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APOSTILA MAMOGRAFIA

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1 
 
EXAMES RADIOLÓGICOS GERAIS – Profa. Alessandra Paiva 
 
MAMOGRAFIA 
 
INTRODUÇÃO 
 
O câncer de mama vem registrando um discreto aumento em sua incidência 
mundialmente. Na população global, o risco médio de se desenvolver câncer de 
mama aos 85 anos é de 11%. Estudos apontam que em 25 anos (1975-2000) os 
números de novos casos entre idosas aumentaram em 15% em países 
desenvolvidos e 63% em países subdesenvolvidos. 
Entre mulheres norte-americanas, o câncer de mama é a segunda maior 
causa de morte por câncer, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Ainda nesta 
população, o risco basal de se desenvolver câncer de mama é de 4-6% durante sua 
vida. 
No Brasil, o câncer de mama continua sendo a primeira causa de 
mortalidade por câncer entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) 
estimou que em 2006 a incidência de câncer de mama foi de 48.930 casos novos e 
o número total de óbitos por câncer de mama foi de 9.335 casos. 
A partir da década de 70, o processo de urbanização e as alterações nas 
características da população feminina têm sido responsabilizado pelo incremento da 
incidência do câncer de mama. Como fatores de risco podem-se citar: primeira 
gravidez tardia, tabagismo, etilismo, uso de anticoncepcional antes dos 18 anos, 
história familiar, aumento da expectativa de vida, uma vez que a incidência do 
câncer de mama cresce com o progredir da idade. 
A detecção mais precoce permitiu uma maior difusão do uso da terapia 
conservadora com a excisão da lesão primária e radiação, para reduzir a 
probabilidade de recorrência da mama. À medida que as técnicas são refinadas, 
tornou-se possível eliminar o tumor dentro da mama com pouco dano físico aos 
tecidos normais. 
2 
 
A história natural do câncer de mama pode ser interrompida se o processo 
for detectado precocemente, que, para muitas mulheres pode significar a cura ou 
uma maior sobrevida. 
A estratégia para a detecção do câncer de mama está apoiada num tripé, 
que inclui: auto-exame das mamas, exame clínico e mamografia. Foi demonstrada a 
eficácia do rastreamento em mulheres assintomáticas, particularmente com a 
utilização da mamografia. 
A principal realidade da radiologia mamária é a procura de neoplasias 
malignas incipientes desse órgão, principalmente os sinais pré-clínicos do câncer, 
que através de sinais diretos e indiretos permite o diagnóstico ainda mais precoce, e 
certamente oferecem segurança para o paciente no que se refere ao tratamento e 
prognóstico. 
A mamografia ou a mastografia simples permite a análise de toda a glândula 
em conjunto, bem como minúcias da sua constituição, identificando muito bem não 
apenas as características e alterações do revestimento cutâneo, como também do 
tecido celular subcutâneo, do estroma conjuntivo glandular e de patologia incipiente 
do parênquima mamário, benigna ou maligna. 
A mamografia apresenta melhores resultados como rastreamento para o 
câncer de mama à medida que ocorre substituição gordurosa da mama, tornando as 
alterações mais visíveis. 
A realização do exame gera ansiedade por parte do paciente, que muitas 
vezes é associada à sensação de desconforto. Portanto, o profissional deve ter 
cautela na utilização de determinados termos, chamando sempre a paciente pelo 
nome e lembrando que cada mulher é única e repercussão emocional é variável de 
acordo com o momento e grau de entendimento com relação a este procedimento. 
Não há nenhuma dúvida que o rastreamento mamográfico não é a solução 
para o problema do câncer de mama, mas é o melhor método que se encontra 
disponível no presente e no futuro previsível. Se executado corretamente, o 
rastreamento mamográfico pode reduzir a taxa de morte de 25% a 30% e 
provavelmente mais. 
A evolução tecnológica dos mamógrafos aumenta a possibilidade de melhor 
utilização deste exame, e sua execução com técnica adequada é prioritária para 
3 
 
uma boa interpretação, o que enriquece o arsenal propedêutico em relação ao 
diagnóstico do câncer de mama. 
 
 
HISTÓRICO 
 
A tecnologia da Mamografia desenvolveu-se muito quando os cientistas 
descobriram o que era basicamente um tripé apoiando uma câmera especial de 
raios-x. Assim foi criada a primeira máquina projetada especificamente para produzir 
mamografias. A primeira máquina foi desenvolvida em 1966. Até então, as imagens 
mamográficas eram produzidas por máquinas convencionais de raios-x . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dezoito anos após a descoberta dos raios X começou-se a serem feitas 
radiografias de lesões mamárias. 
 
1913 - Primeira radiografia mamária feita por Albert Salomon, cirurgião Alemão, ele 
radiografou peças cirúrgicas, obtidas de cirurgias de mastectomia e encontrou 
pequenos pontos “denominados de micro calcificações”. 
1930 - Foi feita a primeira mamografia na incidência médio-lateral in vivo, por 
Stafford Warren, em Nova York. 
4 
 
 
1950 - O médico radiologista uruguaio Raul Leborgne, descobre a importância de 
um melhor posicionamento e a necessidade da compressão. Ele concluiu que 
comprimindo a mama obtém-se uma melhor qualidade de imagem. Foi o primeiro 
médico a associar câncer de mama a micro calcificações ao encontrá-las em 30% 
de uma quantidade de casos radiografados. A compressão e um fator 
importantíssimo para uma boa imagem radiográfica. Diminuindo- se a espessura da 
mama, a paciente receberá menor dose de radiação, além de reduzir a indefinição 
causada pelo movimento. 
 
1960 - Charles Gros - França desenvolve o primeiro protótipo de mamógrafo. Robert 
Egan, descobre que baixo KV e alto mAs, aumentam a resolução da imagem. Tendo 
Robert publicado em 1962 o resultado do estudos de 53 casos de carcinoma oculto 
detectados em 2000 exames de mamografia e criou uma equipe de médicos e 
técnicos treinados e especializados em mamografia. 
 
Hoje, quarenta anos depois, as indústrias de equipamentos médicos tornam 
realidade o conceito de transmissão de mamografias digitais, por via satélite, para 
médicos em localidades distantes do mundo todo. 
 
1967 - Através de um projeto e da implementação de molibdênio produziu imagens 
de melhor qualidade que as mamografia improvisadas, obtidas por equipamentos de 
radiografias convencionado na época. O primeiro modelo comercial de “Senographe” 
(pintura do seio em francês), como foi denominado. 
 
1992 - Hoje as mulheres podem esperar o resultado obtido com tecnologia de ponta, 
a partir de máquinas que utilizam ródio, um elemento metálico usado no tubo de 
raios-x, que permite melhor penetração no tecido mamário, com menos exposição 
da paciente a radiação. 
 
1996 - Aumenta o nível de adesão à triagem, levando mais mulheres aos serviços de 
mamografia. 
5 
 
1998 - É lançado com um cassete digital único, que permite a troca de imagem de 
cassete em filme/écran para ponto digital em uma máquina. Em um monitor de 
computador pode-se revisar a imagem em termos de pontos digitais, visão 
aumentada, localização de agulha, e aquisição de imagem estereostática 
bidimensional para orientação na intervenção. 
 
2000 - É lançado o primeiro sistema de mamografia digital de campo total. Assim 
muda definitivamente o cuidado com a mama proporcionando eficiência digital, 
confiabilidade e assistência a paciente. 
 
