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PRIMEIROS ATENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA João Francisco Barbieri Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Distinguir as principais lesões em tecidos musculares. � Identificar as principais lesões em tecidos ósseos e articulares. � Comparar as diferentes formas de primeiros socorros para as distintas afecções do sistema locomotor. Introdução Neste capítulo, você vai estudar sobre lesões traumáticas. As que atingem o tecido muscular e ósseo são as mais comuns de ocorrerem durante a prática de atividade física e esportiva, seja durante uma partida de futebol ou um treino de musculação. A magnitude dessas lesões pode variar muito, indo desse uma pequena entorse até distensões que exigirão intervenção médica. Estar preparado para essas situações será fundamental para seu su- cesso profissional, e isso exigirá a utilização do material mais apropriado para o atendimento desses casos, assim como o conhecimento e a iden- tificação das diferentes lesões que podem acometer o praticante. Aqui, você encontrará as formas de prestar os primeiros socorros a diferentes lesões que acometem os tecidos muscular e ósseo e as articulações. Lesões musculares O tecido muscular é composto por diversas proteínas contráteis, sendo as principais e mais conhecidas a actina e a miosina, também conhecidas como miofilamentos. As células musculares (ou fibras musculares) são cobertas por uma camada de tecido conjuntivo chamado endomísio, que recobre as fibras musculares por toda sua extensão, sendo que a extensão de uma fibra muscular pode chegar até 50 cm. Ao conjunto de fibras musculares se dá o nome de fascículos, sendo caracterizado, então, como o conjunto de fibras musculares envoltos por outra membrana conjuntiva, o perimísio, que também se estende ao longo de todo o tecido muscular. Já o conjunto de fascículos dá origem ao ventre muscular, a parte carnosa e vermelha do músculo, sendo que essa parte também é recoberta por tecido conjuntivo, chamado epimísio. O prolongamento dos tecidos conjuntivos epimísio, perimísio e endomísio dará origem aos tendões e aponeuroses, que fixarão os músculos aos ossos. Entenda melhor observando a Figura 1. Todas as regiões do músculo são passíveis de sofrer lesões, sejam os ventres musculares ou tendões. As lesões podem ser causadas por forças externas, como pancadas, ou até mesmo por forças geradas pelos próprios músculos, como os estiramentos e as distensões. Embora essas palavras sejam muitas vezes utilizadas como sinônimas, elas podem ser divididas com relação ao local onde a lesão se estabeleceu, considerando estiramento a lesão causada pelo alongamento excessivo do músculo, no ventre muscular, e distensão a lesão causada pelo estiramento excessivo na região tentídea-muscular. Neste capítulo, serão descritas as lesões musculares mais comuns que podem ser encontradas no seu dia a dia de prática profissional: � estiramentos; � distensões; � cãibras; � contraturas; � contusões. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento2 Figura 1. Organização estrutural do músculo. Fonte: Adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 239). Epimísio Vasos sanguíneos e nervos Perimísio Sarcolema Endomísio Estiramentos As lesões por estiramento são lesões que afetam diretamente o ventre muscular, sendo caracterizado como o rompimento de uma porção de fibras musculares por força excessiva de alongamento, podendo causar extravasamento de pro- teínas que estão dentro das fibras musculares, como mioglobina e creatina. Essas lesões são dolorosas e geram inflamação e dor. Os estiramentos são classificados com relação ao grau de comprometimento do músculo, sendo classificados em três graus. � 1º grau — Lesões por estiramentos que causam pequenas deformações nas fibras. Sendo lesões de menor importância, não causam extrava- samento de sangue, portanto, não deixam hematoma. Geram dor sem edema. � 2º grau — Lesões em que fibras musculares são rompidas, havendo extravasamento do conteúdo do interior das células. Podem deixar hematomas, têm tempo de recuperação mais demorado e podem ser necessárias sessões de fisioterapia para acelerar a recuperação e manter a função do músculo. São dolorosas e acompanhadas de inflamação, dor e perda de desempenho. 3Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento � 3º grau — Lesões que acometem completamente as fibras muscula- res, rompendo totalmente o músculo. O extravasamento de conteúdo de dentro das células é grande, causando grande inflamação e dei- xando grandes hematomas. Exigem intervenções médicas, tanto para o diagnóstico como para o tratamento (cirúrgico). São lesões em que a recuperação é lenta e exigem trabalho intenso na reabilitação com a fisioterapia. Tratamento O tratamento para estiramentos é paliativo. Sua ação será no sentido de diminuir a dor e a inflamação, para isso você poderá utilizar compressas de gelo por até 15 minutos. Evite o uso de terapia com compressas quentes nas situações agudas, pois pode agravar a inflamação, o que pode piorar o quadro da lesão. Você deverá elevar o membro afetado, para facilitar o retorno venoso e diminuir a inflamação. Algumas situações de estiramentos mais graves exigirão imobi- lização e transporte para centro médico. Nessas situações você deverá avaliar a funcionalidade do membro, observando se o músculo foi comprometido. A região deve ser imobilizada, evitando que a movimentação comprometa ainda mais a lesão. Em casos de lesão grau 3, é necessária a intervenção cirúrgica para que ocorra a “reconexão” muscular. Imagine que você é um técnico de basquetebol e, durante uma partida de seu time, percebe que um jogador da defesa faz um gesto na tentativa de alcançar o atacante após uma finta, abduzindo a coxa em uma amplitude máxima, e logo leva a mão aos músculos adutores da coxa. Você pode inferir muito sobre uma lesão observando os motivos que a causaram, nesse caso, o movimento que exige amplitudes máximas pode produzir estiramentos de diversos graus. Você deverá atuar no sentido de diminuir a inflamação e, dependendo do grau de comprometimento, acompanhar o atleta até o hospital. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento4 Distensões As distensões são lesões que acometem a junção músculo-tendínea. Também são causadas por estiramento excessivo e, da mesma foram que os estiramentos, são classificadas com relação ao grau de comprometimento da área. � 1º grau — Essa lesão atinge pequenas fibras do tecido conjuntivo que compõem o tendão; são lesões dolorosas, sem edema e sem hematoma. � 2º grau — Essas lesões rompem algumas fibras do tecido conjuntivo que compõem o tendão; esse rompimento parcial do tendão causa grande dor acompanhada de edema e, muitas vezes, hematoma. � 3º grau — São lesões que rompem completamente as fibras do tecido conjuntivo do tendão; são lesões incapacitantes, uma vez que comprome- tem a movimentação; geram grande edema e hematoma. Nessas lesões, existe a necessidade de acompanhamento médico, sendo a operação muitas vezes necessária. A fisioterapia garantirá melhor recuperação e manutenção da funcionalidade do membro. Tratamento Os primeiros tratamentos são paliativos, tendo como objetivo a diminuição da dor e da inflamação. Para tal, o uso de crioterapia é recomendado, colocando o gelo sobre o local afetado. O membro pode ser levantado para diminuir o processo inflamatório. Em casos de lesões maiores, haverá a necessidade de imobilização do membro, para que o transporte não agrave a situação da lesão. Você deverá estar munido de material para primeiros socorros, como talas flexíveis, bandagens para fixação e gelo para crioterapia. As lesões por estiramento são muito comuns em práticas esportivas,es- pecialmente em movimentos bruscos e em alta intensidade, que podem gerar forças de estiramento maiores do que os músculos podem suportar, princi- palmente em praticantes sem condicionamento físico e não aquecidos. Uma ótima estratégia para evitar esse tipo de lesão são treinos proprioceptivos e de fortalecimento, mas principalmente o treino de alongamento, tanto para a musculatura agonista, pois é utilizada na modalidade, como na antagonista, pois, durante a realização do movimento articular, é esse músculo que está sendo alongado. 5Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento Imagine-se, como no caso anterior, em um treinamento de seu time de basquetebol. Em uma arrancada de seu atacante, imediatamente ele sente uma pontada muito grande no tendão do calcâneo e leva a mão ao local. Nessa situação, por não se tratar de uma situação em que houve um movimento de alongamento excessivo, mas sim uma contração muscular vigorosa, podemos imaginar que essa contração possa ter originado um rompimento entre a ligação músculo-tendínea. Você deverá aplicar gelo imediatamente e avaliar a funcionalidade do músculo afetado. Dependendo do grau de comprometimento do movimento, o atleta deverá ser encaminhado para que receba auxílio médico especializado. Cãibras As cãibras são contrações involuntárias da musculatura esqueléticas que podem ser extremamente dolorosas, porém, não constituem situações emergenciais, embora sejam incapacitantes. Situações que envolvem cãibras e podem se converter em situações emergenciais são as situações que envolvem o meio líquido, pois elas comprometem a movimentação adequada e podem fazer com que o indivíduo se afogue. As cãibras são um extensivo objeto de estudo, uma vez que é difícil reproduzi-las em laboratório para estudos, mas é certo que se trata de uma disfunção neuromuscular, ou seja, que envolve disfunções no sistema nervoso e na mecânica de contração dos músculos. Atribui-se