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ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTIVA 
ADAPTADA
CAPÍTULO 2 - ATIVIDADE FÍSICA E 
DESPORTO ADAPTADO
Natália Monaco de Castro
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Introdução
Esta unidade abordará conhecimentos sobre a história da atividade motora adaptada, bem como seus estudos e
pesquisas ao longo dos anos, com o intuito de adaptar as atividades através da conceituação das diferentes
deficiências motoras. Além disso, aprenderemos a desenvolver estratégias de ensino no âmbito escolar e
atividades que possam auxiliar o professor no plano de ensino.
Conheceremos a história mais aprofundada da atividade motora adaptada. Você sabia que a atividade motora
adaptada teve início após o término da segunda guerra mundial? E que o índice de sucesso foi muito grande?
Estudaremos também sobre as gestantes, você sabia que a gravidez é somente uma condição momentânea, e não
uma doença? Você sabia que as paraolimpíadas acontecem logo após o término das olimpíadas e que os rankings
disputados são iguais em ambos os eventos? Você sabe incluir crianças com deficiência na educação física?
Essas e outras questões serão respondidas ao longo do nosso estudo. Muitos são os mitos sobre o tema da
educação física adaptada, desde o seu conceito à aplicação no contexto esportivo e escolar, que ajudará muito no
esclarecimento de dúvidas dos profissionais da área. É importante que o profissional de educação física tenha
amplo conhecimento no que diz respeito à Educação Física adaptada, só assim, poderá prescrever atividades de
baixou ou zero risco para os seus praticantes. Uma vez compreendida a Atividade Motora Adaptada, compete ao
educador acompanhar as atividades, realizando intervenções sempre que necessário, buscando alcançar as
metas e objetivos de seus praticantes.
Acompanhe!
1.1 Conceitos básicos sobre atividade física e esportiva 
adaptada
A história da educação física adaptada começou com o final da Segunda Guerra Mundial, na qual muitos soltados
voltaram mutilados, paraplégicos ou com a mobilidade reduzida. Assim, a sociedade precisou buscar um meio
para reintegrá-los, tendo em vista que estavam psicologicamente abalados, sofreram traumas físicos e
emocionais. (DARIDO, 2003).
Quando perdermos uma parte de algum membro ou adquirimos a redução de mobilidade, o nosso corpo se
adapta ao longo do nosso desenvolvimento. Entretanto, a adaptação emocional é a mais demorada, pois além de
tempo é necessárias atividades terapêuticas que auxiliem o indivíduo no seu desenvolvimento. (BARDIN , 2004)
Historicamente, diversos criaram centros de recuperação com o objetivo de auxiliar estes soldados em sua
recuperação parcial. Desse modo, a atividade motora adaptada tem como intuito incluir os alunos com
deficiência em aulas regulares de educação física. A maior preocupação das escolas é se os profissionais estão de
fato qualificados para esta inclusão.
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Figura 1 - Esporte para todos.
Fonte: Shutterstock, 2020.
A educação física adaptada surgiu também com o objetivo de atender as pessoas com deficiência intelectual, uma
vez que, seu objetivo é de incluir os diferentes no sentido de dificuldade de tomada de decisão, que é o caso da
deficiência intelectual. Compõe esta população, aqueles que apresentam transtornos, deficiência auditiva, visual,
superdotados e até síndromes neurológicas, dentre outros. Este conceito nos faz pensar como transformar o
conceito em aprendizagem e prática. (SOARES, 2001)
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1.2 Definição de atividade física, atividades motoras, 
recreativas e esportivas adaptadas e sua evolução 
conceitual
Na história da humanidade o esporte é um fenômeno mundial, de cunho social, político e esportivo. Atualmente,
existem algumas diferenças entre as práticas, como esporte de alto rendimento e esporte de participação. A
prática esportiva ultrapassa desafios diários, dores, dificuldades até que se busque um vencedor. Existe uma
grande diferença entre atividades recreativas e esportivas. (MAZZOTA, 2003)
A recreação pode ser aplicada em forma de atividade física, e a sua principal diferença é a leveza que ela traz, ou
seja, é composta pela ludicidade e não exige resultados de ganhadores, pois a competição não é o seu foco.
