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Monografia - Tuberculose Bovina FINAL

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INTA - INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINARIA 
 
 
 
JOÃO HELTON DA ROCHA BRASIL 
 
MONOGRAFIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO 
 
TUBERCULOSE BOVINA (REVISÃO DE LITERATURA) 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL – CE 
2016 
 
 
II 
 
JOÃO HELTON DA ROCHA BRASIL 
 
 
 
 
MONOGRAFIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO 
 
TUBERCULOSE BOVINA (REVISÃO DE LITERATURA) 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
Superior de Teologia Aplicada – INTA, como 
requisito parcial para obtenção do Grau de 
Bacharel em Medicina Veterinária. Sob a 
orientação do Professor Moisés Dias Freitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL – CE 
2016 
 
 
III 
 
Monografia apresentada como requisito necessário para a obtenção do 
Grau de Bacharel em Medicina Veterinária qualquer citação atenderá as 
normas da ética científica. 
 
 
João Helton da Rocha Brasil 
 
 
Monografia aprovada em: ____/____/____ 
 
 
 
Professor Dr. M.V. Moisés Dias Freitas 
Orientador 
 
 
 
 MSc. M.V Edney Tauney Santos do Nascimento 
Banca 
 
 
 
Professor Dr. Juliano Cézar Minardi da Cruz 
Banca 
 
 
IV 
 
DEDICATÓRIA 
 
A Deus, a toda minha família, amigos. 
E ao meu grande amigo João Paulo Olímpio Frota ( In Memoriam ). 
 
 
 
V 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus por ter me dado força e saúde para concluir esse curso. 
 
Aos meus pais Regina e Dacino, pelo apoio, paciência e amor. 
 
Aos meus irmãos Helder e Roberta que me ajudaram sempre que precisei. 
 
Minha namorada Lorena que esteve sempre ao meu lado. 
 
Ao diretor do HOVET- GA Dr. Paulo Henrique Cavalcante e ao Dr. Michael 
Medeiros pelos ensinamentos 
 
Ao Dr. Moisés Dias, pela orientação desse trabalho e conselhos. 
 
A minha avó Enilda, pelas orações e incentivo. 
 
Aos meus amigos Davi e Marcilio 
 
Aos meus cunhados e cunhadas, tios e tias, afilhados, sobrinhos, primos pela 
força e apoio. 
 
E a todos que de alguma forma me ajudaram a concluir esse curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI 
 
EPÍGRAFE 
 
“Deus nunca deixou trabalho sem recompensa nem lágrimas sem 
consolação” 
 
“Padre Cícero Romão Batista” 
 
 
VII 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................... IX 
I. DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES RELACIONADAS AO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO ......................................................................................... 12 
LOCAL E DESCRIÇÃO DE ESTÁGIO .......................................................... 12 
FAZENDA EXPERIMENTAL FACULDADES INTA ....................................... 12 
ASPIRAÇÃO FOLICULAR GUIADO POR ULTRASOM ............................ 13 
PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO DE CIO .......................................... 14 
INOVULAÇAO DE EMBRIÕES ................................................................. 15 
SEXAGEM FETAL ..................................................................................... 16 
DIAGNOSTICO DE GESTAÇÃO AOS 30 DIAS ........................................ 16 
FAZENDA SANTA LUZIA ............................................................................. 18 
BEZERREIRO ........................................................................................... 18 
RECRIA ..................................................................................................... 19 
II. CASO DE INTERESSE ............................................................................. 21 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 21 
2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 24 
2.1. HISTÓRICO ........................................................................................ 24 
2.2. ETIOLOGIA ......................................................................................... 26 
2.3. EPIDEMIOLOGIA ................................................................................ 28 
2.4. SAÚDE PÚBLICA: TUBERCULOSE BOVINA .................................... 31 
2.5. PATOGENIA ....................................................................................... 33 
2.6. SINAIS CLÍNICOS............................................................................... 34 
2.7. ACHADOS DE NECROPSIA ................................................................. 35 
2.8. DIAGNÓSTICO ...................................................................................... 37 
2.8. CONTROLE E ERRADICAÇÃO ............................................................. 40 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 42 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 44 
 
 
 
 
VIII 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
WHO World Health Organization 
FAO Food And Agricultural Organization 
CMT Complexo Mycobacterium Tuberculosis 
M.BOVIS Mycobacterium Bovis 
HCL Ácido Clorídrico 
ELISA The Enzyme-Linked Assay 
PCR Polymerase Chain Reaction 
OIE World Organization For Animal Health 
PPD Derivado Proteico purificado 
MAPA Ministerio da Agricultura Pecuaria e abastecimento 
BAAR Bacilo álcool-acido Resistente 
PNCBET Programa Nacional de Controle e Erradicação de Tuberculose e 
Brucelose 
 
 
 
 
 
 
IX 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 - Bomba de vácuo e Ovum pick up usado na aspiração de 
oócitos_______________________________________________________ 14 
FIGURA 2 - Protocolo Usado para Receptoras_______________________15 
FIGURA 3 -Ultrassom usado para diagnostico de gestação e sexagem 
fetal_________________________________________________________17 
FIGURA 4 - Aleitamento de bezerras/ Bezerreiro tropical fazenda Santa 
Luzia_________________________________________________________18 
FIGURA 5 - Bezerro no tronco coletivo para realização dos exames/ Piquetes 
de recria______________________________________________________19 
 
 
 
 
 
X 
 
RESUMO 
 
A tuberculose bovina é uma doença crônica causada por Mycobacterium 
bovis,. O bacilo foi identificado pela primeira vez por Robert Koch em 1882. 
Atualmente está presente em todos os continentes, em alguns países a 
enfermidade já foi erradicada. No Brasil a prevalência média é de 1,3%. A 
principal via de transmissão em bovinos é a via respiratória sendo responsável 
por 90% da casuística em bovinos. A tuberculose é uma zoonose, estima-se 
que todo ano surgem 7.000 novos casos de tuberculose causado por 
Mycobacterium bovis, a população do meio rural é as mais afetada. O 
diagnóstico pode ser feito in vivo e in vitro, o teste padrão ouro é o 
bacteriológico e o exame alérgeno cutâneo é o indicado pela OIE. A profilaxia é 
feita através de identificação do animal positivo e eliminação do mesmo. A 
vacinação e tratamento não são indicados. 
 
Palavras chaves: Mycobacterium bovis; zoonose; saúde pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XI 
 
ABSTRACT 
 
Bovine tuberculosis is a chronic disease caused by Mycobacterium bovis , is 
one of the oldest diseases in the world. The bacillus was first identified by 
Robert Koch in 1882. Currently is present on every continent , in some 
countries the disease has been eradicated. In Brazil the average prevalence is 
1.3 %. The main route of transmission in cattle is the airway accounting for 90 
% of the sample in cattle. Tuberculosis is a zoonosis , it is estimated that every 
year comes 7000 new cases of tuberculosis caused by Mycobacterium bovis . 
the rural people are the most affected. The diagnosis can be done in vivo and in 
vitro , the gold standard test is the bacterial and allergen skin test is indicated by 
the OIE . Prophylaxis is made through the positive animal identification and 
disposal thereof. Vaccination and treatment are not indicated. 
 