MAMOGRAFIA: CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS 
 
Os aparelhos de raios-x utilizados em mamografia possuem anodo de 
molibdênio-tugnstênio. O espectro de emissão desses tubos é geralmente 
modificado pela adição de filtros de molibdênio (Mo) ou alumínio (Al). 
Quanto ao equipamento, influenciam na qualidade da imagem suas 
característica de ponto focal, filtro, colimação, Kvp e mA (miliamperagem), 
uniformidade dos écrans, exposição e processamento. 
Nos aparelhos de mamografia, são utilizados filtros de 0,1 a 0,3mm de 
alumínio ou equivalente ao alumínio, dependendo do tipo de janela do tubo e do tipo 
de receptor de imagem. 
O controleautomático de exposição (CAE) pode ser encontrado em algumas 
unidades, consistindo de um “phototimer. O kV e o mA variam de acordo com a 
espessura e a constituição do corpo glandular. Fazendo-se um ajuste adequado, 
consegue-se uma boa definição das imagens e visualização das estruturas 
anatômicas como a pele, mamilo, aréola, tecido celular subcutâneo e região 
retroareolar, estroma fibroadiposo e parênquima glandular. 
 
6 
 
 
 
 
 
 
O aspecto mais distinto do aparelho de mamografia é o desenho peculiar do 
tubo de raios-x, que tem um alvo de molibdênio com pequenos pontos focais de 0,3 
e 0,1mm. O lado catodo esta colocado sobre a base da mama (parede torácica) e o 
lado externamente em direção ao ápice (área mamilar). A razão inicial pela qual a 
extremidade catódica de tubo de raios-x é colocada diretamente sobre a base ou 
borda da parede torácica, da imagem é tirar vantagem do efeito anódico. 
 De acordo com o item 4.18 da Portaria nº 453/98 do Ministério da Saúde, 
“Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico”, os 
mamógrafos devem ter, no mínimo, as seguintes especificações: gerador trifásico ou 
alta frequência, tubo especificamente projetado para mamografia (com janela de 
berílio), filtro de molibdênio, dispositivo de compressão firme (força de compressão 
entre 11 e 18 kgf), diafragma regulável com localização luminosa. 
 
MODOS DE OPERAÇÃO 
 
Os mamógrafos atuais permitem realizar exames com três modos de operação: 
 
Automático - O aparelho seleciona kV de acordo com a espessura da mama 
comprimida, dando também mAs adequado. O mamógrafo, de acordo com 
espessura determina quanto irá usar para a técnica, isso inclui o kv e o mAs. 
 
Semi-automático - O operador seleciona kV de acordo com a espessura da mama 
comprimida, o aparelho calcula mAs. 
Para calcular kV, utiliza-se a seguinte regra: 
kV = (espessura da mama x 2) + constante do aparelho (geralmente em torno de 
20). 
 
7 
 
Manual - O operador seleciona kV (regra acima) e mAs. Muito utilizado para mamas 
com prótese de silicone, mama pequena e mama masculina. 
Exemplos: 25 kV – 80 mAs 
27 kV – 120 mAs (mama densa) 
 
 
CONTROLE AUTOMÁTICO DE EXPOSIÇÃO 
 
Nos modos semi-automáticos, utiliza-se o controle automático de exposição 
na realização dos exames. A célula do controle automático de exposição deve ser 
posicionada em correspondência com a região de maior espessura a ser 
radiografada. Em geral, a região de maior espessura é a base da mama e a parede 
do tórax e, por isso, a célula deve estar na primeira posição. Em mamas volumosas 
e em mamas com grandes tumores, a célula deve ser deslocada para a segunda ou 
terceira posição. Nas mamas com implante de silicone, se o exame não for realizado 
no modo manual, a célula deve ser deslocada. 
 
ARTEFATOS NA REVELAÇÃO CONVENCIONAL 
 
Os artefatos em imagens mamográficas podem ter diversas origens e se 
apresentam principalmente como pontos, listras, manchas claras ou escuras ou 
regiões embaçadas na imagem. Mais de 90% dos artefatos são causados pelos 
próprios técnicos, devido à manipulação inadequada dos filmes. Esse tipo de 
artefato, causado por sobras, amassamento ou excesso de pressão sobre o filme 
durante a manipulação, antes ou depois da revelação, aparece na imagem como 
mancha clara ou escura, em forma de meia-lua. O armazenamento incorreto das 
caixas de filmes, na posição horizontal, também é causa de artefatos ocasionados 
por pressão. 
No caso dos filmes de mamografia, um cuidado extra deve ser tomado no 
momento em que o chassi é carregado, pois o filme possui emulsão somente em um 
dos lados (o lado fosco) e a orientação correta do filme no chassi é fundamental 
para a produção de uma boa imagem. A eletricidade estática pode produzir artefatos 
8 
 
em forma de árvore ou coroa, ou como pontos ou manchas na imagem radiográfica, 
causada por uma faísca, observada em alguns casos durante a manipulação do 
filme. O uso periódico de substância antiestáticas para limpeza dos écrans e a 
manutenção do nível de umidade na sala escura em torno de 50% podem auxiliar 
no controle desse problema. 
A câmara escura deve ser limpa para evitar que poeira ou outros materiais 
entrem em contato com o écran ou com os filmes, favorecendo a formação de 
inúmeros artefatos. Para verificar a presença de poeira ou danos na tela 
intensificadora, pode-se utilizar uma lâmpada de luz ultravioleta, que faz com que 
defeitos no écran, não visíveis a olho nu, possam ser visualizados. Danos no chassi 
também são causas comuns de artefatos. Problemas como rachaduras ou 
amassamentos na superfície, danos nas dobradiças ou nos fechos e ar ou 
substâncias estranhas entre a superfície do écran e filme prejudicam a boa formação 
da imagem. 
O mau funcionamento da grade antidifusora proporciona uma imagem final 
gradeada, na qual podem ser observadas listras ocasionadas pela imobilidade ou 
movimentação inadequada da grade. 
A luz de segurança da câmara escura também pode ser um elemento 
causador de artefatos. 
O filtro deve estar íntegro e a potência da lâmpada deve ser adequada ao 
filtro utilizado, a fim de evitar o velamento dos filmes. 
Os artefatos causados por processadoras automáticas podem ter duas 
origens: problemas nas soluções químicas ou problemas no transporte dos filmes. 
Rolos sujos causam marcas de ou arranhões nos filmes, que se repetem de maneira 
sistemática, independentemente da posição em que o filme for inserido na 
processadora. Por isso, esse tipo de artefato pode ser facilmente detectável. 
 
 
MAMOGRAFIA DIGITALIZADA 
 
 
Com o advento da radiologia digitalizada, hoje já é possível utilizar um 
sistema rápido e atualizado, através dos equipamentos para visualização das 
9 
 
imagens, onde temos a Agfa, Fuji e Kodak. Economicamente viáveis, mantém a 
qualidade dos exames com menos custos não só pela instalação desses 
equipamentos, mas também a avaliação de custo-eficácia, como seu 
desempenho. 
Independente do tipo de mamógrafo utilizado, para que se possa visualizar 
as imagens num computador se faz necessário ter uma câmera clara, com um 
monitor com alta resolução, um programa específico para trabalhar as imagens, 
uma Central de Revelação (RC) para digitalizar as imagens, uma impressora com 
filme específico para mamas. Assim como um cassete para trazer a imagem da 
mama, ser digitalizada e visualizada no monitor. 
O sistema de digitalização Agfa utiliza uma estação de trabalho (CR 
Console) e uma unidade leitora para o profissional das técnicas radiográficas 
trabalharem as imagens. A unidade de leitora é responsável pela digitalização dos 
dados de exposição para a estação de trabalho. 
 
