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AULA SEXUALIDADE E GENERO AULA

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PROFª Chinaira Raiazacc
▪ Conteúdo da aula:
▪ Apresentação de conceitos: Identidade de Gênero, Pessoas Cisgênero, Disforia de gênero,
Transexuais, Pessoas Não-binárias (Agênero, Sem-gênero, Não-gênero, ou Gênero Nulo),
Andrógino, Travestis, Drag Queen/Drag king, Transformistas, Crosdressing, Assexuais, Outras
Categorias LGBT+, patologização, despatologização.
▪ Categorias do debate contemporâneo
✓ Conhecemos a concepção de natureza humana, sexualidade, sexo, sexo biológico;
✓ Investigamos o conceito de gênero, como campo da construção social, histórica,
contigencial, regional e com recorte de classe, que dará a definição do que se é homem e
mulher.
✓ O Gênero, como segundo marcador da sexualidade, separa a dimensão biológica da
dimensão social na divisão dos sexos.
✓Sendo construído na sociedade, tal ordenação se faz através das instituições: da família,
passando pela escola, mídia, representações nas artes, até o mundo do trabalho e
maternidade/paternidade.
✓Existe uma pedagogia de gênero que vai formatar o que é esperado no comportamento de
homens e mulheres, desde que quando ainda são crianças. Mundo azul vs mundo rosa.
Uma das principais ideias
difundidas pela autora é que
a aplicação do termo gênero
tem caráter político que se
torna um contra-argumento
da visão essencialista das
diferenças sexuais
Uma das principais ideias
difundidas pela autora é que
a aplicação do termo gênero
tem caráter político que se
torna um contra-argumento
da visão essencialista das
diferenças sexuais
É a percepção que a pessoa tem de si de ser homem ou mulher. Essa percepção nem
sempre está em concordância com o sexo biológico, atribuído ao nascimento e
originalmente definido na certidão de nascimento.
Trata-se portando do gênero com o qual a pessoa se identifica, independe do seu sexo
biológico e também não determina sua orientação sexual.
É uma percepção íntima que uma pessoa tem de si como sendo do gênero masculino,
feminino ou de alguma combinação dos dois, independente do sexo biológico.
A identidade traduz o entendimento que a pessoa tem sobre ela mesma, como ela se
descreve e deseja ser reconhecida.
• Pessoa cuja a identidade de gênero está alinhada ao seu sexo
biológico. Aquelas que são biologicamente mulheres e possuem
identidade de gênero feminina ou biologicamente homens e
possuem identidade de gênero masculina.
• Jesus (2012) nos diz que se trata de um: “Conceito “guarda-chuva”
que abrange as pessoas que se identificam com o gênero que lhes
foi determinado quando de seu nascimento”.
• Estamos no campo da transexualidade e não do 
transexualismo, o sufixo “ismo”, significa doença e não é 
mais utilizado.
• O conceito Transgeneralidades é um tanto controvertido, alguns teóricos e 
militantes acreditam se referir apenas a pessoas que transitam entre os 
gêneros.
• Há quem utilize esse termo para se referir apenas àquelas pessoas que 
não são nem travestis, nem mulheres transexuais e nem homens trans, 
mas que vivenciam os papéis de gênero de maneira não convencional.
• Mas parte dos teóricos vão defender que na categoria transgêneros 
também estão os homens e mulheres trans. 
▪Pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do
sexo biológico.
▪ Mulheres e homens transexuais podem realizar modificações
corporais por meio de terapias hormonais e intervenções
médico-cirúrgicas, com o intuito de adequar seus atributos
físicos, inclusive genitais (cirurgia de redesignação sexual), à
sua identidade de gênero.
▪ Entretanto, nem todas as pessoas transexuais manifestam esse desejo.
O termo “travesti” é antigo, muito anterior ao conceito de
“transexual”, e por isso muito mais utilizado e consolidado em
nossa linguagem, quase sempre em um sentido pejorativo,
como sinônimo de “imitação”, “engano” ou de “fingir ser o que
não se é”. (Jesus, 2012).
- Reflexão sobre o padrão da categoria feminina.
