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escrituração zootecnica

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1
Coleção E@D Leite, 2
Melhoramento genético e controle 
zootécnico de rebanhos leiteiros
Embrapa
Juiz de Fora, MG
2018
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Gado de Leite
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto
Frank Angelo Tomita Bruneli
Glaucyana Gouvêa dos Santos
Cláudio Nápolis Costa
Módulo 2
Escrituração zootécnica de rebanhos leiteiros
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Gado de Leite
Unidade responsável pelo conteúdo e pela edição
Embrapa Gado de Leite 
Comitê de Publicações de Embrapa Gado de Leite
Presidente
Pedro Braga Arcuri
Secretária-executiva
Inês Maria Rodrigues
Membros
Alexander Machado Auad, Fábio Homero Diniz, Fernando 
César Ferraz Lopes, Francisco José da Silva Lêdo, Frank 
Ângelo Tomita Bruneli, Jackson Silva e Oliveira, Letícia 
Caldas Mendonça, Nivea Maria Vicentini, Pérsio Sandir 
D’Oliveira, Rita de Cássia Bastos de Souza, Rita de Cássia 
Palmyra Pinto, Virgínia de Souza Columbiano Barbosa.
1ª edição
Coordenação editorial
Vanessa Maia Aguiar de Magalhães, Luiz Ricardo da Costa
Supervisão editorial
Vanessa Maia Aguiar de Magalhães, Luiz Ricardo da Costa
Adaptação de linguagem e conteúdo
Vanessa Maia Aguiar de Magalhães, Luiz Ricardo da Costa
Revisão editorial e organização
Rosangela Zoccal
Revisão Gramatical
Luiz Ricardo da Costa, Rita de Cássia Bastos de Souza
Adaptação pedagógica
Rita de Cássia Bastos de Souza
Normalização bibliográfica
Inês Maria Rodrigues (CRB 6/1689)
Projeto gráfico, editoração eletrônica e 
tratamento das ilustrações
Adriana Barros Guimarães, Vanessa Maia Aguiar de 
Magalhães, Luiz Ricardo da Costa
Colaboração
João Eustáquio Cabral de Miranda, Marcos Vinícius Gualberto 
Barbosa da Silva
Equipe editorial
Leonardo Mariano Gravina Fonseca, Luiz Ricardo da Costa, 
Rita de Cássia Bastos de Souza, Rosangela Zoccal, Vanessa 
Maia Aguiar de Magalhães
Capa
Adriana Barros Guimarães, Luiz Ricardo da Costa, Vanessa 
Maia Aguiar de Magalhães
Fotos
Vanessa Magalhães, Luiz Ricardo, Rosangela Zoccal, 
Marcos Lopes La Falce, Maria Gabriela C. D. Peixoto
© Embrapa 2018
Melhoramento genético e controle zootécnico de rebanhos leiteiros – Módulo 2: Escrituração zootécnica de rebanhos leiteiros./ 
/ Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto ... [et al.]. – Juiz de Fora : Embrapa Gado de Leite, 2018. 
 26 p. : il. col. 
 Coleção E@D Leite 
 1. Controle reprodutivo. 2. Controle leiteiro. 3. Escore de condição corporal. 4. Fichas de controle. 5. Registros de 
ocorrências. I. Peixoto, Maria Gabriela Campolina Diniz. II. Bruneli, Frank Angelo Tomita. III. Santos, Glaucyana Gouvêa dos. 
IV. Costa, Cláudio Nápolis. 
 CDD 636.2082 
Inês Maria Rodrigues (CRB 6/1689)
Autores do curso
Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto
Médica-veterinária, doutorado em ciência animal, pesquisadora da Embrapa Gado de 
Leite, Juiz de Fora, MG
Frank Angelo Tomita Bruneli
Médico-veterinário, doutor direto em zootecnia, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, 
Juiz de Fora, MG
Glaucyana Gôuvea dos Santos
Médica-veterinária, doutorado em zootecnia, ex-pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, 
Juiz de Fora, MG 
Cláudio Nápolis Costa
Zootecnista, PhD em Genética Animal, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de 
Fora, MG
Autor do módulo 2
Frank Angelo Tomita Bruneli
Médico-veterinário, doutor direto em zootecnia, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, 
Juiz de Fora, MG
Controle reprodutivo
Introdução
Controle genealógico
Escore de condição corporal – ECC
Controle do desenvolvimento ponderal
Medidas do sistema linear
Controle leiteiro
Descarte de animais
8
6
10
12
11
15
13
21
Sumário do módulo 2 - Escrituração zootécnica de rebanhos leiteiros
8 Controle econômico-financeiro24
Referências bibliográficas24
Glossário24
6
Módulo 2 Escrituração zootécnica de rebanhos leiteiros
2.1 Introdução
A escrituração zootécnica é a anotação de todas as práticas e acontecimentos do rebanho em planilhas 
eletrônicas ou fichas de controle específicas. Nelas se registram as informações sobre a genealogia 
(pedigree) e a ocorrência de eventos reprodutivos, sanitários e clínicos durante toda a vida do animal, 
desde seu nascimento até seu descarte ou morte; devem ser registradas também as informações sobre 
o desempenho de cada animal do rebanho; além das informações sobre a contabilidade econômica e 
financeira da propriedade. 
