RESUMÃO DA APROVAÇÃO - IMAGINOLOGIA - RAIO-X E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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IMAGINOLOGIA: FÍSICA DOS RAIOS-X E TC 
 
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Marcus Felipe O. B. Alencar 
Medicina - Unifaminas 
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RADIAÇÃO 
▪ É A PROPAGAÇÃO DE ENERGIA DE UM PONTO A OUTRO, SEJA NO VÁCUO OU EM 
QUALQUER MEIO MATERIAL, PODENDO SER CLASSIFICADA COMO ENERGIA EM 
TRÂNSITO, E PODENDO OCORRER ATRAVÉS DE UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA OU 
PARTÍCULA. 
▪ É A ENERGIA QUE SE MOVE NO ESPAÇO DE UM OBJETO (FONTE) PARA OUTRO, ONDE 
É ABSORVIDO 
▪ TIPOS: ALFA, BETA, GAMA, X. 
 
▪ O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ABRANGE: 
o RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: ONDAS DE RÁDIO, MICRO-ONDAS, IV, LUZ VISÍVEL; 
o INTERSEÇÃO: ULTRA-VIOLETA 
o RADIAÇÃO IONIZANTE: RAIOS-X E RAIOS-Y 
▪ MODELO ATÔMICO DE BOHR: 
o É O MAIS USADO PARA EXPLICAR A GERAÇÃO DE ELÉTRONS QUE VÃO ATUAR 
NA FORMAÇÃO DO RX. 
o O ÁTOMO É CONSTITUÍDO POR UM NÚCLEO (PRÓTONS E NÊUTRONS) E 
CAMADAS, NÍVEIS DE ENERGIA ONDE FICAM OS ELÉTRONS (e-), EM 
CONSTANTE MOVIMENTO. ESSE MOVIMENTO ACONTECE DE DUAS FORMAS: 
▪ ABSORÇÃO: O ELÉTRON ABSORVE ENERGIA QUANDO SALTA PARA 
UMA CAMADA MAIS EXTERNA; 
▪ EMISSÃO: O ELÉTRON EMITE ENERGIA NA FORMA DE FÓTONS 
(ENERGIA LUMINOSA), VOLTANDO PARA A CAMADA MAIS INTERNA. 
 
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▪ COMO FUNCIONA UM APARELHO DE RX: 
o UM TUBO DE RX É POSICIONADO NO ALTO SOBRE O PACIENTE QUE ESTÁ 
DEITADO NA MESA. LOGO ABAIXO DA MESA FICAM OS RECEPTORES E FILME 
RADIOGRÁFICO. 
 
o O TUBO DE RX É UM CONVERSOR DE ENERGIA, QUE POSSUI UM CÁTODO (-) 
POR ONDE ENTRA ELETRICIDADE E GERA UM FEIXE DE ELÉTRONS (e-), QUE 
GERA A NÚVEM DE ELÉTRONS RESPONSÁVEL PELA EMISSÃO DOS RAIOS. 
o O TUBO É DE VIDRO E REVESTIDO DE CHUMBO PARA EVITAR PERDA DE RX. 
o OS ELÉTRONS SÃO DIRECIONADOS PARA UM DISCO GIRATÓRIO (ÂNODO (+), E 
ESTE DIRECIONA OS RX PARA A JANELA RADIOTRANSPARENTE QUE TEM 
FUNÇÃO DE CONCENTRAR OS RAIOS-X E DIRECIONAR SUA SAÍDA. 
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o A JANELA RADIOTRANSPARENTE NÃO É REVESTIDA DE CHUMBO. 
o ENERGIA ELÉTRICA EM GRANDE QUANTIDADE GERA CALOR, POR ISSO HÁ UM 
SISTEMA DE RESFRIAMENTO AO REDOR DO TUBO, QUE FUNCIONA 
CONSTANTEMENTE A BASE DE AR, ÁGUA OU ÓLEO. 
 
