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Estagio V

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC 
CAMPUS VIDEIRA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
DAIANE MOLON ADADA 
THAYNE FLAVIA MACHINSKI 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO V 
 
 
 
 
 
 
 
Videira 
2020 
 
 
DAIANE MOLON ADADA 
THAYNE FLAVIA MACHINSKI 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO V 
 
 
 
 
Relatório apresentado ao Curso de Psicologia, da Área das 
Ciências das Humanidades, da Universidade do Oeste de 
Santa Catarina como requisito para a conclusão do 
Componente Curricular disciplina de Estágio Básico V. 
 
 
 Orientador: Prof. Katia Toazza 
 
 
 
 
Videira 
2020 
 
 
RESUMO 
 
Buscando acrescentar experiência prática na formação acadêmica, o estágio possui a proposta de, 
para além de observar a dinâmica de funcionamento dos mais diferentes contextos de atuação do 
psicólogo, também viabilizar uma intervenção, a partir das demandas observadas e/ou ofertadas 
em seus respectivos locais de atividade. O objetivo do estágio é permitir ao acadêmico integrar 
seus conhecimentos com a realidade profissional e desenvolver uma proposta de intervenção, de 
acordo com as necessidades observadas e da percepção em campo. Identificar as possibilidades 
de atuação do psicólogo, reconhecer a complexidade dos fenômenos psicológicos associando o 
conhecimento da psicologia com outras áreas de conhecimento, refletir e identificar as 
possibilidades de intervenções no âmbito da saúde mental, redigir relatórios científicos a partir 
da intervenção e/ou observação realizada, compreender e identificar os conceitos éticos da 
profissão. Este relatório foi elaborado a partir de fundamentação teórica acerca do fenômeno da 
saúde mental, e tinha a previsão de 12 horas de observações e intervenções no Centro de Atenção 
Psicossocial – CAPS – Videira, porém por consequência da pandemia da COVID-19 foi 
necessário alterar a dinâmica do trabalho, utilizando dessa forma a entrevista com a psicóloga e 
uma análise fílmica com planejamento e intervenção pedagógica. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5 
2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 8 
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 8 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 8 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 9 
3.1 PROCESSOS GRUPAIS .................................................................................................... 9 
3.2 CONTEXTO DO CAMPO (ORGANIZAÇÃO\INSTITUIÇÃO). ................................... 10 
3.3 PROCESSOS GRUPAIS NO CONTEXTO DO CAMPO ............................................... 11 
3.4 FUNDAMENTAÇÃO SOBRE O FENÔMENO PRINCIPAL A SER OBSERVADO .. 12 
3.5 ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO CONTEXTO DO CAMPO ...................................... 13 
3.6 POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO PRESENTES NA LITERATURA ............... 14 
4 DESCRIÇÃO DO LOCAL ............................................................................................. 17 
5 PSICÓLOGO ................................................................................................................... 19 
6 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E ANÁLISE ......................................................... 22 
7 DEVOLUTIVA ................................................................................................................ 26 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 27 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nas suas diferentes modalidades, são 
pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário 
constituído por equipe multiprofissional e que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza 
prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas 
com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em 
situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo 
asilar. 
Os CAPS são divididos em modalidades, em Videira – SC, funciona o CAPS I que tem 
como objetivo o atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e 
persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo 
menos 15 mil habitantes. O CAPS de Videira – SC, foi inaugurado em 28 de fevereiro de 2008. 
Apesar da incerteza que fazia parte da equipe, havia uma grande vontade de aprender e fazer 
com que o espaço fizesse a diferença em saúde mental. No começo, passou a atender as pessoas 
que sofriam de transtornos mentais severos e persistentes. Porém, aos poucos, foi ampliando os 
serviços, inclusive com atendimento dependentes químicos. 
Atualmente, os atendimentos ocorrem de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e 13h às 
17h. As atividades desenvolvidas são distribuídas em grupos conforme a patologia e a gravidade 
da doença. São realizados atendimentos multiprofissional com médico psiquiatra, clínico geral, 
enfermeira, assistente social, psicóloga e técnico de enfermagem, além do apoio de professora de 
trabalhos manuais e artesanato, cozinheira, ajudante de serviços gerais, motorista e vigilante. 
Os pacientes são incluídos no CAPS após uma avaliação da equipe multiprofissional, 
sendo divididos e inseridos em grupos intensivos, para pacientes que necessitem de atendimento 
diário; semi-intensivo, para pacientes que deverão frequentar os grupos três vezes por semana; e 
não-intensivos, para os pacientes que serão atendidos quinzenalmente ou mensalmente. O 
atendimento também abrange visitas em domicilio, para aqueles pacientes debilitados que não 
conseguem se deslocar até o local. 
Um dos principais objetivos do CAPS é trabalhar na prevenção e melhoria da vida dos 
indivíduos em relação a doença mental, prevenir novas internações psiquiátricas, reduzir os 
sintomas através da farmacologia, grupos terapêuticos, atendimentos individuais. Buscar 
contribuir na relação familiar repassando conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença 
mental de cada paciente e formas de enfrentar e conviver com a doença. Um detalhe importante é 
encontrar estratégias para reduzir preconceitos que giram em torno das pessoas acometidas pela 
6 
 