Os registros das ocorrências geram informações que permitem o gerenciamento da atividade como 
um todo. Para tomar as melhores decisões, é importante considerar dois níveis de informações: as 
que são geradas dentro da propriedade e as externas que ajudam a entender os fatores favoráveis ou 
desfavoráveis com relação à produção de leite, por exemplo, comportamento do mercado e do clima.
As informações geradas na propriedade podem ser separadas em:
a) Planejamento: Define as estratégias de ações de curto e longo prazo com base na realidade. Os 
indicadores podem ser relacionados ao padrão genético, sistema de alimentação ou de manejo. No 
planejamento estão incluídos o objetivo geral e as metas do sistema de produção;
b) Execução: é a divisão de tarefas e a harmonização dos esforços, devendo ser treinados todos os 
envolvidos na atividade para o registro dos dados de acordo com os indicadores definidos;
c) Verificação: deve-se estudar o resultado medido e coletado no passo anterior e compará-lo em 
relação aos resultados esperados (objetivos ou metas estabelecidas) para determinar quaisquer 
diferenças;
d) Ajuste: aqui são realizadas as ações corretivas sobre as diferenças significativas entre os resultados 
reais e planejados, determinando-se as suas causas. 
A definição do conjunto de informações geradas depende do nível de detalhamento registrado e dos 
objetivos da propriedade. No mercado, existem vários programas computacionais (software) para esta 
finalidade, mas não basta ter bons programas, é preciso contar com pessoas treinadas e comprometidas 
em registrar os dados e transformá-los em informação útil para a tomada de decisão e alimentação 
constante do planejamento. Em explorações mais tecnificadas, que usam várias tecnologias, o registro 
é feito automaticamente por sensores ou equipamentos instalados nos diferentes ambientes do sistema 
de produção. 
O registro das informações permite ao produtor conhecer todo o sistema de produção, além de obter 
e monitorar os indicadores zootécnicos que são de extrema importância, reduzindo a incidência de 
erros na tomada de decisões para a propriedade. Ao adotar o registro das ocorrências como auxílio no 
gerenciamento, observa-se uma gradativa melhora no desempenho da propriedade, principalmente em 
relação à produção e reprodução. 
Os principais indicadores de desempenho técnico da propriedade leiteira se referem à produção e 
produtividade, como: 
Volume diário de leite produzido; 
•	 Percentual de vacas em lactação
•	 Duração da lactação
•	 Persistência da lactação
7
•	 Produção média por vaca em lactação
•	 Produção média por vaca total
•	 Produção por lactação
•	 Período seco
Os registros dos dados sobre a reprodução das vacas geram indicadores importantes como: 
•	 Período de serviço
•	 Taxa de prenhez
•	 Taxa de fertilidade
•	 Taxa de natalidade
•	 Taxa de mortalidade de bezerros
•	 Idade à primeira cobertura
•	 Idade aoprimeiro parto 
•	 Intervalo de partos 
Há também a possibilidade de reunir informações sobre a produção e reprodução e obter outro indicador 
importante, como por exemplo, produção de leite por intervalo de partos. 
As informações sobre a qualidade do leite também são de grande importância para avaliar a atividade, 
como: 
•	 Contagem total de bactérias, CTB 
•	 Contagem de células somáticas, CCS 
•	 Percentual de gordura, lactose e proteína do leite 
As informações geradas a partir da escrituração zootécnica permitem:
•	 Identificar com segurança cada animal e seus parentes
•	 Acompanhar o desempenho reprodutivo, produtivo e a saúde dos animais
•	 Programar a nutrição de acordo com as necessidades e desempenho do animal
•	 Tomar decisões sobre o descarte e reposição do rebanho
•	 Planejar o acasalamento com foco na melhoria genética do rebanho
•	 Promover o rebanho comercialmente
8
A escrituração zootécnica deve ser realizada diariamente em planilhas ou em fichas de controle, de 
forma manual ou informatizada, com programas computacionais adequados, evitando-se o acúmulo 
de trabalho e omissão de detalhes. Existem diversos tipos de fichas e formas para a realização da 
escrituração zootécnica. Na biblioteca virtual, você encontrará vários modelos de fichas de controle 
zootécnico. 
Um programa computacional de gerenciamento da propriedade rural e escrituração zootécnica 
é disponibilizado gratuitamente pela Embrapa Gado de Leite e pode ser acessado pela internet 
no endereço: http://gisleite.cnpgl.embrapa.br. O Gisleite é um sistema de informação gerencial, 
desenvolvido para viabilizar o gerenciamento da propriedade leiteira, além de ações de certificação 
de qualidade e de rastreabilidade. O sistema também permite análises agregadas e segmentadas por 
região geográfica, estrutura, nível de desempenho ou outra caracterização definida conforme interesse 
do usuário. 
