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INTRODUÇÃO-ÀS-CIÊNCIAS-AMBIENTAIS

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SUMÁRIO 
1 CIÊNCIAS AMBIENTAIS ............................................................................ 3 
2 ECOLOGIA ................................................................................................. 4 
2.1 O início ................................................................................................. 4 
2.2 Após o século 20 .................................................................................. 8 
3 CONCEITOS BÁSICOS DE ECOLOGIA .................................................. 10 
4 ECOSSISTEMA ........................................................................................ 12 
5 Ecossistema e Bioma ............................................................................... 14 
5.1 Variedade de espécies ....................................................................... 16 
6 BIOSFERA ................................................................................................ 17 
7 CAMADAS DA TERRA ............................................................................. 18 
8 BIODIVERSIDADE ................................................................................... 19 
8.1 Por que a biodiversidade é importante? ............................................. 20 
8.2 Fatores que ameaçam a conservação da biodiversidade .................. 21 
9 QUAIS AS PRINCIPAIS AMEAÇAS À BIODIVERSIDADE? ..................... 22 
10 Problemas ambientais do Brasil ............................................................ 23 
11 Principais ameaças ................................................................................ 25 
11.1 Poluição e degradação do solo e o lixo ........................................... 25 
11.2 Agrotóxicos e a poluição no campo ................................................ 26 
11.3 Degradação do solo ........................................................................ 28 
11.4 Lixo ................................................................................................. 30 
11.5 Poluição da água ............................................................................ 32 
11.6 Poluição do ar ................................................................................. 35 
12 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL:ALTERNATIVAS E IMPASSES .. 
 ............................................................................................................... 37 
12.1 INDICE DE “DS” .............................................................................. 38 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 41 
13 LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................ 43 
 
 
 
1 CIÊNCIAS AMBIENTAIS 
 
Fonte: meioambiente.culturamix.com 
A preocupação com o meio ambiente deixou de ser interesse de grupos 
isolados. Hoje, a preservação da natureza é considerada essencial para garantir a 
permanência humana na Terra. Os desafios ambientais da sociedade exigem a 
formação de alguém preparado para lidar com questões relativas ao meio ambiente, 
à sustentabilidade, à biodiversidade, à geodiversidade e à bioeconomia. O trabalho 
dos profissionais das Ciências Ambientais pode abarcar atividades genéricas - como 
a confecção de estudos de impacto ambiental, planos de controle e a gestão de 
unidades de conservação (Parques Nacionais, florestas e Áreas de Proteção 
Ambiental - APAs). Também pode se dedicar a funções mais específicas, entre elas 
a elaboração de estudos de valoração de impactos, métodos e tecnologias para 
minimização dos efeitos adversos ao meio ambiente e projetos de sustentabilidade. 
 
2 ECOLOGIA 
 
Fonte: reverbe.net 
2.1 O início 
A Ecologia é a ciência que estuda o meio ambiente e os seres vivos que vivem 
nele, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das 
interações que determinam a sua distribuição. As interações podem ser entre seres 
vivos e/ou com o meio ambiente. A palavra tem origem no grego "oikos", que 
significa casa, e "logos", estudo. 
Como matéria pode ser dividida em Autoecologia (é um dos dois grandes ramos 
em que Schot dividiu a ecologia), Demoecologia e Sinecologia. Entretanto, diversos 
ramos têm surgido utilizando diversas áreas do conhecimento: Biologia da 
Conservação, Ecologia da Restauração, Ecologia Numérica, Ecologia Quantitativa, 
Ecologia Teórica, Macroecologia, Ecofisiologia, Agroecologia, Ecologia da Paisagem. 
Ainda pode-se dividir a Ecologia em Ecologia Vegetal e Animal e ainda em Ecologia 
Terrestre e Aquática. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_vivos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_ecol%C3%B3gicas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente_(ecologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estudo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoecologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demoecologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinecologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_da_Conserva%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_da_Conserva%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecofisiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agroecologia
 
O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua 
sobrevivência e reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo o 
seu comportamento, através do metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente e a 
sua qualidade determinam o número de indivíduos e de espécies que podem viver no 
mesmo habitat. Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o 
meio ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático de alteração do meio 
ambiente por organismos é a construção dos recifes de coral por minúsculos 
invertebrados, os pólipos coralinos. As relações entre os seres vivos do ecossistema 
também influenciam na distribuição e abundância deles próprios. Como exemplo, 
incluem-se a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a 
reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes 
espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o 
parasitismo e outras. 
 
 
Fonte: www.minhapos.com.br 
A maior compreensão dos conceitos ecológicos e da verificação das alterações 
de vários ecossistemas pelo homem levou ao conceito da Ecologia Humana que 
estuda as relações entre o homem e a biosfera, principalmente do ponto de vista da 
manutenção da sua saúde, não só física, mas também social. Com o passar do tempo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sobreviv%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recife
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Invertebrados
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3lipo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Competi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preda%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comensal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia_Humana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biosfera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde
 
surgiram também os conceitos de conservação que se impuseram na atuação dos 
governos, quer através das ações de regulamentação do uso do ambiente natural e 
das suas espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que 
promovem a disseminação do conhecimento sobre estas interações entre o homem e 
a biosfera. Há muitas aplicações práticas da ecologia, como a biologia da 
conservação, gestão de zonas úmidas, gestão de recursos naturais (agricultura, 
silvicultura e pesca), planejamento da cidade e aplicações na economia. 
Ecologia tem uma complexa origem, em grande partedevido a sua natureza 
multidisciplinar. Os antigos filósofos da Grécia, incluindo Hipócrates e Aristóteles, 
foram os primeiros a registrar observações sobre história natural. No entanto, os 
filósofos da Grécia Antiga consideravam a vida como um elemento estático, não 
existindo a noção de adaptação. Tópicos mais familiares do contexto moderno, 
incluindo cadeias alimentares, regulação populacional e produtividade, não foram 
desenvolvidos antes de 1700. Os primeiros trabalhos foram do microscopista Antoni 
van Leeuwenhoek (1632–1723) e do botânico Richard Bradley(1688-1732).] O 
biogeógrafo Alexander von Humboldt (1769–1859) foi outro pioneiro do pensamento 
ecológico, um dos primeiros a reconhecer gradientes ecológicos e fazer alusão às 
relações entre espécies e área. 
No início do século XX, a ecologia foi uma forma analítica de história 
natural.]Seguindo a tradição de Aristóteles, a natureza descritiva da história natural 
examina a interação dos organismos com o seu meio ambiente e suas comunidades. 
Historiadores naturais, incluindo James Hutton e Jean-Baptiste de Lamarck, 
contribuíram com obras significativas que lançaram as bases das modernas ciências 
ecológicas. O termo "ecologia" é de origem mais recente e foi escrito pelo biólogo 
alemão Ernst Haeckel no seu livro Generelle Morphologie der Organismen (1866). 
Haeckel foi um zoólogo, artista, escritor e professor de anatomia comparada. 
Por ecologia entendemos o corpo de conhecimentos sobre a economia da 
natureza, da investigação das relações totais dos animais com o ambiente inorgânico 
e orgânico; incluindo, sobretudo, suas relações amigáveis e hostis com aqueles 
animais e plantas com as quais entram diretamente ou indiretamente em contato – em 
uma palavra, ecologia é o estudo de todas as complexas inter-relações referidas por 
Darwin como as condições da luta pela existência. 
Definição de Haeckel citado em Esbjorn-Hargens 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambientalistas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Silvicultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3crates
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_alimentar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Produtividade_(ecologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antoni_van_Leeuwenhoek
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antoni_van_Leeuwenhoek
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Bradley
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia#cite_note-Odum05-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioge%C3%B3grafo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_von_Humboldt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gradiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia#cite_note-Kingsland04-8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Historiador
https://pt.wikipedia.org/wiki/James_Hutton
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Baptiste_de_Lamarck
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Haeckel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zo%C3%B3logo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia_comparada
 