doença. O CAPS tem como objetivo também propiciar espaço adequado para tratamento em 
saúde mental, resguardando os direitos à promoção do bem-estar físico e psicossocial dos 
usuários. 
O CAPS trabalha com atendimentos em grupos: nas terças e quintas-feiras pela manhã 
atende cerca de 30 pacientes; nas segundas, terças, quintas e sextas-feiras, à tarde, 
aproximadamente 35; nas quartas-feiras à tarde, com um grupo de 10 pessoas, além de consultas 
com o psiquiatra. Nas segundas e quintas-feiras são efetuadas consultas com o clínico geral para 
os pacientes usuários de álcool e ou drogas e programa de tabagismo. Cada paciente passa por 
pelo menos um profissional de saúde mental, é acolhido e participa de várias atividades, como 
oficinas de trabalhos manuais, jogos e terapia de grupo. Todos os usuários se chegam pela 
manhã, são recebidos com café da manhã e à tarde recebem lanche. Em datas especiais, são 
realizados eventos com o objetivo de integrar os pacientes. 
Foram realizados eventos de bailes de carnaval, com confecções de máscaras, festa 
junina, onde o ambiente é decorado pelos próprios pacientes, e confraternização denatal. 
Também são realizados passeios, tais como uma visita à Cidade Criança, onde foi feito um 
piquenique, com várias brincadeiras. Outro passeio foi realizado para ver a decoração de Páscoa 
na Praça de Videira. Em relação ao transporte, ele é disponibilizado para todos os pacientes, 
alguns esperam a condução em um local previamente estabelecido perto das suas residências, e 
outros por motivos de dificuldades motoras são acolhidos na sua própria casa. 
A partir do mês de agosto de 2010 o CAPS passou a atender os usuários de Álcool e 
Drogas (Grupo AD), além de fornecer o espaço para o programa SOS Vida, que é voltado para 
usuários de álcool e drogas. Os pacientes que fazem o tratamento e acompanhamento têm direito 
a consultas. O grupo AD tem encontros semanais todas às sextas-feiras à tarde. Os usuários e 
suas famílias são atendidos sempre que manifestarem necessidade. A internação ocorre somente 
por indicação médica, e depois do retorno ao convívio social voltam para fazer 
acompanhamento, como prevenção a recaídas. O grupo SOS Vida promove encontros todas as 
quartas-feiras à noite, às 19h30min. 
Do ponto de vista das práticas desenvolvidas nesses serviços, a tarefa exigida é a de 
inovar, na prática concreta, as relações entre as instituições e os sujeitos, por meio de uma 
inscrição cotidiana do direito de cidadania do louco (Nicácio, 1994). Busca-se garantir, além do 
direito à hospitalidade diurna e noturna, da atenção à crise ou de um espaço de convivência, a 
criação de redes de relações que se estendam para além das fronteiras dos NAPS e CAPS, 
atingindo o território onde vivem os usuários. O trabalho inclui ações que vão das visitas 
domiciliares, do estabelecimento de vínculos com familiares e pessoas do bairro ao confronto 
7 
 
com as resistências, na tentativa de abrir espaços e ampliar as possibilidades de inserção do 
louco. 
O presente trabalho estava definido em 12 horas de observação e intervenção no CAPS 
– Videira, porém por consequência da pandemia da COVID-19 foi necessário alterar a dinâmica 
do trabalho, utilizando dessa forma a entrevista com a psicóloga e uma análise fílmica com 
planejamento e intervenção pedagógica. 
 
8 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Realizar o processo de observação, planejamento, intervenção e avaliação em diferentes 
contextos de atuação profissional do psicólogo. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Identificar as possibilidades de atuação do psicólogo em diversificados contextos de 
trabalho; 
• Reconhecer a complexidade dos fenômenos psicológicos em contextos diversificados, 
associando o conhecimento da Psicologia com outras áreas de conhecimento; 
• Identificar e refletir sobre as possibilidades de contribuições da intervenção e/ou 
observação participativa em diferentes contextos da atuação do psicólogo; 
• Elaborar proposta de intervenção pedagógica e aplica-la (sob supervisão acadêmica e do 
supervisor do local, acompanhado por este); 
• Redigir relatórios científicos a partir das intervenções e/ou observações participativas 
realizadas; 
• Posicionar-se eticamente em campo, seja durante intervenções pedagógicas e/ou 
observação. 
 
9 
 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
3.1 PROCESSOS GRUPAIS 
 
Os seres humanos são simultaneamente seres sociáveis e seres socializados, com isso ao 
mesmo tempo em que ele é um sujeito que busca se comunicar com os seus pares no seu meio, 
também é membro de uma sociedade e de um círculo que os forma e controla, conscientemente 
ou não. “A história de vida do indivíduo é a história de pertencer a diversos grupos sociais. É 
através dos grupos que as características sociais mais complexas agem sobre o ser humano. É no 
grupo meio familiar que ele aprenderá a língua de sua nação. A partir daí este aprendizado 
possibilitará seu ingresso em outros grupos sociais e sua participação nas determinações que 
agem sobre ele” (ALEXANDRE, 2002). Para conhecer-se inteiramente um ser, é necessário 
saber quais grupos o mesmo faz parte e está inserido, desde as primeiras relações do ser, grupo 
familiar, estágios de separações para participar e adentrar em outros meios e grupos adiante com 
relações sociais mais amplas. Sendo assim, há a preparação do indivíduo significa, ao longo de 
sua existência, “que ele irá internalizar, apropriar-se da realidade objetiva”, isso será de extrema 
importância para a sua formação psíquica enquanto ser em processo de desenvolvimento e 
construção. 
O grupo é constituído por duas ou mais pessoas que obtém um contato simultâneo face 
a face, que defendem ideias e objetivos em comum, tendo uma boa interação entre si aos 
membros que introduzem neste meio com reciprocidade, interação, interdependência e uma 
consciência mutua. Ao nascer, o indivíduo já está incorporado dentro de um grupo especifico, 
crescendo e se desenvolvendo dentro de diferentes grupos ao decorrer da evolução, tornando-se 
adultos e inserindo em outros novos grupos, alguns destes se mantêm ao longo da vida, outros se 
fazem presentes em algumas fases especificas. Com isso, só é possível compreender o ser 
humano, a partir das relações que ele estabelece no seu meio, contexto e conexões. 
Consideramos que nas equipes, acontecem processos grupais que precisam ser 
conhecidos pelos próprios integrantes, para que, juntos possam criar significados, 
problematizando suas ações e atualizando as suas relações entre si, com aqueles a que atendem, 
esclarecendo e revendo o que tomam por problema de saúde e por ação. (CM Fortuna, 2005). 
As equipes e grupos quando se juntam, têm objetivos e tarefas implícitas ou explicitas a 
desempenhar. As mesmas podem estar nitidamente claras aos integrantes dos grupos e 
trabalhadores que buscam chegar a uma conectividade de ideias para assim, exercer as mesmas. 
A aprendizagem caminha como que em um trilho de trem, isto é, ao lado da comunicação. 
10 
 
Aprender está sendo tomado aqui, como algo que ultrapassa que vai além da transferência de 
saber de uma pessoa a outra. Estamos falando de um aprender com o outro e não do outro (CM 
Fortuna 2005). Com isso, dentro de uma instituição os processos grupais são de extrema 
importância para um trabalho em conjunto mais amplo, operando trocas de conhecimentos em 
beneficio ao humano que vem a frequentar aquele meio. 
 