O objetivo do Módulo 2 é mostrar como se realiza a escrituração zootécnica relacionada ao controle 
produtivo, reprodutivo e de desenvolvimento dos animais, e as principais informações para registrar e 
sua importância para o gerenciamento da atividade leiteira. Aborda também os pontos importantes para 
o descarte de animais do rebanho. 
Os principais controles abordados nesse módulo são:
•	 Controle reprodutivo
•	 Controle genealógico
•	 Controle do desenvolvimento ponderal
•	 Controle leiteiro
•	 Medidas do sistema linear
•	 Descarte de animais
•	 Controle econômico-financeiro
2.2 Controle reprodutivo
A reprodução é fundamental para que ocorra a produção de leite, para o melhoramento genético do 
rebanho, para a produção de animais excedentes e para o retorno econômico da atividade. A eficiência 
do manejo reprodutivo reflete na taxa de progresso genético, na taxa de reposição ou descarte, na 
duração do período seco e longevidade do rebanho, entre outros indicadores.
Figura 1. Vacas mestiças em pastejo
Foto: R
osangela Zoccal
http://gisleite.cnpgl.embrapa.br
9
Fonte: Embrapa Gado de Leite
As informações registradas para a avaliação reprodutiva devem ser simples e de fácil acesso, permitindo 
uma análise rápida dos possíveis problemas e tomada de decisões adequadas e oportunas. A falta de 
gerenciamento, de organização e de estruturação dos registros é decisiva e leva à ineficiência do 
negócio. 
Nos registros ou fichas, deverão ser incluídas informações sobre as atividades reprodutivas, realizadas 
e ou utilizadas em cada fêmea, como a ocorrência de cio, monta natural ou inseminação artificial, 
superovulação, colheita de embriões etc., a data em que cada prática foi realizada e ou utilizada, o 
diagnóstico de gestação, técnico responsável, data prevista do parto, local em que foram realizadas as 
práticas, como descritas na Tabelas 1. 
No controle reprodutivo, deve constar um item “observações”, que, entre outras anotações 
complementares, deve incluir informações sobre deficiências ou defeitos nas medidas morfológicas 
(ângulo da garupa, morfologia dos tetos, aprumos, etc.) e orientar possíveis acasalamentos para a 
correção de característica indesejável. Esta informação deve ser consultada no momento da definição 
do touro a ser usado na propriedade para inseminação artificial do rebanho, de modo a realizar um 
acasalamento com um reprodutor que corrija a deficiência apresentada pela vaca na progênie dos 
animais. Algumas características de tipo são associadas ao desempenho produtivo do animal. 
Por exemplo: aprumos e ângulo do casco, que permitem aos animais se locomoverem e apreenderem o 
alimento; comprimento, diâmetro e posição dos tetos, que facilitam a ordenha mecânica. Características, 
como estas, são denominadas de características funcionais. Um animal com boa morfologia terá, 
portanto, condições de exercer favoravelmente sua função de produzir.
Identificação do animal
Escolha uma forma que seja permanente, única de cada animal e facilmente 
identificável.
Tabela 1. Anotações mínimas necessárias para um programa de controle reprodutivo
10
Para se conhecer a situação reprodutiva inicial do rebanho, todas as fêmeas em idade reprodutiva 
devem ser submetidas a exame ginecológico para verificar se estão aptas à reprodução. Com base 
nos resultados, os animais podem ser separados em grupos e determinadas as metas do sistema de 
produção, como exemplificado na Tabela 2.
Tabela 2. Condição produtiva e reprodutiva de um rebanho leiteiro
Fonte: Embrapa Gado de Leite
Os registros permitem ao produtor avaliar o desempenho reprodutivo individual e do rebanho, identificar 
problemas reprodutivos e tomar providências para, prontamente, eliminá-los ou minimizá-los, de 
maneira a garantir a eficiência produtiva do rebanho. Nos anexos são apresentados modelos de ficha 
de controle reprodutivo, específicas para cada tipo de anotação.
Os principais indicadores zootécnicos que podem ser avaliados com os registros do controle reprodutivo 
são: período seco; taxas de prenhez, de fertilidade, de natalidade e de mortalidade de bezerros, de 
descarte e de crescimento do rebanho; intervalo de partos; período de serviço; e relação vaca/touro, 
detalhados no módulo 4 “indicadores zootécnicos”.
Um animal com boa morfologia terá mais condições de produzir descendentes com 
boas características funcionais e mais produtivos.
2.3 Controle genealógico
O controle genealógico contém a identificação do animal e registra as informações sobre a origem, 
a ascendência ou ancestrais (pais, avós, etc.), colaterais (irmãos) e descendência (filhos). Estas 
anotações permitem ao produtor definir os acasalamentos, evitar a endogamia (consanguinidade), e 
aumentar o valor comercial dos animais. Permite ter conhecimentos de todos os animais nascidos na 
propriedade ou adquiridos de outros rebanhos, incluindo também a data de nascimento e de saída do 
rebanho por descarte ou morte. 
Se o rebanho for mestiço, produto de cruzamentos, é importante registrar a 
composição genética (grau de sangue) de cada animal.