a esse fenômeno o de- sequilíbrio eletrolítico causado pela prática exaustiva de exercício e a grande perda de líquidos. As regiões acometidas são diversas, porém, a musculatura dos membros inferiores costuma ser a mais acometida. Tratamento O tratamento para cãibras consiste em alongar mecanicamente a musculatura acometida, assim, fará com que a contratura deixe de ocorrer. Alongue a musculatura acometida e a mantenha alongada por 1 a 2 minutos. As cãibras certamente serão uma das lesões mais comuns e frequentes que você poderá observar durante sua prática profissional. Elas são, em geral, benignas e exigirão de você somente a ação de alongar a musculatura afetada. Utilizando o exemplo do treinador do time de basquete, você pode observar que o desgaste físico dos seus atletas vai aumentar a probabilidade do surgimento Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento6 de cãibras. Os locais mais afetados serão as coxas e a panturrilha. Quando um jogador apresentar esses espasmos característicos, simplesmente execute um alongamento da musculatura fazendo um movimento contrário ao da ação do músculo, muitas das vezes o jogador poderá voltar a jogar, mas em casos de recorrências, deverá ser substituído. Contraturas As contraturas podem ser consideradas contrações contínuas e sustentadas de certa porção da musculatura. Cria nódulos que são sensíveis à palpação, também conhecidos como pontos gatilhos. A contratura pode acometer di- versos músculos do corpo, sendo muito frequente na musculatura do pescoço e ombros e na coxa, em especial nos isquiotibiais para esportistas de corrida. As contraturas podem gerar dor e sensação de cansaço, tudo isso em razão de sua característica de contração sustentada, o que faz com que sejam pro- duzidos muitos metabólitos em uma região pontual, que não são prontamente removidos. A própria contração da musculatura pode comprimir terminações nervosas próximas, o que será interpretado pelo cérebro como sinal de dor. As contraturas podem surgir depois da prática de atividades intensas, excesso de estresse ou noites maldormidas (em razão da adoção de posturas não confortáveis), assim como na postura adotada no dia a dia. Tratamento O tratamento para contraturas consiste em diminuir a dor e a inflamação local. Agudamente, podem ser usadas compressas de gelo para a diminuição do processo inflamatório e da dor. Para dores crônicas, podem ser usadas compressas quentes para aumentar o fluxo sanguíneo até o local. Os nódulos de contratura podem ser soltos com pressão manual, uma técnica que exige ex- periência e costuma ser dolorosa para o indivíduo que a recebe. Alongamentos para a musculatura acometida também são eficientes. Aconselhamentos sobre a melhora da técnica de determinado gesto esportivo, ou da postura adequada ao se sentar ou dormir, também podem ajudar a melhorar a mobilidade e a dor da região afetada. É importante ter em mente que o diagnóstico preciso do motivo que levou a contratura ajudará no tratamento efetivo dessa patologia muscular. Então, por exemplo, se seu atleta de corrida de fundo apresentar queixas de dores nos músculos posteriores da coxa, de maneira crônica, você pode analisar a 7Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento musculatura e averiguar se há a presença de nódulos. Você pode recomentar a utilização de compressas quentes e realizar alongamentos, porém, se a dor for persistente, o aluno deverá ser encaminhado para o médio, pois pode se tratar de uma lesão mais séria e talvez o aluno deve ser redirecionado para a fisioterapia. Contusão As contusões são lesões causadas por traumas diretos. A contusão trata-se, portanto, de uma lesão traumática aguda aos tecidos moles, em que não há cortes. Nesse tipo de lesão muscular, pode existir a presença de edema e hema- toma. As lesões costumam ser doloridas, atingido em especial a musculatura da coxa, em jogadores de futebol, mas podem acontecer a qualquer um. A magnitude da pancada vai determinar o grau de gravidade da lesão e o tempo de recuperação, sendo que na maioria das vezes é uma lesão que não necessita cuidados médicos adicionais. O tratamento das contusões, assim como as contraturas, se divide em agudo e crônico. O agudo é realizado com medidas que visam a impedir a progressão da inflamação e diminuir a dor. Para tal, pomadas analgésicas e, especialmente, compressas de gelos são indicadas para o uso. Tratamento O tratamento crônico consiste em reabilitar a musculatura e diminuir a inflama- ção. Para isso, compressas diárias de gelo, de duas a três vezes, são indicadas, com duração de até 15 minutos. Recomenda-se, também, o alongamento da musculatura, quando descartado o diagnóstico de rompimento muscular, de 30 segundos a 1 minuto, sempre com cuidado. Um exemplo muito comum de lesão por contusão são as modalidades de lutas que incluem chutes. Um chute que atinge a coxa pode infligir uma contusão. Nesse caso, a aplicação de gelo local ou spray de gelo pode reduzir a dor causada, em muitos casos o atleta pode inclusive voltar à luta. As lesões que acometem o aparelho locomotor não se restringem somente às lesões do tecido muscular, elas se estendem para lesões que acometem os ossos e as articulações. A principal causa de lesões que acometem o aparelho locomotor são as situações que envolvem a aplicação de força, de maneira a superar as resistências desses tecidos. A seguir, aprenderemos mais sobre as lesões do tecido muscular. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento8 Cãibras são situações em que a musculatura foi exaustivamente utilizada ou que o corpo está descompensado em seu balanço eletrolítico. Para evitar as cãibras, é importante manter o estado de hidratação (estado de hidratação normal) e estar bem alimentado, assim como evitar a prática de atividade física em ambientes muito quentes e secos. Lesões ósseasOs ossos são as estruturas que compõem nosso sistema esquelético. São revestidos por uma camada de tecido conjuntivo chamada periósteo. Essa camada é altamente inervada e irrigada, sendo que lesões que a danificam causam muita dor, como as fraturas ósseas. As fraturas podem se dar por traumas direitos ou indiretos que acometem nosso corpo. Uma fratura ocorre sempre que a capacidade de resistência do osso é superada pela energia imposta. A fratura pode provocar uma rachadura ou quebra na continuidade do osso, sendo classificada dependendo do traço da fratura, da exposição da fratura e da presença de outras lesões. A cicatrização óssea leva a uma consolidação do osso, apresentando uma solidificação óssea. Fatores de risco e locais afetados Embora os impactos sejam os fatores de riscos mais óbvios para os casos de fraturas ósseas, eles não podem ser considerados os únicos. O tecido ósseo é constantemente remodelado, podendo aumentar seu conteúdo mineral, deixando o osso mais denso, logo, menos propenso a fraturas, ou pode ser remodelado de maneira a deixar o osso menos denso, mais quebradiço, o que aumentará a probabilidade de lesões nesse tecido. Diversos fatores podem estar associados ao remodelamento desses ossos, como a prática de exercício físico, que o remodela positivamente, ou o próprio envelhecimento, que remodela os ossos negativamente, podendo culminar em uma situação patológica chamada osteoporose, em que a densidade dos ossos se encontra criticamente baixa, e fraturas espontâneas podem ocorrer, ou seja, fraturas na ausência de impactos. Alguns grupos específicos apresentam maiores propensões a fraturas, como mulheres após menopausa, em razão de mudanças hormonais, e idosos 9Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento no geral, em razão do aumento do número de quedas. É importante lembrar que, embora a fratura possa ser causada por diversos tipos de impactos, 40% das fraturas acontecem em ambiente doméstico. Atletas também são grupos mais propensos a descontinuidades ósseas, porém, sua maior incidência não recai pelos traumas em razão de choques abruptos, mas, sim, a conhecida fratura por estresse. A fratura por estresse é especialmente desenvolvida pelo acúmulo de microfraturas nas trabéculas ósseas, que são ocasionadas pela sobrecarga contínua e constante àquela estrutura. Em especial os atletas corredores, militares e dançarinos estão mais propen- sos a fraturas por estresse. Atletas de corrida apresentam esse tipo de fratura dividido entre os ossos longos dos membros inferiores, como tíbia, fíbula e fêmur, além de afligir também os ossos do pé e do sacro. Modalidades que utilizam mais os membros superiores, como ginástica, esportes com raquete e handebol, apresentam mais fraturas por estresse na ulna, em específico em sua região mais próxima, assim como na porção distal do úmero. Bailarinas, saltadores e jogadores de boliche apresentam mais fraturas por estresse ao longo da coluna lombar e da pelve. A tríade da mulher atleta é considerada, atualmente, como as disfunções causadas pelos regimes alimentares severos e as rotinas de treinos intensos e volumosos. Caracteriza- -se pela baixa disponibilidade energética (com ou sem distúrbios alimentares), pelas disfunções na menstruação (amenorreia secundária) e pela osteoporose/fraturas ósseas. Classificação Quanto ao traço da fratura Incompleta ou completa — Nas fraturas incompletas, a continuidade óssea não é alterada, mas apresenta uma rachadura que é visível no exame de raios X. Essa rachadura pode se apresentar de forma oblíqua, espiral ou transversa. Já as fraturas completas apresentam especificamente uma perda da conti- Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento10 nuidade óssea, gerando substâncias residuais (pedaços de ossos) que podem provocar danos internos nos tecidos