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AULA 03 PARTE 05 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

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PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
Organizadores:
Filipe Martins da Silva
Ramon Alberto Cunha 
de Faria
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
S586p Silva, Filipe Martins da.
 Planejamento tributário / Filipe Martins da Silva,
 Ramon Alberto Cunha de Faria. – Porto Alegre : SAGAH, 
 2017.
 190 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-006-1
 1. Planejamento tributário. 2. Tributação. I. Faria,
 Ramon Alberto Cunha de. II. Título. 
CDU 336.221
Planejamento_Tributario_Iniciais.indd 2 20/01/2017 14:27:08
Incentivos fi scais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 n Conceituar as normas de incentivos fi scais. 
 n Analisar os incentivos fi scais lícitos. 
 n Demonstrar, por meio de exemplos, os tipos de incentivos fi scais.
Introdução
Você sabe que hoje, cada vez mais, as empresas necessitam de uma 
gestão do negócio socialmente responsável e ecologicamente correta, 
com mais ética nos negócios e nas atividades, respeito e preserva-
ção do meio ambiente, motivação, reconhecimento e valorização 
dos funcionários. Neste texto, você vai entender a importância dos 
incentivos fiscais.
O que são incentivos fiscais?
De acordo com o Manual de Incentivos Fiscais de 2013 (RIO GRANDE DO 
SUL, 2013), a partir da Revolução Industrial ocorreram grandes mudanças 
sociais no contexto histórico da humanidade com o surgimento das indús-
trias, trazendo consequência para a sociedade atual, como problemas no meio 
ambiente e exclusão social da população mais pobre. 
O mesmo Manual de Incentivos Fiscais de 2013 (RIO GRANDE DO 
SUL, 2013) também ressalta que a existência das empresas não é fruto de um 
trabalho isolado, mas sim da interação da empresa com o ambiente no qual 
está inserida. E com o aumento da complexidade das empresas, é importante 
ocorrem investimentos em responsabilidade social, que consiste no grau de 
obrigações que uma organização assume por meio de ações que protejam e 
melhorem o bem-estar da sociedade. Nesse contexto, não basta a empresa ser 
bem-sucedida e ter um lucro sustentável; ela também tem que ter uma gestão 
do negócio socialmente responsável e ecologicamente correta, mantendo a ética 
Planejamento_Tributario_U3_C08.indd 127 20/01/2017 13:28:13
nos negócios e nas atividades, e o respeito e a preservação do meio ambiente, 
valorizando e respeitando os colaboradores. Em outras palavras, não basta o 
lucro, a empresa deve respeitar o ambiente no qual está inserida. 
Entretanto, o empresário enfrenta desafios que dificultam sua contribuição 
com recursos e ações concretas, devido a recursos financeiros escassos e caros 
e uma elevada carga tributária que onera o empresário. Uma alternativa criada 
para atender essas demandas sociais é a utilização dos incentivos fiscais de 
inclusão social, criados pelo governo. Eles atuam nas áreas da cultura, desporto, 
saúde ou assistência às crianças e aos idosos.
De acordo com o Manual de Incentivos Fiscais de 2013 (RIO GRANDE 
DO SUL, 2013), tais incentivos correspondem a uma renúncia fiscal das 
autoridades públicas (federais, estaduais e municipais) de valores que seriam 
arrecadados para os cofres públicos, mas que foram transferidos pelas pessoas 
físicas e jurídicas para projetos sociais, culturais e desportivos, mas apenas para 
os projetos definidos previamente pela legislação. Os incentivos fiscais mais 
conhecidos e utilizados pelas empresas estão distribuídos da seguinte forma:
 n Formação universitária: Programa Universidade para Todos (ProUni).
 n Investimento social: entidades civis sem fins lucrativos, Organização 
Social Civil de Interesse Público (OSCIP), Funcriança, Fundo do Idoso, 
Lei da Solidariedade/RS.
 n Cultural: Lei Rouanet, Lei do Audiovisual e Pró-Cultura/RS.
 n Esporte: leis federal e estadual de incentivo ao esporte.
 n Saúde: Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) 
e Programa Nacional de Apoio à Atenção à Saúde (Pronas), para as 
entidades de combate ao câncer e de apoio ao deficiente físico. 
