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Introdução às Ciências Farmacêuticas Resumo para AV2 – Aluna: Luísa de Souza Assis Três mandamentos de uso correto de medicamentos o 1- Medicamento certo, 2- Hora certa e 3- Dose certa o Bem indicado, administrado em doses adequadas, tempo necessário, via de adm. Correta e momento certo ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Formas Farmacêuticas e vias o São formas físicas de apresentação do medicamento o Classificadas em: S, L, semissólidas e gasosas o Desenvolvidas para facilitar a adm. de medicamentos a pacientes de faixas etárias ≠’s (indicação específica) o Relaciona-se à via de adm. que irá ser utilizada, ou seja, a porta de entrada do medicamento no corpo. o SÓLIDAS Cápsula (cap.): pode ser revestida por material gelatinoso (armazena L, semi – sólidos e S) ou duro (armazena S) = proteger o fármaco, mascara o sabor, pode agregar fármacos que não se interagem Comprimido (comp.): P.A + amido OU P.A + goma arábica, é a compressão única ou de + P.A’s na forma de pó ou granulo Comp. DE REVESTIMENTO ENTÉRICO » São revestidos por um produto que garante sua passagem integra pelo estômago e chegando perfeito ao intestino onde irá se dissolver e iniciar sua ação. ♦ Comp. SUBLINGUAL » Os comp. se dissolvem com auxílio da saliva e são absorvidos na própria boca (epitélio e vasos sanguíneos). É usado no caso de medicamentos que, em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica, também para aqueles que são pouco absorvidos pelo intestino. ♦ Comp. EFERVESCENTE » São comprimidos preparados com uma ou mais substâncias químicas associadas a alguns sais que liberam gases (CO2) quando em contato com a água. Este mecanismo facilita o comprimido a desintegrar e a dissolver para ser absorvido; Mascara sabores desagradáveis ♦ Comp. MASTIGÁVEI » São comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada pela mastigação. Depois de mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos ♦ Comp. DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA » Possui um revestimento que controla a liberação da substância química. Isso permite que esses comprimidos, ao serem dissolvidos, iniciem sua ação lentamente de forma que seja prolongada/duradoura, mas somente quando ingeridos inteiros. →Um tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado de “Oros”, esse comprimido permite a liberação lenta da substância ativa no organismo, o que garante a ação durante 24 horas. Uma vez concluído este processo, o comprimido vazio é eliminado pelo organismo através das fezes. Ex: Adalat® Oros. Drágea (drag.): São revestidos com camadas constituídas por misturas de substâncias diversas, como resinas, naturais ou sintéticas, gomas, gelatinas, materiais inativos e insolúveis, açúcares, ceras, corantes e às vezes aromatizantes e P.A’s; Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor do medicamento. Granulado (granu.): São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, ou insolúveis, resultando em suspensões. Consiste de agregados sólidos e secos de volumes uniformes de partículas de pó resistentes ao manuseio. o SEMI - SÓLIDAS Servem p/ aplicação na pele ou em certas mucosas, para ação local ou penetração percutânea dos medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora Pomada/ Ungento (pom.): L, + oleosa, lesões secas; aplicação ext. que amolecem ou derretem a temp. corpórea; usadas em regiões menores e com menos pelos Creme: mole, - oleoso, lesão úmida; preparação à base d’água e óleo (lipofílica e hidrofílica); contém um ou + P.A’s; aplicação ext. na pele ou nas membranas mucosas; se espalham facilmente; áreas extensas e com + pêlos Gel: preparadas a base d’água, um ou + P.A’s que contém um ag. gelificante, regiões muito úmidas, reduzir a oleosidade da pele Supositório (supo.): consistência firme adaptado para intro. No orifício retal, vaginal ou uretral; com um ou mais P.A’s o Vias de adm. são vias pelas quais os fármacos são administrados p/ desempenhar seus efeitos terapêuticos o Vias: oral, retal, intravenosa e tópica; Vias: vaginal e nasal; Vias: tópica e sistêmica (direto na c.sanguínea) o A escolha de uma via de adm. depende de vários fatores, como: efeito colateral/sistêmico, duração do tratamento, idade do paciente, forma farmacêutica, tempo necessário p/ o início do efeito e condições fisiológicas e psicológicas o LÍQUIDAS Solução (sol.): límpida e homogênea, um ou + P.A’s dissolvidos em um solvente adequado ou em uma mistura de solventes miscíveis Orais e injetáveis: preparações líquidas estéreis, ou seja, sem presença de microorganismos o V. TÓPICA O fármaco é administrado superficialmente, na sua maioria não há ação sistêmica Tipos de vias: cutânea, mucosa, ocular, nasal, vaginal Forma Farmacêutica: pomada, creme, gel, pasta, solução V: indolor, bem aceito e aplicação ext. // D: alergias, odor desagradável, saem facilmente o V. ENTERAL Tipos de via: oral, retal, sonda nasogástrica F. farmacêutica: comp., drágeas, cápsulas, líquidos... Sofrem metabolismo de 1ª passagem (fígado → metabolizado); efeito antes de ir p/ c. sanguínea V: fácil adm., boa aceitação, seguro, variedade de f. farmacêuticas, fácil acessibilidade // D: paciente em coma, sabor ruim, dificuldade de deglutição o V. INJETÁVEL Podem ser: subcutânea, intramuscular (liberação lenta), intravenosa e intracecal (medula espinhal) Subcutânea: insere-se a agulha no tecido adiposo → capilares →c. sanguínea Ex.: insulina Intramuscular: agulhas mais longas; geralmente nos músculos do braço, coxa ou nádegas; a absorção pela c. sanguínea é variável, em parte do suprimento do sangue para o músculo Intravenosa: insere-se uma agulha diretamente na veia; a sç com medicamento pode ser administrada em dose única ou por infusão contínua, ou seja , a sç é movida por gravidade ou por uma bomba infusora através de um cateter introduzido geralmente em uma veia no antebraço; é a melhor maneira de disponibilizar uma dose precisa por todo o corpo de forma rápida e bem controlada Transdérmica: adesivos na pele; administrado lentamente e de forma constante o o PRÓ - FÁRMACOS São fármacos em sua forma inativa/ menos ativa que quando administradas sofrem uma biotransformação (metabolismo normal) in vivo, produzindo metabólitos vivos e podendo melhorar a absorção ou a ação. Em suma, são medicamentos que contém um P.A que só passa agir no organismo após a metabolização no fígado. Ex.: pivampicilina = antibiótico do grupo penincilina Uso: diminuir toxidade, aumentar duração dos efeitos farmacológicos o MEDICAMENTOS: DE REFERÊNCIA, SIMILAR E GENÉRICO Em 2003 foi estabelecido um acordo entre a Política Nacional de Medicamentos do Ministério da Saúde e a Lei de criação da ANVISA para redefinir as regras para o registro de medicamentos no Brasil e sua renovação. Entre as principais regras estão: 1. Reconhecimento de três categorias fundamentais para o registro de medicamentos: homeopáticos, fitoterápicos e alopáticos. Homeopáticos: são remédios cujos princípios tratam o doente com substâncias em doses pequenas que causam os mesmos sintomas da doença e, dessa forma, estimulando o próprio organismo a se recuperar da doença. (semelhante cura semelhante) Fitoterápicos: são medicamentos obtidos a partir de partes de plantas (raízes, cascas, folhas, sementes), ou plantas inteiras. Alopáticos: são os medicamentos mais receitados pelos profissionais da saúde. Com os alopáticos, uma substância química age diretamente sobre o organismo, provocando um efeito sobre a doença ou o sintoma que se quer combater. Esse tipo de remédio pode ser industrializado ou manipulado de acordo com a necessidade de cada paciente.2. Verificação da qualidade, segurança e eficácia terapêutica dos remédios dentro das três categorias, por meio de comprovação laboratorial ou de estudos clínicos. 