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QUAIS SÃO SEUS SONHOS? ALGUM DOS SEUS SONHOS JÁ SE REALIZOU? MORREM, EM MÉDIA, 2.300 PESSOAS A ESPERA DE UM ÓRGÃO. ALGUMAS DESSAS PESSOAS, COM OS MESMOS SONHOS QUE VOCÊS. “DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: ATITUDE ÉTICA APÓS A MORTE?” CAICÓ - RN 2017 FERNANDA ALVES DA SILVA RIBEIRO ENFERMEIRA/UERN MESTRE EM SAÚDE E SOCIEDADE/ UERN UNIVERSIDADE POTIGUAR POLO CAICÓ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA II BIOÉTICA • Estudo interdisciplinar que investiga todas as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana (coletiva) e da pessoa (particular). • Diversos são os temas de interesse: aborto, clonagem, eutanásia... Doação de órgãos. BIOÉTICA E TRANSPLANTES • Doadores e receptores são elementos chaves nesse processo delicado e complexo. A MORTE O ÓRGÃO O RECEPTOR A FAMÍLIA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: HISTÓRICO 1954 O primeiro transplante bem sucedido de órgãos aconteceu em 1954, em Boston (EUA), quando o Dr. Joseph E. Murray realizou um transplante de rins entre dois gêmeos idênticos. DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: HISTÓRICO 1967 O cirurgião sul-africano Christiaan Barnard realizou o primeiro transplante de coração humano. Duração: 18 dias 1963 Realizado o primeiro transplante de fígado, numa criança de três anos de idade, pelo Dr. Thomas Starz em Denver, Colorado, Estados Unidos. Duração: faleceu no intra-operatório. DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: HISTÓRICO DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: HISTÓRICO 1964 - No Brasil, ocorre o primeiro transplante renal no Rio de Janeiro. 1965 - Transplante renal em São Paulo. 1968 - Primeiro transplante de coração em São Paulo, pela equipe do Dr. Euriclides de Jesus Zerbini. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS Remoção de órgãos e tecidos de um corpo humano para a implantação em outro, com a finalidade de sanar uma deficiência ou patologia. Respaldo jurídico: ✓Constituição Brasileira; ✓Código Civil; ✓Código Penal. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS Art. 3º “A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.” MORTE ENCEFÁLICA De acordo com o Ministério da Saúde, • É a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. • Declaração legal de morte. •Após o diagnóstico de morte encefálica, não há qualquer chance de recuperação. MORTE ENCEFÁLICA De acordo com a resolução do CFM nº 1.480/97: “Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares”. “Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca: ausência de atividade elétrica cerebral ou de atividade metabólica cerebral e ausência de perfusão sanguínea cerebral”. ANGIOGRAFIA CEREBRAL ELETROENCEFALOGRAMA 1997 - Aprovada pelo Congresso Nacional a Lei nº 9434, de 4 de fevereiro, que trata da remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 4º : “Salvo manifestação de vontade em contrário, nos termos desta Lei, presume-se autorizada a doação de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano, para finalidade de transplantes ou terapêutica post mortem.” REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 4º § 1º: “A expressão “não-doador de órgãos e tecidos” deverá ser gravada, de forma indelével e inviolável, na Carteira de Identidade Civil e na Carteira Nacional de Habilitação da pessoa que optar por essa condição.” REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 4º § 2º: “A gravação de que trata este artigo será obrigatória em todo o território nacional a todos os órgãos de identificação civil e departamentos de trânsito, decorridos trinta dias da publicação desta Lei.” REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL “Todo brasileiro maior de 21 anos era em potencial um doador de órgãos e tecidos, a menos que tivesse registrado na Carteira de Identidade Civil (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a expressão do desejo contrário.” • Presunção X Doação •A manifestação da vontade declarada nos documentos referidos poderia ser reformulada a qualquer momento, registrando-se a nova declaração de vontade. REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL Lei vigente no país até hoje: • 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 atualizada no ano de 2001 complementada pela lei nº 10.211, de 23 de março de 2001 e amparada pela resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 1.480/97, estabelece as diretrizes para a Política Nacional de Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos até a atualidade. REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 2º: “As manifestações de vontade relativas à retirada "post mortem" de tecidos, órgãos e partes, constantes da Carteira de Identidade Civil e da Carteira Nacional de Habilitação, perdem sua validade a partir de 22 