3.2 CONTEXTO DO CAMPO (ORGANIZAÇÃO\INSTITUIÇÃO). 
 
Instituição é um conjunto de normas, leis e princípios que regem a padronização de um 
determinado comportamento naquele meio. Já a organização é a parte material das instituições 
sob a forma de um organismo, uma entidade na qual assume uma configuração mais complexa 
ou mais simples. O nível organizacional é o responsável pela reprodução do nível institucional e 
é aquele onde o controle se apresenta de uma forma mais clara. 
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) surgiu no Brasil a partir de 1986, sendo uma 
instituição formalmente definida pela Portaria nº 224 de 29 de janeiro de 1992, do ministério da 
saúde, como unidades locais regionalizadas, que contam com uma população inserida definida 
pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre regimes 
laboratoriais e a internação hospitalar, em um ou dois turnos de quatro horas, por equipe 
multiprofissional. Estes serviços se encontram incorporados como políticas públicas de saúde 
mental, com uma referência em nível de país e se adentrando em um contexto na qual pretendem 
desenvolver novas tecnologias em saúde mental que respeitem o usuário no seu direito de 
cidadania e que se diferenciem do modelo manicomial exclusivo dominante. 
A eleição do CAPS como uma área de investigação da atuação profissional de 
psicólogos, surgiu a partir de uma demanda da categoria, observada no V Congresso Nacional de 
Psicologia-CNP, qual foi realizado em 2004. Este tema emergiu e ampliou junto a tantos outros 
que apontavam para o Sistema Conselhos a necessidade de uma maiorqualificação e orientação 
para a prática nos serviços públicos. A reforma psiquiátrica, política pública do estado brasileiro 
as quais tem o cuidado com pessoas de sofrimento mental, em sua concepção vai muito, além 
disso, de uma assistência pública em saúde mental. É um complexo processo de transformação 
assistencial e cultural no qual, ao deslocar-se o tratamento do espaço restrito e especializado de 
cuidados com a loucura: o hospital psiquiátrico, para a cidade acontece um grande impacto, e 
como a sociedade em si irá relacionar com esta experiência. O qual vem a acarretar aos demais 
dispositivos trazidos com essa política, conhecidos como serviços substitutos (CREPOP, 2013). 
11 
 
No entanto, o CAPS é um destes serviços, no qual traz uma dupla missão: a de serem 
lugares de cuidado com os seres, sociabilidade e convívio da cidade com a loucura que os habita. 
Envolve também os familiares no atendimento com a devida atenção necessária, ajudando na 
recuperação e na reintegração social do indivíduo com sofrimento psíquico (CREPOP, 2013). 
 
3.3 PROCESSOS GRUPAIS NO CONTEXTO DO CAMPO 
 
Todo e qualquer grupo exerce uma função histórica de manter ou transformar as 
relações sociais desenvolvidas em decorrência das relações de produção e, acerca disso o grupo, 
tanto na sua forma de organização como nas suas ações, reproduz ideologia, que sem um 
enfoque histórico, não é compreendida (LANE, 2007). O CAPS no seu meio de atuação busca 
envolver vários profissionais nas discussões e propostas, fazendo com que os mesmos possam 
participar dos encontros, reuniões e decisões com a Secretaria de Saúde. Assim, podendo 
assumir um papel maior na atenção voltada a saúde mental, sobressaindo como ordenador na 
rede de cuidados em prol a saúde humana. A instituição busca trabalhar de forma integrada, 
todos os serviços e servidores em uma dinâmica conjunta, coletiva. As estratégias de 
intervenções são planejadas, tendo objetivos já estabelecidos (projeto terapêutico 
individualizado) e são também, periodicamente avaliadas pela equipe que trabalha em totalidade. 
Seguindo os objetivos do CAPS, todas as atividades que são realizadas, incluindo os 
grupos, devem ser orientadas por projetos terapêuticos mais singulares a cada usuário daquele 
meio, ou por princípios e propostas que sejam coletivas, com temas, questões, reflexões e 
pensamentos que sejam pertinentes para as pessoas que frequentam aquela instituição, as quais 
irão construir subgrupos dentro do serviço. Desta forma, devem ser construídos sempre levando 
em conta a interdisciplinaridade e participação dos membros, as suas escolhas, desejos, 
autonomia do sujeito ativo dentro desse projeto que está sendo executado. 
Contudo, os facilitadores dos grupos obtendo finalidade terapêutica e de sociabilidade, 
tem a necessidade de compreender a história e a identidade tanto singular e subjetiva de cada 
paciente, como coletiva aos significados e sentidos que são historicamente construídos em torno 
da vida dos seres que possuem transtornos mentais graves, muitas vezes existindo um histórico 
de internação seguidas ou anos de vida em instituições fechadas. Deste modo, os trabalhadores 
da saúde mental devem estar atentos as concepções socioculturais a que os sujeitos históricos 
estão inseridos, e então desmistificando as crenças, ideias, ações e expectativas. Assim, deve-se 
considerar tanto os participantes como a si mesmos como sujeitos históricos e, 
consequentemente autores da sua própria história pessoal (ANDALO, 2006). 
12 
 
O CAPS trabalha com métodos e parâmetros grupais, os quais visa o executar em 
conjunto, sendo ele com equipe multidisciplinar, com modelo de atendimento o trabalho em 
rede, que é a comunicação ativa entre os demais componentes que compõe essa rede de 
atendimento em saúde mental. Essa instituição trabalha com atendimento individual, 
atendimento em grupo, atendimento para a família, atividades comunitárias, assembleias ou 
reuniões de organização do serviço. Assim, sendo nítida a presença dos grupos nessa instituição 
e a importância dos mesmos para o desempenho do trabalho, para os seres que lá frequentam e 
necessitam dos profissionais que estão inserto nestes grupos (CREPOP, 2013). 
 
