladores é obrigatória
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