Ernst Haeckel (Esquerda) e Eugenius Warming (Direira), dois fundadores da 
ecologia. 
As opiniões divergem sobre quem foi o fundador da teoria ecológica moderna. 
Alguns marcam a definição de Haeckel como o início, outros atribuem a Eugenius 
Warming com a escrita de Oecology of Plants: An Introduction to the Study of Plant 
Communities (1895). A ecologia pode também ter começado com Carl Linnaeus, 
principal pesquisador da economia da natureza no início do século XVIII. Ele fundou 
um ramo de estudo ecológico que chamou de economia da natureza. Os trabalhos de 
Linnaeus influenciaram Darwin no The Origin of Species onde adota a frase de 
Linnaues economia ou política da natureza. Linnaeus foi o primeiro a enquadrar o 
equilíbrio da natureza, como uma hipótese testável. Haeckel, que admirava o trabalho 
de Darwin, definiu ecologia com base na economia da natureza, o que levou alguns a 
questionar se a ecologia é sinônimo dos conceitos de Linnaues para a economia da 
natureza. 
A síntese moderna da ecologia é uma ciência jovem, que substancial atenção 
formal no final do século XIX e tornando se ainda mais popular durante os movimentos 
ambientais da década de 1960], embora muitas observações, interpretações e 
descobertas relacionadas a ecologia estendem-se desde o início dos estudos da 
história natural. Por exemplo, o conceito de balanço ou regulação da natureza pode 
ser rastreado até Herodotos (morto em 425 ac.), que descreveu mutualismo no Rio 
Nilo, quando crocodilos abrem a boca permitindo escolopacídeos remover 
sanguessugas. 
Contribuições mais ampla para o desenvolvimento histórico das ciências 
ecológicas, Aristóteles é considerado um dos primeiros naturalistas que teve um papel 
influente no desenvolvimento filosófico das ciências ecológicas. Um dos alunos de 
Aristóteles, Teofrasto, fez observações ecológicas sobre plantas e postulava uma 
postura filosófica sobre as relações autônomas entre as plantas e seu ambiente, que 
está mais na linha com o pensamento ecológico moderno. Tanto Aristóteles e 
Teofrasto fizeram observações detalhadas sobre as migrações de plantas e animais, 
biogeografia, fisiologia e seus hábitos no que poderia ser considerado um análogo do 
nicho ecológico moderno. Hipócrates, outro filósofo grego, também é creditado com 
referência a temas ecológicos em seus primeiros desenvolvimentos. 
O layout do primeiro experimento ecológico, observado por Charles Darwin 
em The Origin of Species, este for realizado em um jardim de grama em Woburn 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Haeckel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eugenius_Warming
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eugenius_Warming
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eugenius_Warming
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolus_Linnaeus
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Origem_das_Esp%C3%A9cies
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teofrasto
 
Abbey em 1817. O experimento estudou o desempenho de diferentes misturas de 
espécies plantadas em diferentes tipos de solo. 
De Aristóteles a Darwin o mundo natural foi predominantemente considerado 
estático e sem mudanças desde criação original. Antes do livro The Origin of 
Species teve pouca valorização ou entendimento das dinâmicas relações entre os 
organismos e suas adaptações e modificações relacionadas ao meio ambiente. 
Enquanto Charles Darwin é o mais conhecido por seus trabalhos em evolução, ele é 
também um dos fundadores de ecologia de solo. Em The Origin of Species Darwin faz 
nota a o primeiro experimento ecológico publicado em 1816 Na ciência que 
antecederam a Darwin a noção de evolução das espécies foi ganhando apoio popular. 
Este paradigma científico mudou a maneira que os pesquisadores se aproximaram 
das ciências ecológicas. 
 
 
Fonte: www.faculdadeespirita.com.br 
2.2 Após o século 20 
Alguns sugerem que o primeiro texto ecológico (Natural History of Selborne) foi 
publicado em 1789, por Gilbert White (1720–1793). O primeiro livro ecológico da 
América foi publicado em 1905 por Frederic Edward Clements. No livro, Clements 
passa a ideia que as comunidades de plantas são como superorganismos. Essa 
publicação lança o debate entre o holismo ecológico e individualismo que durou até a 
década de 1970. O conceito de Clements para superorganismo propõemquem os 
ecossistemas progridem por um regulado e determinado estágio de desenvolvimento, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gilbert_White
https://pt.wikipedia.org/wiki/Frederic_Edward_Clements
 
análogo aos estágios de desenvolvimento de um organismo, cujas partes função para 
manter a integridade do todo. O paradigma de Clements foi desafiado por Henry 
Gleason De acordo com Gleason, comunidades ecológicas se desenvolvem a partir 
da associação única de organismos individuais. Essa mudança de percepção 
colocado o foco para as histórias de vida de organismos individuais e como isso se 
relaciona com o desenvolvimento de comunidades. 
A teoria de superorganismo de Clements não foi completamente rejeitada, mas 
alguns sugerem que ela foi uma aplicação além do limite do holismo. Holismo continua 
a ser uma parte crítica da fundamentação teórica contemporânea em estudos 
ecológicos. Holismo foi primeiro introduzido em 1926 por uma polarizada figura 
histórica, um general da África do Sul chamado Jan Christian Smuts. Smuts foi 
inspirado pela teoria de superorganismo de Clement's e desenvolveu e publicou o 
conceito de holismo, que contrasta com a visão política do seu pai sobre o Apartheid. 
Quase ao mesmo tempo, Charles Elton pioneiro no conceito de cadeias alimentares 
no livro "Animal Ecology". Eltondefiniu relações ecológicas usando conceitos de 
cadeias alimentares, ciclos de alimentos, o tamanho de alimentos, e descreveu as 
relações numéricas entre os diferentes grupos funcionais e suas relativas 
abundâncias. 'ciclos alimentares' foram substituídos por 'teias tróficas `em posteriores 
textos ecológicos um texto posterior ecológico. 
Ecologia desenvolveu-se em muitas nações, incluindo na Rússia com Vladimir 
Vernadsky que fundou o conceito de biosfera na década de 1920 ou Japão com Kinji 
Imanishi e seu conceito de harmonia na natureza e segregação de habitat na década 
de 1950. Reconhecimento científico ou a importância das contribuições para a 
ecologia de outras culturas é dificultada por barreiras linguísticas e de tradução. 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Henry_Gleason&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Henry_Gleason&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jan_Christian_Smuts&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charles_Sutherland_Elton&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Vernadsky
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Vernadsky
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kinji_Imanishi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kinji_Imanishi
 
3 CONCEITOS BÁSICOS DE ECOLOGIA 
 
Fonte: crbio08.gov.br 
Como qualquer área da Biologia, a Ecologia é repleta de termos que são 
fundamentais para a compreensão de diversos temas. Sem o conhecimento correto 
do que se trata cada expressão, a interpretação do conteúdo pode ser incorreta. 
Diante disso, listamos a seguir alguns conceitos básicos em ecologia que são 
essenciais para a compreensão dessa área. 
Biomassa = Matéria orgânica que compõe o corpo dos organismos vivos. 
Biosfera = Regiões do planeta onde existem seres vivos. 
Biótopo = Área geográfica onde se encontra uma comunidade. 
Cadeia alimentar =. Representa a transferência de matéria e energia que se 
inicia sempre por um organismo produtor e termina em um decompositor. O fluxo é 
sempre unidirecional. 
 
Ciclo biogeoquímico = Conjunto de processos físicos, químicos e biológicos 
que permite aos elementos circularem entre os seres vivos e a atmosfera, hidrosfera 
e litosfera. 
Comunidade = Conjunto de populações de espécies diferentes que vive em 
uma mesma área geográfica. 
Consumidores = Seres que não são capazes de produzir seu próprio alimento 
e precisam alimentar-se de outro ser vivo para obter sua energia (heterotrófico). 
Decompositores = Seres que obtêm nutrientes e energia a partir da 
decomposição da matéria orgânica. 
Ecologia = Ciência que estuda as relações entre os seres vivos entre si e 
destes com o meio ambiente. 
Ecossistema = Local de interação entre seres vivos (fatores bióticos) e fatores 
físicos e químicos (fatores abióticos). 
Espécie = Organismos semelhantes capazes de reproduzir-se e produzir 
descendentes férteis. 
Habitat =. Local em que determinada espécie vive. 
Nicho ecológico = Papel ecológico de uma espécie em uma comunidade. 
Envolve seus hábitos alimentares, sua reprodução, suas relações ecológicas e outras 
atividades. 
Nível trófico = Posição que uma espécie ocupa em uma cadeia alimentar. 
Pirâmide ecológica = Representação gráfica do fluxo de energia e matéria em 
um ecossistema. 
População = Conjunto de seres vivos da mesma espécie que vive em 
determinado local. 
Produtores = Seres vivos capazes de produzir seu próprio alimento 
(autotróficos). 
Relações ecológicas = São as relações que os seres vivos possuem uns com 
os outros. Essas relações podem ser entre indivíduos da mesma espécie ou espécies 
diferentes. 
Teia alimentar = Conjunto de cadeias alimentares interligadas. 
 