o A FORMAÇÃO DOS RX ACONTECE NO MOMENTO DA INCIDÊNCIA DO CHOQUE 
DA NUVEM DE ELÉTRONS SOBRE O DISCO GIRATÓRIO. 
▪ O DISCO É GIRATÓRIO PARA REDUZIR O DESGASTE DA SUPERFÍCIE 
ONDE INCIDE OS ELÉTRONS. 
o NO CÁTODO HÁ 1 OU 2 FILAMENTOS DE TUNGSTÊNIO + CAPA FOCALIZADORA 
QUE PROPORCIONA A FORMAÇÃO E SAÍDA DIRECIONADA DA NUVEM DE 
ELÉTRONS. 
o 99% DA ENERGIA DS ELÉTRONS É CONVERTIDA EM CALOR E 1% EM RX. POR 
ESTA RAZÃO O SISTEM DE RESFRIAMENTO DEVE SER EFICIENTE PARA QUE O 
APARELHO NÃO QUEIME. 
 
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o RESUMO: 
▪ ENERGIA ELÉTRICA → TRANSFORMAÇÃO EM ENERGIA TÉRMICA → 
AQUECIMENTO DO FILAMENTO → EXCITAÇÃO DOS e- PARA CAMADAS 
MAIS EXTERNAS → e- ADQUIREM ENERGIA SUFICIENTE → FORMA A 
NUVEM DE ELÉTRONS → EJEÇÃO PARA O ÂNODO → LIBERAÇÃO DO 
FÓTON DE e- DA NUVEM → FORMAÇÃO DO RX. 
▪ RX DE FRENAGEM: A DESACELERAÇÃO DO e- É A RESPONSÁVEL PELA GERAÇÃO DOS 
FÓTONS DE BAIXA ENERGIA. 
▪ RX CARACTERÍSTICOS: ATUA NA GERAÇÃO DE ENERGIA DO CÁTODO, NA SAÍDA DA 
NUVEM ELETRÔNICA SOB MAIS ALTA ENERGIA. 
▪ FOCO: LOCAL ONDE ACONTECE A INCIDÊNCIA DOS RAIOS NO PACIENTE. 
PRIMEIRAMENTE É PROJETADO UM FOCO LUMINOSO PARA SE TER CERTEZA DO 
LOCAL CORRETO DE INCIDÊNCIA DOS RAIOS. 
▪ PONTO FOCAL: É O PONTO ONDE A NUVEM ELETRÔNICA INCIDE SOBRE O ÂNODO 
(DISCO GIRATÓRIO). 
▪ OS FILAMENTOS DO CÁTODO SÃO DE COMPRIMENTOS DIFERENTES E SÃO 
PREPARADOS PELOS TÉCNICOS DE RADIOLOGIA. A ESPESSURA DO FEIXE QUE O 
ÂNODO VAI RECEBER A EMISSÃO DA RADIAÇÃO É O QUE VAI DIZER SE TEM MAIS OU 
MENOS CONTRASTE. 
o Ex.: MAMOGRAFIA É UM EXAME QUE PRECISA DE MAIS CONTRASTE PARA 
PEGAR MAIS DETALHES. 
▪ FATORES QUE AFETAM A QUANTIDADE E QUALIDADE DO RX: 
o MATERIAL DO ALVO: MAIOR NÚMERO ATÔMICO → MAIOR PONTO DE FUSÃO 
→ MAIOR ENERGIA DO FEIXE) 
o FILTRAÇÃO: COLOCANDO O FILTRO AUMENTA A ENERGIA MÉDIA DO FEIXE E O 
PACIENTE RECEBE MENOS RADIAÇÃO NA PELE. 
o DISTÂNCIA: LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA 
▪ A QUANTIDADE DE RAIO-X QUE ATINGE O RECEPTOR É 
INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO QUADRADO DA DISTÂNCIA À 
FONTE. 
o FATORES DE EXPOSIÇÃO: QUANTO MAIOR A TENSÃO NA CORRENTE, MAIOR A 
ENERGIA QUE O ELÉTRON VAI CHEGAR NO ÂNODO E CONSEQUENTEMENTE 
MAIOR O PODER DE PENETRAÇÃO. 
▪ INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA: 
o AO INTERAGIR COM A MATÉRIA, AS RADIAÇÕES TRANSFEREM PARTE OU 
TODA SUA ENERGIA PARA OS ÁTOMOS OU MOLÉCULAS POR ONDE PASSAM. 
PODEM OCORRER DOIS FENÔMENOS: 
▪ EXCITAÇÃO: ONDE AS RADIAÇÕES INTERAGEM, TRANSFEREM PARTE 
OU TODA A ENERGIA, MAS ESSA ENERGIA NÃO É SUFICIENTE PARA 
IONIZAR O ÁTOMO. 
▪ IONIZAÇÃO: RADIAÇÕES INTERAGEM COM A MATÉRIA ARRANCANDO 
ELÉTRONS DA ELETROSFERA, IONIZANDO OS ÁTOMOS-ALVO. EFEITO 
COMPTON E EFEITO FOTOELÉTRICO. 
o EFEITO COMPTON: COMPARTILHAMENTO DE PARTE DE SUA ENERGIA; FAZ 
EJETAR UM ELÉTRON COM MENOR ENERGIA QUE A INICIAL E ESSE ELÉTRON 
MUDA A DIREÇÃO. 
o EFEITO FOTOELÉTRICO: “TUDO OU NADA”, O FÓTON DÁ TODA SUA ENERGIA E 
