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29 Apostila de Avançado em Libras

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Prévia do material em texto

1 
 
 
2 
 
A Língua de Sinais é, nas 
mãos de seus mestres, uma 
linguagem das mais belas e 
expressivas, para a qual, no 
contato entre si é como um meio 
de alcançar de forma fácil e 
rápida a mente do surdo, nem a 
natureza nem a arte 
proporcionaram um substituto 
satisfatório.” J. Schuyler 
 
 
 
3 
 
 
 
Apresentação 
Libras - Língua Brasileira de Sinais. 
Em muitos anos, a LIBRA foi uma língua esquecida, mas de 100 anos de proibição de seu uso 
e descaso com as comunidades surdas. 
Mas 2002 com a sua oficialização com a Lei 10.436, garantindo o acesso das pessoas surdas à 
educação inclusiva. Garantindo a eles também o direito de terem interpretes de Libras. 
Cresce, porém o numero de materiais didáticos que valorizam o aprendizado da língua, que 
por possuírem sua própria estrutura gramatical, é oficializada como língua espaço-visual. 
Tendo o reconhecimento da língua de sinais e, consequentemente, a educação tende a fazer 
o uso dela para a instrução, garantindo os direitos de acessibilidade. 
Porém ainda é preciso termos como foco o ensino das Libras de modo contextual e não de 
sinais isolados, tendo uma aplicação fluente e compreensível, e é através deste vinculo que 
se pode ter inclusão total do surdo na sociedade e crescimento intelectual, afetivo e social. 
...”Para um surdo, cuja surdez já parte da sua vida, musicas, fundos musicais num filme, 
buzinas de veículos, latidos de cão e tantas outras coisas que nos passam como corriqueiras, 
simplesmente não existem. O mundo do surdo é basicamente visual; Estes sons não chegam 
a eles, e se chegam podem causar dores ou incômodos. O surdo é, antes de tudo, uma 
pessoa que possui as mesmas necessidades básicas de um ouvinte, com os mesmos direitos 
de usufruir do seu espaço na família e na comunidade...”. 
 
 
 
 
Renata Dutra 
Dezembro -2017 
 
 
4 
 
Apresentação 
Este material foi elaborado pela pedagoga e tradutora/intérprete de Libras Renata 
Dutra, e é destinado a você interessado em se comunicar através da Língua 
Brasileira de Sinais – LIBRAS, em especial a educadores, estudantes de libras, 
familiares de surdos, líderes de igrejas, órgão públicos. Etc. 
Neste módulo especificamente, tem por finalidade evidenciar a importância das Libras 
(Língua Brasileira de Sinais), para o desenvolvimento do surdo, aprofundamento nas 
modalidades de conversação; Essa linguagem é um elemento essencial para a 
comunicação e fortalecimento de uma identidade Surda no Brasil. Aprendizado das 
Libras, para o desenvolvimento da comunicação bilíngue, melhorando a 
comunicabilidade e interação com o surdo; capacidade de proporcionar a inclusão; 
compreender métodos para a aquisição do conhecimento em Libras; desenvolver o 
hábito de falar de frente para o surdo e mantê-lo próximo. Saber diversificar suas 
atividades laborais e trabalhar de forma multidisciplinar. 
“Embora não haja estatística precisa a respeito, estima-se em cerca de 5 milhões de 
surdo no Brasil.”. São pessoas que enfrentam profundas dificuldades de exercer 
plenamente sua cidadania em função da barreira de comunicação imposta pelo baixo 
domínio da língua dentro do seu próprio país, como se fossem estrangeiros em sua 
própria terra. Para mudar esta realidade o Governo Federal promulgou a Lei n° 
10.436, regulamentada pelo Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que define 
a obrigatoriedade de disponibilização de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais- 
LIBRAS – em órgãos públicos e empresas concessionárias de serviços públicos. 
As línguas de sinais são línguas naturais porque, como as línguas orais, surgiram 
espontaneamente da interação entre pessoas e porque, devido sua estrutura, permitem a 
expressão de qualquer conceito – descritivo, emotivo, racional, literal, metafórico, 
concreto e abstrato – enfim, permitem a expressão de qualquer significado decorrente da 
 
5 
 
necessidade comunicativa e expressiva do ser humano. No Brasil a língua de sinais 
usada pela comunidade surda a nível nacional é a Libras – Língua de Sinais 
Brasileira, ou também conhecida como LSB- Língua de Sinais Brasileira, e a fim 
de ajudar, principalmente, os familiares de surdos, os educadores, os comerciantes e 
demais profissionais, assim viabilizar o cumprimento da legislação de n°. 10.436, de 
24 de abril de 2002 e favorecer a inclusão0 da população surda em todos os segmentos 
de nossa sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Introdução 
Libras – Língua Brasileira de Sinais 
Em 2014, sentia necessidade de expandir meus conhecimentos em 
Libras (Língua Brasileira de Sinais). Por curiosidade neste mesmo 
período fui convidada a desenvolver um projeto para inclusão do Surdo 
na sociedade evangélica. . 
Como o material para este tipo de projeto se encontra neste exato 
momento, escasso. Decide por organizar uma apostila que viesse a 
desenvolver o individuo para a interação com a Libras de forma lúdica 
e prazerosa. Podendo então colocar em prática conteúdos utilizados 
no aprendizado das Línguas de Sinais. . 
Não se trata de uma produção individual e sim projetos de professores, 
pedagogos, surdos e pessoas ligadas à luta pela inclusão social. . 
Entende-se que não há um conhecimento pleno da língua de sinais por 
apenas sinais soltos, sem emprego dos mesmos em uma estrutura de 
frases, textos e interpretação de um todo. Precisa-se, de como toda 
nova aquisição de conhecimento, uma prática e treinamento de seu 
aprendizado. Para que se torne mais fácil à aplicação do conteúdo no 
cotidiano. . 
Reúnem-se aqui materiais que são de utilização para treinamento da 
Libras (Língua Brasileira de Sinais). . 
 
 
Renata Dutra 12/2017 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Sumário 
Apresentação ................................................................................................................................................... 3 
Apresentação ............................................................................................................................................................. 4 
Introdução ................................................................................................................................................................ 6 
Qual é a di ferença en tre Tradução e Interpre ta ção? .............................................................................................. 125 
Qual a diferença entre o tradutor e o intérprete?................................................................................. 126 
O Tradutor .................................................................................................................................................. 126 
O Intérprete ................................................................................................................................................ 126 
Minucioso x Ágil ........................................................................................................................................ 126 
Qual a diferença entre tradução simultânea e consecutiva? .......................................................................................................................... 132 
Cultura dos surdos .................................................................................................................................................... 160 
Progresso na cultura surda ...................................................................................................................... 161 
Deficiência auditiva ............................................................................................................................................... 161 
Surdo-mudo ...................................................................................................................................................... 162 
Compreendendo o mundo surdo ..................................................................................................................................162 
Escutar com os olhos .............................................................................................................................................. 163 
Bebês de pais surdos ............................................................................................................................................... 163 
Como agir diante de um surdo ................................................................................................................................... 164 
Algumas dicas importantes ....................................................................................................................................... 164 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. ............................................................................................... 166 
Educação de surdos: uma nova filosofia ................................................................................................................................. 182 
A pesquisa no NTID (The National Technical Institute for the Deaf) está mudando a forma 
como estudantes surdos estão sendo educados ........................................................................... 182 
Entenda esta tribo. Veja como é ser filho de pais Surdos ................................................................................................................ 188 
Orgulho de ser CODA (Children of Deaf Adults) que significa filho de pais Surdos...................................... 188 
Enviar e-mail em Língua de Sinais. Será que é possível? ..................................................................................... 189 
Por que enviar e-mail em Língua de Sinais? Os Surdos não sabem escrever? ............................................. 189 
Libras ii Profº. Bernardo Luís Torres Klimsa Profª. Severina Batista de Farias Klimsa Professores autores Profª. 
Marina Beatriz F. Valim Alunas: Ana Carolina. ................................................................................................ 255 
Referências: ALBRES, Neiva de A. História da Língua Brasileira de Sinais em Campo Grande – MS. Campo 
Grande, 204. Disponível em: http://www.editora-arara-azul.com.br Acesso em: 20 maio 2009. BRASIL. 
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Acessibilidade. Brasília: 
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2005. CÂMARA reconhece profissão de intérprete da língua de 
sinais. Disponível em: http://www.apilms.org. Acesso em: 15 nov. 2009 LACERDA, Cristina B. F. de; POLETTI, 
Juliana E. A escola inclusiva para surdos: a situação singular do intérprete de língua de sinais. 
FAPESP/ANPED, 2004.Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/27gt15/t151.pdf. Acesso em: 20 
maio 2009. PEREIRA, Maria Cristina Pires. Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais. Disponível em: 
 