Incentivo fiscal para pessoa física
Para as pessoas físicas, o limite anual de aplicação em incentivos fi scais nas 
áreas social, cultural, desportiva e na saúde é de 8%, dividido em dois grupos. 
No primeiro grupo, constam os incentivos fi scais com o limite individual e 
anual de até 6% do Imposto de Renda (IR) devido a:
Planejamento tributário128
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 n Lei Rouanet;
 n Funcriança;
 n Fundo do Idoso;
 n Desporto; 
 n Lei do Audiovisual.
No segundo grupo, estão os incentivos fiscais vinculados à saúde, com o 
limite individual de 1%, perfazendo 2% na soma:
 n Pronon – entidades de combate ao câncer; 
 n Pronas – entidades de apoio ao deficiente físico.
Incentivo fiscal para pessoa jurídica
As pessoas jurídicas que apuram o seu IR pelo lucro real podem aplicar nos 
incentivos fi scais mencionados a seguir, em cada período de apuração, trimes-
tral ou anual, até os limites individuais indicados, com a dedução direta no IR 
devido, calculado pela alíquota de 15%, até alcançar o limite global de 10%.
 n Lei Rouanet 4%;
 n Vale-cultura 1%;
 n Funcriança 1%;
 n Fundo do Idoso 1%;
 n Desporto 1%;
 n Pronon 1%;
 n Pronas 1%.
Na cultura, a legislação estabeleceu o teto de 4% para soma dos três in-
centivos a seguir, com os seguintes limites individuais:
 n Lei Rouanet 4%;
 n Lei do Audiovisual 3%;
 n Funcines 3%.
129Incentivos fiscais
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Incentivo à formação universitária
Políticas afi rmativas favorecem o acesso de jovens de estratos socioeconô-
micos inferiores no ensino superior, como o ProUni, instituído pela Medida 
Provisória nº 213, de 10 de setembro de 2004, convertida na Lei nº 11.096, 
de 13 de janeiro em 2005 (BRASIL, 2005), e regulamentado pelo Decreto nº 
5.493, de 18 de julho 2005, que benefi cia brasileiros sem diploma de ensino 
superior com bolsas de estudos parciais ou integrais, em cursos de graduação 
ou sequenciais de formação específi ca em instituições privadas de ensino 
superior. Dirigido a egressos da rede pública ou da rede particular de ensino 
na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de 
três salários mínimos, por meio de seleção via Exame Nacional do Ensino 
Médio – ENEM.
Para os efeitos legais, a bolsa de estudo ProUni refere-se às semestralidades 
ou anuidades escolares, portanto não abrangem:
 n Disciplinas, cursos de extensão, atividades de estágio ou atividades 
complementares que não constam no currículo regular do curso ou, 
constando, não são ofertados diretamente pela instituição.
 n Taxas de expedição de documentos e custos referentes ao material 
didático não abrangidos nas semestralidades ou anuidades.
A instituição privada de ensino superior, com ou sem fins econômicos 
que adere ao ProUni ficará isenta, durante o período de vigência do termo de 
adesão, dos seguintes tributos:
 n Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
 n Contribuição Programa Integração Social (PIS/PASEP).
 n Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
 n Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).
A isenção não será total, mas sim calculada na proporção das ocupações 
efetivas em relação às bolsas devidas pela instituição.
