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Tratamento endodôntico conservador – proteção pulpar Professor Francisco Proteção pulpar indireta (sobre a dentina) x proteção pulpar direta (aplicada sobre o tecido pulpar exposto; quando há sangramento) Complexo dentino-pulpar: polpa e dentina -> continuidade biológica. Pontos importantes para uma proteção pulpar: diagnóstico das condições pulpares; tipos de reações do complexo dentino-pulpar aos agentes agressores; diferenças morfológicas entre dentes decíduos e permanentes. Diagnóstico da condição pulpar: Anamnese (sintomatologia): condições de saúde geral; história da dor e uso de medicamentos; colaboração da criança (dificulta a realização de testes de sensibilidade pulpar); diferenciar dor provocada (pulpite reversível) ou espontânea (pulpite irreversível). Exame clínico Mobilidade dental, pólipo pulpar ou reabsorções; Padrão e extensão das lesões de cárie ou fraturas; Exame radiográfico Extensão e profundidade da lesão de cárie; Integridade da lâmina dura (rarefação óssea inter-radicular ou periapical), envolvimento da furca e cripta óssea do germe do dente permanente -> se já teve destruição óssea ali extrair; Condições anatômicas para tratamento e restauração; Estágio e padrão de rizólise do dente decíduo (mais que 2/3 -> exodontia); Presença e estágio de formação do dente permanente (2/3 de raiz formada -> extrair o decíduo); Reabsorção interna e/ou calcificações; Características anatômicas dos dentes decíduos: menores que os dentes permanentes em todas as dimensões; menor espessura de esmalte e dentina; dentina mais tubular e menos mineralizada; câmara pulpar volumosa e cornos pulpares proeminentes. Ciclo biológico dos dentes decíduos: Odontogênese (período embrionário) -> esfoliação fisiológica; Tecido pulpar: até 2/3 de rizólise -> sem alterações estruturais; estágio final de rizólise -> alterações degenerativas (não realiza tratamento endodôntico conservador, indicação de extração); Agentes agressores ao tecido pulpar Químicos: resíduos monoméricos, eugenol, ácido fosfórico. Físicos/mecânicos: preparo cavitário, restaurações metálicas, traumatismos; Biológicos: micro-organismos e subprodutos; Obs.: frente a uma agressão, tecido pulpar pode necrosar (agressão intensa, soma de fatores), ou produzir dentina de reparação e obliterar a área -> resposta inflamatória. A profundidade da cavidade na dentina influencia a resposta do tecido pulpar? Sim, quanto mais profunda, maior são necessários os cuidados com esse tecido pulpar. Classificação das cavidades distância entre o fundo da cavidade e o teto da câmara pulpar ou parede lateral (cavidade classe V); Superficiais: Aquém, ao nível ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária. Rasas: parede de fundo localizada entre 0,5 a 1 mm além da junção amelodentinária. De média profundidade: atingem até a metade da espessura de dentina remanescente (1 a 2 mm além da junção amelodentinária). Profundas: ultrapassam a metade da espessura da dentina, mantendo, porém, cerca de 0,5 mm de dentina remanescente. Bastante profundas: aquelas para cujo assoalho dentinário, na porção mais profunda, fica estabelecido 0,5 mm ou menos da polpa). -> tecido pulpar exposto. Obs.: é importante saber essa diferença de profundidades de cavidade, pois quanto mais próximo do tecido pulpar, maior vai ser o túbulo dentinário e em maior densidade. É importante para a escolha do material que será colocado em contato com os prolongamentos odontoblásticos que são uma extensão do tecido pulpar. Proteção pulpar: interposição entre o material restaurador e o tecido dentário subjacente de uma ou mais camadas de materiais específicos para evitar injúrias adicionais à polpa (conforme a profundidade da cavidade, utilizamos diferentes materiais). - Em cavidades rasas não há necessidade -> densidades dos túbulos é pequena. - Cavidade médias: cimentos à base de ionômero de vidro. - Proteção pulpar indireta em dentes que sofreram traumatismos dentários -> dentes com rizogênese incompleta, os túbulos dentinários estão bastante amplos e existe um grande risco de contaminação do tecido pulpar através desses túbulos. A quantidade de material utilizada é mínima, somente para recobrir o tecido dentinário que está exposto -> pode prejudicar a adesão do esmalte. Traumatismo aos tecidos periodontais na presença ou não de fratura coronária: - Se o paciente sofreu um trauma com associação de (intrusão, luxação lateral, extrusão, subluxação, concussão) aumenta o risco de necrose pulpar, pois causa um dano as fibras do ligamento periodontal e rompe o feixe vasculo nervoso -> deve-se restaurar o dente e acompanhá-lo para ver se há necessidade de tratamento endodôntico. (em caso dentes com rizogênese incompleta e sofre fratura coronária sem exposição do tecido pulpar). Proteção pulpar indireta – escolha de material: deve-se levar em consideração o custo-benefício, dar preferência por materiais radiopacos (cavidade média). - Em caso de cavidades profundas, o tecido pulpar está muito mais próximo do fundo da cavidade, deve haver um maior cuidado: cimento à base de hidróxido de cálcio (maior compatibilidade, induz o organismo a produzir dentina de reparação – tomar cuidado com os fotopolimerizáveis -> tecido pulpar não responde bem -> ausência de sensibilidade -> pode gerar necrose do tecido pulpar) + cimentos à base de ionômero de vidro. - Em cavidades bastante profundas colocar primeiro a pasta de hidróxido de cálcio p.a (na parede pulpar rósea), depois recobrir com cimento a base de hidróxido de cálcio (boa resposta, custo reduzido) e depois com cimento à base de ionômero de vidro. • Hidróxido de cálcio p.a: misturar com água fisiológica ou soro fisiológico -> formando uma pasta. Proteção pulpar indireta – objetivos: preservar a vitalidade do tecido pulpar (não adianta fazer sobre tecido necrosado); permitir a reorganização do tecido pulpar inflamado; minimizar a sensibilidade pós-operatória com a colocação de materiais; induzir a produção de dentina terciária; dificultar a infiltração microbiana marginal (a partir da confecção da base cavitária através da junção dos materiais). Se a lesão de cárie está bastante profunda e não há indícios clínicos de comprometimento pulpar irreversível -> técnica de mínima intervenção (remoção seletiva de tecido cariado, na parede de fundo remover apenas o tecido infectado + proteção pulpar indireta). Odontologia minimamente invasiva: dentina infectada x dentina afetada (remover seletivamente a dentina infectada e deixar a dentina afetada – exclusivamente na parede de fundo -> capaz de ser remineralizada); remoção total x remoção seletiva; tratamento expectante x tratamento definitivo (deve ser feito o definitivo: escariação -> restauração do dente). Se ocorrer exposição pulpar – sangramento (sem alteração pulpar irreversível), precisa ser definido se essa exposição foi acidental, se não tinha mais lesão de cárie. - Se for acidental pode ser feita proteção pulpar direta -> não há mais bactérias ali. - Se for por cárie: não pode ser direta, avaliar a necessidade de realizar uma pulpotomia ou tratamento endodôntico radical. - Se houver uma exposição pulpar com alteração pulpar irreversível – dor espontânea -> pulpectomia (remover todo o tecido pulpar e obturação do canal). Proteção pulpar direta: quando ocorre exposição feita mecanicamente durante uma iatrogenia (com broca) ou exposição por trauma. Avaliar quanto tempo passou desse trauma (se for rápido pode ser direta; se tiver acontecido há mais tempo -> pulpotomia se for um dente permanente com rizogênese incompleta ou tratamento endodôntico radical). - Procedimento odontológico no qual uma polpa expostaé recoberta com um material protetor, evitando a ocorrência de injúrias adicionais permitindo o reparo do tecido pulpar exposto (estimula a formação de dentina terciária). Fratura coronária complicada -> quando há exposição do tecido pulpar: - Até 24 horas: proteção pulpar. - + 24 horas: pulpotomia ou tratamento endodôntico radical. Proteção pulpar direta com materiais biocompatíveis: hidróxido de cálcio, MTA, biodentine. - No caso de MTA e biodentine, não é necessário a confecção de base cavitária. Hidróxido de cálcio Vantagens: Biocompatibilidade; baixo custo; ph alcalino; controle da reação inflamatória; estimula a formação de barreira de tecido mineralizado; atividade antimicrobiana e hemostática; atividade higroscópica (em caso de edema); inibe a liberação das fosfolipases e prostaglandinas e atua sobre a permeabilidade vascular (controla o processo inflamatório). - Após a proteção pulpar, pulpotomia há uma estrutura de tecido mineralizado obliterando a região que foi exposta -> ponte de dentina (indicador de sucesso) -> próprio organismo faz a deposição de tecido mineralizado para a proteção do tecido pulpar (odontoblastos alinhados, tecido pulpar sem inflamação). - Quando o hidróxido de cálcio é colocado em contato com o tecido vivo, vai se dissociar em 2 íons: um cátion (Ca++) e um ânion (OH-), que em contato com o tecido auxilia no surgimento de uma camada de necrose superficial que vai facilitar a adesão dos cristais que vão mineralizar essa camada de dentina. - A mineralização ocorre inicialmente devido ao cálcio que vai se juntar ao CO2 e formar granulações grosseiras de carbonato de cálcio (zona granulosa superficial) -> vai ficar depositado na zona de necrose superficial e vai aumentando com o tempo. Esse cálcio vem do material e do nosso organismo (granulações mais finas de sais de cálcio -> deposição progressiva de sais de cálcio por odontoblastos e células mesenquimais). Todos esses processos geram: Mecanismo de ação: dissociação iônica: Ca (OH)2 Liberação de íons cálcio: proliferação celular, mitogênico para células pulpares (vai proliferar muito mais), ativação de enzimas que induzem a mineralização (fosfatase alcalina). Liberação de íons hidroxila: área de necrose superficial autolimitante: barreira mecânica e induz a migração de células inflamatórias; alcalinização do meio (ajuda na mineralização). Proteção pulpar direta – técnica de tratamento: 1. Exame clínico 2. Exame radiográfico 3. Anestesia local 4. Isolamento absoluto 5. Antissepsia do campo operatório (digluconato de clorexidina a 2%) 6. Lavagem da cavidade com soro fisiológico Camada de tecido mineralizado 7. Hemostasia com soro fisiológico (indica controle da inflamação para continuação do tratamento) 8. Secagem da cavidade – papel filtro 9. Recobrimento do tecido pulpar com pasta à base de hidróxido de cálcio (p.a) 10. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio 11. Aplicação de cimento de ionômero de vidro 12. Restauração do dente Obs.: outra alternativa é o agregado de trióxido mineral (mta), cuja composição é silicato tricálcico, aluminato tricálcico, óxido tricálcico, óxidos minerais, óxido de bismuto (pó) e água destilado (líquido) -> possui o mesmo mecanismo de ação que o hidróxido de cálcio, além disso também induz uma boa resposta, porém o custo é maior. O mta apresenta melhor propriedades mecânicas que o hidróxido de cálcio, porém pode levar a um manchamento dos dentes devido aos metais que compõe o material. • Baixa infiltração marginal; ótima capacidade seladora; toma presa em presença de água; atividade antimicrobiana; não possui potencial mutagênico, pH alcalino; indutor de mineralização; biocompatível; radiopaco; induz deposição de cemento-dentina-osso • Como manipular -> 1 medida de pó + 1 gota de água destilada, espatular por 30 segundos, cimento com consistência arenosa. Além disso, pode-se utilizar a biodentina, cuja composição é silicato tricálcico, carbonato de cálcio e óxido de zircônio (pó) e água, cloreto de cálcio (acelerador de presa) e policarboxilato modificado (confere plasticidade) no líquido. Pode funcionar como protetor do tecido pulpar, base e restauração. Apresenta alto custo e é em cápsula. Adesivo dentinário não pode ser utilizado sobre o tecido pulpar exposto! -> são materiais citotóxicos, podendo levar uma necrose química do tecido pulpar. Não há aumento da adesão ao substrato dentário. Além disso o condicionamento ácido é mais um fator agressor do tecido pulpar. Proservação -> verificar como o tecido pulpar está respondendo durante 2 anos. - Ausência de sinais e sintomas clínicos - Ausência de sinais radiográficos (não pode ter reabsorção interna, lesão periapical, pode ser percebido uma ponte de tecido mineralizado) - Ausência de reabsorção interna - Presença de ponte dentinária (se não houver, não quer dizer insucesso do tratamento) - Resposta positiva aos testes de sensibilidade - Continuação do desenvolvimento radicular, em dentes com rizogênese incompleta Dentística Professora Cristina Borsato Atualmente nós abandonamos um paradigma cirúrgico/restaurador para um modelo conservador (em que é preconizada uma odontologia minimamente invasiva). Dentes decíduos – particularidades: existem diferenças morfológicas e microestruturais entre decíduos e permanentes. Deve ser feito o mínimo de modificação, sempre respeitando a morfologia destes dentes. Decíduos x permanentes: enquanto os decíduos apresentam aspecto branco, leitoso, uniforme, o permanente é amarelado, acinzentado, cervical mais escura. A coroa dos decíduos, na região posterior apresentam uma forma mais retangular, ou seja, o diâmetro mesio-distal é maior que a altura cervico-oclusal, já os permanentes apresentam uma forma mais quadrada, o diâmetro mesio-distal é semelhante à altura cervico-oclusal (na região posterior). Já na anterior, é o contrário, os decíduos apresentam uma forma mais quadrada, enquanto os permanentes apresentam uma forma retangular, uma vez que a altura cervico oclusal é maior que o diâmetro mesio-distal. Além disso, os decíduos, na região cervical, apresentam uma constrição abrupta, e em uma visão mesial/distal a base na região cervical é mais larga que na oclusal, e as paredes vestibulares e linguais convergem para cervical (trapézio) -> permite que o grampo fique muito bem retido na região cervical, porém a adaptação pode ser ruim, pois não existem grampos específicos; seria importante ser feito um preparo de classe II gengival côncavo para que permaneça restauração apoiada em esmalte. Convergência para oclusal: quando for feito um preparo cavitário, devem ser convergentes para oclusal para gerar retenção, uma vez que o amalgama não apresentava nenhuma adesividade. Fossas e fissuras: a morfologia oclusal de um dente permanente é muito mais complexa que a do decíduo; durante uma restauração, a escultura de resina no decíduo é muito mais simples. Contato: nos dentes permanentes, está localizado no terço médio da coroa, mais para incisal/oclusal; já os decíduos não apresentam esse ponto de contato, e sim uma superfície de contato, localizada do terço médio até a cervical (ao colocar uma cunha, deve ser afiada e forçar bastante para permanecer no local). Esmalte: a espessura de esmalte de um dente decíduo é a metade ou mais da metade da espessura do permanente (bem menor). O mesmo acontece com a dentina -> tomar cuidado para não expor a polpa durante o preparo dos dentes decíduos. Além disso os prismas de esmalte dos dentes decíduos estão sempre apoiados em dentina, já os do permanente são apresentam apoio. Anatomia: os segundos molares decíduos se assemelham ao 1ª molar permanente na sua morfologiaoclusal. O 1ª molar decíduo superior se assemelha ao 1ª pré molar superior, já o 1ª molar decíduo inferior não se assemelha a nenhum permanente (tem uma fossa pequena na mesial, uma maior na distal e uma leve ponte de dentina ligando a mesio- vestibular e a lingual). Pulpares: a polpa do decíduo é maior proporcionalmente, e os cornos pulpares são mais proeminentes (cuidado para não expor durante um preparo). Raízes: decíduos apresentam raízes divergentes, com uma leve convergência na apical (germe do permanente iniciam sua formação entre elas) -> durante uma avulsão pode ser levado junto. Camada aprismática: presente nos decíduos -> é uma camada que tem prismas que correm de uma maneira diferente aos que estão perpendiculares a superfície externa, estão posicionados em outra direção. Existe também na região cervical dos permanentes (por isso restaurações cervicais se deslocam mais facilmente). - Fazer condicionamento ácido por um tempo maior nos decíduos (20 a 30 segundos), para que ele fique com aspecto branco-opaco (aspecto de giz), enquanto no permanente recém irrompido 10 a 15 segundos. Obs.: importante não fazer sobrecondicionamento -> pode criar sais insolúveis que atrapalham na retenção. Dentina: nos decíduos apresentam menor espessura e conteúdo mineral, além de apresentar túbulos com maior diâmetro e número (é muito mais fácil remover dentina de decíduos -> + túbulos + permeável; menos mineralizada) - Em decíduos é necessário um tempo de condicionamento menor que no permanente (7 a 10 segundos). Enquanto que no permanente são 15 segundos. Isso se explica pelo menor conteúdo mineral dos decíduos. Obs.: importante secar com bolinha de algodão ao invés de jato de ar, para não provocar injúria dos prolongamentos odontoblásticos. Além disso, quanto mais profunda sua cavidade, os túbulos vão estar ampliados e em menor quantidade (mais difícil a retenção dos materiais ao dente). Isolamento absoluto Vantagens: previne lesões de tecido mole (em caso de crianças principalmente, porque elas podem ter um movimento brusco); diminui o medo das crianças do jato de ar/água e objetos desconhecidos; diminui o risco de infecções pelo aerossol para a equipe; afasta a língua e a bochecha; elimina umidade (adesão de materiais restauradores); conservação asséptica da polpa radicular (pulpotomias, PPD ou PPI); elimina risco de deglutir material ou instrumentos; auxilia no manejo das crianças. Dificuldades: objeção do paciente, principalmente das crianças; explicar o porquê do uso e as sensações que pode apresentar, como a pressão do grampo; dentes recém- irrompidos, com coroa clinica curta (manter grampo em posição); dentes mal posicionados na arcada; pacientes alérgicos a látex, asmáticos e respiradores bucais; pacientes com necessidades especiais. Material e instrumental: lençol de borracha; perfurador Ainsworth; pinça porta-grampos; porta dique (Ostby ou Young); fio dental. Técnica de perfuração: marcação direta; divisão em quadrantes; carimbos. -> espaçamento entre os furos deve ser correto. - Número de furos: dente a tratar + 3 (na pediatria menor número possível) * endo: só o dente a ser tratado. * cavidade que envolva a proximal: grampo no dente posterior e anterior. -> para que seja possível colocação de matriz e cunha. - Grampos normais: 200 a 205 – molares/ 206 a 209 – pré molares/ 210 e 211 – anteriores/ 212 (de ferrier) – de retração/ w8a, 14, 14A, 8A – dentes posteriores – garra que entram em região subgengival – 1ª molares permanentes recém irrompidos/ grampos especiais: 25 e 28 – sem aleta. • 14: bom para usar em 2ªs molares decíduos. - Segurança: passar um pedaço de fio dental e amarrar o grampo (amarria). -> evitar deglutição. - Técnica de colocação: 1ª borracha e depois o grampo/ 1ª grampo e depois borracha/ levar ao mesmo tempo borracha e grampo até o