4 ECOSSISTEMA 
 
Fonte: queconceito.com.br 
O ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido 
como um sistema composto pelos seres vivos (meio biótico) e o local onde eles vivem 
(meio abiótico, onde estão inseridos todos os componentes não vivos do ecossistema 
como os minerais, as pedras, o clima, a própria luz solar, e etc.) e todas as relações 
destes com o meio e entre si. 
Para que se possa delimitar um “sistema ecológico” ou ecossistema é 
necessário que haja quatro componentes principais: fatores abióticos, que são os 
componentes básicos do ecossistema; os seres autótrofos, geralmente as plantas 
verdes, capazes de produzir seu próprio alimento através da síntese de substâncias 
inorgânicas simples; os consumidores, heterotróficos – que não são capazes de 
produzir seu próprio alimento, ou seja, os animais que se alimentam das plantas ou 
de outros animais; e os decompositores, também heterotróficos, mas que se 
alimentam de matéria morta. 
A totalidade destes organismos interagindo em um determinado local de forma 
a criar um ciclo de energia (do meio abiótico para os seres autótrofos, destes para os 
 
heterótrofos e destes para o meio abiótico novamente) caracterizando os níveis 
tróficos da cadeia alimentar constitui um sistema ecológico ou ecossistema, 
independentemente da dimensão do local onde ocorrem essas relações. 
As dimensões de um ecossistema podem variar consideravelmente desde uma 
poça de água até a totalidade do planeta terra que pode ser considerado como um 
imenso ecossistema composto por todos os ecossistemas existentes (ecosfera). 
Mas não se deve confundir “ecossistema” com “bioma”. O bioma é 
geograficamente mais abrangente e é predominantemente definido de acordo com um 
conjunto de vegetações com características semelhantes além de outros requisitos 
(como a Mata Atlântica). 
Entretanto, como o ecossistema pode ser considerado em grande escala, as 
definições ficam um pouco confusas. Mas, geralmente para grandes extensões de 
território (de dimensões regionais) usa-se a denominação “bioma”. 
Os ecossistemas são classificados de duas formas: em ecossistemas terrestres 
e ecossistemas aquáticos. Ambos possuem o funcionamento parecido com apenas a 
diferença óbvia da quantidade de água entre um e outro o que faz com que comportem 
formas de vida completamente diferentes embora algumas possam compartilhar ou 
migrar de um meio para o outro. Aos locais onde os dois tipos de ecossistemas se 
encontram dá-se o nome de “wetlands”, no termo em inglês, que podemos chamar de 
“terras alagadas”. São regiões como o Pantanal Matogrossense e as regiões alagadas 
da Amazônia. 
 
 
Fonte: www.juventudect.fiocruz.br 
 
5 ECOSSISTEMA E BIOMA 
Quando se fala em ecossistemas e biomas, tratamos de conjuntos. Embora 
distintos nos seus elementos e abrangência, podemse sobrepor, interceder e se 
completar. 
Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes 
bióticos, como os organismos vivos: plantas, animais e micróbios, e os componentes 
abióticos, elementos químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. Estes 
componentes interagem através das transferências de energia dos organismos vivos 
entre si e entre estes e os demais elementos de seu ambiente. 
 
Fonte: www.internetdict.com 
Como são definidos pela rede de interações entre organismos, e entre os 
organismos seu ambiente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil 
determinar os limites de um ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a 
compreensão e possibilidade de investigação científica. Assim, temos, inicialmente, 
uma separação entre os meios aquáticos e terrestres. Então, ecossistemas aquáticos 
serão os lagos, naturais ou artificiais (represas), os mangues, os rios, mares e 
oceanos. Os ecossistemas terrestres serão as florestas, as dunas, os desertos, as 
tundras, as montanhas, as pradarias e pastagens. 
O bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
é o "conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de 
vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas 
http://ibge.gov.br/
 
similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade 
biológica própria". Em outras palavras, ele pode ser definido como uma grande área 
de vida formada por um complexo de ecossistemas com características homogêneas. 
 
 
Fonte: amoraleite.com 
Muitas vezes, o termo "bioma" é utilizado como sinônimo de "ecossistema" 
mas, diferente do ecossistema, à classificação de bioma interessa mais o meio físico 
(a fisionomia da área, principalmente da vegetação) que as interações que nele 
ocorrem. O perfil do local e a dimensão também importam na classificação: um 
ecossistema qualquer só será considerado um bioma se suas dimensões forem de 
grande escala. 
 
Por exemplo, existe o bioma da Mata Atlântica e, dentro dele, ecossistemas 
como a floresta ombrófila densa, a mata de araucária, os campos de altitude, 
a restinga e os manguezais. 
Um bioma é definido por um tipo principal de vegetação (embora num mesmo 
bioma possam existir diversos tipos de vegetação) e também de animais típicos, 
embora estes não influam tanto na definição. Os biomas brasileiros são a Amazônia, 
o Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, o Pampa e o Pantanal. 
5.1 Variedade de espécies 
Os ecossistemas são importantes para a vida no planeta, pois abrigam uma 
grande variedade de espécies. São plantas, mamíferos, insetos, pequenos seres e 
vegetais que formam um ambiente perfeito. 
A palavra Ecossistema vem do grego oikos, que significa casa; e systema, que 
significa onde se vive. Este é o termo usado para designar todo o conjunto das 
comunidades bióticas que habitam e interagem com uma determinada região do 
planeta. 
O ecossistema está presente na vegetação de cerrado, na floresta tropical, na 
mata ciliar, na caatinga e em todos os outros importantes ambientes do Brasil e do 
mundo. Neste cenário, as relações dos organismos formam comunidades de 
espécies. 
Vale dizer também que o conjunto de todos os ecossistemas do planeta 
Terra forma a Biosfera. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta_Ombr%C3%B3fila_Densa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta_ombr%C3%B3fila_mista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_de_altitude
http://pt.wikipedia.org/wiki/Restinga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manguezal
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/dicionario-ambiental/27275-entendendo-a-amazonia
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/biblioteca/27142-entendendo-o-cerrado
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/dicionario-ambiental/27121-entendendo-a-caatinga
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/dicionario-ambiental/27163-entendendo-o-pampa
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/dicionario-ambiental/27257-entendendo-o-pantanal
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
Cada ecossistema pode ter seres com um papel principal estabelecido, como 
produtor, consumidor ou decompositor de matérias. Por exemplo, as plantas são 
produtoras, os animais são consumidores e as bactérias são decompositoras. Isso 
significa que os ecossistemas possuem seres autótrofos e heterótrofos. 
Todo ecossistema também conta com cadeias alimentares, com consumidores 
primários, secundários, terciários, etc. Neste contexto, a energia é transferida de um 
nível trófico para o seguinte, ou seja, de um ser para outro. 
Um ecossistema só pode ser considerado saudável quando existe equilíbrio 
entre todos os seres que o compõem. Por isso, a poluição, o desmatamento e a 
agricultura podem ser extremamente prejudiciais para estes ambientes. 
6 BIOSFERA 
Biosfera significa esfera da vida. São as condições ambientais em que se 
processa a vida animal e vegetal da terra. É a camada do globo terrestre habitada 
 
pelos seres vivos. Contém o solo, o ar, a água, a luz, o calor e os alimentos, que 
fornecem condições necessárias para o desenvolvimento da vida. 
A camada da biosfera é mantida por elementos encontrados na atmosfera, na 
litosfera e na hidrosfera. Essas camadas, formadas por elementos sólidos, líquidos, 
gasoso e biológicos, constituem as quatro camadas da terra. 
A biosfera faz parte dos ambientes da terra que se relacionam entre si, isto é, 
são interdependentes, mas, a modificação de um deles provoca alteração nos 
demais e no conjunto. 
7 CAMADAS DA TERRA 
Biosfera - formada por elementos encontrados na atmosfera, na litosfera e na 
hidrosfera: o ar, a água, o solo, o calor, a luz e os alimentos 
Atmosfera - camada de gases que envolve a terra. Equilibra a temperatura do 
planeta contém oxigênio, nitrogênio e gás carbônico 
Hidrosfera - conjunto de todas as águas do planeta 
Litosfera - camada sólida (rochas e minerais) 
 