▪As vulneralidades acrescidas de exclusão e violência muitas vezes
condicionam as travestis a margem e atividades ilícitas, mas é
importante ressaltar que nem toda travesti é profissional do sexo!
▪AS travestis, sim. Os travestis, não . É importante ressaltar que a
maioria das travestis, independentemente da forma como se
reconhecem, preferem ser tratadas no feminino, considerando
insultoso serem adjetivadas no masculino.
▪Elas não se travestem no sentido original da terminologia. Muitas
pessoas tidas como travestis têm identidade transexual outras
preferem afirmar-se travestis e recusam o termo mulher trans.
▪Nome social é o prenome adotado pela pessoa travesti,
mulher transexual ou homem trans, que corresponde à forma
pela qual se reconhece, identifica-se e é reconhecida(o) e
denominada(o) por sua comunidade.
▪O uso do nome social é um direito que deve ser respeitado!
▪ DECRETO Nº 8.727, DE 28 DE ABRIL DE 2016
Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de
pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional.
▪ Resumidamente podemos dizer que se trata de pessoas que se recusam a si
reconhecerem dentro de uma das identidades de gêneros propostas no binarismo
(masculino ou feminino).
▪ Preferem fugir a este marcador e/ou assumir que possuí caraterísticas dos dois gêneros
no seu modo de pensar e atuar.
▪ Geralmente esta “identidade” é construída em um processo de reflexão e
problematização das teorias de gêneros.
▪Aqui estamos falando uma classificação/identificação/auto-
identificação de pessoas que experimentam momentaneamente
e dento de um contexto e/ou objetivo específico o outro gênero.
▪Eles não mudam sua identidade de gênero, e nem fazem
alterações corporais.
▪ Crossdresser: Pessoa que se veste com roupas do sexo oposto para vivenciar
momentaneamente papéis de gênero diferentes daqueles atribuídos ao seu sexo
biológico, mas, em geral, não realiza modificações corporais e não chega a estruturar
uma identidade transexual ou travesti.
▪ Variante de travesti, para se referir a homens heterossexuais, comumente casados, que
não buscam reconhecimento e tratamento de gênero (não são transexuais), mas, apesar
de vivenciarem diferentes papéis de gênero, tendo prazer ao se vestirem como
mulheres, sentem-se como pertencentes ao gênero que lhes foi atribuído ao
nascimento.
▪ Geralmente se trata de uma experiência intima, doméstica ou em círculos fechados.
▪ Artistas que fazem uso de feminilidade
estereotipada e exacerbada em apresentações
são conhecidos como drag queens que são
homens fantasiados como mulheres.
▪ No mesmo sentido, mulheres caracterizadas de
forma caricata como homens, para fins
artísticos e de entretenimento, são chamadas
de drag kings. Raros no Brasil.
▪ O termo mais antigo, usado no Brasil para tratá-
los, é o de artistas transformistas.
https://www.cartacapital.com.br/diversidade/um-professor-de-politica-drag-queen-conheca-rita-von-hunty/
https://www.cartacapital.com.br/diversidade/um-professor-de-politica-drag-queen-conheca-rita-von-hunty/
▪ Processo de transição das pessoas transexuais de um gênero para o outro.
▪ Processo pelo qual a pessoa transgênero passa, de forma geral, para que seu corpo
adquira características físicas do gênero com o qual se identifica. Pode ou não incluir
tratamento hormonal, procedimentos cirúrgicos variados (como mastectomia, para
homens transexuais) e cirurgia de redesignação genital/sexual ou de
transgenitalização.
▪ Cirurgia de redesignação genital/sexual ou de transgenitalização: Procedimento
cirúrgico por meio do qual se altera o órgão genital da pessoa para criar uma
neovagina ou um neofalo.
▪ Preferível ao termo antiquado “mudança de sexo”. É importante, para quem se
relaciona ou trata com pessoas transexuais, não enfatizar exageradamente o papel
dessa cirurgia em sua vida ou no seu processo transexualizador, do qual ela é apenas
uma etapa, que pode não ocorrer.