adjacentes. Esse tipo de lesão requer bastante cuidado na hora de mobilização, pois uma mobilização malfeita pode afetar os tecidos vizinhos por causa dos estilhaços ósseos que se encontram depositados no local da lesão. Quanto à exposição da fratura Aberta ou fechada — A característica principal das fraturas abertas é o contato direito que tem a fratura com o meio externo. Nessas situações, o osso é exteriorizado. A pele, nesses casos, será sempre rompida. É importante controlar as possíveis hemorragias, como também verificar a afeção dos teci- dos vizinhos como músculos e artérias. É uma lesão de grande importância, podendo haver infeções, já que uma contaminação é possível pela exposição do meio interno. As fraturas fechadas não apresentam exposição do osso ao meio externo, não havendo riscos de infeções e não havendo hemorragias na pele, já que a pele se encontra ilesa. Esse tipo de fratura pode apresentar deformações facilmente visíveis. Quanto à presença de lesões associadas Complicadas ou simples — As fraturas complicadas caracterizam-se prin- cipalmente pela afeção dos outros tecidos vizinhos, podendo causar lesão em vasos sanguíneos, lesões musculares, lesões nervosas, bem como lesões sistêmicas (traumas abdominal, torácico e craniano). Esse tipo de fratura pode apresentar hemorragia, perda da sensibilidade do membro e deformação. Já as fraturas simples apresentam uma única lesão sem evidência de lesões associadas. Quanto ao tipo de força causador do trauma Força direita, indireta e de torção — A força direita gera uma fratura decorrente de um trauma, como golpe direito que leva imediatamente a uma fratura especificamente no lugar do impacto. A força indireta leva a uma fratura num ponto distante do local impactado. Já a força de torção gera uma fratura quando uma parte do corpo permanece imóvel e a outra gira sobre esta. 11Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento Sinais e sintomas As fraturas são lesões que raramente levam a óbito, embora sejam lesões mais dramáticas, por causa das características que são expostas a simples vista. É um tipo de lesão em que é necessário o controle da dor e a imobilização do local afetado para que não haja progressão da lesão. Alguns sintomas apresentados por pessoas com fraturas são: deformidade, dor, aumento da temperatura, crepitação, inchaço, descoloração ou vermelhi- dão, ferimentos e possível perda da sensibilidade. É importante verificar a deformidade verificando-se o membro não afetado, que poderá apresentar uma diferença no tamanho, no comprimento, na forma e na posição. Os casos de fraturas são acompanhados do aumento de agentes pró-inflamatórios no organismo para tentar reparar o local afetado, gerando vermelhidão, inchaço e dor, que é especialmente causada pela afetação das estruturas adjacentes, seja pela fratura ou pela inflamação. As afeções nos tecidos moles podem levar ao comprometimento dos nervos, o que pode resultar em perda da sensibilidade. Primeiros socorros em casos de fraturas As cenas de fraturas costumam ser impactantes e requerem especial atenção médica. Nas situações de fraturas abertas, você deve ter especial atenção e não recolocar o osso “no lugar”, pois essa manobra pode aumentar a lesão e gerar mais dor e aumentar as chances de infecções. O que se deve fazer é imobilizar o membro, conter o sangramento com material estéril e transportar a vítimas para um hospital. O membro deverá ser fixado utilizando talas rijas ou flexíveis, amarradas com ataduras ou outros pe- dações de panos, sempre imobilizando a articulação imediatamente acima da lesão e abaixo dela. Já nas fraturas fechadas, que são mais comuns, não há rompimento da pele e, em geral, são de menor emergência que as fraturas abertas. No entanto, os danos aos ossos podem ser grandes e apresentar hemorragias internas, por rompimento de vasos sanguíneos. Também são situações que exigirão a devida imobilização antes do transporte do paciente. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações,fraturas, distensão e estiramento12 Um professor de educação física está aplicando sua aula para uma turma de crianças de 5 a 6 anos. Trata-se de uma turma de 40 alunos e eles estão bastante agitados com a atividade de pega-pega que foi proposta. Durante a atividade, um aluno que estava correndo do pegador tropeça, cai sobre o próprio braço e não levanta do chão. O professor prontamente vai até o aluno e avalia a situação. A criança está segurando o braço, que apresenta uma curvatura anormal na parte distal do rádio. Ele presenta muita dor e a mão se apresenta “caída”. O professor logo entende tratar-se de uma fratura fechada. Rapidamente, ele busca em sua caixa de primeiros socorros duas talas rijas de madeira e bandagens, fixando o punho da criança e confeccionando uma tipoia para ela, para que não apresente movimentos no braço. A