8 
 
http://geocities.yahoo.com.br/macripiper/tils.htm. Acesso em: 3 jan. 2009. [Última atualização em dez. 
2008]. QUADROS, Ronice M. o tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. 
Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos. Brasília: MEC; SEESP, 
2004. VILHALVA, Shirley. Histórico da LIBRAS de Mato Grosso do Sul. Campo Grande MS> [Enviado por e-mail 
pela autora, em 15 jul. 2009, para jojopaiva@hotmail.com, da aluna Jocimara Paiva Grillo]. ...................... 255 
Referências Bibliográficas COKELY, D. Interpretation: a sociolinguistic model. Sign Language Dissertation 
Series. Silver Spring, MD: Linstok Press, 1992. DECRETO LEI Nº 5.626/2005. 22 de dezembro de 2005. Brasília, 
2005. FAMULARO, R. Intervencíon Del intérprete de lengua de señas/lengua oral en el contrato pedagógico 
de la integración, in SKLIAR, C (org.). Atualidade da Educação Bilíngüe para surdos. Porto Alegre: Mediação, 
1999. HARRISON, K. M. P., NAKASATO, R. Educação universitária: reflexões sobre uma inclusão possível, in 
Lodi, A. C. B.(org.). Leitura e escrita. Porto Alegre: mediação, 2004. p.66-72. LACERDA, C. B. F. A escola 
inclusiva para surdos: refletindo sobre o intérprete de língua de sinais em sala de aula. Roma: relatório 
científico de pós-doutorado apresentado à FAPESP. 2003. LEI DE LIBRAS Nº 10.436. 24 de abril de 2002. 
Brasília, 2002. SANDER, R. Questões do intérprete da língua de sinais na universidade, in Lodi, A.C.B.(org.). 
Letramento e minorias. 2ª ed. Porto Alegre: mediação, 2003.p.29-135. VOLTERRA, V. Linguaggio e sorditá – 
parole e segni per I’ educazione dei sordi. Firenzi: La Nuova Itália, 1994. ..................................................... 255 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ...................................................................................................................... 256 
MARQUES, Rodrigo Rosso; OLIVEIRA, Janine Soares. O Fenômeno de Ser Intérprete. In: QUADROS, Ronice Müller; 
STUMPF, Marianne Rossi. Estudos Surdos IV, p. 394-406. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2009. QUADROS, Ronice Müller. 
O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa 
Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004. QUADROS, Ronice Müller (Organizadora). 
Estudos Surdos III. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2008. SILVA, Ivanir Rodrigues. Línguas em contato e em conflito: a 
trajetória do aluno surdo na escola. In: Actas/Proceedings II Simpósio Internacional Bilingüismo, p. 1807-1813. ... 256 
2006. ................................................................................................................................................................ 257 
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006. ............................................ 257 
 
 
 
 
 
A História dos TILS no Brasil e no 
Mundo 
 
Em algum momento você já deve ter se deparado com um pronunciamento presidencial, ou antes da 
novela um quadradinho no canto direito da televisão, mesmo no banco, na igreja, com alguém fazendo 
sinais, para que outra pessoa ou grupo de pessoas pudessem entender o propósito da comunicação, esse 
alguém é um ILS (intérprete de língua de sinais). 
 
9 
 
Os primeiros intérpretes de surdos, são geralmente seus familiares, pais e filhos, pessoas que por 
conviverem com o surdo o auxiliam a se comunicar com outros ouvintes, os filhos de pais surdos são 
chamados de CODA (Children of Deaf Adults), sigla para filhos de pais surdos, e como para eles a língua de 
sinais vem de forma natural da mesma maneira que a língua oral, eles se tornam exímios intérpretes. 
Também é muito comum que instituições religiosas façam uso de intérpretes para suas 
comunicações e que formem intérpretes para o serviço religioso e comunicação na comunidade. 
No Brasil a atividade de interpretação ocorre com maior frequência nas instituições religiosas, nesses 
lugares, a atuação de ILS tem sido uma prática há décadas, mais exatamente desde o início dos anos 80, o 
que explica que os melhores intérpretes de língua de sinais – salvo os filhos de pais surdos – são oriundos de 
instituições religiosas. 
Atualmente o quadro mudou, existem várias instituições de ensino que formam tradutores e 
intérpretes de línguas de sinais, há um código de ética, sindicato, leis que regulamentam a profissão, banca 
examinadora de proficiência (PROLIBRAS), etc. 
Infelizmente ainda há muito o que se fazer para melhorar a profissão de intérprete de língua de 
sinais no Brasil, mas muito já foi feito, a ideia de transformar o ILS em profissão regulamentada é antiga, mas 
o papel de ILS está associado à Coordenadoria Nacional de Integração da Pessoa com Deficiência, e dessa 
forma é entendida não como uma profissão formal, mas como uma ajuda à integração da pessoa com 
deficiência auditiva , não como o tradutor e intérprete de língua de sinais, que é sim reconhecida como 
profissão de acordo com a Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010 , saiba mais consultando o apêndice no 
finaldo texto. 
 
 
 
 
 
 
Quais as diferenças entre Ils e tils? 
 
Ambos são igualmente usuários de língua de sinais, o ILS faz a interpretação de forma 
simultânea, e muitas vezes em situações informais, vamos imaginar uma situação do dia-a-dia, um 
surdo precisa renovar sua carteira de habilitação, então o Detran precisa disponibilizar uma pessoa para 
explicar os processos necessários para que seja feita a renovação, esse é um exemplo de interpretação 
corriqueira, não há pausa, consulta a dicionários, ou outros recursos, é como falamos informalmente, 
‘na raça’, para tanto é importantíssimo o domínio da língua de sinais, e também um bom conhecimento 
dos termos a serem utilizados na conversa. 
 
 
10 
 
Já um TILS que seja contratado para a tradução de um vídeo em libras para a língua portuguesa, 
vamos imaginar que o vídeo tenha duas horas, seja uma entrevista, e que o profissional tradutor tenha 
três dias para entregar a tradução feita, isso quer dizer que ele(a) pode pausar o vídeo, pode procurar 
termos no dicionário, pode reescrever uma fala que não tenha ficado clara à primeira vista, ou pode 
simplesmente recomeçar, então há um tempo para a tradução, e há também bastante decoro, uso de 
norma culta da língua, dessa forma o TILS precisa dominar a norma culta da língua portuguesa e da 
Libras. 
 
Os profissionais, se complementam e podem fazer as duas coisas com maestria, desde que se 
disponham a estudar, se atualizar, é importantíssimo, pois a língua de sinais é plástica, isso quer dizer, é 
flexível, os termos variam de região para região, logo é necessário o estudo constante, e também o 
domínio da língua portuguesa, vamos propor uma situação imaginária, um intérprete de uma igreja, vai 
traduzir a seguinte frase: Deus amou tanto o mundo que enviou seu filho único para que todo aquele 
que Nele crer, não pereça. Em glosa, a frase pode ser traduzida como: Deus pessoas mundo amar, seu 
único filho enviar, pessoas acreditar Jesus salvar. Mas o intérprete faz o sinal de enviar, como enviar e-
mail, então os surdos que estão à sua frente não conseguem entender a mensagem, visto que como o 
intérprete não compreendeu o duplo sentido de palavra enviar, a mensagem não pode ser passada com 
boa compreensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tils no Mundo 
 
 
Existem surdos no mundo todo, e consequentemente intérpretes também, aqui vamos ver o 
exemplo de três países, Estados Unidos, Suécia e Brasil , nos quais há leis trabalhistas e regulamentação 
da profissão. 
 
 
Estados Unidos 
 
11 
 
 
A primeira universidade para surdos do mundo surgiu nos Estados Unidos, é a Universidade 
Gallaudet, fundada em 1851 por Edward Miner Gallaudet, seu pai Thomas Gallaudet deu o primeiro 
passo em direção à formalização da educação do surdo, no país. 
Em meados 1960 a ASL (American Signal Language) foi reconhecida como uma língua oficial, o lingüista 
responsável pelo estudo que viabilizou esse reconhecimento é William 
Stokoe, e em 1964, a profissão de intérprete de língua de sinais (RID, Registry of 
interpreters of the deaf) foi estabelecida e oficialmente reconhecida em 1974, nos Estados 
Unidos. Nos anos 70 os primeiros cursos de formação para intérpretes começaram a se popularizar. 
 
Súecia 
 
 
Data-se o início de trabalhos de intérpretes em 1875, no meio religioso, já em 1938 o 
parlamento sueco institui cinco conselheiros para atender a comunidade surda no país, mas somente 
cinco não foram capazes de atender a demanda, em 1947 mais 20 pessoas integraram a função de 
interpretes no parlamento sueco. Somente em 1968 foi conseguido o direito da presença de intérpretes 
nos departamentos oficiais do governo sueco, e formada a primeira escola de treinamento para 
intérpretes. E em 1981, os conselhos municipais suecos passaram a ter intérpretes em todas as 
cidades. 
 
 
 
Brasil 
 
A presença de intérpretes se fez nos meios religiosos, em 1988 aconteceu o I Encontro 
Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais, organizado pela FENEIS, que discutiu entre outros assuntos 
o papel do intérprete e a ética profissional, em 1992 o II Encontro Nacional de Intérpretes, outros 
encontros foram realizados posteriormente em níveis nacionais e estaduais. 
 
A língua brasileira de sinais foi oficializada em 2002, pela LEI N° 10A36, DE 24 DE ABRIL DE 2002, 
e a o trabalho do intérprete pela Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. 
 
Finalizado... 
 
12 
 
 
Cada país tem sua língua, e alguns partilham a mesma língua, como Brasil e Portugal, Estados 
Unidos e Canadá, mas existem regionalidades, e os TILS devem sempre pesquisar os sinais de outras 
regiões para não haver confusões. 
 
