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G.O -> 07/03 • Conceito: ausência de menstruação no menacme • Classificação o Fisiológica: bloqueio hormonal, gestação, amamentação, menopausa o Primária: antes da menarca o Secundária: depois da menarca (patológica) • Critério cronológico o Primaria ▪ Ausência de menstruação aos 14 anos associada a falha no desenvolvimento sexual (ausência de caracteres sexuais secundários ▪ Ausência de menstruação aos 16 anos, mesmo com 50% alterações genéticas e 20% alterações anatômicas o Secundária ▪ Ausência de menstruação por 6 meses ou pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais consecutivos • Definição: mulheres com amenorreia devem ser submetida a uma minuciosa propedêutica que se inicia com um exame de gravidez PRIMÁRIA • Menarca não aconteceu aos 15 anos em meninas com caracteres sexuais presentes • Menarca não ocorreu 5 anos após início do desenvolvimento das mamas, se isso se deu antes dos 10 anos • Meninas que aos 13 anos apresentam ausência de caracteres sexuais secundários S ITUAÇÕES PARTICULARIZADAS • Meninas com caracteres sexuais secundários presentes antes dos 15 anos, sem menstruar, mas com dor pélvica cíclica • Presença de estigmas genéticos sugestivos de Síndrome de Turner CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS • Desenvolvimento das mamas • Pilosidade nas regiões púbicas e auxiliares • Maior acúmulo de gorduras e alargamento dos quadris • Surgimento de acne • Menarca ESTADIAMENTO DE TANNER E MARSHAL • Menarca ocorre com amadurecimento do eixo hipotamaico-hipofisario- ovariano • Quando as adolescentes têm segundo classificação de Tanner, mamas com desenvolvimento no estádio M3 e M4 • Brasil: média da menarca 12,2 anos CICLO MENSTRUAL • Estrogênio: tijolos • Progesterona: cimento • Teoria das duas células ASSOCIAÇÃO COM DOENÇAS CRONICAS • Insuficiência hepática: associação com alcoolismo e má nutrição • Imunodeficiência: HIV, AIDS ou outro tipo de estados de imunodeficiência: podem induzir a um estado de infecção sistêmica, lipodsitrofia ou outras doenças crônicas • Câncer: lesões ocultas, com perda expressiva do peso e estado catabólico, perda da regularidade menstrual • Doença falciforme: ou talassemias • DM tipo 1 e 2 • Epilepsia: assim como medicações anti-epileticas • SOP/hiperprolactinemia/amenorreia hipotalâmica • Doença renal crônica com necessidade de hemodiálise: associada a irregularidade menstrual, deficiência de vitamina D e alto risco de perda de massa mineral óssea CONSEQUENCIAS TARDIAS • Câncer de endométrio o Hiperestimulação estrogênica, mas sem o da progesterona • Tumor de células germinativas • Digenesias gonadais o Gonadoblastoma e disgerminoma • Osteoporose o Estimulação hormonal, ameniza • Doença cardiovascular • Infertilidade o Não ovula o Quando mais tardio, pior é para inverter o caso ETIOLOGIA • Hipotálamo o Hipogonadismo-hipotalâmico ▪ Amenorreia relacionada ao peso (anorexia nervosa) • Pituitária o Adenoma hipofisário síndrome de Sheehan • Endócrino o Hipotireoidismo, hiperprolactinemia • Ovariano o SOP, falência gonadal, atresia gonadal • Fora do eixo o Ausência congênita de útero e vagina ▪ Atresia vaginal ▪ Hímen imperturbado ▪ Síndrome de Asherman PROPEDEUTICA • Boa anamnese o Consolidar uma hipótese diagnostica e firmar 85% dos diagnósticos etiológicos das amenorreias • Combinação com exame físico