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Pontifícia Universidade Católica do Paraná 
Centro de Ciências, Tecnologia e Produção 
Campus Toledo 
Curso de Agronomia, 4° Período 
Disciplina: Fisiologia Vegetal II 
 
 
ANDERSON LUIS LEINDECKER 
MARCELO LUIZ CUNHA SCHMIDT 
 MARCOS CESAR SILVA 
MATEUS DE OLIVEIRA BURDINHÃO FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA E OUTROS HORMÔNIOS VEGETAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toledo 
2011 
 
 
ANDERSON LUIS LEINDECKER 
MARCELO LUIZ CUNHA SCHMIDT 
 MARCOS CESAR SILVA 
MATEUS DE OLIVEIRA BURDINHÃO FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA E OUTROS HORMÔNIOS VEGETAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de pré-projeto apresentado na 
disciplina de Fisiologia Vegetal II, do 
Curso de Graduação em Agronomia da 
Pontifícia Universidade Católica do 
Paraná – PUC, campus Toledo. 
 
Professora: Jacir Daga 
 
 
 
 
 
 
Toledo 
2011
 
 
SUMÁRIO 
1 FISIOLOGIA DE PÓS-COLHEITA ............................................................... 1 
1.1 Respiração ............................................................................................ 2 
1.2 Maturidade Pós-Colheita ....................................................................... 2 
1.3 Germinação ........................................................................................... 3 
2 OUTROS HORMÔNIOS VEGETAIS ........................................................... 4 
2.1 Os Brassinosteróides ............................................................................ 4 
2.1.1 Biossíntese dos brassinosteróides ................................................. 4 
2.1.2 Funções dos brassinosteróides ...................................................... 5 
2.2 POLIAMINAS ........................................................................................ 6 
2.2.1 Biossíntese das poliaminas nas plantas ......................................... 6 
2.2.2 Funções celulares das poliaminas .................................................. 7 
2.2.3 Funções das poliaminas no desenvolvimento vegetal .................... 8 
3 ÁCIDO JASMÔNICO ................................................................................... 8 
3.1.1 Biossíntese do ácido jasmônico...................................................... 9 
3.1.2 Funções do ácido jasmônico .......................................................... 9 
3.2 ÁCIDO SALICÍLICO ............................................................................ 10 
3.2.1 Biossíntese do ácido salicílico ...................................................... 11 
3.2.2 Funções do ácido salicílico ........................................................... 11 
4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 13 
 
1 
 
1 FISIOLOGIA DE PÓS-COLHEITA 
 
O termo Pós-Colheita refere-se ao estudo e ao conjunto de técnicas 
aplicadas à conservação e armazenamento de produtos agrícolas como grãos, 
frutas, hortaliças, tubérculos, entre outras logo após a colheita até o consumo 
ou processamento. Essas técnicas são importantes pois, ao contrário dos 
alimentos de origem animal, os tecidos destes produtos permanecem íntegros 
e mantendo seus processos fisiológicos e bioquímicos normais.As mesmas 
técnicas, com suas devidas especificidades, são aplicada também a produtos 
agrícolas não comestíveis como flores e plantas ornamentais, por exemplo. 
Nos últimos anos, maiores produções agrícolas, particularmente de 
grãos, têm sido alcançadas como resultado do desenvolvimento e da 
implementação de técnicas eficientes de produção e de proteção. No entanto, é 
essencial que a viabilidade dos grãos e de outros produtos agrícolas seja 
solidificada pelo desenvolvimento de práticas efetivas de armazenagem, a fim 
de minimizar as perdas pós-colheita. Embora não haja dados concretos sobre 
perdas causadas somente por pragas em estruturas modernas e tradicionais 
de armazenamento de grãos, estima-se que, em países desenvolvidos, esta 
perda seja insignificante, quando comparada com valores superiores a 15% 
em muitos países em desenvolvimento, onde contínuas crises econômicas 
e a deficiente ligação entre o conhecimento teórico e a aplicação prática 
são os principais empecilhos para colocar a perda de alimentos em níveis 
toleráveis, isto é, abaixo de 5%. 
Com o aumento crescente da produção de grãos no Brasil, há 
necessidade de haver, também, estruturas de apoio ao sistema pós-colheita, 
assim como medidas eficientes de pré-processamento e armazenamento. No 
que se refere ao armazenamento, muito tem sido feito no sentido de redução 
das perdas e conservação adequada dos produtos agrícolas, pois quaisquer 
modificações na qualidade ou disponibilidade dos alimentos são imediatamente 
acusadas pela população, com sérias repercussões socioeconômicas. 
A massa de grãos armazenada é um ecossistema em que a 
deterioração é o resultado da interação entre: 
a) variáveis físicas (temperatura e umidade da massa de grãos, umidade 
relativa do ar intergranular, propriedades físicas da massa de grãos: 
porosidade, fluidez, acamamento dos grãos, sorção e propriedades térmicas, 
estrutura da unidade armazenadora e suas inter-relações e variáveis 
meteorológicas); 
b) variáveis químicas (disponibilidade de oxigênio no ar intergranular); 
c) variáveis biológicas de fontes internas (longevidade, respiração, maturidade 
pós-colheita e germinação); e 
d) variáveis biológicas de fontes externas (fungos, leveduras, bactérias, 
insetos, ácaros, roedores e pássaros). 
O grau de deterioração depende da taxa de aumento do efeito destas 
variáveis, 
2 
 