Key words : Mycobacterium bovis; zoonosis; health12 
 
I. DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES RELACIONADAS AO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO 
LOCAL E DESCRIÇÃO DE ESTÁGIO 
O estágio foi realizado na FAZENDA EXPERIMENTAL DAS 
FACULDADES INTA (NOVA ESPERANÇA) que está localizada na cidade 
do Cariré-Ce distrito de Bonfim. E na FAZENDA SANTA LUZIA do grupo 
cabo verde localizada no município de passos – Minas Gerais. 
Na Fazenda experimental das faculdades INTA, o estagio foi realizado 
em dois períodos. O primeiro período foi no dia 7 de março à 8 de abril no 
segundo momento foi do dia 9 de maio à 17 de junho. Na Fazenda Santa 
Luzia o período de estagio foi do dia 13 de abril ao dia 25 de abril. 
A Fazenda Santa Luzia possui uma área total de 900 hectares e um 
rebanho de 3.500 fêmeas, sendo a composição racial do rebanho adulto 
45% de vacas 1/2HZ, 40% de vacas 
3/4HZ e 15% de vacas 
7/8HZ. No 
ranking de 2016, a Santa Luzia alcançou a 15ª posição com produção 
anual comercializada de 9.012.760 litros, e média diária de 24.692 litros de 
leite . 
A Fazenda experimental das faculdades INTA, possui cerca de 582 
hectares. Possui um laboratório de biotecnologia que tem como principal 
objetivo a produção de embriões. Possui um rebanho de 350 vacas, sendo 
constituída por doadoras gir, guzerá e sindi, receptoras e bezerras 1/2 HZ. 
O principal objetivo da fazenda é a produção de bezerras através da 
técnica de fertilização in vitro. 
 
FAZENDA EXPERIMENTAL FACULDADES INTA 
Durante o estágio realizado na FAZENDA EXPERIMENTAL DAS 
FACULDADES INTA, acompanhei o manejo reprodutivo e as 
biotecnologias realizadas na fazenda, acompanhando o médico veterinário 
 
 
13 
 
Dr. Michael Medeiros, responsável pela fazenda. Entre os procedimentos 
acompanhados estão: 
 Aspiração folicular guiada por ultrasom 
 Protocolo de sincronização de cio 
 Inovulação de embriões 
 Diagnóstico de gestação aos 30 dias 
 Sexagem fetal aos 60 dias 
Durante o estágio foi realizado a vacinação de todos os animais. As 
vacinas aplicadas foram: 
 Febre aftosa 
 IBR 
 BVD 
 Leptospirose 
 Clostridiose 
 Raiva 
ASPIRAÇÃO FOLICULAR GUIADO POR ULTRASOM 
A primeira etapa para produção de embriões in vitro é a obtenção de 
ovócitos in vivo, que ocorre com a técnica de aspiração folicular 
transvaginal, conhecida também com ovum pick-up (OPU), está técnica 
vem sendo a mais utilizada a décadas.(SENEDA, et al 2005) 
O medico veterinário Dr. Michael Medeiros utilizava esta técnica para 
a obtenção dos ovócitos na fazenda. O ultrassom usado na fazenda era um 
mindray dp2200 Utilizava também uma sonda de aspiração e uma bomba 
de vácuo. Durante o período do estagio foi realizado a aspiração em 40 
vacas sendo da raça Gir e Guzerá. 
A media de oocitos aspirados e viáveis foram oito, o responsável pela 
aspiração relacionou essa baixa obtenção de oócitos com o estresse 
térmico e a subalimentação dos animais. Diversos trabalhos relatam que a 
subalimentação influencia diretamente na fisiologia da reprodução da vaca. 
 
 
14 
 
Sartori (2010) fala que um dos fatores que mais exercem influencia na 
reprodução, é a nutrição que exerce um papel importante por afetar 
diretamente a fisiologia e desempenho reprodutivo das vacas. 
 
Figura 1: Bomba de vácuo e Ovum pick up usado na aspiração de oócitos 
 
PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO DE CIO 
 
Em bovinos, protocolos hormonais que controlam o desenvolvimento 
folicular e função lútea permitem a utilização de varias biotécnicas como a 
inseminação artificial em momento pré-determinado e inovulação de 
embrião, aumentando a eficiência reprodutiva. (BÓ et al, 2004) 
Na fazenda, o protocolo de sincronização tinha como objetivo a 
sincronização de vacas receptoras para receber embriões de vacas 
doadoras superiores geneticamente. 
Existem diversos protocolos que podem ser usados para 
sincronização de receptoras para receber um embrião. A FIGURA 2 mostra 
o protocolo usado na fazenda. 
Durante o período do estágio foram realizados protocolo de 
sincronização em 150 receptoras. 
 
 
15 
 
 
Figura 2: Protocolo Usado para Receptoras 
 
INOVULAÇÃO DE EMBRIÕES 
Segundo Pieroni (2009), a técnica de TE utilizada em bovinos está 
bem definida e consiste na inovulação de um embrião no trato reprodutivo 
de uma fêmea receptora, previamente preparada, que irá completar a 
gestação. O local de deposição do sêmen deve ser no corno uterino 
ipsilateral ao corpo lúteo (CL). 
Na fazenda o médico veterinário primeiramente realizava a palpação 
retal para identificação e localização do corpo lúteo, pois a deposição do 
embrião era feita no corno uterino ipsilateral ao corpo lúteo. Depois da 
localização do corpo lúteo eram aplicados 3ml de lidocaína epidural e em 
seguida, com uma pipeta o embrião era depositado no corno uterino. 
Durante o período do estágio foram inovuladas 4 lotes de vacas 
sendo 3 lotes com 30 vacas e um lote com 60 vacas, no total 150 vacas 
foram inovuladas. 
D 0 
• Colocar 
Implante 
• 2ml BE 
D 7 
• 2 ml Prolise 
D9 
• Ret. 
implante 
• 0,3 ml ECP 
• 2 ml 
NOVORMON 
• 2 ml Prolise 
 
 
 
16 
 
SEXAGEM FETAL 
A sexagem fetal era realizada na fazenda com 30 dias após a 
inovulação e era feito com auxilio de um aparelho de ultrassom. A estrutura 
observada no aparelho de ultrassom era o tubérculo genital, esta estrutura 
dará origem aos órgãos reprodutores do macho e da fêmea. No macho, o 
tubérculo genital está sempre próximo ao cordão umbilical, diferente da 
fêmea onde essa estrutura esta presente na base da cauda. 
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO AOS 30 DIAS 
O uso de ultrassom possibilita o melhor manejo reprodutivo do 
rebanho através exames clínicos, diagnóstico precoce, acompanhamento 
de gestação, diagnóstico de patologias, sexagem fetal, etc. O diagnostico 
precoce de gestação pode ser realizado 30 dias após a cobertura, tendo 
até 100% de acurácia.(ARAUJO 2009) 
O diagnóstico realizado na fazenda era realizado com 30 dias após a 
inovulação, dos embriões. Vacas com gestação confirmada eram 
agrupadas ao lote de vacas prenhes, vacas que não estavam prenhes 
permanecia no lote de vacas vazia para entrar em novo protocolo de 
sincronização. 
 
 
17 
 
 
Figura 3: Ultrassom usado para diagnóstico de gestação e sexagem fetal 
 
 
 
18 
 
FAZENDA SANTA LUZIA 
Durante o estagio realizado na fazenda Santa Luzia, acompanhei o 
manejo de dois setores da fazenda: 
 Bezerreiro 
 Recria 
BEZERREIRO 
Durante o estágio na fazenda santa luzia acompanhei o manejo no 
bezerreiro. O bezerreiro da fazenda Santa Luzia tinha capacidade para 350 
bezerros onde no período do estagio estavam todos ocupados. Os 
bezerros eram mantido em um bezerreiro tipo tropical, onde eram 
fornecidos 6 litros de leites diários, 2 vezes ao dia previamente 
pasteurizados. Após os 35 dias de idade os bezerros eram alimentados 
com leite artificial, o leite artificial era fornecidos até os 70 dias de idade. 
Logo após os 70 dias os bezerros eram transferidos para o piquete de 
recria. 
As principais enfermidades que afetavam os bezerros nos primeiros 
dias de vida era: diarréia neonatal, infecções umbilicais e pneumonias. 
Para cada enfermidade existia um protocolo de tratamento predefinido 
onde os funcionários realizavam sem o auxilio de um veterinário. 
 
