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pdf_20220415_151904_0000

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• Reconhecimento da célula alvo; 
• Adsorção 
• Penetração 
• Descapsidação 
• Síntese macromolecular (replicação,
transcrição, tradução) 
• Montagem dos vírus 
• Saída da célula hospedeira 
Os vírus dependem de uma célula
hospedeira para realizar sua replicação. Cada
célula infectada pode produzir cerca de
100.000 partículas virais.
REPLICAÇÃO VIRAL 
AS ETAPAS DA REPLICAÇÃO
RECONHECIMENTO E ADSORÇÃO
Uma infecção viral se da pela
interação entre estruturas da
superfície viral com moléculas que
funcionam como receptores na
célula hospedeiro. A afinidade entre
tal receptor celular e a partícula viral
é define o tropismo tecidual, como
por exemplo a adsorção do vírus HIV
a superfície dos linfócitos T. Logo, a
adsorção é momento em que o vírus
interage com o receptor celular do
hospedeiro.
A ligação dos vírions a estes
componentes é mediada pela
Hemaglutinina.
Após a adsorção, os vírions são
internalizados por endocitose
mediada por clatrina e se localizam
em vesículas endocíticas que se
dirigem para o interior do
citoplasma.
Durante o trânsito, as vesículas são
acidificadas gradativamente pela
ação de ATPases, que bombeiam
prótons H+ para o seu interior.
Através das aberturas mediadas pela
M2 (proteína integral do envelope) os
prótons H+ penetram também no
interior dos vírions.
PENETRAÇÃO
processo de penetração na célula se
dá principalmente de duas maneiras
diferentes, entre os vírus envelopados
e não envelopados. Naqueles não
envelopados, os principais
mecanismos são:
• Endocitose: o vírus é englobado e
internalizado pela membrana
plasmática da célula hospedeira
•Viropexia: processo pelo qual as
estruturas hidrofóbicas do capsídeo
auxiliam o vírus ou o genoma viral a
deslizar pela membrana celular.
Naqueles envelopados, a entrada na
célula se dá por:
•Fusão do envelope viral e a
membrana plasmática:processo este
determinado pelo pH do ambiente
em que ocorrerá a fusão.
•Endocitose: para que a acidificação
do meio possibilite a fusão do
envelope e da membrana
endossomal, para posterior liberação
do nucleocapsídeo no citoplasma.
TIPOS DE PENETRAÇÃO
Penetração por fusão na superfície
celular
Vírus com envelope, penetram na
célula após fusão do envelope com a
membrana plasmática, evento que
ocorre na superfície celular.
A fusão resulta em um canal entre o
interior da partícula e o
compartimento citoplasmático,
através do qual o nucleocapsídeo
penetra no citoplasma, para isso
requer a ação de proteínas de fusão
presentes no envelope dos vírions.
REPLICAÇÃO VIRAL 
O genoma viral deve codificar
proteínas para três tipos de funções:
 Alterar a estrutura e/ou função da
célula infectada.
 Promover a replicação do genoma
viral.
 Promover a formação de partículas
virais
Período de eclipse: Tempo logo após
a entrada do vírus na célula, este
depende da multiplicidade de
infecção, cepa, tipo de célula e
condições fisiológicas.
Nesses vírus, o mecanismo de fusão
ocorre sob pH neutro, ou seja,
independe de acidificação, por isso,
são denominados pH-independentes.
Mecanismo é característico da
penetração de vários vírus
envelopados e alguns vírus sem
envelope.
A via endocítica parece ser o
caminho mais adequado para a
internalização dos vírus, devido á
algumas características;
BIOSSÍNTESE
DESCAPSIDAÇÃO/ DESNUDAMENTO
Penetração após endocitose
Endocitose é um processo fi
siológico comum à maioria das
células, além de assegurar a
internalização e o transporte dos
vírions aos locais de expressão
gênica e replicação.
Ocorre somente em células com
transporte de membrana ativo.
Penetração a partir dos
endossomos reduz os riscos de
detecção pelo sistema
imunológico, por não deixar
proteína virais expostas na
superfície celular.
A descapsidação ou desnudamento é
o processo de exposição do genoma
viral, para permitir os processos de
replicação, transcrição e tradução a
partir do conteúdo genético viral
original. 
A liberação do genoma pode ocorrer
a nível citoplasmático ou
intranuclear.
Dependendo do tipo de genoma, as
etapas que se seguem ao
desnudamento diferem entre os
vírus.
SÍNTESE DE MACROMOLÉCULAS
A expressão e a replicação do
genoma viral dependerão do tipo de
material genético que o vírus
apresenta sendo os vírus RNA os mais
propensos a mutações no processo.
A maioria dos vírus RNA se replicam
e sintetizam RNAm no citoplasma,
além disso, esses vírus codificam as
enzimas necessárias para sua
replicação, uma vez que a célula
hospedeira não possui maquinário
para replicar RNA, apenas o
transcreve e traduz.
Fitas de RNA viral podem ser ditas
positivas ou negativas quanto ao
sentido de tradução.Na tradução, os
vírus RNA (+) funcionam como
RNAm, podendo ser diretamente
traduzidos. Já os vírus RNA (-)
necessitam da formação de uma fita
positiva (RNAm) para a tradução das
proteinas.