que, por sua vez, são afetadas pela interação da temperatura e umidade 
e pela inter-relação destas variáveis com o produto e com a estrutura do 
armazém. 
 
1.1 Respiração 
 
A propriedade de respiração do grão e da microflora presente é crucial 
no entendimento do processo de deterioração do grão. Ambos respiram 
pelo mesmo princípio fisiológico. A respiração dos grãos ou grãos quebrados 
produz energia e ocorre na presença (aeróbica) ou na ausência de oxigênio 
(anaeróbica). Na respiração aeróbica ocorre uma oxidação completa da 
glicose, produzindo dióxido de carbono, água e energia (674 kcal), 
enquanto na anaeróbica a glicose é completamente decomposta, formando 
dióxido de carbono, álcool etílico e energia. 
Os efeitos diretos da respiração são a perda de peso e o aumento do 
teor de umidade do grão, o aumento do nível de dióxido de carbono no 
ar e o aumento da temperatura dos grãos. A intensidade da respiração dos 
grãos e dos fungos determina, em parte, a taxa e a extensão da deterioração 
da massa de grãos. A intensidade do processo respiratório é regulada por um 
conjunto de variáveis bióticas e abióticas, como: umidade, temperatura, 
concentração de gases, aeração, tamanho e forma do grão e da massa de 
grãos, da espécie, da variedade, da colheita, da maturidade pós-colheita e das 
condições de transporte. 
 
1.2 Maturidade Pós-Colheita 
 
A maturidade pós-colheita é uma das propriedades dos grãos menos 
entendidas. Complexas mudanças bioquímicas ocorrem nos dias e nas 
semanas que se seguem ao armazenamento de grãos colhidos “frescos”. O 
período final da síntese química, que se inicia na maturação principalmente de 
cereais no campo, pode ser completado com sucesso somente após o 
grão ter amadurecido no campo e colhido com o mínimo de injúrias. 
Quando a colheita é realizada na época correta (depois da maturação 
dos grãos), é possível melhorar a estabilidade do armazenamento e a 
manutenção da qualidade do grão. Durante muitos anos acreditou-se que o 
trigo recém-colhido não tinha o mesmo desempenho que o trigo armazenado 
por um período de muitas semanas ou meses. 
Estudos recentes mostraram que a qualidade da farinha de trigo recém-colhido para a panificação é melhor do que aquela que ficou armazenada por 
um curto período de tempo. Subseqüentemente, vê-se que o envelhecimento 
não melhora o potencial de panificação e que o armazenamento prolongado 
pode gerar declínio gradual na qualidade de panificação ou cozimento. 
 