Todavia, existem alguns sinais que são universais, são chamados SI (Sinais Internacionais), 
antigamente chamados Gestunos, os quais são usados principalmente em conferências internacionais, 
eventos como Deaflympcs (Olímpiadas dos Surdos), etc. 
Hoje em dia, os TILS estão basicamente regulamentados, mas ainda há muito por fazer, além das leis e 
decretos, é importante fazer a lei ‘pegar’, então existe o sindicado dos TILS, 
 o SINTILSP, site www.sintilsp. com.br. 
 
 
 
 
Intérprete - Pessoa que interpreta de uma língua (língua fonte) para outra (língua alvo) o que foi dito. 
 
 
 
Intérprete de língua de sinais - Pessoa que interpreta de uma dada língua de sinais para outra língua, ou desta 
outra língua para uma determinada língua de sinais. 
 
 
Lingua - É um sistema de signos compartilhado por uma comunidade lingüística comum. A fala ou os sinais são 
expressões de diferentes línguas. A língua é um fato social, ou seja, um sistema coletivo de uma determinada 
comunidade lingüística. A língua é a expressão lingüística que é tecida em meio a trocas sociais, culturais e políticas. As 
línguas naturais apresentam propriedades específicas da espécie humana: são recursivas (a partir de um número 
reduzido de regras, produz-se um número infinito de frases possíveis), são criativas (ou seja, independentes de 
estímulo), dispõem de uma multiplicidade de funções (função argumentativa, função poética, função conotativa, 
função informativa, função persuasiva, função emotiva, etc.) e apresentam dupla articulação (as unidades são 
decomponíveis e apresentam forma e significado). 
Linguagem - É utilizada num sentido mais abstrato do que língua, ou seja, refere-se ao conhecimento interno dos 
falantes-ouvintes de uma língua. Também pode ser entendida num sentido mais amplo, ou seja, incluindo qualquer 
tipo de manifestação de intenção comunicativa, como por exemplo, a linguagem animal e todas as formas que o 
próprio ser humano utiliza para comunicar e expressar idéias e sentimentos além da expressão lingüística (expressões 
corporais, mímica, gestos, etc). 
 
 Linguas de sinais - São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As línguas de sinais apresentam as 
propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Lingüística. As 
línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. 
 
Lingua brasileira de sinais - A lingua brasileira de sinais é a língua utilizada pelas comunidades surdas 
brasileiras.] 
 
Lingüística -É a ciência da linguagem humana. 
 
LIBRAS - É uma das siglas para referir a língua brasileira de sinais: Língua BRAsileira de Sinais. Esta sigla é 
difundida pela Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - FENEIS. 
 
LSB - É outra sigla para referir-se à língua brasileira de sinais: Língua de Sinais Brasileira. Esta sigla segue os 
padrões internacionais de denominação das línguas de sinais. 
 
 
13 
 
Lingua fonte -É a lingua que o intérprete ouve ou vê para, a partir dela, fazer a tradução e interpretação para a 
outra língua (a língua alvo). 
 
Lingua alvo -É a lingua na qual será feita a tradução ou interpretação. 
Modalidades das línguas - oral-auditiva, visual-espacial, gráfica-visual - As línguas apresentam diferentes modalidades. 
Uma língua falada é oral-auditiva,ou seja, utiliza a audição e a articulação através do aparelho vocal para compreender 
e produzir os sons que formam as palavras dessas línguas. Uma língua sinalizada é visual-espacial, ou seja, utiliza a visão 
e o espaço para compreender e produzir os sinais que formam as palavras nessas línguas. Tanto uma língua falada, 
como uma língua sinalizada, podem ter representações numa modalidade gráfica-visual, ou seja, podem ter uma 
representação escrita. 
Modalidades de tradução-interpretação - lingua brasileira de sinais para português oral, sinais para escrita, 
português para a língua de sinais oral, escrita para sinais - Uma tradução sempre envolve uma língua escrita. Assim, 
poder-se-á ter uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua falada, da língua escrita de 
sinais para a língua falada, da escrita da língua falada para a língua de sinais, da língua de sinais para a escrita da língua 
falada, da escrita da língua de sinais para a escrita da língua falada e da escrita da língua falada para a escrita da língua 
de sinais. A interpretação sempre envolve as línguas faladas/ sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas e 
visuais-espaciais. Assim, poder-se-á ter a interpretação da língua de sinais para a língua falada e vice-versa, da língua 
falada para a língua de sinais. Vale destacar que o termo tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo 
interpretação. 
Ouvintes - O termo 'ouvinte' refere a todos aqueles que não compartilham as experiências visuais enquanto surdos. 
Surdez - A surdez consubstancia experiências visuais do mundo. Do ponto de vista clínico comumente se caracteriza a 
surdez pela diminuição da acuidade e percepção auditivas que dificulta a aquisição da linguagem oral de forma natural. 
Surdos - São as pessoas que se identificam enquanto surdas. Surdo é o sujeito que apreende o mundo por meio de 
experiências visuais e tem o direito e a possibilidade de apropriar-se da língua brasileira de sinais e da língua 
portuguesa, de modo a propiciar seu pleno desenvolvimento e garantir o trânsito em diferentes contextos sociais e 
culturais. A identificação dos surdos situa-se culturalmente dentro das experiências visuais. Entende-se cultura surda 
como a identidade cultural de um grupo de surdos que se define enquanto grupo diferente de outros grupos. Essa 
cultura é multifacetada, mas apresenta características que são específicas, ela é visual, ela traduz-se de forma visual. As 
formas de organizar o pensamento e a linguagem transcendem as formas ouvintes. 
Surdo-cego - Uma definição funcional refere ao surdo-cego como aquele que tem uma perda substancial da visão e da 
audição, de tal modo que a combinação das suas deficiências cause extrema dificuldade na conquista de habilidades 
educacionais, vocacionais, de lazer e sociais. A palavra chave nesta definição é COMUNICAÇÃO. (...) A surdez-cegueira, 
na sua forma extrema, significa simplesmente que uma pessoa não pode ver, não pode ouvir, e deve depender total e 
completamente do tato para se comunicar com os outros (Dr. Richard Kinney, Presidente da Escola Hadley para Cegos - 
USA). Num sentido não-clínico, são aqueles que utilizam a língua de sinais e/ou o tadoma sendo que suas experiências 
se manifestam através das experiências táteis. Pessoas que usam o tadoma colocam as mãos nos lábios dos falantes ou 
nas mãos e/ou corpo do sinalizador para "sentir" e significar a língua. 
Tradutor - Pessoa que traduz de uma língua para outra. Tecnicamente, tradução refere-se ao processo envolvendo pelo 
menos uma língua escrita. Assim, tradutor é aquele que traduz um texto escrito de uma língua para a outra. 
Tradutor-intérprete - Pessoa que traduz e interpreta o que foi dito e/ ou escrito. 
Tradutor-intérprete de lingua de sinais - Pessoa que traduz e interpreta a língua de sinais para a língua falada e 
vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral ou escrita). 
Tradução-interpretação simultânea - É o processo de tradução- 
interpretação de uma língua para outra que acontece simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Isso significa que o 
tradutor-intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a outra 
língua (língua alvo) no tempo da enunciação. 
Tradução-interpretação consecutiva - É o processo de tradução-interpretação de uma língua para outra que acontece 
de forma consecutiva, ou seja, o tradutor-intérprete ouve/vê o enunciado em uma língua (língua fonte), processa a 
informação e, posteriormente, faz a passagem para a outra língua (língua alvo). 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que envolve o ato de Interpretar? 
Envolve um ato COGNITIVO-LINGÜÍSTICO, ou seja, é um processo em que o intérprete estará diante de 
pessoas que apresentam intenções comunicativas específicas e que utilizam línguas diferentes. O intérprete 
está completamente envolvido na interação comunicativa (social e cultural) com poder completo para 
influenciar o objeto e o produto da interpretação. Ele processa a informação dada na língua fonte e faz 
escolhas lexicais, estruturais, semânticas e pragmáticas na língua alvo que devem se aproximar o mais 
apropriadamente possível da informação dada na língua fonte. Assim sendo, o intérprete também precisa ter 
conhecimento técnico para que suas escolhas sejam apropriadas tecnicamente. Portanto, o ato de interpretar 
envolve processos altamente complexos. 
 
 
Quem é intérprete úe lingua de sinais? 
É o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para 
desempenhar a função de intérprete. No Brasil, o intérprete deve dominar a língua brasileira de sinais e 
língua portuguesa. Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de sinais 
americana e fazer a interpretação para a língua brasileira de sinais ou vice-versa (por exemplo, conferências 
internacionais). Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e interpretação, o profissional precisa 
ter qualificação específica para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e 
técnicas de tradução e interpretação. 0 profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua 
atuação (por exemplo, a área da educação). 
 
 
 
15 
 
Qual o papel do intérprete? 
Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa observando os 
seguintes preceitos éticos: 
a) confiabilidade (sigilo profissional); 
b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões próprias); 
c) discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação); 
d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são separados); 
e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar 
ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi 
dito). 
 