Figura 2 - A importância do brincar.
Fonte: GraphicsRF, Shutterstock, 2020.
A recreação auxilia no processo da prática esportiva, sem que haja competição ou exigência rígida sobre a sua
atuação. Isto não significa que não deva ser levada a sério. Atualmente, muitos municípios desenvolveram
academias a céu aberto, incentivando as pessoas à prática de atividade física, o que reduziu o sedentarismo nas
cidades com menor população. Iniciativas como estas ajudam na prevenção de doenças e combate ao
sedentarismo, principalmente na população idosa, que é estimada a mais crescente.
1.3 Jogos paraolímpicos: origem, evolução histórica e 
modalidades
Os jogos paraolímpicos são realizados e organizados com o mesmo princípio dos jogos olímpicos, e estes
ocorrem geralmente uma semana após o término dos jogos olímpicos, utilizando-se da mesma sede e de todos os
equipamentos.
O incentivo para os jogos paraolímpicos são em diferentes do que dos jogos olímpicos. Este fato se dá devido à
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O incentivo para os jogos paraolímpicos são em diferentes do que dos jogos olímpicos. Este fato se dá devido à
diferença de rendimento esperado pelo público. Após a criação dos chamados rankings, a olimpíada se tornou o
maior evento mundial de disputa e de quebra de ranking, ou seja, são os maiores competindo entre si.
Figura 3 - Esportes Olímpicos.
Fonte: Maxisport, Shutterstock, 2020.
Na última olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, muitas pessoas questionaram sobre as diretrizes e necessidades
de atendimento nas paraolimpíadas. O maior mito é que pessoas com deficiência são também pessoas doentes,
mas existe uma grande diferença entre doença e deficiência.
A visão dos expectadores que assistem as olimpíadas fica distorcida quando comparada à paraolimpíadas, pois
esperam resultados tão gritantes como nas olimpíadas. Ainda que os resultados sejam impressionantes, sendo a
única diferença o tempo que estes chegam aos seus resultados.
A principal diferença entre as modalidades olímpicas e paraolímpicas estão na quantidade em que são
disputadas. As olimpíadas por exemplo, são 33 modalidades, já as paraolimpíadas são 2, sendo elas: atletismo,
basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, esgrima em cadeira de
rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa,
tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei sentado.
Outra grande diferença está nos valores dos ingressos. Em muitas olimpíadas, quando há medalhistas olímpicos,
a tendência é que os valores sejam ajustados, inviabilizando muitas vezes a participação dos expectadores. Isso
não acontece nas paraolimpíadas. Os valores são bem diferentes dos cobrados nas olimpíadas, o que mesmo
assim, geralmente não há grande público expectador.
VOCÊ QUER VER?
O filme Avatar, de James Cameron (2009), conta a história encantada de um ex-fuzileiro naval,
paraplégico, que volta a andar no exuberante mundo alienígena de Pandora, onde seres
precisam usar corpos biológicos controlados pela mente para não serem contaminados pelo
ambiente tóxico.
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Figura 4 - Esportes Paralímpicos.
Fonte: Pictures Aposti, Shutterstock, 2020.
Precisamos pensar em igualdade e direitos igualitários, gerando situações de equidade, e não de segregação. Se
buscamos a inclusão, o mais indicado seria que as olimpíadas acontecessem junto com as paraolimpíadas, uma
vez que a maioria das modalidades são as mesmas e os locais de competição também. Assim, seria possível
aproximar o público expectador e a sociedade da necessidade de incluir.
1.4 A Educação Física como meio de inclusão da pessoa 
com deficiência
A prática de atividade física no período escolar faz parte do currículo educacional brasileiro. A educação física
tem a função de estimular os alunos à prática de exercícios, tirando-osdo sedentarismo escolar e
conscientizando-os da importância de praticá-la. Nos períodos anteriores da história da educação física, ela
separava os meninos das meninas, e apresentavam propostas diferenciadas para cada gênero.