Estação de Trabalho 
 
A estação de trabalho (computador), para mamografia é integrada com a CR 
e a impressora. Esta estação é uma ferramenta de controle de qualidade e 
identificação de imagens que possui interface intuitiva que oferece uso completo e 
facilitado na realização dos exames. O sistema foi desenvolvido para atender a 
todas as necessidades do profissional das técnicas radiográficas. Ele identifica 
paciente, realiza exames, controla a qualidade das imagens, imprime as imagens já 
concluídas. Com o mouse se tem acesso a um grande número de ferramentas para 
o controle de qualidade das imagens, controles como: zoom, brilho, contraste, 
alinhamento, identificação e impressão. 
Seu software facilita o trabalho, possui uma interface intuitiva, com botões 
ilustrados e com boa acessibilidade. Possibilitando selecionar incidências e 
impressão, de acordo com o filme escolhido. 
Formatação da Imagem 
 
10 
 
A mudança para o sistema digitalizado começa no cassete, não se utiliza 
mais filme e écran como no caso do cassete, os dois foram substituídos por uma 
placa flexível de fósforo fotoestimulável (cristais de bário contendo íons de 
Europium), o IP (Image Plate). Agora aimagem latente fica armazenada no IP. No 
processamento da imagem a unidade leitora tem mecanismo que retira a placa de 
fósforo de dentro do cassete, fazendo em seguida uma varredura por laser. Esse 
laser estimula o fósforo a emitir a luz, estes fótons de luz são multiplicados e 
convertidos em sinais digitais (bits – níveis de voltagem). Que serão transferidos ã 
estação de trabalho e processados para formar a imagem. A informação da placa é 
apagada por lâmpadas especiais, onde finalmente a placa é guardada no cassete e 
devolvida ao profissional, pronta para nova exposição. Esse cassete (carcaça) que 
protege o IP possui um chip onde irá armazenar os dados do paciente junto a 
incidência que deverá ser realizada. 
Estes cassetes, não precisam de filmes assim como também de Câmara 
Escura, dispensando químicos no processo de revelação. Após a exposição 
radiográfica, o cassete composto por sais Inorgânicos e placa de fósforo (não sendo 
sensível a luz) é conduzido à unidade leitora. A imagem da área radiografada será 
reproduzida num monitor com a informação do cliente. 
Para a mamografia são utilizados apenas em dois tamanhos o 18x24 e o 
24x30. Eles serão inseridos na ranhura de entrada da CR pelo operador, com o 
intuito de ler os dados que estão no chip de memória do cassete e que contém as 
informações de exame do paciente. Inserindo-se o cassete, a placa de fósforo é 
retirada deste e a imagem, então, estimulada por um feixe de laser e digitalizada. De 
acordo com as informações de exame lidas no chip embutido no cassete, 
parâmetros de processamento são automaticamente aplicados para a otimização da 
imagem. A placa de fósforo e o chip são, então, apagados e o cassete retorna 
pronto para uma nova exposição. 
Possui vida útil estimada em aproximadamente 15000 ciclos, graças a um 
sistema exclusivo de proteção contra desgaste mecânico chamado Electron Beam 
Cured (EBC). Feito de um material durável - ABS – que protegem a placa de fósforo 
11 
 
durante a sua manipulação. Os cassetes são montados com um chip de memória 
para armazenagem de dados do paciente e do exame. 
Estes dados de identificação ficam permanentemente relacionados com a 
imagem após a leitura do cassete. O chip de memória elimina a necessidade de uma 
conexão física entre a estação ID e o digitalizador. 
 
Central de Revelação (CR 35 X) 
 
A CR possui entrada automática de cassetes eliminando o tempo de espera, de 
acordo com o modelo pode ler apenas um cassete por vez, que é o modelo mais 
indicado para instituições de pequeno porte. Para locais que tem demanda de 
exames, o mais indicado são modelos que tenham duas entradas, uma para receber 
o cassete que será lido e outra onde após a leitura possa sair. Sem a necessidade 
de apertar botões, não requer interações manuais, bastando que o Tecnólogo em 
radiologia deposite os cassetes no buffer de entrada. Ele automaticamente acessa 
os cassetes e lê os dados demográficos na memória deste. Na sequência, ele 
escaneia o plate, digitaliza a imagem e deposita o cassete no buffer de saída para 
novos exames. 
Tem a função de identificação do cassete, permite o manuseio, 
processamento e manipulação da imagem. É conectado a um nobreak. Permite uma 
identificação sem demora e otimização de fluxo do trabalho. 
 
Impressora 
 
Quando se trata de impressão, as impressoras são selecionadas de acordo 
do tipo de impressão, que são dois: térmica e a laser. 
No caso de impressora térmica seu filme não precisa de cuidados específicos 
em sua manipulação, pode ser aberto e retirado da caixa para direcionar a 
impressora sem preocupação com a luminosidade. Ao contrário da impressão a 
laser, que precisa de manipulação adequada sem ter contato com a luz, caso 
contrário, esse filme será velado, não podendo ser utilizado depois. 
12 
 
Dependendo do modelo, pode possuir de duas ou três bandejas para 
armazenar os filmes com até 100 películas, podendo configurar quanto ao tamanho 
dos filmes e com revelação a seco. 
 
EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO 
 
1. Quais são os fatores que influenciam na qualidade da imagem no equipamento de 
mamografia? 
 
2. Quais são os tipos de filtros utilizados nos aparelhos de mamografia? 
 
3. Onde fica localizado o controle automático de exposição (CAE)? 
 
4. De acordo com as normas da Portaria nº453/98 quais são as exigências para 
adquirir um mamógrafo? 
 
5. Quais são os três modos de operação de um mamógrafo? Explique cada um 
deles? 
 
6. Explique o controle automático de exposição de um mamógrafo. 
 
 
TÉCNICA RADIOLÓGICA 
 
A mamografia é um exame que utiliza baixo kV e alto mAs, para gerar alto 
contraste, necessário na identificação das estruturas que compõem a mama, todas 
com densidade semelhante. 
Na realização da mamografia, deve-se utilizar compressão eficiente, entre 
11 a 18 Kgf, para obtenção de um bom exame (na prática, em aparelhos que não 
pele ficar tensa e/ou até o limite suportado pela paciente). 
 
 
13 
 
Vantagens da compressão: 
Reduz a dose de radiação, porque diminui a espessura da mama. 
Aumenta o contraste da imagem, porque a redução da espessura da mama diminui 
a dispersão da radiação. 
Aumenta a resolução da imagem, porque restringe os movimentos da paciente. 
Diminui distorções, porque aproxima a mama do filme. 
“Separa” as estruturas da mama, diminuindo a superposição e permitindo que as 
lesões suspeitas sejam detectadas com mais facilidade e segurança. 
Diminui a variação na densidade radiográfica ao produzir uniformidade na espessura 
da mama. 
 