 
Fonte: www.mundobiologia.com 
O termo biosfera foi criado pelo geólogo Eduard Suess em 1875 e consiste no 
espaço povoado pelos seres vivos. Está incluída no âmbito da geosfera e é composta 
 
pela camada superior do solo (litosfera), as águas continentais e oceânicas 
(hidrosfera) e a atmosfera. 
O homem, como ser vivo faz parte da biosfera, interagindo com os outros seres 
vivos, algumas vezes de forma harmônica e outras vezes de forma desarmônica, 
causando constantes prejuízos para a vida da biosfera em geral. A devastação de até 
biomas inteiros, a pesca abusiva, a substituição dos ecossistemas naturais por áreas 
destinadas a monoculturas e pecuária, e o agronegócio em geral transformam a 
biosfera. 
O avanço da ocupação humana sobre os mais diversos ecossistemas causa 
impacto sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente estabelecem 
uma interação dinâmica, porém frágil. O grande dilema das sociedades modernas é 
conciliar o desenvolvimento tecnológico e a carência cada vez maior de recursos 
naturais com o equilíbrio da biosfera. 
8 BIODIVERSIDADE 
 
Fonte: www.iesa.ufg.br 
 
"Bio" significa "vida" e diversidade significa "variedade". Então, biodiversidade 
ou diversidade biológica compreende a totalidade de variedade de formas de vida que 
podemos encontrar na Terra (plantas, aves, mamíferos, insetos, microorganismos...). 
A biodiversidade possui três grandes níveis: 
1) Diversidade genética - os indivíduos de uma mesma espécie não são 
geneticamente idênticos entre si. Cada indivíduo possui uma combinação única de 
genes que fazem com que alguns sejam mais altos e outros mais baixos, alguns 
possuam os olhos azuis enquanto outros os tenham castanhos, tenham o nariz chato 
ou pontiagudo. As diferenças genéticas fazem com que a Terra possuauma grande 
variedade de vida. 
2) Diversidade orgânica - os cientistas agrupam os indivíduos que possuem 
uma história evolutiva comum em espécies. Possuir a mesma história evolutiva faz 
com que cada espécie possua características únicas que não são compartilhadas com 
outros seres vivos. Os cientistas já identificaram cerca de 1,75 milhões de espécies. 
Contudo, eles estão somente no começo. Algumas estimativas apontam que podem 
existir entre 10 a 30 milhões de espécies na Terra. 
3) Diversidade ecológica - As populações da mesma espécie e de espécies 
diferentes interagem entre si formando comunidades; essas comunidades interagem 
com o ambiente formando ecossistemas, que interagem entre si formando paisagens, 
que formam os biomas. Desertos, florestas, oceanos, são tipos de biomas. Cada um 
deles possui vários tipos de ecossistemas, os quais possuem espécies únicas. 
Quando um ecossistema é ameaçado todas as suas espécies também são 
ameaçadas. 
8.1 Por que a biodiversidade é importante? 
Qual é o valor de um metro cúbico de água liberado pela Floresta Amazônica, 
por evaporação, que retorna em forma de chuva, mantendo o clima úmido da região? 
Qual é o valor dos nutrientes acumulados nos troncos e nas cascas de árvores 
centenárias? Quais seriam os prejuízos provocados pelos incêndios na Amazônia se 
estes não se apagassem nas margens das florestas? Quanto vale um quilo de carbono 
que deixa de ser liberado para a atmosfera por estar estocado em suas florestas? 
 
Estas perguntas estão relacionadas ao valor do que pode ser chamado "serviço 
ecológico" fornecido pela floresta Amazônica. 
A importância desses serviços fica clara quando se projeta um cenário de 
"Amazônia desmatada". Se a maior parte da vasta extensão de floresta existente hoje 
fosse removida, além do desaparecimento de número enorme de espécies, a 
atmosfera da Terra passaria a ter muito mais gás carbônico, agravando o efeito estufa 
e o consequente aquecimento global. Portanto, a biodiversidade é uma das 
propriedades fundamentais da natureza por ser responsável pelo equilíbrio e pela 
estabilidade dos ecossistemas. Além disso, a biodiversidade é fonte de imenso 
potencial econômico por ser a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras, 
florestais e também a base da indústria da biotecnologia, ou seja, da fabricação de 
remédios, cosméticos, enzimas industriais, hormônios, sementes agrícolas. Portanto, 
a biodiversidade possui, além do seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, 
econômico, científico, educacional, cultural, recreativo.... Com tamanha importância, 
é preciso conhecer e evitar a perda da biodiversidade! 
8.2 Fatores que ameaçam a conservação da biodiversidade 
A perda da biodiversidade envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e 
científicos. 
A situação é particularmente grave na região tropical. Populações humanas 
crescentes e pressões econômicas estão levando a uma ampla conversão das 
florestas tropicais em um mosaico de hábitats alterados por ação humana. Como 
resultado da pressão de ocupação humana, a Mata Atlântica ficou reduzida a menos 
de 10% da vegetação original. 
Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são: 
 Perda e fragmentação dos hábitats; 
 Introdução de espécies e doenças exóticas; 
 Exploração excessiva de espécies de plantas e de animais; 
 Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de 
reflorestamento; 
 Contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes; 
Mudanças climáticas. 
 
9 QUAIS AS PRINCIPAIS AMEAÇAS À BIODIVERSIDADE? 
 
Fonte: www.vanialima.blog.br/2012/06/biodiversidade.html 
A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira 
agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo 
isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção. 
A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são 
desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das 
espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos 
próximos 30 anos. 
A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande 
quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é 
uma ameaça constante às florestas. 
A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua 
completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra 
e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção. 
A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a 
poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro 
mil lagos do país. 
 
A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas 
também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda 
uma área, região ou país. 
Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da 
Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no 
nordeste do país. 
O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, 
tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução. 
10 PROBLEMAS AMBIENTAIS DO BRASIL 
 
Fonte: animais.culturamix.com 
A ararinha-azul, Cyanopsitta spixii, espécie que só existia no Brasil, foi 
declarada extinta na natureza, restando apenas cerca de 70 indivíduos em cativeiro 
no mundo. Suas populações foram exterminadas pela caça e pela destruição de 
seu habitat pelo desmatamento. 
Os problemas ambientais do Brasil, aqueles que afetam o meio ambiente, 
são múltiplos, vastos e de enorme gravidade, prejudicando todos os seus biomas. 
Entre as principais ameaças estão a poluição da água, do ar e do solo, 
o desmatamento, o depósito e disposição de lixo em locais inadequados, a caça e a 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyanopsitta_spixii
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endemismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie_extinta_na_natureza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desmatamento_no_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desmatamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lixo
 
pesca predatórias, o desperdício de alimentos e de recursos naturais, e 
o aquecimento global. Todas elas têm sua raiz na explosão demográfica, na acelerada 
expansão urbana e agropecuária, e no proporcional aumento no consumo geral de 
recursos, podendo agir em separado, mas em geral fazendo-o em combinação, e 
desencadeiam uma série de impactos negativos sobre a biodiversidade, fazendo 
declinar populações, extinguindo espécies, privando-as de comida e abrigo, e 
provocando-lhes doenças, redução em seu crescimento, anomalias genéticas e outros 
males. 
Consequentemente, desencadeiam-se prejuízos variados para a sociedade, 
que em tudo da natureza depende para sobreviver, na forma de redução de fontes de 
alimento e energia, de serviços ambientais, de materiais de construção, de 
substâncias medicinais, de fibras, óleos, resinas, condimentos e outros recursos. 
Também prejudicam o homem diretamente, causando-lhe doenças e outros danos à 
sua saúde, finanças e bem estar. Toda a sociedade brasileira sente os efeitos 
combinados desses problemas, e sofrem mais os mais pobres, a despeito da 
existência de grossa legislação normativa e protetora. Várias são as políticas e os 
programas governamentais e privados dedicados à prevenção e combate às ameaças 
ambientais, mas no balanço eles têm se revelado pouco eficientes e pouco 
ambiciosos, visto que as ameaças se agravam dia a dia, sem que haja sinal de uma 
reversão em grande escala nas tendências atuais num futuro próximo. 
Fatores culturais, econômicos e políticos, que privilegiam a exploração 
predatória, imediatista,imprevidente e insustentável da natureza, além da ilegalidade, 
dificultam enormemente a aplicação e a eficácia das normas legais de monitoramento, 
fomento e proteção das espécies selvagens. A falta de educação ambiental e de 
consciência da população sobre o papel fundamental que a natureza desempenha na 
vida humana são outros agravantes desse contexto dramático, fazendo com que as 
projeções de futuro não sejam otimistas, embora o conhecimento exista e seja 
facilmente acessível, e embora os custos de transformação do modelo atual sejam 
baixíssimos comparados aos seus benefícios, especialmente na perspectiva de longo 
prazo. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desperd%C3%ADcio_de_alimentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_naturais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global
https://pt.wikipedia.org/wiki/Explos%C3%A3o_demogr%C3%A1fica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agropecu%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7os_ambientais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental
 