EJETA UM ELÉTRON - RESPONSÁVEL PELO CONTRASTE DA IMAGEM. 
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▪ RADIAÇÃO PRIMÁRIA: É DEFINIDA PELOS FÓTONS DE RAIO X EMITIDOS DO ÂNODO 
QUE ATRAVESSAM A JANELA RADIOTRANSPARENTE DO TUBO E SE DIRECIONAM PARA 
O PACIENTE. 
▪ RADIAÇÃO SECUNDÁRIA: É A RADIAÇÃO EMITIDA A PARTIR DA INTERAÇÃO DA 
RADIAÇÃO PRIMÁRIA COM O PACIENTE. 
▪ RADIAÇÃO ESPALHADA: É UM TIPO DE RADIAÇÃO SECUNDÁRIA, ACOMPANHADA DE 
UMA DIMINUIÇÃO DE RADIAÇÃO E/OU MUDANÇA DE DIREÇÃO DE RADIAÇÃO. 
DETERIORA A IMAGEM, REDUZINDO O CONTRASTE. 
o O PRINCIPAL MECANISMO DE FORMAÇÃO DA RADIAÇÃO ESPALHADA É O 
EFEITO COMPTON, QUE DETERIORA A IMAGEM, REDUZINDO O CONTRASTE. 
▪ CONTROLE DA RADIAÇÃO ESPALHADA: 
o COMPRESSÃO: QUANTO MAIOR A ESPESSURA DO CORPO, MAIOR A RADIAÇÃO 
ESPALHADA, PORQUE MAIOR É A INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO PRIMÁRIA COM A 
MATÉRIA. EX.: MAMOGRAFIA (NECESSITA MAIS DETALHES). 
o COLIMAÇÃO: DIRECIONA O FEIXE QUE SAI DO TUBO. AJUSTA O TAMANHO DO 
FEIXE DE RAIO X DE ACORDO COM A ÁREA A SER EXAMINADA. EVITA 
EXPOSIÇÃO DESNECESSÁRIA DE OUTRAS PARTES DO CORPO. REDUZ 
INTERAÇÃO RADIAÇÃO/PACIENTE, REDUZINDO A QUANTIDADE DE RADIAÇÃO 
ESPALHADA QUE ATINGE O RECEPTOR. 
o AIR-GAP: AUMENTO DA DISTÂNCIA PACIENTE-RECEPTOR. A RADIAÇÃO 
ESPALHADA QUE ATINGE O RECEPTOR, DIMINUI COM O AUMENTO DESSA 
DISTÂNCIA. A RADIAÇÃO ESPALHADA QUE DEIXA O CORPO DO PACIENTE É 
MAISDIVERGENTE QUE O FEIXE PRIMÁRIO. 
o GRADES: MANEIRA MAIS EFICAZ DE CONTROLAR A RADIAÇÃO ESPALHADA, 
PORÉM DIMINUIU A QUALIDADE DA IMAGEM. É COLOCADA ENTRE O 
PACIENTE E O FILME. A GRADE É CONSTITUÍDA DE TIRAS DE MATERIAL BOM 
ABSORVEDOR DE RAIO X (CHUMBO), INTERCALADO POR ESPAÇOS COM 
MATERIAL POUCO ABSORVEDOR. 
▪ RECEPTORES RADIOGRÁFICOS: 
o RADIOGRAFIA CONVENCIONAL: DETECTA, GERA E ARMAZENA A IMAGEM 
(FILME). 
o RADIOGRAFIA DIGITAL: SÃO USADOS DETECTORES DIGITAIS QUE GERAM A 
IMAGEM QUE É ARMAZENADA DIGITALMENTE. 
 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
• É UM EXAME NÃO INVASIVO QUE COMBINA EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE RAIOS X 
COM COMPUTADORES PROGRAMADOS PARA PRODUZIR IMAGENS DOS ÓRGÃOS 
INTERNOS. 
• AS IMAGENS MOSTRAM SECÇÕES TRANSVERSAIS DA ÁREA ESTUDADA, COMO SE O 
CORPO FOSSE CORTADO EM FATIAS PARA EXPOR TODOS OS ÓRGÃOS DA REGIÃO. 
• A TÉCNICA COSTUMA SER COMPARADA AO PÃO DE FORMA: QUANDO AS FATIAS DE 
IMAGEM SÃO REAGRUPADAS PELO SOFTWARE DE COMPUTADOR, O RESULTADO É 
UMA VISÃO MUITO DETALHADA E MULTIDIMENSIONAL DOS ÓRGÃOS INTERNOS. 
• AS FATIAS OU CORTES PODEM CHEGAR À ESPESSURA MÍNIMA DE 0,6 MM. 
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• É UMA FERRAMENTA MUITO ÚTIL PARA O ESTUDO DE TODAS AS PARTES DO CORPO; 
UM BOM MÉTODO DE IMAGEM PARA O DIAGNÓSTICO DE TUMORES DE PULMÃO, 
PLEURA, MEDIASTINO (A REGIÃO QUE FICA ENTRE OS DOIS PULMÕES), CÉREBRO, 
OSSOS, FÍGADO, VIAS BILIARES, PÂNCREAS, RIM, ÚTERO E OVÁRIOS. 
 