EMBRIOLOGIA DA GLÂNDULA MAMÁRIA 
 
Durante o primeiro trimestre da vida embrionária, o broto epidérmico 
primitivo inicia a proliferação de cordões de células epiteliais que penetram abaixo 
da derme e se aprofundam, dando origem aos sistemas lobo-lóbulos-ácinos e de 
canais galactóforos da futura glândula mamária. 
Ao oitavo mês, os cordões epiteliais se aprofundam formando um canal 
simultaneamente à proliferação do estroma conjuntivo na região central, ambos 
convergindo para a formação do mamilo. Até o nascimento não haverá mais 
modificação do sistema. Na mama do feto a termo, ductos estão ramificados em 
forma de rede. Os lobos não são visualizados, podendo haver secreção mamária 
estimulada pelos hormônios maternos. O processo evolutivo permanece inalterado 
até a puberdade. Quando ocorre a menarca, sob os novos estímulos hormonais, os 
brotos mamários crescem, o tecido adiposo subcutâneo e o tecido conectivo 
aumentam de volume e o sistema ductal prolífera. Os ductos alongam-se na 
profundidade tecido subcutâneo e ocorre o desenvolvimento de ductos lobares, 
Ductos lobulares e ácinos. A maturação da glândula mamária pode ocorrer até a 
terceira década da vida. 
Entre as falhas de desenvolvimento da mama está a ocorrência de mamas 
acessórias, formada, geralmente, por tecido mamário sem a presença de mamilo. O 
local mais comum do seu aparecimento é a linha média axilar. Essas mamas 
14 
 
também estão sujeitas à mastalgia do período de ovulação e período pré-menstrual, 
como as mamas normalmente desenvolvidas, pois têm todas as funções cíclicas das 
mesmas. Elas são mais propensas às neoplasias malignas. Quando houver fatores 
de risco, como secreção mamilar,ou alguns dos sinais indiretos de câncer, a 
indicação é cirúrgica. Entre outros problemas de formação das mamas, pode-se citar 
a ginecomastia em meninos adolescentes e atelia ou amastia (ausência de mamas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
LINHA DE LEITE 
 
 
 
 
ANATOMIA DA MAMA 
 
 
 
O tamanho da mama varia de uma mulher para outra e, inclusive, na mesma 
mulher, dependendo da sua idade e da influência dos vários hormônios. No entanto, 
a mama se estende, para baixo, da porção anterior da segunda costela, até a sexta 
ou sétima costela, e da borda lateral do esterno até a axila. Ela é anterior e superior 
ao tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
ANATOMIA DA GLÂNDULA MAMÁRIA 
 
As glândulas mamárias estão situadas na parede anterior do tórax, de cada 
lado do esterno. Sob a fáscia superficial anterior aos músculos grande e pequeno 
peitoral, estendendo-se, anteriormente, em geral da segunda costela (ao nível da 
clavícula) à sexta costela, limitando-se pelo bordo lateral do esterno, na face interna, 
e pela linha média axilar, externamente. 
A função primária da glândula mamária é a lactação ou secreção de leite, a 
quantidade de tecido glandular adiposo, ou tamanho da mama feminina, não tem 
relação com a capacidade funcional da glândula. As glândulas mamárias, que têm 
como principal função a secreção do leite, estão situadas na parede anterior do tórax 
e se compõem de: 
* Ácino - Menor parte da glândula e responsável pela produção do leite durante a 
lactação; 
* Lóbulo mamário - conjunto de ácinos; 
* Lobo mamário - Conjunto de lóbulos mamários que se liga à papila através de um 
ducto; 
* Ductos mamários - Em número de 15 a 20 canais, conduzem a secreção (leite) até 
a papila; 
* Tecido glandular - Conjunto de lobos e ductos; 
* Papila - Protuberância elástica onde desembocam os ductos mamários; 
* Aréola - Estrutura central da mama onde se projeta a papila; 
* Tecido adiposo - Todo o restante da mama é preenchido por tecido adiposos ou 
gordurosos, cuja quantidade varia com as características físicas, estadas nutricional 
e idade da mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
ANATOMIA DA SUPERFÍCIE 
 
A anatomia da superfície inclui o mamilo, uma pequena projeção que contém 
uma coleção de aberturas de ductos provenientes das glândulas secretoras no 
interior do tecido mamário. 
A área pigmentada que circunda o mamilo é denominada aréola, definida 
como uma área circular de cor diferente que circunda um ponto central. A junção da 
parte inferior da mama com a parede anterior do tórax é chamada de prega 
inframamária. 
O prolongamento axilar é uma faixa de tecido que envolve o músculo peitoral 
lateralmente. Há Tecido mamário que chega até a axila é denominada cauda da 
mama ou prolongamento axilar da mama. 
 
18 
 
 
ANATOMIA DO PLANO SAGITAL 
Um plano sagital através da mama madura mostra a relação entre a 
glândula mamária e as estruturas subjacentes da parede torácica. A prega 
inframamária está ao nível da sexta costela, mas existe grande variação entre 
indivíduos. 
O músculo peitoral maior é observado sobre a caixa torácica. A porção 
central da mama é constituída basicamente de tecido glandular. Quantidades 
variáveis de tecido adiposo ou gorduroso circundam o glandular. 
A variação do tamanho de uma pessoa para outra é devida basicamente à 
quantidade de tecido adiposo na mama. A pele que recobre a mama possui 
espessura uniforme, exceto na área da aréola e do mamilo onde a pele é um pouco 
mais espessa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
ANATOMIA – VISÃO FRONTAL 
 
O tecido glandular da mama é dividido em 15 a 20 lobos dispostos como os 
raios de uma roda em torno do mamilo. Os lobos glandulares, constituídos de 
lóbulos individuais, não estão separados, mas se encontram agrupados em um 
arranjo radial. Distalmente, os lóbulos menores consistem em aglomerados de 
alvéolos arredondados. Esses grupos de alvéolos que formam os lóbulos são 
interconectados e drenam através de ductos individuais. Cada ducto se dilata em 
uma pequena ampola que serve como um reservatório de leite, um pouco antes de 
terminar em uma minúscula abertura na superfície do mamilo. 
Uma camada do tecido adiposo logo abaixo da pele circunda e recobre o 
tecido glandular. O tecido adiposo dos lóbulos mamários, a gordura subcutânea, 
está entremeada nos elementos glandulares. O tecido conjuntivo (ou fibroso) 
interlobular circunda e dá apoio aos lobos e a outras estruturas glandulares. 
Extensões formando faixas de tecido fibroso são conhecidas como ligamentos de 
Cooper (ou suspensores) da mama, e sua função é dar suporte às glândulas 
mamárias. Cada mama é abundantemente suprida por vasos sanguíneos, nervos e 
vasos linfáticos. Geralmente, algumas veias maiores podem ser distinguidas na 
mamografia. 
O termo trabéculas é usado pelos radiologistas para descrever as várias 
estruturas de pequeno tamanho encontradas na radiografia, como vasos 
sanguíneos, ductos e outras, que não podem ser diferenciadas. 
 
 
20 
 
] 
21 
 
TIPOS DE TECIDO MAMÁRIOS 
 
As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de 
tecido glandular, o que torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar 
da menopausa, o tecido mamário vai-se atrofiando e sendo substituído 
progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que exclusivamente, 
de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós-menopausa. Essas 
mudanças de características promovem uma nítida diferença entre as densidades 
radiológicas das mamas da mulher jovem e da mulher na pós-menopausa. 
Um dos maiores problemas ao se analisar as radiografias de mama é a 
presença de vários tecidos cujo contraste inerente é muito baixo. O tecido mamário 
pode ser dividido em três tipos principais: 
Glandular, fibroso ou conjuntivo e adiposo. 
Como todos estes tecidos são “tecidos moles”, não se pode contar com tecidos 
ósseos ou repletos de ar para propiciar um contraste. 
O tecido fibroso e glandular possui densidades semelhantes, isto é, a 
radiação é absorvida igualmente para ambos os tecidos. A principal diferença nos 
tecidos mamários é o fato de o tecido adiposo ser menos denso que o fibroso ou 
glandular. Esta distinção na densidade entre tecido adiposo e os tecidos 
remanescentes produz as diferenças da densidade fotográfica que aparecem na 
radiografia pronta. 
A mamografia mostra diferenças nas densidades dos tecidos. Estas 
diferenças são à base da imagem estruturas ou regiões “claras”. Os tecidos 
adiposos menos densos apresentam-se cinza-claros a cinza-escuros, dependendo 
da espessura destes tecidos. 
 
