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A IMPORTÂNCIA DE CONTAR HISTÓRIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÂO INFANTIL

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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
A IMPORTÂNCIA DE CONTAR HISTÓRIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÂO INFANTIL
MARIA JOSÉ CRHISTOVÃO DA SILVA [footnoteRef:1] [1: . Professor de Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino, na cidade de Lins/SP
Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Licenciatura de Pedagogia.
] 
RESUMO 
O trabalho visa questionar sobre a importância da contação de histórias e sua importância na prática pedagógica, na Educação Infantil, para despertar na criança o hábito da leitura e da escrita, desde os primórdios da sua educação formal, colocando assim em pauta o trabalho do professor em sala de aula e as estratégias de leituras utilizadas. A importância do uso da contação de histórias para o desenvolvimento da oralidade infantil, que se dá por meio das experiências e interação com o mundo e com as trocas de informação e conhecimentos acumulados em diferentes situações comunicativas.
Palavras-chave: Contação de Histórias; Oralidade; Leitura e Prática Pedagógica
INTRODUÇÃO	
	Há quanto tempo se tem dito sobre a Educação para transformar o mundo, mas sabe-se que é preciso que a Educação primeiro transforme o sujeito e que esse sujeito transforme, posteriormente o mundo em que vive, ou seja, a sociedade, por meio da criticidade, responsabilidade e sua atuação dentro dela, por meio da interação e trocas sociais que se dão por meio da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual.
	É por meio da escrita e da leitura que a criança deverá descobrir os diferentes gêneros existentes e a função social que cada qual se destina. E como criar na criança desde os primeiros anos de vida, antes mesmo da leitura propriamente dita, o hábito e o prazer de ler?
	O uso da ludicidade é a primeira forma de conhecimento, pela qual a criança entra em contato com o mundo. De acordo com os seis pilares educacionais de Montessori[footnoteRef:2], a Educação Cósmica permite inúmeras formas de despertar o interesse da criança pelo mundo, e estruturar a parte da educação que tem a ver com a transmissão do conhecimento pela via das perguntas e das histórias é um dos papéis do educador montessoriano, que deve ser profundamente encantado pelo universo, para manter desperto o desejo da criança de saber sempre mais. [2: MONTESSORI, Maria. Os seis pilares educacionais. Disponível em :https://www.revistaprosaversoearte.com/os-seis-pilares-educacionais-de-maria-montessori/.] 
	 Com base na Educação Cósmica de Montessori,“a transmissão do conhecimento pela via das perguntas e das histórias é um dos papéis do educador ”, seja esse montessoriano ou não, manter desperto o desejo da criança de saber sempre mais por meio de um universo que lhe pertence que é a contação de histórias, daquilo que lhe causa encantamento é o papel que compete ao educador da educação infantil.
	A contação de histórias, portanto, tem um papel fundamental na prática pedagógica, pois podem ser ouvidas e recontadas por elas, e permitindo assim a socialização com outras crianças a partir da oralidade. Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI, 1998, p.24):
	É na interação social que as crianças são inseridas nas linguagens, parrtilhando significados e sendo significadas pelo outro. Cada língua carrega, em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a características e grupos sociais singulares. Ao aprender a língua materna, a criança toma contato com esses conteúdos e concepções, construindo um sentido de pertinência social.
	Será apresentado, portanto, neste artigo o aprofundamento de algumas questões pertinentes ao tema, assim bem como, o desenvolvimento da oralidade na criança, a contação de histórias e sua influência na educação da criança e as considerações finais.
1. O desenvolvimento da oralidade na criança
	A oralidade faz parte do desenvolvimento humano, a partir da linguagem que o indivíduo começa sua interação com o mundo, e a descobrir a sua função social, que é a socialização que acontece por meio da transmissão dos conhecimentos e experiências acumulados ao longo de sua vivência.
	De acordo com o Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil, “em algumas práticas, se considera o aprendizado da linguagem oral, como um processo natural, que ocorre em função da maturação biológica prescinde-se nesse caso de ações educativas planejadas com a intenção de favorecer essa aprendizagem.” (BRASIL, 1998, p.119).
	 O bebê exercita sua oralidade, primeiro por meio do balbucio, depois vai aos poucos aperfeiçoando sua oralidade no contato com o outro, primeiro com a mãe, e seu vocabulário vai enriquecendo no processo de imitação da fala e do seu conhecimento de mundo “incorporam as vocalizações rítmicas, revelando o papel comunicativo, expressivo e social que a fala desempenha desde cedo” (BRASIL, 1998, p. 125). A comunicação também acontece por meio de gestos, sinais e linguagem corporal, apoiando a linguagem oral do bebê. 