Figura 4: Aleitamento de bezerras/ Bezerreiro tropical fazenda Santa Luzia 
 
 
19 
 
RECRIA 
Os animais depois de transferidos do bezerreiro aos 70 dias deidade 
eram mantidos no piquetes de recria, onde eram alimentadas com silagem 
de milho, os animais eram mantidos nesses piquetes até os 8 meses onde 
eram transferidos ao pasto. Ao entrar nesses piquetes todos os animais 
eram vermifugados. 
As principais enfermidades que afetavam essa categoria animal eram: 
tristeza parasitária bovina, pneumonias, ectoparasitas, diarréias, eimeriose. 
Os animais eram examinados três vezes por semana em tronco coletivo, a 
temperatura e a coloração de mucosas eramobservados. Animais com 
alterações eram tratados de acordo com protocolo de tratamento pré-
definido. 
Após a vacinação de clostridiose, brucelose e raiva os animais eram 
transferidos para o pasto, onde permaneciam até a fase reprodutiva. 
 
Figura 5: bezerro no tronco coletivo para realização dos exames/ Piquetes de recria 
 
 
 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARAUJO, A. A.; MOURA, A. A. A. Utilização da ultrassonografia no manejo 
reprodutivo de rebanhos bovinos. 2009. 
SARTORI, Roberto; GUARDIEIRO, Monique Mendes. Fatores nutricionais 
associados à reprodução da fêmea bovina. Revista Brasileira de Zootecnia, 
v. 39, p. 422-432, 2010. 
SENEDA, M. M. et aI. Utilização da bomba de infusão contfnua para OPU. 
Use of infusion plllllp for OPU. Ulilizaci6n de la bomba de infusi6n para 
OPU. Rev. Educ. Contin. CRMV-SP I Confin. Educ. J. CRMV-SP, São 
Paulo, v. 8, n. 2, p. 168-175, 2005. 
 
 
 
 
 
21 
 
II. CASO DE INTERESSE 
1. INTRODUÇÃO 
A tuberculose bovina é uma doença infecto contagiosa, de evolução 
crônica causada por uma bactéria pertencente ao Complexo 
Mycobacterium tuberculosis. Esta enfermidade pode afetar praticamente 
todos os mamíferos, inclusive humanos, sendo portanto considerada uma 
zoonose, e é caracterizada pela formação nódulos granulares nomeados 
de tubérculos que podem localizar-se em qualquer órgão. 
A tuberculose é uma das mais graves e antigas patologias que se 
conhece. A identificação do seu agente, o bacilo da tuberculose, ocorreu 
em 1882, por Robert Koch e desde então foram estabelecidas medidas e 
programas de sanidade para controle e erradicação da doença. 
No século passado, nas décadas de 60 – 70 a tuberculose humana foi 
considerada, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como uma 
patologia totalmente controlada. No entanto, o crescimento desordenado 
das cidades, o aumento demográfico e da pobreza propiciou o 
estabelecimento de periferias urbanas com condições sanitárias precárias, 
que juntamente com o surgimento da Síndrome da Imunodeficiência da 
Adquirida (AIDS) favoreceram para que a tuberculose se tornasse um 
problema reemergente. 
A Organização Mundial de Saúde (World Health Organization – 
WHO), em 1993, juntamente com Organização das Nações Unidas para 
Alimentação e Agricultura (Food and Agricultural Organization – FAO) 
ratificaram a importância dessa enfermidade, e estabeleceram para a 
tuberculose o status de emergência mundial. 
A tuberculose é uma zoonose que causa grandes prejuízos para a 
pecuária e para a saúde mundial Segundo a WHO. Em 2014, foram 
registrados 9,6 milhões de novos casos tuberculose em humanos, dos 
quais um milhão foram crianças. Estima-se que nesse século, nas duas 
primeiras décadas, um bilhão de pessoas serão infectadas, mais de 150 
 
 
22 
 
milhões desenvolverão a doença e 36 milhões morrerão em consequência 
das complicações da tuberculose (ABALOS e RETAMAL, 2004). 
O plano internacional da WHO aponta que 22 países concentram 
cerca de 80% da tuberculose no mundo. O Brasil faz parte desse grupo 
ocupando 16° posição em número absoluto de casos e a 22° posição em 
incidência. Em 2014 foram diagnosticados 67.966 novos casos de 
tuberculose. 
No Estado do Ceará no período de 2001 a 2014 houve um pequeno 
declínio nas taxas de incidência caindo de 46,5 casos por 100 mil 
habitantes, em 2001, para 38,7 casos por 100 mil habitantes em 2014. As 
cidades que apresentaram maior incidência no Ceará foram: Chaval, 
Martinópole, Forquilha, Itaitinga, Senador Sá e Sobral. 
Dentre as bactérias pertencentes ao complexo de Mycobacterium 
tuberculosis (CMT) o Mycobacterium bovis assume grande importância por 
sua alta prevalência e incidência em países em desenvolvimento. O M. 
bovis é causador da tuberculose em uma ampla variedade de mamíferos 
silvestres e domésticos incluindo os bovinos, suínos, primatas e carnívoros. 
No homem, o M. bovis causa a doença de forma semelhante ao M. 
tuberculosis sendo clinicamente indistinguível e tratada da mesma forma 
(ABALOS e RETAMAL, 2004). É uma doença de notificação obrigatória e 
mesmo sabendo que esta patologia está disseminada em todo território 
nacional, ainda não se conhece detalhes com relação a sua prevalência e 
distribuição (BRASIL, 2006). 
A tuberculose bovina é uma enfermidade contagiosa de grande 
importância na saúde pública e saúde animal, causando grandes perdas 
econômicas. Suas perdas econômicas estão associadas à mortalidade, 
redução de 10 a 20% da produção de leite e do ganho de peso, redução da 
eficiência reprodutiva, descarte involuntário e eutanásia de animais de alto 
valor zootécnico, condenação de carcaças, perda de mercados potenciais 
à exportação, além dos custos do tratamento em seres humanos. 
 
 
23 
 
Devido os grandes prejuízos causados por essa zoonose 
reermegente, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura 
sobre abordando aspectos da etiologia, epidemiologia, etiopatogenia, sinais 
clínicos, diagnóstico, controle e erradicação da tuberculose bovina. 
 