3.4 FUNDAMENTAÇÃO SOBRE O FENÔMENO PRINCIPAL A SER OBSERVADO 
 
A reforma Psiquiátrica brasileira trouxe melhorias substanciais à população, ela se 
baseia em normas, como a liberdade em que o paciente deve ter em seu tratamento, a aposta da 
reinserção social, a humanização dos cuidados e na recuperação da cidadania dos usuários. 
Durante os últimos anos, estão sendo criadas cada vez mais políticas públicas sob forma de leis, 
portarias, instruções normativas que constituem novos serviços públicos trazendo mudanças, 
auxiliando na inovação das práticas clínicas e grupais. 
As políticas públicas de saúde mental desde a instituição do SUS se configura com um 
processo social complexo. O ponto principal deixa de ser a doença mental como processo natural 
e se transforma no conjunto de condições concretas de existência da população, seus 
determinantes nos processos saúde-doença, suas expressões em experiências de sofrimento de 
indivíduos singulares. O transtorno mental, preenchido como circunstância estrema de um 
processo social complexo e problemático, que se manifesta e se constitui como sofrimento na 
experiência de indivíduos singulares, potencializa a definição de uma atual forma de atividade 
para a clínica, exigindo modificações metodológicas e tecnológicas para o atendimento em saúde 
mental. Os transtornos mentais graves com que lidam essa clínica são, antes de serem tomados 
como uma patologia, portanto, doença mental, tomados como desenvolvimentos complexos, que 
implicam a trajetória de vida de indivíduos singulares em condições objetivas e concretas de 
existência (CREPOP, 2013). 
Conforme caracteriza a organização Mundial da Saúde (OMS) o termo saúde é um 
"estado completo de bem estar físico, mental e social" e não apenas ausência de doenças. 
Amarante (2007) descreve que a saúde mental é um estado mental sadio, portanto um estado de 
normalidade, onde não há nenhuma desordem mental. E a doença mental sendo o desiquilíbrio 
mental, anormalidade, patologia. A saúde mental é um assunto bastante polissêmico e plural na 
13 
 
medida em que diz respeito ao estado mental dos indivíduos e da coletividade, pois qualquer tipo 
de categorização é acompanhado do risco de um simplismo e de achatamento das possibilidades 
da existência humana e social. 
A saúde mental como integrante da saúde pública, esta inclusa no contexto de um 
sistema descentralizado, regionalizado e hierarquizado, sendo um tipo de ação especial que deve 
ser integrada aos serviços de saúde de caráter interdisciplinar, cientifico, social, cultural e 
humanizado. A doença mental é, talvez, a que mais exige “solidariedade humana, 
desprendimento, destemor, capacidades de absorção, de produção de sentimentos de cooperação 
e de integração social”. As pessoas com sofrimento psíquico desejam aquilo que é oferecido a 
qualquer pessoa nas diversas áreas, ou seja, uma assistência confiável, de qualidade, com 
comprometimento, resolução dos problemas e inclusão social (BÜCHELE 2006). 
 
3.5 ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO CONTEXTO DO CAMPO 
 
O atendimento clínico é uma das práticas que se destacam no CAPS, o suporte social a 
família dos usuários revela-se essencial uma vez que é preciso orientá-los, as dinâmicas de grupo 
são formas de auxílio ao processo terapêutico, onde buscam relacionar e trabalhar com 
conteúdos pertinentes a todos os envolvidos. As oficinas com artesãos, professores de artes e 
educadores físicos tem a função de integração e melhoria das relações psicossociais. 
De acordo com Brandão (2001), o atendimento domiciliar representa os limites do 
atendimento institucional e da atuação individual do profissional, e, em saúde mental, entre os 
pressupostosda reforma psiquiátrica, de busca da inclusão social do louco pela ruptura de 
padrões culturais e pela condição de ver a loucura como um fenômeno complexo, a limitação da 
instituição e do profissional se faz mais evidente. 
O principal objetivo da visita domiciliar é preparar as famílias dos usuários para que 
elas consigam usar recursos próprios, com o intuito de resolução dos seus problemas, incluindo-
as no processo de tratamento, diminuindo dessa forma as internações recorrentes e a cronificação 
do paciente. A escuta atenta do psicólogo sem julgamentos e rótulos beneficia o tratamento e 
uma possível melhora ou estabilização do quadro. Durante as visitas os profissionais utilizam 
técnicas na tentativa de integração, fazendo com que a família passe a ver o indivíduo com 
outros olhos, contribuindo para o processo de socialização. 
De acordo com Silva (2001), a doença mental é caracterizada por sua 
multidimensionalidade e multideterminação, e, com isso, deve ser abarcada em todos os campos: 
biológico, psicológico, individual, familiar e social. 
14 
 
Kubo e Botomé destacam diversas atribuições do psicólogo, dentre elas, a preparação 
do doente mental para sua reinserção social e sua manutenção na comunidade, a orientação da 
família dos pacientes, a preparação e orientação profissional do doente mental, a realização de 
pesquisas e avaliação de programas, a participação na formação dos demais trabalhadores de 
saúde mental e a produção de informação à sociedade sobre aspectos relacionados à saúde 
mental (2001, p. 4) 
Pietroluongo e Resende descrevem que o psicólogo tem um papel especial dentro da 
equipe multidisciplinar, construído a partir da escuta, que possibilita o profissional desenvolver 
situações de subjetivação no âmbito familiar, melhorando a percepção da equipe e da família. 
De acordo com os especialistas as capacidades e possibilidades da Psicologia nos CAPS 
tratam-se da prática de atendimentos que privilegiem o trabalho em grupo, buscando através 
destes atendimentos a ressocialização dos usuários e por meio das oficinas de geração de renda e 
reinserção no trabalho. (CREPOP/ CFP, 2007). 
A grande intenção da reforma psiquiátrica é a desconstrução do estigma da loucura 
como doença orgânica que passa a ser analisada em sua complexidade. O psicólogo tem como 
função desenvolver estratégias para adaptação dos usuários, visando à reinserção dos pacientes 
na família e na sociedade. 
 