	 E ao longo de sua existência em contato com as diversas situações comunicativas e expressivas a que vai se expondo devido a necessidade de interação com o mundo ao seu redor, essa prática resulta no desenvolvimento das capacidades linguísticas das crianças, e o papel da educação infantil é ampliar, integrar e ser continente da fala das crianças em contextos comunicativos para que ela se torne competente como falante. (BRASIL, 1998, p. 134). 
	Esse “ampliar, integrar e ser continente da fala da criança em contextos comunicativos”, é pertinente, portanto, a prática do uso de contação de histórias na educação infantil, por meio de estratégias diversificadas e criativas, pois de acordo com o Referencial Curricular para a Educação Infantil:
 [...] quanto mais às crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o que lhes aconteceu em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo ou pedir uma informação, mais poderão desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira significativa (BRASIL, 1998, p.121).
	
	A escola de educação infantil consiste num ambiente no qual, pressupõe-se que as crianças interagem socialmente e recebem as influências socioculturais que atuam significativamente para o desenvolvimento da aprendizagem. E o uso da linguagem em diferentes contextos comunicativos favorece a interação social. Cabe, portanto, ao professor de educação infantil ter o livro como aliado, pois ao criar o hábito de contar histórias, proporciona o despertar da curiosidade nas crianças para que levantem suposições a respeito do que lhe é contado, dando asas a imaginação. Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil:
É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem, partilhando significados e sendo significadas pelo outro. Cada língua carrega, em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a características de culturas e grupos sociais singulares. Ao aprender a língua materna, a criança toma contato com esses conteúdos e concepções, construindo um sentido de pertinência social.(1998, p.24)
	Dentro do universo familiar, a criança entra em contato com as primeiras palavras e carrega consigo impressão significativas e emotivas do contato com seu primeiro grupo social, ao entrar para a escola é preciso que haja a expansão desse universo, que é a integração com novos membros da sociedade, da educação formal e da construção do seu conhecimento, é a partir daí que cabe ao educador o uso de estratégias que permitam o enriquecimento do vocabulário infantil para futura expansão do seu conhecimento e interação na enfrentação de novos contextos comunicativos em que fará o uso da linguagem nas diferentes funções sociais.
	Como estimular na criança a sua capacidade crítica de interpretação e interação social, oferecendo a ela um contato com o seu mundo imaginário? 
Qualquer que seja nossa idade, apenas uma estória que esteja conforme aos princípios subjacentes a nossos processos de pensamento nos convence.
Se é assim com os adultos, que aprenderam a aceitar que há mais de um esquema de referências para compreender o mundo- embora achemos difícil senão impossível pensar verdadeiramente segundo outro que não o nosso-é exclusivamente verdadeiro para a criança. Seu pensamento é animista. (BETTELHEIN, 1980, p.59)
2. A contação de história na Educação Infantil
	Antigamente, bem antes do surgimento ou da facilidade de obtenção do livro, as histórias eram contadas oralmente dos avós para os pais, dos pais para os filhos, ou ainda daqueles considerados ou tidos como contadores de histórias, que tinham o dom de levar as crianças para um mundo imaginário.
A velha Totonha era uma grande artista para dramatizar. Ela subia e descia ao sublime sem forçar as situações, como a coisa mais natural deste mundo. Tinha uma memória de prodígio. Recitava contos inteiros em versos, intercalando de vez em quando pedaços de prosa, como notas explicativas...Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis. O que fazia seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os rios e as florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com o Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco. (REGO, 1982, p. 37)
	Como a velha Totonha de José Lins do Rego, cabe ao educador o uso de estratégias que despertem a imaginação da criança e que ao transportá-la para o mundo imaginário, também estabeleça com ela o mundo real, “Os rios e as florestas por nos quais andavam os seus personagens se pareciam muito com o Paraíba e a Mata do Rolo”. Esse transportar, que seja o mesmo que trazer para o mundo real de maneira significativa. Compreender o mundo por meio de histórias é uma viagem de idas e voltas.
	Nessa viagem pelo mundo imaginário, ao relacionar o real com o imaginário, faz com que diversos sentimentos vão se criando na criança; como o medo, a alegria, a tristeza, o consolo, o despertar da curiosidade, o acreditar na história porque a visão de mundo se encontra apresentada de acordo com a sua. 
