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ENCEFALOMIELITE EQUINA - MADARIAGA - DOENÇAS VIRAIS

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Madariaga 
ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – DOENÇAS VIRAIS 
-Vírus transmitido por mosquito que acomete o sistema nervoso 
central de equinos. Nesse caso, o vírus é um arbovírus. 
 
-Doença de notificação imediata de casos suspeitos. Vírus 
importante que causa desordem neurológica e que é difícil o 
diagnóstico clínico. 
-Estados Unidos, 1831: encefalomielite em equinos na Califórnia e 
casos humanos em Massachusetts. Foi denominado vírus da 
encefalite equina do leste. 
-Década de 20, Argentina: primeira descrição desse grupo na 
América do Sul, no município de General Juan Madariaga. 
-Brasil, 1040: houve relatos de 
infecção em equinos quando o 
Instituto de Biologia Animal do 
Ministério da Saúde iniciou a 
distribuição da vacina. 
-Hospedeiro amplificador são as 
aves e os terminais são humanos e 
equídeos. 
Obs.: febre amarela – hospedeiros 
amplificadores sucumbem por não 
ter havido o processo de 
coevolução entre o vírus e os hospedeiros amplificadores do Brasil, 
isso porque foi originado no continente africano. 
-Importância do vírus Madariaga no Brasil: 
1. Distribuição geográfica: amplamente distribuído no Novo 
Mundo, incluindo Brasil. 
2. Quadro clínico: epizootias de desordem neurológica em 
equinos e casos raros em pessoas (zoonose). 
3. Transmissão: ciclos enzoóticos envolvendo mosquitos e aves 
silvestres (difícil controle). 
-Etiologia: Alphavirus. Inicialmente foi separado em duas linhagens, 
mas foi visto que são vírus completamente diferentes, com 
nucleotídeos diferentes. 
 
-Proteínas do envelope responsáveis pela 
adsorção. Alphavirus são partículas virais 
de simetria icosaédrica envolta por 
envelope lipoproteico. 
-É sensível a agentes químicos (sabão, 
álcool, hipoclorito de sódio e detergente) e 
condições ambientais (calor e luz 
ultravioleta). 
-Estrutura do genoma: RNA fita simples polaridade positiva 
(replicação no citoplasma). Genoma codifica poli proteínas que são 
clivadas em proteínas estruturais (5) e não estruturais (3) podem ser 
utilizadas para diagnóstico. 
 
-Resumo da replicação viral: 
 
1. Adsorção e penetração: as partículas virais se ligam através 
de E1-E2 aos receptores celulares na membrana plasmática. A 
penetração ocorre via endocitose mediada por clatrina 
seguida pela acidificação das vesículas endossomais. 
2. Até 4, a acidificação endossomal desencadeia a fusão viral 
com a membrana endossomal e a liberação da partícula viral 
e depois genoma do ssRNA (+) no citoplasma. 
5. Montagem: novas fitas genômicas se integram aos 
nucleocapsídeos no citoplasma. 
6. Proteínas de envelope: sintetizadas e preparadas no sistema 
retículo endoplasmático e complexo de golgi. 
7. Egresso: ao passar pela membrana plasmática o envelope viral 
com as glicoproteínas. 
-Patogenia e sinais clínicos: principal forma de transmissão é 
hematofagia por mosquitos. Da mesma forma que o vírus se multiplica 
no mosquito no caso do vírus do oeste do Nilo ocorre aqui. 
 
• (a)Déficits de postura com aumento do polígono de 
sustentação; 
• (b)Déficits de nervos cranianos com paralisia facial; 
• (c)Deficiência de equilíbrio – equipamento de sustentação 
para apoiar cavalos paréticos e evitar decúbito prolongado. 
• (d)Lesões cerebrais inespecíficas que incluem infiltração 
perivascular de células inflamatórias. 
-Sinais clínicos: sonolência. A apatia e sonolência também são 
observada na doença do oeste do Nilo. Abdução dos membros 
relacionada a falta de equilíbrio. 
-Evolução do quadro: abdução dos membros, cegueira, fotofobia, 
ataxia, andar em círculos, decúbito lateral, decúbito esterno-
abdominal/ posição auto auscultação. 
-Década de 1960 – “Mal da roda”: atividade de chuva intensa pode 
estar relacionada com a atividade migratória de aves, afetando 
também essa parte do ciclo viral. 
 
 
-Um grupo monofilético norte americano (subtipo I) com altas taxas 
de mortalidade &70%), o que não ocorre na América Central e do Sul. 
Os subtipos II e IV da América Central e do Sul foram recentemente 
renomeados para vírus Madariaga. 
-Grande epizootia de desordem neurológica em equinos no nordeste 
brasileiro na década de 1940. Desde então, epizootias em equinos 
principalmente no nordeste são recorrente. Único registro de 
encefalite em humanos no Brasil da década de 1950. 
 
-Alta prevalência no MT e MS: 
 
-Hospedeiros amplificadores: bico de prata, japim, choca. 
-Vetores: Culex pedroi, Culex sissipes, Aedes fulvus. 
 
-Equídeos e humanos são hospedeiros acidentais (terminais). 
-Epizootiologia do vírus Madariaga no Brasil: evidências sorológicas 
e isolamento viral em aves, mamíferos e silvestres como roedores e 
répteis em diferentes regiões do Brasil mostram que o vírus está 
amplamente distribuído no Brasil. Apesar da disponibilidade de 
vacina para equinos, casos isolados e epizootias continuam 
acontecendo no sul, centro-oeste e nordeste do Brasil. 
-Criadouros de mosquitos do gênero Culex: água parada rica em 
matéria orgânica. São mosquitos ornitofílicos de elevada densidade 
populacional. 
 
-Diagnóstico clínico: doença neurológica em equinos, sonolência, 
doença sazonal (vetores), membros posteriores. 
-Diagnóstico hematológico: exame normal, leucopenia e as vezes 
linfopenia. As vezes, aumento de enzimas musculares e hepáticas e 
proteínas e células aumentadas em LCR. 
-Diagnóstico diferencial: raiva, babesiose, febre do Nilo, intoxicações. 
-Amostras a serem coletadas: sangue e SNC (fragmentos de cerebelo, 
córtex, hipocampo e medula espinhal). 
 
-Conservação de amostras: As amostras de soro e/ou sangue devem 
ser remetidas refrigeradas com a maior brevidade possível, se não, 
congeladas. Amostras de SNC devem ser congeladas se possível em 
gelo seco ou nitrogênio líquido. Fragmento conservado em formol 
também, se possível para imuno-histoquímica e histopatologia. 
-Diagnóstico laboratorial: 
• Laboratorial 
1. Demonstração do vírus ou antígenos virais em sangue e 
tecidos do SNC* • Isolamento viral • RT-PCR e sequenciamento 
2. Pesquisa de anticorpos (amostras pareadas)** • 
Soroneutralização ou teste de neutralização por redução de placas 
• ELISA (triagem) 
*Diagnóstico também por detecção de antígenos por 
imunofluorescência e imuno-histoquímica e demonstração de lesões 
em histopatologia. ** Outros métodos de diagnóstico sorológico 
menos específicos incluem Inibição da hemaglutinação e fixação de 
complemento.

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