 
 
24 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
2.1. HISTÓRICO 
A tuberculose, também conhecida como doença tísica, morte branca 
ou peste branca causou grande horror e desespero na Europa nos séculos 
XVIII e XIX. Neste período a tuberculose era endêmica e causou milhões 
de mortes, sobretudo nas cidades mais pobres. Ao final do século XIX, 
houve uma redução no número de casos, no entanto até os dias atuais 
tuberculose é um problema de saúde pública (FRITHA, 2014). 
A tuberculose é uma das doenças infecto contagiosa mais antiga do 
mundo. Lesões sugestivas de tuberculose foram encontradas em múmias 
no Antigo Egito, da dinastia de Ramsés, que reinaram há três mil anos 
antes de Cristo (aC). Na Grécia, Hipócrates, descreveu-a, no Livro I – Das 
Epidemias (410-400 aC), como doença de fraqueza dos pulmões e a 
referenciou como doença tísica, que evoluía progressivamente acarretando 
no definhamento dos indivíduos afetados. Posteriormente, já nos séculos 
XVII e XVIII, François de la Boe identificou em pacientes mortos pela 
doença tisica, estruturas anormais que se assemelhavam a tubérculos, do 
latim tuberculum dando origem a terminologia tuberculose. No século XVIII, 
a doença citada como peste branca, foi relatada por Girolamo Tracastoro, 
pai da anatomia patológica, no livro – De morbis Contagiosis e mais tarde 
descrita detalhadamente por René Laennec (REICHMAN e TANNE, 2002; 
DANIEL, 2006; FRITHA, 2014) 
Em 1865, Villemin demostrou que a tuberculose era transmissível e a 
descoberta do agente foi realizada em 24 março de 1882, por Robert Koch 
(HIJJAR e.PROCÓPIO, 2006). O médico alemão e um dos fundadores da 
bacteriologia, Robert Koch, descobriu o bacilo utilizando o material obtido 
de lesões pulmonares, extra-pulmonares, meningite tuberculosa e 
escrófula. Com auxílio de Jonh Tyndall, microbiologista britânico, Koch 
obteve sucesso no cultivo das bactérias e a partir daí o pesquisador pode 
infectar e reproduzir a doença em animais de laboratório (FRITHB, 2014). 
Após a descoberta do bacilo, Koch tentou produzir uma vacina anti-
tuberculose utilizando o extrato glicerídeo de bacilos – tuberculina velha 
 
 
25 
 
(old tuberculin). Embora ineficaz como vacina, a tuberculina velha permitiu 
a descrição do fenômeno alérgeno em pacientes que tiveram contato 
prévio com o agente (LEE e HOLZMAN, 2002). 
Em seus experimentos, os quais deram origem ao Postulado de 
Henle-Koch, os autores demonstraram a presença do agente em todas as 
formas da tuberculose humana e animal, provando não apenas que o 
bacilo era o causador, mas também era responsável pelas diversas 
manifestações da doença. Em 1897, nos Estados Unidos da América, 
Theobald Smith, descreveu que o bacilo que acometia bovinos era menor, 
crescia de forma mais lenta o que levantou dúvidas sobre a teoria de um 
único bacilo (PRITCHARD, 1988; DANIEL, 2006; FRITHB,2014). 
Mesmo após o grande avanço obtido por Koch, no inicio do século 
XIX as dúvidas acerca da tuberculose em humanos e animais, e seu 
possível caráter zoonótico da tuberculose bovina eram grandes, e dessa 
forma a Inglaterra nomeou criou a Royal Comission on Tuberculosis (RCT), 
que desenvolveu pesquisas que esclarecessem a tuberculose bovina e sua 
relação com a patologia humana (PRITCHARD, 1988). 
Em 1902 Ravenel obteve a primeira prova definitiva de transmissão 
de tuberculose bovina ao humano. Em 1911, a RCT finalmente concluiu 
que vacas tuberculosas representavam um grande risco a saúde publica e 
que era necessário a implantação de programas voltados à sanidade 
animal, uma vez que a prevalência de bovinos doentes era alarmante. 
Apesar da comissão ter referido a cepa bovina como M. bovis, somente em 
1970 ele foi reconhecido oficialmente, antes era considerado uma espécie 
variante do M. tuberculosis (ABRAHÃO, 1998; FRISTHB, 2014). 
Na América Latina a doença foi trazida por europeus durante suas 
expedições, causando mortes nas populações indígenas. No Brasil, os 
colonizadores jesuítas chegavam doentes e transmitiam a doença para os 
índios (CAMPOS, 2001). 
No final do século XIX e inicio do século XX, a tuberculose nos 
bovinos era endêmica, acometendo entre 20-40% dos animais em muitos 
 
 
26 
 
países da Europa. Após várias décadas, e a implantação de programas de 
controle e erradicação, muitos países alcançaram parte de seus objetivos 
apresentando baixas taxas de incidência e prevalência de tuberculose 
bovina (PAES et al., 2016). 
A tuberculose é, atualmente, a doença infecto contagiosa humana 
que mais mata em todo o mundo, principalmente em países 
subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Ao mesmo tempo é importante 
salutar que muitos destes países possuem grande parte de sua população 
na zona rural (Ásia – 94%; África 82%; e América Latina 60%) aumentando 
as possibilidades de contrair tuberculose zoonótica (SILVA et al., 2013). 
2.2. ETIOLOGIA 
A tuberculose é uma doença infecto contagiosa, crônica e é causada 
por uma bactéria do gênero Mycobacterium, ordem Actinomycetales, e 
família Mycobacteriaceae e existem aproximadamente 127 espécies e 11 
subespécies. Hirsh (2003) cita que as bactérias do gênero Mycobacterium 
são compostos por lipídeos em sua parede celular, esses lipídeos são 
responsáveis pelas propriedades imunológicas e patogênicas. 
O gênero Mycobacterium tem como características taxonômicas 
comuns álcool-ácido-resistência, a presença de ácidos micólicos e 
desoxirribonucleico com alto teor de guanina e citosina. São bacilos curtos 
0,5 - 10 µm de comprimento por 0,2 - 0,7 µm de largura, são imóveis, não 
flagelados, não capsulados e apresentam um aspecto granular quando 
corados. 
A coloração de Ziehl-Neelsen é a técnica usada para coloração das 
bactérias tuberculosas (BEER, 1988). Sua característica marcante da 
coloração é a resistência em ácido, que depois de corada resiste a 
descoloração com 3% de HCl em etanol (REBHUN, 2008; HISRH, 2003). 
Outra característica marcante é a grande quantidade de lipídeos presente 
na parede celular, podendo chegar ate 40% do peso total e 60% do peso 
da parede celular. A parede celular é muito complexa e possui substâncias 
 
 
27 
 
como peptideoglicanos, glicolipídeos. Acredita-se que essa grande 
quantidade de lipídeos, confere uma maior resistência ao Mycobacterium 
ao meio ambiente (ABRAHÃO, 1998) 
As bactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis são resistentes 
quando estão no ambiente. Estas quando estão presente nas fezes 
bovinas podem durar até 13 dias, podendo chegar até 150 dias quando 
presente em esterco ressecado e em estábulos escuros. Se elas forem 
expostas a luz solar sua sobrevivencia diminui consideravelmente podendo 
morrer em até cinco horas. No leite o tempo hábil delas é de 15 dias, e 
morrem durante o aquecimento de 65ºC por 30 minutos (BEER, 2003). 
O Mycobacterium bovis é o principal causador da tuberculose em 
bovinos, mas pode causar infecções em outras espécies inclusive em 
humanos. O Mycobacterium tuberculosis é o causador mais comum da 
tuberculose em humanos, mas também pode causar infecção em suínos, 
macacos, bovinos e cachorros. A espécie Mycobacterium avium é 
causador comum de tuberculose em aves e raramente infecta bovinos e 
humanos (REBHUN 2008). 
A identificação do M. bovis pode ser realizada através da cultura, cujo 
meio mais indicado é o Stonebrink (MARCONDES et al., 2006). Outros 
meios de identificação podem ser utilizados, como o uso de animais 
experimentais, este método é baseado em espécies que são sensíveis a 
tuberculose bovina, como por exemplo, o coelho (BEER, 2003). Radostits 
et al. (2002) relata que hoje é possível a identificação exata do 
Mycobacterium através de provas do ácido nucléico e técnicas 
moleculares. 
Beer (2003) relata que os agentes químicos mais ativos contra o CMT 
são as soluções de formalina, o ácido cresol sulfônico e, também soluções 
cloradas 3-4% e da mesma forma a soda cáustica. Dentre os agentes 
químicos que não fazem efeito sobre as microbactérias estão às soluções 
de antiformina acido sulfúrico. 
 