➢ Desde de 2008 o SUS oferta apoio médico-psico-social para o processo transsexualidador. Mas
para istoo sujeito deve ser enquadrado como doente, e provar que tem um transtorno ou uma
disforia (ansiedade, depressão) em relação ao seu gênero. O psicólogo também tem que
participar deste processo, trabalhando em equipe e ofertando laudos.
➢ Há no entanto uma campanha nacional que entende que é preciso à reformulação do processo
transexualizador no Sistema Único de Saúde, tendo em vista a adoção de uma concepção de
saúde que reconheça a pluralidade de identidades de gênero como uma manifestação natural dos
seres humanos e que atenda as demandas das pessoas trans sem a necessidade de condicionar
esse atendimento a um diagnóstico psiquiátrico e/ou psicológico.
➢ E a psicologia em relação a isto?
➢ A CFP tem uma resolução (http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/09/Nota-
t%C3%A9cnica-processo-Trans.pdf) que não compactua com o léxico e com a patologizaçao
médica de qualquer identidade de gênero.
➢ Acompanhem o debate: http://site.cfp.org.br/tag/identidade-trans/
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/09/Nota-t%C3%A9cnica-processo-Trans.pdf
▪ O sofrimento (disforia) de uma pessoa transgênero é por sua condição transexual ou
pela resposta social a esta condição?
▪ O Conselho Federal de Medicina indica que durante o acompanhamento psicoterápico
o profissional possa indicar que de fato o paciente que ele acompanha (por mínimo 2
anos), é realmente, de verdade, mulher ou homem.
▪ Que estratégias ou procedimentos, e ainda, com base em que teoria, você poderia
consolidar uma resposta que diga que seu paciente é um homem ou mulher “de
verdade”?
▪ Este acompanhamento psicológico é obrigatório por 2 anos, e como fica um vínculo
terapêutico obrigatório?
▪ Busca-se a promoção do respeito à diversidade sexual, como
componente da natureza humana, mas que a sociedade menospreza,
por obediência a padrões tradicionais, históricos e culturais
consolidados na compreensão binária de gênero (macho e fêmea) e na
heteronormatividade. É essa visão limitada a respeito de sexualidade e
gênero que vem alimentando a homofobia e a transfobia de hoje,
consolidada no Brasil numa campanha difamatória contra pessoas que
escapam aos padrões da sexualidade.
“Todo mundo sabe que travestis são ultrajadas no ambiente escolar e sofrem diárias
agressões sejam elas de ordem física, psicológica ou verbal – vindas inclusive de
professores e gestores que simplesmente não respeitam nome social e gênero. Esse
é um ponto, outro ponto é o apoio familiar. Muitas travestis são expulsas de suas
casas ao se assumirem travestis, ou então, sofrem também diárias agressões que
visam minar as estruturas psicológicas e que poucos seres humanos aguentariam.
Isso sem contar quando são abusadas sexualmente e o quanto são difamadas,
caluniadas e agredidas pela comunidade em que moram. Dado esse cenário, é fato
que sem escolaridade fica mais difícil procurar emprego, some também a isso que
uma vez que travestis são consideradas escória na sociedade, poucos empresários
gostariam de ter uma travesti em seus quadros de funcionários.”
(Daniela Andrade, em rede social pública, 2012).
“Eu saí de casa com 17 anos a ponto de explodir e o
único lugar que foi me receber de portas abertas foi
uma ‘ zona’. Quando o meu pai foi me buscar, eu estava
me prostituindo com 17 anos. E não porque eu tivesse
vocação para isso,mas eu queria encontrar um lugar no
mundo que acolhesse o meu direito a ser o que eu
queria ser.”
(Tânia Granussi, em Questão de Gênero: Documentário com direção, roteiro e
..............produção de Rodrigo Najar em 2008.
“Bichas são vermes ou parasitas intestinais, que habitam o interior de
algumas pessoas, deixando-as pálidas e magrinhas. Veados são
animais de grande porte – os maiores dos cervídeos da nossa fauna –
fortes, mas ágeis e prudentes, cujas dimensões são muito variáveis.