No decorrer dos anos, a educação física foi aproximada da igualdade de gênero, a qual não compreendia que a
mulher ou as meninas eram consideradas mais fracas ou menos capaz. Sendo excluídas, por exemplo, das
atividades de futebol. Atualmente, as modalidades passaram a ser praticadas por ambos os gêneros, meninas
jogavam futebol e meninos voleibol.
A educação física está ligada às atividades e às práticas corporais, no sentido de auxiliar os indivíduos desde
VOCÊ SABIA?
Quando temos um atleta com alguma amputação de membro, é necessário que este tenha
alguma prótese dependendo da competição. Diferente do que muitas pessoas pensam, as
próteses são uma tecnologia muito antiga. Partes do corpo substituídas por peças de madeira
ou outro material são mencionadas em vários textos da literatura clássica, em diferentes
culturas.
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A educação física está ligada às atividades e às práticas corporais, no sentido de auxiliar os indivíduos desde
crianças até a sua adolescência, objetivando melhora na qualidade de vida.
Essa disciplina é o meio que os alunos têm de compartilhar motoramente as suas vivências e a pratica de
esporte. Para isso, é preciso apoio dos pais, do corpo docente e dos próprios professores da área. A falta de sua
prática, principalmente, no período da infância e adolescência pode causar além do sedentarismo o risco de
obesidade. Nos dias atuais, a prática da atividade física vem sendo, muitas vezes, a segunda opção pela falta de
locais adequados de segurança, como também pelo grande uso da tecnologia, como celulares e videogames. (
GAIO, 2006)
É necessário estimular a geração de hoje, conscientizando a importância de sua prática e os riscos para a saúde.
O indicado é que todas as atividades, sejam elas esportivas ou de cunho tecnológico que sejam fracionadas, pois
ambas têm importância para o desenvolvimento humano, desde que aplicadas de forma correta.
A educação física quando proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, documento oficial do
Ministério da Educação, a Educação Física na escola deve ser constituída de três blocos. Clique nos itens a seguir
e veja quais são eles.
jogos, ginásticas, esportes e lutas;
atividades rítmicas e expressivas;
conhecimentos sobre o corpo.
A educação física até a década de 1950, era vista como uma atividade importante para o desenvolvimento dos
alunos. Hoje, ela é vista como uma atividade complementar, ou seja, uma disciplina que não necessariamente
precisa ser praticada de forma rotineira.
Figura 5 - Estratégias de atividades.
Fonte: Hopscotch, Shutterstock, 2020.
Desse modo, a educação é direito adquirido da criança brasileira, independente da sua condição física, mental ou
social. As diferenças entre inclusão, integração, segregação e exclusão são muitas. Excluir, é um ato que priva
alguém de determinadas funções, ou seja, no caso da educação física adaptada, excluir é deixar de fora todo
aquele que não possui plenas capacidades para as atividades. (BOGDAN;BIKLEN, 1994)
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Já a segregação é o ato de isolar ou separar, ou seja, deixar de lado aqueles menos capazes ou ditos incapazes,
mantendo ou não, no mesmo ambiente. O terceiro passo seria a integração: ato de incorporar num conjunto. Este
tipo de ação é muito comum quando se pensa em inclusão, mas acaba sendo tão discriminatório quanto os dois
passos anteriores, os quais não se inclui integralmente os diferentes a partir do momento em que não são
pensadas atividades que contemplam toda e qualquer diferença.
Por fim, a inclusão pode ser definida como a ação que possui um conjunto de elementos contidos num outro
conjunto, ou seja, ações que permitem que todos possam usufruir de toda e qualquer atividade, não levando em
consideração as suas diferenças ou limitações.
