Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Metodologia Científica 1ª edição 2017 Metodologia Científica 3 4Unidade 4 Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica Para iniciar seus estudos Nesta unidade, aprenderemos a objetivar a pesquisa. Em outras palavras, aprenderemos a escrevê-la a fim de transmitir o conhecimento adquirido. Para isso ocorrer de forma adequada, iremos aprender as formas estrutu- rais do trabalho científico. Você perceberá que existe uma série de manei- ras para objetivar sua pesquisa e, ao mesmo tempo, especificidades do corpo do trabalho para atender as exigências da instituição em que o pes- quisador deseja publicar. Igualmente conseguiremos atingir nossos objetivos após o trabalho pronto, pois ele se dará pelo todo correspondente a esta disciplina. Objetivos de Aprendizagem • Identificar as diferentes estruturas na produção e publicação da pesquisa científica, conforme normas acadêmicas. 4 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica 4.1 Como transmitir os conhecimentos adquiridos? Observações Preliminares Para todas as coisas que queremos adquirir na nossa vida, é necessário um planejamento anterior. Na pesquisa científica isso não é diferente. O planejamento, nessa etapa da sua vida, torna-se especialmente importante, pois ele garantirá o caminho de toda sua trajetória na pesquisa. Podemos dividir o planejamento em duas etapas: o plano de assunto e as fases de uma pesquisa, sendo que o primeiro consiste em uma dessas fases da pesquisa. Para tanto, a boa pesquisa será apresentada pela eficiência pela qual os planos e fases estiverem estruturados. Vamos entender por quê. O plano de assunto pode ser dividido em duas partes, temático ou experimental, e influenciará na estrutura de sua pesquisa: • A elaboração do plano de assunto temático organizará toda a estrutura do trabalho. Ele funciona como um esqueleto, abarcando todos os tópicos que seu trabalho poderá ter. Um exemplo do plano de assunto temático é o sumário, que divide seu trabalho em capítulos que explicitam os temas abordados em seu texto. Ele sempre é utilizado em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs, monografias), dissertações de Mestrado e teses de Doutorado. • O plano de assunto experimental, por sua vez, organizará, de forma estrutural, toda sua metodologia acerca das etapas dos experimentos que realizou para escrever seu trabalho. Como exemplo de plano experimental, podemos citar as etapas apresentadas dentro do próprio texto, na introdução de artigos científicos. Essa explicitação, além de contribuir para a organização do pesquisador, mostra ao leitor as etapas de seus experimentos, seguindo uma sequência metodológica. 4.2 Estrutura do trabalho: elaboração do plano de assunto A partir do que já introduzimos acima, podemos, ainda, em relação às estruturas dos trabalhos acadêmicos, traçar uma divisão para melhor compreendermos suas particularidades na escrita e apresentação. Veremos as seguintes formas de trabalho: iniciação científica, monografia, artigo científico, dissertação e tese. 4.2.1 Iniciação Científica A Iniciação Científica (IC) tem a característica de ocorrer entre os estudantes de graduação. Ela é um primeiro contato que o aluno tem com a escrita acadêmica, ou seja, uma escrita mais sofisticada, digamos, em relação às elaboradas no colégio. Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): Para desenvolver um país é necessário desenvolver pessoas: elevar o patamar de informação dis- ponível e prover a população de conhecimentos básicos de ciência e tecnologia, porque esses conhecimentos são centrais hoje em dia. Além disso, é necessário estimular os jovens a se torna- 5 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica rem profissionais da ciência e da tecnologia, para avançarmos no conhecimento existente. Assim, é preciso que desde os primeiros anos da educação formal os(as) estudantes sejam postos em contato com a cultura científica, ou seja, com a maneira científica de produzir conhecimento e com as principais atividades humanas que têm moldado o meio ambiente e a vida humana ao longo da história. Acima de tudo, é preciso permitir que sejam criativos e inovadores. E capazes de sonhar! Esses são os principais ingredientes da ciência. (CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVI- MENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO, 20-). Em suma, podemos perceber que nosso estudo, nesta disciplina de Metodologia Científica, tende a este pro- cesso. Neste estágio em que se encontra seus estudos, você já está apto a desenvolver os tipos de pesquisa cien- tífica baseando-as na realidade concreta do nosso cotidiano. Existem, para isso acontecer, vários programas de financiamento que vão desde o âmbito estadual até o federal para realizar a pesquisa, através dos quais o pesquisador recebe uma bolsa que