	Temos ainda dentro da nossa literatura contemporânea, Geni Guimarães, que no seu livro A cor da ternura, relata sobre a contadora de histórias a Vó Rosária: “A verdade é que quando Dona Rosária - assim a chamávamos – chegava, já vinha acompanhada de toda criançada. Todos queriam ouvi-la contar tão lindas e tristes histórias”. (GUIMARÃES, 1991, p. 49).
	Quem era a personagem que tinha o poder de despertar nas crianças a paixão pelas historias? Era “Nhá Rosária uma velha senhora negra (...) Uns diziam que tinha 98 anos , outros 112.” (GUIMARÃES, 1991, p. 49).
	E sobre o que contava Nhá Rosária?
	-... e só com um risco que fez no papel, libertou todo o povaréu da escravidão. Uns saíram dançando e cantando. Outros aleijados por um sinhô que não foi obedecido, só cantavam. Também bebida a rodo, para quem gostasse e quisesse.
	Em seu livro, A cor da ternura, Guimarães fala sobre cor e preconceito e Nhá Rosária, provavelmente descendente de escravos, dentro do contexto, contava as crianças de um modo diferente sobre a escravidão, o sofrimento e o heroísmo de seu povo. Em um outro momento, ela enquanto criança relaciona as histórias contadas por Nhá Rosária e a história contada pela professora. 
Vi que a narrativa na batia com a que nos fizera a Vó Rosária. Aqueles eram bons, simples, humanos, religiosos. Eram bobos, covardes, imbecis, estes me apresentados então. Não reagiam aos castigos, não se defendiam ao menos. (GUIMARÃES, 1991, p. 49).
	Vê-se que há além de um relacionamento entre as duas narrativas, há um questionamento pela criança, que já carregava consigo a bagagem da oralidade, por meio da contação de histórias. E tudo isto contribuiu desde muito cedo, para que sua visão de mundo se expandisse.
	A contação de histórias desenvolve na criança a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. Ouvir histórias constitui fundamental importância para a formação da criança que poderá contá-la, recontá-la, questioná-la e ressignificá-la com o seu mundo. De acordo com Abramovich (2009, p.14), “escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo”.
	Cada criança é única, sua formação e desenvolvimento depende do incentivo do meio, contar histórias é o primeiro passo para a formação do leitor, já que é na infância que se formam os hábitos, e a literatura infantil exerce papel essencial na aprendizagem.
	Como foi dito no começo deste artigo, a contação da história era um hábito contínuo antigamente, dada a dificuldade de acesso, e o custo do livro, mas mesmo assim não deixou de ser uma estratégia para despertar o interesse, a atenção da criança pelas histórias. E como pular do oral, para a leitura e continuar despertando na criança o prazer de ouvir e contar histórias?
	A leitura envolve uma série de estratégias que permitem a criança compreender o que lê. É importante que ela compreende que as histórias ouvidas também podem ser lidas e escritas e se encontram nos livros. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade. As crianças precisam ser incentivadas, quanto mais cedo melhor, para poder despertar a imaginação, criatividade, análise, senso crítico e poder de argumentação, pois os livros são ferramentas do conhecimento. (PCNs, 2001, p. 54)
	A criança possui o seu desenvolvimento, suas etapas e processos, seu desenvolvimento pode ser alicerçado, mas é ela quem desempenha o papel essencial da aprendizagem, com estímulos ela realizará esta tarefa com mais facilidade. É importante despertar a curiosidade na criança para que ela mesma possa posteriormente relacionar os livros com a oralidade, a contação de histórias, folhear os livros, ver as figuras. Desde cedo à criança poderá perceber que o livro lhe trará muito prazer, e precisam ter o contato com os livros.
	Segundo Nelly Novaes Coelho (1991), em seu livro Literatura Infantil: Teoria, Análise e Didática, é necessário uma adequação da literatura às diversas etapas do desenvolvimento infantil:
	O Pré-leitor, que abrange a primeira infância (dos 15 aos 17 meses aos 3 anos), abrange duas fases: primeira fase é a da manipulação, do mexer pegar com as mãos e cabe ao adulto o da linguagem nomeadora, que consiste a se relacionar na percepção que a criança começa a ter do espaço gobal no qual vive. (p. 29)
	Segunda fase: ( a partir dos 2, 3 anos) Início da fase egocêntrica e dos interesses lúdicos-práticos. Impulso crescente de adaptação do meio físico e o crescente interesse pela comunicação verbal. No Jardim ou no Prézinho, orientação de brincadeira com o livro, predomínio absoluto de imagem (grvuras, ilustrações, desenhos, etc.) (p.29)
	O leitor iniciante (a partir dos 6/7anos), a imagem ainda deve predominar sobre o texto, a narrativa deve ser simples e linear, as personagens podem ser reais (humanas) ou simbólicas (bichos). (p.30).
