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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA GIOVANA RENOSTO HELOISA CHIAMENTI KAUAN FELIPE LETICIA MACEDO NATACHA SILVA PRÉ-RELATÓRIO VII: PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES Relatório entregue ao Prof Dr. Fernando Espinoza como requisito parcial de avaliação da disciplina de Física Geral e Experimental II do curso de Engenharia Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus Toledo. TOLEDO- PARANÁ JUNHO DE 2019 1. INTRODUÇÃO Diferente de um corpo rígido, os fluidos são substâncias que podem escoar e não possuem formas definidas, podendo assim assumir a forma do recipiente que é armazenado. Essas características são facilmente observadas em líquidos e gases, que sofrem deformação com a aplicação de forças externas na sua superfície. (NUSSENZVEIG, 1996). As forças externas podem ser volumétricas ou superficiais, sendo que a primeira possui a característica de agir sobre o volume do fluído, tendo como exemplo a força gravitacional. Contudo, as forças que geram uma interação entre os corpos limitantes do sistema e a camada superficial do fluido, como as forças normais e tangenciais, são caracterizadas como forças superficiais. (NUSSENZVEIG, 1996). A análise e o estudo dos fluidos compõem os princípios básicos da hidráulica, sendo que um dos princípios de maior destaque no estudo do comportamento dos fluidos é o Principio de Arquimedes, segundo o qual, o empuxo ou impulsão corresponde à força resultante gerada por um fluido sobre um corpo que esteja dentro deste fluido. (HALLIDAY, 2003) Desta forma, o enunciado de Arquimedes pode ser resumido como: “Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido recebe do fluido um empuxo igual e contrário ao peso da porção de fluido deslocado e aplicado no centro de gravidade do mesmo.” (Figura 01) (ESPINOZA-QUIÑONES, F. R.) Figura 01: Forças que atuam no Princípio de Arquimedes Tendo isso em vista, admitindo-se que há um sistema contido de fluido e o equilíbrio entre forças superficiais e volumétricas, tem-se que as forças superficiais que atuam sobre elementos de superfície correspondem a pressões. 2. EMBASAMENTO TEÓRICO Considerando um elemento sólido dentro de um meio contendo um fluido apresentado na Figura 02, nota-se que as forças superficiais laterais se equilibram, enquanto que as força exercida na parte inferior e superior geram uma variação de pressão, onde na parte inferior é maior que na parte superior que pode ser obtido da Lei de Stevin. FIGURA 02- Forças exercidas no elemento de fluido Desse modo, tem-se: 𝑝2 = 𝑝0 + 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2 (1) 𝑝1 = 𝑝0 + 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 (2) Assim, considera-se a diferença de pressão como sendo a Equação 4. ∆𝑝 = 𝑝2 − 𝑝1 = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ (ℎ2 − ℎ1) (3) ∆𝑝 = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ (4) A diferença de pressão gera uma força superficial resultante exercida pelo fluido sobre o cilindro (Equação 5). ∆�⃗� = �⃗�2 + �⃗�1 = −𝑝2 ∙ ∆𝑆2 − 𝑝1 ∙ ∆𝑆1 (5) Onde, os vetores áreas são definidos pela Equação 6. ∆𝑆1 = −∆𝑆2 = −𝐴 ∙ �̂� (6) Substituindo na Equação 5, obtém-se a Equação 8. ∆�⃗� = �⃗�2 + �⃗�1 = [𝑝2 − 𝑝1] ∙ 𝐴 ∙ �̂� (7) ∆𝐹 = ∆𝑝 ∙ 𝐴 ∙ �̂� (8) Logo, o fluido exerce uma força vertical direcionada para cima, também conhecida como Empuxo (�⃗⃗� = ∆�⃗�). Então, a força E , em termos da densidade do fluido e altura do objeto imerso, é dada pela Equação 9. �⃗⃗� = ∆𝑝 ∙ 𝐴 ∙ �̂� = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ ∙ 𝐴 ∙ �̂� (9) Com a Equação 9 consegue-se observar que o empuxo é proporcional ao volume imerso ( AhV ) do objeto e à densidade do fluido ( ), que se equivalente à massa de fluido deslocada pelo objeto, Equações 10 e 11. ∆𝑀𝑓 = 𝜌 ∙ 𝐴 ∙ ℎ (10) �⃗⃗� = ∆𝑀𝑓 ∙ 𝑔 ∙ �̂� (11) E, o peso da quantidade de fluido deslocado, é dado pela Equação 12. �⃗⃗�𝑓 = −∆𝑀𝑓 ∙ 𝑔 ∙ �̂� (12) Dessa forma, conclui-se que a força de empuxo, exercida pelo fluido sobre o copo imerso, é igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto, no sentido oposto à força peso do fluido (Equação 13). �⃗⃗� = −�⃗⃗�𝑓 (13) O peso aparente (𝑃𝑎) de um corpo imerso em fluido se dá pela diferença entre o peso real do objeto e a força empuxo aplicada sobre o mesmo, conforme a Equação 14. 𝑃𝑎 = 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝐸 (14) A partir da Equação 14, obtém-se a Equação 15. 𝑃𝑎 = 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝜌𝑓 ∙ 𝐴 ∙ 𝑔 ∙ ℎ (15) REFERÊNCIAS NUSSENZVEIG, Moysés. Curso de Física Básica 2: fluidos, oscilações e gravitação. São Paulo, Edgard Blucher, 1981. RESNICK, R; HALLIDAY, D; KRANE, K. S. Física 2. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC,2003. ESPINOZA-QUIÑONES, F. R. Apostila Física Geral II – Teoria. Toledo, 2019.
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