11
Figura 2. Exemplo do controle genealógico (FREITAS et al., 2010)
Na Figura 2 é apresentado um exemplo da genealogia de bovinos. 
É importante anotar informações sobre a saída dos animais por descarte ou venda, para conhecer 
sobre a movimentação do rebanho. 
Erro de parentesco, originado pela troca de sêmen ou pela identificação equivocada do animal, pode 
ser esclarecido pelos testes de grupo sanguíneo, ou proteínas do soro ou marcadores genéticos (teste 
de DNA), que são conhecidos por “exame de paternidade”. Erros na identificação dos animais e/ou de 
sua paternidade podem refletir em erros no planejamento dos acasalamentos.
No planejamento de acasalamentos é necessário verificar se os animais são parentes e em que grau 
de parentesco, para evitar a endogamia, também conhecida como consanguinidade. A preocupação 
com a endogamia é devida ao fato de que poderá resultar em prejuízos à fertilidade, sobrevivência e 
produção dos animais. 
Para o melhoramento genético, os erros de paternidadepodem levar à menor precisão nas avaliações 
genéticas e na informação sobre o mérito ou valor genético dos animais, com prejuízo ao progresso 
genético dos rebanhos.
A superioridade genética do touro utilizado em programas de melhoramento genético para aumento 
da produção de leite não pode ser medida diretamente, por isso ela é obtida por meio da avaliação da 
produção de leite de suas filhas, o que ressalta a importância da correta anotação da genealogia. 
As principais anotações para o controle genealógico são: origem do animal, raça ou composição racial, 
data de nascimento, sexo, nome do pai, nome da mãe, nome dos avós, pelagem, característica da 
pelagem, data de morte ou de descarte e o motivo da saída do rebanho. 
2.4 Controle do desenvolvimento ponderal
O controle ponderal ou a pesagem dos animais desde o nascimento deve ser prática rotineira nos 
rebanhos leiteiros. O peso do animal é importante para a detecção de problemas de desenvolvimento, 
ajustes da nutrição dos animais e definição do início da vida produtiva. 
As pesagens devem ocorrer no mínimo ao nascimento, à desmama ou aos seis meses de idade, 
ao ano e ao parto. Hoje há sistemas automatizados que pesam os animais mais de uma vez ao dia, 
gerando curvas de desenvolvimento. O ganho de peso é uma das curvas obtidas. 
Dados de pesagens também são utilizados nas avaliações genéticas para conhecimento do valor 
genético dos animais para esta característica de ganho de peso.
12
Em rebanhos leiteiros é comum avaliar a condição corporal do animal, principalmente de vacas em 
produção, por meio do escore de condição corporal, que é dado pela observação da massa muscular 
e do depósito de gordura subcutânea nas extremidades ósseas dos ísquios, ílios, sacro, vértebras 
lombares, costelas e inserção da cauda, como mostrados na Figura 5. 
 
O ECC é uma ferramenta de manejo importante, pois permite, indiretamente:
•	 Avaliar a condição nutricional do animal 
•	 Adequar a dieta às exigências individuais
•	 Determinar o momento da entrada em reprodução de primíparas
•	 Manter o patamar de produção do rebanho e garantir o breve retorno às atividades reprodutivas 
no pós-parto 
Os valores do ECC variam numa escala de 1, muito magra, a 5, muito gorda. 
O valor recomendado para uma primípara entrar em reprodução é um escore de no mínimo 3,0, para 
que não haja prejuízos ao desenvolvimento do animal ainda jovem e retorno ao cio. 
O valor recomendado para uma vaca no momento do parto é um escore de 3,5.
Valores abaixo de 3,5 indicam que no momento do parto a vaca pode não ter reservas suficientes para 
expressar seu potencial genético para produção de leite. 
Valores acima de 3,5 podem provocar enfermidades metabólicas, como a cetose, e no pré-parto pode 
aumentar o período de serviço e mortalidade embrionária.
2.4.1 Escore de condição corporal – ECC
Figura 3. Balança
Foto: R
osangela Zoccal
Foto: R
osangela Zoccal
Figura 4. Pesagem de animais
13
O controle leiteiro é uma das mais importantes informações em rebanhos leiteiros e consiste do registro 
da pesagem individual, periódica e regular do leite produzido em 24 horas. Esse controle é um importante 
instrumento para selecionar animais, seja para fins comerciais ou melhoramento do rebanho, orientar 
o manejo da ordenha por grupos de animais, orientar a nutrição de acordo ao volume de produção, 
decidir sobre a interrupção da lactação (secagem), auxiliar na comercialização dos animais e proceder 
às avaliações genéticas.
O ideal é que todas as vacas do rebanho tenham sua produção de leite controlada. Essa informação 
permite ao produtor avaliar a eficiência de seu sistema de produção e tomar decisões de seleção e 
descarte de animais. 
O padrão mundial para a realização do controle leiteiro é que, no dia anterior ao controle, o úbere deve 
ser totalmente esgotado na última ordenha do dia, para no dia seguinte realizar e anotar a pesagem 
individual do leite produzido a cada ordenha (1ª, 2ª e 3ª quando houver regime de três ordenhas) do dia. 