	Desse modo, os contos de fadas, alegorias, o lúdico por meio de imagens, as fábulas são histórias que encantam as crianças desde muito cedo, podem ser utilizados de diversas formas, imagens, contação de histórias (oralidade), e a leitura e trazem consigo o encantamento, despertam a imaginação, o julgamento, valores de juízo e sentimentos diversos em relação às personagens, acontecimentos e ao seu próprio mundo. Outra característica dos contos de fadas é o de colocar um dilema existencial de forma breve e categórica. Isto permite a criança aprender o problema em sua essência, no qual,
uma trama mais complexa confundiria o assunto para ela. O conto de fadas simplifica todas as situações. Suas figuras são esboçadas claramente, e detalhes, a menos que muito importantes, são eliminados. Todos os personagens são mais típicos do que únicos.
	Assim, os contos de fadas proporcionam diversos sentimentos na criança como fantasia, medo, alegria e tristeza. Sendo de grande importância inserir na Educação Infantil, pois, na qual se inicia o caminho para a leitura. 
	Cabe, portanto, ao educador da educação infantil desenvolver estratégias de contação de histórias e incentivo à leitura, que desperte no aluno o prazer de ler.
	Algumas estratégias podem ser criadas pelo educador de educação infantil para o incentivo da leitura.
	Contação de histórias: contar histórias e relacioná-las com a realidade das crianças. Pedir para que as reconte oralmente ou por meio de ilustrações. Desenhos relacionados a história e apresentados para a sala.
	Leitura dramatizada: dar voz aos personagens ao ler uma história, a fim de que as crianças os identifiquem.
	Histórias ilustradas: Apresentar as crianças à medida que conta a história, a sequência com o uso de ilustrações.
	Dar as crianças livros para que manipulem e contem uma história por meio das figuras, despertando desse modo o uso da imaginação nelas.
	Encenar peças infantis utilizando fantoches, máscaras, músicas, danças, entre outros.
	Passar filmes, desenhos ou com personagens reais que retratam contos de fadas ou histórias infantis.
	Existem inúmeras estratégias que envolvem a criança no processo de leitura, instigando o prazer de ler e criando nela o hábito de leitura, cabe ao educador de educação infantil, portanto, encontrar alternativas adequadas com a sua turma. Contar histórias é apenas um ponto de partida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	De acordo com a pesquisa bibliográfica realizada, observa-se que a contação de história é de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças. As histórias ao serem contadas despertam a imaginação da criança, o prazer de ouvir e também contar. Ajuda no desenvolvimento da oralidade e permite que elas relacionem com a realidade por meio de comparações e questionamentos, criando dessa maneira o senso crítico na criança.
	Na educação infantil, cabe ao educador o papel de contador de histórias e a partir daí introduzir a criança ao mundo mágico da leitura, por meio de estratégias de leitura, dando à criança a conhecer na narrativa, o narrador, quem conta a história, os personagens; suas características físicas e psicológicas, o tempo; como, por exemplo, Era uma vez... O espaço no qual acontece a história; como nos contos de fadas castelos, florestas entre outros e o enredo, ponto crucial para um bom contador de histórias.
	O objetivo de se contar histórias é desenvolver o gosto e criar o hábito pela leitura, mas é preciso criar uma ponte, para que a criança perceba o processo existente entre a oralidade e a leitura. Essa ponte trata-se da chamada Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), Vygotsk (1996), que consiste na distância existente entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento proximal, demarcado pela capacidade de solucionar problemas com ajuda de parceiros mais experiente. A função do professor de educação infantil é, portanto a de favorecer a aprendizagem, servindo de ponte, e por meio de suas estratégias de leitura tende a construir essa ponte entre a criança e o mundo, no qual enredo, espaço e personagens vão circulando de um lado para o outro, naturalmente e despertando na criança o prazer da leitura.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fann. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. Ed. Scipione: São Paulo, 2009.
BRASIL. MEC, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa. Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2001.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
Coelho, Nell Novaes. Literatura Infantil Teoria- Análise – Didática. 5ª Ed. São Paulo: Ática, 1991.
GUIMARÃES, Geni. A cor da ternura. 4ª Ed. São Paulo: FTD,1991.
REGO, José Lins do. Menino de Engenho. 31. ed. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1982.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

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