subsidiará sua pesquisa. “Os programas de Iniciação Científica que o CNPq desenvolve com as instituições são: PIBIC – O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica atende a instituições públicas e privadas. É necessário encontrar um(a) professor(a) que possa orientá-lo na área de seu inte- resse de conhecimento. PIBIC-Af – O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientí- fica nas Ações Afirmativas é dirigido somente às instituições públicas e aos estudantes que ingressaram no Ensino Superior por ação afirmativa. PIBITI – O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Científica atende a institui- ções públicas e privadas, no entanto, é dirigido somente às áreas tecnológicas e de inovação. PICME – O Programa de Iniciação Científica e Mestrado é dirigido aos premiados das Olim- píadas Brasileiras de Matemática de Escolas Públicas que desejem aprofundar seus conhe- cimentos em matemática.” (CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO, 20-). Vale a pena entrar no site para se informar bem sobre esses financia- mentos, bem como os prazos e projetos: <http://cnpq.br/iniciacao-cientifica>. Acesso em: 19 abr. 2017. Mas, como se faz uma Iniciação Científica? Primeiramente, cabe apontar que todos os passos que aprendemos nas unidades anteriores devem ser seguidos para que a pesquisa se desenvolva. Após selecionar uma questão com que queira trabalhar, o pesquisador fará um projeto para ser submetido aos conselhos estaduais ou federais, para análise e possível aprovação. Se o projeto se enquadrar dentro das premissas fornecidas pelos órgãos res- ponsáveis, o pesquisador de Iniciação Científica começará a receber uma bolsa para seus estudos. Tudo isso não será feito somente pelo pesquisador, visto que ele terá o auxílio de um orientador, o que é, aliás, muito impor- tante. Perpassa a vida de TODO estudante de graduação, ter um orientador. A Iniciação Científica tem um outro aspecto importante, que são os relatórios que devem ser apresentados semestralmente ou quando solicitado pelo órgão financiador. Este relatório deve conter: título, resumo, introdu- ção, método experimental ou metodologia, resultado, discussão, conclusão, referências bibliográficas e agrade- cimentos (não se esqueça de agradecer a instituição financiadora). 6 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica 4.2.2 Monografia A palavra monografia vem do grego e significa grafia única (monos: única e grafos: grafia). Ela pode ser dividida em Lato Sensu, que quer dizer sentido amplo (portanto, monografia lato sensu quer dizer grafia única de sentido amplo) e em monografia de Stricto Sensu, que quer dizer grafia única de sentido específico, a qual trataremos nos itens dissertação e tese deste capítulo. A monografia lato sensu geralmente é utilizada para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e é, portanto, a forma mais usada para apresentar trabalhos com discussões de temas jáabordados, porém de maneira sistemá- tica, ou seja, metodológica.A monografia lato sensu possui alguns aspectos relevantes a serem tratados e deve ter, no mínimo, 30 laudas e, no máximo, 70 laudas. Com a Reforma do Ensino Básico de 2006, a monografia volta a ser pedida pelo Ministério da Educação (MEC) como exigência parcial para obtenção de título de graduação, tida antes como Tese Geral (TG), que abordava aspectos gerais de todo o curso, mantendo então, a mesma estrutura. Hoje em dia, com o avanço tecnológico, ao mesmo tempo em que a computação avança e facilita a escrita de trabalhos acadêmicos, também a leva para aspectos negativos. Você acha que o trabalho de monografia pode conter cópias de outros trabalhos? Ou você concorda que deve ter uma reflexão, mesmo que seja um tema já debatido, sobre algo inédito? 7 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica Figura 1 Legenda: Esquema de quais etapas uma monografia deve conter, opcionais ou obrigatórias. Fonte: ABNT (2011). Podemos elencar alguns aspectos da pesquisa na monografia: • Trabalho escrito, sistemático e completo; • Tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela; • Estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso; • Tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso é limitado); • Metodologia científica; • Contribuição importante, original e pessoal para a ciência. Essas etapas, uma vez bem descritas, servem como orientações para a confecção do conhecimento por via de sua monografia. Após a finalização da monografia, sob orientação do professor responsável, este trabalho pode ser convocado a ser apresentado oralmente, ou seja, para uma apresentação pelo pesquisador, na qual ele terá, de acordo com a instituição, um tempo x para apresentação. Em seguida, a banca, composta por outros membros da instituição, terá um tempo para aferir perguntas acerca do trabalho apresentado e escrito. Ao término deste processo, a nota será dada pela banca. 