É importante que a ordem da ordenha das vacas no dia do controle seja mantida, de forma que a vaca 
que foi a primeira a ser ordenhada na primeira ordenha, seja também a primeira na segunda e, assim, 
por diante.
As pesagens mensais podem ser acumuladas para o conhecimento da produção total da vaca durante a 
lactação. Nos anexos, é apresentada a equação proposta na Instrução Normativa nº 43/2016 do MAPA, 
para a obtenção da produção de leite acumulada. Nos programas computacionais de gerenciamento 
de propriedade, este cálculo é feito automaticamente à medida em que são digitados os controles 
mensais. 
No dia do controle leiteiro, podem ser colhidas amostras do leite em frascos com conservante para 
análises de sua composição (teores de gordura, lactose, proteína, CCS etc.). Estas informações 
também podem constar na ficha do animal. A partir dos dados de controle leiteiro são realizadas as 
avaliações genéticas para obtenção do valor genético (PTA ou DEP) para as características leiteiras. É 
fundamental para as avaliações genéticas que se tenha dados em quantidade e de qualidade, ou seja, 
sem equívocos.
Figura 5. Principais pontos de observação para a avaliação do escore corporal. 
Foto: R
osangela Zoccal
2.5 Controle Leiteiro
Rebanhos que realizam a ordenha com bezerro ao pé, não devem permitir que o 
bezerro mame no dia da pesagem.
14
Os registros do controle leiteiro são simples e devem constar os seguintes dados: 
•	 Data 
•	 Identificação do animal
•	 Volume produzido (litros ou kg) na 1ª, 2ª e 3ª quando houve três ordenhas, como se observa 
na Figura 6
•	 Outros, como tempo de ordenha, uso de ocitocina, presença do bezerro etc.
Na Tabela 3 é mostrado um exemplo de ficha de controle leiteiro. Normalmente durante o controle 
leiteiro se coleta uma amostra para análise do leite. 
Figura 6. Pesagem de leite para o controle leiteiro.
Foto: Vanessa M
aia
Tabela 3. Modelo de ficha para controle leiteiro de duas ordenhas
Fonte: FREITAS et al., 2010
15
Muitos equipamentos de ordenha mecânica e a robotizada realizam automaticamente 
o controle leiteiro individual e diário. Enviam os dados diretamente ao computador 
para registro e armazenamento.
2.6 Medidas do sistema linear
Sistema linear é um conjunto de medidas morfológicas do corpo do animal.
As informações sobre as características de conformação podem ajudar o produtor a conseguir um 
rebanho eficiente produtiva e economicamente pela seleção dos melhores. Há características morfoló-
gicas de extrema importância para que a vaca tenha um bom desempenho e longevidade no rebanho.
As principais medidas são: 
•	 Altura da garupa
•	 Perímetro torácico
•	 Comprimento do corpo
•	 Comprimento da garupa
•	 Ângulo da garupa
•	 Largura entre os ísquios
•	 Largura entre os íleos
•	 Ângulo dos cascos
•	 Alinhamento das pernas (vista lateral)
•	 Alinhamento das pernas (vista por trás)
•	 Ligamento anterior do úbere 
•	 Largura do úbere posterior
•	 Profundidade e altura do úbere
•	 Comprimento dos tetos
•	 Diâmetro dos tetos
Um animal com boa morfologia terá mais condições de produzir descendentes com 
boas características funcionais e mais produtivos.
16
Cada raça estabelece o padrão racial de seus animais. Algumas características, no entanto, são 
desejadas e têm padrão comum a todas as raças. As medidas do sistema linear visam a correção de 
defeitos existentes no rebanho, como problemas de aprumos e ligamentos.
•	 Altura da garupa – É desejável que a garupa seja 
suficientemente alta, para manter o úbere afastado 
do solo. 
•	 Inserção no abdômen – Úbere inserido com 
firmeza no abdômen, com prolongamento suave, 
bom comprimento, boa largura e quartos mamários 
bem projetados.
•	 Comprimento do corpo – Mede o comprimento do 
corpo e está relacionado com a posição, a direção 
e o arqueamento das costelas, características que 
podem influenciar o perímetro torácico.
•	 Comprimento da garupa – Esta medida está 
relacionada ao suportedorsal do úbere.
17
•	 Ângulo da garupa – É a inclinação entre os 
íleos e ísquios e está relacionada à facilidade do 
parto, por isso o desejável é que tenha inclinação 
intermediária. Inclinações extremas, para mais ou 
para menos, são indesejáveis. 
•	 Largura entre os ísquios – A garupa deve ser larga 
propiciando maior facilidade no parto.
•	 Largura entre os íleos – Esta medida, juntamente 
com a largura entre os ísquios, está relacionada ao 
suporte dorsal do úbere e a facilidade do parto. 
INCLINADA INTERMEDIÁRIA RETA
18
•	 Ângulo dos cascos – Os cascos devem ser altos, 
com talões fortes e ângulos de 45° nas pinças. Os 
extremos, casco baixo ou alto está relacionado 
à permanência do animal no rebanho. Valores 
próximos de 5° ou 43,8° indicam bons cascos e os 
extremos são indesejáveis.