 
3 
 
1.3 Germinação 
 
A germinação é definida como o fenômeno pelo qual, sob condições 
apropriadas, o eixo embrionário dá prosseguimento ao seu desenvolvimento, 
que tinha sido interrompido por ocasião da maturidade fisiológica. Várias 
teorias têm sido propostas para explicar a perda de viabilidade das sementes 
durante o armazenamento. 
Basicamente elas são divididas em dois grupos: um em que a perda da 
viabilidade é um fator intrínseco, resultante do metabolismo da semente, e 
outro em que as causas são extrínsecas para as sementes e são completadas 
com microrganismos que vivem em associação com a semente. A viabilidade 
das sementes de cereais é condicionada à temperatura e umidade do 
armazenamento. Ela pode ser prolongada com baixos teores de umidade e 
temperatura. 
Uma planta precisa de diversos fatores, internos e externos, para 
crescer e se desenvolver, e isto inclui diferenciar-se e adquirir formas, 
originando uma variedade de células, tecidos e órgãos. 
Como exemplos de fatores externos que afetam o crescimento e 
desenvolvimento de vegetais, podemos citar luz (energia solar), dióxido de 
carbono, água e minerais, incluindo o nitrogênio atmosférico (fixado por 
bactérias fixadoras e cianofíceas), temperatura, comprimento do dia e 
gravidade. 
Os principais fatores internos são os chamados hormônios vegetais ou 
fitormônios, substâncias químicas que atuam sobre a divisão, elongação e 
diferenciação celular. 
Geralmente todo ou quase todo o hormônio vegetal de uma planta pode 
ser encontrado na forma conjugada – ou seja, ligado a outras substâncias 
como açúcares, acúcares-alcoóis, aminoácidos, peptídeos ou mesmo 
proteínas. A hidrólise dos conjugados inativos dos tecidos da plantas libera a 
forma “livre”, ou ativa do hormônio. 
Hormônios vegetais são substâncias orgânicas que desempenham uma 
importante função na regulação do crescimento. No geral, são substâncias que 
atuam ou não diretamente sobre os tecidos e órgãos que os produzem 
(existem hormônios que são transportados para outros locais, não atuando em 
seus locais de síntese), ativos em quantidades muito pequenas, produzindo 
respostas fisiológicas especificas (floração, crescimento, amadurecimento de 
frutos etc.). 
 
4 
 
 
2 OUTROS HORMÔNIOS VEGETAIS 
 
Antes de se falar sobre outros reguladores, deve-se ter a noção do que 
seria um hormônio e do que seria um regulador de crescimento. Os hormônios 
seriam aquelas substâncias secretadas diretamente por células de glândulas 
ou de órgãos endócrinos (em animais); hormônio de plantas são chamados 
fitormônios; eles agem em pequenas quantidades sobre os tecidos ou 
órgãos específicos (alvos do hormônio). 
Os reguladores de crescimento seriam uma entidade química, endógena 
ou sintética que altera o processo de crescimento das plantas quando em 
concentração muito baixa para causar o efeito esperado. 
As plantas produzem uma grande quantidade de compostos orgânicos 
envolvidos no controle do desenvolvimento. Dentre eles, podem ser citados 
os hormônios vegetais clássicos, auxinas, as citocininas, as giberelinas, o 
etileno e o ácido abscísico, os quais têm sido bastante estudados nos últimos 
50 anos. Mais recentemente, alguns outros compostos que podem afetar o 
crescimento e desenvolvimento vegetal têm sido descritos, embora muitas 
dúvidas ainda permaneçam quanto à classificação dessas substâncias 
como hormônios vegetais. Esses compostos são os brassinosteróides, as 
Poliaminas, o ácido jasmônico e o ácido salicílico. 
 