Independentemente de sabermos as razões que levaram a população a
nos chamar deste ou daquele nome, sem dúvida, o critério levado em
conta foi o de nos tratar como coisa. Isto mesmo, nos ‘ coisificar’,
tirando da gente a capacidade de ser gente. Assim ficou mais fácil nos
tratar como doença.”
(Maitê Schneider, rede social pública, 2013) 
[...] Eu nunca consegui nem o estágio de
jornalismo, da informação, porque [...] meus
trabalhos sempre eram aprovados no estágio,
mas quando viam que a pessoa que escreveu [...],
o estágio já estava preenchido. Então nem estágio
eu consegui fazer”.
Milena Wanzeller; Formada em jornalismo.
Teve certa vez que eles [colegas de escola] tentaram simular uma cena de
estupro comigo. Eles me jogaram em cima da mesa, fizeram só menção de
que iriam me estuprar, puxaram meus sapatos para um lado, meia para o
outro, sabe? Fazendo chacota da minha cara e eu jogada no chão e aquele
monte de garoto em volta de mim fazendo menção que era uma cena de
estupro, foi muito triste esta cena [...]. Eram muitos homens, muitos garotos,
meninos até mais velhos que eu. [...] Ninguém fez nada, esse boato correu a
escola inteira e eu com medo de falar com a diretora ou para professores, de
reclamar, com medo de represália; preferi me calar. Mas eu acredito que isso
deve ter chegado ao ouvido deles, sim, porque toda a escola ficou sabendo;
porém, nenhuma atitude foi tomada.
(Fênix; In: Raiazac, 2017).
“No colégio reinava o machismo, a misoginia, a lgbtfobia e a gordofobia. Qualquer fuga do estereótipo
padrão de gênero, sexualidade ou/e beleza era motivo de “piadas”. Não ocorreram agressões físicas,
porém as verbais eram diárias. O pior de tudo é que as agressões mais graves vinham dos professores.
O de história desrespeitava identidades de gênero ou sexualidade (que não se adequassem à
heteronormatividade), as quais o mesmo não sabia diferenciar. Chamava mulheres “masculinizadas”
“de machorra”, fazia comentários hipersexualizando mulheres e fazia discurso de ódio disfarçado
contra lgbts. Mas o grande pesadelo era o professor de matemática, fui perseguido pelo mesmo após
reclamar à direção sobre seus discursos de ódio contra lgbt’s (dizendo que “travecão” tinha que
apanhar até virar homem, que os gays impunham seu estilo de vida demoníaco, etc.), e suas “piadas”
sobre violência doméstica. Além de me perseguir em sala de aula, ameaçou bater se encontrasse na
rua”. Depoimento de um estudante gay, 16 anos, estado do Paraná (ABGLT, 2016).
Queer trata-se de uma expressão da língua inglesa que se remete à injúria, algo que
poderia ser traduzido como “estranho”, “raro”, “esquisito”, “bizarro”, expressão também
utilizada para se referirem a gays e lésbicas.
Em uma tradução para o contexto brasileiro, poderíamos dizer “bicha”, “sapatona’,
“traveco”, “bicha louca”, “viadão”, enfim, todos estes termos populares, geralmente
utilizados para insulto nos pequenos conflitos cotidianos. De qualquer maneira, vale
destacar que queer não é uma identidade que se possa pensar no positivo.
Retira-se a palavra injuriosa para toma-la como identidade de empoderamento.
• "Hetero", "homo", "bi" são três dos prefixos mais conhecidos para caracterizar diferentes
orientações sexuais. "Pan", "skolio" e "demi" são alguns dos "novos" prefixos. Sabe o que
significam?
• É importante não confundir a orientação sexual, que tem a ver com a atração (ou falta dela) –
por alguém do mesmo sexo, de um sexo diferente, pelos dois sexos, ou por ninguém – com
a identidade de género, que tem a ver como nós nos sentimos no nosso corpo e com as coisas
de que gostamos.
• A identidade de género começa, tendencialmente, a construir-se durante a infância, e
a orientação sexual começa geralmente a definir-se na puberdade. E nenhuma das duas é
estanque.