BAIXO INTERMEDIÁRI0 ALTO
•	 Alinhamento das pernas (vista lateral) – Na altura 
do jarrete, devem apresentar ligeira curvatura. 
Pernas muito curvas podem causar desgastes do 
talão do casco, deixando-os achinelados e reto 
também é indesejável.
RETAS INTERMEDIÁRIAS CURVAS
19
•	 Alinhamento das pernas (vista por trás) – Devem 
ser retas. Pernas ganchudas indicam jarretes 
fechados que podem comprimir e diminuir o espaço 
do úbere, aumentando as chances de traumatismo 
e, consequentemente, de ocorrência de mastite. 
Por outro lado, as pernas arqueadas podem causar 
problemas de articulação.
GANCHUDAS INTERMEDIÁRIAS ARQUEADAS
•	 Ligamento anterior do úbere – O úbere deve estar 
bem aderido à região ventral da vaca, evitando 
formação de bojo. O desejável é que seja um 
ligamento forte.
FRACO INTERMEDIÁRIO FORTE
20
•	 Largura do úbere posterior – Úberes posteriores 
mais largos possuem maior área de produção e 
armazenamento de leite. Quanto mais largo o úbere 
melhor.
ESTREITO INTERMEDIÁRIO LARGO
•	 Profundidade e altura do úbere – Ao se observar 
uma vaca de lado, a profundidade do úbere é 
medida do topo do úbere ao ponto mais baixo do 
assoalho do úbere. O desejável é que o úbere 
apresente assoalho a aproximadamente 10 cm 
acima do jarrete. Úberes profundos estão sujeitos a 
traumatismos e podem causar redução da produção 
de leite.
RASO INTERMEDIÁRIO PROFUNDO
21
•	 Comprimento dos tetos – O tamanho ideal dos 
tetos é de 7 cm. Tetos muito longos prejudicam a 
mamada do colostro, dificultam a ordenha e estão 
relacionados com o aumento da incidência de perda 
de teto com mastite. Tetos curtos também são 
indesejáveis, por dificultarem a ordenha.
CURTOS INTERMEDIÁRIOS COMPRIDOS
•	 Diâmetro dos tetos – O desejável são tetos 
intermediários. Tetos grossos ou muito finos 
dificultam a ordenha.
GROSSOS INTERMEDIÁRIOS FINOS
2.7 Descarte de animais
O descarte de animais, não só em rebanhos leiteiros, pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntá-
ria e as principais causas são: 
Descarte involuntário:
•	 Defeitos graves de aprumos
22
•	 Doenças crônicas ou contagiosas
•	 Morte. 
Descarte voluntário: 
•	 Excedente de novilhas para reposição do rebanho produtivo, bezerras desmamadas que não 
serão utilizadas no rebanho e machos desmamados que não serão comercializados como 
reprodutores; 
•	 Idade avançada da vaca
•	 Baixa produção de leite e baixa persistência de lactação em relação à média do rebanho 
•	 Vacas ou novilhas que não emprenham ou com abortos recorrentes 
•	 Animais com ocorrência frequente de enfermidades, como casos recorrentes de mastites, 
perda de tetos, defeitos de úbere, de pernas, de cascos, animal muito sensível a carrapatos, 
etc.
•	 Animais de difícil manejo (bravios)
•	 Animais que apresentem anormalidades e defeitos físicos ou que sofreram lesões graves, e ou 
com baixo ganho de peso 
•	 Reduzida disponibilidade de pastagem ou de volumoso na época de seca
•	 Necessidade de recursos financeiros 
Em sistemas de produção altamente estabilizados, recomenda-se o descarte da vaca leiteira após a 
quinta lactação para promover o melhoramento genético rápido, atingir maior escala produtiva e apro-
veitar do mercado como “vaca de leite”, para obter preços melhores que o descarte para o “açougue”. 
Nos rebanhos leiteiros, é recomendada uma reposição anual de 20% a 25% do rebanho produtivo. 
A produção de leite de uma vaca aumenta de 20% a 30%, da primeira para a segunda lactação e che-
ga ao pico de produção por lactação na quinta cria. Ao descartar as mães e substituí-las por novilhas 
de maior potencial produtivo, o produtor faz uma seleção e melhoramento genético no seu rebanho e 
aumenta a produção média individual.
Vacas mais novas têm menor probabilidade de apresentar problemas de doenças, principalmente 
àquelas ligadas ao úbere (mastite, perda de tetos, problemas de ligamento do úbere, etc.). Assim, man-
ter um rebanho mais jovem pode ser uma boa maneira de diminuir custos relativos à saúde do animal.
Outro fator que interfere no descarte de animais são as metas traçadas para o sistema de produção. 
Por exemplo, vacas mestiças de Holandês e Zebu de segunda ou mais crias, principalmente a pasto, 
devem produzir no mínimo 2.800 litros por lactação, por um período mínimo de 270 dias. Deve-se con-
siderar o descarte de fêmeas que não atingirem os pré-requisitos, independentemente da idade, raça, 
peso, sanidade, etc.