2.1 Os Brassinosteróides 
 
Os Brassinosteróides (Br) são fitosteróides polioxigenados de 
pronunciada atividade reguladora do crescimento vegetal. 
Na década de 60 foi elaborada a hipótese de que o rápido crescimento 
dos grãos de pólen poderia estar associado à presença de promotores de 
crescimento, proporcionando a descoberta dos brassinosteróides. 
Primeiramente foi verificado que estrato de pólen de Brassica napus induziu 
um rápido alongamento de internós de caule de feijão. Posteriormente, 
outros estudos com essa espécie possibilitaram o isolamento e a identificação 
do primeiro esteróide regulador de plantas, o brassinolídeo, em 1979. E, 
atualmente são conhecidos mais de 60 brassinosteróides. 
Eles têm efeito biológico em baixas concentrações e são bastante 
distribuídos no reino vegetal, sendo encontrados nas algas, gimnospermas, 
mono e dicotiledôneas, seja nos botões florais, grãos de pólen, folhas, 
sementes frutos, caules ou gemas. Essas substâncias só não foram, ainda, 
observadas nas raízes. 
 
2.1.1 Biossíntese dos brassinosteróides 
 
Os brassinosteróides são derivados do esteróide vegetal campesterol, 
após reações de redução e oxidações. O campesterol é reduzido a 
5 
 
campestenol, e este oxidado a catasterona e a teasterona, precursores do 
brassinoídeo (Figura 1) 
Os diversos brassinosteróides são diferenciados estruturalmente por 
serem esteróides com 27, 28 ou 29 carbonos na sua estrutura. Sendo que, o 
de 28C apresenta alta atividade biológica. 
 
Figura 1. Via esquemática da biossíntese dos brassinosteróides (Fonte: 
KERBAUY,2004) 
 
 
2.1.2 Funções dos brassinosteróides 
 
O alongamento de caules tem sido proporcionado com o tratamento de 
brassinosteróides. Plantas mutantes não-produtoras de brassinosteróides de Br 
de Arabidopsis e de Pisum sativum apresentam um tamanho reduzido, 
quando se aplicou essa substância, houve um aumento do tamanho das 
células, sugerindo seu desenvolvimento no alongamento celular. 
Os Br e as auxinas apresentam efeitos similares, porém, nas raízes 
eles agem de forma distinta, apresentando um efeito inibitório sobre o 
crescimento desses órgãos. Crescimento do tubo polínico, desenrolamento 
das folhas de gramíneas, a ativação de bombas de prótons e a reorganização 
6 
 
das microfibrilas de celulose, são processos promovidos pelos Br, e ainda, 
são muito importantes na diferenciação do xilema.(observado em Zínia 
elegans). 
O reconhecimento dos Br como hormônio vegetal endógeno ainda 
é incerto, especialmente devido à similaridade de seus efeitos às auxinas, 
além de sua aplicação resultar em fenótipos com interações complexas entre 
os hormônios clássicos: AG, ABA, etileno e citocinina. 
 
2.2 POLIAMINAS 
 
As poliaminas têm sido consideradas como uma classe de reguladores 
de crescimento em plantas. Sua ação parece estar relacionada com o 
crescimento e desenvolvimento e, segundo alguns pesquisadores, foram 
encontradas evidências de que as poliaminas podem ser fatores importantes 
de sementes (Revista brasileira de Botânica, 2003). O termo poliamina 
tem sido usado na literatura tanto no sentido genérico quanto no restrito. No 
genérico, se incluem a putrescina (put), a espermidina (spd), a espermina 
(spm) e vários outros compostos derivados. No sentido restrito indica apenas 
aquelas aminas primárias que possuem mais de dois grupos amina, tais 
como a espermidina e espermina. Outros compostos de aminas primárias 
também são encontrados nas plantas, como a cadaverina. O papel das 
poliaminas no metabolismo celular das plantas ainda não é bem definido, 
embora seu significado em processos bioquímicos, tais como síntese de 
proteínas e degradação de RNA, tenham sido reconhecidas. 
A putrescina (put-NH2(CH2)4NH2-1,4-butanodiamina), espermidina 
(spd-NH2(CH2)3NH(CH2)4NH2-(3-aminopropil) e espermina (spm- 
NH2(CH2)3NH(CH2)4NH(CH2)3NH2-N,N’-bis(3-aminopropil)-1,4-tanodiamina) 
são poliaminas naturais ou aminas biogênicas amplamente distribuídas na 
natureza, encontradas em todas ascélulas, tanto em animais quanto em 
plantas(KERBAUY, 2004), desempenhando importante papel em vários 
eventos celulares. Apesar de serem consideradas por muitos como 
reguladores de crescimento e de estarem envolvidas em um grande número de 
processos do desenvolvimento do vegetal como a floração, como também, 
participando direta ou indiretamente de várias vias metabólicas essenciais 
para o funcionamento celular, essas substâncias são necessárias em 
concentrações maiores do que os hormônios convencionais para a produção 
de um mesmo efeito. Portanto, considera-las como hormônio vegetal ainda é 
controvertido. 
 