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Exemplo de Cálculo do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
A empresa Alfa Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda., uma empresa industrial 
inscrita no PAT e optante pelo lucro real, forneceu 80.000 refeições aos seus empregados 
com custo médio unitário efetivo de R$ 15,00. O IRPJ devido foi calculado com base 
no lucro real anual apurado de R$ 4.500.000,00 e não possuiu nenhum outro incentivo 
fiscal de dedução do IRPJ, além do PAT. Dessa forma, como o custo médio efetivo 
das refeições fornecidas aos trabalhadores (R$ 15,00) foi superiorao custo máximo 
incentivado de R$ 1,99, teremos:
1. Base de cálculo do incentivo (custo das refeições): R$ 1,99 x 80.000 = R$ 159.200,00.
2. Valor do incentivo: R$ 159.200 x 15% = R$ 23.880,00.
3. IRPJ devido: R$ 4.500.000,00 x 15% = R$ 675.000,00.
4. Limite individual permitido: R$ 675.000,00 x 4% = R$ 27.000,00.
5. IRPJ a pagar: R$ 675.000,00 – R$ 27.000,00 = R$ 648.000,00.
Incentivos fiscais trabalhistas
Existem incentivos fi scais que, além de ajudar a empresa a reduzir sua base 
de cálculo dos tributos, também ajudam o trabalhador ao fornecer benefícios. 
Entre eles, temos o Vale-cultura e o Programa de Alimentação do Trabalhador.
Vale-cultura
Este incentivo fi scal do governo federal é um benefício ao trabalhador para que 
ele tenha acesso às atividades e às fontes de cultura, instituído em 2012, pela 
Lei nº 12.761 (BRASIL, 2012). O Vale-cultura tem como objetivos principais:
 n Possibilitar ao trabalhador maior acesso à cultura e seus produtos.
 n Incentivar uma maior participação e presença nos estabelecimentos e 
ambientes culturais e artísticos.
 n Incrementar sua participação em espetáculos artísticos e culturais.
131Incentivos fiscais
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As pessoas jurídicas optantes pela apuração de seu IR pelo lucro real e 
inscritas no Programa de Cultura do Trabalhador poderão deduzir do IR 
devido, em cada período de apuração, trimestral ou anual, o valor gasto com 
a aquisição do Vale-cultura, para seus empregados.
A dedução fiscal em cada período de apuração, fica limitada a até 1% do 
IR devido, calculado na alíquota de 15%. O pagamento pela aquisição e a sua 
dedução no IR devem ser observados em função da opção na apuração do 
lucro real exercida pela empresa: 
a) Apuração trimestral: pagamento deverá ser efetuado dentro de cada 
período trimestral. Exemplo: na apuração do 1º trimestre do ano, poderá 
ser deduzido do IR o valor de aquisição do Vale-cultura efetuado entre 
1º de janeiro e 31 de março somente.
b) Apuração anual: a pessoa jurídica que optar pela apuração anual do 
IR com pagamentos mensais por estimativa, com base em balanço ou 
balancete, poderá deduzir o valor aplicado nesse incentivo em até 1% 
do IR devido.
Caso o valor investido no mês ultrapasse ao limite incentivado, a parcela 
excedente poderá ser compensada nos meses subsequentes, dentro do exercício 
e dentro do limite anual de 1% do IR devido. O valor investido pela pessoa 
jurídica no Vale-cultura para fins desse incentivo fiscal deve obedecer ao 
limite de até 1% do IR devido, não se submetendo a nenhum outro limite 
global com os outros incentivos, pois é independente.
O Vale-cultura alcança os programas e projetos culturais inseridos nas 
seguintes áreas:
 n Artes visuais: espetáculos, apresentações culturais.
 n Artes cênicas: teatro, dança, circo, ópera, mímica.
 n Audiovisual: filmes.
 n Literatura e humanidades: livros.
 n Música: popular, erudita ou instrumental.
 n Patrimônio cultural: museus, bibliotecas, folclore, artesanato, obras 
de arte.
O Vale-cultura é um cartão pessoal e intransferível que permite ao trabalha-
dor o acesso às produções culturais em todo o território nacional, estabelecidos 
dentro do Programa de Cultura do Trabalhador, concedido aos empregados 
de pessoas jurídicas que aderirem ao programa.