11 PRINCIPAIS AMEAÇAS 
 
Fonte: www.grengenhariaambiental.com.br 
11.1 Poluição e degradação do solo e o lixo 
Na definição da Política Nacional de Meio ambiente, poluição é "a degradação 
da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) 
prejudiquem a saúde, a segurança e o bem–estar da população; b) criem condições 
adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) 
afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou 
energias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos". São principais 
causas da poluição do solo o uso indiscriminado de pesticidas, herbicidas e 
fertilizantes nas lavouras, em conjunto denominados agrotóxicos, e nas regiões 
urbanizadas, o mau manejo do lixo e outros resíduos. Também são fatores relevantes 
os resíduos produzidos nas minerações, e, embora pontuais, os acidentes envolvendo 
descargas de substâncias poluentes, os quais, não obstante sua origem circunscrita, 
podem gerar danos em larga escala. 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pol%C3%ADtica_Nacional_de_Meio_ambiente&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesticidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbicidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizantes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agrot%C3%B3xicos
 
 
Fonte: naoapoluicaoalunos.blogspot.com.br 
11.2 Agrotóxicos e a poluição no campo 
O uso intensivo dos químicos na lavoura foi um resultado da modernização da 
agricultura, um processo acompanhado pela crescente mecanização. Essas 
substâncias não atuam somente sobre os fins para os quais são produzidas, mas são 
efetivamente venenos que contaminam o ambiente e os alimentos e, por 
consequência, os seres humanos que os consomem. Segundo Milaré, “a utilização 
dos agrotóxicos na agricultura tem determinado a poluição de praticamente todo o 
meio ambiente natural” 
Movimentos sociais e organizações ambientalistas promovem marcha e ato 
público em Brasília para lançar a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela 
Vida e protestar contra alteração do Código Florestal, 2011. 
Os agrotóxicos têm causado uma enorme série de problemas, extensamente 
documentados, tanto para o solo e o ambiente em geral quanto para a saúde humana, 
dentre os quais ressaltam o declínio da biodiversidade, incluindo de espécies úteis às 
próprias lavouras, como os polinizadores e a fauna microbial do solo; indução ao 
aparecimento de resistência biológica nas espécies-alvo dos pesticidas e herbicidas, 
que enseja o aparecimento de superpragas; eutrofização das águas pelo excesso de 
fertilizantes, envenenamento de alimentos e intoxicações no homem. Essas 
substâncias afetam todos os sistemas corporais, produzindo doenças como câncer, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polinizador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_(ecologia)
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Superpraga&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eutrofiza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ncer
 
teratogêneses, catarata, morte fetal, insuficiência hepática, encefalopatia, distonia 
vascular, esclerose cerebral, enfisema pulmonar, esterilidade, alterações neuro-
comportamentais, perturbações motoras, asma, alergias, duodenite, úlcera gástrica e 
muitas outras foram identificadas mais de 500 dessas substâncias nocivas presentes 
no corpo humano que não estavam lá na população que vivia antes de 1920. 
Esse problema tem gerado muitos protestos de entidades ambientalistas e da 
população, mas parece estar longe de ser solucionado, pois há fortes interesses 
políticos e econômicos em jogo e surgem constantemente denúncias de corrupção 
nas instâncias oficiais, desvirtuando a legislação, facilitando a liberação de produtos 
proibidos em outros países, minimizando exigências de fiscalização e dificultando o 
registro de casos de contaminação. Sérias deficiências na estrutura de licenciamento 
e de fiscalização também agravam o problema. Em 2012 havia apenas 90 fiscais do 
governo federal para cobrir todo o território brasileiro. Em 2015 a chefe de toxicologia 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ana Maria Vekic, admitiu que 
“não conseguimos acompanhar. Não temos o pessoal ou os recursos para o volume 
e a variedade de produtos que os fazendeiros querem usar”. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IBDC), grande 
parte dos alimentos cultivados no Brasil viola as regulamentações nacionais. Desde 
2008 o país é o campeão mundial de uso de agrotóxicos. Um relatório da Anvisa de 
2010 indicou que o produto mais contaminado era o pimentão, com 90% das amostras 
comprometidas. Outros produtos que indicaram elevados índices foram o morango 
(63% das amostras), o pepino (58%), alface (55%) e cenoura (50%). Beterraba, 
abacaxi, couve e mamão estavam contaminadas em 30% das amostras. Além disso, 
a pesquisa indicou que muitos deles apresentavam contaminação por substâncias não 
autorizadas pelo governo. Ainda segundo o IBDC, "desde 2007, quando o Ministério 
da Saúde do Brasil começou a manter uma série de registros mais recentes, o número 
de casos relatados de intoxicação humana causada por agrotóxicos mais que dobrou 
– de 2.178 naquele ano passou para 4.537 em 2013. O número anual de mortes 
ligadas ao envenenamento por esses produtos subiu de 132 para 206. Especialistas 
em saúde pública dizem que as cifras reais são maiores, porque o acompanhamento 
continua sendo incompleto". 
A contaminação do solo regularmente acaba contaminando os mananciais 
hídricos por infiltração até o lençol freático e por carregamento pela chuva até os rios 
e lagos, continuando ali a exercer seus impactos perniciosos à saúde humana à 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teratog%C3%AAnese
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarata
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte_fetal&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_hep%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Encefalopatia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Distonia_vascular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Distonia_vascular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Esclerose_cerebral&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enfisema_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esterilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Asma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alergia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Duodenite
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9Alcera_g%C3%A1strica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Nacional_de_Vigil%C3%A2ncia_Sanit%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_Defesa_do_Consumidor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Len%C3%A7ol_fre%C3%A1tico
 
biodiversidade. De acordo com Fabiano dos Santos, "tal contaminação, além dos 
danos que representa ao meioambiente, constitui um evento de difícil reparação, pois, 
dependendo da extensão do dano, sua descontaminação ensejaria um processo de 
reconstituição complexo e muito dispendioso". Alguns tipos de fertilizantes também 
emitem gases poluentes, como o óxido nitroso, que contribuem para exacerbar o 
fenômeno do aquecimento global. 
 
 
Fonte: muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br 
11.3 Degradação do solo 
A poluição é um dos fatores determinantes de um processo paralelo, 
a degradação do solo, que é definida como a redução de sua qualidade ou 
produtividade embora não seja o único. Outros são a erosão, principalmente derivada 
do desmatamento, que expõe o solo ao excesso de insolação e ao vento, ressecando-
o, e às chuvas, que o dissolvem e carregam para os leitos d'água, assoreando-os; 
as queimadas, que destroem muito da biodiversidade superficial; a construção de 
obras de infraestrutura, como estradas e urbanização; o pastejo excessivo na 
pecuária, e o manejo inadequado, especialmente no caso da irrigação, que pode 
provocar a salinização da terra. Esses fatores, atuando em separado ou em 
combinação, causam grandes perdas na biodiversidade do solo, incluindo a 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_nitroso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Degrada%C3%A7%C3%A3o_do_solo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desmatamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insola%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assoreamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queimada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Urbaniza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Irriga%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Saliniza%C3%A7%C3%A3o
 
biodiversidade microscópica, grande responsável pela produção e fixação de 
nutrientes necessários à sua fertilidade, gerando sérios prejuízos à agricultura e à 
pecuária. Solos por natureza frágeis ou rasos são particularmente sujeitos à 
degradação. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
A degradação do solo pode levar também a alterações nos sistemas hídricos e 
à desertificação, outro problema que já preocupa várias regiões do Brasil, em especial 
no Nordeste, e que em 2012 colocava 1,3 milhão de quilômetros quadrados sob 
ameaça, representando cerca de 15% do território brasileiro. Faltam dados exatos 
sobre a situação nacional, mas na América do Sul calcula-se que 244 milhões de 
hectares de solo estejam degradados, 41% devido ao desmatamento, 27,9% ao 
superpastejo, 26,2% a atividades agrícolas, 4,9% à exploração excessiva da 
vegetação. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutrientes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desertifica%C3%A7%C3%A3o
 