dente. - Técnica de remoção: remover resíduos da superfície da borracha; retirar cunhas; cortar e remover amarrias; remover grampos; retirar borracha e arco. - Dentes anteriores decíduos: na região anterior fazer amarria dos 4 incisivos e colocar dois grampos nos caninos. - Isolamento relativo: rolos de algodão; grampos especiais; sugadores; inconvenientes -> pode haver contaminação pela umidade, fato que interfere na retenção dos materiais. Além disso, crianças apresentam maior salivação. Preparo cavitário: Visa preservar ao máximo a estrutura dental sadia atualmente -> abordagem minimamente invasiva (restaurações mais conservadoras, cavidades restritas as lesões de cárie). A partir de 1955, quando foi preconizada o uso de condicionamento ácido, houve uma evolução das resinas compostas e sistemas adesivos, e conforme o tempo passa surgem novos materiais. Sistemas de confecção de preparos cavitários: Preparo convencional: motor de baixa e alta rotação; fresas brocas -> dor e desconforto do paciente: estimulo mecânico, sensibilidade da dentina vital, vibração, ruídos, estímulo térmico sobre a polpa. - Para realizar preparos para utilização de materiais resinosos, vamos nos ater apenas a remoção de tecido cariado -> caixa proximal supragengival (monômeros liberados da resina em contato com tecido gengival é altamente irritante); ângulos internos arredondados; forma de retenção, profundidade (hoje não precisa). -> preservar máximo de tecido sadio, cavidade proporcional a lesão de cárie (brocas esféricas em baixa rotação, alta rotação só em esmalte). Remoção seletiva das lesões de cárie: deve remover dentina infectada – necrótica (em lascas com cureta) e deixa dentina afetada (remineralizável). Já nas paredes circundantes, a biomassa cariada deve ser totalmente removida. Preservação da dentina afetada na parede pulpar. É de fundamental importância o caráter decisivo entre o que deve ser removido e o que pode ou convém ser preservado durante a remoção do tecido cariado. - Dentina infectada: camada mais externa do tecido cariado (amolecida, apresenta atividade) - Dentina afetada: menos organizada, menor número de bactérias, passível de remineralização, tecido sensível, endurecido, seco, curetagem resistente. -> estimula processo de esclerose tubular e deposição de dentina terciária; deposição de dentina terciária; redução da permeabilidade de dentina remanescente. - O intuito da remoção seletiva é de preservação da estrutura dentária remanescente sadia, evitar exposição pulpar e manter a vitalidade pulpar e impedir a progressão da lesão de cárie. Tratamento restaurador Preparo cavitário – abrasão a ar: foi utilizado antes do aparecimento do alta rotação. Necessidade de sucção de alta potência, forma ângulos internos arrendondados (porem necessita de um treinamento muito bom) e são incompatíveis com restaurações de amálgama, ouro e cimento de silicato. - Sistema mecânico, não rotatório, que age por energia cinética. É um jato de ar comprimido com agente abrasivo (partículas de oxido de alumínio), que apresenta dureza semelhante ao dente, por isso corta fácil. É de fácil obtenção, baixo custo e atóxicas. - Preparo cavitário dependentes de variáveis: pressão; dureza, forma e tamanho das partículas; diâmetro e comprimento da ponta ativa; distancia da ponta ao dente; tempo de aplicação do jato. - Características: contornos internos arredondados; decíduos semelhantes aos permanentes; quanto maior a distância dessa ponta ativa ao dente, menor a eficiência do corte (preparos mais rasos e largos). - Vantagens: preserva estrutura dental; sem ruídos, vibração e sensibilidade; ausência de dor e desconforto; rapidez da técnica; diminuição da ansiedade do paciente; sem pressão (não aumenta a temperatura do dente). - Desvantagens: perda da sensibilidade tátil (por não encostar no dente) e elevado custo(15 mil reais). - Contra-indicações: pacientes alérgicos e/ou asmáticos; obstrução crônica dos pulmões; exodontias recentes; cirurgias bucais (ferida aberta – entra poeira); feridas abertas; periodontias; aparelhos ortodônticos (pode soltar alguma peça); abrasões dentárias; lesões de cárie subgengival. - Medidas de proteção: óculos, máscaras, gorro, sucção de alta potência, toalha úmida, algodão úmido na narina do paciente. Ultrassom: sistema mecânico, não rotatório, vibratório, seguro, pontas especiais que podem ser aplicadas em qualquer ultrassom, técnica indolor, silenciosa, preservação de estrutura dentária sadia. - Sistema vibratório faz com que esses preparos sejam muito restritos/econômicos. - Aumento da superfície livre no preparo -> aumento da adesão dos materiais resinosos. -> pontas com várias pontas diferentes para diferentes aplicações. Laser ER:YAG Laser de alta potência, muito bem aceito pelas crianças (remove tecido duro/mineralizado, sem pressão, vibração, com refrigeração), contornos internos arredondados. - Mecanismos de ação: seu comprimento de onda coincide com o pico máximo de absorção da água, quando o feixe incide sobre a hidroxiapatita, a camada hidratada dela sofre um aumento de volume interno, ocorrendo microexplosões desse substrato (ablação). - Seguro, não causa mutações, crianças e gestantes (feixe do laser é colimado, atua no ponto que ele está direcionado) - Em uma sala fechada, proteger o paciente e a equipe com óculos de proteção. - Dispensa anestesia local -> ausência de vibração e ruídos; bem aceito entre as crianças. - Desvantagens: dificuldade de controle durante o procedimento (sem treinamento), custo elevado, tamanho do aparelho é muito grande, dificuldade de acesso às lesões de cárie (nas paredes circundantes usar cureta, laser não faz curva); irritação pulpar (não é verídico). Carisolv: sistema químico-mecânico. É um hipoclorito de sódio que contem aminoácidos, cloreto de sódio e hidróxido de sódio, corante eritrosina, gel carboximetilcelulose, água purificada, Ph 11 (básico). - Kit com carisolv e curetas - Coloca o produto na lesão de cárie -> espera 1 minuto -> faz agitação com cureta dentro da cavidade. - Preserva estrutura dental sadia, menor desconforto, dispensa anestesia local, usado em pacientes especiais e bebês. -> dispensa alta rotação (aerossol). - Maior tempo de trabalho; cárie na junção amelodentinária é mais difícil de ser removida, custo alto. Papacárie: gel papaína, mesmo processo do carisolv. Brix 3000: mesma composição do papacárie. Hipomineralização molar-incisivo -> diagnóstico e tratamento Prof. Fabrício ✓ 20-25% de prevalência em crianças; ✓ Com o declínio da doença cárie aumentam as possibilidades de diagnóstico; ✓ Múltiplas consequências clinicas (estética, cor, risco de cárie, desgastes, fraturas,..); ✓ Diagnóstico precoce aumenta a chance de estabilização dos danos. Defeitos de esmalte: durante a formação de esmalte, primeiro é depositada a matriz de esmalte (proteínas não mineralizadas – amelogenina, ameloblastina, enamelina..) - se ocorrer um defeito nessa fase, falta um pedaço desse esmalte -> hipoplasia do esmalte. Depois, ocorre uma mineralização da matriz (se o defeito ocorre nessa fase, a quantidade do esmalte é normal, porém falta minerais – defeito qualitativo -> hipomineralização do esmalte) e por conseguinte a maturação pós eruptiva do esmalte (onde ganha minerais da saliva e do ambiente bucal que ele está inserido), que por sua vez gera opacidades se o defeito ocorrer nessa fase, mais superficiais que a hipomineralização do esmalte. • 2 defeitos, 3 etiologias (são considerados os defeitos quantitativos – hipoplasia, ou qualitativo – hipomineralização). Hipoplasia do esmalte: falta na deposição da matriz, falta estrutura; esmalte com fossetas, ranhuras, fendas; tratamento restaurador (+ fácil tratar que a hipomineralização, apesar de ser menos estético). Hipomineralização do esmalte (falha na mineralização da matriz): manchas brancas, amarelas ou marrom superficiais; não há efeito estruturais, mas há perda significativa da dureza (favorece fraturas – ao menor esforço mastigatório se o defeito estiver nas cúspides de trabalho); aumento do conteúdo orgânico (mais de 20%) e porosidade (risco de cárie; aumento de dor); pode haver fratura pós-eruptiva de esmalte (principalmente na HMI) – diagnóstico diferencial com hipoplasia; tratamentos diversos (estética, prevenção de cárie, dessensibilização). DDE – etiologia: fatores locais; fatores sistêmicos; fatores genéticos/hereditários -> dependendo do fator etiológico temos a possibilidade desses 2 defeitos ocorrerem. Fatores locais: o mais comum é o traumatismo da dentição decídua antecessora (pode ocorrer uma intrusão do dente decíduo antecessor); infecção pulpar/periapical no antecessor (mais comum em pré-molares devido a infecção no molar decíduo anterior); traumatismo em parto/manobras cirúrgicas; radioterapia em cabeça/pescoço; outras (infecções locais..). O defeito de esmalte é causado em um ou poucos dentes próximos, geralmente no terço médio e incisal ou oclusal do sucessor permanente e o tipo do defeito depende da fase da amelogênese (quanto mais jovem a criança for em caso de trauma, menor o estágio de formação da matriz de esmalte). Dente de turner: quando a hipoplasia muda a forma da coroa do dente, geralmente em decorrência de infecções pulpares não tratadas ou mal tratadas na dentição decídua. Fatores genéticos/hereditários: amelogênese imperfeita (afeta genes das proteínas da matriz ou envolvidas na amelogênese – todos os dentes são afetados, decíduos e permanentes, sem uma causa específica – mutação de algum gene). Metade dos pacientes costumam ter mordida aberta anterior esquelética como característica