8 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica 4.2.3 Artigo Científico O artigo científico, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003, p. 2), é a “publicação com auto- ria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. Diante desta definição, pode surgir uma questão: qual a diferença entre a monografia e o artigo? O artigo pode ser entendido enquanto portador de uma apresentação mais simplificada em sua estrutura e corpo, porém não menos categórica em questões metodológicas. Além disso, os artigos são geralmente utilizados como publicações em revistas especializadas, a fim de divulgar conhe- cimentos, de comunicar resultados ou novidades a respeito de um assunto, ou ainda de contestar, refutar ou apresentar outras soluções de uma situação convertida”. (SANTOS, 2003, p. 56). Os artigos podem ser chamados de papers, na língua inglesa, que significa papéis e tem sua origem nos papiros egípcios, espécie de documentos escritos em forma documental. Por- tanto, em diálogo com os artigos científicos, entendemos esses papers como documentos escritos. Assim, o artigo é escrito e enviado como documento. Os artigos possuem uma estrutura mais simplificada. Um exemplo de estrutura de artigo a nível nacional é for- necida pelo Encontro Latino Americano de Iniciação Científica (INIC), que recebe anualmente artigos do Brasil para que haja uma apresentação em dois dias, por volta de outubro e novembro. O artigo científico pode ser sub- metido a um congresso que sedie algum evento, para ser, se aprovado, apresentado oralmente para um grupo de pessoas ou para uma banca. Pensar em um evento científico é muito interessante para quem quer escrever artigos científicos e espera notoriedade de sua pesquisa. Veja a estrutura necessária para o artigo ser submetido a esse evento: • Título (ARIAL 12, CAIXA ALTA, CENTRALIZADO) • Resumo (Arial 10, 7-12 linhas) • Palavras-chave (Arial 10, 5 palavras-chave) • Área do Conhecimento (Arial 10) • Introdução (Arial 10) • Metodologia (Arial 10) • Resultados (Arial 10) • Conclusões (Arial 10) • Referências (Arial 10) 9 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica Este trabalho deve conter todos os requisitos acadêmicos aprendidos em todas as unidades de estudo da dis- ciplina de Metodologia Científica para que seja aprovado pela banca examinadora organizadora do evento. O número de laudas para este trabalho científico não deve ultrapassar o número de seis. Seguindo todos esses requisitos, cientificidade, estrutura e metodologia, o trabalho tem grandes chances de ser aprovado em qualquer evento ou revista. Chegamos, aqui, a outra perspectiva do artigo científico, que diz respeito à sua visibilidade. Acabamos de ver que ele pode ser submetido a um congresso e ser apresentado oralmente em forma de painel. Mas, ele pode ser também submetido a uma revista, podendo ser publicado em anais, revistas ou livros. Para esta etapa, o pesquisador deve pesquisar em qual meio ele quer publicar seu trabalho, verificar quais são as classificações diante do MEC (qualis) e as formas estruturais exigidas, uma vez que cada revista tem sua especi- ficidade de formatação. Acerca do qualis, cabe apontar que cada revista possui, além de sua formatação, noto- riedade no meio acadêmico, a qual chamamos de qualis, que é uma nota atribuída pelo grau qualificação da revista diante do MEC. Esse qualis varia de D5 (mais baixo) a A1 (mais alto). Neste último encontram-se a National Geografic, Nature, dentre outras revistas internacionais de publicações científicas. Por fim, o artigo tem um formato de publicação científica [que] é maciçamente utilizado pela maioria dos pesquisadores e grupos de pesquisa no mundo para a divulgação de novos conhecimentos e também como meio para adquirir notoriedade e respeito dentro da comunidade científica. (TEIXEIRA, 2008, p. 3). 4.2.4 Dissertação de Mestrado A dissertação de Mestrado inaugura o que chamamos de stricto sensu. Dissertação significa composição ou redação e stricto sensu significa senso especifico. Portanto, a dissertação de Mestrado é uma redação ou compo- sição de senso específico. Em suma, o Mestrado é um trabalho acadêmico que tem por objetivo tratar um assunto de forma mais detalhada. O mestrado é considerado um estágio inicial da formação de um pesquisador. É nesta etapa que ele irá, de fato, internalizar as particularidades do fazer acadêmico, começar a circular no seu campo e a conhecer melhor seus pares, expandir o universo da sua pesquisa e produzir trabalhos que poderão servirão como fonte para outros pesquisadores. Ao final do ciclo do mestrado – que no Brasil possui duração máxima de 24 meses (excluindo-se possíveis períodos de tolerância) – o mestrando deve apresentar uma dissertação dando conta das questões que enunciou em seu projeto de pesquisa apresentado