2.2.1 Biossíntese das poliaminas nas plantas 
 
A putrescina é sintetizada a partir da L-arginina, através de duas vias 
metabólicas: a primeira envolvendo a L-ornitina, obtida pela ação da ornitina 
descarboxilase (ODC), e a segunda via através da obtenção da agmatina pela 
7 
 
ação da arginina descarboxilase (ADC), enzima essa modulada pela luz na 
maioria dos tecidos. Essas rotas podem variar dependendo da espécie ou de 
outros fatores (Figura 2). A biossíntese das poliaminas é geralmente promovida 
na presença de auxinas, citocininas e giberelinas. 
 
 
Figura 2. Via esquemática da biossíntese da Poliamina (Fonte: KERBAUY, 
2004) 
 
2.2.2 Funções celulares das poliaminas 
 
As poliaminas podem ser encontradas em vacúolos, cloroplastos, e 
principalmente associadas às paredes celulares, nas formas livres ou 
conjugadas com ácidos fenólicos (ácidos cinâmico, ferúlico ou p-cumárico). 
Esses conjugados podem, eventualmente, constituir até 90% do total das 
poliaminas (PAs) nas células. 
Quando policatiônicas, afetam o pH celular. Elas ainda podem estabilizar 
a dupla hélice da estrutura do DNA e as membranas, interagindo com os 
resíduos de fósforo, alterando a atividade das enzimas localizadas nas 
membranas. Mudança na fluidez e na estrutura fina das membranas podem ser 
medidas por PAs. 
8 
 
Elas são também consideradas como estimulatórias da síntese de 
macromoléculas, como as proteínas, além de estimular síntese das cinases e 
da frutose-1,6-bifosfato. 
 
2.2.3 Funções das poliaminas no desenvolvimento vegetal 
 
As PAs parecem estar envolvidas na divisão e alongamentos celulares, 
no enraizamento e na formação dos tubérculos. Eventualmente, essas 
substâncias podem ser usadas como substitutas do tratamento co auxinas, 
sugerindo uma atividade como mensageiros secundários dessa classe 
hormonal. Elas podem afetar a iniciação floral, sendo importantes para o 
desenvolvimento de flores normais. Por sua vez, na senescência há um 
declínio de PAs. A aplicação de baixas concentrações de poliaminas em folhas 
de mono ou dicotiledôneas pode retratar ou prevenir os processos relacionados 
com a senescência, como o declínio de clorofila, proteínas e RNA. 
Além desses processos, as PAs estão envolvidas na maturação de 
frutos e de grãos de pólen, na formação adventícia e de ramos e de raízes e na 
diferenciação vascular. 
 