clínica. ➔ Amelogênese hipoplásica x hipomineralizada: tratamentos distintos. Fatores sistêmicos: - Pré-natais: tabagismo/elitismo, outras complicações. - Perinatais: pré-termo/baixo peso; hiperbilirrubinemia, etc. - Pós-natais: várias doenças e condições (até 4 anos de idade); fluorose dental (simétrica, homóloga). - Geralmente afeta grupos de dentes (pode ser assimétrico – hmi); tipo de defeito depende da fase da amelogênese; HMI é um grande exemplo, assim como a fluorose dental. Fluorose dental leve: ação direta dos fluoretos nos ameloblastos que são traduzidas em opacidades difusas (em toda a coroa), em forma de estrias ou “flocos de neve” em grupos de dentes (depende da época de exposição ao excesso de fluoretos). É a mais prevalente atualmente. HMI (hipomineralização molar-incisivo): defeito qualitativo que se traduz em uma opacidade demarcada e ocorre em 1ªs molares permanentes (+ incisivos, as vezes em 2ª molares decíduos); é um defeito de origem sistêmica de origem multifatorial; redução de mais de 20% do conteúdo mineral (porosidades); desafio clínico (hipersensibilidade, analgesia, adesão de resinas compostas, estética, riscos de cárie). Diagnóstico da HMI: anamnese específica voltadas para HMI; dieta, higiene, funções (ver se os dentes afetados estão interferindo em hábitos mastigatórios; dificuldade de escovação); experiências prévias (restaurações que não param, prevalência de dor); expectativas da família; avaliar todos os dentes; monitorar o tratamento. - Critérios de diagnóstico: pelo menos um primeiro molar permanente envolvido; opacidades bem demarcadas (branco, amareladas ou acastanhadas); fratura pós-eruptiva ou restaurações atípicas (cáries onde não deveria ter); presença de DEDs em 2ª M decíduos é um fator preditivo; é assimétrica e dinâmica (pode piorar rapidamente). - Manchas amareladas ou acastanhadas -> maior conteúdo proteico ou falta de conteúdo mineral – até50% - maior chance de fraturar em zonas de esforço mastigatório (superfície oclusal, cúspides de trabalho) -> permite um diagnóstico diferencial de gravidade. Hmi: associação com cárie, devido a maior porosidade. ➔ Pode existir HMI associada a fluorose dental: paciente pode ter tido ingestão expressiva de fluoretos durante a época de formação do esmalte e ao mesmo tempo ter uma predisposição genética na mesma época: opacidades difusas em vários grupos de dentes; opacidades demarcadas ou fraturas pós-eruptivas em 1ªs molares permanentes. Obs.: os 1ªs molares e os incisivos geralmente são os afetados pela HMI por possuírem as fases de formação de esmalte semelhantes. Sendo que o defeito na formação provavelmente deve ocorrer entre os 0-6 meses de idade. MIH – prevalência: 4 a 25% (chega a 40% em algumas populações); maior em certos grupos de risco (asmáticos, pré-termo com baixo peso); Brasil: próximo a 20%; mais comuns em molares inferiores e com opacidades amareladas; falta de padronização dos critérios de diagnóstico (alta variabilidade da prevalência). Como avaliar a gravidade? Avaliar além da característica clínica, principalmente o que está causando (hipersensibilidade). - Opacidades brancas são menos graves que as amarelas/castanhas; paciente com fratura pós eruptiva tem um nível de gravidade menor que cárie atípica; localização do defeito (cúspide de trabalho, tamanho do defeito); hipersensibilidade (fazer teste em todos os elementos, ver se é espontânea/estimulada – usar seringa tríplice a 1 cm por 3 segundos); idade da criança/dente (em pacientes mais velhos – 8,9 anos – já houve a fase de maturação do esmalte, logo eles têm menos chance de apresentar FPE); experiências prévias; eficácia da higiene, dieta. Como individualizar o plano de tratamento: avaliar a gravidade do defeito de todos os dentes presentes; avaliar a hipersensibilidade dentária de forma sistêmica (dor espontânea e estimulada), considerando a idade dental e da criança). HMI – problemas clínicos: hipersensibilidade/ansiedade/medo; tecido pulpar em constante estado de inflamação – aumento da porosidade do esmalte devido à falta de minerais (mediadores->dor); dificuldade de analgesia e anestesia local; aumento do risco de cárie (principalmente em opacidades não-brancas e com FPE); dificuldades na adesão; necessidade de grandes reconstruções, exodontias HMI – soluções clínicas para analgesia: principalmente em molares FPE; efeito sinérgico com ansiedade/medo -> sedação (vai deixar o paciente tranquilo e fornecer analgesia); protocolos de laserterapia de baixa intensidade (analgesia temporária); analgesia pré-emptiva (1 hora antes ou 1 dia + 1h) – ibuprofeno – ainda não foi testada -> visa melhorar a eficácia da anestesia; alterações na anestesia local; restaurações ou selamentos provisórios (CIV) – devolver mineral para a superfície dental -> analgesia; fluorterapia (4 semanas); dentifrícios com CPP-ACP ou hiperfluoretados. - Protocolos de adequação do meio - 4 semanas de fluorterapia - 4 semanas de dentifrícios alternativos - Selamento das FPE ou opacidades (amareladas) - CIV de alta viscosidade (equi fort, fuji IX) - Considerar sedação * protocolo realizado em pacientes com sintomatologia – hipersensibilidade. HMI – soluções clínicas para anestesia: articaína – duração de anestesia pulpar um pouco maior (cuidados com mordedura pós-anestesia – anestesia de tecido mole mais prolongada); técnicas intraósseas; anestesia troncular + intraligamentar (fazendo uma boa antissepsia da gengiva). HMI – soluções clínicas para adesão: selamento com CIV ajuda a maturação pós-eruptiva e pode diminuir a probabilidade de FPE -> remineraliza a região até que seja possível realizar procedimentos restauradores; diminuição do risco à cárie melhora a adesão; desproteinização (hipoclorito de sódio antes ou após o condicionamento – controverso); adesivos de 3 passos (cuidado com o primer e adesivo); adesivo self-etching parece melhorar adesão em esmalte, principalmente em defeitos mais grave. HMI – protocolo de tratamento: vai ser baseado na severidade e idade dental. Prevenção/remineralização é mais adequado em dentes recém irrompidos. - Em crianças que ainda não apresentam 1ª molar permanente (< 6 anos de idade), se tiver defeitos de esmalte, opacidade demarcadas, hipomineralização em 2ªs molares decíduos, 1ªs ou caninos, deve-se planejar muito bem o monitoramento da erupção dental dos 1ªs molares permanentes para estabelecer condutas de remineralização mais precoces. - Em crianças de 6-8 anos de idade (1ªs molares permanentes recém irrompidos), em processo de maturação pós eruptiva, as condutas remineralizadoras são mais importantes. HMI- protocolo de conduta: 1. Identificação do risco (anamnese em crianças – 6 anos) 2. Diagnóstico precoce (2MD e em erupção) 3. Remineralização e dessensibilização (CIV/ fluoretos) – principalmente em dentes que temos maturação eruptiva (6-8 anos de idade em 1ªs molares permanentes) 4. Prevenção de cárie dental e FPE 5. Restaurações 6. Proservação mais frequente Identificação de risco/diagnóstico precoce: anamnese direcionada em busca ativa pelos fatores etiológicos (doenças e condições associadas até 2-4 anos de idade); diagnóstico precoce; avaliar sempre os 2ªs molares decíduos; programar um acompanhamento da erupção dental (principalmente se o paciente apresenta um defeito de esmalte na dentição decídua). Remineralização, dessensibilização e prevenção de FPE: modificações dietéticas e de higiene bucal (principalmente no 1ª mês, para prevenção de fraturas, evitar alimentos duros); adequação do meio bucal; 4 semanas de MI paste ou dentifrícios com fluoretos – 1 vez por dia nas lesões antes de dormir (remineralização em casa no 1ª mês); 4 semanas de fluorterapia tópica em consultório; em pacientes com hipersensibilidade: dentifrícios dessensibilizantes ou laserterapia ou outros tratamentos; selamento com CIV’s de alta viscosidade (por pelo menos 15 dias). HMI – protocolo de conduta – tratamento individualizado: em alguns casos é feita a remoção somente do esmalte + poroso ao invés de remover todo o efeito; nunca utilizar amálgama (dureza facilita FPE); CIV para restaurações temporárias em dentes com FPE, em dentes recém-irrompidos -> melhora a adesão; RC: adesivos self- etching (?); coroas completas, próteses, lentes de contato, recomendadas apenas em pacientes com oclusão dental estável (após término da erupção dos segundos molares); extrações/planejamento ortodôntico para mesialização do 2ª molar decíduo (a partir dos 8-9 anos de idade, essencial abordagem multidisciplinar, com ortodontista). Soluções estéticas minimamente invasivas: - Transiluminação: diagnóstico da profundidade da opacidade –> nunca usar o fotopolimerizador pra isso. Se o defeito ficar puntiforme (mais escuro), quer dizer que ele é mais profundo (vai da superfície do esmalte até a junção amelodentinária) -> microabrasão não será efetiva. Se o defeito sumir ou ficar mais difuso, quer dizer que o defeito é mais superficial -> microabrasão efetiva. - Microabrasão de esmalte: ácido fosfórico 37% + pedra- pomes; ácido clorídrico 6 a 8% + sílica -> protocolo com menos repetições, menos agressivo. - Pode ser associado clareamento externo -> clareamento profissional prévio com baixas concentrações de peróxidos e proteção das manchas com top dam. - Facetas diretas como alternativa à mega-abrasão de esmalte é uma outra alternativa (restauração sem preparo com recobrimento das manchas). - Remoção seletiva de tecido cariado e restauração do esmalte. HMI – planejamento e proservação: incluir no plano de tratamento a proservação; monitorar margens das restaurações; monitorar