aproxima a certeza diagnóstica • Propedêutica algumas vezes pode ser mais direta com anamnese e exame físico dirigido • Dúvida diagnóstica: exames complementares ANAMNESE • Histórico menstrual/puberdade? • Gestação? *importante • Idade da telarca/pubarca/menarca • Documentar a ovulação o Histórico o Níveis de P4 o Kit urinário de LH o Temperatura basal • Presença ou ausência de caracteres sexuais secundários? o Desenvolvimento adequado sugere deficiência de estradiol, ausência ou escassez de pelo, principalmente com mamas normodesenvolvidas, sugere deficiência de receptores androgênicos • Crescimento estatural adequado? o Retardo no crescimento pode associar-se a Síndrome de Turner ou, menos frequentemente, a deficiência de growth hormone – GH • Estresse, alteração de peso, alteração de hábitos alimentares e atividade física, presença de doenças crônicas? o Essas manifestações podem associar-se a amenorreia hipotalâmica ou hipofisária o Alteração a partir de meses • Presença de dor pélvica cíclica de caráter progressivo, associada a amenorreia primaria? o Hormônios normais e útero funcionante, pode haver obstrução • Fogachos, secura vaginal? o Sugere hiperestrogenismo, porém são mais presentes na amenorreia secundária ou falência gonadal da menopausa • Sinais e sintomas de Hiperandrogenismo (acne, hirsutismo, Virilização) o Relaciona-se a anovulação hiperandrogenica, como SOP, hiperplasia adrenal congênita • Secreção nas mamas? o Galactorreia sugere hiperprolactinemia • Ausência de menstruação pós-parto? o Especialmente com caracterização agalactina, pode sugerir síndrome de Sheehan o Tendencia fisiológica de não engravidar, mas não é regra o Existe inserção do DIU pós-parto imediato o Muito individualizado, não tem tempo certo para voltar a menstruar ou ter a possibilidade de gravidez EXAME FÍS ICO • Altura, peso, índice de massa corpora o Síndrome de Turner ou síndrome de insensibilidade androgênica completa, estatura baixa ou alta, respectivamente, pode fazer parte das características sugestivas da doença • Obesidade e desnutrição ou perda de peso rápida o Podem estar associadas a alteração do padrão menstrual • Estágio de desenvolvimento dos caracteres sexuais (estágios de tanner) • Presença de estigmas genéticos • Envergadura o Normal: igual ou até 2cm maior do que a estatura do individuo o Alterada pode indicar alguns estados de hipogonadismo • Presença de hirsutismo o Índice de Ferriman-Gallwey • Estágio de desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (estágios de Tanner) • Hímen imperfurado o Exame ginecológico • Diagnóstico de vagina curta o Introdução de cotonete ou de histerometro pela abertura himenal o Avaliar sinais de atrofia genital • Avaliação de mal formação vaginal e de colo uterino o Pacientes que já iniciaram a vida sexual o Exame especular pode auxiliar na avaliação de outras más- formações vaginais e de colo, e o toque bimanual, na avaliação dos órfãos pélvicos DESTAQUES • IMC • Estatura: valorização <1,52m • Infantilismo sexual • Relação cintura/quadril <0,85 • Pele amarelada com esclera normal • Virilização • Desenvolvimento mamário • Secreção mamaria de múltiplos ductos • Procuras estigmas • Exame ginecológico – inspeção da vulva QUANDO SUSPEITAR? • Exames o Hormônios a ser pedido: beta hCG, FSH, prolactina, TSH e T4 livre o Imagem: USG TV ou pélvica, USG tireoide, RNM região pélvica, RNM