3 ÁCIDO JASMÔNICO 
 
O ácido jasmônico (Aj) é uma nova classe de substância do crescimento 
vegetal. Ele e seu éster aromático e volátil, o metilo jasmonato(MeJa), 
estão envolvidos em vários processos fisiológicos que podem incluir: 
assimilação e partição de nitrogênio, regulação da expressão de genes das 
proteínas de reserva vegetativa, sinal de transdução de estresses, 
modulação do fotocontrole na biossíntese de antocianina e indução dos 
genes que expressam inibidores de proteases. 
Eles foram inicialmente detectados e identificados em Jasminum e 
Rosarinus, mas atualmente sabe-se que são amplamente produzidos no 
reino vegetal. O ácido jasmônico é um composto derivado da via das 
lipoxigenases e possui atividade de fitohormônio, sendo também reconhecido 
como molécula sinalizadora sintetizada por plantas em resposta a 
ferimentos, herbívoros e ataque de patógenos. 
As substâncias liberadas, chamadas voláteis de folhas verdes, cheiram a 
relva cortada ou a folhas esmagadas. O aroma atrai os inimigos dos insetos 
que comem a planta. Os compostos constituem também um sistema de aviso 
prévio a outras plantas, que estejam próximas. A equipe da Universidade do 
Estado da Pensilvânia, coordenada por James Tumlinson, usou, nos testes, 
folhas danificadas misturadas a plantas de milho saudáveis num recipiente 
fechado. As plantas saudáveis passaram a produzir ácido jasmônico, produzido 
após ataque de insetos. 
 
9 
 
3.1.1 Biossíntese do ácido jasmônico 
 
A via biossintética do ácido jasmônico depende da ação seqüencial de 
várias enzimas. A lipoxigenase promove a oxidação do ácido linolênico até 
a formação do ácido do ácido 13-hidroperoxilinolênico. O ácido 12-oxo-
fitodienóico é formado a partir da ciclização do anel ciclopentanona e 
reações de β-oxidações que encurtam a cadeia lateral, com a produção final do 
ácido jasmônico (Figura 3). 
Em geral, a concentração do ácido jasmônico e do metil jasmonato é 
similar àquela observada para o acido abscísico, sendo suficiente para as 
respostas fisiológicas. 
 
 
 
Figura 3. Via esquemática da biossíntese do ácido jasmônico (Fonte: 
KERBAUY, 2004) 
 
3.1.2 Funções do ácido jasmônico 
 
Assim como o ABA, o AJ é inibidor do crescimento e da germinação de 
sementes, além de promover a senescência. A sua aplicação inibe o 
crescimento de raízes e caules. A inibição do alongamento de coleóptiles pelo 
ácido jasmônico pode ser associada ao bloqueio na incorporação de glicose 
nos polissacarídeos das paredes celulares. A aplicação do AJ causa um 
comprometimento da fotossíntese, reduzindo a expressão de genes situados 
no núcleo e nos cloroplastos, além de causar degradação de clorofilas em 
folhas. Ele provoca também senescência e a abscisão de folhas. A aplicação 
do ácido jasmônico estimula a formação de tubérculos, além de induzir o 
10 
 
amadurecimento de frutos e a formação de pigmentos, através do aumento 
na produção da oxidase do ACC, promovendo a passagem do ACC (ácido 
1-aminociclopropano 1-carboxilico) a etileno. 
A participação do ácido jasmônico na expressão de genes 
envolvidos na defesa e na assimilação das respostas aos estresses 
(herbivoria, dessecação, mecânico ou osmótico). Em algumas plantas 
afetadas por ferimentos ou patógenos, sinais que eventualmente ativam 
as lípases, como a sistemina (um polipepitídio), promovem a formação do 
AJ (Figura 4). Além disso, promovem a síntese de proteínas antidigestivas, 
como as proteínas inibidoras que bloqueiam a ação das enzimas 
proteolíticas, no trato digestivo dos herbívoros. 
 
Figura 4. Em plantas feridas é desencadeada a formação da istemina, que é 
transportada para outros órgãos da planta, ligando-se a um receptor, o que 
causa a ativação da lipase, promovendo a formação do ácido jasmônico 
(Fonte: KERBAUY, 2004). 
 
3.2 ÁCIDO SALICÍLICO 
 
O ácido salicílico (AS) pertence ao grupo bastante diverso dos compostos 
fenólicos, definidos como substâncias com um anel aromático ligado a um 
grupo hidroxil ou ao seu derivado funcional. 
O ácido salicílico é um composto aromático (HAB) de referência; tem 
propriedades dermolíticas e ajuda em vários distúrbios xeróticos e ictióticos. 
Ele foi denominado após ser encontrado na casca de Salix, e é amplamente 
distribuído nas plantas, tanto nas folhas quanto nas estruturas reprodutivas. 
 