3.6 POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO PRESENTES NA LITERATURA 
 
Para problemas relacionados a uso de substâncias químicas é possível aplicar diferentes 
tipos de tratamento. Hoje as abordagens relevantes utilizadas misturam intervenções de caráter 
cognitivo - comportamental (prevenção à recaída, entrevista motivacional), autoajuda e 
tratamentos medicamentosos definidos por um médico psiquiatra. O trabalho e a intervenção 
com as famílias tem o objetivo de identificar as situações de risco e a partir disso incorporar 
estratégias de enfrentamento. O programa de prevenção a recaída combina um treinamento de 
habilidades comportamentais, intervenções cognitivas e mudanças do estilo de vida. A entrevista 
motivacional é fundamentada em concepções cognitivas que busca ajudar o indivíduo nos 
processos de mudança comportamental através da modificação dos padrões de pensamento, 
compreensão das reações emocionais e resolução de problemas. Atualmente o modelo de 
redução de danos se destaca no contexto das drogas, conforme o Programa de Orientação e 
Atendimento aos Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (PROAD-UNIFESP), o 
objetivo é minimizar os efeitos danosos das drogas para melhoria do bem-estar físico e social dos 
usuários. Para isso ocorre trabalhos de campo nas ruas, em hospitais e em prisões, para tornar 
15 
 
mais acessíveis os serviços de saúde, e assegurar possibilidades de reabilitação social. 
Aconselha-se que os profissionais que trabalham neste programa assumam postura compreensiva 
e inclusiva a fim de evitar o uso de substâncias psicoativas ou o envolvimento precoce; ajudar os 
indivíduos já incluídos a não se tornar dependentes e aos já dependentes apresentar meios para o 
abandono da droga ou indicações para que tenham menos prejuízos. Os sistemas especializados 
no tratamento de indivíduos com problemas de dependência química são: hospitais com alas 
especializadas, clínicas especificas, comunidades terapêuticas, grupos de autoajuda (Alcoólicos 
Anônimos AA, Narcóticos Anônimos, NA) e Centros de Atenção Psicossocial álcool e drogas 
(CAPS). 
A prevenção em saúde mental tem como essência o progresso saudável do indivíduo em 
suas diversas fases do ciclo da vida e procura diminuir, por meio de ações antecipadas, os 
problemas e riscos que impedem tal desenvolvimento (O’Connel, Boat, & Warner, 2009). 
Intervenções combinadas, focadas na pessoa e no ambiente, alcançaram impactos práticos e de 
mudanças sociais na vida dos participantes e na dinâmica de sua comunidade. Intervenções que 
focavam mudanças pessoais cognitivas e mudanças sociais, como a diminuição do preconceito, 
fortalecimento da identidade e reinserção profissional apresentaram impactos diretos no aumento 
da autoestima dos participantes e na minimização do envolvimento destes em episódios de 
delinquência e violência (Gomes, Minayo, Assis, Njaine, & Schenker, 2006). 
A rede social pessoal é definida e limitada a partir do indivíduo, é analisada como o 
"área relacional de uma pessoa". Sendo a interação que os indivíduos mantem entre si, as 
conversas, relações, é a soma de todos os vínculos compreendidos como significativo. Podemos 
reunir as intervenções em rede em dois tipos: as que criam uma rede e as que potenciam a rede 
(Erickson, 1984, citado por Góngora, 1991). Os tipos de intervenção que criam redes, de acordo 
com Góngora (1991), são usados fundamentalmente quando o indivíduo se encontra isolado 
socialmente, com um número muito reduzido de vínculos, por um lado, ou quando os vínculos 
sociais existentes são considerados como prejudiciais para o sujeito, por outro. O seu objetivo 
essencial é, por isso, aumentar o número de membros da rede, gerando novos vínculos. Este tipo 
de intervenção aplica-se em situações de indivíduos que apresentam problemáticas associadas 
com doenças crónicas, velhice, emigração, entre outras, sendo levadas a cabo por redes 
secundárias, focalizando e mobilizando o desenvolvimento das redes primárias e a optimização 
do nível de uso dos serviços disponíveis nas instituições. Os tipos de intervenção que potenciam 
a rede (idem, 1991) tem o propósito de incrementar a eficácia da rede do indivíduo no sentido de 
uma resolução autónoma dos seus problemas, intensificando os vínculos que, por alguma razão, 
estariam inativos. 
16 
 
A ausência de intervenções para a população adulta e idosa é alarmante. As 
intervenções preventivas poderiam ser guiadas ao longo do ciclo de vida, visto que durante o 
desenvolvimento do ser humano é necessário a criação de recursos e técnicas de enfrentamento 
para o ajuste a novas ações que podem ser consideravelmente estressoras (Fragelli & Günther, 
2008; Xavier, Ferraz, Marc, Escosteguy, & Moriguchi, 2003). 
 
17 
 
4 DESCRIÇÃO DO LOCAL 
 
Nome e Endereço. 
 
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS VIDEIRA, localizado na rua: Prefeito César 
Augusto Filho, 229 - São Francisco, Videira - SC, 89560-000. 
 
Histórico. 
 
Os Centros de Atenção Psicosssocial (CAPS) foram inseridos na atual política de saúde 
mental substituindo o modelo hospitalocêntrico. Passaram então a oferecer cuidados clínicos e de 
reabilitação psicossocial, objetivando evitar as internações e favorecendo o exercício da 
cidadania e da inclusão social dos usuários e de suas famílias. 
Frente a essa nova visão surge o CAPS de Videira em 28 de fevereiro de 2008 e se 
operacionaliza dentro de uma atenção em saúde, na qual o sujeito é visto de forma integral,em 
sua dimensão biopsicossocial e cultural, levando em consideração o contexto no qual está 
inserido socioeconomicamente, de modo indissociável. 
Os CAPS são regulamentados pela portaria n. 336/GM de 19 de fevereiro de 2002, que 
dispõe sobre o papel estratégico dos centros na nova organização, além de definir diversos tipos 
de CAPS. Foram assim regulamentados os CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS AD II e CAPS i 
II, os quais são classificados de acordo com o perfil do usuário (adultos, crianças/adolescentes e 
usuários de álcool e drogas), do contingente populacional a ser coberto (pequeno, médio e 
pequeno porte) e do período de funcionamento. 
 
Descrição física do contexto. 
 
O CAPS de Videira conta com uma estrutura física própria, com 06 banheiros, 02 
cozinhas, sendo que uma delas é utilizada para realização de oficinas com pacientes, 01 
lavanderia, 01 auditório, 01 sala TV, 01 sala de oficinas diversas, 01 quarto, 01 sala de 
artesanato, 01 almoxarifado, 05 salas para atendimento de profissionais técnicos, 01 recepção, 01 
refeitório. 
 
Quadro de funcionários. 
 
18 
 
01 enfermeiro, 01 técnico de enfermagem, 01 assistente social, 01 terapeuta 
ocupacional, 01 psicóloga (coordenadora), 02 médicos, 01 educadora física, 01 artesã, 01 
recepcionista. 
 