sela túrcica ou TC crânio • Anamnese dirigida o Possibilidade de gravidez o Histórico médico o Medicações o Cirurgias anteriores o Histórico alimentar o Histórico sexual o Sinais e sintomas ▪ Dores de cabeça ▪ Visão turva ▪ Dx de DM ▪ Derrame mamário ▪ Constipação ▪ Diarreia ▪ Fogachos ▪ Atrofia vaginal ▪ Insônia ▪ Disfunção sexual ▪ Excesso de pelo ▪ Acne ▪ Mudança de peso • Quando solicitar cariótipo? o XY ou XX ▪ XY com vaginal: não menstrua o Pedir em amenorreia primária • Amenorreia hipergonadotroficas o FSH elevada -> amenorreia primaria ou secundária nos casos de mulheres com menos de 30 anos • Amenorreias primárias com ausência de útero e FSH normal o Incluir dosagem de testosterona para investigar síndrome de insensibilidade androgênica PRINCIPAIS CAUSAS Anatômicas Hipotalâmica Hipofisária Ovariana Outras causas Congênitas: Atresia Insensibilidade androgeniasHímen imperfurado Septo vaginal transverso Aderidas: Sd Asherman Estenose cervical Funcional Desordem alimentar Deficiência de gonadrofinas (ex. sd kallimann) Infecção Estresse Sd mal absorção Trauma Tumor Hiperprolactine mia Tumor Sela vazia Doença autoimune Sd de Sheehan Sd Cushing Insuficiência ovarina Genética RT QT Cirurgia Autoimune Infecciosa Idiopática SOP (múltiplos fatores) Hiperplasia adrenal tardia Puberdade tardia Doença da tireoide Sd de Cushing Tumor produtor de androgênio (ovário e adrenal) ROTEIRO DIAGNÓSTICO • Investigação inicial o FSH o Exame físico e US o Cariótipo Presença de caracteres sexuais secundários Presença de vagina Ausência de vagina Anomalias Mullerianas; Pseudo hermafroditismo masculino Exames de imagem pélvico; Cariótipo/cromatina Amenorreia 1ª e fenótipo feminino Útero (+) Útero (-) FSH ↓ FSH normal FSH ↑ FSH normal 46XX FSH normal 46XY Considerar causas de amenorreias com hipogonadismo hipogonadotrófico Considerar causas de amenorreias normogonadotrófica Considerar obstrução trato genital Insuficiência ovariana Disgenesia gonadal Malformação Mulleriana Insensibilidade androgênica BHCG TSH E PROLACTINA Teste de progesterona Acetato de medroxiprogesterona 10mg por 5 dias + - Qualquer sangramento até 14 dias após medicação Ausência de sangramento Teste estrogênio + progesterona Anovulação crônica, SOP e diagnóstico diferenciais DHH Teste de estrogênio + progesterona EEC 1,25 mg por 21 dias AMP 10 mg por 5 dias Qualquer sangramento até 21 dias após medicações Não produz estrogênio Ausência de sangramento Anomalias do útero FSH Sd Asherman, Morris, Rockitansky Hímen imperfurado, septo vaginal transverso + - CLASSIFICAÇÃO DE AMENORREIA • Compartimento I: desordem no trato genital ou do útero • Compartimento II: desordens gonadais • Compartimento III: desordens hipofisárias • Compartimento IV: desordens hipotalâmicas AMENORREIA PRIMARIA ET IOLOGIA • Mutações cromossômicas o Insensibilidade aos androgênios o Sd da Feminização testicular • Falência hipotalãmcia o Sd de Kallmann’s • Malformações mullerianas o Agenesia mulleriana o Ausência de útero o Ausência de vagina o Hímen imperfurado DESORDEM NO TRATO GENITAL OU DO UTERO • Representam 20% dos casos de amenorreia primaria • Amenorreia primária associada a dor cíclica ou contínua • Presença de caracteres sexuais secundários • Falha da integridade anatômica: útero, endométrio, colo uterino, vagina • Hímen imperfurado o Fora do eixo o Falha na canalização completa da vagina