higiene/dieta; fotografar oscasos, para melhorar comparação clínica; considerar coroas totais, lentes de contato, próteses (multidisciplinaridade!); planejar antecipadamente exodontias e tratamentos ortodônticos; teleodontologia para diagnóstico/tratamento. Anomalias dentárias em odontopediatria Prof. Fabrício - Dados epidemiológicos gerais: permanente (perto de 25%); decídua (menos de 5%); - Anomalias dentárias como características sugestivas para diagnóstico de síndromes (associação com anomalias faciais, exames e possível encaminhamento para uma avaliação médica); - Anomalias como assunto de questões de concursos públicos; - O olhar do CD: os problemas associados e métodos de resolução clínica; Classificações: clássica (OMS): de acordo com número, tamanho, forma, estrutura, cor, erupção. Quanto à época da falha na odontogênese: 1. iniciação e proliferação (anomalias de número, odontomas, transposições) 2. histodiferenciação (odontodisplasia dentinária) 3. morfodiferenciação (anomalias de forma) 4. aposição (AI, DI, hipoplasias de esmalte) 5. mineralização (hipomineralização de esmalte) 6. erupção Quanto à característica: hipoplasiantes (agenesias, AI, DI, microdontias); hiperplasiantes (supranumerários, macrodontia, odontomas), ganho de estrutura; heterotópicas (anomalias de erupção, dens in dente, dilaceração) modificação. Nova classificação (genéticas) 1. agenesias -> isoladas ou sindrômica 2. supranumerários 3. morfológicas (inclui tamanho e forma) 4. de esmalte 5. de dentina 6. de erupção 7. de gengiva e periodonto 8. tumor-like Dicas clínicas: diagnóstico precoce: programar condutas de acordo com o desenvolvimento da criança; pensar globalmente sobre as consequências (oclusão, cárie, DP, estética, fonética); agir antecipadamente sobre essas possíveis consequências (fazendo prevenção de problemas periodontais, bruxismo, assim como outras alterações); avaliar todos os dentes, considerar RX panorâmica em busca de outras anomalias; anomalias múltiplas: considerar diagnóstico de síndromes; tratamento de caráter multidisciplinar. 1. Anomalias de Número - Homens: macrodontia / supranumerários - Mulheres: microdontia / hipodontia (agenesia) Hipodontias (agenesias): anomalia de número (OMS), hipoplasiantes, fase de iniciação e proliferação - Até 5 dentes; oligodontia (mais de 6 dentes); anodontia (em todos os elementos dentários, consequência de displasia ectodérmica, incontinência pigmentar, síndromes ligadas ao p63) - 3 a 7,5% permanentes (2ºPM / IL) 0,1 a 0,7% decíduos (IL/CI) quase sempre sem D —> sem P - Mais prevalente em orientais, mesmo gene conóide e agenesia (irmãos/decíduo-permanente) - IL conóide x agenesia de PM (genes). - Mais frequente: mandíbula e sexo feminino (1,5:1) até 25% incluindo 3º molar - Necessária confirmação radiográfica, associada a Síndrome de Down - Simplificação da anatomia dos outros dentes – genes (geralmente quando a criança apresenta microdontia, também vai ter agenesia) - Problemas: ortodôntico (falta de espaço, extrusão do antagonista) rizólise mais demorada, anquilose, reabsorção radicular, falta de desenvolvimento ósseo (problemas periodontais) Exemplo: Agenesias de PM (vai perder o dente decíduo muito mais vagarosamente -> anquilose -> pode extrair o dente pensando em manter ou fechar o espaço). - Tratamento: exodontia antes que cause problemas maiores e mantenedor de espaço para posteriormente colocação de implante / fechamento de espaço —> abordagem multidisciplinar Displasias ectodérmicas: defeito no folheto germinativo ectodérmico (todas as estruturas formadas por ele são alteradas -> grupo muito distinto de doenças) - Defeitos nos tecidos ectodérmicos (pele e anexos, glândulas, dentes); DE hipohidrótica: ligada ao X (EDA) -> oligodontia, dentes conóides; em homens é mais severo; considerar implantes dentais, reabilitação oral, mesmo na infância. Síndrome do incisivo central mediano solitário: fusão ou agenesia do IC; anomalias nasais (hiposmia = dificuldade olfativa); falta de filtro nasal, freio labial superior e papila incisiva (estruturas centrais do paciente se aproximaram -> fusão dos dois incisivos centrais); IC único, na linha média e simétrico, acompanhado de outros defeitos na linha média; - É rara; baixa estatura; deficiência hormonal; hipotelorismo (redução da distância inter-pupilar); anomalias nasais (atresia coanal, obstruções nasais); holoprosencefalia – ciclopia (etmóide). Se for diagnosticado, deve-se referir esse paciente para um acompanhamento genético. Dentes supranumerários: anomalia de número (OMS), hiperplasiantes, fase de iniciação e proliferação - 1% em média, sendo 0,3 a 3,8% em permanentes / sexo masculino 3x + afetado que o feminino - Síndrome de Gardner (polipose adenomatosa familial) -> problemas intestinais + supranumerários; Disostose cleidocraniana (RUNX-2). A ocorrência mais comum são os mesiodens. - Síndrome de Nance-Horan - Diagnóstico por oportunidade (abaulamento, atraso na erupção, diastema, achado radiográfico – mais comum) - Considerar indicação e oportunidade cirúrgica (relação com dentes adjacentes em formação) 2. Anomalias de forma e tamanho: macro e microdontia, geminação, fusão, concrescência, taurodontismo, cúspides acessórias (dens evaginatus), dens invaginatus, dentes de Hutchinson, dentes de Turner, dentes conóides, pérolas de esmalte, hipercementose (exceção), raízes supranumerárias, dilacerações coronárias. Microdontia: pode haver agenesia associada; mais comumente localizada em incisivos laterais, 3ª molar (maxila); generalizada é rara (nanismo hipofisário); sexo feminino; avaliar problemas ortodônticos, periodontais Macrodontia: anomalia de tamanho (OMS), hiperplasiante, fase de proliferação - Problema estético é muito mais difícil de ser resolvido (impossibilidade de desgaste grande -> câmara pulpar acompanha o tamanho do dente); - Generalizada é rara (gigantismo hipofisário); - ICI e ICS sexo masculino, permanentes (1,5%) decíduos (desconhecido) - Diagnóstico diferencial: dentes duplos (geminação) Dentes duplos: fusão, germinação, concrescência anomalia de forma (OMS), hiperplasiantes, fase de morfodiferenciação - Pode haver associação de fusão e agenesia. - IL é o mais afetado (pode estar fusionado com um supranumerário) - Diagnóstico radiográfico (2 canais, 2 raízes fusionadas) -> fusão/ canal único, amplo -> geminação - Risco a cárie (sulco aumentado); comprometimento estético; oclusal; periodontal -> tratamento: restaurações, desgastes (só é possível separar quando forem unidos pela coroa). - A forma de tratamento é semelhante para ambos - + comum em dentes decíduos do que permanentes; no exame clínico avaliar o número de dentes (considerar a fusão com supranumerário); exame radiográfico: avaliar canais radiculares, outras anomalias - Pode ser separado quando há fusão entre supranumerário e outro dente, ou por exemplo entre IL e canino fusionados apenas pela coroa. - Fusão (tem dois canais) ≠ germinação (duas coroas para um único canal) Cúspides acessórias: anomalia de forma (OMS), hiperplasiante, fase de morfodiferenciação. - No local onde há uma cúspide, vai haver uma câmara pulpar própria, logo não é possível somente desgastar a cúspide -> exposição pulpar. O principal problema é a interferência oclusal, pode gerar problemas fonéticos, risco de cárie aumentado onde apresenta sulco (nicho de maior adesão de biofilme -> selar). - Como tratamento, analisar se é melhor tratamento ortodôntico ou desgastes, dependendo do caso. - Dens evaginatus: dentes post. no centro do dente - Mais comum em dentição permanente, orientais e IL (talon cúspide/cúspide em garra) - Molares em amora (tríade de Huchinson - sífilis congênita) - Síndromes:orofacial II, Rubistein-Taybi, Mohe) * tubérculo de Carabelli (P de MS) tubérculo de Bolk (V de MI) —> variação da normalidade. Sífilis congênita: AIDS é atualmente uma doença crônica -> pessoas deixaram de se proteger -> volta das DSTs. Se a gestante apresentar sífilis, gene vai interferir nos ameloblastos DENS IN DENTES: radiopacidade de esmalte na raiz anomalia de forma (OMS), heterotópica, fase de morfodiferenciação - Presença de esmalte abaixo da coroa -> radiopacidade semelhante a esmalte em nível coronal, invaginando dentro do dente (como se fosse um dentro do outro) - Prevalência (0,25 a 6,9%) IL; sexo masculino 3:1, raro em inf. e decíduos - Problema estético (geralmente associado a cúspide acessória), trauma oclusal, maior susceptibilidade à cárie e infecção pulpar; problemas periodontais e principalmente endodônticos. Pérolas de esmalte / Projeção cervical anomalia de forma (OMS), heterotópica, fase de rizogênese - amelogênese ectópica, + comum em MS permanentes - consequências: DP (não existe inserção das fibras periodontais onde tem esmalte, gerando bolsa) e envolvimento de furca (sondagem). Sulco Palatogengival: anomalia de forma (OMS), heterotópica, fase de rizogênese - ILS (face palatina, pode ir até o ápice) IC (vestibular) - consequências: acúmulo de biofilme, DP - tratamento: periodontal (plastia do sulco - saucerização). Taurodontismo: anomalia de forma (OMS), heterotópica, fase de morfodiferenciação (rizogênese) - aumento da câmara pulpar / associada a síndromes / 2ºM permanente - consequências: endodontia e exodontia - tratamento: diagnóstico precoce para evitar cáries Dentinogênese Imperfeita - defeito em proteínas da dentina, é mais grave que a Amelogênese Imperfeita, pois muitas proteínas da dentina também estão presentes no tecido ósseo, causando defeitos ósseos • tipo I: associada a osteogênese imperfeita (associada ao colágeno tipo I) • tipo II: isolada (DSPP - sialoproteína da dentina) • tipo III: Brandywine Isolate (variação da tipo II) - 1:8.000 indivíduos RARA, afeta + gravemente decíduos - complicações clínicas, difícil tratamento - dentes opalescentes, amarelados/acastanhados, esmalte destaca, desgaste excessivo * só vai conseguir diferenciar o tipo com: anamnese, características e diagnóstico genético Osteogênese Imperfeita - fragilidade óssea generalizada, esclera azul, perda de audição progressiva, DI, 1:20.000 RARA Displasias Dentinárias • tipo I: dentes sem raíz • tipo II: coronário - muito raras 1:100.000 - mesmos genes da DI (DSPP - espectro), portanto são consideradas variações da DI tipo II - consequências: grande número de perda de dentes - tratamento: reabilitação oral / implantes Odontodisplasia Regional (dentes fantasmas) - não genética/hereditária, localizadas/generalizadas (focais), muito rara - associadas a problemas sistêmicos ou locais graves (vascularização/infecção) - afeta esmalte, dentina e polpa (afeta dentes próximos) tratamento: exodontia. Malformação Molar-Incisivo: anomalia de forma (OMS), hipoplasiante, ase de rizogênese —> nova anomalia 2014 - 1ºM permanente, 2ºM decíduos e incisivos - raízes curtas e delgadas, com calcificações pulpares - constrição cervical de coroas dos incisivos permanentes - histórico de doenças neurológicas na primeira infância - diagnóstico radiográfico (molares) - muitas vezes: abcessos odontogênicos (M) Odontologia para gestantes Prof. Francisco O tratamento odontológico não aumenta o risco de efeitos adversos à gestante ou ao feto. O cuidado odontológico é seguro e efetivo. Programa meu bem querer -> programa de assistência à saúde da mulher – RP -> na primeira consulta pré-natal a gestante deve ser encaminhada para uma consulta odontológica. Por que poucos CD’s prestam atendimento odontológico à gestante no consultório? Controvérsias de opiniões; abordagem deficiente; falta de interação multidisciplinar (dificulta o encaminhamentos dos pacientes e as orientações). Principais alterações na cavidade bucal da gestante: - Cárie dentária (maior consumo de açúcar; higiene bucal negligenciada; alimentação fracionada – a cada 3 horas – mantém um Ph baixo da boca) - Gengivite: relacionada ao aumento do nível hormonal (principalmente estrogênio e estrógeno -> gengiva sensível ao toque, sangrando); vascularização aumentada -> respostas inflamatórias mais intensas + placa (presença de biofilme em um hospedeiro susceptível). - Doença periodontal: pré-existente exacerbada pelos níveis hormonais e não causada (ela é causada pelo biofilme, falta de higiene). Aumenta o risco de parto prematuro de bebês de baixo peso ao nascer, porém ainda não foi estabelecido um fator causal. - Erosão dental (perimólise): superfície palatina dos dentes anteriores superiores (região que fica em contato em caso de vômito) -> esmalte perdido nessa intensidade não tem como ser formado novamente. Em situações que há amolecimento de esmalte sem perda de estrutura -> usar verniz de flúor, por exemplo. Pode ser utilizada uma placa para evitar o contato do vômito com a superfície dental. Por que as gestantes não buscam tratamento odontológico? Mitos sobre os efeitos da gravidez na saúde bucal; questionamentos sobre a segurança do tratamento odontológico para o feto; poucos recursos financeiros. Pré-natal odontológico: orientações e inforções 1ª trimestre -> organogênese: período de intensa mitose, risco aumentando de aborto e teratogenia, se for usado um medicamento não indicado para gestante; náusea (dificulta o tratamento odontológico) -> se possível, postergar o tratamento, se não for de urgência. 2ª trimestre: intervenções eletivas -> “período estável”. 3ª trimestre: apenas atendimentos de urgência -> sessões curtas; monitoramento dos sinais vitais; prescrição de medicamentos; exame radiográfico (dose não causa problemas para o feto). - Frequência urinária aumentada; edemas nas pernas; desconforto em posição decúbito dorsal. - Nesse período pode causar hipotensão postural se houver compressão da veia cava superior -> colocar um travesseiro. Êmese e hiperemêse: evitar escovar os dentes imediatamente após. Utilizar escova macia e fluoreto de sódio. -> prevenir danos ao esmalte dental! Exame radiográfico: deve-se ponderar o risco/benefício, se for um caso em que é justificada a radiografia, deve ser realizada. Prescrição de medicamentos: indução de parto prematuro, aborto espontâneo, teratogenia (mal formação congênita) -> porém, a maioria dos medicamentos que utilizamos na odontologia são seguros para gestantes e não apresentam risco em relação a tais fatores. - Classificação FDA: categoria A e B podem ser administrados seguramente em gestantes; C e D dever ser usados com cautela e X deve ser proibido. Anestésicos locais: lidocaína é segura e pode ser utilizada; prilocaína não pode ser utilizada em altas doses (cianose – bebê). Utilizar lidocaína associada a adrenalina ou noradrenalina. - Felipressina – categoria B (vasoconstritor): dificulta a fixação do óvulo; induz contrações uterinas; reduz a circulação placentária. - Não utilizamos anestésico sem vasoconstritor! -> pois precisa ser aumentada a dose de anestésico. - 2 tubetes lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000. - A mepivacaína não é um AL de escolha -> apenas se a paciente é cardiopata, utilizar a 3%. Analgésicos: acetoaminofeno é o de escolha -> paracetamol (tylenol, dórico). Antiinflamatórios não esteroidais: efeitos prejudiciais na circulação fetal - Se precisar usar em alguma situação de urgência (procedimentos cirúrgicos e endodônticos), utilizar corticosteróides -> betametasona ou dexametasona – dose única (4mg). Antibióticos: as penicilinas são seguras para utilizar durantea gestação -> atuam na parede celular (células eucarióticas não possuem). - Tetraciclina: malformação e pigmentação de dentes decíduos; deposição no tecido ósseo -> deficiência do crescimento por ser um quelante de cálcio – CUIDADO! Impacto das medidas preventivas direcionadas a mães com alto risco à cárie sobre a saúde bucal do bebê: Medidas preventivas direcionadas às mães: instrução de HB; aconselhamento dietético; profilaxia + fluoretos; uso de antimicrobianos; escavação e selamento em massa -> medidas eficazes para a manutenção da saúde bucal e para uma mudança de comportamento da mãe (autonomia), em busca de uma melhor saúde. -> menor prevalência de cárie no bebê, tanto na dentição decídua quanto na permanente. Odontologia para bebês Prof. Raquel É necessário um atendimento precoce, preferencialmente anteriormente ao nascimento do bebê (medidas preventivas e diagnóstico precoce). Estratégias: adequação do ambiente (consultório odontológico) para recebimento do bebê; orientar que o bebê sente no colo da mãe ou em um dispositivo chamado “macri”, para que ele fique melhor acomodado. Durante o tratamento odontológico, pode-se fazer uso de dispositivos voltados para uso infantil, de forma mais lúdicas: capas para esconder a seringa carpule, máscaras coloridas, sugadores descartáveis (minimizar o impacto psicológico nos bebês). - Deve-se colocar em prática as orientações para os pais e responsáveis: amamentação e seus benefícios (deve ser prioritária e exclusiva antes dos 6 meses); benefícios e malefícios em relação ao uso de chupetas e mamadeiras; higiene bucal do bebê; dentifrício com ou sem flúor. Alimentação saudável: aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, com desmame gradativo, podendo manter, diurna, até os 2 anos de idade. Ao 1 ano de idade, a alimentação deve ser semelhante a que a família faz uso. Não de seve fornecer alimentos açucarados pelo menos até os 2 anos de idade. Obs.: baby led weaning: criança deve se alimentar em pedaços ou da forma que ela consiga pegar/fazer a própria alimentação dentro da sua capacidade motora. Deixar que a criança experimente e explore a comida da melhor forma possível (com mãos, talheres). - É necessário fazer um julgamento individual e abordagens personalizadas para ajudar as mães com as suas necessidades pessoais de amamentação. Chupetas e mamadeiras (sim ou não? /por quanto tempo?): a princípio devemos desestimular o uso de chupeta, porém se for ter que ser introduzida, deve ser após algumas semanas após o início da amamentação natural (interferência desse uso é muito menor -> prejudica menos a amamentação natural); além disso, o uso da chupeta em idade bem precoce, previne a síndrome da morte súbita. - Mordida aberta, problemas na fonação, deglutição são consequências dessas alterações oclusais causadas pelo uso da chupeta. - O uso da chupeta deve ser interrompido até cerca de 3 – 4 anos para minimizar os prejuízos do sistema estomatognático. Nessa idade, esses prejuízos são reversíveis. - A remoção brusca do hábito pode causar hábito de substituição, como por exemplo o dedo, entre outros. - O dedo é pior que a chupeta, é mais difícil de ser removido. A forma como ele fica na boca é diferente, logo, os efeitos deletérios são piores. Porém, tudo depende da duração, frequência e intensidade. Cárie dental: não há transmissibilidade da doença -> medidas preventivas aplicadas às mães e outros membros da família para a transmissibilidade de microbiota. Orientação para as mães: Não provar alimentos com a mesma colher, antes de oferece-lo à criança; não beijar a criança na boca; não soprar os alimentos para esfriá-los. Orientações: as medidas devem ser aplicadas aos bebes, as mães e outros membros da família. Higiene bucal: a cavidade do bebê edêntulo deve ser higienizada uma vez ao dia (dessensibilização, promove a sensação de boca