 
28 
 
2.3. EPIDEMIOLOGIA 
O agronegócio brasileiro vem anualmente se consolidando como uma 
das atividades mais importantes para a economia nacional. O censo 
agropecuário, em 2014, constatou que o Brasil possui um rebanho de 
bovinos próximo das 213 milhões de cabeças, sendo que a região 
Nordeste possui um total de 29.350.651, e o Estado do Ceará abriga 
2.597.139 deste montante (IBGE, 2014). 
A tuberculose bovina está presente em todos os continentes e em 
alguns países da Europ a, a doença está em fase avançada de erradicação 
ou já foi erradicado como Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, 
Finlândia, Holanda, Luxemburgo, Noruega e Suécia .Entretanto, outros 
países, apesar de possuirem programas eficientes de controle ou estarem 
em fase de erradicação, como a Espanha, Estados Unidos da América, 
Grécia, Itália, Portugal e o Reino Unido. Existem indícios que os animais 
silvestres assumem um papel importante na cadeia epidemiológica como 
reservatórios, representando um risco de introdução e reintrodução da 
patologia nos rebanhos (BRASIL, 2006; MATHEWS et al., 2006). Nos 
países em que não há medidas efetivas de controle e erradicação da 
tuberculose, a morbidade em bovinos está por volta de 8-10%, e a 
letalidade natural pode chegar a 50%, caso o animal não for para o abate 
precocemente (NEILL et al., 2001). 
A maioria dos países da América Latina possui plano de controle e 
erradicação da tuberculose, somente alguns estão em fase avançada de 
erradicação, entre eles Cuba, Costa Rica, Panamá e Uruguai (KANTOR, 
1998). 
A principal via de transmissão nos bovinos é a via aérea, 
principalmente nos bovinos estabulados, condição que a maioria dos 
bovinos leiteiros se encontra, com isso a prevalência de tuberculose em 
bovinos leiteiros é maior. No entanto, a tecnificação da exploração 
agropecuária aumentou a densidade animal, favorecendo a contaminação 
ambiental e disseminação de diversos agentes patogênicos como o M. 
 
 
29 
 
bovis, tornando não só a pecuária leiteira, mas também a pecuária de corte 
exposta aos fatores de riscos associados ao desenvolvimento da doença 
(OLIVEIRA et al., 2008). 
As infecções pelo M. bovis em bovinos e bubalinos, em torno de 80 – 
90% ocorrem por via respiratória através da inalação de aerossóis 
contaminados com (LOPES FILHO, 2010; COSTA, 2012). No entanto o 
patógeno pode ser eliminado, também, por secreções lácteas, 
uterovaginais e sêmen, fezes, urina, escarros e conteúdos de abscedação 
de linfonodos, sendo que nestes casos a transmissão ocorre através da 
contaminação da água, pastagens, utensílios e cochos por essas 
secreções (KLEEBERG, 1984). 
A transmissão entérica causada pela ingestão do M. bovis 
diretamente de fômitescontaminadas é considerada secundária à infecção 
via respiratória, podendo ocorrer em 10% dos casos. Entretanto em 
animais jovens lactentes ou mesmo em humanos que ingerem leite 
contaminado a via digestiva é a principal forma de infecção, representando 
13%. Esta contaminação ocorre somente em vacas com infecção mamária 
e em estágios avançados da doença (NEILL et al., 2001; RADOSTITS et al. 
2002). 
A infecção intrauterina acontece quando o animal apresenta 
tuberculose uterina ocorre pela via placentária, no entanto a transmissão é 
raro (BEER, 2003). 
Segundo Smith (2006) animais portadores são a fonte usual de 
infecção e o microrganismo é encontrado nas fezes, urina, aerossóis 
exalados, leite, secreções vaginais e sêmen, com isso todos os bovinos 
com lesões de tuberculose são potenciais disseminadores da doença. 
O confinamento de animais predispõe a doença, quanto maior a 
proximidade entre animais, maior a possibilidade de disseminação da 
doença entre os bovinos. Animais criados extensivamente podem 
apresentar alta morbidade da doença quando animais são introduzidos 
 
 
30 
 
animais infectados ao rebanho ou quando esses animais ingerem água 
estagnada na seca. (RADOSTITS et al, 2002). 
A disseminação da tuberculose no rebanho ocorre, normalmente, pela 
aquisição de animais infectados podendo contaminar os bovinos 
independente da idade, raça ou categoria animal, sendo a prevalência 
maior no rebanho quanto maior for o tempo de permanência destes 
animais infectados (ABRAHÃO, 1999). 
No Brasil os dados de notificação oficial indicam a prevalência de 
1,3% em média, para animais positivos ao teste de tuberculina no período 
de 1989 a 1998 (BRASIL, 2006). 
Furlanetto (2012A), no Mato Grosso do Sul, em um matadouro 
frigorífico com inspeção federal, observou uma prevalência de 0,007% e o 
mesmo considerou o estado com status sanitário de baixa prevalência. 
No Estado de Rondônia Vendrame (2013) realizou o levantamento 
epidemiológico e identificou 0,12% de animais positivos para o teste 
alérgeno cutâneo. 
No Espirito Santo, em um matadouro frigorífico com inspeção 
estadual, Lopes (2008) realizou o levantamento epidemiológico de 
tuberculose em animais abatidos e observou a prevalência 0,16% de 
animais positivos. 
Em Santa Catarina, 11.650 bovinos foram testados e apenas nove 
foram positivos, apresentando uma prevalência baixa - 0,077% (VELOSO, 
2014). 
Oliveira (2007) determinou a prevalência da tuberculose, pelo teste 
alérgeno cutâneo. O teste da prega caudal foi realizado em 150 animais 
com percentual de 8,66% de animais positivos. Em 120 vacas foi relizado o 
teste cervical comparativo e 3,33% dos animais apresentaram reação 
positiva. Esses testes foram realizados em 15 propriedades diferentes na 
região oeste do Rio Grande do Norte. O autor constatou uma prevalência 
alta na região, superando a média nacional que foi estimada em 1,3% no 
 
 
31 
 
período de 1989 a 1998 (BRASIL,2001). O autor atribuiu este resultado a 
falta de conscientização dos produtores da região e a aquisição de novos 
animais sem realização de testes diagnósticos da tuberculose bovina. 
No Estado de Pernambuco, Mendes (2009) realizou o teste de 
alérgeno cutâneo em 612 animais dos quais 86 apresentaram o resultado 
positivo correspondendo a 14% do total. Esse resultado encontrado esta 
acima da media nacional que é 1,3%, o autor relacionou esta alta 
incidência a falha do manejo sanitário, principalmente de pequenos 
produtores. No Estado do Ceará, na bacia leiteira do Quixeramobim, 
Nascimento (2014) realizou o teste alérgeno cutâneo em 248 animais, 
oriundos de 5 assentamentos e não identificou nenhum animal positivo ao 
teste (0/248). O autor relatou uma estiagem prolongada na região, que 
dificulta a aquisição de novos animais para a fazenda, fator que pode ter 
contribuído para esse resultado. 
2.4. SAÚDE PÚBLICA: TUBERCULOSE BOVINA 
A tuberculose bovina é considerada uma das zoonoses mais 
importantes no mundo, e cerca de 10% da tuberculose humana é causada 
pelo M. bovis (ABRAHÃO, 1998). Ordonez (1999) relata que a tuberculose 
zoonótica causada pelo M. bovis é responsável por 7.000 novos casos, 
todos os anos, na América Latina, e o problema se agrava devido à 
existência de indivíduos portadores do vírus da imunodeficiência adquirida 
humana (AIDS), pois esses indivíduos são os mais susceptíveis à doença. 
No Brasil, não há dados sobre a tuberculose humana causada pelo M. 
bovis (ABRAHÃO, 1999). 
O M. bovis é tão patogênico quanto o M. tuberculosis, e entre os 
indivíduos susceptíveis, as crianças apresenta maior susceptibilidade à 
doença. A infecção ocorre, normalmente pela ingestão de leite cru 
contaminado. Entre os adultos a doença tem uma característica 
ocupacional, dessa forma os trabalhadores rurais, ordenadores, 
trabalhadores da indústria da carne são os mais susceptíveis (MODA,1996 
et al. apud ABRAHÃO, 2005) 
 