de dezembro de 2000.” Art. 4º: “A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente.” REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL REGULAMENTAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 4º: “Na ausência de manifestação de vontade da pessoa, colocando-se como potencial doador, o pai, a mãe, o filho ou o cônjuge poderia manifestar-se contrariamente à doação, devendo esta decisão ser acatada pelas equipes de transplante e remoção.” REGULAMENTAÇÃO – CÓDIGO PENAL Decreto - Lei 2.848 de 07 de dezembro de 1940: Art. 14: “Remover tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver, em desacordo com as disposições desta Lei: pena de reclusão, de 02 a 06 anos.” Art. 211: “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa” “A doação de órgãos e tecidos é vista pela sociedade, em geral, como um ato de solidariedade e amor dos familiares. No entanto, ela exige a tomada de decisão num momento de extrema dor e angústia motivadas pelo impacto da notícia da morte, pelo sentimento de perda e pela interrupção inesperada de uma trajetória de vida.” (ALENCAR, 2006) Bebê Sofia – Síndrome de Berdon SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTE •Instituído pelo Decreto n° 2.268, de 30 de junho de 1997 •Responsável pelo controle e pelo monitoramento dos transplantes de órgãos, de tecidos e de partes do corpo humano, realizados no Brasil. SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTE • Gestão política • Logística • Credenciamento das equipes e hospitais para a realização de transplantes • Definição do financiamento e elaboração de portarias que regulamentam todo o processo, desde a captação de órgãos até o acompanhamento dos pacientes transplantados. SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTE Brasil: maior sistema público de transplantes do mundo – 95% das cirurgias são feitas no Sistema Único de Saúde. ✓ 548 estabelecimentos de saúde; ✓1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes; ✓Está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes. SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTE •Assistência integral ao paciente transplantado: • Exames preparatórios para a cirurgia; • Procedimento cirúrgico; •Acompanhamento do paciente; • Medicamentos pós-transplantes. Fonte de dados: Ministério da Saúde - http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/23/transplantes-2014-u.pdf Fonte de dados: Ministério da Saúde - http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/23/transplantes-2014-u.pdf TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO RN • Central de Notificação Captação e Doação de Órgãos (CNCDO) – RN foi criada sob o Decreto Nº15. 130, de 09 de outubro de 2000. • Localizado no segundo andar do prédio da Secretaria de Saúde do Estado do RN (SESAP). TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO RN O Estado viabiliza atualmente transplantes de: rins, fígado, córnea, medula óssea e coração. •Natal Hospital Center (medula óssea e rins) •Hospital Universitário Onofre Lopes (rins e fígado) •Protoclínica de olhos (córnea) •Hospital do Coração e INCOR (coração). PROBLEMÁTICAS ÉTICAS ENVOLVENDO DOAÇÃO/TRANSPLANTE ✓ Recusa familiar; ✓ Respeito a autonomia e dignidade do paciente; ✓ Comércio/Tráfico de órgãos (?) MOTIVOS PARA RECUSA FAMILIAR • Crença religiosa • À espera de um milagre • Não compreensão do diagnóstico de morte encefálica • Não aceitação da manipulação do corpo • O medo da reação dos demais familiares • O desejo expresso em vida para não doação COMÉRCIO/TRÁFICO DE ÓRGÃOS (?) A cada ano, no mundo, são executados: • 22 mil transplantes de fígado; • 66 mil transplantes de rim; • 6 mil transplantes de coração. Cerca de 5% dos órgãos utilizados nessas intervenções provêm do mercado negro, com um volume de negócios estimado entre 600 milhões e 1,2 bilhão de dólares. (OMS, 2015) “O transplante de órgãos humanos e a doação são temas polêmicos que têm despertados interesse e discussões em várias comunidades. A falta de esclarecimento, o noticiário sensacionalista sobre tráfico de órgãos e a ausência de programas permanentes voltados para a conscientização da população e incentivo à captação de órgãos contribuem para alimentar dúvidas e arraigar mitos e preconceitos.” (MORAIS, 2012) Porque há mais de 60.000 pessoas em fila de espera... Porque menos de 10.000 receberão transplante este ano! Porque mais de 20.000 pessoas, iguais a você, morrerão na fila de espera... Porque um dia você pode precisar... Porque não custa nada... Porque é considerado o maior gesto de benevolência humana. Seja você também um Doador de Órgãos e Tecidos. Avise a sua família! PORQUE DOAR ÓRGÃOS ? Facebook: “Solidariedade e Vida: Doação de Órgãos e Tecidos” Vamos falar sobre Semiologia e Semiotécnica II? Avaliação Semiologia e Semiotécnica II
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