como requisito para iniciar a trajetória do mestrado. Esta con- tribuição deve ser relevante e apresentar, preferencialmente, algum grau de ineditismo; porém, dado o curto período do mestrado e entendendo-se que esta é uma etapa de iniciação do pes- quisador no mundo acadêmico, trata-se também de uma contribuição pontual, e que, no caso daqueles que desejam dar continuidade à sua trajetória acadêmica, pode servir para preparar ter- reno para uma pesquisa mais complexa a ser desenvolvida no doutorado. No geral, dissertações são mais extensas que monografias de conclusão de curso e mais breves que teses de doutorado, com algo entre 100 e 150 páginas, mas as exigências variam de acordo ao programa de pós- -graduação onde o curso é realizado. (ENAGO, 2014). A dissertação de Mestrado, portanto, tem a característica de formarpesquisadores, inserindo-os no mundo aca- dêmico em uma espécie de pesquisa diferente das feitas até então. Como a Iniciação Científica, pode ser finan- ciada por algum órgão público (estadual ou federal), pois se pensa na relevância da pesquisa para transformação social. Dentre as características que a distinguem da iniciação científica, está a de que, enquanto a monografia ou o artigo são apresentados para uma banca, a dissertação será defendida para uma banca. 10 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica A dissertação de Mestrado não tem a obrigatoriedade de ser um trabalho inédito, porém ela conversa com o assunto escolhido de maneira mais profunda do que nas etapas anteriores, tendendo a um afunilamento na área de conhecimento escolhida e à descoberta de novas abordagens de um assunto escolhido. No mais, o aluno de Mestrado tem que demonstrar certas habilidades diferenciadas da sua formação anterior. Sobre a escrita do trabalho, ele possui uma estrutura física semelhante à da monografia: deve ser dividido em formas de plano de assunto temático (divisão dos capítulos em assuntos) e plano de assunto experimental (divi- são das estratégias dos métodos experimentais abordados). Uma dissertação pode ter, no mínimo, 50 laudas e, no, máximo 300 laudas, dentre as quais o conteúdo será abordado de forma científica, ou seja, fugindo da subje- tividade do pesquisador, tendendo, ao máximo, a afirmações por argumentações razoáveis. Figura 2 Legenda: Uma dissertação não se faz nos últimos três meses do prazo, ela requer pesquisa, dedicação diária e muita reflexão Fonte: Watterson (19-). 11 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica A dissertação tem algumas etapas a serem seguidas no meio dos 24 meses de estudos. O pesquisador deve entregar um relatório parcial pelo menos três meses antes do final do prazo e ser submetido a uma qualificação, que consiste em uma pré-banca na qual será arguido o seu trabalho. Somente após esta etapa, em que serão pedidas correções e reelaborações, o pesquisador pode ser submetido à defesa final. Eco (1985, p. 122) registra: [...] o estudante se expõe a toda sorte de contestações possíveis. Poderá um relator, ou um simples membro da banca, resistir à tentação de alardear seu conhecimento de um autor menor não citado pelo estudante? Bastará que os membros da banca, consultando o índice, descubram três omissões para que o estudante se torne alvo de uma rajada de acusações, que farão sua tese parecer um conglomerado de coisas dispersas. Se, ao contrário, ele tiver trabalhado seriamente sobre um tema bastante preciso, estará às voltas com um material ignorado pela maior parte dos juízes. 4.2.5 Tese A tese de Doutorado tem a finalidade de levar o pesquisador ao nível acadêmico de prestígio. A pesquisa da tese transita entre um tema inédito ou uma abordagem de um assunto já tratado com uma metodologia ainda não abordada e ela tem uma característica de afunilamento do conhecimento ainda maior do que a dissertação. A duração da pesquisa de Doutorado é de 48 meses e, assim como o Mestrado e a Iniciação Científica, pode ser financiada por algum órgão público (estadual ou federal), pois igualmente preza pelo fomento à pesquisa acadê- mica que tem por intenção e essência a transformação dos problemas da realidade. As instituições que levam o nome de Universidade possuem programas de Mestrado e Dou- torado e são locais de prestígio que recebem auxílios do governo do Estado ou federal para o fomento da pesquisa acadêmica. Existem, para ingresso nestas instituições, prazos e requi- sitos como a formatação do trabalho científico. Portanto, verifique nos sites das instituições que os possuem para que possa continuar sua vida acadêmica. A tese deve conter, no mínimo, 100 laudas e, no máximo, 400 laudas (ECO, 1977). Ela terá, assim como o mes- trado, as etapas elencadas a seguir: • Pré-qualificação: momento em que o aluno do Doutorado receberá orientação para articular alguns tex- tos, retirar suas ideias centrais e estabelecer