o Causa mais comum de obstrução do trato genital feminino ▪ Incidência 1/1.000-10.000 o Quadro clínico: amenorreia primária associada a dor abdominal cíclica, inchaço abdominal e retenção urinária o Sinais: abaulamento azulado em membrana (hímen) no introito vaginal o Herança autossômica – gene TBX 3 o Criptomenorreia: retenção menstrual por atresia de alguma parte do canal genital ou por imperfuração do hímen o Hematocolpo: sequestro sanguíneo no canal vaginal • Septo vaginal transverso o Acomete 1:75.000 mulheres o Podem ocorrer em qualquer nível entre o hímen e o colo uterino clínica semelhando ao do hímen imperfurado o Dor abdominal cíclica e recorrente o Genes candidatos MKKS, família BBS • Síndrome de Asherman o Sinequias uterinas • Tratamento o Gonadectomia (após puberdade: 16-18 anos) o Estrogenioterapia conjugada após a gonadectomia o Psicoterapia o Neovagina o Risco de malignização 5-10% SÍNDROME DE MEYER-ROKITANSKY-KESTER-HAUSER • Incidência 1:4.000 a 1:10.000 • Segunda causa mais comum de amenorreia primária • Agenesia mulleriana • Cariótipo 46, XX • Desenvolvimento puberal normal: mamas e pelos pubianos • Mutação do gene codificador do HAM ou seu receptor • Agenesia vaginal (2/3 superior) associada a alterações no desenvolvimento do útero 10% encontra-se útero rudimentar com endométrio funcionante/testosterona normal • Anomalias ósseas: 15% • Anomalias renais: 30% • Gens candidatos: CFTR, WnT4, HOX • Tratamento: neovagina, psicoterapia o Dilatador vaginal ou vaginoplastia quando atividade sexual é desejada SÍNDROME DA INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA COMPLETA OU TESTÍCULOS FEMILIZANTES OU SÍNDROME DE MORRIS • Desordem no desenvolvimento sexual: 46, XY • Incidência: 1/20.400 (forma completa) • Desordem genética recessiva ligada ao cromossomo X • Pseudo-hermafroditismo masculino • Cariótipo XY com genitália externa e fenótipo feminino • Presença de testículos funcionantes produtores de testosterona e di- hidrotestosterona o Podem ser palpáveis na região inguinal ou nos grandes lábios • Ausência ou defeito no receptor de androgênio nos ductos de Wolff e tubérculo genital • Capazes de sintetizar AMH que provoca regressão dos ductos de Muller o Ausência de tubas, útero e terço superior da vagina • Testosterona em níveis normais ou elevados • Genitália interna: ausente • Genitália externa: feminina (hipoplásica)/ vagina em fundo cego • Telarca presente (conversão de testosterona em estrona na periferia) • Pelos axilares e pubianos presentes, porém escassos • Diagnóstico: exames de imagem e físico • Apresentação: aparência feminina com desenvolvimento normal dos seios e genitália externa, sem pelos pubianos e axilares FSH E LH ELEVADO NORMAL E BAIXO FOP Disgenesia Sd de Turner Sd de Swyer Sd de Savage Sd de Begliere Sem virilização Com virilização Disfunções hipotálamos hipofisárias Tumor SNC Sd de Kallman Sd de Sheehan Tumores Testosterona total >150ng/dL USG TV Tomografia de adrenal o Cariótipo masculino e aparência feminina • Amenorreia primária, ausência de útero, testículos e aumento da testosterona ROK MORRIS XX XY Feminino Feminino Mama + pelo Mama ↓pelo Útero rudimentar - Útero DERSORDENS OVARIANAS • Principal causa de amenorreia • Função ovariana pode ser analisada o Dosagem de estradiol plasmático >40pg/mL o Características estrogênicas do muco cervical (claro, aquoso e abundante) o