O que acontece quando há carência de profissionais intérpretes? 
Quando há carência de intérpretes de língua de sinais, a interação entre surdos e pessoas que 
desconhecem a língua de sinais fica prejudicada. As implicações disso são, pelo menos, as seguintes: 
a) os surdos não participam de vários tipos de atividades (sociais, educacionais, culturais e políticas); 
b) os surdos não conseguem avançar em termos educacionais; 
c) os surdos ficam desmotivados a participarem de encontros, reuniões, etc. 
 
d) os surdos não têm acesso às discussões e informações veiculadas na língua falada sendo, portanto, 
excluído da interação social, cultural e política sem direito ao exercício de sua cidadania; 
e) os surdos não se fazem "ouvir"; 
f) os ouvintes que não dominam a língua de sinais não conseguem se comunicar com os surdos. 
 
O que é possível fazer? 
a) investigação sobre todos os serviços de intérpretes existentes oficiais e extra-oficiais;b) criação de leis sobre o direito ao serviço de intérprete reivindicando que a sociedade assuma a 
responsabilidade desses serviços; 
 
c) reconhecimento da profissão de intérprete; 
d) realização de pesquisas sobre interpretação e as condições de trabalho dos intérpretes; 
e) formação sistemática para os intérpretes; 
f) aumento de cursos de línguas de sinais; 
g) criação de programas para a formação de novos intérpretes; 
h) cursos que orientem aos surdos como e quando usarem os serviços do intérprete. 
 
Alguns mitos sobre o profissional intérprete 
Professores de surdos são intérpretes de língua de sinais 
Não é verdade que professores de surdos sejam necessariamente intérpretes de língua de sinais. Na verdade, os 
professores são professores e os intérpretes são intérpretes. Cada profissional desempenha sua função e papel que se 
diferenciam imensamente. 0 professor de surdos deve saber e utilizar muito bem a língua de sinais, mas isso não 
implica ser intérprete de língua de sinais. 0 professor tem o papel fundamental associado ao ensino e, portanto, 
completamente inserido no processo interativo social, cultural e lingüístico. 0 intérprete, por outro lado, é o mediador 
entre pessoas que não dominam a mesma língua abstendo-se, na medida do possível, de interferir no processo 
comunicativo. 
 
As pessoas ouvintes que dominam a língua de sinais são intérpretes 
 
16 
 
Não é verdade que dominar a língua de sinais seja suficiente para a pessoa exercer a profissão de 
intérprete de língua de sinais. 0 intérprete de língua de sinais é um profissional que deve ter qualificação 
específica para atuar como intérprete. Muitas pessoas que dominam a língua de sinais não querem e nem 
almejam atuar como intérpretes de língua de sinais. Também, há muitas pessoas que são fluentes na língua 
de sinais, mas não têm habilidade para serem intérpretes. 
Os filhos de pais surdos são intérpretes de língua de sinais 
Não é verdade que o fato de ser filho de pais surdos seja suficiente para garantir que o mesmo seja considerado 
intérprete de língua de sinais. Normalmente os filhos de pais surdos intermediam as relações entre os seus pais e as 
outras pessoas, mas desconhecem técnicas, estratégias e processos de tradução e interpretação, pois não possuem 
qualificação específica para isso. Os filhos fazem isso por serem filhos e não por serem intérpretes de língua de sinais. 
Alguns filhos de pais surdos se dedicam a profissão de intérprete e possuem a vantagem de ser nativos em ambas as 
línguas. Isso, no entanto, não garante que sejam bons profissionais intérpretes. 0 que garante a alguém ser um bom 
profissional intérprete é, além do domínio das duas línguas envolvidas nas interações, o profissionalismo, ou seja, busca 
de qualificação permanente e observância do código de ética. Os filhos de pais surdos que atuam como intérprete têm 
a possibilidade de discutir sobre a sua atuação enquanto profissional intérprete na associação internacional de filhos de 
pais surdos (www.coda-international.org). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.coda-international.org/
 
17 
 
 
 
 
 
Atividade Prática 1 
 
Você está avançando parabéns!!!! 
Agora vamos passar para a segunda parte... 
Vamos na verdade nos apresentar ... 
Grave um vídeo contando-nos : 
 
1- Seu nome 
2- Seu sinal 
3- Sua idade 
4- Onde mora Nome da cidade e sinal 
5- Nome do Estado e Sinal. 
 
 
Dicas: 
Grave o vídeo com o celular deitado, não em pé 
Cuidado com o local onde você vai gravar, dependendo do local 
o vídeo pode ficar escuro 
Cuidado com roupas muito coloridas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividade 2 
 
1) Quem são os primeiros interpretes de 
língua de sinais? 
 
a. Os professores da escola. 
b. Os agentes de trânsito. 
c. Os filhos e familiares de surdos. 
d. Os pastores de igreja. 
 
Questão 2 
 
Onde surgiu a primeira universidade para surdos? 
Escolha uma: 
a. Nos Estados Unidos, a Universidade Gallaudet. 
b. Na China, a Universidade de Pequim. 
c. Em São Paulo, a USP. 
d. Na Inglaterra, a Universidade de Oxford. 
 
Questão 3 
 
É dever dos TILS: 
Escolha uma: 
a. Ser fluente em Libras e em língua portuguesa. 
b. Conhecer a língua inglesa com profundidade e a língua portuguesa de forma básica. 
c. Ser fluente em vários idiomas. 
d. Saber falar língua portuguesa e conhecer um pouco de Libras. 
 
Questão 4 
 
A profissão de Intérprete e tradutor de língua de sinas (TILS) foi reconhecida em? 
Escolha uma: 
a. 2002 
b. 1980 
c. 2010 
d. 1964 
 
19 
 
 
Questão 5 
 
A Libras é uma língua universal, idêntica em todos os países? 
Escolha uma: 
a. Sim, é a mesma no Brasil e no mundo. 
b. Não, é a segunda língua oficial no Brasil, e conserva suas diferenças e regionalidades em 
todos os estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
Código de Ética do Interprete 
 
CAPÍTULO 1 
Princípios fundamentais 
Artigo 1 
São deveres fundamentais do intérprete: 1°. O intérprete deve ser uma pessoa de alto 
caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará 
informações confidenciais e não poderá trair confidencias, as quais foram confiadas a ele; 
Artigo 2 
O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, 
evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazêlo; 
Artigo 3 
O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre 
transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar dos 
limites de sua função e não ir além de a responsabilidade; 
Artigo 4 
O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e ser prudente em aceitar 
tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou profissionais, quando 
necessário, especialmente em palestras técnicas; 
Artigo 5 
O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a 
dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si mesmo, durante o 
exercício da função. 
CAPITULO II 
Relações com o contratante do serviço 
Artigo 6 
O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a providenciar 
serviços de interpretação, em situações onde fundos não são possíveis; 
Artigo 7 
Acordos em níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de cada 
estado, aprovada pela FENEIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
“Diferente do que muitas pessoas pensam não são somente um conjunto de gestos que interpretam as 
línguas orais, como língua possui estruturas e regras gramáticas próprias.A língua de sinais teve origem 
na frança.Os sinais surgem a partir de uma combinação de configurações de mãos, movimento e de 
ponto de articulação, constituindo assim o sistema linguístico da LIBRAS, possibilitando a transmissão 
de ideias, fatos, dos valores, da identidade etc, que se apresentam como fundamentos das 
comunidades surdas.” 
 
Ronice Quadros 
 
 
 
 
 
”.São pessoas com limitações,porém possuem identidade, cultura, comunidade,capacidade Os surdos 
não devem ser considerados “portadores de deficiência auditiva”, surdas-mudas, mudos e nem 
mudinhos e língua. 
 
 
É a parte integrante da LIBRAS e tem a função de soletrar palavras.Muitos objetos, palavras, nomes de 
pessoas, lugares, situações etc., que não possuem ou não conhece o sinal, usa-se o alfabeto manual. 
 
 
 
 
 
A datilologia é a utilização das mãos para soletrar o alfabeto, historicamente é considerada como um 
elemento de comunicação manual. A posição das mãos e dos dedos representa as letras do alfabeto. 
Algumas línguas de sinais utilizam uma só das mãos para fazer a soletração, outras se utilizam das 
duas mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Alfabeto manual para surdocegos 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 Desmistificando a Língua Brasileira de Sinais 
Línguas de Sinais podem ser comparadasem termos de complexidade e expressividade a:quaisquer 
línguas orais, mesmo se pertence a uma modalidade diferente;visual-espaciais: são estabelecidas pelo 
canal visual (visão) e utilizam o espaço para estabelecer a comunicação entre os seus interlocutores. 
 