• A palavra-chave é fluidez. O aumento das possibilidades de auto-caracterização em termos
sexuais manifesta também a vontade de “a deixar em aberto, porque a orientação sexual pode
mudar ao longo da vida, pode ser fluida.
• Heterossexuais, homossexuais, bissexuais. Três categorias de
identificação e caracterização sexual que conhecemos, oudas
quais já ouvimos falar.
• Ao contrário do comportamento, a orientação sexual não é uma
opção nem uma escolha. A menor rigidez entre categorias e
designações permite múltiplas sobreposições. Isto é, alguém que
se define como heterossexual pode também considerar-se
demissexual ou sapiossexual. Mas que “novas” categorias são
estas?
• Fonte: https://observador.pt/2015/11/02/os-n-sexuais-8-caracterizacoes-sexuais-menos-conhecidas/
https://observador.pt/2015/11/02/os-n-sexuais-8-caracterizacoes-sexuais-menos-conhecidas/
Alguém que se define como pansexual não limita a sua
preferência a um sexo biológico, género ou identidade
sexual específica. Podem apaixonar-se e sentir atração
sexual por homens, mulheres ou pessoas intersexo (que
têm características sexuais dos dois sexos). É o termo mais
abrangente deste grupo. O termo omnissexual é usado
com o mesmo sentido.
É a orientação sexual daqueles que sentem atração por
várias pessoas de mais do que um sexo biológico ou
identidade de género. Mas isso não significa que se sintam
atraídos por todos os sexos e géneros. Qual a diferença
entre pansexual e polissexual? O prefixo “pan” significa
todos e o prefixo “poli” significa muitos, explica o
movimento STOP-Homophobia.
É o tipo de orientação sexual de alguém que não sente
atração por terceiros, independentemente do seu sexo ou
género. Apenas sente atração por si próprio. Segundo o
site Kinkly, esta orientação sexual não implica uma vida
sexual solitária já que existem vários grupos virtuais de
pessoas (sobretudo constituídos por homens) que se
masturbam em simultâneo.
Refere-se à atração sexual por
indivíduos que não se identificam
binariamente (como homens ou
mulheres), ou seja, como
cisgênero.
É uma orientação sexual em que alguém sente atração apenas por
pessoas com as quais têm um vínculo emocional. No entanto, a
natureza do vínculo pode ser, ou não, de tipo romântico ou amoroso.
Quem se identifica como demissexual não considera que seja
apenas um comportamento, pois não consegue sentir atração
sexual sem vinculação. Ou seja, um comportamento é uma escolha,
uma atração não.
Alguém que se sente atraído sexualmente pela inteligência de uma
pessoa, independentemente do sexo biológico ou identidade de
género. Esta orientação sexual, tal como a assexualidade ou a
demissexualidade, está mais próxima de uma vivência sexual que
extravasa a relação puramente física e dá primazia aos aspetos
românticos e emocionais do relacionamento com o outro.
Semana da Visibilidade 
Assexual: 21 a 27 de 
outubro
• A semana da visibilidade assexual foi criada nos Estados Unidos em 2011 para
aumentar a visibilidade dos assexuais na sociedade.
• No hemisfério norte o semestre universitário começa em setembro. Esta data
foi escolhida para que os estudantes possam se organizar para atividades
sobre o tema.
• Em 2001, David Jay, criou a Aven, sigla para Asexual Visibility and Education
Network, que foi o primeiro grupo virtual destinado para seres que não se
interessam por sexo.
• No Brasil, a maior pesquisadora sobre o assunto é a Doutora Elisabete de
Oliveira. Defendeu sua tese sobre assexualidade na USP em 2014.
Estima-se que aproximadamente
1% da população mundial seja
assexual, e a luta dessas pessoas
é por ganhar visibilidade e
aceitação social. O discurso
médico atual ainda patologiza a
assexualidade, assim como fazia
com a homossexualidade e a
transexualidade tempos atrás.
UM HOMEM CISGÊNERO QUE SE 
RELACIONA COM UMA MULHER 
TRANS É GAY OU HETEROSSEXUAL?
▪ ESPAÇO DEBATE

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