 
 
11 
 
3.2.1 Biossíntese do ácido salicílico 
 
O ácido salicílico é sintetizado através da via fenilpropanóide , a partir da 
L-fenilalanina, que, por ação da fenilalanina amônio-liase (PAL), origina o 
ácido trans-cinâmico. A conversão do ácido trans-cinâmico a ácido benzóico 
pode envolver a β-oxidação, sintetizando substâncias intermediárias antes de 
formar o ácido benzóico. O ácido benzóico, através da enzima ácido 
benzóico-2-hidroxilase,é convertido em ácido salicílico, que pode ser 
conjugado à glicose pela ação da salicilato glucosil transferase, formando o 
ácido β-O-D glucosilsalcílico (GSA) (Figura 5). 
 
3.2.2 Funções do ácido salicílico 
 
A aplicação do AS pode inibir a germinação e o crescimento da 
planta, interferir na absorção das raízes reduzir a transpiração e causar a 
abscisão das folhas, alterar o transporte de íons, induzindo uma rápida 
despolarização das membranas, ocasionando um colapso no potencial 
eletroquímico. 
A floração de plantas termogênicas (produtoras de calor), como em 
estróbilos masculinos de Cicadaceae em flores e inflorescências de algumas 
espécies como Annonaceae, Araceae e outras, parece envolver o ácido 
salicílico. O aquecimento é associado a um aumento acentuado da via de 
transporte de elétrons na respiração resistente a cianet nas mitocôndrias, 
sendo o consumo de O2 na inflorescência de Arum tão elevado quanto o de um 
beija-flor durante o vôo. 
O ácido salicílico também está envolvido na defesa das plantas contra o 
ataque de microorganismos como os fungos, bactérias e vírus. Tanto esse 
ácido quanto o ácido acetilsalicílico podem induzir a produção de pelo 
menos, 5 grupos de proteínas relacionadas à patogenicidade, como a 
chiquinase e a β-1,3glucanase, mesmo na ausência do patógeno. 
O uso de aspirina, nome comercial do ácido acetilsalicílico, para prolongar 
a duração de flores de corte, é uma prática muito comum. Ela é dissolvida na 
água, quando haverá a liberação do ácido salicílico. Nesse caso, o AS seria 
responsável pela inibição da biossíntese do etileno, bloqueando a passagem 
de ACC ao gás ou evitando o acúmulo de sintase do ACC, como 
observado em tecidos de tomates. 
12 
 
 
Figura 5. Via esquemática da biossíntese do ácido salicílico (Fonte: 
KERBAUY,2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
KERBAUY,G. B. Fisiología Vegetal. Ed. Guanabara Koogan. 2004. 452 p. 
 
OLIVEIRA, et al., Efeito do Ácido Jasmônico na Atividade de Lipoxigenases de 
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ed. UFLA; 26/06/2002. Disponível < http: 
www.editora.ufla.br/revista/26_6/art04.htm - 9k 
 
Quatro Áreas que Formam os Pilares da Botânica: Morfologia e 
Anatomia, Taxonomia, Fisiologia e Bioquímica, e Ecologia. Revista brasileira 
de Botânica, vol.26, nº2, jun. 2003). Disponível < http: 
www.botanicasp.org.br/revista/fasciculos/26_2.htm - 30k 
 
ROSA, et al., Síntese de novos Reguladores de Crescimento Vegetal 
Relacionados ao Ácido Indolacético.Disponível 
<http:www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0226/index.html - 9k 
 
SILVA, et al., Complexos mistos de cobre (II) com adenosina Trifosfato e as 
Poliaminas: 1,3-diaminopropano, espermidina e bis-[(2S)- pirrolidinilmetil] 
etilenodiamina. Disponível < http:

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