Planejamento tributário132
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Para isso, terão direito ao Vale-cultura: a) os trabalhadores que recebam 
mensalmente até cinco salários mínimos; b) também terão direito ao Vale-
-cultura os trabalhadores que recebam acima de cinco salários mínimos, desde 
que o benefício seja estendido à totalidade dos empregados da empresa com 
remuneração mensal de até cinco salários mínimos.
Cada trabalhador poderá utilizar o Vale-cultura até o limite mensal de R$ 
50,00, cujo custo (desconto) mensal para o trabalhador é de até o percentual 
máximo de 10% do valor do Vale-cultura, para desconto em sua remuneração 
mensal ou entre e 20% e 90%, desde que sua remuneração mensal seja superior 
a cinco salários mínimos.
As pessoas jurídicas tributadas pelo IRPJ com base no lucro real e de-
vidamente cadastradas no Programa de Cultura do Trabalhador receberão 
um benefício fiscal do governo federal, em que poderão deduzir do imposto 
devido o valor despendido com o Vale-cultura, sempre no limite máximo de 
1% (um por cento) do IRPJ devido.
Programa de alimentação do trabalhador
De acordo com o Guia Trabalhista ([2016]), é permitido às empresas que sejam 
tributadas pelo lucro real deduzir do IR devido o valor correspondente à aplicação 
da alíquota do imposto sobre o valor das despesas de custeio do período do PAT. 
Para a execução do PAT, a pessoa jurídica beneficiária deverá:
 n Ter um serviço próprio para fornecer refeições; manter serviço próprio 
de refeições. 
 n Distribuir alimentos, inclusive não preparados, como cestas básicas.
 n Firmar convênios com entidades que forneçam serviços de alimentação 
coletiva, desde que as mesmas estejam cadastradas no PAT.
O Portal Tributário (2016) complementa que é importante destacar que, 
mesmo que a empresa não participe do PAT, os gastos com a aquisição de 
cestas básicas distribuídas indistintamente a todos os empregados da pessoa 
jurídica são dedutíveis do lucro liquido, para fins de determinação do lucro real. 
De acordo com o artigo 6º, do Decreto nº 05 de 1991 (BRASIL, 1991), o 
PAT, é a parcela paga pela empresa e não tem natureza salarial, não devendo 
ser incorporada na remuneração para quaisquer efeitos (como férias e décimo 
terceiro salário). Também não constitui base de incidência de contribuição 
previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), não 
sendo considerado como rendimento tributável para o trabalhador.
133Incentivos fiscais
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O Portal Tributário (2016) complementa que a pessoa jurídica pode deduzir 
do IR devido, com base no lucro real, apenas o valor que a empresa custeia do 
benefício, ou seja, a soma das despesas de custeio realizadas na execução do 
PAT, diminuída a participação dos empregados no custo das refeições. Isso 
significa que a dedução se dá “em dobro”: uma vez no valor da aquisição do 
benefício que já foi contabilizado como despesa do PAT (e essa dedução não 
tem limites); e uma segunda vez pela dedução direta do imposto, obedecendo 
as regras da legislação vigente.
Ainda de acordo com o Portal Tributário (2016), as despesas de custeio 
admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem a constituir 
o gasto com o serviço de alimentação, podendo ser considerados os custos 
de produção, assim como a matéria-prima, a mão de obra e seus respectivos 
encargos, entre outros gastos, como energia elétrica. Desde 1º de janeiro de 
1998, a dedução direta no imposto relativa ao incentivo ao PAT fica limitada 
a 4% do IR (não sendo considerado o adicional de IR), mas o eventual excesso 
pode ser utilizado para dedução nos dois anos-calendário subsequentes, sempre 
respeitando os limites da legislação vigente.
Para deduzir o valor do PAT e utilizar o benefício, deve-se observar o 
seguinte, no momento da apuração do IRPJ: 
 n Sendo o tributo devido mensalmente, é calculado por estimativa, in-
cluindo os apurados como base, os balancetes de suspensão e redução 
mensais.
 n Ou é apurado com base no lucro real anual ou trimestral.
