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WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA AMENORREIAS AMENORREIA PRIMÁRIA AMENORREIA SECUNDÁRIA 14 anos sem menstruação e sem desenvolvimento sexual secundário OU 16 anos sem menstruação com desenvolvimento sexual secundário Sem menstruação por 6 meses ou 3 ciclos O problema da amenorreia pode estar no compartimento IV (hipotálamo), III (hipófise), II (ovário) ou I (uterovaginal) AMENORREIA SECUNDÁRIA INVESTIGAÇÃO: 1º) Excluir gestação HCG 2º) Dosar TSH e PROLACTINA Hipotireoidismo – investigar; se ocorrer, tratar que irá melhorar a hiperprolactinemia! Hiperprolactinemia Hiperprolactinemia Prolactinoma Medicamentosa Outras Diagnóstico RM Metoclopramida Neurolépticos Tricíclicos Ranitidina ACO... Gestação Hipotireoidismo Estimulação Insuf renal Estresse Tratamento Inicial: clínico Carbegolina ou Bromocriptina Carbegolina tem vantagem posológica e possui menos efeitos colaterais; também é utilizada em pacientes HIV+ após o parto para inibir a lactação 3º) TESTE DA PROGESTERONA: avalia os níveis de estrogênio e trato de saída Medroxiprogesterona 10mg por 5-10 dias Houve sangramento: anovulação (não tem progesterona suficiente para estabilizar o endométrio) – ex.: SOP Sem sangramento: o Falta de estrogênio (?) o Lesão de endométrio (?) o Obstrução ao fluxo (?) 4º) TESTE DO ESTROGÊNIO + PROGESTERONA: avalia endométrio e trato de saída Estrogênio + progesterona por 21 dias Houve sangramento: excluídas causas uterovaginais / falta de estrogênio – problema no compartimento II ou III ou IV Sem sangramento: alteração uterovaginal (compartimento I) – avaliar: USG, histeroscopia, RNM... 5º) DOSAGEM DO FSH: define se a falta de estrogênio é causa ovariana ou causa central ↑ FSH (> 20): causa ovariana (compartimento II) FSH normal ou ↓ (< 5): hipófise (compartimento III) ou hipotálamo (compartimento IV) 6º) TESTE DO GnRH: administrar GnRH ↑ LH e/ou FSH: hipotalâmica Não ↑LH e/ou FSH: hipofisária WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA AMENORREIA PRIMÁRIA EXAME FÍSICO: Estigmas de Turner Hímen imperfurado CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS PRESENTES? NÃO SIM Causa ovariana x central (Sem ação do estrogênio) - LH/FSH: disgenesia gonadal (cariótipo para diagnóstico tratamento – retirar ou não a gônada) - LH/FSH: teste GnRH (problema na hipófise ou hipotálamo) AVALIAÇÃO UTEROVAGINAL Anormalidade Mülleriana (?) DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS HIPOTALÂMICAS (COMPARTIMENTO IV) Tumores: craniofaringiomas Síndrome de Kallman: amenorreia primária + anosmia + cegueira para cores Outras: estresse, anorexia, exercício físico extenuante HIPOFISÁRIA (COMPARTIMENTO III) Tumores: prolactinoma Síndrome de Sheehan: necrose hipofisária pós-parto (hemorragia puerperal significativa – ex.: DPP, atonia uterina) – pode causar hipopituitarismo OVARIANAS (COMPARTIMENTO II) Falência ovariana precoce (< 40a): FSH > 20 Síndrome de Savage: folículo resistente às gonadotrofinas - diagnóstico diferencial com FOP através de biópsia ovariana – tratamento com reposição hormonal Disgenesia gonadal: maior causa de amenorreia primária DISGENESIA COM Y RETIRAR GÔNADA! (ex.: Síndrome de Swyer 46XY: o fator determinante testicular está no Y a gônada será o testículo testículo fibrosado – não funciona = fenótipo feminino – genitália interna e externa feminina) Síndrome de Turner (45XO) é a mais comum: pescoço alado, tórax em escudo, baixa estatura... (estigmas de Turner) UTEROVAGINAIS (COMPARTIMENTO I) Malformações Müllerianas – ex.: Roktansky (amenorreia primária, dor na relação sexual, e com caracteres sexuais secundários presentes, sem útero e sem a parte superior da vagina) Sindrome de Asherman – lesão endometrial Hiperplasia adrenal congênita: diagnóstico diferencial com SOP (lembrar que SOP é diagnóstico de exclusão) – maior causa de genitália ambígua na mulher (obs.: maior causa de HAC: deficiência de 21- hidroxilase) Síndrome de Roktansky Síndrome de Morris Agenesia Mülleriana 46 XX (feminino) Clínica: amenorreia primária com caracteres sexuais secundários, sem útero, vagina curta e pelo normal Tem ovários normais Defeito no receptor de androgênio 46 XY (masculino) Clínica: amenorreia primária, mama pequena, sem útero, vagina curta, mas sem pelos Tem testículo (pode herniar) WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) Anovulação crônica hiperandrogênica Tríade clássica: menstruação atrasada + infertilidade + hiperandrogenismo Lembrar que: síndrome dos ovários policísticos ≠ ovários policísticos 5 - 10% das mulheres