É importante ressaltar que em caso de doenças, como brucelose e tuberculose, todos os animais 
soropositivos devem ser destinados ao abate em unidades sob inspeção sanitária oficial, conforme 
determina a legislação federal.
23
Figura 6. Descarte de animais por saúde animal
Foto: R
osangela Zoccal
O produtor deve manter no rebanho os animais de melhor desempenho produtivo, selecionando sem-
pre os superiores. 
A análise da escrituração zootécnica fornece indicadores que ajudam a decidir o melhor momento do 
descarte. Para um bom gerenciamento da atividade é preciso ter conhecimento da produção de cada 
vaca do rebanho, idade, origem genética, composição racial, vacinas aplicadas, data do parto, ocor-
rência de mastite, de aborto, data da inseminação artificial ou monta natural, previsão de parto, número 
de partos, etc. 
Para um bom gerenciamento da atividade é preciso ter conhecimento da produção de cada vaca do 
rebanho, idade, origem genética, composição genética (grau de sangue), vacinas aplicadas, data do 
parto, ocorrência de mastite, de aborto, data da inseminação artificial ou monta natural, previsão de 
parto, número de partos, etc. Assim, é preciso que o produtor mantenha a escrituração zootécnica.
Os animais candidatos ao descarte são:
1. Machos já desmamados e que não serão comercializados como reprodutores;
2. Bezerras já desmamadas e que não serão utilizadas para compor o rebanho;
3. Bezerras e novilhas (de 3 a 24 meses de idade) que apresentem anormalidades e defeitos físicos 
ou que sofreram lesões mais graves, e ou com baixo peso;
4. Novilhas que não emprenharam na idade ou peso adequados, o que pode ser um sinal de 
infertilidade;
5. Vacas com defeitos de tetas, de úbere, de pernas, de cascos, etc.;
6. Vacas de baixa produção de leite e ou lactação curta, por exemplo, as que estão no quartil inferior 
de produção em relação ao rebanho (as 25% piores vacas do rebanho);
7. Vacas com problemas recorrentes de mamite;
8. Vacas mais velhas, acima da quinta lactação;
9. Animais excedentes do rebanho.
Figura 8. Cria de bezerras
Foto: R
osangela Zoccal
24
2.8 Controle econômico-financeiro
Para que a atividade leiteira seja economicamente sustentável e competitiva, o melhor caminho é a efi-
ciência dos fatores de produção, que podem ser medidos e acompanhados por meio da produtividade 
dos animais e ou da terra. Para alguns produtores, isso exige reformulação de conceitos, que deve di-
recionar seus esforços especialmente para programas preventivos, englobando as funções referentes 
ao planejamento, organização, execução e controle zootécnico e econômico. 
O conhecimento da contabilidade da atividade possibilita ao produtor fixar diretrizes e corrigir distor-
ções, para manter a sustentabilidadeeconômica em um mercado cada vez mais competitivo. 
 
A análise de custos compreende um conjunto de procedimentos administrativos que quantifica e re-
gistra de forma sistemática e contínua a utilização de fatores de produção e o resultado obtido. Neste 
controle, o objetivo é registrar toda a movimentação financeira da atividade, ou seja, as receitas, que 
são as entradas e as despesas, que são as saídas ou pagamentos. Por ser composto por vários itens 
e formas de avaliar será abordado em um curso específico.
A melhor vaca não é aquela que produz mais leite, e sim a que dá mais lucro ao 
produtor.
BRASIL. Instrução normativa n. 43, de 21 de novembro de 2016. Procedimentos para as atividades de 
controle leiteiro e de avaliação genética de animais com aptidão leiteira. Brasília, DF: Ministério da Agri-
cultura, Secretária de Inspeção de Produto Animal. Publicado no Diário Oficial da União de 01/12/2016, 
Seção 1, p.06, 2016.
FREITAS, A.F.; PEREIRA, M.C.; PEIXOTO, M.G.C.D. Melhoramento Genético. In: AUAD, A.M. et al 
(ed.) Manual de bovinocultura de leite. Brasília, DF: LK, Belo Horizonte: SENAR-AR/MG, Juiz de Fora: 
EMBRAPA Gado de Leite, p.49-84, 2010.
2.9 Referências bibliográficas 
Avaliação genética: processo para obtenção do valor genético dos animais a partir dos dados de 
desempenho em determinadas características coletadas nos rebanhos e do uso de metodologias ma-
temático-estatísticas de análises de dados.
Características funcionais: conjunto de características que dão aos animais condições de desempe-
nhar com eficiência sua função produtiva. Como exemplo, podemos citar os aprumos (pernas). Bons 
aprumos são, portanto, fundamentais ao desempenho produtivo.
Cio: período de desejo sexual e aceitação do macho pelas fêmeas dos mamíferos que coincide com o 
período de ovulação; manifestação externa do instinto genético que aparece nas fêmeas dos mamífe-
ros quando entram na puberdade. Também chamado estro.