• DETECTORES: 
o CADA ELEMENTO DETECTOR CONSISTE NUM MATERIAL SÓLIDO SENSÍVEL À 
RADIAÇÃO QUE CONVERTE OS RAIOS X ABSORVIDOS EM LUZ. A LUZ É 
DETECTADA POR UM DISPOSITIVO QUE A TRANSFORMA EM CORRENTE 
ELÉTRICA, QUE É INTENSIFICADA E TRANSFORMADA EM UM SINAL DIGITAL. 
UM SOFTWARE LÊ ESSES SINAIS DIGITAIS E TRANSFORMA EM IMAGEM 
TRADUZIDA POR UMA ESCALA DE CINZA.
 
• TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL: 
o SINGLE SLICE (ÚNICA FILEIRA DE DETECTORES) 
 
 
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• TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MULTISLICE: 
o VÁRIAS FILEIRAS DE DETECTORES PARA ADQUIRIR UM BLOCO DE IMAGENS 
• UNIDADES HOUNSFIELD (UH): USA A ÁGUA COMO REFERÊNCIA (0 UH), E O RESTANTE 
DAS OUTRAS SUBSTÂNCIAS VARIAM EM RELAÇÃO A ÁGUA. 
 
• TOMÓGRAFO: 
o O TOMÓGRAFO É UMA MÁQUINA GRANDE COM UM TÚNEL ABERTO NO 
CENTRO POR ONDE PASSA UMA MESA DE EXAME ESTREITA QUE DESLIZA 
PARA DENTRO E PARA FORA DO TÚNEL. É NESSA MESA QUE O PACIENTE DEVE 
FICAR DEITADO DURANTE A REALIZAÇÃO DO EXAME. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
CBR - Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Adilson Prando; Fernando A. 
Moreira. Ed. Guanabara Koogan 
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