Teste positivo da progesterona o Espessura endometrial avaliada pelo US (>6mm) o Determinação sérica do FSH (normal 5-20UI) SÍNDROME DE INSENSIBILIDADE ANDRÔGENICA INCOMPLETA • XY parciais (pais) podem apresentar o Menor masculinização dos genitais (avaliada pela escala de Quingley) o Menor desenvolvimento de pelos o Exame de sangue mostra níveis de testosterona o Menor desenvolvimento da musculatura o Infertilidade DISGENESIA GONADAL • Causa mais comum de amenorreia primária sem desenvolvimento sexual secundário • FSH e LH aumentados, mas estímulo não tem resposta adequada o Ausência de feedback negativo do estradiol e inibina A e B • Anormalidades cromossômicas • Depleção prematura de todos os folículos ovarianos e oócitos • Ausência de células germinativas nas gônadas • 30-40% das causas de amenorreia primária • Anormalidades no cromossomo X (25%) são XX (46%) -> anormalidade sutil • Formação incompleta ou defeituosa das gônadas • Alteração na migração ou organização das células germinativas • Mais comum: Sd de Turner o Gônada em fita: folículos atrésicos ou ausente o Ausência de um cromossomo X (45,X) ou anormalidades estruturais do X (deleção, anel e isocromossomos) o Presença de mosaicismo (algumas células ou todas) ▪ Podem desenvolver puberdade espontânea o Características ▪ Baixa estatura ▪ Amenorreia primaria e desenvolvimento sexual ausente ▪ Pescoço alado ▪ Palato em ogiva ▪ Cúbito valgus ▪ Implantação baixa dos cabelos e orelhas▪ Distúrbios cognitivos – dificuldade de cálculos matemáticos e abstração ▪ Anormalidades cardíacas* e malformações renais • Contraindicação de gravidez ▪ Doenças autoimunes, resistência insulínica e dislipidemia • Diagnóstico: cariótipo • Tratamento o GH: altura abaixo de 5º do percentil do crescimento feminino normal o Estrogenioterapia: após 13 ou 14 anos; iniciar com baixas doses e aumetnar gradualmente em intervalos de 3-6 meses; objetivo é a maturação sexual completa (2-3 anos) o Progesterona: iniciar quando ocorrer o 1º sangramento vaginal ou após 12-24 meses do tratamento com estrogênio o Doação de oócitos: contraindicação relativa para gestação o Gonadectomia: se mosaicos com cromossomo Y SÍNDROME DE SWYER • Não tem androgênio • Disgenesia gonadal pura: 46, XY; Mutação no gene SRY • Gônadas disgenéticas (em fita) que não produzem AMH nem androgênio o Sem AMH -> Ducto de Muller (Paramesonéfrico) se desenvolve o Sem Androgênio -> Tubérculo genital desenvolve genitália externa feminina • Atraso da maturação sexual, amenorreia primaria, infantilismo genital, mulheres altas com braços longos • Genitália interna e externa feminina • Sem desenvolvimento mamário, mas pode ser alcançado com TH • Tratamento o Igual da síndrome de Turner o Gonadectomia: risco de gonadoblastoma (20-30%) SINDROME DE SAVAGE • Cariótipo 46, XX • Síndrome do ovário resiste • Hipogonadismo hipergonadotrófico • Resistência a ação das gonadotrofinas ou ausência dos receptores ovarianos -> defeito no receptor FSH na superfície do ovário • Primária ou adquirida o Primária: não há desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários • Meninas com cariótipo 46, XX que não apresentam gônadas em fita SÍNDORME DE BEGLIERE • Alteração do CYP17 • Gene responsável pela síntese de enzima com atividade 17- hidroxilase e 10,20-liase • Ausência dessas enzimas impossibilita a síntese de cortisol e esteróides