limpa para a criança e facilita a introdução posterior da escova), para que o leite possa ficar estagnado e exerça suas funções nas outras mamadas. A higienização é feita com uma gaze ou fralda umedecida com alguma solução inerte (água filtrada, fervida, destilada, soro fisiológico), em região de rebordos, região extraoral de lábios. Não usar água oxigenada, chá ou qualquer outra solução que não seja inerte. Após a erupção do 1ª dente, a escova deve ser introduzida, e a partir da erupção dos próximos deve ser introduzido o fio dental. - Se houver dificuldade de passar da gaze para a escova, utilizar primeiramente as dedeiras. - Não esquecer da higienização da língua! Dentifrício – qual? -> 1000ppm de flúor visando a prevenção da cárie, em pequena quantidade, por 2 vezes ao dia (quantidade de flúor semelhante ao adulto, restringindo a quantidade quanto menor a idade da criança). Higiene bucal – motivação: imitação é a melhor forma de educação. Até 2-3 anos a palavra é ouvida, entendida e até falada, mas está longe de ser compreendida. A criança, nesta idade, é educada principalmente por imitação. - Outras técnicas de manejo de comportamento: ajudar o paciente a compreender o tratamento odontológico e cooperar com ele; capacitar o paciente para receber normalmente tratamentos futuros, oferecer um tratamento seguro e eficaz. • Imagem positiva na pré-visita; observação direta; falar-mostrar-fazer; perguntar-falar-perguntar; controle da voz; comunicação não-verbal; reforço positivo; distração; readequação de memória; presença/ausência dos pais; sedação consciente com óxido nitroso/oxigênio (técnica segura, custo elevado,); técnicas avançadas: estabilização protetora, sedação e anestesia geral -> consentimento informado sobre as estratégias de manejo comportamental, autorização do responsável. - Sedação consciente: priorizar a utilização de anti- histamínicos; não utilizar os benzodiazepínicos. É uma técnica segura, de custo elevado e necessita de habilitação profissional. - Anestesia geral: menos utilizada, não modifica o comportamento da criança (não lembra de nada), alto custo, riscos. Indicada em pacientes com boa saúde geral e com necessidade de tratamento urgente (infecção aguda) Erupção dentária – 1ª consulta odontológica/orientações: Dentes decíduos cronologia e sequência: fatores que podem alterar -> genéticos, ambientais, sistêmicos e locais. Locais: dentes natais (presentes ao nascimento); dentes neonatais (irrompem nos primeiros 30 dias de vida) -> fatores que podem interferir: origem familiar, hipovitaminoses, posição superficial do germe dentário, síndromes (Down, disostose cleidocraniana) - Incidência 1:2000/3000 pacientes; com maior prevalência de natais; incisivos centrais inferiores; sendo a maior parte da série normal (tentar mantê-lo na cavidade bucal -> se tiver com um grau de mobilidade grande, com risco de aspiração/deglutição a opção será extração; se morfologia estiver muito diferente -> interferir nas bordas cortantes – alisando e nivelando). - Podem ser de tamanho e forma normais e podem ter uma forma mais cônica, coloração alterada, esmalte mais hipoplásico, dentina imatura, túbulos dentinário com padrão irregular, polpa ampla e rica em células e raiz pouco desenvolvida. - Também é importante uma análise radiográfica para analisar o grau de desenvolvimento da raiz e ver se ele é da série normal ou supranumerário. - Supranumerário: extração - Lesão de riga fede: causada por bordas incisais mais irregulares. Outros fatores locais: cistos e hematomas de erupção; nódulos de Bohn, pérolas de Epstein e cistos da lâmina dentária; fissuras lábio-palatinas. - Cistos de erupção: formam na área de irrupção desses dentes, atrapalhando na erupção desses dentes -> deve-se acompanhar clinicamente -> pode ter uma involução natural. - Nódulos: são lesões erroneamentediagnosticadas como dentes neonatais, que são remanescentes de estruturas embrionárias epiteliais -> devem ser acompanhadas. - Cistos da lâmina dentária: crista alveolar do rebordo gengival, remanescente da lâmina dentária primitiva. - Nódulos de Bohn: porções vestibulares ou linguais dos rodetes gengivais; remanescente do tecido mucoso glandular -> acompanhamento clínico (involução natural, indolores). - Fissuras lábio-palatais: isoladas ou conjuntas -> defeitos congênitos frequentes; falta de penetração do mesoderma, formando um sulco labial persistente, e na linha de fusão dos processos maxilares entre si e com a pré-maxila. Está relacionada com fatores genéticos, ambientais ou associação desses fatores. Consequências -> agenesias (45%), dentes fusionados, anquiloses, erupção ectópica ou tardia, anomalias de tamanho e forma. Sintomatologia associada a erupção dentária: irritabilidade, febre, diarreia, sialorreia, sono agitado, corrimento nasal, redução de apetite, vômito, erupções cutâneas, tosse, edema local, eritema gengival, fibrose gengival, cisto de erupção -> fazer massagem nos rodetes, analgésicos, anestésicos tópicos, mordedores, crioterapia. Características da cavidade bucal de bebês: Os bebês edêntulos passam por uma fase denominada fase dos rodetes gengivais, que vai desde o nascimento até o início da erupção dental, em que a mucosa gengival é de cor rósea, bem aderida, caracterizando os rodetes gengivais, apresentando também um cordão fibroso de Robin e Magitot que é um indicativo de erupção dos dentes e auxilia na amamentação. Além disso, na sua porção mediana do lábio superior, é encontrado o “sucking pad” (apoio para sucção), que auxilia na apreensão da mama e aumenta de volume durante a amamentação e/ou quando estimulado. - Freio labial localizado numa porção mais inferior, e com a irrupção dos incisivos e desenvolvimento do osso alveolar, ocorre um deslocamento progressivo do mesmo para uma posição mais elevada. “teste da linguinha” -> diagnóstico ou avaliação mais precoce possível da posição do freio lingual. - Dimensão vertical reduzida, que vai aumentando à medida que vai havendo a irrupção desses dentes. Ademais, existe uma alteração na relação anteroposterior dos rodetes: mandíbula maior que a maxila -> projeção mandibular desaparece -> projeção do rodete superior – até o nascimento. Com o hábito de sucção natural, vai favorecer uma interrelação correta entre os rebordos após o nascimento. - Espaço vertical anterior: favorável para a instalação de sobremordida ideal após a erupção dos dentes decíduos. - Língua em repouso entre os rodetes gengivais; maxila mais arredondada e mandíbula em forma de U; maxila pouco profunda – rica em acidentes anatômicos; região de palato – marcada, rugosidades palatinas evidenciadas. Cirurgia em odontopediatria Prof. Cristina Considerações gerais: tamanho da cavidade bucal (boca é bem menor – instrumental de menor tamanho); idade do paciente (quanto menor a criança, menos colaboradora ela será -> postergar cirurgias se possível); textura do tecido ósseo (é mais esponjoso, poroso, fica mais fácil a cirurgia, AL se difunde mais); germe do dente permanente (inexistente nos adultos); centros de crescimento (não lesar os centros de crescimento ósseo durante uma cirurgia: sínfise mentoniana, sutura palatina mediana). Indicações: - Dentes com rizólise completa (dente decíduo está num estágio em que todas as raízes foram reabsorvidas pela irrupção do dente permanente sucessor) - Dentes com bifurcação comprometida (colocar sonda exploradora e ver se ela “cai no vazio”) - Dentes decíduos com retenção prolongada (II inferior permanente irrompendo por palatina por exemplo) - Dentes anquilosados (precisa ser feita uma odontosecção - dente decíduo em infraoclusão, funcionando como obstáculo para o irrompimento do permanente) - Dentes com processos periapicais extensos comprometendo o germe do permanente sucessor (cripta óssea do permanente pode ser rompida e causar uma lesão chamada anomalia de Turner) - Dentes com rizólise irregular (molares decíduos com a raiz mesial totalmente reabsorvida e a distal nada reabsorvida) - Dente neonatal com mobilidade excessiva (quando o dente irrompe até o 1ª mês após o nascimento da criança, se tiver mobilidade a criança pode aspirar ou engolir o dente durante a amamentação -> se não tiver mobilidade apenas passa uma lixa para arredondar o dente e não machucar) - Raízes residuais (apenas remanescentes de raízes -> torna o Ph da boca muito ácido) * esses fragmentos costumam estar mais presentes entre as raízes dos pré-molares, na grande maioria em posição intra-óssea. - Alveolise (exposição radicular de um dente decíduo, após infecção periodontal grave) - Dentes com mais de 2/3 de rizólise e com exposição pulpar (não tem como instrumentar o canal) - Fraturas radiculares no 1/3 cervical/longitudinal - Dentes com reabsorção externa avançada (irrupção de dente permanente que reabsorve as paredes adjacentes) Cuidados especiais: discrasias sanguíneas; febre reumática; doenças cardiovasculares; diabetes; hepatite; nefrite; abscessos dento-alveolares. Em pacientes que apresentarem tais condições, deve-se entrar em contato com o médico para avaliação. - Existem condições cardíacas associadas com risco de endocardite em caso de procedimentos odontológicos: endocardite prévia, transplante cardíaco... * é necessário receitar antibiótico em casos que envolvam manipulação de tecido gengival, ou da região periapical de dentes com perfuração da mucosa oral. *procedimentos que não necessitam: injeção de anestesias de rotina, tomadas radiográficas, colocação de aparelhos ortodônticos ou próteses. * 50 mg por kg para criança (amoxicilina) Contra-indicações: doenças da infância (sarampo, caxumba, catapora -> são infectocontagiosas); processos tumorais malignos (tumor em região de face -> acelera processo tumoral); leucemia (atuação em nível hospitalar); osteorradionecrose; gengivite de Vincent (GUNA). Exodontia: - Fórcipes * nª 1: incisivo superior * 16: molares inferiores * 18 L/R: molares superiores * 21 e 27: molares * 69: fragmentos e raízes * pré-molares, incisivos e raízes: 151 - Hollenback n.3 (quando o dente decíduo está com a rizólise completa) - Espátula n.7 - Elevadores Técnica cirúrgica: 1. Anti-sepsia 2. Anestesia tópica e local 3. Sindesmotomia 4. Luxação e avulsão 5. Hemostasia 6. Cuidados pós-operatórios • curetagem do alvéolo e sutura são dispensáveis dependendo do comprimento das raízes (se a raiz por longa, o alvéolo é profundo, deve ser suturado); em caso de lesão, se for necessária fazer curetagem, não esquecer do germe do permanente. • Se não for feita sutura, fazer apenas manobra de chompret. • Se a luxação do dente for feita no sentido vestíbulo-lingual, quando o fórcipe o for levado pra vestibular, a raiz vai pra lingual e vai afetar o germe do permanente -> cuidado! Anquilose: é caracterizada pela fusão anatômica entre o dente e o osso alveolar, de modo que o dente acometido se localiza em infra-oclusão ou em situações mais severas, encontra-se totalmente submersos e coberto pelo tecido gengival. Etiologia: trauma; disposição genética; distúrbios do metabolismo local. Diagnóstico: dente em infra-oclusão; alteração do som à percussão (bater com o cabo do espelho sobre esse dente e sobre o denta adjacente -> som é diferente por não ter o LP); radiográfico (não vai ter o espaço do LP e é possível ver a raiz sondada ao osso). Prognóstico e tratamento: tendência de migração dos dentes adjacentes e fechamento daquele espaço; crescimento alveolar deficiente; progressiva degeneração da oclusão; impactação ou desvio na trajetória de erupção do permanente(obstáculo físico para irrompimento do permanente). Cirurgias maiores em odontopediatria: dentes supranumerários; odontoma; frenectomia; cistos; rânulas e mucoceles. Frenectomia labial - Indicações: após erupção dos caninos permanentes; diastema amplo e lábio duplo; trauma do freio por aparelho; * em alguns casos não dá pra esperar a erupção dos caninos. * se houver isquemia da papila na palatina ao tracionar, é indicada a frenectomia. * fazer exérese de uma parte do tecido (frenectomia) ou uma frenotomia (o freio é reposicionado para uma posição mais alta). * fazer anestesia local dos dois lados, apreender o freio com uma pinça hemostática, e fazer um corte com lâmina de bisturi acima e abaixo da tesoura -> ferida cirúrgica em forma de losango -> remover essa parte do freio; cortar com uma tesoura as fibras remanescentes e curetar esse freio que segue localizado na região interdental, evitando a reinserção desse freio; após, fazer sutura da ferida cirúrgica. Frenectomia lingual: indicações fonéticas; funcionais; psíquicas (bullyng); - Criança deve levantar a língua e é observado um V invertido na ponta da língua; ou colocar a língua no céu da boca (mandíbula se movimenta pra cima -> anquiloglossia) Técnica cirúrgica: - Anestesia local (anestesiar nervo lingual entre os dois molares decíduos na região interna da mandíbula – no ápice dos dentes – meio tubete em cada lado) - Incisão horizontal (fazer um “pic” com a tesoura bem no centro desse freio hipertrofiado) - Divulsão do tecido -> ferida com formato de losango - Sutura * pode ser utilizado um instrumento chamado penta cânula. Dentes supranumerários: prevalência (é de 0,6 a 3,6%); forma (é muito variável); localização radiográfica (técnica de clark – faz uma orto radial e depois distaliza o feixe, se o supranumerário acompanhar, quer dizer que ele está por palatina) ; época oportuna para avulsão (atitude passiva ou ativa) - Condições produzidas: incisivos permanentes impactados; erupção ectópica dos incisivos (desvio da erupção); diastema entre os incisivos; erupção na cavidade nasal; formação de cistos; reabsorções radiculares de dentes adjacentes. * grande maioria localizado na região de pré-maxila, região palatina, forma conóide com raiz completa, inclusos (por palatina), sexo masculino, com impactação como maior alteração na dentição permanente. * atitude passiva: detectar/fazer diagnóstico desse dente e esperar uma melhor época para avulsão. * atitude ativa: assim que for diagnóstico já indica a avulsão imediatamente. Dilaceração radicular: Classificação: - Angulação radicular vestibular - Angulação radicular lateral (menos complicada) Etiologia: fatores genéticos; obstáculos de irrupção; fatores externos (mais comum) -> traumatismo (pode causar intrusão do dente decíduo que pode levar a formação da raiz em uma angulação que não é correta) Clínico: ausência do dente permanente; retenção prolongada do dente decíduo Radiografia: incisal do incisivo permanente, e um prolongamento radicular em uma direção anormal. Histologicamente: dente e a raiz formada com uma angulação em 90º. Odontomas: são crescimentos tissulares que exibem histodiferenciação completa, formando ameloblastos e odontoblastos funcionalmente ativos que elaboram esmalte e dentina que podem ser formados de forma organizada ou não. Neoplasmas odontogênicos em crianças - Diagnóstico: abaulamento da tábua óssea vestibular; indolor; obstáculo mecânico que impede a erupção de alguns dentes. - Tratamento: exclusivamente cirúrgico - Prevalência: sexo masculino, maxila (principalmente na região de incisivos laterais), odontoma composto - Etiologia: história de traumatismos locais; infecções; irritações crônicas; mutações genéticas. Características histológicas: esmalte ou matriz de esmalte com características normais; dentina polpa e cemento que podem estar em relação normal entre si. Encontram-se envolvidos por uma cápsula fibrosa. Características clínicas: localização (região de ILS); tamanho (Não excede geralmente o tamanho de um dente); sinais (abaulamento da tábua óssea vestibular, não irrupção de dentes); sintomas (assintomático). Características radiográficas: - Odontoma complexo: massa irregular de material calcificado - Odontoma composto: massa de estruturas de números variáveis semelhantes a dentes (mais comum) -> vários dentículos envoltos em uma cápsula fibrosa de tecido conjuntivo Cistos: são cavidades patológicas revestidas por epitélio contendo usualmente material líquido ou semi-sólido. Cisto dentígero: comum em crianças -> tipo de cisto odontogênico que se origina depois da formação completa da coroa do dente, pelo acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente. Características: - Histológicas: semelhantes aos demais cistos; composto por uma camada fina de epitélio pavimentoso estratificado; conteúdo: líquido amarelo aquoso fina, às vezes, tinto de sangue. - Clínicas: associado a coroa de um dente incluso; capaz de transformar-se em lesão agressiva; expansão do osso; deslocamento do germe; reabsorção de raízes dos dentes adjacentes; dor. - Radiográficas: área radiolúcida associada a um dente incluso; lesão unilocular regular; área radiopaca em torno do cisto (tendência do nosso corpo em resistir a expansão desse cisto) Tratamento: depende do tamanho da lesão; cirúrgico: menores; dreno cirúrgico ou marsupialização: maiores. Abscesso extra oral: exodontia do dente que está causando o abscesso; drenagem extra-oral. Cistos de retenção: são cistos que podem acometer as glândulas salivares maiores e menores. Classificação - Fenômeno de extravasamento: acúmulo de mucina livre que sai da glândula salivar menor e se acumula abaixo de nossa mucosa bucal. - Cisto de retenção mucoso: pela formação de um cálculo ou sialolito, em que há um extravasamento da mucina da glândula salivar menor, mas esse muco não consegue ser liberado, devido ao impedimento pela formação desse cálculo. Rânula: glândulas salivares maiores - Tratamento convencional: manipulação por pressão digital; cirurgia para remoção dos cálculos; marsupialização Mucocele: glândulas salivares menores (lábio inferior) - Tratamento convencional: excisão cirúrgica; na pediatria fazer micromarsupialização (menos invasivo) -> passar um fio de sutura pelo maior diâmetro da mucocele; deixar uma alcinha e vai formar um canal que vai se epitelializar -> drenagem do conteúdo cístico no prazo de 1 semana (pode ser feita em rânula também). Etiologia (rânula e mucocele): inflamação de tecidos adjacentes; traumatismos (morder lápis, lábio); formações calcificadas Granuloma piogênico: remover com margem de segurança (evitar recidiva). Cisto ou hematoma de erupção: abaulamento maior na região em que vai irromper o dente permanente -> compressão dos vasos sanguíneos. Fazer uma incisão (simples, linear) na região do hematoma do cisto (drenagem do cisto) que vai facilitar a irrupção desse dente. Fibrosamento do rebordo alveolar: mais difícil de acontecer; fibra sobre os rodetes gengivais, podendo gerar um fibrosamento que geralmente desaparece com a irrupção dos dentes decíduos. Se não desaparecer, atrasa a erupção dos dentes decíduos. Fazer ulectomias -> cortar o tecido (II -> ICS -> ILI -> ILS...). Fibroma: mordedura na região na comissura labial. Fazer remoção. É bem duro, diferente da mucocele. Interpretação de imagens na Odontopediatria Prof. Andiara O que muda na análise de imagens após a pandemia por COVID-19? O que pode modificar na realização do exame radiográfico, com barreiras de proteção no filme? Isso tem sido avaliado por alguns artigos na literatura que mostra que os centros de
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