Cobertura: cópula ou coito entre animais em que, ocorrendo no período de fertilidade da fêmea, acon-
tece a fecundação, também chamado de monta.
Composição genética: são conjuntos de características internas de um animal, que é dada pelo con-
junto de genes, herdado dos progenitores. 
Consanguinidade: ou endogamia, ocorre com o acasalamento entre indivíduos aparentados e 
geneticamente semelhantes.
2.10 Glossário
25
Descarte: é a retirada ou afastamento de um ou mais indivíduos de um grupo em virtude da não 
conformidade com os padrões pré-determinados, tais como: sexo, tamanho, peso, altura, formação, 
rendimento, taxa de conversão, consumo de energia etc. 
O descarte pode ocorrer em qualquer época ou em qualquer estágio de desenvolvimento dos indivíduos. 
É uma prática bastante utilizada em criatório de animais quando o objetivo é o melhoramento das 
espécies e indivíduos com desenvolvimento uniforme. 
Endogamia: ou consanguinidade, ocorre com o acasalamento entre indivíduos aparentados e 
geneticamente semelhantes.
Estro: período de desejo sexual e aceitação do macho pelas fêmeas dos mamíferos que coincide com 
o período de ovulação; manifestação externa do instinto genético que aparece nas fêmeas dos mamí-
feros quando entram na puberdade. Também chamado cio.
Genealogia: é o estudo do parentesco existente entre indivíduos.
Marcadores genéticos: são variações em regiões do DNA, que é a molécula da hereditariedade, ou 
seja, responsável por transmitir a informação genética de uma geração a outra (de pais para filhos). 
Estas regiões podem estar dentro de genes de interesse ou próximas a eles, de tal forma que a 
presença de uma variante (tipo) nesta região, informará sobre a presença de uma variante em um gene 
que influencia uma característica de interesse à produção.
Medidas morfológicas: são os conjuntos de medidas tomadas no corpo do animal, também conhecidas 
como medidas do sistema linear. A morfologia do animal, cumprimentos, alturas, larguras, ângulos, 
perímetros etc. estão relacionadas à capacidade e funcionalidade produtiva, contribuindo para as 
condições de desempenho do animal.
Mérito ou valor genético: medida da capacidade do touro ou da vaca de transmitir a sua superioridade 
e deixar descendência com melhor desempenho em uma característica.
Padrão genético: são as expressões dos genes.
Primíparas: denominação dada às novilhas após o primeiro parto, normalmente ainda estão em 
desenvolvimento corporal. 
Progênie: são todas as filhas e filhos de um touro. 
Progresso genético: é a alteração em uma característica por unidade de tempo, em decorrência de 
modificações no valor genético. 
PTA ou DEP: São medidas do mérito genético do animal para uma característica, que reflete sua 
capacidade de transmitir à sua progênie um conjunto de genes para o melhoramento do desempenho 
nesta característica. Os animais podem ter mérito genético positivo ou negativo. Para algumas 
características o mérito genético positivo é o desejado, por exemplo para produção de leite. Quanto 
maior e positiva a PTA/DEP, maior a resposta à seleção para produção de leite. Para outras, como a 
idade ao primeiro parto, quanto mais negativa a PTA/DEP, mais precocemente o animal vai ter sua 
primeira cria.
Puberdade: é o período que leva o corpo à maturidade sexual ou fertilidade. É o início da vida reprodutiva
Seleção artificial: ato ou efeito de selecionar; escolha fundamentada; processo de escolha de 
indivíduos a substituírem os descartados com base no desempenho em determinadas características 
do grupo.
Seleção natural: processo pelo qual passam os seres vivos em que a presença de determinados 
fenótipos em determinadas características são mais ou menos favoráveis à sobrevivência e reprodução 
do indivíduo em um ambiente, fazendo com que com o passar do tempo somente os mais adaptados 
sobrevivam às condições locais.
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Sensor: Um sensor é geralmente definido como um dispositivo que recebe e responde a um estímulo 
ou um sinal. Normalmente, os sensores são aqueles que respondem com um sinal elétricos um 
estímulo ou um sinal. Na pecuária de leite, o uso de sensores podem ser empregados, entre outras 
possibilidades, para o diagnóstico precoce de doenças, reduzindo as taxas de descarte de animais, 
favorecendo a recuperação da condição de saúde e gerando decréscimo nas perdas econômicas.
Sistema linear: É o conjunto de características morfológicas ou corporais que são tomadas em regiões 
específicas do corpo do animal e traduzem se a conformação corporal é equilibrada, permitindo ao 
animal se movimentar, apreender os alimentos, reproduzir-se e produzir de forma eficiente.
Software: conjunto de componentes lógicos de um computador ou sistema de processamento de 
dados; programa, rotina ou conjunto de instruções que controlam o funcionamento de um computador.
Tipagem sanguínea: é um exame laboratorial do sangue do animal para identificar variantes para 
determinados antígenos que permitem definir o parentesco entre indivíduos. 
Valor genético: é a carga genética de um animal herdada dos pais.

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