sexuais • Não há desenvolvimento puberal adequado • Elevação dos hormônios ACTH e mineralocorticóides DESORDENS HIPOFIÁRIAS HIPERPROLACTINEMIA • Causa rara de amenorreia primaria • Causa mais comum: uso de fármacos • Galactorreia (1/3 das mulheres) o Inibição do ritmo pulsátil do GnRH -> baixa produção de gonadotrofinas o PRL normal: <15-20ng/mL o PRL > 100ng/mL: solicitar RNM • Tratamento o Agonista dopaminérgico (cabergolina ou bromocriptina) o Usar a menor dose possível o Suspender tratamento se PRL normal por 2 ou mais anos • Tumores do SNC – prolactinomas o Ação compressiva da haste hipofisária o Hipogonadismo hipogonadotrófico o Cefaleia e alteração visual PRL > 100ng/dL o Solicitar RNM DESORDENS HIPOTALÂMICAS • Causas funcionais • Diagnóstico diferencial o Excluir lesão anatômica hipotalâmica o Secreção anormal de GnRH níveis normais ou baixos de LH, ausência do pico de LH, desenvolvimento folicular ovariano anormal, anovulação e hipoestrogenismo o Distúrbios alimentares, estresse e exercício físico extenuante • Exercícios o Hipogonadismo hipogonadotrófico ▪ Exercícios de grande porte em meninas pré- púberes -> retardo da menarca em 3 anos ▪ Aumento da secreção de opióides ▪ Baixo níveis de leptina ▪ Supressão do GnRH • Anorexia nervosa ▪ Hipogonadismo hipogonadotrófico ▪ Transtorno alimentar mais comum na adolescência ▪ Mortalidade: 5,1-1000 • Alterações congênitas o Deficiência isolada de GnRH o Hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático o Herança autossômica dominante, recessiva ou ligada ao X o Resultante do desenvolvimento anormal dos neurônios produtores de GnRH Raro - 1:50.000 no sexo feminino; o Padrão não pulsátil ou ausente de LH e FSH, pela ausência de GnRH o Se associado a anosmia - Sd. de Kallmann • Doenças estruturais do hipotálamo o Tumores hipotalâmicos ▪ Craniofaringeomas ▪ Disgerminoma ▪ Glioblastoma ▪ Desvio da haste hipofisária ▪ Doenças: • Histiocitose de células de Langerhans. • Sarcoidose • Hemocromatose • Falência hipotalâmica (Síndrome de Kallmann) o Sua incidência é de 1/50.000 mulheres, sendo muito mais comum em homens 1/4.000 a 1/10.000 o Doença congênita do EIXO: ▪ 1. Hipogonadismo hipogonadotropico ▪ 2. Características Eunucoidais ▪ 3. Anosmia ou Hiposmia ▪ 4. Amenorreia Primaria o Doença genética congênita o Hipogonadismo hipogonadotrópico por deficiência do hormônio liberador de gonadrotofina - GnRH o 50-60% - Anosmia ou hiposmia Com hipoplasia ou aplasia do bulbo olfativo ANORMAIDADES DOS RECEPTORES E DEF IC IÊNCIAS ENZIMÁTICAS • Fenótipo masculino • Presença de pelos • Genitália ambígua • Fusão lábios DEFICIÊNCIA DA 5-ALFA-REDUTASE • 46, XY • Fenótipo masculino • Transtornos autossômico recessivo • Genitália interna: masculina • Genitália externa: feminina ou ambígua ao nascimento • Virilização na puberdade • Diagnóstico: relação T/DHT alta • Tratamento: psicoterapia, reposição hormonal a depender da escolha do sexo pela paciente • Mamas: ausentes ou pouco desenvolvidas • Presença de pelos • Vagina em fundo cego, útero ausente • Genitália ambígua • Hipospadia pseudo-vaginal períneo DEFICIÊNCIA DA 5-ALFA-HIDROXILASE • Relação testosterona/DHT aumentada • 46, XX ou 46, ^XY (ausência de útero/genitália externa feminina) • Transtorno autossômico recessivo • Deficiência na produção de cortisol, 17-OH-progesterona e de esteroides sexuais • Deficiência androgênica -> deficiência