1.5 A atividade física como meio de promoção de saúde 
pessoas em diferentes condições (gravidez, distúrbios de 
saúde ou emocionais)
Na gravidez a inatividade física e o ganho de peso excessivo foram reconhecidos como fatores de risco
independentes para a obesidade materna e complicações relacionadas à gravidez, incluindo o diabetes mellitus
gestacional. A prática da atividade física demonstra ganhos de benefícios e, qualquer fase da vida humana,
principalmente para as mulheres durante o período gestacional. Cabe ressaltar que toda e qualquer atividade
física deve ser acompanhada por um profissional da área. (POUDEVIGNE;O’CONNOR, 2005)
Durante o período de gestação, a mulher apresenta inúmeras mudanças, sejam elas comportamentais,
emocionais e físicas. A atividade física diária tem um papel fundamental para a manutenção da saúde,
principalmente a saúde mental.
Para as mulheres grávidas, vários são os benefícios para manter a prática da atividade física. Poudevigne e O’
Connor (2005) observaram melhora na autoestima e no humor durante a gravidez em mulheres ativas. O
exercício também pode ser recomendado como prevenção e até como parte do tratamento do diabetes
gestacional, como já citado anteriormente. Clique nos itens a seguir e veja os benefícios.
menor incidência de depressão pós-parto;
menor tempo do trabalho de parto;
menor incidência de parto cesáreo;
menor tempo de hospitalização;
menor desconforto físico durante a gestação (dor lombar);
menor ganho de peso;
melhora do condicionamento físico.
Apesar das inúmeras vantagens que a prática de exercícios traz para as mulheres gestantes, existem patologias
O artigo Interdisciplinaridade na formação inicial do professor de educação física para atuar
, de Luiz Fernando Garcia de Almeida ecom alunos com necessidades educacionais especiais
Elisabeth Rossetto (2017), retrata sobre a verificação das disciplinas ofertadas na matriz
curricular da educação física e temas que envolvem o trabalho pedagógico junto aos alunos
com necessidades educacionais especiais inseridos no ensino regular. Disponível em: 
.http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/37903
VOCÊ QUER LER?
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/37903
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Apesar das inúmeras vantagens que a prática de exercícios traz para as mulheres gestantes, existem patologias
específicas que são contraindicações, não somente na gravidez. Atividades de alto impacto devem ser evitadas
neste período, incluindo atividades que possam gerar risco para a gestante e para o bebê.
1.6 Distúrbios Psicomotores
A partir do nascimento, é possível observar mais facilmente o desenvolvimento motor do indivíduo, porém, as
primeiras evidências de um desenvolvimento intelectual são manifestações puramente motoras. Os distúrbios
motores apresentam ligação diretamente com dificuldades que envolvem o indivíduo em sua totalidade.
A fase de desenvolvimento humano acontece prioritariamente quando nascemos. Desde os nossos primeiros
movimentos somos estimulados no colo, seja da mãe ou de outro humano responsável. Neste período recebemos
diversos estímulos, e estes são necessários para o desenvolvimento motos do bebê. Clique nos itens e veja, a
seguir, os aspectos importantes a serem estimulados.
O equilíbrio, coordenação corporal geral;
A percepção do corpo e do espaço;
A coordenação olho pé, olho mão;
Exercícios de pular e sequenciar;
Movimentos locomotores diversos;
Desenvolvimento das habilidades sociais;
Coordenação motora fina;
Desenvolvimento de habilidades por meio de jogos simples.
1.7 A práticas de atividades adaptadas
Partindo dos eixos propostos pelos parâmetros curriculares nacionais, as atividades se dividem em três eixos
importantes para o desenvolvimento da educação física escolar.
Se analisarmos as condições para aplicação da educação física escolar, os esportes mais praticados se restringem
aos praticados em quadra, ou seja, o voleibol, basquetebol, futebol e handebol.
VOCÊ O CONHECE?
Cid Torquato, natural de Mogi das Cruzes, é advogado,formado pela Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo. Foi executivo da Lowe & Partners América Latina, StarMedia
Networks, assessor em Governo Eletrônico do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, no Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), e fundador da Câmara Brasileira de
Comércio Eletrônico. É membro do World Summit Award, principal premiação global de
conteúdo digital, bem como conselheiro do CONADE – Conselho Nacional de Promoção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência. Após ficar tetraplégico em 2007, foi Secretário Adjunto da
Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, até ser convidado
para assumir a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo.