As pessoas usuárias da Libras, sejam surdas ou ouvintes, 
podem: 
estabelecer discussões sobre diferentes temas como: filosofia, política, esportes, literatura etc.utilizá-la 
com função estética para recitar poesias, fazer teatro, historias, humor etc.“A diferença da modalidade 
das línguas de sinais determina o uso de mecanismos sintáticos específicos diferentes dos utilizados 
nas línguas oral-auditivas, por exemplo, na língua portuguesa”.(Libras II, P. 15) 
 
 
 
 “Evoluíram a partir de um grupo cultural, os surdos” 
MITOSUniversais: LSA, LSP (BRASIL X PORTUGAL)“(...)do mesmo modo que as pessoas falam 
diferentes línguas orais no mundo, também as pessoas surdas em qualquer parte do mundo falam 
diferentes línguas de sinais.(Libras II, P. 15)Curiosidade: Brasil também temos registro de uma língua 
de sinais utilizada pelos índios Urubus-Kaapor, que vivem na região amazônicaGestos e Mímicas São 
línguas naturais“Evoluíram a partir de um grupo cultural, os surdos”Línguas artificiais temos o 
“esperanto” (língua oral) e o “gestuno” (língua de sinais) : comunicação internacional 
 
25 
 
 TERMOS HISTÓRICOSAcredita-se que as línguas de sinais possuem origens ou raízes nas línguas 
orais e segundo Wilcox & Wilcox (1997)há 2 tipos de evidência:Martha’s Vineyard (Massachusetts, 
Estados Unidos): elevado índice de hereditariedade de surdez, observado entre os séculos XVII e 
meados do século XX.França, um surdo, chamado Pierre Desloges, relata no livro Observations of a 
Deaf-Mute, em 1799, sobre a própria língua de sinais que utilizava e a defendia contra aqueles que 
desejavam bani-la. 
A Língua de sinais americana bem como a língua brasileira de sinais tiveram suas origens na língua 
francesa de sinais.Nos Estados Unidos, o americano Thomas Hoppins Gallaudet sensibilizado com uma 
garotinha surda, Alice Cogswell de 8 anos, viaja a Europa em busca de novos métodos para ajudar no 
desenvolvimento educacional desta menina, visto que não confiava muito nos métodos para oralizar 
pessoas surdas.No Brasil, em 1855, um surdo francês, Ernest Huet, em comum acordo com o 
imperador Dom Pedro II, chega ao país e cria a primeira escola nacional de surdos, atualmente o 
Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES na cidade do Rio de Janeiro. 
 
Outros mitos  Ágrafas  não possuem escritas 
“(..) a ideia de representá-la graficamente surgiu em 1974, por Valerie Sutton, uma coreógrafa 
americana que fez uma espécie de transcrição dos sinais para utilizá-los com os passos de dança, isto 
de imediato chamou a atenção da comunidade científica dinamarquesa das línguas de sinais.”Iniciam-
se, então, pesquisas na área e, a partir desde momento, acontece o primeiro encontro de 
pesquisadores, nos EUA organizado por Judy Shepard-Kegel, e dele um grupo de surdos adultos 
aprendem a escrever os sinais do Sign Writing, a escrita dos sinais.No Brasil o sistema ainda é um 
experimento e foi, a partir de 1996, que um grupo de pesquisa, liderado por Antônio Carlos da Rocha 
Costa, na Pontifícia Universidade Católica - PUC de Porto Alegre, começou sua caminhada para o 
desenvolvimento da escrita da língua de sinais brasileira e futuro reconhecimento legal.”(Libras II, P. 17) 
 
NOMENCLATURAS UTILIZADAS NA ÁREA DA SURDEZ 
A pessoa que tem surdez (nomenclatura)Surda? Pessoa surda? Deficiente auditiva?Pessoa com 
deficiência auditiva? Pessoa com baixa audição?Portadora de deficiência auditiva?O termo adequado e 
considerado pela comunidade surda é “Surdo” ou “Pessoa Surda”.Surdez X Deficiência Auditiva 
 
Quais são os termos corretos? 
Linguagem de sinais?Linguagem Brasileira de Sinais?Língua de sinais? Língua dos sinais?Língua 
Brasileira de Sinais?Língua de Sinais Brasileira? Língua de sinais brasileira?Libras? Libras? LIBRAS? 
LSB? 
 
O intérprete da língua de sinais 
Intérprete da Libras? Intérprete da libras?Intérprete de Libras? Intérprete de libras?Intérprete da Língua 
de Sinais Brasileira?Intérprete da língua de sinais brasileira?Intérprete da LSB?“Profissional capacitado 
e/ou habilitado para atuar quando se faça necessário em: escolas, palestras, reuniões técnicas, igrejas, 
fóruns judiciais, programas em televisão e/ou em vídeo, domicílios, ruas, lazer, turismo, ou seja, em 
situações formais e informais” 
 
Alfabeto Manual X Datilologia 
São formas de mãos que representam as letras do alfabetoAs formas de mãos para a formação do 
alfabetomanual também variam de país para paísUma pessoa que não é surda pode usar a datilologia 
quando ela não sabe o sinal correspondente do que quer falar com outra pessoa surda e para que o 
surdo entenda do que se trata, devemos soletrar usando o alfabeto manualSoletração de uma palavra 
usando o alfabeto manualÉ mais usada para expressar nome de pessoas, localidades e outras 
palavrasque não possuem um sinal específico 
 
Nomes e sinal pessoal Sinal Pessoal  é uma espécie de nome em Libras 
Conseguem identificar as pessoas visualmente, memorizando suas características físicasSinal Pessoal 
 é uma espécie de nome em Librasé escolhido de acordo com as características da pessoa ou por seu 
jeito de serpode ser dado por uma pessoa surda ou escolhido pelo próprio usuáriouma vez batizado, 
esse sinal não poderá ser modificadodifícil encontrar pessoa, sejam surdas ou ouvintes, com sinais 
iguais. 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Código de Ética do Interprete 
Capítulo 1 
 
 
27 
 
 
Princípios fundamentais 
Artigo 1 
São deveres fundamentais do intérprete: 1°. O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, 
honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e 
não poderá trair confidencias, as quais foram confiadas a ele; 
 
 
Artigo 2 
O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, evitando 
interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazêlo; 
 
 
Artigo 3 
O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre transmitindo o 
pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar dos limites de sua função e não ir 
além de a responsabilidade; 
 
 
Artigo 4 
O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e ser prudente em aceitar 
assistência de outros intérpretes e/ou profissionais, quando necessário, especialmente em palestras 
técnicas; 
 
 
Artigo 5 
O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a 
dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si mesmo, durante o 
exercício da função. 
 
 
CAPITULO II 
 
Relações com o contratante do serviço 
 
Artigo 6 
O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a providenciar 
serviços de interpretação, em situações onde fundos não são possíveis; 
 
Artigo 7 
Acordos em níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de cada 
estado, aprovada pela FENEIS. 
 
CAPITULO III 
Responsabilidade Profissional 
Artigo 8 
 
O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou outras 
 
28 
 
em seu favor; 
 
Artigo 9 
O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais bem como da 
Língua Portuguesa; 
 
Artigo 10 
Em casos legais, o intérprete deve informar à autoridade qual o nível de comunicação da 
pessoa envolvida, informando quando a interpretação literal não é possível e o intérprete, 
então terá que parafrasear de modo claro o que está sendo dito à pessoa surda e o que ela 
está dizendo à autoridade; 
 
 
Artigo 11 
O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza das línguas 
envolvidas. Ele também deve estar pronto para aprender e aceitar novossinais, se isso for 
necessário para o entendimento; 
 
Artigo 12 
O intérprete deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de assistência ao surdo e 
fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares. 
 
CAPITULO IV 
Relações com os colegas 
 
Artigo 13 
Reconhecendo a necessidade para o seu desenvolvimento profissional, o intérprete deve 
agrupar-se com colegas profissionais com o propósito de dividir novos conhecimentos de 
vida e desenvolver suas capacidades expressivas e receptivas em interpretação e tradução. 
Parágrafo único. O intérprete deve esclarecer o público no que diz respeito ao surdo 
sempre que possível, reconhecendo que muitos equívocos (má informação) têm surgido 
devido à falta de conhecimento do público sobre a área da surdez e a comunicação com o 
surdo. 
Diante deste código de ética, apresentar-se-á a seguir diferentes situações que podem ser 
exemplos do dia-a-dia do profissional intérprete. Tais situações exigem um 
posicionamento ético do profissional intérprete. Sugere-se que, a partir destes contextos, 
cada intérprete reflita, converse com outros intérpretes e tome decisões em relação a seu 
posicionamento com base nos princípios éticos destacados no código de ética. 
 