11.4 Lixo 
 
Fonte: sobretodasascoisastv.blogspot.com.br 
O lixo é uma das principais formas de poluição do solo, tendo efeitos também 
sobre a qualidade das águas e do ar. Desde o surgimento dos primeiros centros 
urbanos, a produção de lixo se apresenta como um problema de difícil solução. A partir 
da Revolução Industrial, com a intensificação da migração dos trabalhadores do 
campo para a cidade, aumentaram a produção e as dificuldades no manejo dos 
resíduos sólidos. Algumas características da sociedade contemporânea, como seu 
amor ao novo, o costume de usar produtos descartáveis em vez de recicláveis, o 
sistema de produção que prevê a obsolescência programada de inúmeros itens de 
consumo, tornando-os inúteis em pouco tempo e necessitando reposição, as grandes 
taxas de desperdícios de materiais e recursos naturais, contribuem para que hoje haja 
enorme produção de lixo de várias naturezas. As principais fontes do lixo, na definição 
do portal Ambiente Brasil, transcrita integralmente, são: 
 "Lixo doméstico: é aquele produzido nos domicílios 
residenciais. Compreende papel, jornais velhos, embalagens de 
plástico e papelão, vidros, latas e resíduos orgânicos, como restos 
de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais e outros. 
 "Lixo comercial e industrial: é aquele produzido em 
estabelecimentos comerciais e industriais, variando de acordo com 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Obsolesc%C3%AAncia_programada
 
a natureza da atividade. Restaurantes e hotéis produzem, 
principalmente, restos de comida, enquanto supermercados e lojas 
produzem embalagens. Os escritórios produzem, sobretudo, 
grandes quantidades de papel. O lixo das indústrias apresenta uma 
fração que é praticamente comum aos demais: o lixo dos escritórios 
e os resíduos de limpeza de pátios e jardins; a parte principal, no 
entanto, compreende aparas de fabricação, rejeitos, resíduos de 
processamentos e outros que variam para cada tipo de indústria. 
Há os resíduos industriais especiais, como explosivos, inflamáveis 
e outros que são tóxicos e perigosos à saúde, mas estes 
constituem uma categoria à parte. 
 "Lixo público: são os resíduos de varrição, capina, raspagem, 
entre outros, provenientes dos logradouros públicos (ruas e 
praças), bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de 
cerâmica, entulhos de obras e outros materiais inúteis, deixados 
pela população, indevidamente, nas ruas ou retirados das 
residências através de serviço de remoção especial. 
 "Lixo de fontes especiais: é aquele que, em função de 
determinadas características peculiares que apresenta, passa a 
merecer cuidados especiais em seu acondicionamento, 
manipulação e disposição final, como é o caso de alguns resíduos 
industriais antes mencionados, do lixo hospitalar e do radioativo". 
 
 
Fonte: projetosejafeliz.com 
11.5 Poluição da água 
A poluição hídrica consiste em modificações de origem humana nas 
propriedades físicas e químicas da água capazes de provocar danos aos seres 
humanos e ou à vida selvagem, incluindo-se aqui tanto rios e lagos como os 
mananciais subterrâneos e o mar. Suas causas principais derivam do lixo 
e esgotos urbanos e de substâncias usadas na agricultura e indústria, que são 
lançados diretamente nas águas ou lá acabam parando levados pelas chuvas ou por 
infiltrações. Acidentes com despejos de substâncias nocivas em geral têm um impacto 
limitado, mas às vezes desencadeiam efeitos de grandes proporções com reflexos em 
vários ambientes associados. É um exemplo o derramamento de lama tóxica ocorrido 
em 2015 no rio Doce pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, que 
provocou pelo menos 17 mortes e prejudicou severamente a biologia de todo o rio 
abaixo do ponto do acidente, além de destruir uma vila, gerar grandes prejuízos 
econômicos e sociais e contaminar uma grande área de oceano e praias além da sua 
foz, sendo considerado o maior desastre ambiental da história do país. Também são 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esgotos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Doce
https://pt.wikipedia.org/wiki/Samarco
 
consideradas formas de poluição a contaminação salina e a mineralização dos 
mananciais. O crescimento acelerado da população humana, com o aumento na 
demanda de água para consumo e outras atividades, reduz os estoques disponíveis, 
aumentando o problema porque menores quantidades de líquido são menos capazes 
de diluir os contaminantes. 
 
 
Fonte: exame.abril.com.br 
Esses materiais podem simplesmente envenenar a água com substâncias 
tóxicas, como os pesticidas usados nas lavouras, e efluentes industriais que 
contenham por exemplo metais pesados ou fármacos, ou podem estimular o 
crescimento de populações microscópicas que desequilibram o ambiente aquático 
consumindo grandes quantidades de oxigênio e emitindo outras substâncias tóxicas 
como subproduto do seu metabolismo, prejudicando as outras formas de vida. Neste 
caso se incluem os esgotos e fertilizantes agrícolas, que representam para algas, 
fungos e bactérias um grande aporte de nutrientes, fazendo com que suas populações 
se multipliquem explosivamente, num processo chamado eutrofização. NoBrasil 
poucas atividades produtivas têm controle eficiente de seus efluentes líquidos e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mineraliza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o_humana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesticidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metais_pesados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_ativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Algas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eutrofiza%C3%A7%C3%A3o
 
resíduos sólidos, e os sistemas de tratamento são ainda mais precários. Isso vale 
especialmente para os esgotos urbanos, que no caso brasileiro são os poluentes mais 
importantes, sendo raras as cidades com coleta e tratamento dentro de níveis 
aceitáveis. Existem vários marcos legais que protegem especificamente as águas, 
nascentes e mananciais, bem como a natureza em geral, mas tipicamente eles ou são 
desconhecidos ou têm baixa adesão da população. A impunidade, mais a notória 
lentidão e a frequente inconsistência dos processos de licenciamento ambiental são 
agravantes do problema. Um relatório da Defensoria da Água em parceria com a 
Caritas e a UFRJ indicou que entre 1994 e 2004 os níveis de poluição hídrica no Brasil 
aumentaram em cinco vezes. 
Em junho de 2015 chamou a atenção nacional um episódio de grande produção 
de espuma no rio Tietê, um dos mais poluídos do Brasil. A imagem mostra a ponte 
sobre o rio na cidade de Pirapora de Bom Jesus, na região metropolitana de São 
Paulo. As espumas ultrapassaram a altura da ponte e invadiram casas e ruas na beira 
do rio. Já havia ocorrido episódio semelhante em fevereiro do mesmo ano e, de acordo 
com a Prefeitura de Pirapora, o problema se repete periodicamente há trinta anos. 
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, o fenômeno se deve ao 
despejo de esgoto doméstico não tratado contendo grandes quantidades 
de detergente não biodegradável, e piora no período de estiagem devido à baixa 
vazão da água, que não é suficiente para dissolver os poluentes. 
As consequências da poluição hídrica são vastas, sendo um dos mais graves 
desafios ambientais contemporâneos. A água é o ambiente de vida para muitos seres 
vivos e o desequilíbrio em suas condições necessariamente os afeta de variadas 
maneiras. Quando não causa morte imediata, pode provocar distúrbios de 
crescimento, de comportamento, alterar os ciclos de alimentação e reprodução, e 
produzir malformações congênitas e mutações genéticas. Ao mesmo tempo, uma 
água de má qualidade representa ameaça direta para o homem, que dela depende 
para viver, e para todos os outros animais que dela fazem uso. Isso gera repercussões 
negativas em amplíssima escala, que podem estar muito distantes de suas origens 
primeiras. Com o impacto negativo sobre a biodiversidade aquática — peixes, 
crustáceos, moluscos, vegetação, além de répteis, mamíferos, aves e outras formas 
de vida que ali florescem —, o homem é prejudicado de outras formas, pois dos rios, 
lagos e do mar a sociedade obtém alimentos que estão na dieta de grande parte da 
população. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Licenciamento_ambiental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tiet%C3%AA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pirapora_de_Bom_Jesus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_metropolitana_de_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_metropolitana_de_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Ambiental_do_Estado_de_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Detergente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodegrad%C3%A1vel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Malforma%C3%A7%C3%B5es_cong%C3%AAnitas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muta%C3%A7%C3%B5es_gen%C3%A9ticas
 
Águas poluídas muitas vezes são veículos de doenças, como o cólera, a febre 
tifóide, shingelose, amebíase e outras parasitoses. Criações de gado, aves e outras, 
servidas com águas contaminadas, são prejudicadas diretamente e transmitem muitas 
vezes a contaminação para o homem quando este as transforma em alimento. A 
poluição hídrica também prejudica o turismo, os esportes aquáticos, o lazer, 
a higiene humana e os usos industriais, demonstrando-se assim a enormidade do 
problema. Ele é piorado com o desmatamento das matas ciliares, que causam erosão 
das margens e assoreamento dos leitos, complicando a navegação, 
alterando habitats de muitas espécies e aumentando o risco de enchentes. 
 