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Ao obtermos um espaço adequado, muitas atividades podem ser desenvolvidas, por exemplos, jogos de estafetas.
Os jogos de estafetas são jogos que são divididos minimamente em duas equipes, e as atividades podem ser a
partir da própria criação e composta por regras. (FERREIRA;GUIMARÃES, 2003)
Os materiais que podem ser utilizados estão dentro da quadra de educação física, por exemplo, as linhas. Se o
objetivo é trabalhar o equilíbrio, os alunos podem andar sobre as linhas. Se o objetivo for lateralidade, os alunos
podem ir andando de frente e voltar de costas.
Para a prática das atividades adaptadas, não necessariamente é preciso instrumentos ou equipamentos voltados
as pessoas com deficiência, mas sim, o uso da criatividade do professor em adequar as aulas conforme as
necessidades dos alunos.
Adaptar-se é a palavra chave para que as atividades sejam desenvolvidas e aplicadas conforme a necessidades
dos alunos. Vamos imaginar a situacao hipotética: em uma classe de 25 alunos na faixa etária de oito e nove anos,
dois alunos apresentam característica de mobilidade reduzida, sendo um deles amputação de braço esquerdo e o
outro cadeirante. Na aula de educação física, o professor propõe atividade com bola, sendo duas equipes. A
atividade proposta é do tipo queimada e separa o aluno com amputação de braço esquerdo de um lado e o
cadeirante do outro lado. Para compor duas equipes com o número correto de 12 alunos para cada lado, o
professor escolhe um aluno para auxiliá-lo na arbitragem.
Na perspectiva da inclusão, espera-se que o professor inclua estes alunos de modo que estes possam participar
igualitariamente da atividade, ou seja, alguma atividade que inclusive eles possam desenvolver. Um dos segredos
da inclusão está na fala proposta por eles “Nada sobre nós sem nós”. Primeiro passo para atividade adaptada é a
conscientização dos demais alunos sobre o que é deficiência e o que ela implica de limitação na vida diária do
indivíduo. Por exemplo, se o aluno com amputação de braço não quiser participar da atividade, cabe ao professor
auxiliá-lo no processo participativo, e uma das hipóteses é convidá-lo para ser o auxiliar de arbitragem.
Já com o aluno cadeirante, é necessário criar regras para que este possa participar de forma igualitária da
atividade, ou seja, não é tratar como ‘café com leite’, mas sim, criar regras que auxilie ele na participação
completa da atividade, considerando, inclusive, a sua colaboração na criação das regras.
Nesse sentido, é fundamental que o professor de educação física tenha a compreensão da cultura dos alunos, de
onde vêm, a bagagem que carregam, as suas experiências, inclusive as suas propostas de atividades. Esta
construção coletiva é a estratégia para o sucesso das atividades.
CASO
A escola por si só deveria ser um espaço de inclusão de toda e qualquer criança, seja ela com
ou sem deficiência. Inúmeros são os desafios dos professores que atuam na educação básica,
ou seja, aquela de formação. Ao longa de nossas vidas, encontramos pessoas que se tornam
formadores de opinião, e certamente, temos um, dois ou até mais pessoas como referências. A
proposta desta reflexão está pautada em como podemos ser essas referências para os alunos
que encontraremos em nossa jornada. Se analisarmos friamente o nosso desenvolvimento, em
algum momento encontraremos barreiras que nos limitarão a alguma atividade específica,
como por exemplo, o uso de óculos, uso de bengala, aparelho auditivo e etc, o que não significa
que não possamos fazer parte de um devido contexto.
O Voleibol adaptado, por exemplo, é possível praticar em qualquer quadra esportiva, não é
necessário o uso de matérias diferentes do vôlei tradicional. Compete ao educador física
adaptar a atividade e suas regras.
