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História e Teoria das Cidades A3 - Motivos do Rio de Janeiro ser ou não uma Megalópole e uma cidade capital

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
História e Teoria da Cidade e Urbanismo Prof. Msc Lúcio Nascimento
Discente: Natalia da Silva Oliveira
Motivos do Rio de Janeiro ser ou não uma Megalópole e uma cidade capital.
Para chegar uma clara compreensão sobre os dois assuntos e o que eles têm em comum, foi necessário ir em buscar de seus reais conceitos e estudando um pouco mais sobre o texto “A ‘megalopolização’ das cidades latino-americanas na virada do milênio”, o autor FREITAG traz uma análise muito importante sobre o que é uma Megalópole, diz que é uma cidade gigante com uma população em torno de 10 milhões de habitantes ou mais. Dados sobre o estado do Rio de Janeiro em 2010 possuia 15.989.929 de habitantes e em 2018 mostra que houve um crescimento da população para 17, 2 milhões, a qual o enquadra nesse parâmetro porém a megalopolização é acompanhada de um crescimento descontrolado da população urbana fazendo com que os limites naturais e administrativos da cidade sejam excedidos , tornando-a insustentável além disso é acompanhada do desequilíbrio ecológico, desorganização social (violência, tráfico de drogas, armas, etc.), o ar e a água ficam mais poluídos, essa explosão demográfica relativamente a pouco tempo deve-se ao cresimento vegatativo ou seja, a grande migração das pessoas que viviam no campo para as cidades, como podemos perceber as cidades se encontram despreparadas para receber e o resultado se mostra através dos déficits nas áreas de emprego, escola, moradia, transporte, serviços básicos como água e esgoto. 
Como todo problema para ser compreendido é necessário procurar a raiz, a sua origem, para que haja um entendimento mais claro de como e do que deve ser tratado, partindo do conceito de que para uma cidade como o Rio de Janeiro se enquadrar como uma Megalópole mas não como cidade global, após deixar de ser a capital do Brasil, o centro das atenções, tudo mudou. Apesar das belas paisagens, pontos turísticos entre outros atrativos, não foram o suficentes para manter toda a sua visibilidade, analisando essa situação é fácil compreender o porque de todos quererem vir morar na capital, as chances de um emprego melor, moradia, estudo sde qualidade, saneamento básico, saúde muito melhor do que se encontram no campo, acredito que nesse momento todos os influenciadores estavam fazendo de tudo para manter essa concepção, da “cidade perfeita” aonde o centro da economia estão todos virados para a cidade do Rio de Janeiro, porém os cuidados mantidos eram somente nas áreas de maior destaques, enquanto isso aqueles que estavam vindo para melorar de vida, estavam as margens. No momento que o Rio de Janeiro deixou de ser a capital, todas as oportunidades de crescimento foram juntas. Com isso, a cidade legal abriu espaço para a cidade real, que devido ao grande crescimento das margens da cidade fez com que aqueles que tinam uma condição melhor fossem se isolando. Após algumas pesquisas realizadas, pesquisadores e historiadores relatam que a crise que se instalou no rio de janeiro veio por meio dessa mudança da capital porém como o Rio ainda era uma cidade símbolo do país, a única verderdadeiramente nacional, a solução mais eficaz desse triste cenário seria elevá-la à condições de segundo Distrito Federal, destinando-lhe não só tributos municipais, mas também estaduais. Desse modo, o Brasil teria duas capitais, tal como Holandam Chile e Coreira do Sul. Durante 197 anos, quando recebeu o bastão de Salvador.
O Rio de Janeiro foi a capital federal e em todo esse período o governo federal investiu na cidade como se ela fosse manter esse status definitivamente, embora as Contituições de 1891, 1934 e 1946 previssem a construção de uma nova capital no interior do país. Só que o simpactos financeiros da perda do status de capital pelo Rio foram sobestimados. Na época, acreditava-se que a cidade (até então, a maior do país) funcionaria como segunda capital, sem preicsar de ajuda da União. Com isso, o Rio foi se enfraquecendo, o fato de ter sido capital do país fez com que os políticos tivessem uma visão nacional, deixando de lado o desenvolvimento regional. A perda do status de capital deveria fazer com que o Rio deixasse de se comportar como o centro do Brasil, mas não foi isso que aconteceu.