 
 
 
 
 
 
Professor de Libras Código de Ética 
1) Deverá ter respeito pela Libras, zelar pelo seu uso adequado, mas estar aberto para 
aprender e aceitar sinais novos, porque isso é uma característica de qualquer Língua; 
 
2) Deverá reconhecer a necessidade de se aperfeiçoar, fazer um curso superior e estar 
 
29 
 
aberto para conhecer novos métodos de ensino; 
 
3) Deverá esclarecer às Pessoas Surdas sobre a importância do trabalho dos Instrutores 
para a divulgação e ensino da Libras; 
 
4) Deverá ter respeito a cada indivíduo Surdo, sendo este oralizado ou não, mesmo que 
saiba pouco a Libras, incentivando-o a usá-la; 
 
5) Nos assuntos gerais, sempre respeitar as decisões da diretoria dos órgãos competentes, 
quando esta estiver de acordo com o estatuto e regimento da Instituição onde esteja 
trabalhando; 
 
06) Deverá lembrar dos limites da sua função e não ir além de sua responsabilidade, 
respeitando seu colega de trabalho como também seus coordenadores e diretores; 
 
07) Deverá manter o respeito à sua Identidade e Cultura Surda quando necessitar do apoio 
de profissionais ouvintes para auxiliá-lo no desenvolvimento das capacidades expressivas e 
receptivas em Libras e na Língua Portuguesa; 
 
08) Deverá esclarecer aos alunos no que diz respeito à Cultura Surda sempre que possível, 
reconhecendo que muitos equívocos (má informação) têm surgido por causa da falta de 
conhecimento do público sobre a Surdez e a comunicação com o Surdo; 
 
09) Deverá, durante o exercício da função, adotar uma conduta adequada e, ao se vestir e 
utilizar adereços, não chamar a atenção sobre si mesmo; 
 
10) Deverá ter assiduidade e pontualidade durante o curso; 
 
11) Deverá ter sempre organizado o planejamento das aulas do curso e, caso haja dúvida, 
procurar ajuda para preparar a aula antecipadamente; 
 
12) Deverá ensinar, dando o melhor de sua habilidade, sempre transmitindo os 
conhecimentos sobre a Libras de que dispõe e que já estudou; 
 
13) Deverá se esforçar para dar assistência aos alunos, esclarecendo suas dúvidas sobre 
Libras; 
 
14) Deverá ter paciência com os alunos Surdos e com os Ouvintes que têm mais 
dificuldade em aprender a Libras; 
 
15) Deverá se manter neutro e tratar os alunos com igualdade, sem dar preferências aos 
alunos mais inteligentes ou que já saibam um pouco mais a Libras; 
 
16) Deverá manter uma atitude neutra durante o transcurso do curso, evitando 
interferências e opiniões pessoais não relacionadas às aulas; 
 
17) Deverá saber controlar as emoções e não levar os problemas pessoais para a turma; 
 
18) Deverá refletir e cumprir essas recomendações sobre ÉTICA PROFISSIONAL e POSTURA 
 
30 
 
DO(A) INSTRUTOR(A), procurando aprimorá-las. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questionário do Código de ética 
 
 
 Questão 1 
O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de 
Sinais bem como da Língua Portuguesa. 
Escolha uma opção: 
 
 
 
31 
 
 
Questão 2 
O intérprete deve adotar uma conduta inadequada de se vestir, sem 
adereços, mantendo a dignidade da profissão. 
Escolha uma opção: 
 
 
 
Questão 3 
Acordos em níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a 
tabela de cada estado, aprovada pelo município. 
Escolha uma opção: 
 
 
 
Questão 4 
O intérprete deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de 
assistência ao surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades 
particulares. 
Escolha uma opção: 
 
 
 
Questão 5 
Texto da questão 
De acordo com o Código de ética do interprete, assinale a alternativa 
incorreta: 
Escolha uma: 
a. Deverá se esforçar para dar assistência aos alunos, não esclarecendo 
suas dúvidas sobre Libras. 
b. Deverá ter assiduidade e pontualidade durante o curso. 
c. Deverá esclarecer as Pessoas Surdas sobre a importância do trabalho 
dos Instrutores para a divulgação e ensino da Libras. 
d. Deverá ter respeito a cada indivíduo Surdo, sendo este oralizadoou não, 
mesmo que 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atuação e ética dos Tils 
Questão 1 
Texto da questão 
O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais bem 
como 
da Língua Portuguesa. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 2 
 
33 
 
Texto da questão 
O intérprete deve adotar uma conduta inadequada de se vestir, sem adereços, 
mantendo a 
dignidade da profissão. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 3 
Texto da questão 
Acordos em níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de 
cada 
estado, aprovada pelo município. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 4 
Texto da questão 
O intérprete deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de assistência ao surdo 
e 
fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 5 
Texto da questão 
De acordo com o Código de ética do interprete, assinale a alternativa incorreta: 
Escolha uma: 
a. Deverá se esforçar para dar assistência aos alunos, não esclarecendo suas dúvidas 
sobre Libras. 
b. Deverá ter respeito a cada indivíduo Surdo, sendo este oralizado ou não, mesmo 
que 
este saiba pouco a Libras e incentiva-lo a usá-la. 
c. Deverá esclarecer as Pessoas Surdas sobre a importância do trabalho dos 
Instrutores 
para a divulgação e ensino da Libras. 
d. Deverá ter assiduidade e pontualidade durante o curso. 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questionário da Classificação Indicativa 
 
 
Questão 1- 
A Classificação Indicativa é a informação sobre o conteúdo de obras audiovisuais quanto à 
adequação de horário, local e faixa etária para serem exibidos. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 2 
Texto da questão 
A Classificação Indicativa proíbe as emissoras a transmitirem conteúdos inadequados para 
menores de 10 anos. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
 
35 
 
Falso 
Questão 3 
Texto da questão 
A portaria MJ nº 1.220 de 11 de julho de 2007, determina que as emissoras, produtoras e 
programadores de conteúdos audiovisuais devem fornecer e veicular a informação 
correspondente à classificação indicativa, textualmente em português, com tradução 
simultânea em Libras. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 4 
Texto da questão 
O tradutor e intérprete da Língua de sinais é a pessoa ouvinte bilíngue que traduz e 
interpreta a Língua de sinais para a Língua Portuguesa em quaisquer modalidades que se 
apresentar, seja oral ou escrita. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 5 
Texto da questão 
A comunicação é um dos principais fatores do processo de inclusão do ser humano e 
significa participação, convivência e socialização. 
Escolha uma opção: 
VerdadeiroFalso 
Questão 6 
Texto da questão 
As emissoras de TV não precisam estar preocupadas pelo fato de muitas pessoas surdas 
terem acesso aos programas, pois tem legenda em Português. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 7 
Texto da questão 
A NBR 15.290, que dispõe sobre a acessibilidade em comunicação na televisão, foi 
elaborada em 2005 pela Comissão de Estudo de Acessibilidade em Comunicação. As 
normas estabelecem diretrizes gerais aplicáveis a todas as emissoras e programadoras, 
públicas ou privadas. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
Questão 8 
Texto da questão 
O formato da Janela com intérprete de Libras não exige orientação, cada um pode utilizar 
da maneira que achar melhor. 
Escolha uma opção: 
Verdadeiro 
Falso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Teórica 1 
 
Reflita sobre a atuação ética do tils 
 
 
 
Nós sabemos que hoje a profissão dos TILS é uma profissão em evidência, 
porém percebemos não temos TILS habilitados para atender a demanda no 
Brasil. 
 
 
37 
 
 
Na sua opinião o que falta para os profissionais que estão atuando no 
mercado? eles estão realmente preparados? A falta de fiscalização na área 
é um ponto negativo na formação? 
Justifique sua resposta redigindo um texto argumentativo. 
-
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Atividade Prática 2 
Vamos treinar a nossa datilologia 
1-Grave um vídeo fazendo a datilologia das palavras 
abaixo: 
a- Características l- Gólgota 
b- Acessibilidade M- Cóccix 
c- Tessalonicense N- Vicissitude 
d- Admoesta O- Idiossincrasia 
e- Repreensão P- Desoxigenação 
f- Acantopterígio Q- Perspicácia 
g- Desperdiçar R- Tergiversar 
h- Imperturbável S- Dislexia 
i- Perscrutar T - Ígneo 
j- Irrupção U – Ornitorrinco 
 
38 
 
 
 
Dicas: 
Grave o vídeo com o celular deitado, não em pé 
Cuidado com o local onde você vai gravar, dependendo do local o vídeo pode ficar 
Escuro 
Cuidado com roupas muito coloridas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Extracurricular 
 
Assistir o filme BLACK. 2005. Duração: 122min. Diretora: Sanjay Leela Bhansali – Índia. (O filme narra à 
história de uma jovem cega e surda. Por sua deficiência, é uma garota confusa, triste e violenta. Vive, assim, 
a escuridão. Até que conhece uma professora que irá guiá-la a outro 
universo. A jovem então encontrará o caminho da luz. “Inspirado na vida de Helen Keller”), entrega da 
análise do livro (atividade individual). 
 
 
 
39 
 
 
https://youtu.be/y5o6oEOFtaw 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Referências Básicas: 
1. GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? São Paulo, Editora Parábola: 2009. 
2. PIMENTA, N. e QUADROS, R. M. Curso de Libras I. (DVD) LSBVideo: Rio de Janeiro. 2006. 
3. QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. Estudos Lingüísticos: a língua de sinais brasileira. 
Editora ArtMed: Porto Alegre. 2004. 
Referências Complementares: 
1. CAPOVILLA, F.; RAPHAEL, Walkíria Duarte. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe 
da Língua de Sinais. Imprensa Oficial. São Paulo: 2001. 
2. Dicionário virtual de apoio: http://www.acessobrasil.org.br/libras/ 
3. Dicionário virtual de apoio: http://www.dicionariolibras.com.br/ 
4. Legislação Específica de Libras – MEC/SEESP – http://portal.mec.gov.br/seesp 
5. PIMENTA, N. Números na língua de sinais brasileira (DVD). LSBVideo: Rio de Janeiro. 
Produtos disponíveis em Libras e Cia. 
www.librasecia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modalidades e Competências dos tils 
 