 
22 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA MAMA 
 
Na Mamografia, tanto a espessura da mama comprimida quanto a 
densidade do tecido contribuem para a seleção técnica. É fácil determinar o 
tamanho ou espessura da mama, mas a densidade dela é menos evidente e requer 
informações adicionais. A densidade relativa da mama é afetada basicamente pelas 
características mamárias inerentes do paciente, estado hormonal, idade e 
gestações. Portanto, as mamas podem ser classificadas em três categorias, 
dependendo das quantidades relativas de tecido glandular versus adiposo, sendo: 
 
23 
 
1. Mama Fibroglandular 
 
A mama jovem geralmente é muito densa, pois contém quantidade 
relativamente pequena de tecido adiposo. A faixa etária comum para a mama 
fibroglandular varia da pós-puberdade até cerca de trinta anos, mas, as mulheres 
com mais de 30 anos que nunca amamentaram provavelmente também pertencerão 
a este grupo. Mulheres grávidas ou lactentes de qualquer idade também são 
incluídas neste porque um tipo de mama muito densa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Mama Fibrogordurosa 
 
À medida que a mulher envelhece e ocorrem mais alterações nos tecidos 
mamários, há uma mudança gradual da pequena quantidade de tecido adiposo para 
uma distribuiçãomais igual de tecido gorduroso e fibroglandular, este grupo varia 
dos 30 aos 50 anos idade, a mama não é tão densa quanto no grupo jovem. 
Radiologicamente, esta mama tem densidade média e requer menor exposição que 
a mama do tipo fibroglandular. Várias gestações na vida reprodutiva de uma mulher 
acelerarão o desenvolvimento de sua mama para esta categoria Fibrogordurosa. 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Mama Gordurosa ou Adiposa 
 
Ocorre após a menopausa, comumente à partir dos 50 anos de idade. Após 
a idade reprodutora da mulher, a maior parte do tecido glandular da mama sofre 
atrofia, sendo convertida em tecido adiposo em um processo denominado involução. 
É necessária uma exposição ainda menor neste tipo de mama que nos primeiros 
dois tipos. As mamas das crianças e da maioria dos homens contêm principalmente 
gordura em pequenas proporções e, portanto, também pertencem a esta categoria. 
 
 
 
 
 
Observações: 
 
Embora a maioria das mamografias seja realizada em paciente do sexo 
feminino, deve-se saber que entre 1% e 2% de todos os cânceres de mama são 
25 
 
encontrados em homens; portanto ocasionalmente serão realizadas mamografias 
neles. 
Além do tamanho da mama e da espessura à compressão, a densidade 
média dos tecidos da mama determinará os fatores de exposição. A mama mais 
densa é a do tipo fibroglandular, a menos densa, a do tipo gorduroso, e a com iguais 
quantidades de tecido adiposo e fibroglandular chamada de Fibrogordurosa. 
 
MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO 
 
Dois métodos são comumente usados para subdividir a mama em pequenas 
áreas com o propósito de descrever a localização de lesões encontradas. 
 
Sistema de Quadrante: é mais fácil de ser usado. Podem ser descritos quatro 
quadrantes que utilizam o mamilo como o centro. 
QSE: quadrante superior externo 
QSI: quadrante superior interno 
QIE: quadrante inferior externo 
QII: quadrante inferior interno 
 
 
 
26 
 
Sistema de Relógio: 
Compara a superfície da mama ao mostrador de relógio. Há um problema com este 
método quando se descreve uma porção medial ou lateral da mama. A parte 
descrita com 3h na mama direita é descrita 9h na esquerda. Este método do relógio, 
é mais utilizado na ultrassonografia mamária. 
 
 
 
ASPECTO RADIOLÓGICO DO TECIDO MAMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO DO CONTÉUDO PROPOSTO 
 
1. Onde se localiza a glândula mamária? 
2. Qual é a função primária da glândula mamária? 
3. Como é constituída a anatomia da superfície. Explique cada componente. 
4. Explique resumidamente a evolução do broto mamário. 
5. Quais são os tipos de tecido mamário? 
6. O que são mamas acessórias e qual é o local mais comum do seu aparecimento? 
7. Cite um problema de formação das mamas geralmente desenvolvido nos meninos 
durante a adolescência. 
8. O que é atelia ou amastia? 
9. Quais são os dois métodos de localização mais usados na mamografia? 
10. Faça um desenho esquemático da anatomia de superfície e corte da mama no 
plano sagital. 
11. Porque a mamografia não é indicada para mulheres antes dos 35 anos? 
12. Antes dos 35 anos qual o exame indicado para estudar o parênquima mamário? 
Por quê? 
13. Diferencie mama densa de mama liposubstituída. 
14. Qual a importância da mamografia em mulheres a partir dos 40 anos? 
15. Descreva sucintamente o desenvolvimento da mama desde a mulher jovem até 
a fase pós- menopausa. 
16. Esquematize um desenho das mamas de frente, divida em quadrantes e dê 
nome a cada quadrante. 
 
 
 
 
 
MAMOGRAFIA – DEFINIÇÃO E FINALIDADE 
 
A mamografia, mastografia ou senografia é a radiografia simples das 
mamas, um exame de alta sensibilidade considerado um método fundamental para 
o rastreamento do câncer de mama. 
Contudo, a mamografia revela-se mais eficiente nas mulheres acima de 40 
anos, já que nas mais jovens, por apresentarem uma alta densidade de tecido 
mamário, o exame não tem os mesmos resultados. 
Nos dias de hoje, a utilização de mamógrafos de alta resolução, dotados de 
foco fino para ampliação, de combinação adequada filme-écran, e de 
processamento específico tem proporcionado a detecção de um número cada vez 
maior de lesões mamárias, principalmente lesões pequenas, quando ainda não são 
palpáveis. 
A mamografia deve ter alta qualidade e para tanto são necessários: 
equipamento adequado, técnica radiológica correta (posicionamento, técnica) e, 
principalmente conhecimento, prática e dedicação dos profissionais envolvidos. 
 
INDICAÇÕES DA MAMOGRAFIA 
 
Mamografia de Rotina 
 
Mamografia de rotina é aquela realizada em mulheres sem sinais ou 
sintomas de câncer de mama, sendo capaz de detectar lesões pequenas, não 
palpáveis (geralmente com melhores possibilidades de tratamento e melhor 
prognóstico). 
 
