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UNIVERSIDADE VILA VELHA CURSO DE MEDICINA MÓDULO I – 3P Juliana Santos Neves Paixão COLUNA VERTEBRAL Constituída por vértebras: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 cocígeas. Funções: · Protege a medula e nervos espinhais · Suporta o peso do corpo · Fornece eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça · Papel importante na locomoção e postura · Ponto de fixação para: costelas, cintura pélvica, músculos do dorso Possui curvaturas primárias (cifoses) e secundárias (lordoses) 1. Primárias: regiões torácica e sacral 2. Secundárias: regiões cervical e lombar · Anomalias: hiperlordose, hipercifose e escoliose (alteração na curvatura da coluna no plano frontal, que é normalmente retilínea) Entre as vértebras, encontramos os discos intervertebrais, constituídos por uma estrutura fibrocartilaginosa formada por anéis concêntricos em sua porção externa e um núcleo gelatinoso (pulposo) formado por substâncias hidrófilas – garantem retenção de água, mantendo a capacidade de hidratação e flexibilidade do disco. A coluna é capaz de realizar movimentos, sendo eles, por região: · Cervical: flexão, extensão, inclinação lateral e rotação · Torácica: rotação · Lombar: flexão e extensão Os movimentos são relacionados com os planos anatômicos, dessa forma: · Flexão e extensão: plano sagital · Abdução e adução (inclinação): plano coronal ou frontal · Rotação (pronação e supinação): plano transversal ou horizontal CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS VÉRTEBRAS (TÍPICAS) Corpo vertebral, arco vertebral, processo articular, pedículos, processo transverso, lâmina do arco vertebral e processo espinhoso · O arco vertebral serve para proteger a medula e fixar músculos e ligamentos Obs.: a medida que a medula vai descendo e diminuindo, os forames vertebrais acompanham essa diminuição VÉRTEBRAS CERVICAIS Corpo pequeno (exceto C1 que é atípica e não possui corpo) Processo espinhoso bífido e horizontalizado Processos transversos com forames transversos para a passagem de artérias e veias vertebrais C1 (Atlas), C2 (Axis) e C7 são vértebras atípicas Apesar de C6 apresentar um tubérculo carótico, não é considerada atípica, mas essa estrutura é utilizada para diferenciá-la da vértebra C7 a. ATLAS (C1) Não possui corpo Arco anterior com tubérculo anterior e um arco posterior, com tubérculo posterior Fóvea dental Articula-se com o dente do Axis (C2) Face articular superior Articula-se com côndilos do occipital Face articular inferior Articula-se com os processos articulares superiores de C2 b. AXIS (C2) Tem processo odontoide (dente do axis) na parte superior, articulando-se com o arco anterior do atlas c. C7 (V. PROEMINENTE) Processo espinhoso longo e proeminente, sendo facilmente palpável Na palpação, é possível confundir-se C7 com L1. Para resolver isso, faça a flexão e extensão da cervical e a estrutura que deslocar é a C7. VÉRTEBRAS TORÁCICAS Processo espinhoso não é bifurcado e é descendente e pontiagudo Articulam-se com as costelas Possuem fóveas ou hemifóveas (são as superfícies articulares), que podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos a. T12 É uma vértebra atípica: única torácica com processos articulares inferiores lateralizados VÉRTEBRAS LOMBARES Corpos vertebrais maiores · Anel periférico desse corpo é chamado de osso cortical e funciona como uma zona de crescimento e fixação das fibras anulares · Uma placa de cartilagem hialina está dentro dos limites desse anel Processo espinhoso não é bifurcado e é horizontal Forame vertebral é triangular (menor Tem processos mamilares Processo transverso é bem desenvolvido – chamado de apêndice costiforme Não possui forame transverso nem fóvea costal ARTICULAÇÕES ZIGAPOFISÁRIAS Estão em um plano parassagital Na projeção oblíqua, o contorno das facetas e pars interarticulares aparecem como o pescoço de um cão escocês A identificação da imagem do cão escocês é útil na clínica pois ajuda a confirmar o diagnóstico da espondilólise lombar (descontinuidade óssea na região da pars interarticularis). A espondilólise pode ser identificada na imagem por um traço de fratura localizado na região da pars interarticularis – correspondendo a presença de uma coleira no pescoço do cachorro. VÉRTEBRAS SACRAIS Forma de pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e ápice para baixo 4 ou 5 vértebras fundidas Extensa face auricular – articulam-se com o osso ilíaco do quadril Articula-se: · Superiormente: L5 · Inferiormente: cóccix Cristas transversais marcam o local onde as vértebras foram fundidas durante o desenvolvimento Crista sacral mediana processos espinhosos Cristas sacrais laterais processos transversos LIGAMENTOS DA COLUNA Longitudinal anterior – limita a extensão Longitudinal posterior – resiste a hiperflexão Amarelo – auxilia na extensão da coluna após a flexão Interespinhal – une processos espinhosos Supraespinhal – une extremidades dos processos espinhosos de C7 até o sacro Nucal Intertransversários ARTICULAÇÕES DA COLUNA Dos corpos vertebrais – sustentam o peso e dão resistência, unem corpos por meio de discos IV Dos arcos vertebrais – entre processos articulares superiores e inferiores, permitem movimentos de deslizamentos entre processos articulares Craniovertebrais - · Atlantoccipitais – movimentos de flexão e extensão com a cabeça e inclinação lateral; · Atlantoaxiais – movimentação lateral da cabeça MUSCULATURA DA COLUNA Anatomicamente divididos em uma camada superficial e intermediária (extrínsecos) e outra profunda (intrínsecos) · Extrínsecos: produzem movimentos dos ombros e ajudam na respiração · Intrínsecos: separados dos extrínsecos pela fáscia toracolombar, agem nas articulações da coluna vertebral EXTRÍNSECOS MÚSCULO AÇÃO Levantador da escápula Eleva escápula e inclina sua cavidade glenoidal inferiormente por meio da rotação da escápula Romboides menor e maior Retraem a escápula Rodam a escápula para deprimir sua cavidade glenoidal Fixam a escápula à parede torácica Trapézio Parte descendente – eleva escápula Parte ascendente – deprime escápula Parte média e todas juntas – retrai escápula Descen + Ascen – giram cavidade glenoidal superiormente Latíssimo do dorso Estende, aduz e gira medialmente o úmero Eleva o corpo em direção aos braços durante escalada Serrátil posterior Elevam (superiores) e deprimem (inferiores) as costelas INTRÍNSECOS MÚSCULO AÇÃO Esplênio Sozinhos – fletem lateralmente o pescoço e giram a cabeça para o lado Juntos – estendem a cabeça e o pescoço Eretores da espinha: · Iliocostal · Longuíssimo · Espinal Bilateralmente – estendem a coluna e cabeça; Quando o dorso é fletido, controlam o movimento via contração excêntrica Unilateralmente – fletem lateralmente a coluna Transversos espinhais: · Semiespinal · Multífido · Rotadores (curto e longo) Extensão Podem funcionar como órgãos de propriocepção Interespinhais Ajudam na extensão e rotação da coluna Intertransversários Ajudam na flexão lateral da coluna Bilateralmente – estabilizam a coluna Levantadores das costelas Elevam as costelas (auxiliam respiração Ajudam na flexão lateral da coluna 1 2
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