relações com o seu objeto de estudo, ou seja, com sua tese. • Qualificação: semelhante ao que ocorre no Mestrado, o doutorando será submetido a uma pré-análise de sua pesquisa por uma banca para que, no trabalho, sejam acertadas suas arestas, delimitações maiores etc. • Banca oficial: a pesquisa, uma vez pronta, será submetida a uma banca, geralmente com um dos mem- bros de fora da universidade em que estudou. Como fará o pesquisador para ter uma tese de doutorado apta para estas etapas? Entre os fatores envolvidos, está o de ter entendido muito bem as etapas da Metodologia Científica, quiçá a parte mais importante para o desenvolvimento de um doutorado, uma vez que essa organização é que levará o pesquisador a refletir sobre 12 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica seu objeto. Nesse sentido, quanto mais bem estruturada, maior e mais efetiva é sua reflexão. Endler (2008, p. 1) estabelece 13 itens os quais julga que uma tese deva ter para ser bem-sucedida, a saber: 1. Descrever concretamente o problema sendo tratado e sua relevância (muitas vezes, o problema assume a forma de uma dicotomia, que requer uma solução de compromisso); 2. Enumerar as principais hipóteses da tese, como, por exemplo: ‘A configuração dinâmica do sistema permitirá que o usuário possa fazer X e Y’, e justificar a relevância/realismo das hipóteses através de cita- ções de outros trabalhos e/ou de depoimentos de especialistas; 3. Formalizar, ou ao menos defi- nir precisamente, os principais conceitos fundamentais referentes ao assunto sendo tratado; Se possível, usar definições/formalizações utilizadas em outros trabalhos. 4. Descrever precisamente o modelo de sistema (i.e. as premissas sobre a infra‐estrutura necessária), e justificar as abstra- ções adotadas no modelo; 5. Mostrar como a solução proposta soluciona o problema do item 1, e argumentar por que ela é superior as outras encontradas na literatura; 6. Descrever em detalhes as partes implementadas no protótipo, e justificar a não implementação das demais partes (obs: falta de tempo é um argumento fraco); 7. Explicar quais aspectos da solução foram avaliados; Por exemplo: usabilidade, flexibilidade, reutilização, desempenho, escalabilidade, dependabilidade, etc. 8. Descrever e justificar o método de avaliação, e argumentar que os testes realizados no protótipo de fato avaliam os aspectos da solução descritos no item 7; 9. Descrever, em detalhes, os parâmetros e as configurações de cada experimento, e justificar os valores escolhidos; 10. Se possível (e isso, geralmente é difícil) comparar a sua solução diretamente com as soluções em trabalhos relacionados, observando que os parâmetros dos testes devem ser os mesmos, pois senão a comparação não é válida; 11. Apresentar (com rigor científico) os resultados da avaliação e explicar por que eles comprovam, ou ao menos indicam, que os benefícios X e Y são obtidos som a solução; 12. Identificar claramente as contribuições científicas e/ou tecnológicas e explicar de que forma elas representam um avanço no estado da arte; 13. Mostrar as limitações da própria solução (o que não foi resolvido, e por que) e discutir como futuros trabalhos devem ser abordar estas questões. É importante observar que o pesquisador da Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro registra, nos 13 itens importantes, os itens estudados por você nesta disciplina de Metodologia Científica. No mais, a tese de Douto- rado levará o pesquisador a obter o título de Doutor em alguma área do conhecimento, o que nos leva à Unidade 1, em que estudamos sobre a produção do conhecimento. 4.3 Publicação da pesquisa científica A publicação da pesquisa científica deve seguir as normas do lugar ao qual o pesquisador quersubmeter seu trabalho e os artigos científicos são os trabalhos para serem submetidos a publicação. É importante se informar bem sobre o local de publicação, pois cada um deles tem uma estrutura física diferente do outro e o pesquisador, além de ter que estar com sua pesquisa voltada à cientificidade, deve respeitar categoricamente TODAS as regras para a publicação. Podemos elencar alguns exemplos. A revista “Ensaios de Geografia”, da Universidade Federal Fluminense (UFF), abre um edital para abertura de chamada de artigos, cujas informações são divulgadas no próprio site. Segundo o comitê editorial da revista, “o processo de submissão é por fluxo contínuo e as normas podem ser acessadas no endereço eletrônico: <http:// www.ensaios-posgeo.uff.br/index.php/>”. (ENSAIOS DE GEOGRAFIA, 201-). O que quer dizer ‘fluxo contínuo’? Quer dizer que revista (no caso esta do exemplo) não tem uma data inicial e nem uma final para receber artigo. Ela apenas anuncia o lançamento de suas edições, que são semestrais. Por- tanto, o pesquisador que submeter um artigo para esta revista, deve aguardar o retorno do conselho editorial (banca avaliadora) sobre se o aceitará para publicação ou se o artigo foi rejeitado. 