de estrógenos • Quadro clínico o Amenorreia primária, ausência de caracteres sexuais secundários o Hipogonadismo hipergonadotrófico, hipernatremia, hipertensão o Elevação de ACTH (pela deficiência do cortisol) e hipocalemia AMENORREIA SECUNDÁRIA • Uma vez que a gravidez foi excluída (bata hCG), testar: o TSH o Progesterona o FSH, LH e estradiol o Nível de prolactina • Etiologia o Fora do eixo: hipotálamo-pituitária -> ovário o Endócrina ▪ Hipotireoidismo ▪ Tumores adrenais ▪ Sd. Cushing ▪ Tumores ovarianos (androgênio) o Falência hipofisária ▪ Sd. Sheehan ▪ Tumores pituitários ▪ Disfunção hipotalâmicas o Ovarianas ▪ Falência ovariana precoce (FOP) ▪ Sd. Ovário policístico (SOP) ▪ Remoção cirúrgica o Uterinas ▪ Histerectomia ▪ Sd. Arshman • Fisiológica: causa mais comum é a gravidez, devendo sempre ser excluída em exame físico, teste bioquímico ou USG TV DESORDENS OVARIANAS FALÊNCIA PREMATURA – MENOPAUSA PRECOCE • FSH alto e estradiol baixo • Falência da função ovariana antes dos 40 anos • Manifestações de Hipoestrogenismo SÍNDORME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP) • Causa rara de amenorreia primária • Níveis mais elevados de testosterona • Hiperandrogenismo clinico, obesidade INSUFICIÊNCIA OVARIANA PRIMÁRIA (POI ) • Sd. X frágil • Sequenciamento de diagnóstico: o Cariótipo -> teste do X frágil FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA (FOP) • Pacientes com elevação de FSH antes dos 40 anos • Fatores de risco o Tabagismo o Quimioterapia o Radiação o Cirurgias: ooforectomia, cistectomia, ablação de endometriose o Doenças autoimunes o Genética • Causas autoimunes o 20% das mulheres com FOP o Anticorpos anti-tireoide positivos em 20-30% de todas as mulheres o Anti-ovariano não é um bom marcador o Anticorpo anti-adrenal pode gerar algum benefício o 10-20% das mulheres com doença adrenal autoimune o Avaliação para síndrome poliglandular autoimune (SPA) ▪ História de SPA para 2 órgãos • Candidíase mucocutânea • Hipotireoidismo • Doença celíaca • DM tipo1 • Miastenia gravis • Lúpus, artrite reumatoide • Vitiligo • Insuficiência adrenal autoimune primária • Hipotiroidismo autoimune DROGAS CAUSANDO HIPER-PROLACTINEMIA • Hiperprolactinemia responsável por 20% dos casos de amenorreia • Prolactina: inibe secreção de GnRH pelo hipotálamo • Drogas que podem causar hiperprolactinemiao Metildopa o Cimetidina o Anti-histamínicos o Butilfononas (haloperdiol, risperidona) o Fenotiazinas (levopromazina, clorpromazina) CAUSA HIPOTALÂMICAS • Comuns em 30-35% dos casos • Causadas por estresse, exercícios físicos intensos, perdas abruptas de peso e desordens alimentares • Precisamos de no mínimo 18% de massa corpórea para sangrar • Doença infiltrativas: craniofaringioma, sarcoidose, histiocistosis CAUSAS HIPOFISÁRIA • Falência pituitária: tipo de falência pós trauma, tratamento de tumor hipofisário ou infarto/necrose após grande perda sanguínea (parto/atonia) – Sd. Sheehan • Tumor hipofisário: hiperprolactinemia que causa amenorreia secundária SÍNDROME DE SHEERAN • Decorrente de infarto hipofisário por grave hemorragia pós-parto • Diagnostico é suspeitado nos primeiros dias de puerpério o Letargia o Anorexia o Dificuldade para amamentar o Perdas de pelos pubianos e axilares • Lesões das áreas gonadotróficas e tireotróficas, raramente deficiência do GH e ACTH RNM revelam hipófise pequena em sela túrcica