 
(tradutor e intérprete de língua de sinais) Qual a atuação de um tradutor-intérprete 
de línguas de sinais? Como ser um tradutor-intérprete de libras? Existem diferenças 
no processo de tradução/interpretação de língua de sinais? Para responder a essas e 
outras questões vamos pensar no caminho para ser um tradutor e intérprete de 
língua de sinais. Os intérpretes naturais são os pais e filhos de surdos, principalmente 
os filhos de surdos que são chamados de CoDA (Children of Deaf Adults1 ), os quais 
aprendem em tenra idade a falar a língua portuguesa e a sinalizar em língua de sinais 
https://youtu.be/y5o6oEOFtaw
http://www.librasecia/
 
40 
 
para fazer atividades do dia-a-dia como pedir pizza, à guisa de exemplo. Existem 
diversos cursos de extensão universitária, cursos de graduação e pós-graduação para 
formar intérpretes de línguas de sinais. No Brasil, a Resolução2 exige que o intérprete 
de libras tenha, pelo menos um curso de formação com carga horária mínima de 
120 horas, ou certificado reconhecido pelo MEC (PROLIBRAS), pósgraduação em 
Libras e/ou graduação em Letras-Libras. O intérprete atua como uma ponte entre o 
surdo e o mundo ouvinte, portanto é imprescindível que o profissional intérprete 
faça a voz, e seja os ouvidos do surdo, de forma ética e a conservar a integridade do 
discurso a ser traduzido, que use a língua de sinais para traduzir a mensagem, e se 
prive de transformar a mensagem por quaisquer que sejam suas razões pessoais, o 
trabalho do intérprete é definido pelo artigo 6º da 
Lei nº 12.319/2010, da seguinte maneira: I - Efetuar comunicação entre surdos e 
ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdoscegos, surdos-cegos e ouvintes, por meio 
da Libras para a língua oral e vice-versa; II - Interpretar, em Língua Brasileira de Sinais 
- Língua Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas 
instituições de ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar 
o acesso aos conteúdos curriculares; III - 
Atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino e nos concursos 
públicos; IV 
- Atuar no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim das instituições de 
ensino e repartições públicas; e V - Prestar seus serviços em depoimentos em juízo, 
em órgãos administrativos ou policiais. 3 Competências necessárias para ser um 
tradutor/intérprete de libras 1 Em língua portuguesa filhos de pais surdos. 2 
Resolução SE nº 8 de 2009, publicado em 
20/06/2009, § 2ºOs candidatos devem ser portadores de diploma de licenciatura 
plena, para atuação nas séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, ou de 
curso de nível médio com habilitação em Magistério, para atuação nas séries iniciais 
do Ensino Fundamental, e apresentarpelo menos um dos seguintes títulos: 1 -
Diploma ou certificado de curso de graduação ou de pós-graduação em Letras -
Libras; 2 - Certificado de proficiência em Libras, expedido pelo MEC; 3- Certificado de 
conclusão de curso de Libras de, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas. 4 - Habilitação 
ou especialização em Deficiência Auditiva/Audiocomunicação com carga horária de 
Libras. Disponível em 
http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2011/SE
RVICO/1 
68- 2011.pdf acesso em 29/06/2015. 3 Disponível em 
http://www.apilrj.org.br/oquefaz.html 
acesso em 29/06/2015. Apostila Curso de Tradutor e Intérprete de Libras – rev. 
07/2015 – 
http://www.apilrj.org.br/oquefaz.html
 
41 
 
Inilibras – direitos reservados. 2 O aspirante a intérprete além da formação básica, 
exigida por lei, é necessário que se atente para outros aspectos importantes para um 
bom desenvolvimento de seu trabalho como tradutorintérprete, tais como: O 
domínio de língua portuguesa e língua brasileira de sinais; Conhecimento da 
cultura surda, da identidade do surdo, dos tipos de surdez; Pleno saber de 
técnicas de interpretação (simultânea, consecutiva) A pesquisadora Ronice Quadros4 
aponta seis competências essenciais para o processo de interpretação e tradução da 
língua de sinais. 1. Competência linguística: habilidade de entender o objeto da 
linguagem usada em todas as suas nuanças e expressá-las corretamente, 
fluentemente e claramente a mesma informação na língua alvo, ter habilidade para 
distinguir as ideias secundárias e determinar os elos que determinam a coesão do 
discurso. 2. Competência para transferência: Essa competência envolve habilidade 
para compreender a articulação do significado no discurso da língua fonte, habilidade 
para interpretar o significado da língua fonte para a língua alvo, sem distorções, 
adições ou omissão, sem influência da língua fonte para a língua alvo. 3. 
Competência metodológica: habilidade em usar diferentes modos de interpretação, 
para encontrar o item lexical e a terminologia adequada avaliando e usando-os com 
bom senso e para recordar itens lexicais e terminologias. 4. Competência na área: 
conhecimento requerido para compreender o conteúdo de uma mensagem que está 
sendo interpretada. 5. Competência bicultural: conhecimento das crenças, valores, 
experiências e comportamentos dos utentes da língua fonte e da língua alvo. 6. 
Competência técnica: habilidade para posicionar se apropriadamente para 
interpretar. (p. 73-74) Tipos de interpretação Interpretação simultânea: É quando há 
a tradução da língua portuguesa para a língua de sinais (ou vice-versa) no momento 
da fala, um diálogo por exemplo, vamos supor que um surdo precisa retirar na 
prefeitura a certificação negativa de seu imóvel, e um intérprete o auxilia entender a 
documentação necessária. Outra situação que é muito comum vermos um intérprete 
em ação é em uma igreja, por exemplo, quando temos a homilia, que é espontânea, 
e temos um intérprete fazendo a tradução da língua portuguesa para libras. A 
tradução simultânea é muita usada em programas de televisão, conferências, etc. 
Interpretação sussurrada: É o tipo de interpretação na qual temos um número 
considerável de surdos, uma palestra, ou aula, e temos poucos ouvintes, então o 
intérprete faz a voz do surdo para o ouvinte, discretamente ao lado do ouvinte e de 
frente para o surdo. Interpretação consecutiva: Nessa modalidade, o intérprete ouve 
a mensagem, e sintetiza a informação, um tempo depois traduz para libras, ou vice-
versa. Não é tão dinâmico como na 4 QUADROS, Ronice Muller de. O tradutor e 
intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Brasília: MEC; SEESP; 
Programa Nacional de Apoio a Educação de Surdos, intérprete processe o conteúdo. 
É comum esse tipo de interpretação em escolas, quando o professor ensina a matéria 
e o intérprete absorve a mensagem e a reproduz posteriormente. Interpretação para 
 
42 
 
surdo-cego: Para esse tipo de interpretação usa-se a libras táctil, e esta é feita de 
forma individual, pode ser feita por um surdo seguindo a interpretação de outro 
intérprete, ou por qualquer outro intérprete usando pontos de apoio como a mão do 
surdo-cego, e os sinais são feitos na pele do surdo-cego. Interpretação à 
distância/telefone: Na chamada de voz o ouvinte fala a mensagem e o interprete 
através de uma câmera traduz para a língua de sinais e o surdo a recebe onde estiver. 
O que faz um intérprete ser bom de verdade? Podemos afirmar que o conhecimento 
profundo de Libras e língua portuguesa é essencial para uma boa 
interpretaçãotradução, e se possível o contato com o surdo que será o objeto da 
interpretação. Geralmente, o surdo começa a ter contato com o intérprete na escola, 
nos primeiros anos letivos, assim o intérprete faz parte do processo de alfabetização 
do aluno surdo, e posteriormente o surdo passa a ter contato com intérpretes em 
outras áreas da vida. Na opinião de uma especialista... 
Fizemos a pergunta acima à intérprete e especialista em libras Simone, e vamos 
sintetizar sua resposta: O intérprete-aprendiz normalmente passa por três estágios 
para se formar, no primeiro estágio, vamos chamar de fase pouco amadurecimento, 
ele acabou de fazer o curso de 120 horas ou mais, e acha que sabe todas os sinais, e 
se autodenomina intérprete. Nesse primeiro momento a língua (libras) está no lado 
direito do cérebro, ele está aprendendo. Na segunda fase, que vamos chamar de 
acomodação do conhecimento, como o nome já diz a língua está se acomodando no 
cérebro, o aluno quer aprender tudo, quer saber a origem do sinal, o porquê da 
configuração da mão, etc., por exemplo o sinal de cavalo, o aluno quer entender a 
razão de mexer os dedos, e pensa que imita o cavalo com um mosquito na cabeça, 
esse é o momento da curiosidade, o aluno presta atenção à tudo à sua volta, as 
conversas que escuta quer transpor para libras, e tenta, o aluno já sabe que que não 
sabe tudo e que libras não é tão fácil como imaginava no primeiro estágio. Esse 
intérprete não anseia por desafios, quando convidado a sair da zona de conforto, 
interpretar em uma missa, por exemplo, ele recusa, porque acha que não vai 
conseguir, assim não progride, e fica estagnado. Para sair da segunda fase, o 
intérpreteaprendiz precisa estudar e se atualizar. Já na terceira fase, podemos 
chamar de autocrítica, a língua já passou do lado direito para o lado esquerdo do 
cérebro, a língua está acomodada no hemisfério esquerdo do cérebro. O intérprete 
sabe o que pode e o que não tem o preparo necessário para fazer, e assim age de 
forma ética, ou estuda previamente o conteúdo que não tem domínio, ou recusa o 
trabalho e pode passar para um colega que tenha maior domínio do assunto, por 
exemplo uma convenção de medicina, onde os surdos presentes são médicos ou 
enfermeiros, e o intérprete desconhece a terminologia médica, e o intérprete não 
tem a humildade de estudar antes ele acaba fazendo feio, pois não há vergonha em 
rejeitar um trabalho porque não se tem o domínio do assunto, feio mesmo é ficar 
fazendo datilologia o tempo todo. Sendo assim, podemos dizer que a primeira e mais 
 