13 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica Quando o pesquisador envia para uma revista seu trabalho, ele não pode enviar o mesmo para outra revista, nem divulgar entre seus colegas, pois isso esbarrará numa relação ética que existe dentro da academia. Caso o trabalho do pesquisador seja rejeitado, não é motivo de desânimo e para desistência. Esse será o momento de respirar fundo e se debruçar novamente sobre seu objeto de pesquisa para reformular as estratégias se necessário. Feito isso, o autor do texto pode escolher para qual revista enviar, não sendo necessário enviar para o mesmo local. Outro exemplo é a Revista “Projeto História”, do Programa de Estudos Pós-graduados de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Esta revista possui uma data de submissão de artigos, o que torna necessário que o pesquisador interessado em publicar nela visite frequentemente o site da instituição para obter precisamente as datas de envio. É igualmente importante ler aquilo que o conselho editorial registra sobre a estrutura de artigos (formatação), para que o artigo seja enviado e não seja rejeitado de primeira mão. Acesse o site https://revistas.pucsp.br//index.php/revph/about/submissions para ler o mate- rial disponível sobre as diretrizes para autores. Toda revista possui um número chamado ISSN, que significa International Standart Serial Number (Número Inter- nacional Normalizado Seriado), e serve para demonstrar que a publicação tem um reconhecimento acadêmico nacional e internacional. Esse registro é muito importante, pois o pesquisador que chega ao doutorado deve ter uma inscrição em uma plataforma chamada Lattes, na qual colocará todas as suas produções de conhecimento. 4.4 Normas acadêmicas As normas acadêmicas são estabelecidas por um manual que foi elaborado pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Segundo a própria, A ABNT é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diver- sos instrumentos legais. Entidade privada e sem fins lucrativos, a ABNT é membro fundador da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização – ISO), da Comisión Panameri- cana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas – Copant) e da Asocia- 14 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica ción Mercosur de Normalización (Associação Mercosul de Normalização – AMN). Desde a sua fun- dação, é também membro da International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC). A ABNT é responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). Desde 1950, a ABNT atua também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para cer- tificação de produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está fundamentada em guias e princípios técnicos internacionalmente aceitos e alicerçada em uma estrutura técnica e de audi- tores multidisciplinares, garantindo credibilidade, ética e reconhecimento dos serviços prestados. Trabalhando em sintonia com governos e com a sociedade, a ABNT contribui para a implementa- ção de políticas públicas, promove o desenvolvimento de mercados, a defesa dos consumidores e a segurança de todos os cidadãos. (ABNT, 2011) Para conhecer mais sobre a história da ABNT, acesse <http://www.abnt.org.br/abnt/ conheca-a-abnt>. Acesso em: 19 abr. 2017. A ABNT dá as diretrizes para todas as pesquisas acadêmicas, simples pesquisas feitas em nosso cotidiano ou, até mesmo, para um material de uso doméstico ou materiais de usos diversos que, em algum momento, trans- formam-se em dados para serem coletados ou estudados. É muito comum o pesquisador ouvir ou ler: “acerte seu texto conforme as normas da ABNT”, o que quer dizer que a pesquisa acadêmica do estudante circundará sempre em volta dessas regras. Neste vídeo, você aprenderá como fazer uma pesquisa no site já mencionado em outras uni- dades, o SciELO, a fim de obter as formas básicas de referência bibliográfica: <https://youtu. be/W1xboSmQKFg>. Acesso em: 19 abr. 2017. Quando escrevemos um trabalho acadêmico, devemos citar autores para embasar as inserções, posicionamen- tos ou teorias. Para isso, é importante entendermos os mecanismos de citação, que poderão se estabelecer de três formas: citação direta, citação indireta e citação direta de até três linhas. 15 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica 4.4.1 Citação direta A citação direta aparece quando afirmamos alguma teoria e queremos substanciá-la. Utilizamos, para tanto, de um autor renomado, já estudado por outros leitores do trabalho, o que trará veracidade ao que foi dito. Veja um exemplo: Figura 3 Legenda: A forma de citação de um autor de forma direta. Fonte: SANTANA, 2006 Nas citações diretas, procure sempre discutir a ideia do autor depois de sua citação. Ou seja, desenvolva, com suas palavras, o que o autor quer dizer, dialogando com sua pesquisa. 