 
As situações em que a mamografia é solicitada com esta finalidade são as 
seguintes: 
 
a) Rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomática 
Recentes diretrizes recomendam a mamografia de rastreamento (ou de rotina), nas 
mulheres assintomáticas a partir de 40 anos e depois anual, associada com auto-
exame mensal e exame clínico anual, embora os benefícios destes últimos não 
estejam cientificamente comprovados. Antes de 40 anos, a mamografia de 
rastreamento deve ser realizada em mulheres com alto risco para câncer de mama 
(parente de primeiro grau na pré-menopausa, história pregressa de hiperplasia 
atípica ou neoplasia lobular in situ). 
 
b) Pré-terapia de reposição hormonal (TRH) 
A paciente candidata à terapia de reposição hormonal (TRH) deve realizar a 
mamografia antes do tratamento com a finalidade de estabelecer o padrão mamário 
e detectar lesões não palpáveis. Qualquer alteração deve ser esclarecida antes de 
iniciar TRH. Após o início da TRH a mamografia é realizada anualmente (não há 
necessidade de realizar mamografia semestral). 
 
c) Pré-operatório para cirurgia plástica 
Com a finalidade de rastrear qualquer alteração das mamas, principalmente em 
pacientes a partir da 5ª década ou um pacientes que ainda não tenham realizado o 
exame. 
 
d) Seguimento 
Após mastectomia (estudo da mama contralateral) e após cirurgia conservadora. 
Nestes casos, a mamografia de seguimento deve ser realizada anualmente, 
independente da faixa etária, sendo de extrema importância o estudo comparativo 
entre os exames. 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO 
 
A profissional que vai recepciona a mulher deve apresentar-se e estabelecer 
contato visual. Devemos manter um diálogo para tentar tirar a paciente do foco do 
exame, pois muitas já chegam armadas para o exame tenso, devido à compressão. 
Antes de executar o exame, devemos prosseguir com a anamnese: 
 
 
31 
 
MODELO DE QUESTIONÁRIO PARA MAMOGRAFIA 
 
Nome ............................................................................................................................................ 
Data de Nascimento: _____/_____/_____ Idade: ….…............................... 
Telefone: …................................................................... Data do Exame: _____/_____/_____ 
Idade da Menarca: ….................................. Data da Última menstruação: _____/_____/_____ 
Quantas vezes ficou grávida? …............................ Quantos Filhos Teve?................................... 
Aborto? ( ) Sim ( ) Não ( ) Provocado ( ) Espontâneo 
Amamentou? ( ) Sim ( ) Não Por quanto Tempo? …............................................................ 
Qual o motivo do exame? ( ) Rotina ( ) Diagnóstico ( ) Primeira Vez 
Alguém na Família de Câncer de Mama? ( ) Sim ( ) Não Quem? …................................. 
Dor nas Mamas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda …............................................ 
Sente Algum Caroço nas Mamas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda …................ 
ApresentaSecreção nas Mamas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda Cor? ….............. 
Cirurgia nas Mamas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda Qual? …............................. 
Histerectomia? ( ) Sim ( ) Não Idade? …................................................................................ 
Biópsia ou Punção nas Mamas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
Qual? …........................................................................ Resultado? …........................................ 
Já Fez Mamografia? ( ) Sim ( ) Não Já Fez Ultrasson das Mamas? ( ) Sim ( ) Não 
Possui Prótese Mamária de Silicone ( ) Sim ( ) Não Desde Quando? …................................ 
Faz Uso de Anticoncepcional, Hormônio para Menoupausa ou Tireóide? ( ) Sim ( ) Não 
Fez Radioterapia ou Quimioterapia nas Mamas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
Trauma na Mama? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
Fale Sobre o Tipo de Trauma …................................................................................................... 
Trouxe Exames Anteriores: ( ) Sim ( ) Não 
( ) Mamografia ( ) Ultrassonografia Data: ____/____/____ 
Profissional 
Alteração Cultânea ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
Cicatriz ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
Retração Mamilar ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
Mastectomia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Direita ( ) Esquerda 
 
32 
 
Obs:................................................................................................................................
....................................................................................................................................... 
Deve-se realizar inspeção das mamas antes de realizar o posicionamento 
devendo sempre observar: 
* Se há alguma característica anatômica específica que precisa ser levada em 
consideração (por exemplo, cifose torácica ou escoliose). 
* A paciente usa um marca-passo (em caso positivo, deve ser explicado que a 
radiação não afeta o seu funcionamento nem descarrega as baterias). 
* Se há quaisquer alterações na mama: cicatrizes, lesões cutâneas como nervos ou 
verrugas, eczemas mamilares, secreção ou retração mamilar (especialmente se for 
de início recente), retração cutânea local ou quaisquer outras informações 
relevantes para o radiologista e registrar isso na planilha adequada (ficha individual 
da paciente). 
Toda paciente antes de realizar um exame de mamografia deve responder 
ao questionário que deverá ser fixado à sua ficha individual para que o médico 
radiologista possa saber o seu histórico, facilitando assim o diagnóstico. 
É inevitável a associação feita entre a mamografia e o câncer de mama. 
Quando é solicitado a uma paciente para realizar uma mamografia, esta associação 
é quase que automática, neste caso, devemos lembrar que o fato de se diagnosticar 
um câncer de mama leva a uma cirurgia que, dependendo do estágio da doença, 
significa uma mutilação para essa mulher. A ansiedade da mulher pode variar desde 
uma leve apreensão a um estado francamente patológico. Em alguns momentos, a 
ansiedade da paciente pode se revelar em atitudes distintas, tais como: 
- Demonstração de hipersensibilidade das mamas, na tentativa de impedir a 
realização do exame e, assim, "fugir" do resultado; 
- Agressividade em relação ao serviço ou ao profissional que está realizando 
o seu exame; 
- Paciente não colaborativa, mostrando-se resistente à realização dos 
procedimentos normais do exame, manifestando recusa para responder o 
questionário prévio, aceitar a compressão ou os posicionamentos, aceitar as 
incidências complementares e/ ou os prazos normais, estipulados pelo serviço, para 
a entrega do resultado. 
 
33 
 
Dependendo do tipo de procedimento que a paciente vai realizar, o grau de 
ansiedade pode se apresentar em diferentes níveis. A mamografia em paciente 
assintomática costuma causar um menor grau de ansiedade, mas qualquer 
procedimento adicional, como a repetição de uma radiografia ou a realização de 
uma incidência adicional, pode elevá-lo. Dessa forma, os exames que saem da 
rotina, tais como a realização de exame em pacientes com nódulos palpáveis ou 
procedimentos invasivos (biópsia ou agulhamento pré-cirúrgico), também costumam 
elevar o grau de ansiedade. 
 
A PACIENTE DE MAMOGRAFIA 
 
Ao se realizar um exame de mamografia, além dos fatores técnicos, devem-
se levar em consideração os sentimentos da paciente. Uma mulher que se submete 
a este tipo de exame, diferentemente de qualquer outro tipo de exame, está sujeita a 
um stress devido à simbologia que a mama representa para a sensualidade 
feminina. Por causa da tensão, a paciente pode apresentar a musculatura contraída, 
dificultando o posicionamento, e contribuindo para que a compressão seja dolorosa, 
tornando o exame muito mais incômodo do que o normal. 
 
 
 
As mulheres que recorrem ao exame de mamografia podem ser divididas 
em dois grupos: 
 
 
34 
 
a) Sintomática, com sintomas nas mamas (dor, nódulo palpável, etc.); 
b) Assintomáticas, que faz o exame para detecção precoce de câncer de 
mama. 
Independentemente do motivo pelo qual a paciente está realizando o exame 
de mamografia, ela está envolvida pelos seguintes sentimentos: 
 
* Vergonha de ter sua privacidade invadida, na medida em que ela é "obrigada" a 
expor uma parte de seu corpo tão íntima e tão importante para a sua sensualidade; 
* Ansiedade pelo resultado do exame, pois o diagnóstico de um câncer de 
mama pode significar para ela, a mutilação desse órgão; 
* Medo da forma como o exame é realizado, pois muitas mulheres que já tiveram 
experiências desagradáveis anteriormente espalham boatos sobre o desconforto 
desse exame. 
 