 
32 
 
A doença causada pelo M. bovis é indistinguível clinicamente, pela 
tuberculose causada pelo M. tuberculosis. Nos países onde a tuberculose 
bovina não é controlada as pessoas são infectadas pela ingestão de leite in 
natura, ou pelo manuseio de carne contaminada. Já os trabalhadores rurais 
que estão em contato com bovinos enfermos podem se infectar com a 
tuberculose pela inalação de aerossóis (COSIVI et al., 1998). 
Outro grupo de risco de transmissão de tuberculose causada por M. 
bovis são os magarefes que entram em contato direto com a carne animal. 
A contaminação acontece, na maioria das vezes, pelo uso incorreto de 
equipamentos de proteção e pela falta de conhecimento sobre a 
enfermidade. (RIBAS, 2010). 
A possibilidade de contrair a tuberculose causada pelo M. bovis pela 
ingestão de carne é baixa, mas não deve ser desprezada, pois no Brasil 
ainda se consome muita carne sem inspeção e existem muitos matadouros 
clandestinos (ABRAHÃO, 2005). Corroborando com este fato Mathias 
(2008) relata que o consumo de carne clandestina no Brasil é estimado em 
50%. 
Em relação ao consumo leite in natura, outra forma de adquirir 
tuberculose causada por M. bovis, o consumo ainda é grande no Brasil, 
mesmo apesar de sua comercialização ser proibida, este produto é 
amplamente oferecido a população em todas as regiões do país 
(ABRAHÃO, 2005). 
Entre as populações rurais, aqueles que trabalham com a pecuária 
leiteira são os que apresentam mais riscos de contrair a doença pela 
proximidade com os animais doentes, sendo esta atividade a que 
apresenta maior prevalência de tuberculose bovina (ABRAHÃO, 1998). 
 
 
 
 
 
33 
 
2.5. PATOGENIA 
A principal porta de entrada do M. bovis nos bovinos é a via 
respiratória por meio da inalação, cerca de 90% ocorre por esta via. Logo 
após infecção o agente atinge o alvéolo, que em seguida é capturado por 
macrófagos, sendo seu destino determinado por fatores associados à 
virulência da cepa, carga infectante, e resistência do hospedeiro.(BRASIL, 
2006) 
Caso o bacilo não seja eliminado ele começa a multiplicação dentro 
do macrófago até destruí-los. Os bacilos liberados serão fagócitados por 
outros macrófagos ou por monócitos recém-chegados Quando essa 
multiplicação se estabiliza, cerca de duas à três semanas após a inalação 
do agente infeccioso, acontece a reação de hipersensibilidade tardia, o 
hospedeiro destrói os próprios tecidos por meio da necrose de caseificação 
para conter o crescimento intracelular dos bacilos, mediados por linfócitos 
T, ocorre a migração de novas células de defesa culminando na formação 
de granulomas (BRASIL, 2006). 
Os granulomas são chamados de tubérculos e são constituídos 
principalmente de células gigantes de Langerhans. e células epitelióides 
em volta, havendo mais na periferia da lesão uma barreira linfócitos, 
células plasmáticas e de monócitos (BIER, 1978, apud ABRAHÃO, 1998) 
Inicialmente as lesões pulmonares ocorrem na junçãobronquíolo-
alveolar, com disseminação para os alvéolos e linfonodos brônquicos, 
podendo regredir, persistir, e disseminar. A generalização da infecção pode 
ocorrer de duas formas: a miliar que ocorre de maneira abrupta a maciça 
com entrada de um grande numero de bacilos; e a protraída que é mais 
comum, que se dissemina por via sanguínea ou linfática acometendo 
pulmão, linfonodo, baço, fígado, ossos, rins, sistema nervoso central 
(BRASIL, 2006). 
A resposta do bovino pode ter um perfil humoral ou celular. Na 
resposta imune humoral acontece quando os linfócitos T helpers virgens 
(Th0), modulam em linfócitos T helper 2 (Th2) expressando co-receptores 
 
 
34 
 
CD8+, sensibilizados por interleucinas, com isso os linfócitos B são 
acionados e através da liberação de quimiocinas tipo interleucinas, que 
estimulam a célula a produzir anticorpos, os quais não são capazes de 
neutralizar M. bovis, devido a sua localização intracelular, caracterizando 
por uma resposta ineficiente para tuberculose NEILL et al., 2001). 
A resposta mediada por células é ativada quando macrófagos e 
células dendríticas ou células de Langerhans fagocitam M. bovis e 
apresentam o antígeno para linfócitos T helper 1 (TH1), que expressa co-
receptor CD4+, através do complexo principal de histocompatibilidade 
(MHC) de classe II. O MHC de classe II está presente nos macrófagos, 
células dentríticas e linfócitos B e representa a principal resposta imune à 
micobacteria, liberando interleucinas, interferon-gama, fator de necrose 
tumoral-alfa e beta, que estimula a ativação de novos macrófagos, 
linfócitos e fibroblastos. A modulação dos linfócitos T helper virgens (Th0) 
em TH1 ou Th2 depende de cada animal (NEILL et al., 2001). 
2.6. SINAIS CLÍNICOS 
 
A tuberculose bovina tem uma evolução lenta e progressiva, os sinais 
clínicos podem levar meses e até anos a aparecer. Os sinais clínicos mais 
comuns são: fraqueza, perda do apetite, perda de peso, febre, tosse seca 
intermitente, diarréia, gânglios linfáticos proeminentes. Muitas vezes o 
animal pode se encontrar infectado sem apresentar sinais clínicos. (OIE, 
2004). 
Radostits (2002) cita que o animal pode ter um apetite caprichoso, 
temperatura oscilante. Os animais acometidos se apresentam apáticos, 
olhos permanecem brilhantes e alertas. Todos esses sinais podem ser 
mais evidenciados no período pós-parto, devido a queda da imunidade. 
Outros sinais clínicos dependem do órgão envolvido, a principal via de 
transmissão em bovinos é a respiratória. Os sinais respiratórios incluem 
tosse crônica úmida e leve, dispnéia, taquipnéia. Na auscultação os ruídos 
 
 
35 
 
mais frequentes são: crepitações, sibilos e pontos silenciosos ocupados por 
granulomas. (SMITH, 2006). 
 