4.4.2 Citação indireta A citação indireta é a ideia do autor dita com a reflexão própria do pesquisador. Ela demonstra que o pesquisa- dor utiliza do conhecimento do autor, porém não a faz em forma de citação direta. Como podemos ver em um exemplo aleatório como a citação indireta (BERVIAN, CERVO, 2002) não aparece em forma de aspas, já que é uma interpretação do pesquisador, mas é uma ideia dos autores selecionados para a linha de pesquisa estudada. Em suma, o autor é trazido ao texto, mas de forma já interpretada pelo pesquisador. Esta é uma maneira bastante importante de citação, pois faz com que o pesquisador ganhe espaço em seu texto, trazendo à tona as reflexões mais importantes. 16 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica 4.4.3 Citação direta de até três linhas É também uma forma de citação direta, mas que será colocada entre aspas no corpo do próprio texto. Segundo as normas da ABNT, ela não deve vir com o recuo da citação direta com mais de três linhas. Vamos entender isso em um exemplo de um tema cujo autor Sandhusen aborda a questão onde o planejamento “é traçar um plano de marketing [...] que adota os objetivos e recursos de empresa para suas oportunidades mutáveis”, podemos perceber no exemplo que quando a citação é direta, mas não ultrapassa 3 linhas, ela(a citação) não aparece com recuo e nem em um parágrafo. O importante neste caso, não é o conteúdo, mas a forma como esta citação aparece e deve ser feita. 4.4.4 Referências de citações Os formatos de referências nos textos de citação também são importantes e podem ser feitos de diversas maneiras: • Ao final da citação direta: (AUTOR, ANO, PÁGINA); • Na citação indireta, no final ou no início da frase da interpretação do autor: Autor (ANO) • A referência da citação direta com mais ou até três linhas em nota de rodapé: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Edição (se houver). Local: Editora, ano. Nesta etapa, o importante é que o pesquisador-escritor escolha apenas uma forma e a mantenha em todo o texto, sem a mistura entre elas. A ABNT sugere algumas possibilidades, mas não quer dizer que você deva usar todas. Para que o pesquisador tenha sucesso em suas referências na pesquisa acadêmica, também é importante sempre anotar ou salvar tudo que for sendo utilizado em seu trabalho, pois, desta forma, as anotações ou arquivos salvos serão uma estratégia de organização de documentos, bibliografias, literaturas, artigos etc. que serão citados no final de seu trabalho citados. Para essas referências, vale a pena ver abaixo as regras retiradas da ABNT (2012): • Formas de citação de livros: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Edição (se houver). Local: Edi- tora, ano. • Entidades coletivas: NOME DA UNIVERSIDADE. Local onde está o documento. Título do documento. Cidade. Ano. • Revistas e Jornais: NOME DA REVISTA. Cidade, Ano. NOME DO JORNAL. Cidade. Mês e Ano. • Artigos de revistas: » Com autor: SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, local de publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial-página final do artigo, data. » Sem autor: inicia-se com o título do artigo, colocando-se a primeira palavra em letras maiúsculas. Os demais elementos ficam configurados como no caso anterior. • Filmes: Título. Diretor. Local: Produtora: Distribuidora, data, sistema de gravação. • Sites: AUTOR. Título do artigo. Título da publicação seriada, vol., n., ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: dia/mês/ano. 17 Considerações finais Nesta unidade de estudo, concluímos nossos estudos teóricos sobre algumas regras básicas da Metodologia Científica. Tendo chegado aqui, você será capaz de construir sua pesquisa científica e consolidar o conhe- cimento adquirido através dos métodos expostos ao longo da disciplina. Também aprendemos tecnicamente as estruturas da pesquisa científica de forma categórica. Vejamos em tópicos: • Identificar as diferentes estruturas na produção: você é capaz de distinguir as formas existentes de pesquisa entre Iniciação Cien- tífica, monografia, artigo científico, dissertação e tese. Aprendeu que cada uma tem etapas, construção e consolidação específicas, bem como suas formas de apresentação. • Publicação da pesquisa científica: você compreendeu que cada local possui uma qualificação necessária para se tornar acadê- mico, com um qualis, uma formatação solicitada e data para acei- tar e publicar artigos científicos. • Normas acadêmicas: neste item, você aprendeu o que é a ABNT e sobre as regulamentações que ela propõe para o nosso mundo, não só o acadêmico, mas como um todo. Até a construção de uma simples ferramenta passa por critérios da ABNT. No contexto desta disciplina, a ABNT tramita as regras para a publicação de trabalhos feitos nas universidades e colégios, propondo padrões de citação e referências bibliográficas. Chegamos, assim, ao fim do conteúdo da disciplina de Metodologia Cien- tífica e esperamos que tenha aproveitado ao máximo todo o conteúdo. Reafirmamos que esta disciplina é importantíssima e que não é nenhum sinal de incompetência precisar voltar ao início de seu conteúdo, uma vez que ela é cíclica, tal qual a pesquisa também o é. Referências bibliográficas 18 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. História da normali- zação brasileira. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. Disponível em: <http://www. abnt.org.br/images/pdf/historia-abnt.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2017. ______. NBR 6022: Informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa – Apresentação. Maio de 2003. Disponí- vel em: <http://posticsenasp.ufsc.br/files/2014/04/abntnbr6022.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2017. ______. NBR 6023: Informação e documentação – Referências – Elabora- ção. Agosto de 2002. Disponível em: <http://www.usjt.br/arq.urb/arqui- vos/abntnbr6023.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2017. ECO, U. Como se faz uma Tese. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1985. ENDLER, Markus. 13 pontos essenciais para uma boa tese de dou- torado, Disponível em <https://www.google.com.br/url?sa=t&rc t=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwiLv464ufXTA hXEjJAKHW8mBkUQFggmMAA&url=http%3A%2F%2Fwww-di. inf.puc-rio.br%2F~endler%2Fstudents%2F13-pontos-boa-tese. pdf&usg=AFQjCNH_ZRXkD1DSFpc8-oDNT2z510DuHw> acesso em: 20 abr. 2017. ENAGO. Diferença entre Tese e Dissertação (2014). In: CRIMSON Inte- ractive Inc. ,:Enago: author first, quality first. Site da empresa Crimson Interactive Inc. Disponível em: <http://www.enago.com.br/blog/tese-e- -dissertacao/>. Acesso em 01 abr. 2017. ENSAIOS DE GEOGRAFIA. Revista on-line. Niterói, 201-. Disponível em: <http://www.ensaios-posgeo.uff.br/index.php/EG/index>. Acesso em: 20 abr. 2017. 19 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica FUJITA, M. S. L.; RUBI, M. P. Um modelo de leitura documentária para a indexação de artigos científicos: princípios de elaboração e uso para a formação de indexadores. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 1-19. jun. 2006. SANTOS, I. E. dos. Manual de Métodos e Técnicas de Pesquisa Científica. In: ______. Experiências e Diálogos a Serviço da Educação. Rio de Janeiro, 10 dez. 2003. Disponível em < http://monografias.brasilescola.uol.com.br/ regras-abnt/artigo-cientifico.htm>. Acesso em: 01 abr. 2017. TEIXEIRA, Gilberto J. W. Artigo Científico - Orientações para sua elaboração. Disponível em: <http://www.serpro- fessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=21&texto=1334>. Acesso em: 16 maio. 2017. WATTERSON, B. Calvin e Haroldo [19-]. In: SOARES, J. Formando da Depressão. Blog. Disponível em: <http:// formandodadepressao.blogspot.com.br>. Acesso em: 01 abr. 2017. Referências Complementares ARAÚJO, C. A. A ciência como forma de conhecimento. Ciências Cognitivas, Rio de Janeiro, v. 8, p. 127- 142, ago. 2006. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- -58212006000200014&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 19 mar. 2017. BERVIAN, P. A.; CERVO, A. L. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2002. CARVALHO, M. C. M. de. Construindo o Saber: metodologia científica – fundamentos e técnicas. 24. ed. Cam- pinas: Papirus, 2011. CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO. Iniciação Científica [20-]. In: ______. Portal do CNPq. Disponível em: <http://cnpq.br/iniciacao-cientifica>. Acesso em: 20 abr. 2017. ECO, Humberto. Como se Faz Uma Tese, Editorial Presença, São Paulo, 1977. FIGUEIREDO, A. M. de; SOUZA, S. R. G. de. Como elaborar Projetos, Monografias, Dissertações e Teses: da redação científica à apresentação do texto final. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. FRANÇA, J. L. et al. Manual para Normalização de Publicações Técnico-Científicas. 8. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2011. GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. GUARESCHI, P. A. Sociologia Crítica: alternativas de mudança, 61. ed. Porto Alegre: Mundo Jovem, 2008. 20 Metodologia Científica | Unidade 4 - Estrutura e Publicação da Pesquisa Científica LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. deA. Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009. NETO, J. A. M. Metodologia Científica na Era da Informática. São Paulo: Saraiva, 2010. VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2010. XAVIER, A. C. Processamento Informacional de um Jornal Histórico com vista à sua Disponibilização na Internet. 2007. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão da Informação). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. [Orientador: Prof. Dr. Ulf Gregory Baranow].
Compartilhar