Funcionamento do CAPS atualmente. 
 
O CAPS I de Videira, funciona em horário comercial das 8:00 as 12:00 horas - 13:00 as 
17:00 horas onde é realizado, acolhimento e encaminhamentos necessários pela equipe técnica; 
elaboração de Projeto Terapêutico Singular (PTS); atendimento e avaliação medica 
especializada; oficinas terapêuticas (atividades expressivas, produtivas e construtivas, horta 
terapêutica, oficina da beleza, oficina informática, oficina de vôlei, entre outras); grupo de 
atividades corporais (reiki, auriculoterapia); atividade de convivência e reinserção social (festas, 
passeios, viagens, eventos diversos, cinemas, entre outras); atendimento individual ao usuário e 
familiares; programa nacional de controle de tabagismo; realização de palestras em escolas, 
empresas, serviços de saúde em geral. 
 
19 
 
5 PSICÓLOGO 
 
Função (local), formação, tempo de formação e tempo de trabalho no local. 
 
Psicóloga e Coordenadora do CAPS, formação acadêmica: Mestre em educação pela 
UNOESC – Universidade do Oeste de Santa Catarina (2011). Pós-graduação em Ciências da 
Saúde – Concentração em Saúde Mental UNC – Concordia, SC em (2007). Pós-graduação em 
psicopatologia UNC – Caçador em Santa Catarina (2009). Graduação pela UNC (2005). 
Trabalha no CAPS desde fevereiro de 2018. 
 
Descrição da Função do Psicólogo. 
 
Como coordenadora trabalhar toda a parte administrativa do CAPS e equipe. E como 
Psicóloga, realizar acolhimento, atendimento individual e grupo, visitas domiciliares, trabalhos 
com grupos e oficinas terapêuticas. As normas e rotinas do psicólogo destacadas como as 
atividades obrigatórias e opcionais são: realização da anamnese, acolhimento avaliação, 
atendimentos individuais e em grupo. Supervisionar estágios de Psicologia. Trabalhar com 
atividade lúdico-terapêutica variada (pintura, desenho, etc). Atividade que vise estimular o 
desenvolvimento interior (relaxamentos, reflexões, meditação). Visitas domiciliares quando 
necessário. Participação de datas festivas (Páscoa, festa junina, natal). Trabalhar a superação do 
estigma da loucura, divulgando o Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Psicoterapia individual 
para pacientes que frequentam o CAPS, do grupo AD, dos encaminhamentos do Conselho 
Tutelar, do CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), Delegacia de 
Polícia e Fórum de justiça. Trabalhar com grupo de terapia para os pacientes que frequentam o 
CAPS. Participar de reuniões para discutir casos clínicos. Acompanhar o médico nas consultas 
quando necessário. Realizar atividades recreativas e trabalhos manuais com os pacientes. 
 
Conhecimentos e competências necessárias para a função. 
 
Prestar atendimento clínico de forma humanizada em regime de atenção diária, evitando 
a internação hospitalar; acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; 
promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; 
regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação; dar 
20 
 
suporte a atenção a saúde mental na rede básica; organizar a rede de atenção as pessoas com 
transtornos mentais nos municípios; articular estrategicamente a rede a política de saúde mental 
num determinado território; promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao 
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos lados familiares e comunitários. 
 
Demandas emergentes ou urgentes da prática. 
 
As demandas de urgência e emergência que surgem na profissão (casos de surto e 
tentativas de suicídio) na maioria das vezes são encaminhadas para atendimento junto a UPS 24 
horas ou hospitais especializados. 
 
Quais técnicas, dinâmicas, são utilizadas para tratamento dos usuários, como funciona as práticas 
na rotina do CAPS para tratamento e prevenção. 
 
O CAPS possui grupos semanais (grupo de vôlei, grupo terapêutico, grupo de 
artesanato, grupo horta, entre outras atividades que buscam trabalhar, utilizando técnicas e 
dinâmicas o atual estado emocional, psicológico e aspectos funcionais dos pacientes. Momento 
em que os pacientes expressam seus sentimentos, auxiliando na solução dos conflitos internos, 
diante de situações problemas e desafios do cotidiano e valorização das habilidades individuais 
dos usuários. 
 
O que você vê de mais positivo, que mais beneficia os usuários no seu trabalho dentro da 
instituição? 
 
A atuação do psicólogo dentro do CAPS é de extrema importância, pois traz um olhar e 
uma escuta clinica qualificada na equipe, mas é importante destacar que a pratica em um CAPS é 
diferente do consultório privado, o que muitas vezes dificulta e cria uma lacuna, por isso a 
importância de formação direcionada para a área de saúde mental, onde o psicólogo trabalha de 
forma multidisciplinar todas as especificidades, o todo, de forma clara e humanizada, por meio 
de várias atividades e técnicas envolvendo o bio-psico-social-espiritual. 
 
Em relação aos usuários, nos atendimentos, e nos grupos terapêuticos os retornos são positivos, 
ou não? Ou depende do caso, da circunstância? 
 
21 
 
A grande maioria dos casos o início do tratamento sempre vem acompanhado de 
estigma e preconceito principalmente por parte do paciente e familiares, que muitas vezes 
demonstra Resistencia dependendo do transtorno. Dessa forma, é comum estes deixarem de 
seguirem de forma disciplinada com a medicação necessária para o próprio bem estar, o que 
torna uma fator muito prejudicial ao bom andamento do tratamento. Entretanto, a equipe de 
atendimento acompanha os casos com empenho, procurando sempre da forma mais eficaz ajudar 
esses pacientes a aceitação e criação de vinculo terapêutico. Com a adesão ao tratamento médico 
e terapêutico multidisciplinar é visível a estabilização dos quadros clínicos e a diminuição das 
desistências ou crises e o CAPS passa a ser a sua segunda família, onde criam vínculos entre os 
usuários e passam a entender a necessidade do tratamento e manutenção do mesmo. 
 