de tamanho normal ou ausência de hipófise HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA • Mutação o 21-hidroxilase o Ao menos metade das pacientes são heterozigotas o Codificando vários apelos • 17-OH progesterona o >200ng/dL o 100% de valor preditivo negativo o 90% de sensibilidade o >1500 ng/dL após estímulo com ACTH • Tratamento o Aconselhamento genético o Anticoncepcionais x corticosteroides para inibir suprarrenal e secretar androgênio CAUSAS ENDÓCRINAS SÍNDROME DE CUSHING • Avaliação o Cortisol urinário em 24h o Teste de supressão de dexametasona • Quadro clínico o Hipertensão o Obesidade central o Intolerância a glicose o Facilidade de traumatismos o Dispersão CAUSAS UTERINAS SÍNDROME DE ARSHMAN • Riscos o Dilatação e curetagem: aumenta o risco se for curetagem periparto o Cirurgia: pós miomectomia o Infecção: tuberculose em países em desenvolvimento CAUSAS ANATOMICAS • Usualmente após cirurgia previa • Principais exemplos o Histerectomia o Ablação endometrial o Sd Arshman o Estenose cervical pôs Cone/LEEP o Aglutinação vaginal pôs RT INVEST IGAÇÃO PARA AMENORRE IA SECUNDÁRIA Local da disfunção Diagnóstico Investigação Hipotálamo Falência Hipotalâmica Peso relacionado a amenorreia LH, FSH, E2 baixos Pituitária Adenoma de hipófise Síndrome de Sheehan Prolactina alta e LH, FSH, E2 baixos Prolactina normal e LH, FASH, E2 baixos Ovário Insuficiência ovariana prematura FOP SOP FSH e LH altos E2 baixos FSH baixo e LH alto Trato mulleriano Síndrome de Arshman HSG//HSC TRATAMENTO DA AMENORREIA • Abordar causa subjacentes o Tumor hipofisário: carbegolina/brocriptina/cirurgia o Andrógenio sendo produzido por tumor ovariano: remoção cirúrgica o Insensibilidade androgênica: remover gônadas e terapia hormonal (TH) o Síndrome de Turner: terapia hormonal/doação de óvulos o Hímen imperfurado: incisão cirúrgica o Disfunção tireoidiana: reposição hormonal o Falência ovariana: terapia de reposição hormonal e doação de óvulos o Desordens alimentares: encaminhamento para psiquiatra o Exercício excessivo: encaminhar para psiquiatra/aconselhamento/terapia de reposição hormonal o SOP: adequado tratamento de infertilidade (indução de ovulação) /dreeling ovariano/reposição de progesterona/perda de peso/mudança em estilo de vida/anticoncepcionais o Síndrome de Arshman: incisão de aderências (sinequias), inserção de DIU-LNG, estrogenioterapia • Desejo regular de menstruação? o Anticoncepcionais o Terapia de reposição o Reposição mensal de progesterona • Desejo de engravidar? o Encaminhar para esterileuta RESUMÃO AMENORREIA PRIMÁRIA AMENORRE IA SECUNDÁRIA VAGINA MAMAS DESENVOLVIDAS SIM NÃO NÃO PELO PUBICO SIM NÃO TESTE DA PROGESTERONA ESTROGÊNIO + NÍVEL DE FSH ALTO BAIXO ANÁLISE CROMOSSÔMICA OVÁRIOS NORMAIS Síndrome da insensibilidade androgênica completa Agenesia congênita Úterovagina Hímen imperfurado Septo uterino completo/ transverso Estimulação hormonal deficitária para ovários normais hipo-hipo TESTE DE GRAVIDEZ NEGATIVO FSH, LH E TSH Testes funcionais Teste da progesterona Sangrou Não sangrou Hipoestrogenismo Disfunção fora do eixo Anovulação Teste E-P negativo Normal FSH Teste E-P positivo Normal ou baixo FSH Muito alto FSH FSH normal + LH aumentado -> SOP, hiperprolactinemia, tumor de hipófise Falência hipotalâmica-hipofisária Falência ovariana Sd de Arshman HSG ou HSC
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