 
 
2.7. ACHADOS DE NECROPSIA 
A inspeção post-mortem de bovinos destinado à alimentação humana 
nos abatedouros tem grande importância para vigilância epidemiológica da 
tuberculose no Brasil. Com esta medida de inspeção consolidada 
juntamente com um bom programa de erradicação, países endêmicos tem 
conseguido reduzir a prevalência da tuberculose (KANTOR e RITACCO, 
2006). 
Corner et al. (1994) citam que 70 a 76% das lesões causadas por 
tuberculose, encontradas durante a inspeção post-mortem de bovinos em 
abatedouros, ocorreram nos linfonodos da cabeça e cavidade torácica. 
Tabosa et al. (2000) relataram a ocorrência de lesões de tuberculose 
em bovinos em um matadouro no município de Patos – PB através de 
lesões na carcaça e vísceras. No total foram inspecionados 1.021 bovinos 
abatidos e foram inspecionados pulmão, fígado, baço, rins, útero, além da 
cadeia linfática mediastínica e mesentérica e carcaça. Deste total, 32 
animais apresentaram lesões sugestivas para tuberculose e somente cinco 
apresentaram nódulos caracterizados por acúmulos focais de macrófagos, 
células epitelióides, células gigantes de Langerhans e área central 
necrótica com calcificação e negativa para fungo, caracterizando um 
granuloma tuberculóide. 
Fragas (2008) verificou 97 bovinos que foram destinados ao abate 
após o diagnóstico pelo teste intradérmico e verificou que 70 animais 
apresentaram algum tipo de lesão macroscópica sugestiva de tuberculose. 
O autor comparou métodos diagnósticos e demonstrou que o teste 
alérgeno apresentou maior sensibilidade (72,15%) quando comparados 
 
 
36 
 
com os demais testes diagnósticos, histopatológicos (64,95%) baciloscopia 
(48,94%), ELISA (34,02%) e cultura (11,34%). 
Segundo McGAVIN (2009) o foco inicial da infecção, na porta de 
entrada somado a participação de linfonodos regionais é denominado 
complexo primário da tuberculose. Se a infecção não for debelada nesse 
complexo primário, os bacilos disseminam-se via linfática a diversos 
órgãos. Caso a disseminação bacteriana seja intensa, vários focos de 
infecção desenvolver-se-ão, e estes focos são designados como 
tuberculose miliar. 
Beer (1999) relata que na tuberculose miliar diversos órgãos podem 
ser afetados entre eles, amigdalas, intestino – principalmente no jejuno, 
rins, fígado, baço, órgãos genitais masculino e feminino, útero, glândula 
mamaria, sistema nervoso central e ossos. 
Furlanetto (2012b) relata que existem métodos que podem auxiliar no 
diagnóstico da tuberculose, entre eles o teste histopatológico, a 
baciloscopia com coloração de Ziehl-Neelsen, cultura bacteriológica e PCR. 
Em bovinos a calcificação é muito frequente, principalmente nos 
linfonodos, outra lesão comum é tubérculos disseminado na superfície 
pleural e peritoneal. Os tubérculos normalmente tem um diâmetro em torno 
de 0,5 a 1 cm e por isso que é também conhecido como doença das 
perolas ou tuberculose perolada (JONES, 2000; McGAVIN, 2009). 
O tubérculo é a lesão característica da tuberculose, e é formado por 
um granuloma clássico composto por células epitelióides, circundado por 
fibroblastos com linfócitos presente. O centro do granuloma encontra-se 
frequentemente necrosado e calcificado. Comparável com lesões de outras 
doenças o tubérculo é a reação do hospedeiro aos microrganismos 
invasores, e a sua patogênese está ligado a uma resposta do sistema 
imune do animal e é comumente chamada de hipersensibilidade. 
Inicialmente a lesão consiste em aglomerados de neutrófilos que horas 
depois passa a ser substituído por macrófagos. A multiplicação das 
microbactérias ocorre intracelularmente, isso ocorre pela presença de 
 
 
37 
 
glicolipídeos que impede a fusão dos fagossomas aos lisossomas (JONES, 
2000). 
Microscopicamente o tubérculo é composto por vários tipos de células 
mononucleares. Inicialmente quando não são caseosos, eles apresentam 
células epitelóides e células gigantes de Langhans encontram-se no centro 
e são circundadas por linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Mais tarde os 
tubérculos apresentam necrose caseosa no centro devido a efeitos da 
hipersensibilidade mediada por células, esses tubérculos apresentam 
outros tipos de células e fibrose na periferia (McGAVIN, 2009). 
2.8. DIAGNÓSTICO 
Atualmente vários métodos de diagnóstico para tuberculose estão 
disponíveis e contribuem para o controle, porém esses testes laboratoriais 
devem ser sempre interpretados em conjunto com os achados clínicos 
(RUGGIERO, 2007). 
Segundo Roxo (1996) a tuberculose bovina pode ser diagnosticada in 
vivo pelos sinais clínicos e teste tuberculínico e após a morte pelo exame 
post mortem (busca por lesões macroscópicas), bacteriológicos e 
histopatológicos. Sendo esses os mais utilizados para o diagnostico da 
tuberculose bovina. A dificuldade do isolamento do Mycobacterium, os 
sinais clínicos inespecíficos e o baixo nível de anticorpos no inicio da 
infecção fazem com que o diagnóstico clínico, bacteriológico e 
histopatológico tenha valor relativo. 
O exame clínico é um método de diagnóstico in vivo preconizado para 
bovinos, no entanto apresenta uma dificuldade, pois as os sinais clínicos,geralmente, aparecem no estágio avançado da doença (RUGGIERO, 
2007). 
Outro diagnóstico realizado in vivo em bovinos é o alérgico-cutâneo, e 
é o instrumento básico para os programas de controle e erradicação de 
tuberculose bovina no mundo. Esse teste pode revelar infecções 
incipientes a partir de três a oito semanas da exposição ao Mycobacterium 
 
 
38 
 
e apresenta uma boa especificidade e sensibilidade sendo considerado 
pela OIE o teste de referência. Para que este teste funcione como 
ferramenta diagnóstica de um programa de controle é indispensável à 
padronização do teste, desde a produção de tuberculinas até a leitura do 
exame (BRASIL, 2006). 
O teste intradérmico consiste na avaliação de uma reação de 
hipersensibilidade tardia existente em animais que foram previamente 
expostos ao bacilo da tuberculose. O Derivado Proteico Purificado (PPD) 
bovino e o PPD aviário são tuberculinas utilizados para desencadear a 
reação de hipersensibilidade tardia nos animais. (MONAGHAN et al., 1994 
apud RUGGIERO, 2007) 
Segundo a Instrução Normativa nº 06, de 08 janeiro de 2008 do Plano 
Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose 
(PNCBET), elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), pode ser utilizados três tipos de teste 
intradérmicos, o teste cervical simples que é usado em gado de leite, o 
teste da prega caudal que é realizado somente em gado de corte e o teste 
cervical comparativo que é um teste confirmatório e pode ser usado para 
rebanhos que apresentem resultados inespecíficos (BRASIL, 2004). 
Alguns bovinos podem apresentar o resultado falso negativo, entre as 
possíveis causas estão: deficiência do sistema imunológico; animais 
infectados a menos de 40 dias; testes feitos próximo ao parto; animais com 
tuberculose generalizada ou em estágios finais da doença, esse fenômeno 
é chamado de anergia. Um novo teste alérgeno cutâneo só pode ser 
realizado no mesmo animal 60 dias depois, pois o resultado pode ser falso 
negativo devido a dessensibilização temporária (BRASIL,2006).O exame 
histológico é realizado através da coloração de Ziehl-Neelsen-Faraco, e 
permite a verificação da presença do bacilo álcool-ácido resistentes 
(BAAR). A fucsina de Ziehl é a coloração especifica de bactérias álcool-
ácido resistentes. As micobactérias contem grande quantidade de lipídeos 
em suas paredes, essa particularidade faz com que elas quando 
submetidas a uma coloração de fuscina e ácido fênico, impregnem-se pelo 
 