 
Fonte: www.arionaurocartuns.com.br 
11.6 Poluição do ar 
A poluição do ar é um problema principalmente urbano, e divide-se em duas 
categorias principais, a do material particulado (poeiras ou aerossois), e a dos 
gases/vapores tóxicos.[49] O material particulado, termo que designa material de 
origem diversificada dividido em pequenas partículas, é um dos poluentes 
clássicos na definição da Organização Mundial de Saúde (OMS). É originado de 
processos industriais e produtivos, como a cinza e a fumaça geradas 
pela combustão de madeira e carvão nos lares e em siderúrgicas e metalúrgicas, 
obras de engenharia que usam cimento ou movimentam grandes quantidades de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_tif%C3%B3ide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_tif%C3%B3ide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Shigella
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ameb%C3%ADase
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esportes_aqu%C3%A1ticos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Higiene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_ciliar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat
https://pt.wikipedia.org/wiki/Problemas_ambientais_do_Brasil#cite_note-Almeida-49
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_de_Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fuma%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cimento
 
terra, a poeira gerada na exploração e transporte de minérios, e a poeira de rua 
levantada pelo vento, que pode conter substâncias tóxicas e metais pesados. Estas 
partículas existem em vários tamanhos, todos muito pequenos, medindo até 
100 mícrons de diâmetro. As mais perigosas para o homem medem até 10 mícrons, 
e sendo inaláveis, causam problemas no aparelho respiratório. Conforme sua 
composição, algumas partículas têm a capacidade de carregar substâncias tóxicas 
para dentro do organismo. Também o afetam pelo acúmulo físico, causando males 
derivados de obstrução das vias aéreas. 
 
 
Fonte: oglobo.globo.com 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metais_pesados
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%ADcron
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_respirat%C3%B3rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_a%C3%A9reas
 
12 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL:ALTERNATIVAS E IMPASSES 
 
Fonte: www.jornaloliberal.net 
Antes mesmo que a ideia de desenvolvimento humano começasse a ser 
assimilada, também ganhava força uma expressão concorrente: desenvolvimento 
sustentável (DS). Já a partir de 1992, um movimento internacional foi lançado pela 
Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CSD) das Nações Unidas com o 
objetivo de construir indicadores de sustentabilidade. Reunindo governos nacionais, 
instituições acadêmicas, ONG’s, organizações do sistema das Nações Unidas e 
especialistas de todo o mundo, esse movimento pretende pôr em prática os capítulos 
8 e 40 da “Agenda 21” firmada na Eco- 92, referentes à necessidade de informações 
para a tomada de decisões. 
Em 1996, a CSD publicou o documento “Indicadores de desarollo sostenible: 
marco y metodologías”, que ficou conhecido como “Livro Azul”. Continha um conjunto 
de 143 indicadores, que foram quatro anos depois reduzidos a uma lista mais curta, 
com apenas 57, mas acompanhados de fichas metodológicas e diretrizes de 
utilização. Foram cruciais para que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
 
(IBGE) viesse a publicar - em 2002 e 2004 - os primeiros indicadores brasileiros dedesenvolvimento sustentável. 
A importância desses dois pioneiros trabalhos do IBGE não deve ser 
subestimada pelo fato da maioria de suas estatísticas e indicadores se referir mais ao 
tema do desenvolvimento do que ao tema da sustentabilidade. Foi a primeira vez que 
uma publicação dessa natureza incluiu explicitamente a dimensão ambiental ao lado 
da social, da econômica e da institucional. Não se deve esquecer que os temas 
ambientais são mais recentes e por isso não contam com uma larga tradição de 
produção de estatísticas. Mesmo assim, e apesar da imensa dificuldade de encontrar 
informações confiáveis sobre os principais objetivos de conservação do meio 
ambiente, foi possível apresentar 17 indicadores fundamentais, organizados em cinco 
temas essenciais: “Atmosfera”, “Terra”, “Oceanos, mares e áreas costeiras”, 
“Biodiversidade” e “Saneamento”. 
12.1 INDICE DE “DS” 
 
Fonte: jornalggn.com.br 
Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros esforços 
certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um índice sintético de 
desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata parece ser negativa, porque 
índices compostos por várias dimensões (que, por sua vez, resultam de diversas 
 
variáveis) costumam ser contraproducentes, para não dizer enganosos ou traiçoeiros. 
Por outro lado, sem um bom termômetro de sustentabilidade, o mais provável é que 
todo mundo continue a usar apenas índices de desenvolvimento (quando não de 
crescimento), deixando de lado a dimensão ambiental. 
Se o próprio desenvolvimento tout court não pode ser representado por um 
único número, o que dizer, então, sobre o desenvolvimento sustentável? Tanto quanto 
um piloto precisa estar permanentemente monitorando os diversos indicadores que 
compõem seu painel, qualquer observador do desenvolvimento sustentável será 
necessariamente obrigado a consultar dezenas de estatísticas, sem que seja possível 
amalgamá-las em um único índice. Talvez seja essa a razão que faz o Pnuma 
(Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) não ter se lançado na 
construção de um índice de desenvolvimento sustentável equivalente ao IDH. 
 
 
Fonte: www.edx.org 
Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de 
sustentabilidade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que possa 
ser comparado com outros índices de desenvolvimento, como os que foram 
mencionados no início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações gráficas 
multifacetadas, em vez de um número índice. A ideia foi apresentada em 2002 ao 
Fórum Econômico Mundial por um grupo de trabalho formado por pesquisadores de 
duas universidades americanas. 
Com 68 variáveis referentes a 20 indicadores essenciais, o índice de 
sustentabilidade ambiental elaborado por pesquisadores de Yale e Columbia pôde ser 
calculado para 142 países. Esse índice considera cinco dimensões: sistemas 
ambientais, estresses, vulnerabilidade humana, capacidade social e institucional, e 
 
responsabilidade global. O primeiro envolve quatro sistemas ambientais: ar, água, 
solo e ecossistemas. O segundo considera estresse algum tipo muito crítico de 
poluição, ou qualquer nível exorbitante de exploração de recurso natural. No terceiro, 
a situação nutricional e as doenças relacionadas ao ambiente são entendidas como 
vulnerabilidades humanas. A quarta dimensão se refere à existência de capacidade 
sócio institucional para lidar com os problemas e desafios ambientais. E na quinta 
entram os esforços e esquemas de cooperação internacional representativos da 
responsabilidade global. 
As premissas básicas que norteiam essas cinco dimensões foram bem 
explicitadas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, é necessário que os sistemas 
ambientais vitais sejam saudáveis e não entrem em deterioração. Também é 
essencial que os estresses antrópicos sejam baixos e não causem danos aos 
sistemas ambientais. Em terceiro, a alimentação e a saúde não devem ser 
comprometidas por distúrbios ambientais. Em quarto, é preciso que existam 
instituições, padrões sociais, habilidades, atitudes e redes que fomentem efetivas 
respostas aos desafios ambientais. E, em quinto, há que cooperar para o manejo dos 
problemas ambientais comuns a dois ou mais países, além de reduzir os 
“transbordamentos” de problemas ambientais de um país para outro. 
 
 
Fonte: jornalggn.com.br 
 
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VEIGA, José Eli da. Cidades Imaginárias – o Brasil é menos urbano do que 
se calcula. Campinas: Editora da Unicamp, 2005. 
 