O PAPEL DA(O) PROFISSIONAL EM MAMOGRAFIA 
 
Em virtude da importância da mamografia no diagnóstico precoce do câncer 
de mama, o papel da técnica em radiologia que realiza este tipo de exame se torna 
primordial. Cabe a técnica ter a sensibilidade de, em cada paciente, saber identificar 
o grau de ansiedade em que ela se encontra e trabalhar com o seu emocional para 
poder atingir uma maior colaboração desta paciente. Algumas atitudes tornam-se 
úteis. Atender cada paciente como única, respeitando sua individualidade, é uma 
delas. Para isso, algumas dicas são muito importantes: 
 Recebê-la sempre com um sorriso amável; 
 Tratá-la de forma cordial e atenciosa, chamando-a pelo nome; 
 Demonstrar que a sua privacidade está sendo respeitada mantendo a 
porta da sala trancada e evitando que aconteça qualquer tipo de 
interrupção durante o exame; 
 Explicar o motivo dos procedimentos durante o exame, por exemplo, o 
motivo da compressão da mama; 
 
35 
 
 Durante o exame, a técnica deve demonstrar competência, precisão e 
segurança na condução do exame; 
 Demonstrar à paciente que compreende os seus medos, tentando 
conquistar a sua confiança e, dessa forma, criar um momento de 
cumplicidade, buscando a sua cooperação. 
 
ASPECTOS PRÁTICOS DA COMPRESSÃO 
 
 
 A compressão inadequada da mama pode interferir drasticamente na 
qualidade do exame. 
 A compressão tem a finalidade de fixar a mama e mantê-la em uma 
posição desejada diminuindo-se assim o risco de radiografias 
tremidas. 
 Com a compressão obtém-se uma redução na espessura da mama. 
 Nesses casos minimiza-se a dose de exposição, reduz-se o 
borramento indesejável, permitindo que toda a mama passe a ter a 
mesma espessura. 
 Outra vantagem da compressão é a possibilidade de que as 
estruturas fiquem "esparramadas", facilitando a análise do exame e 
diminuindo o risco de falsas imagens criadas por superposição de 
estruturas. 
 A compressão não pode, em hipótese alguma, tomar-se uma 
agressão à paciente, pois se traumatizada, ela poderá nunca mais 
voltar a fazeruma mamografia. 
 Existe um limite muito tênue entre a compressão ideal e a tolerada 
pela paciente, cabendo à técnica considerar o estado emocional em 
que a mulher se encontra descobrindo esse limite individual para 
fazer uma boa compressão sem traumatizá-la. 
 
36 
 
 
POSICIONAMENTO X COMPRESSÃO 
 
A profissional deve compreender a necessidade da compressão na 
mamografia. Uma mamografia de boa qualidade somente pode ser obtida com uma 
mama adequadamente comprimida. A compressão afina substancialmente a mama, 
distribuindo a espessura mais igualmente sobre toda a sua superfície. A 
compressão é usada pelos seguintes razões: 
 Menor radiação dispersa melhorando assim, o contraste das 
imagens; 
 Menor radiação no tecido mamário; 
 Menos borramento devido à melhora da geometria e da imobilização; 
 Separação de diversas estruturas e menor sobreposição das sombras 
teciduais, fornecendo uma melhor visualização do tecido mamário; 
 Densidade mais homogênea no filme; 
 Melhor visualização das distorções (estruturas teciduais normais). 
 
A importância da compressão adequada deve ser explicada à mulher antes 
que a mama seja comprimida. A maioria das mulheres considera a compressão 
desagradável, algumas a acham até mesmo dolorosa. A mulher geralmente tolera 
Figura A – Compressão 
efetiva, onde a mama se 
apresenta com uma 
espessura uniforme. 
Figura B – Compressão 
seletiva feita com um 
compressor de área 
pequena. 
 
37 
 
melhor quando a técnica menciona que a compressão somente durará alguns 
segundos. 
A mama deve ser comprimida adequadamente, mas não mais do que o 
necessário. Quando o tecido tiver sido espalhado ao máximo, qualquer tentativa 
posterior de compressão é inútil, uma vez que a qualidade da imagem não 
melhorará, e o risco de dor aumentará rapidamente. 
A dose usual de força compressiva a ser aplicada na mama varia entre 11 e 
18 Kgf e o grau de compressão tolerado pelas mulheres é variável. Mulheres com 
mamas sensíveis na fase pré-menstrual devem ser submetidas a mamografia uma 
semana após o início da menstruação. 
Durante a compressão, a técnica deve observar a mulher para notar 
qualquer reação inicial à dor. A compressão é mais bem tolerada quando a mulher é 
solicitada a indicar quando a compressão está desconfortável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
1- Porque a compressão da mama durante a realização da mamografia bilateral 
pode interferir drasticamente na qualidade do exame? 
 
2- O que pode ocorrer quando a mama não é bem fixada na mamografia? 
 
3- Escreva seis objetivos da compressão. 
 
4- O que a técnica pode fazer para que a compressão não se torne uma agressão à 
paciente? 
 
5- Escreva um texto com 5 linhas convencendo a paciente que a compressão não 
pode ser dispensada e as vantagens que ela proporciona na realização de um 
mamografia de qualidade. 
 
6- A compressão pode ser atenuada caso a paciente não suporte 18 kg? Responda 
sim ou não e justifique a sua resposta. 
 
 
POSICIONAMENTOS E CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS 
INCIDÊNCIAS BÁSICAS E COMPLEMENTARES 
 
As incidências seguem padronização, tanto do posicionamento da paciente 
quanto da angulação do tubo. Na mamografia, são utilizadas as incidências básicas 
e as incidências complementares. As incidências básicas, craniocaudal e médio-
lateral oblíqua representam a base de todos os exames. As incidências 
complementares esclarecem situações detectadas nas incidências básicas, servem 
para realizar manobras e estudar regiões específicas. As incidências 
complementares mais utilizadas atualmente são craniocaudal forçada, cleavage, 
médio-lateral ou perfil externo, lateromedial ou perfil interno e caudocranial. As 
incidências complementares axilar e retromamária estão em desuso. 
 
39 
 
INCIDÊNCIAS BÁSICAS 
 
As incidências básicas ou padrões, também algumas vezes denominadas 
incidências de rotina ou rotinas do serviço, são as incidências ou posições 
comumente realizadas na maioria dos serviços de mamografia. 
 
INCIDÊNCIA CRÃNIO-CAUDAL (CC) 
 
Posicionamento: Tubo vertical, feixe perpendicular à mama. 
Paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para o lado oposto ao 
exame; do lado examinado, mão na cintura e ombro para trás ou braço ao longo do 
corpo, com o ombro em rotação externa. 
Elevar o sulco inframamário para permitir melhor exposição da porção superior da 
mama, próxima ao tórax. 
Centralizar a mama no Bucky, mamilo paralelo ao filme. 
As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica. 
Para melhorar a exposição dos quadrantes externos, pode-se tracionar a parte 
lateral da mama, antes de aplicar a compressão. 
São realizadas na mama direita e mama esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
INCIDÊNCIA MÉDIO-LATERAL OBLÍQUA (MLO) 
 
Posicionamento: Rodar o tubo até que o bucky esteja paralelo ao músculo grande 
peitoral, variando a angulação ente 30 º e 50º (pacientes com cifose angular menos, 
sempre a mama direita e esquerda devem possuir a mesma angulação). 
Feixe perpendicular à margem lateral do músculo grande peitoral. 
Paciente de frente para o bucky com o braço do lado examinado fazendo 90º com o 
tórax; encaixar a axila e o grande peitoral e a mama para o bucky ( colocar a mama 
para cima, “abrindo” o sulco inframamário); rodar o paciente (lado oposto ao exame 
para fora) e comprimir. 
Centralizar a mama, mamilo paralelo ao filme. 
As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica com a mesma angulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES 
 
Estas incidências são posições mais comuns realizadas como extras ou 
adicionais para demonstrar melhor certas condições patológicas ou partes 
específicas do corpo. 
 