3. Controle da matéria-prima. Os medicamentos de referência estão aprovados nas três regras e por isso o consumidor pode adquiri-los com segurança. A inclusão de um produto farmacêutico na Lista de Medicamentos de Referência qualifica-o como parâmetro de qualidade, eficácia e segurança para o registro de medicamentos similares e genéricos (- preço e + acessibilidade para o tratamento) no país. Para selecionar os medicamentos que entrarão nesta lista, existe a Comissão de Medicamentos de Referência, grupo de trabalho criado pela ANVISA. Esta avalia as indicações propostas pelas empresas que têm interesse em entrar na lista, mantendo-a atualizada, com dados sobre comercialização e registro. Todo medicamento tarjado não pode ser de venda livre; O farmacêutico só pode prescrever medicamentos de venda livre Medicamentos de referência/inovador/marca: São remédios que possuem eficácia terapêutica, segurança e qualidade comprovadas cientificamente no momento do registro, junto à ANVISA. Laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para desenvolver os medicamentos de referência. Geralmente são medicamentos com novos princípios ativos ou que são novidades no tratamento de doenças. A eficácia e a segurança precisam ser comprovadas. Medicamentos similares: São identificados pela marca ou nome comercial e possuem a mesma molécula (P.A), na mesma forma farmacêutica e via de administração dos medicamentos de referência. Também são aprovados nos testes de qualidade da ANVISA, em comparação ao medicamento de referência. A diferença entre os remédios similares e os de referência está relacionada a alguns aspectos como: prazo de validade do medicamento, embalagem, rotulagem, no tamanho e forma do produto. De acordo com a regulamentação da ANVISA, os medicamentos similares não podem ser substituídos pelos de referência quando prescritos pelo médico. Podem ser intercambiáveis a partir do momento que envia para a ANVISA o teste de bioequivalência e biodisponibilidade. Medicamentos genéricos: São medicamentos que apresentam o mesmo P.A que um medicamento de referência, ou seja, apresenta a mesma bioequivalência e biodisponibilidade Na embalagem há uma tarja amarela, contendo a letra “G”, e aparece escrito “Medicamento Genérico”. Como esse tipo de medicamento não tem marca, o consumidor tem acesso apenas ao P.A do medicamento. Geralmente são produzidos após a expiração ou renúncia da proteção da patente ou de outros direitos de exclusividade e a aprovação da comercialização é feita pela ANVISA. Esses medicamentos também são aprovados nos testes de qualidade da ANVISA, em comparação ao medicamento de referência (intercambiável). Podem substituir os medicamentos de referência, quando prescritos pelo médico, e em geral apresentam-se com custo mais acessível. o DROGARIA ≠ FARMÁCIA Drogaria: são estabelecimentos de drogas de dispensação e comércio medicamentoso; insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; não pode manipular medicamentos Farmácia (Magistral = Manipulação): são estabelecimentos de manipulação de fórmulas magistrais e oficiais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos o INSUMOS e CORRELATOS Insumos Farmacêuticos: droga ou matéria – prima aditiva de qualquer natureza destinada a emprego em medicamentos Correlatos: são aparelhos, materiais ou acessórios cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva Leis: 6360/76 – art. 1º e 2º = registro na ANVISA ou em outro órgão 13021/2014 – art. 3º = exemplos de correlatos o FARMACOCINÉTICA x FARMACODINÂMICA Farmacocinética Escolha de uma via de adm. até o sangue; Caminho do fármaco através do organismo; etapas (4)→ adm.→ excreção 1- Absorção: passagem do fármaco do local de adm. até a c. sanguínea; na via intravenosa não há absorção pois vai direto na c. sanguínea 2- Distribuição: transferência da molécula de fármaco do sangue p/ os tecidos alvos (receptores) 3- Metabolismo/Biotransformação: é a transformação do fármaco p/ ser excretada: 4- Excreção/Eliminação: eliminação do fármaco do organismo Farmacodinâmica Droga (P.A, fármaco) se liga ao receptor → mecanismo de ação = efeito O que o fármaco faz no organismo Corresponde as ações farmacológicas e os mecanismos pelos quais o fármaco atuam Ex.: atenolol → seletivo → receptor B1 adrenérgico = efeito desejável o MEDICAMENTOS: DE REFERÊNCIA, SIMILAR E GENÉRICO
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