22 
 
6 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E ANÁLISE 
 
O filme escolhido para a análise e posterior intervenção pedagógica foi “Uma Mente 
Brilhante”, lançado em 2001, que conta a história de um matemático introspectivo, considerado 
antissocial e muito famoso chamado John Nash, sendo demonstrada sua trajetória com início na 
faculdade, o desenvolvimento das suas teorias e conseguinte a sua doença mental. É apresentado 
o desenvolvimento da esquizofrenia, as alucinações perceptivas que ele tinhadiariamente, visto 
que as alucinações iniciam na faculdade, onde John acha que divide quarto com o amigo Charles 
Herman, porém esse amigo é apenas uma alucinação. 
John era arrogante e criticava os outros estudantes, considerava as aulas na faculdade 
chatas e limitadas, por isso decidiu que não iria mais frequentar. Dessa forma, começou a buscar 
e aprofundar-se nas ideias para uma teoria original onde pudesse se destacar, e tornar-se 
merecedor. A inspiração veio durante conversas com outros estudantes em um bar, e então com 
essa Teoria de Jogos Não Coorporativos ele conseguiu um trabalho de pesquisa no laboratório e 
uma vaga de professor na Universidade. 
Durante as aulas conheceu Alicia uma de suas alunas, e em um dos encontros ao 
conversarem, ela toca em sua questão de ser mais quieto, introspectivo, e não falar muito sobre o 
seu trabalho, ele menciona “não posso falar do meu trabalho Alice, eu acho que aperfeiçoar 
minhas interações para se tornar associáveis, requer um tremendo esforço, eu tenho a tendência 
de expressar informações de maneira direta e as vezes os resultados não agradam”. O que ele 
queria dizer era que muitas das suas formas de expressão podiam parecer grosseiras e não 
remeter ao que ele gostaria de passar realmente, por ser da sua personalidade assim. 
Após isso, os vínculos foram se tornando ainda mais fortes e casando-se com ela. John 
vivia em uma realidade somente dele, o externo não o compreendia. A partir dos seus delírios ele 
imaginava que fazia parte de uma operação secreta e que foi contratado por Willian, um militar 
do serviço secreto dos EUA onde precisava descobrir como decifrar códigos no período da 
guerra fria. Ele acreditava conversar com o militar o qual era extremamente rígido e vingativo, e 
recebia missões secretas para realizar, como também acreditava firmemente em ter passado por 
um processo no qual tinha sido introduzido em seu braço códigos, e aqueles números passaram a 
lhe perseguir por um grande período de sua vida. 
Com o passar do tempo com as pressões internas de ser sempre o melhor e conseguir 
dar conta de tudo, os delírios foram aumentando e John foi ficando cada vez mais agitado e 
confuso com o que realmente era real, ou não passava de fantasias criadas por sua mente. Alice, 
sua companheira, fica preocupada com o comportamento, e durante uma palestra que estava 
23 
 
ministrando John teve um surto, fazendo com que a Alice o internasse em um hospital 
psiquiátrico. Nesse momento ele é diagnosticado com esquizofrenia, e descobre que seu amigo 
de quarto, o militar, e as missões eram alucinações causadas pela patologia que ali já se fazia 
presente. O tratamento acontece antes da reforma psiquiátrica, através de eletrochoques, e com 
medicações fortíssimas, a qual causava espanto aos familiares, mas com finalidade de tentar 
diminuir suas alucinações. 
Depois de algum tempo e passando por vários processos de crises intensas, com muito 
esforço John criou estratégias e métodos para evitar e lidar melhor com as alucinações e delírios, 
assim passando a não se afetar tanto e conseguindo controlá-las de uma maneira mais positiva. 
Mas dentro deste processo, John finge estar fazendo o uso correto da medicação, deixando de 
tomá-las e voltando a ter crises fortes, diz ter parado de tomar pois não estava mais dando conta 
do trabalho, filho e satisfazer sua esposa, vindo a afetar o seu lado pessoal. 
Durante o seu tratamento fica evidenciado o grau de importância da família, em cuidar e 
acompanhar o indivíduo, em focar e confiar na eficiência e no humano que tem por de trás 
daquela patologia instalada. Alice nunca desistiu de John, a pessoa fantástica a qual conheceu, 
por mais que com o tempo e agravamento da sua patologia, muitos comportamentos mudaram, 
vindo a afetar também a sua persona. Ela, buscava sempre apoiá-lo mesmo passando por 
momentos complicados e desafiantes. 
Quando sua doença é controlada John consegue retornar a Universidade e após alguns 
anos volta a lecionar, seu gozo por estudos, descobertas e pesquisas sempre tiveram presente, 
assim não rompendo o ciclo e continuando a exercitar sua mente. As alucinações ainda se faziam 
presentes, mas já tendo um controle muito maior sobre as mesmas, ele afirma “Os problemas não 
deixaram de existir, nem sumiram, apenas passaram a não ter mais importância, as vozes não 
tomaram mais conta do meu ser”. Em 1994, ganha o prêmio Nobel de Economia com a sua 
contribuição essencial para a Teoria dos Jogos. Sempre sendo um homem inteligente e dedicado 
deixou a sua marca, o qual trouxe muitas contribuições com sua forma única de intuir e pensar 
sobre as coisas, tornando-lhe ainda mais singular. 
Conforme o DSM IV (2002) os sintomas característicos da esquizofrenia envolvem uma 
serie de disfunções cognitivas, comportamentais e emocionais, mas nenhum sintoma é 
patognomônico do transtorno. O diagnóstico inclui o reconhecimento de agrupamento de sinais e 
sintomas associados a um funcionamento profissional ou social afetado. Indivíduos com o 
transtorno apresentarão variações substanciais na maior parte das características, uma vez que a 
esquizofrenia é uma síndrome clínica heterogênea. Atualmente não há exames laboratoriais, 
radiológicos ou testes psicométricos para o transtorno. As diferenças são claras em múltiplas 
24 
 