 
 
41 
 
INCIDÊNCIA MÉDIO-LATERAL (ML) 
Incidência Lateral Verdadeira (90◦) 
Posicionamento: Esta incidência deve incluir, obrigatoriamente, parte do 
prolongamento axilar e é também chamada de perfil absoluto. 
Indicação: Mamas tratadas com cirurgia conservadora e esvaziamento axilar, 
verificação do posicionamento do fio metálico, após marcação pré-cirúrgica de 
lesões não-palpáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIA CRANIOCAUDAL FORÇADA (XCC) 
Crânio-caudal Lateralmente Exagerada (CCLE) 
Posicionamento: É uma incidência craniocaudal, com ênfase na exposição dos 
quadrantes externos, notadamente o quadrante superior externo. 
Indicação: Para melhor visualização dos quadrantes externos, incluindo a cauda de 
Spence (tecido mamário proeminente, que “invade” a axila lateralmente, na borda 
lateral do músculo grande peitoral). 
 
 
 
 
42 
 
 
 
MÉTODO DE EKLUND 
 
Procedimento de Deslocamento de Implante (DI) 
Posicionamento: Fazer incidências básicas. 
Posicionamento: Fazer incidências básicas usando a Técnica de Eklund se for 
possível. 
Usar o modo manual (preferência) ou automático. 
Manual – 25 a 27kv – 40 a 60 mAs – localização retroglandular, 63 a 80 mAs – 
localização retropeitoral. 
Atenção: 
Em pacientes com adectomia subcutânea (o implante fica bem abaixo da pele, com 
pouco ou nenhum parênquima mamário), fazer o exame no manual, usando 25Kv – 
40mAs. 
 
Técnica de Eklund 
Permite melhor visualização do parênquima mamário, de mais fácil execução na 
localização retropeitoral e não deve ser usada quando há contratura capsular (o 
implante está fixo endurecido pela cápsula fibrosa). Consiste em “empurrar” o 
implante de encontro ao tórax e “puxar” a mama. A placa compressora comprime a 
mama livre de quase todo (em alguns casos de todo) o implante. De preferência 
usar o modo manual. 
 
 
43 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
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MANOBRAS EXTRAS 
 
São recursos para estudar as alterações detectadas na mamografia e que 
podemser associadas a qualquer incidência. As incidências complementares são as 
incidências ou manobras realizadas como extras ou adicionais para demonstrar 
melhor certas condições patológicas ou específicas do corpo. 
 
COMPRESSÃO LOCALIZADA 
 
A compressão localizada “espalha” o parênquima mamário, diminuindo o 
“efeito de soma” (superposição de estruturas com densidades radiográficas 
semelhantes), que pode ser responsável por imagens “caprichosas” 
Indicação: Estudo de áreas densas e análise do contorno de nódulos. 
Nos casos de áreas densas (assimetrias), quando a lesão é de natureza benigna ou 
quando representa superposição de estruturas, geralmente ocorre mudança de 
aspecto da área densa. 
 
 
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AMPLIAÇÃO 
Representa a ampliação de parte da mama. 
Indicação: Visibilizar detalhes nas áreas suspeitas e, principalmente, estudar a 
morfologia das microcalcificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MANOBRA ROTACIONAL - ROLL – RL OU RM 
 
A finalidade também é dissociar estruturas, melhor indicada e executada 
quando a imagem é visualizada na incidência CC. 
Indicação: Estudo de áreas densas, identificadas na incidência CC. 
 
 
 
 
 
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CLEAVAGE – CV 
 
É uma incidência craniocaudal, com ênfase na exposição dos quadrantes 
internos, notadamente o quadrante inferior interno. 
Indicação: Visualização dos quadrantes internos, incluindo bem as lesões situadas 
no quadrante inferior interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAUDOCRANIAL 
 
É uma incidência craniocaudal “ao contrário” (RCC = reverse craniocaudal). 
O aspecto é o mesmo da craniocaudal, porém com a imagem “em espelho”. 
Indicação: Mama masculina ou mama feminina muito pequena (se houver 
dificuldade de realizar a craniocaudal, face ao pequeno volume da mama). 
Paciente com marca-passo; 
Paciente com cifose acentuada; 
Paciente grávida (nos raros casos em que há indicação de mamografia em 
gestantes, o exame deve ser realizado com avental de chumbo no abdome e as 
incidências básicas também são CC e MLO, podendo a CC ser substituída pela 
RCC se o volume do útero grávido permitir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTIONÁRIO PARA FIXAÇÃO 
 
1. O que é mamografia? 
2. Para obter-se um excelente resultado do exame de mamografia qual é a 
compressão necessária? 
3. Cite as vantagens da compressão. 
4. Diferencie as incidências básicas das incidências complementares. 
5. Quando utilizamos as incidências complementares e para que serve? 
6. Qual é o tipo de incidência comumente usada na maioria dos serviços 
radiológicos? 
7. Para que serve as incidências avançadas? 
8. Explique o método de Eklund. 
9. Qual a utilidade das incidências complementares? 
10. Descreva as seguintes incidências abaixo: 
Crânio-Caudal (CC) 
Médio-Lateral Oblíqua (MLO) 
Médio-Lateral (ML) 
Crânio caudal Forçada (XCC) 
11. Qual a indicação para a compressão localizada? 
12. Qual é a indicação de uma ampliação? 
13. Para que serve as seguintes incidências complementares abaixo e relate suas 
indicações. 
Perfil Interno 
Manobra Rotacional 
Cleavage 
Caudo Cranial 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
1. LOPES, Aimar Aparecida; LEDERMAN, Henrique M.; DIMENSTEIN, Renato. 
GUIA PRÁTICO DE POSICIONAMENTO EM MAMOGRAFIA _ São Paulo, 2000 – 
Editora SENAC São Paulo. 
2. DRONKERS, Daniel J.; HENDRIKS, Jan H. C. L.; HOLLAND, Roland; 
ROSENBUSCH, Gerd. MAMOGRAFIA PRÁTICA – Patologia – Técnicas - 
Interpretação - Métodos Complementares – Rio de Janeiro, 2003 – Editora 
REVINTER. 
3. LEE, Linda; STICKLAND, Verdi; WILSON, A. Robin M.; ROEBUCK, Erick J. 
TÉCNICA RADIOLÓGICA EN MAMOGRAFIA. Madri:, S.L, 1998. Marban Libros. 
4. BONTRAGER, K.; TRATADO DE POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E 
ANATOMIA ASSOCIADA; 6ª Ed. Editora Guanabara Koogan. 
5. BIASOLI, Antônio Jr – TÉCNICAS DE POSICIONAMENTO. Editora Rúbio 
6. MAMOGRAFIA: POSICIONAMENTOS RADIOLÓGICOS; COSTA, Nancy de 
Oliveira; Editora Corpus.

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