Para efeitos de pagamento mensal, no caso de apuração do tributo por 
estimativa, a parcela do incentivo excedente em cada mês pode ser utilizada nos 
meses subsequentes do mesmo ano calendário. A participação do trabalhador 
no PAT é limitada a 20% do custo direto da refeição.
Considerando que, de acordo com o artigo 30 da Lei nº 9.249/1995 (BRASIL, 
1995), os valores constantes da legislação tributária, expressos em quantidade 
de Unidade Fiscal de Referência (UFIR), foram convertidos em reais pelo valor 
da UFIR em 1º de janeiro de 1996 (R$ 0,8287),temos os seguintes limites: o 
custo máximo por refeição é de R$ 2,49, sendo a base do incentivo limitado 
a R$ 1,99 por refeição. De acordo a legislação do PAT, o incentivo que será 
deduzido diretamente do IRPJ, corresponderá à aplicação da alíquota de 
15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o PAT (PORTAL 
TRIBUTÁRIO, 2016).
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A empresa Omega Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda., empresa tributada pelo 
IRPJ com base no lucro real anual, tem o valor de R$ 200.000,00 e tem direito à dedução 
do valor total de R$ 185.000,00. Considerando esses dados hipotéticos, a empresa terá 
apurado o seguinte valor a recolher a título de IRPJ:
IRPJ Devido → R$ 200.000,00 X 15% = R$ 30.000,00
Incentivo fiscal do Vale-cultura → R$ 30.000,00 X 1% = R$ 300,00
Saldo de IRPJ a recolher → R$ 29.700,00
135Incentivos fiscais
Planejamento_Tributario_U3_C08.indd 135 20/01/2017 13:28:15
BRASIL. Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991. Brasília, DF, 1991. Disponível em: <https://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0005.htm>. Acesso em: 27 dez. 
2016.
BRASIL. Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Brasília, DF, 1995. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016.
BRASIL. Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Brasília, DF, 2005. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11096.htm>. Acesso em: 
27 dez. 2016.
BRASIL. Lei nº 12.761, de 27 de dezembro de 2012. Brasília, DF, 2012. Disponível em: <ht-
tps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Lei/L12761.htm>. Acesso 
em: 27 dez. 2016.
GUIA TRABALHISTA. Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). São Paulo: Portal 
Tributário, [2016]. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/pat.htm>. 
Acesso em: 17 jan. 2017.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT): benefícios fis-
cais. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/guia/pat.
html>. Acesso em: 24 dez. 2016.RIO GRANDE DO SUL. Conselho Regional de Conta-
bilidade. Manual de incentivos fiscais para investimentos sociais, culturais, desportivos e 
na saúde. Porto Alegre, 2013. Disponível em: <http://observatorioterceirosetor.org.
br/wp-content/uploads/2014/01/Manual-de-INcentivos-Fiscais-CRCRS-2013.pdf>. 
Acesso em: 26 dez. 2016.
Leituras recomendadas
LIMA, Nísia T. et al. Saúde e democracia: história e perspectivas do SUS. Rio de Janeiro: 
Fiocruz, 2005.
PAIM, Jairnilson S. Desafios para a saúde coletiva no século XXI. Salvador: EDUFBA, 2006.
TAX CONTABILIDADE. Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). [S.l.], c2010-
2016. Disponível em: <http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.
php?idMatTec=277>. Acesso em: 06 nov. 2016.
TAX CONTABILIDADE. Programa de Cultura do Trabalhador (PCT): vale cultura. [S.l.], 
c2010-2016. Disponível em: <http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/mat-
TecsIndex.php?idMatTec=255>. Acesso em: 06 nov. 2016.
Planejamento tributário136
Planejamento_Tributario_U3_C08.indd 136 20/01/2017 13:28:15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11096.htm
tps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Lei/L12761.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/pat.htm
http://www.portaltributario.com.br/guia/pat
http://observatorioterceirosetor.org/
http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex
http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/mat-
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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