- -11
Conclusão
Ao final desta unidade foi possível perceber a abordagem conceitual e prática da atividade motora adaptada.
Historicamente, a atividade motora adaptada passou por diversas mudanças práticas, mas o seu conceito pouco
sofreu modificações. Como o seu próprio nome diz, adaptada, é a forma pela qual a atividade se adaptas às
diferentes dificuldades e necessidades dos indivíduos.
Cabe ressaltar que toda e qualquer atividade deve ser acompanhada e monitorada por um profissional de
educação física, principalmente, no que diz respeito à prescrição das atividades. Além disso, pudemos observar
também que em todos os tópicos foram apresentados os mitos de cada prática.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer a história mais aprofundada da atividade motora adaptada;
• acompanhar publicações dos pesquisadores atualizadas;
• aprender sob outra ótica como é possível trabalhar na educação física adaptada com as diferentes 
deficiências e condições dos alunos;
• identificar as diversas possibilidades de atuação do profissional da área;
• aprender a criar atividades específicas que possam contemplar os alunos com deficiência no contexto 
escolar;
• conhecer mais sobre as inúmeras possibilidades de transformação no âmbito escolar.
Bibliografia
ALMEIDA, L. F. G.; ROSSETO, E, Interdisciplinaridade na formação inicial do professor de educação física para
atuar com alunos com necessidades educacionais especiais. . v. 7 n. 3, 2017. rev. Imagens da Educação
Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/37903. Acesso em: 20 jan.
2020.
AVATAR. Produção: James Cameron. Los Angeles: Dune Entertainment, 2009. 1 fita de vídeo (30 min), VHS, son.,
color.
BARDIN, L Lisboa: Edições 70, 2004.. Análise de conteúdo. 
BOGDAN, R. C..;BIKLEN, S. K. : uma introdução às teorias e aos métodos Investigação qualitativa em educação .
Portugal: Porto Editora, 1994.
BRASIL. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal:Constituição
Centro Gráfico, 1988.
DARIDO, S. D. : questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003.Educação física na escola
FERREIRA, M. E. C.; GUIMARÃES, M. Rio de Janeiro: DP&U, 2003.Educação Inclusiva. 
GAIO, R. C : histórias de vida. Jundiaí: Editora Fontoura, 2006.. Para além do corpo deficiente
MAZZOTA, M. J. S. : história e políticas públicas São Paulo: Cortez, 2003.Educação especial no Brasil .
SOARES, C. L. : raízes européias e Brasil. Educação Física 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
POUDEVIGNE M.S.; O’CONNOR P.J. Physical activity and mood during pregnancy. Med Sci Sport Exerc . Med Sci
. 2005, Aug; 37(8):1374-80. Disponível em: Sports Exerc https://journals.lww.com/acsm-msse/fulltext/2005
/08000/Physical_Activity_and_Mood_during_Pregnancy.17.aspx. Acesso em: 20 jan. 2020.
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http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/37903
https://journals.lww.com/acsm-msse/fulltext/2005/08000/Physical_Activity_and_Mood_during_Pregnancy.17.aspx
https://journals.lww.com/acsm-msse/fulltext/2005/08000/Physical_Activity_and_Mood_during_Pregnancy.17.aspx
https://journals.lww.com/acsm-msse/fulltext/2005/08000/Physical_Activity_and_Mood_during_Pregnancy.17.aspx
	Introdução
	1.1 Conceitos básicos sobre atividade física e esportiva adaptada
	1.2 Definição de atividade física, atividades motoras, recreativas e esportivas adaptadas e sua evolução conceitual
	1.3 Jogos paraolímpicos: origem, evolução histórica e modalidades
	1.4 A Educação Física como meio de inclusão da pessoacom deficiência
	1.5 A atividade física como meio de promoção de saúde pessoas em diferentes condições (gravidez, distúrbios de saúde ou emocionais)
	1.6 Distúrbios Psicomotores
	1.7 A práticas de atividades adaptadas
	Conclusão
	Bibliografia

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