43 
 
importante competência do intérprete é ser ético, ter uma boa ética profissional, 
toda profissão exige conduta ética, mas no caso do intérprete de libras é 
fundamental, pois é intérprete precisa saber o que ele é capaz de fazer. 
Visto que, concorrência no mercado de trabalho é pequena, e há muita oferta de 
emprego, as pessoas acabam querendo abraçar o mundo, para não ‘perder 
oportunidades’, isso é falta de ética com o profissional e com os colegas, que 
poderiam fazer um trabalho melhor e não tiveram a oportunidade de pegar o 
emprego, e principalmente é falta de ética com o surdo, que vai ficar sem a 
informação correta. No caso de intérpretes que atuam em sala de aula, há 
profissionais que mal sabem fazer datilologia e acabam dando as respostas das 
atividades para o aluno surdo, que fica sem saber dosconteúdos. Ao meu ver, a 
principal competência do intérprete é ter ética. (Prof.ª Simone Vecchio de Castro) Na 
opinião de surdos... Também perguntamos à três surdos o que na opinião deles faria 
um bom intérprete. O professor e especialista em educação especial Rauf di Carli, 
disse que “Para ser um bom TILS é preciso fazer curso de libras, não se deve parar. 
Sempre atualizando. Segundo é preciso viver na Cultura Surda, sem ela é impossível 
trabalhar como intérprete”. É interessante notar que o professor Rauf enfatiza que 
além do estudo é importante o convívio na Cultura Surda, notando que ele afirma ser 
impossível trabalhar como intérprete sem o aporte da comunidade surda, ou seja, o 
surdo é o foco do trabalho de interpretação, sempre. A aluna de pedagogia e 
professora de libras 
Nathalie Oliveira afirma que “As pessoas ouvintes precisam de intérpretes para 
conversar com os surdos em qualquer lugar, como escolas, faculdades, bancos, lojas, 
supermercados entre outros. Os surdos precisam de intérpretes para que os surdos 
possam compreender melhor. 
Os surdos e os ouvintes precisam se unir e juntos se ajudar. ” Na colocação da 
professora 
Nathalie podemos notar a relação de colaborativa entre o surdo e o ouvinte, pois ela 
aponta a necessidade do ouvinte de se relacionar com o surdo e viceversa, portanto 
o surdo precisa do intérprete da mesma maneira que o intérprete precisa do surdo. A 
aluna de Ensino Médio e auxiliar de produção Débora Franzoni aponta que “Para ser 
um bom tradutor é preciso ter um dom, gostar do que faz e também é preciso fazer o 
curso. ” Interessante notar que para ela o intérprete gostar do que faz é parte do 
pacote, é importante que o intérprete esteja feliz, e que tenha o dom, e é claro 
estudar. Podemos notar que tanto para os surdos quanto para a profissional de 
interpretação que consultamos, é imprescindível estudar para se manter atualizado e 
prestar um bom serviço para o surdo, que é o cliente final do trabalho de 
interpretação. Finalizando... Gostaria de primeiramente atentar para duas questões 
primordiais ao TILS, o aluno-aprendiz precisa estudar libras e língua portuguesa e ter 
o domínio das duas línguas para poder fazer uma transposição linguística eficaz e 
 
44 
 
honesta, lembra do que a professora Simone enfatizou? A ética, é importante 
estudar e ser ético, e osegundo aspecto que gostaria de levantar é a importância da 
Cultura Surda, é conhecer aidentidade do surdo, é participar da comunidade surda, 
ao contrário de outras línguas oraisque podemos consultar o dicionário no caso de 
uma dúvida, e o dicionário é o voto de Minerva no caso de uma dúvida cabal, na 
língua de sinais o cenário é outro, o foco é o surdo, e a língua de sinais é amplamente 
flexível, foi criada por eles é modificada dia-a-dia, ou seja, o contato com o surdo é 
de suma importância, é saber ouvir o surdo, é perguntar ao surdo se ele entendeu 
sua interpretação, se o sinal está correto, se ele tem uma sugestão linguística, 
mantenha em mente: o surdo é o seu cliente, ele é quem precisa entender sua 
interpretação, não adianta se pavonear numa interpretação com movimentos dignos 
do ballet de Bolshoi se a sua mensagem não for eticamente honesta com o conteúdo 
a ser passado para o surdo. Tenha o dom, e goste do que faz, estude e lembre-se o 
ouvinte precisa do intérprete para se comunicar com o surdo, da mesma forma que o 
surdo precisa do intérprete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O papel do tradutor/intérprete de libras na 
compreensão de conceitos pelo surdo 
 
 
 Andréia Mendiola Marcon 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Neste trabalho, são descritos os processos interacionais que permitem compreender como o surdo 
constrói conceitos a partir da interpretação de outro profissional: o tradutor/intérprete. Essa reflexão 
se justifica na medida em que auxiliará na ampliação dos estudos referentes à interação entre o surdo e 
o intérprete, a qual resultará em um maior conhecimento sobre essa prática, que requer um 
planejamento tradutório para uma produção interpretativa com maior sucesso em relação ao assunto 
tratado pelo professor. 
A produção interpretativa, muitas vezes, não acontece de maneira simultânea, mas é preciso pensar em 
escolhas que não comprometam a interpretação. Para o planejamento, faz-se necessário um 
procedimento prévio de estudos sobre o tema tratado, com vistas à obtenção de uma amplitude relativa 
às competências linguísticas e referenciais do profissional. 
 
 
 
O planejamento prévio é imprescindível para que ocorra a produção de uma interpretação sem ruídos, 
lacunas ou interrupções, fenômenos que podem acontecer durante a atuação do intérprete, diante de 
conteúdos específicos das diferentes áreas do conhecimento. Salienta-se que, por meio da Língua 
Brasileira de Sinais (Libras), o intérprete intermedeia uma ação que corresponde à aquisição do 
conhecimento pelo surdo. 
Em sua atuação, a imparcialidade do intérprete junto ao processo de reprodução do conteúdo, falado 
ou escrito, do português para a Libras destina-se à forma de construção de conceitos pelo surdo sobre o 
objeto de estudo. Frequentemente, os intérpretes se deparam com problemas de compreensão por parte 
dos surdos, os quais se devem ao fato de a origem dos conteúdos trazer diversidades linguísticas e 
palavras desconhecidas. Tais dificuldades emergem, ainda, das condições do contexto familiar, social ou 
escolar do surdo. 
 
46 
 
Diante do exposto, pretende-se refletir sobre o modo pelo qual o surdo constrói seus conceitos por meio 
dos processos interacionais com o tradutor/intérprete, nas atividades de interpretação em sala de aula. 
Busca-se, assim, verificar a dinâmica desse processo, pensando nas condições referenciais de língua que 
o surdo traz de suas experiências vividas e que são capazes de contribuir para o processo de sua 
aprendizagem. Nessa interação, observa-se, também, como o intérprete procede sempre que um ruído 
na comunicação se revela por parte do surdo. 
A fim de se alcançar esses objetivos, apresenta-se uma amostra de interpretação constituída de um 
trecho do texto “O atraso da religião”, publicado na Revista Veja (Petry, 2004: 79) e analisado numa 
determinada disciplina de Língua Portuguesa de uma escola de educação regular da rede estadual. Na 
reflexão sobre a interpretação do corpus, serão observados alguns termos que o surdo desconhece, 
examinando como o intérprete interage para sanar essa dificuldade linguística. Após a interpretação do 
texto, serão levantadas sequências interacionais em que fique evidenciada a presença de construção dos 
conceitos pelo surdo. Em seguida, serão feitas algumas considerações sobre o texto e as palavras por ele 
desconhecidas, na qual o intérprete interage, buscando em seu referencial tradutório outro termo do 
mesmo campo semântico que aquele causador de ruído. 
Como fundamentação teórica, adota-se a perspectiva dos estudos linguísticos veiculados no Curso de 
linguística geral (CLG, 1995), obra referência para este estudo, que versará, entre outras questões, sobre 
língua e sistema linguístico. As ideias de Ferdinand de Saussure – a partir do CLG – são imprescindíveis 
para qualquer discussão que envolva conceitos como “signo linguístico”, bem como a relação entre as 
dicotomias “língua e linguagem”, “significante e significado” e “sintagma e paradigma”. 
 
1. O signo linguístico sob a perspectiva do clg 
 
No presente artigo, adota-se o conceito de signo linguístico proposto pelo CLG, uma 
vez que tal teoria traz uma visão geral da relação entre significado e significante na 
construção de signos. A relevância desse aspecto deve-se à possibilidade de se 
estabelecer um entendimento preciso sobre a formação do signo linguístico, para 
verificar como o surdo constrói a aprendizagem por meio de sua língua natural em 
contato com o intérprete. 
Entre as reflexões que registra em seu CLG, Saussure explica que cada

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