regiões do cérebro entre grupos de pessoas saudáveis e pessoas com esquizofrenia, incluindo 
evidências de estudos por neuroimagem, neuropatologia e neurofisiologia. Diferenças ficam 
também evidentes na arquitetura celular, na conectividade da substância branca e no volume da 
substância cinzenta em uma variedade de regiões, como os córtices pré-frontal e temporal. É 
observada redução no volume cerebral total, bem como aumento da redução de volume com o 
envelhecimento. 
Em relação à família do paciente esquizofrênico, o adoecimento de um membro retrata 
um grande abalo na estrutura, sendo que seus familiares dificilmente se encontram preparados 
para enfrentar a real situação de uma forma mais transparente, e sentem-se incapacitados para 
realizar qualquer intervenção, muitas vezes não sabendo como intervir e lidar com o indivíduo 
quando entra em crises. Deste modo, as famílias vivenciam sentimentos de apatia, aflição, 
espanto, depressão, isolamento, raiva, angústia, devastação, contradição, frustração, incerteza, 
culpa, tristeza crônica, bem como aceitação e esperança para o futuro durante a convivência com 
a esquizofrenia. Os familiares próximos ficam sobrecarregados pelas necessidades de 
acompanhamento dos pacientes, cuidar deles e arcar com os encargos econômicos, pelo custo 
com medicações e pela impossibilidade e acesso ao trabalho. Como consequência do cuidado os 
familiares se distanciam da vida social, e apresentam, na maioria das vezes dificuldades para 
lidarem com as situações de surtos, com os conflitos familiares emergentes, com a culpa, e o 
pessimismo por não conseguirem encontrar saídas para os problemas, pelo isolamento social a 
que ficam sujeitos, pelas dificuldades materiais da vida cotidiana, bem como pelo 
desconhecimento da doença propriamente dita, entre outros desprazeres (ZANETTI; GALERA, 
2007). 
As pessoas portadoras de esquizofrenia, inúmeras vezes não obtém a real consciência do 
momento presente e o que está se passando consigo mesma no agora. Com isso, gerando um 
grande vazio existencial, do que passa a ser real e o que é fictício criado por sua mente, vivendo 
então em um mundo ilusório e único, onde apenas o próprio criador das paranoias pode 
compreender o que está sentindo, visualizando e convivendo, pois para um esquizofrênico “Todo 
o simbólico é real”. A alucinação sensorial tem forte evidência na esquizofrenia, vindo 
acompanhada de vozes, vultos, cheiros e outros sentidos que podem ser manifestados dentro de 
uma crise, acarretando em uma falsa realidade, ou melhor, uma realidade criada por um 
esquizofrênico,que só é compreendida por ele mesmo. 
Seguindo a ideia Psicanalista sobre a Esquizofrenia, é desvinculada a ideia de coerência 
e harmonia do eu, para indicar que há também uma desarmonia no eu, um desconhecimento, tal 
como na constituição do eu a partir da fase do espelho, do narcisismo, que leva a uma alienação 
25 
 
no outro, pois é a partir da relação com o outro que o eu passa a se constituir enquanto sujeito. 
Lacan dá grande ênfase à função do imaginário no sentido de considerar os “fenômenos 
patológicos” como uma exacerbação deste registro, como é o caso da paranoia, em que há grande 
consistência desse registro, prevalecendo apenas a alienação do eu, ocasionando numa 
exacerbação do sentido. Assim, não obtendo consciência genuína do que realmente é real 
descendente de um ser portador desta patologia (Autor) 
 
Intervenção proposta: 
 
Com base na realidade fílmica onde demonstra o transtorno mental, especificamente a 
esquizofrenia, a proposta de intervenção é uma dinâmica da “Caixa de Sentimentos”, que 
consiste em um caixinha com várias palavras, como amor, carinho, ódio, atenção, paixão e raiva. 
Em um grupo formado por pessoas sentadas em círculos a caixinha vai passando por cada 
integrante, onde cada um retira uma palavra, reflete e fala sobre o que o sentimento sorteado traz 
a sua mente. Além da dinâmica, ainda dentro desse contexto grupal, sugerimos uma roda de 
conversa onde cada integrante do grupo opcionalmente pode estar compartilhando momentos 
vividos na semana, trazendo acontecimentos, assuntos diversos e trocando experiências. O 
objetivo da atividade é despertá-los para a reflexão dos seus sentimentos, fortalecendo o meio em 
que estão inseridos enquanto grupo e sociedade, trazendo à consciência as emoções, expressando 
e compartilhando seus sentimentos. Com a troca de experiências e os acontecimentos diários é 
possível estimular as memórias e os comportamentos. 
 
26 
 
7 DEVOLUTIVA 
 
 
27 
 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Na universidade temos contato com a teoria aplicada da nossa profissão e com os 
estágios de observação e intervenção é possível obter uma visão mais ampla sobre a dimensão do 
psicólogo. O estágio foi essencial para agregar ao nosso conhecimento enquanto acadêmicas 
sobre a doença mental e tudo que engloba. O Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), o 
funcionamento dele e a função da psicóloga. Em razão da Pandemia da Covid-19 as atividades 
do estágio foram modificadas e dessa forma, a partir da análise fílmica e com a leitura da 
fundamentação teórica foi possível analisar e compreender os sinais e sintomas vividos por um 
esquizofrênico. Em relação às atividades e obrigações da psicóloga do CAPS a partir da 
entrevista com ela ficou claro a função de acolhimento, atendimento individual (anamnese) e em 
grupo, visitas domiciliares, as oficinas terapêuticas, e os trabalhos com grupos trazendo às 
emoções, os sentimentos, as situações da rotina diária de cada um, o compartilhamento de 
experiências buscando a união de todos em um trabalho coletivo, em prol do mesmo fim. O 
trabalho em equipe multidisciplinar, acompanhando o médico nas consultas quando necessário, 
as reuniões para discussão de casos clínicos são essenciais e não pode ser deixado de lado. A 
preservação da saúde mental a individualidade de cada ser que ali está para receber auxilio e 
direcionamento, o trabalho humanizado que envolve diferentes atividades e técnicas 
compreendendo o indivíduo nos aspectos bio-psico-social-espiritual, com isso obtendo uma 
maior compreensão, direcionando a circunstância que precisam ser trabalhadas, desenvolvidas e 
pautadas. Foi possível confirmar a importância da família do paciente, as instruções que são 
repassadas a elas para uma melhor compreensão da doença mental e os fatores que envolvem o 
todo. Tendo firmeza, ao olhar o ser e todo o envoltório que ele traz consigo, respeitando sua 
história e sentires que lhe constituíram enquanto humano, subjetivo e vulnerável. Acolhendo 
seus anseios, mazelas e patologias. Assim, desenvolvendo um trabalho em conjunto para 
trabalhar positivando e potencializando aquele indivíduo, para que possa vivenciar sua vida de 
uma forma mais harmônica. 
 
28 
 
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