Maior causa de hiperandrogenismo FISIOPATOLOGIA: SHBG (proteína transportadora do hormônio sexual) – a fração do hormônio ligada a proteína é simplesmente transportada, ou seja, não têm função; na SOP temos há diminuição da proteína transportadora; com isso, teremos hormônios livres biologicamente ativos, com manifestações de anovulação e de hiperandrogenismo. É a resistência insulínica que diminui a produção hepática da SHBG levando ao aumento das frações livres dos hormônios e, consequentemente às suas manifestações (hiperandrogenismo e anovulação). Resistência insulínica SHBG estrogênio e androgênio (frações livres) hiperandrogenismo e anovulação Resistência insulínica Acantose nigricans Hiperandrogenismo Acne, alopecia, hirsutismo* (pelos grossos com distribuição tipicamente masculina em uma mulher) (*) Hirsutismo – escala de Ferriman ≥ 8 Anovulação Irregularidade menstrual, infertilidade LABORATÓRIO (excluir outras doenças): TSH, prolactina: outras irregularidades menstruais 17-OH-progesterona: diagnóstico diferencial com hiperplasia adrenal congênita (<200 praticamente exclui hiperplasia) Cortisol: diagnóstico diferencial com Cushing SOP: SHBG e FSH ou normal (estrogênio alto inibe FSH e estimula LH – no SOP, temos FSH diminuído e LH alto o LH atual na teca e transforma o colesterol em androgênio o androgênio no tecido periférico é convertido em estrogênio ciclo Obs.: Temos um androgênio que é produzido exclusivamente na suprarrenal – S-DHEA (>700 pedir TC ou RM – neoplasia de adrenal?) DIAGNÓSTICO (2 dos 3): Ovários policísticos à ultrassonografia: o ≥ 12 folículos de 2-9 mm ou ≥ 10cm³ ovário o Não é um achado necessário e não é suficiente. Até 20% de falso-positivos Oligo ou anovulação Hiperandrogenismo Obs.: falha desse critério (Critérios de Rotterdan) – não avalia o ponto central da doença – a resistência a insulínica. REPERCUSSÕES: Resistência insulínica: DM, HAS, doença cardiovascular,. Hiperandrogenismo: anovulação, estética Anovulação: infertilidade, fator de risco para ca de endométrio TRATAMENTO: Atividade física + dieta fracionada + perder peso (se acima do peso) – devido ao problema central da doença de resistência insulínica + Controle insulina Tratar hirsutismo Controle do ciclo Gestação WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Metformina Estético - Ciproterona ACO ou progesterona Clomifeno INFERTILIDADE Ausência de gravidez após 1 ano PRINCIPAIS CAUSAS: Fator masculino: 35% Fator tuboperitoneal: 35% Anovulação: 15% Investigação do casal infértil & tratamento da infertilidade Investigação do casal infértil Idade da mulher: < 35 anos: aguardar até 1 ano > 35 anos: imediato ou após 6 meses Frequência das relações: 2 a 3 vezes/semana SEMPRE CONVOCAR PARCEIRO ** Filhos anteriores não excluem o parceiro da investigação ** Avaliação básica Avaliação avançada - Hormônios: FSH, progesterona, TSH, prolactina - USTV - Histerossalpingografia - Espermograma Videolaparoscopia Videohisteroscopia Quando o básico vier alterado! Infertilidade masculina ESPERMOGRAMA NORMAL: não repetir ANORMAL: repetir após 3 meses Infertilidade feminina FATOR OVARIANO (rotina básica) Biópsia de endométrio: já foi padrão-ouro (atualmente em desuso) - Observa se passou de proliferativo p/ secretor, ou seja, se a mulher ovulou Dosagem de progesterona: na fase lútea (21-24º dia) > 3ng/ml Dosagem de FSH: - Avalia reserva ovariana (bom se < 10 entre 2º e 5º dia) - Opção (ao invés de dosarFSH): dosar hormônio antimülleriano USGTV seriada: - Documenta ovulação: p/ programar coito ou intervenções - Contagem de folículos: avalia sucesso na reprodução assistida (valor prognóstico) FATOR TUBOPERITONEAL Histerossalpingografia: exame inicial para trompa - Trompa pérvia = prova de Cotte positiva - Trompa obstruída = videolaparoscopia Videolaparoscopia: padrão ouro para doença tubária e peritoneal (é o tratamento inicial caso o fator seja tuboperitoneal) FATOR UTERINO USGTV e histerossalpingografia: se alterados, encaminhar para histeroscopia HISTEROSCOPIA = padrão-ouro para cavidade endometrial Teste pós-coito ou teste de Sims: avalia interação do espermatozoide com o muco não é mais utilizado WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Tratamento MASCULINO: maioria é FIV FATOR OVARIANO: indução da ovulação (clomifeno) ou FIV FATOR TUBOPERITONEAL: laparoscopia (retirar aderência, endometriose – o ideal é que o foco seja retirado, salpingoplastia) ou FIV FATOR UTERINO: cirurgia (retirada de pólipos, septos) ou FIV FATOR CERVICAL: inseminação intrauterina
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