 
13 LEITURA COMPLEMENTAR 
Autora: Elis Regina de Oliveira 
Disponível em: 
http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SOCIAIS%20APLICADAS/Ciencias%20Ambi
entais%20Interdisciplinaridade%20e%20Sustent.pdf 
Acesso: 08 de novembro de 2016 
 
Ciências Ambientais, Interdisciplinaridade e Sustentabilidade 
 
Elis Regina de Oliveira 
 Professora do Departamento de Ciências Contábeis 
da PUC Goiás e mestre em agronegócios – 
elisregina@pucgoias.edu.br 
 
 
Resumo 
 
Os problemas ambientais se destacaram a partir da década de 60 como consequência do modelode 
sistema de produção, da crescente urbanização, e da forma unidisciplinar de gerar conhecimento e 
promover o ensino. Esse artigo objetiva apresentar o contexto em que foram criados os Programas de 
Ciências Ambientais no Brasil, refletir sobre a interdisciplinaridade como metodologia de ensino, 
produção de pesquisa e formação de cidadãos reflexivos, capazes de promover mudanças que visam 
à sustentabilidade. Utilizou-se de metodologia qualitativa e pesquisa bibliográfica. Verificou-se que a 
criação do Subprograma de Ciências Ambientais (CIAMB) promoveu diversas ações para criação de 
programas de pós-graduação stricto sensu, realização de seminários e incentivo à pesquisa na área 
ambiental. Esses programas, com caráter multidisciplinar, foram estruturados com base na 
interdisciplinaridade, que visa estabelecer relações, conexões e interações entre diversos saberes, 
propiciando produção de conhecimento e qualificação de profissionais para atender às demandas da 
sociedade, com vista à sustentabilidade socioambiental. 
 
Palavras-Chaves: meio ambiente; pós-graduação; interdisciplinaridade; 
sustentabilidade. 
Apresentação 
 
A percepção mais recente da história da Terra, com idade geológica de 4,5 
bilhões de anos, em permanente processo de reconstrução, a fragilidade de seu 
equilíbrio no universo e a visão antropológica do surgimento do homem nos últimos 
 
duzentos mil anos, com outras espécies de vida já extintas ou evoluídas, faz com que 
o homem reavalie1 a sua postura de supremacia sobre o meio ambiente e se sinta 
culturalmente parte de um sistema interligado e dinâmico, cuja sobrevivência humana, 
também, depende das consequências de suas ações. 
Para o historiador Pádua (2010:92) essa postura de supremacia humana é 
decorrente da negação à forte influência do determinismo geográfico e biológico, que 
predominou da segunda metade do século XIX até o início do século XX. 
A partir da década de 60 a crise ambiental emerge em diversos países, dentro 
do contexto de questionamento do modelo de pensar e fazer pesquisa, evidenciando 
a necessidade do rompimento com o modelo de fracionamento do conhecimento por 
disciplinas fechadas em si mesmas2. 
Leff (2012:236) considera três pontos fundamentais para a crise ambiental: 1. 
a escassez de recursos naturais e a degradação ambiental, limitando o crescimento 
econômico; 2. a produção de conhecimento disciplinar sendo insuficiente para dar 
respostas aos problemas ambientais; 3. concentração de poder na mão do estado ou 
do mercado. 
Portanto, seria necessária uma mudança epistemológica e metodológica que 
desse suporte à produção de um novo modelo produtivo e uma nova consciência 
política e ambiental ao cidadão, possibilitando soluções efetivas para os problemas 
socioambientais já instalados e para as relações do homem com o meio ambiente. 
 
1 A História Ambientalbusca o entendimento do mundo natural e de seu lugar na vida humana, 
refletindo sobre a ação humana e seus impactos sobre o meio ambiente, a compreensão do mundo 
após marcos cronológico mais atualizado e a visão do processo de construção e reconstrução da 
história da natureza ao longo do tempo. (PÁDUA, 2010:83) 
2 A disciplinarização do conhecimento foi influenciada pelo método científico de Descartes (com 
a finalidade de algebrizar a geometria) propôs verificar a existência do objeto estudado, analisá-lo por 
meio da decomposição em partes mínimas para melhor estudá-lo e compreendê-lo, para então 
sintetizá-lo por ordem do mais simples ao mais complexo e enumerar as conclusões, após diversas 
revisões. O uso desse método foi largamente utilizado por outras áreas de conhecimento, com forte 
influência em nossos dias, no entanto, principalmente a partir da década de 60 ele sofre críticas ao ser 
aplicado em fenômenos cujas partes apresentam fortes interações, não permitindo recompor o todo, 
após análise das partes, como no caso das ciências sociais. (ROQUE, 2012) 
 
A partir de 1972, com a Conferência de Estocolmo, a questão ambiental ganha 
maior exposição midiática, envolvendo movimentos sociais e conquistando espaço na 
agenda internacional. 
Para Leff (1998:17) “a degradação ambiental se manifesta como sintoma de 
uma crise de civilização, marcada pelo modelo de modernidade regido pelo 
predomínio do desenvolvimento da razão tecnológica sobre a organização da 
natureza”, preconizado pelo modelo produtivista, impulsionado pelo culto ao 
crescimento econômico e nível de consumo desigual dentro e entre os diversos países 
dos continentes. 
A complexidade ambiental exige soluções inovadoras que demandam, além do 
conhecimento especializado, o diálogo entre diversos saberes científicos, novas 
atitudes e comportamentos dos agentes envolvidos para compreender e propor 
respostas para uma realidade multifacetada. A revisão epistemológica e metodológica 
do saber ambiental se torna necessária para sustentabilidade dos recursos naturais 
e, portanto, para sobrevivência humana e das relações socioambientais. 
O debate acadêmico sobre meio ambiente possibilitou novos comportamentos 
sociais, ações coletivas públicas, privadas e do terceiro setor, com articulação local e 
internacional, fomentado pelos novos meios de comunicação, pelos avanços técnico-
científicos, pelas artes e cultura. “A discussão ambiental se tornou ao mesmo tempo 
criadora e criatura do processo de globalização”, participando também da construção 
da imagem da globalização planetária. (PÁDUA, 2010:82) 
A produção do conhecimento, por meio da articulação entre a física (leis que 
condicionam a vida humana), a biologia (o ser como individuo) e a antropossociologia 
(estudo do indivíduo e da sociedade), apresenta a exigência desafiadora de um 
conhecimento enciclopédico, que faz necessário unir conhecimento que está 
fracionado, pois, o saber físico depende da antropossociologia, que é dependente 
desse. Para tanto será necessário “reorganizar nosso sistema mental para reaprender 
a aprender”. (MORIN, 2008:23) 
Cursos de graduação e pós-graduação foram criados, nas últimas décadas no 
Brasil, para suprir profissionais especializados, por meio do ensino e da pesquisa, 
para atender às demandas ambientais que desafiam o setor produtivo e as 
universidades, com vista a oferecer suporte às diversas atividades biofísicas e 
humanas. 
 
Este artigo objetiva apresentar e refletir sobre os programas de pós-graduação 
em ciências ambientais no Brasil, estruturados com base na interdisciplinaridade3 e 
da sustentabilidade ambiental. Para a elaboração desse estudo adotou-se abordagem 
qualitativa, com metodologia de pesquisa bibliográfica, conforme referencias 
mencionadas. 
 
2. Programas de Ciências Ambientais (Ciamb) no Brasil 
 
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem papel diretivo na discussão dos 
problemas sobre o meio ambiente, principalmente por meio de conferências e 
agendas internacionais, que impulsionam o debate entre diversos atores, com 
diferentes intencionalidades políticas e formações acadêmicas, representando a 
comunidade global. 
A partir de 1977, com a Conferência Intergovernamental sobre Educação 
Ambiental, na Geórgia (EUA), inicia em escala global um processo para a criação de 
uma nova consciência sobre meio ambiente e a relação do homem com a natureza e 
“para reorientar a produção de conhecimento, com base na interdisciplinaridade e com 
os princípios da complexidade”. (JACOBI, 2005:17). 
A formação de cidadão com capacidade de realizar a integração de 
conhecimento disciplinar, de elaborar reflexão crítica de seu processo civilizatório e 
de desenvolver consciência ambiental exige formação de professores que promovam 
a interdisciplinaridade em sala de aula e que tenham postura reflexiva. Assim, esses 
jovens serão preparados para atuarem com competência sob a perspectiva ambiental, 
em suas diversas áreas

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