O RNAt é utilizado para síntese de
uma cópia circular de DNA
complementar pela transcriptase
reversa, que é sintetizado no
citoplasma e migra para o núcleo. 
REPLICAÇÃO VIRAL 
Então, o DNA circular é integrado a
cromatina do hospedeiro. A
transcrição desse DNA
complementar, agora parte do
genoma da célula hospedeira, é que
culmina na replicação viral.
os vírus DNA não necessitam de
síntese própria de enzimas de
replicação ou transcrição, pois
podem interagir diretamente com a
maquinaria enzimática do
hospedeiro, sua replicação ocorre no
núcleo e a tradução no citoplasma.
Poxvirus, por exemplo, é um vírus
DNA que se replica no citoplasma e
produz suas próprias enzimas.
MONTAGE DO CAPSÍDEO
A tanscrição gênica é feita na
seguinte sequência:
 Tradução de genes precoces: são
genes não estruturais, que sintetizam
proteínas participantes do processo
de replicação.
 Tradução de genes tardios: São
aqueles genes quecodificam
proteínas estruturais.
vírus da classe II, o genoma DNA de
fita simples linear (parvovírus) ou
circular (circovírus) é, inicialmente,
convertido em fita dupla e transcrito
pela RNApolII (2).
Apenas as cadeias negativas dos vírus
da classe III (genoma RNA de fita
dupla) são transcritas pela
polimerase viral, originando os mRNA
(5).
O genoma dos vírus da classe IV (RNA
fita simples de polaridade positiva)
pode ser diretamente traduzido, em
toda a sua extensão (flavivírus,
picornavírus) ou parcialmente
(outros) (7).
Nestes, o restante dos mRNA são
produzidos pela transcrição do RNA
intermediário pela polimerase viral.
Nos vírus da classe V, o genoma RNA
de polaridade negativa é transcrito
pela polimerase presente nos vírions
(6).
Nos hepadnavírus (classe VII), os
mRNA são produzidos pela
transcrição do DNA viral pela
RNApolII e fatores celulares (3). 
Nos retrovírus (classe VI), os mRNA
são produzidos pela transcrição do
provírus DNA (uma cópia do RNA
genômico) pela RNApolII e fatores
celulares, após a integração do
provírus ao genoma celular (4).
Nos vírus da classe I, os promotores
virais são reconhecidos por fatores
celulares, e os genes são transcritos
pela RNApolII celular, resultando em
mRNAs traduzíveis pelos
ribossomos(1).
ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DE RNA
MENSAGEIROS (MRNA) E EXPRESSÃO
GÊNICA DAS DIFERENTES CLASSES DE
VÍRUS
A montagem dos capsídeosvirais se
dá através da associação entre as
proteínas estruturais sintetizadas em
formas tridimensionais capazes de
abrigar o genoma. O processo de
montagem começa quando a
concentração de proteinas
estruturais na célula é suficiente para
dirigir o processo
termodinamicamente, semelhante a
um processo de cristalização. 
REPLICAÇÃO VIRAL 
O processo pode ocorrer no
citoplasma ou no núcleo. As
estruturas podem ser montadas
vazias, ou podem se agrupar em
torno do genoma. Enzimas podem
facilitar o processo de montagem.
Nos vírus envelopados, as
glicoproteínas do envelope que
foram sintetizadas são
encaminhadas para a membrana
celular por um transporte vesicular. 
A aquisição do envelope ocorre com
a interação do nucleocapsídeo com
as proteinas matriz, na face interna
da membrana. 
As partículas virais adquirem o
envelope num processo de
brotamento.
O vírus deixa a célula envolto no
envelope formado a partir da
membrana do hospedeiro e suas
próprias proteínas.No processo de montagem, nem 
todos os vírus se formam
corretamente, muitas vezes são
formadas partículas incompletas,
estas não têm capacidade infecciosa
e de replicação.
liberação das partículas virais pode
ocorrer por lise celular, exocitose ou
por brotamento.
Os vírus não envelopados são
liberados com a lise celular. Para os
vírus envelopados, o processo de
brotamento é o principal
mecanismo, que não
necessariamente leva a morte celular.
Os vírus que adquirem seu envelope
diretamente da membrana
plasmática deixam a célula em um
processo de brotamento, aqueles que
adquirem o envelope a partir da
membrana de organelas
citoplasmáticas são liberados 
por exocitose.
LIBERAÇÃO DAS PARTÍCULAS VIRAIS
Representação esquemática do ciclo
de replicação do vírus da língua azul
(BTV)/vírus da peste equina africana
(AHSV). O vírus entra na célula pela
ligação de VP2 a receptores de ácido
siálico e endocitose mediada por
clatrina ou macropinocitose. O pH
ácido no endossomo causa a perda
de VP2 e medeia a permeabilização
da membrana de VP5, o que resulta
no desnudamento do vírion e na
liberação da partícula central
transcricionalmente ativa no
citoplasma da célula hospedeira. A
transcrição e tradução de proteínas
virais ocorre, utilizando a maquinaria
da célula hospedeira e as VIBs atuam
como locais de montagem para os
virions da progênie. As partículas de
núcleo montadas são então
trafegadas do VIB em vesículas
exocitóticas pela interação de NS3
com calpactina. As proteínas do
capsídeo externo VP5 e VP2 são
adquiridas durante este processo
para produzir vírions maduros.

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