criança é levada para o hospital para que sejam feitos os procedimentos médicos. Processo de cicatrização O osso é um tecido vivo que tem a capacidade de se remodelar e regenerar. Sua regeneração é um processo complexo e envolve diversas etapas e diferentes agentes. O processo de regeneração vai depender da magnitude da lesão que acometeu o tecido ósseo, sendo que sua recuperação pode demorar semanas ou meses. A primeira fase da cicatrização óssea envolve a formação de um hema- toma, que é ocasionado pelo extravasamento do sangue dos vasos rompidos na fratura. Essa fase é caracterizada por forte dor e edema. Após algumas semanas, o coágulo formado nas extremidades ósseas, se estas foram devidamente reposicionadas, será substituído por tecido cartilaginoso e fibrocartilaginoso, também conhecido como calo mole. Esse tecido servirá para dar estabilidade à estrutura ao longo do processo de cicatrização. O calo mole será substituído gradativamente por matriz óssea, formando o calo duro, que costuma ser uma supercompensação na formação óssea, sendo facilmente observável em radiografias. Por fim, o calo duro sofrerá remodelação e o osso apresentará novamente sua linearidade. Entenda melhor observando a Figura 2. 13Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento Fi gu ra 2 . P ro ce ss o de re pa ro d e fra tu ra s. Fo nt e: M ar tin i, Ti m m on s e T al lit sc h (2 00 9, p . 1 25 ). Pa ss o 1 Pa ss o 2 Pa ss o 3 Pa ss o 4 Im ed ia ta m en te a pó s a fr at ur a, o co rre in te ns o sa ng ra m en to . D en tr o de a lg um as h or as , u m g ra nd e co ág ul o ou h em at om a de fr at ur a se fo rm a. H em at om a de fr at ur a O ss o m or to Fr ag m en to ós se os U m c al o ós se o in te rn o fo rm a- se co m o um a re de tr ab ec ul ad a de su bs tâ nc ia e sp on jo sa , u ni nd o as m ar ge ns in te rn as d a fra tu ra ; u m ca lo e xt er no c ar til ag ín eo e ó ss eo es ta bi liz a as m ar ge ns e xt er na s. Ca lo in te rn o de su bs tâ nc ia es po nj os a Ca lo e xt er no de c ar til ag em Ca lo e xt er no de su bs tâ nc ia es po nj os a P er ió st eo A ca rt ila ge m d o ca lo e xt er no fo i su bs tit uí da p or o ss o, e tr ab éc ul as de su bs tâ nc ia e sp on jo sa a go ra un em a s m ar ge ns d a fra tu ra . Fr ag m en to s d e os so m or to e de o ss o da s á re as m ai s p ró xi m as à fra tu ra fo ra m re m ov id os e su bs tit uí do s Ca lo in te rn o Ca lo ex te rn o Ca lo ex te rn o U m a sa liê nc ia m ar ca in ic ia lm en te a lo ca liz a- çã o da fr at ur a. C om o te m po , e st a re gi ão se rá re m od el ad a, re st an do po uc a ev id ên ci a da fr at ur a. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento14 As lesões traumáticas são caracterizadas por excederem a força de resis- tência dos tecidos que acometem, sendo que a força aplicada pode, muitas vezes, desencadear lesões em outros locais que não aquele acometidos, por exemplo, os mergulhos de ponta em piscinas rasas, em que existe o choque do crânio, mas a lesão frequentemente se apresenta na coluna vertebral. A transferência de força pode afetar em especial as articulações, e a estas lesões dedicaremos o próximo tópico. As fraturas são verificadas segundo o grau de risco, pois as fraturas na coluna vertebral devem ser as primeiras a serem tratadas. O traumatismo craniano e as fraturas na caixa torácica são secundários, seguidos das fraturas pélvicas e, finalmente, das fraturas de membros superiores e inferiores. Essa classificação leva em conta o grau de compro- metimento que traumas ósseos complicados podem gerar a tecidos adjacentes, como no caso de fraturas na coluna vertebral, em que elas podem comprometer a medula vertebral, levando a casos irreversíveis de paralisia. Já as fraturas de traumatismo craniano e na caixa torácica podem comprometer os órgãos que protegem, como cérebro e pulmões. Por fim, as fraturas no esqueleto apendicular são de menor gravidade, se comparadas às outras, mas ainda podem comprometer vasos importantes, como artérias, o que pode levar a óbito, se não tratado imediatamente. Lesões articulares As articulações são formadas pelas extremidades de dois ou mais ossos. São unidas por ligamentos e cápsulas que garantem a estabilidade da arti- culação. As articulações que permitem amplo movimento são chamadas de articulações sinoviais. Essas articulações são envoltas por uma camada de tecido conjuntivo, chamada cápsula sinovial, que produz um líquido lubrifi- cante (líquido sinovial) que permite o deslizamento das duas extremidades ósseas sem que haja atrito. Cada articulação do corpo apresenta um grau de mobilidade específica, definida como a amplitude máxima. Quando os movimentos sobrepassam esses limites, lesões nos tecidos podem surgir, como rupturas nos ligamentos. 15Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento Luxações Alguns traumas indiretos, geralmente produzidos por quedas com apoio nas extremidades, fazem com que a força seja transferida diretamente para as articulações, fazendo com que as superfícies articulares saiam de sua posição normal, perdendo congruência articular e função articular (movimento), isto é, uma “desconexão” articular. As luxações acontecem com maior prevalência nas articulações de maior mobilidade, como articulação do ombro, articulação do quadril e articulação dos dedos da mão. As luxações podem ser classificadas em dois tipos, como completas e in- completas. As luxações completas são aquelas em que os ossos, após sofrerem o trauma, permanecem completamente desunidos. Já as luxações incompletas, também chamadas de subluxações, são aquelas em que o trauma causa reduzida separação entre os ossos que compõem a articulação. As luxações são caracterizadas por dor intensa de deformidade articular, ou seja, a articulação apresenta-se anormal a sua estrutura habitual, inclusive sob palpação. Muitas vezes o deslocamento ósseo articular pode impossibilitar a movimentação do membro afetado, assim como ele pode se apresentar mais curto ou mais longo, se comparado com o membro não afetado. Tratamento Na presença de luxações é importante imobilizar a articulação na posição da lesão, pois manobras inadequadas podem pôr em perigo as estruturas vizinhas. Além de tudo, deixe a vítima com o máximo conforto. As manipulações das luxações, nome dado ao processo de recolocamento em sua posição normal, são executadas exclusivamente por médicos. É importante que as articulações luxadas sejam colocadas no lugar o mais rápido possível, por profissional qualificado, pois o suprimento sanguíneo pode ser comprometido em razão da deformação. Muitas vezes o reencaixe da articulação é um processo que exige força e é muitodoloroso, sendo executado em sala de cirurgia sob efeito de analgésicos ou anestesias, por esse motivo é importante não dar comida a uma pessoa que apresenta um membro luxado, pois pode ser necessário administrar nela uma anestesia local para a redução da luxação. Dependendo do grau de comprometimento dos tecidos vizinhos, como ligamentos, cápsulas articulares e tensões, a intervenção cirúrgica pode ser necessária. As luxações acontecem principalmente sob trauma, mas podem acometer também articulações desgastadas pelo excesso de movimento, por exemplo Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento16 o ombro de nadadores, portanto, você deverá prestar bastante atenção nas condições e na carga que são aplicadas em seus atletas e alunos, para que não haja uma sobrecarga lesiva sobre suas articulações. Tenha em mente que uma articulação uma vez luxada tem maior probabilidade de voltar a se luxar, diante de casos de alunos com esse histórico, a prescrição de exercício deverá privilegiar o fortalecimento das estruturas que podem ajudar a manter a articulação no lugar, como é o caso dos músculos que mantêm o manguito rotador, que podem ser fortalecidos para diminuir as chances de reincidências de luxações no ombro. Entorses Entorse é a perda momentânea da congruência ou continuidade articular. É caracterizada como um movimento violento, em que há o estiramento ou ruptura de ligamentos da articulação afetada. As entorses de tornozelo e joelho são as mais comuns, principalmente em participantes de modalidades esportivas coletivas como futebol, basquete e vôlei, os quais são esportes de grandes impactos articulares, principalmente na articulação do joelho. O joelho pode apresentar diferentes tipos de entorses dependendo da amplitude do movimento realizado, podendo afetar tanto o ligamento colateral e o liga- mento cruzado anterior ou posterior quanto também os meniscos. Esse tipo de lesão ligamentar pode afetar movimentos como flexão, extensão, rotação interna e rotação externa do joelho. As rotações de joelho em ângulos que excedem seu limite fisiológico prejudicam principalmente os meniscos, tanto medial como lateral. Porém, movimentos de flexão e extensão em amplitudes acima do limite comprometem principalmente os ligamentos cruzado anterior e cruzado posterior. As entorses de joelho acontecem principalmente por traumas direitos ou indireto, sendo os traumas diretos causados por impactos, como uma queda. Já os traumas indiretos podem ser causados por movimentos bruscos, como giros e saltos. A entorse pode ser classificada em três níveis, dependendo da magnitude da lesão envolvida. � Grau 1 — Estiramento ligamentar; menos de 10% das fibras ligamen- tares são danificadas; sua cicatrização é rápida e natural. � Grau 2 — Lesões ligamentares parciais; aumenta o número de rupturas nas fibras dos ligamentos; no entanto, não chega a ser uma ruptura total. 17Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento � Grau 3 — Lesões ligamentares totais; apresenta-se uma ruptura total das fibras dos ligamentos; este quadro geralmente é indicado para cirurgia. Os principais sintomas de uma entorse são caracterizados por dor aguda, inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura, incapacidade para realizar os movimentos na amplitude completa da articulação e incapacidade de apoiar-se sobre o membro afetado. Tratamento O objetivo do tratamento em lesões por entorse é reduzir a dor e a inflamação. Para tal, a aplicação de gelo e a elevação do membro podem ajudar a combater a inflamação aguda. A aplicação do gelo imediatamente após a lesão vai gerar uma vasoconstrição que diminuirá os níveis de fluxo sanguíneo e dor no local. Os casos sérios de entorse exigirão a imobilização do paciente e, posteriormente, o transporte para unidade hospitalar. Após a identificação do grau de comprometimento da entorse, é recomen- dado principalmente o repouso do membro afetado. No caso de entorse no membro inferior, é importante não apoiar-se sobre o membro, pois isso gerará dor e poderá aumentar a inflamação local. O gelo é um dos melhores tratamentos para a entorse. Deve-se aplicar o gelo por, no máximo, 15 minutos por dois ou três dias contínuos após o acidente, até diminuir a inflamação. Após a diminuição do inchaço, pode ser iniciada a fase de calor, em que serão aplicadas bolsas quentes (não suficientemente quente a ponto de lesionar a pele) para aumentar o fluxo sanguíneo na região afetada. Juntamente com a fase de calor, pequenos movimentos envolvendo a área afetada poderão ser iniciados, pois é importante a movimentação para não se perder os ângulos normais de movimento. Nesses casos, você, como profissional de educação física, será uma peça-chave na recuperação desse tipo de lesão, pois programas de forta- lecimento muscular são uma excelente opção para uma boa recuperação, como o trabalho de força para os músculos extensores e f lexores do joelho, podendo ser realizado em sala de musculação, assim como o trabalho de propriocepção e alongamento dos adutores, se esta for a indicação do departamento médico. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento18 As lesões traumáticas que afligem o aparelho locomotor são extremamente frequentes em praticantes de atividade física, e você certamente lidará com uma delas ao longo de sua trajetória profissional. Estar atento aos sinais e sintomas característicos de cada lesão será importante para entender a importância do acometimento e qual deve ser a assistência inicial prestada. A maior parte das lesões traumáticas que afetam o aparelho locomotor não exigirá intervenções médicas, somente aplicação de compressas de gelo e repouso, porém, complicações mais sérias como fraturas e luxações requerem serviços emergenciais especializados. Lembre-se que nas situações em que a preservação da integridade do paciente é prioridade, você deve imobilizar bem a lesão antes de movimentar a pessoa e levá-la ao pronto-socorro mais próximo. No link ou código a seguir, confira o trauma sofrido pelo atleta Anderson Silva. https://goo.gl/1iSG3s MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. Porto Alegre: Art- med, 2009. Leituras recomendadas ABCMED. Fratura óssea: definição, causas, sinais e sintomas, tipos de fraturas, diag- nóstico, tratamento e evolução. 2017. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/ ortopedia-e-saude/370949/fratura+ossea+definicao+causas+sinais+e+sintomas +tipos+de+fraturas+diagnostico+tratamento+e+evolucao.htm>. Acesso em: 10 ago. 2018. Referência 19Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento ASTUR, D. C. et al. Fraturas por estresse: definição, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 51, n. 1, p. 3-10, 2016. Disponível em: <http://www.scielo. br/pdf/rbort/v51n1/pt_0102-3616-rbort-51-01-00003.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2018. FLÔRES, F. S. Prevalência de lesões em escolares praticantes de atividade física: uma análise retrospectiva. ConScientiae Saúde, v. 12, n. 3, p. 386-391, 2013. KARREN, K. J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. São Paulo: Manole, 2013. IAMARINO, A. A fratura de Anderson Silva: Nerdologia. 2014. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=0Ji9Q6sa8-o>. Acesso em: 10 ago. 2018. OLIVEIRA, B. F. M.; PAROLIN, M. K. F.; TEIXEIRA JUNIOR, E. V. Trauma: atendimento pré- -hospitalar. 3. ed. Atheneu, 2014. ORTOPEDIA BR. Entorse de tornozelo: tudo sobre essa lesão de grau 1, 2 e 3 que pode causar o rompimento de ligamentos. 2017. Disponível em: <http://www.ortopediabr. com.br/entorse-de-tornozelo/>. Acesso em: 10 ago. 2018. RODRIGUES, F. L.; WAISBERG, G. Entorse de tornozelo. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 5, p. 510-511, 2009. Lesões traumáticas II: traumas, entorses, luxações, fraturas, distensão e estiramento20
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