 
39 
 
corante. Após a descoloração com uma solução de acido clorídrico em 
álcool, constituintes celulares e outras bactérias se descoram, mantendo-se 
colorados somente as micobactérias (CORNER, 1994). 
O diagnóstico presuntivo pode ser feito se o tecido tem lesões 
histológicas características, tais como necrose caseosa, mineralização e 
células epitéloides (RAMOS 2015). Essas características podem ser 
observadas com a coloração de hematoxilina e eosina, e com a coloração 
de Zielh-Neelsen-Faraco através da identificação das micobacterias 
(CHARRO, 2009). 
A inspeção post-mortem de rotina realizada em matadouros de 
bovinos é um método de diagnóstico muito importante, porém muitas vezes 
as lesões causadas pela tuberculose são semelhantes a outras doenças e 
em outras ocasiões o animal doente não apresenta lesões macroscópicas 
(FURLANETTO, 2012A). 
O teste bacteriológico é considerado o “padrão ouro” para 
diagnosticar tuberculose, pois é um método seguro, porém necessita de 
meios de cultivos específicos, descontaminação da amostra, além do longo 
período para detecção das primeiras colônias (CORNER,1994 ). 
Segundo o PNCBET o teste bacteriológico será necessário em 
algumas situações: confirmação da tuberculose bovina em locais onde não 
foi comprovada anteriormente; estudo de animais positivos ao teste 
alérgico cutâneo, nos quais não apresentaram lesões macroscópicas 
sugestivas a tuberculose; confirmação da presença de infecção em animais 
positivos ao teste tuberculínico com ou sem lesão macroscópica em uma 
propriedade considerada livre de tuberculose; pesquisa de micobactérias 
em lesões sugestivas de tuberculose, encontrada durante a inspeção 
sanitária post-mortem de animais provenientes de unidades de criação 
monitoradas para tuberculose; pesquisa de micobactérias em leite e outros 
produtos de origem animal; necropsias de animais com reações 
inespecíficas, nos quais são encontradas lesões sugestivas de tuberculose 
(BRASIL, 2004). 
 
 
40 
 
Os meios utilizados para o cultivo do M. bovis devem conter piruvato 
de sódio como fonte energética, diferente das outras micobactérias como, 
por exemplo o M. tuberculosis que utiliza o glicerol como fonte de energia. 
O bacilo bovino utiliza o piruvato como fonte energética, essa diferença dá-
se pela mutação do gene da enzima catalizadora do glicerol (KANTOR et 
al. 2008). O isolamento do M. bovis requer um longo período de incubação 
(30 a 90 dias), pois as micobactérias tem um crescimento lento em culturas 
artificiais. 
Para que ocorra o crescimento de qualquer bactéria do gênero 
Mycobacterium sp. recomenda-se a semeadura concomit ante nos meios 
de cultura Lowenstein-Jensen e Stonebrink-Lesslie. O Lowenstein-Jensen 
é indicado para quase todas as espécies mas o M.bovis não cresce bem 
em meio que contenha glicerol, para o M bovis é indicado o Stonebrink-
Lesslie que utiliza o piruvato como fonte de energia. (BRASIL 2006; 
ABRAHÃO,1998). 
A técnica reação de cadeia em polimerase (PCR) permite a 
amplificação de segmentos gênicos. Esta técnica foi um dos principais 
avanços tecnológicos em relação a diagnóstico de doenças genéticas, 
neoplásicas e infecciosas. Na tuberculose a técnica de PCR vem sendo 
empregado para identificação e detecção do agente tanto em isolados de 
cultivo, como amostras clinicas (RUGGIERO, 2007). 
Apesar das vantagens e da clareza dos resultados, os custos e a 
complexidade da técnica são algumas restrições apontadas para a 
utilização de PCR para diagnóstico de tuberculose bovina (RUGGIERO 
2007). 
2.8. CONTROLE E ERRADICAÇÃO 
Existem varias razões para a tentativa de erradicação da tuberculose 
bovina entre elas estão o risco de infecção para a população humana, 
perda de produtividade dos animais infectados, restrição do comércio de 
animais para aqueles países onde a tuberculose encontra-se em fase de 
erradicação avançada (COUSINS, 1987 apud AYELE, 2004). 
 
 
41 
 
Segunda o OIE 2004 o método habitual para o controle de 
tuberculose bovina é o diagnostico individual do animal em seguida o 
eutanásia dos que apresentarem resultado positivo. 
A erradicação da tuberculose bovina apresenta diversas dificuldades, 
mas pode ser superada por qualquer país, desde que ele apresente um 
bom programa de erradicação. O Canadá foi um dos que conseguiu 
diminuir os índices de tuberculose bovina, trazendo diversos benefícios 
para o mesmo como abertura de mercado de animais, baixa incidência de 
tuberculose humana causada por M. bovis e aumento da produtividade do 
rebanho (KENNETH, 1973). 
Ao contrário do Canadá que conseguiu reduzir os níveis de 
tuberculose bovina a níveis de erradicação, existem países que não 
conseguiram ainda. O Equador, por exemplo, não conseguiu implementar 
um bom programa de erradicação e como consequência não consegue 
controlar a doença em seu território, trazendo grandes prejuízos para a 
pecuária local (PROAÑO-PÉREZ et al., 2011) 
O Brasil através do MAPA, em 2001, criou o PNCEBT, pois 
reconheceu que a tuberculose é uma doença que necessita ser erradicada 
devido aos sérios prejuízos a pecuária nacional com a eutanásia de 
animais positivos, depreciação das carcaças dos animais, além disso 
causa embargos sanitários dificultando o comercio internacional de carne 
(BRASIL, 2006). 
O principal objetivo do PNCEBT é diminuir os prejuízos causados por 
tuberculose e brucelose reduzindo aprevalência e a incidência de novos 
focos e criar um número significativo de propriedades certificada ou 
monitoradas para brucelose e tuberculose (BRASIL,2006) 
A estratégia do PNCBET está ligada às ações compulsórias, que é a 
vacinação de fêmeas de 3 a 8 meses de idade contra brucelose e ações de 
adesão voluntária como a certificação de propriedades livres de brucelose 
e tuberculose (BRASIL,2006). 
 
 
42 
 
O primeiro passo para o controle da tuberculose em uma fazenda é 
saber situação do rebanho, realizando o teste alérgeno cutâneo em todos 
os animais. Aqueles animais positivos devem ser eliminados. A aquisição 
de novos animais só deve ser feita após a realização do exame alérgeno 
cutâneo, primeiramente realiza o exame na propriedade de origem e um 
novo teste feito na fazenda após o intervalo mínimo de 60 dias.(BRASIL, 
2006) 
A vacinação e tratamento não são indicados para tuberculose bovina, 
pois diversos trabalhos foram feitos e os resultados não justifica a adoção 
dessas medidas para o controle dessa enfermidade. Além disso países 
conseguiram o controle dessa enfermidade sem o uso dessas medidas 
(BRASIL,2006). 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Apesar de ser uma enfermidade muito conhecida por todos, a 
tuberculose bovina ainda causa grandes perdas para a pecuária mundial , 
além de perdas na pecuária a tuberculose é uma zoonose que afeta 
milhares de pessoas todos anos, principalmente em países em 
desenvolvimento. 
O Brasil possui um programa nacional de controle e erradicação de 
tuberculose e brucelose, que visa diminuir a prevalência da tuberculose a 
índices de erradicação. Depois de implantado houve melhorias, mas há 
muito a ser melhorado. As ações de certificação voluntaria são onerosas e 
ainda não trazem um retorno esperado pelo criador. 
A transmissão da tuberculose bovina pra humanos ainda ocorre com 
muita frequência através da ingestão do leite cru, que afeta principalmente 
a parcela da população mais pobre. 
Talvez um maior investimento por parte do governo possa diminuir a 
prevalência de tuberculose bovina no brasil , e como consequência a 
transmissão deste bacilo para os humanos. 
 
 
43 
 
Finalizando esta revisão, evidencia a importância da tuberculose 
bovina, que ainda preocupa tanto, causando grandes prejuízos para a 
pecuária e problema de saúde publica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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