Esse primeiro texto serviu de grande esclarecimento sob alguns aspectos a qual vivemos hoje. A partir dessa compreensão é possível entender também o surgimentos das comunidades, favelas, pois o cenário que essas pessoas que saiam de suas casas de campo para as cidades, é que muitos ainda encontram nos dias de hoje. As pessoas saem deslumbradas com que muita das vezes a mídia propaga, uma bela cidade, com cenários maravilhosos mas que a realidade não é somente isso. Sabemos que a violência tem crescido bastante em nossa cidade, a falta do básico para se viver nesses locais chega ser um absurdo, o risco de contaminação é maior do que em outros lugares. 
Baseando nesse fato histórico que aconteceu no Rio de Janeiro, vejo um exemplo de um município próximo, Itaboraí, no ano de 2006, o então presidente Luis Inácio Lula da Silva anuncia o maior empreendimento da Petrobrás, o COMPERJ, um Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, com anúncio da construção de complexo, Itaboraí e os municípios próximos receberam todo tipo de visibilidade e em 2010 o presidente anunciou que geraria mais de 200.000 empregos direto e indireto. Logo as vendas de imóveis, comércios dipararam, todos queriam estar próximos para aproveitar mas não chegou a se concluir e com isso a população que vina se preparando simplesmente ficou esquecida e com esse abandono, a violência, o tráfico de drogas cresceram na região. Hoje o municipio ficou abandonado, muitos que vieram atrás de uma oportunidade ficam desolados, muitas empresas, comércios, fecharam as portas. Imagino que tenha acontecido o mesmo que aconteceu naquela época, o descaso com a população fez com que fosse gerado essa diferença social e cultural dos habitantes.
Já no segundo texto, sobre as “Capitais da cultura e cidades globais” ele deixa bem explícito quais requisitos uma cidade para ser globais deve seguir, a primeira é, forte presença de empresas transnacionais, especificamente de organismos de gestão; pesquisa e consultoria, em segundo, a mistura multicultural de habitantes nacionais e estragengeiros, em terceiro, o prestígio decorrente da concentraçãode elites artísticas e científicas e por fim, a alta porcentagem de turismo internacional. No decorrer do texto, o autor faz algumas resalvas para uma melhor compreensão do assunto e uma desses, ele faz questão de diferenciar as cidades propriamente globais das “cidades emergentes” nesse primeiro grupo está incluído as cidades que possuem sedes avançadas de atividades financeiras, de seguros, consultoria, publicidade, design, relações púlblicas, gestão de indústrias audiovisuais e informáticas. No segundo grupo de cidades, vive na tensão entre expressões extremas da tradição e da modernização, onde a formação de modos de gestão de serviços globalizados coexiste com setores tradicionais, atividades econômicas informais ou marginais, serviços urbanoss deficientes, pobreza, desemprego e insegurança. Tal cisão cria, ao mesmo tempo, oportunidades de integração internacional e desigualdade, exclusão econômica e pela falta de preparo educacional.
Outro ponto interessante, que de certa maneira, coincide com o primeiro texto lido é a questão da desintegração e a desigualdade, entre a cidade global e a cidade local marginalizada e insegura, isso para muitos centros urbanos é o principal obstáculo para a inclusão nessa nova etapa do seu desenvolvimento. 
O texto retrata também sobre a seguinte situação, aqui as pessoas vivam imaginando, ou idealizando uma cidade, a qual não oferecia mais aquelas condições básica de vida, antes proporcionada, tanto como em condições de ecônomicas, cultural, de saúde e segurança. Aqueles que possuiam mais racurso iam se isolando, como o próprio texto refere-se aos condomínios, poisdavam essa visão. 
Essa imagem é um retrato sobre essa separação que desde de muito tempo é tão presente, infelizmente, na nossa sociedade. Algumas causas da desigualdade social tem sido, a má distribuição de renda e concentração do poder; a má administração de recursos, principalmente públicos; A falta de investimentos nas áreas sociais, em cultura, em assistência a papopulação mias carente, em saúde, educação; A falta de oportunidade de trabalho.
Fazendo um análise, é perceptível que vivemos hoje um relflexo de consequências de anos atrás, por conta da má admistrição da nossa cidade. Vemos que a sociedade passou a privar aos desfavorecidos, aqueles que moravam nas margens, nos morros, de situação financeira mais escarsa enquanto isso aqueles que tinham/tem mais recursos são privilegiados por ter uma segurança melhor, questãoes ligadas a saúde, a saneamento básico como água, esgoto, enfim, tudo é melhor. Infelizmente a nossa sociedade mais pobre, é bombardiada a todo instante, sofrem por políticos que dizem, que fazem pelo povo mas na verdade são para pessoas mais selatas, ou seja, aquelas que aparentemente dão mais visibilidade financeira, econômica e social. 
As transformações sofridas pela nossa cidade, é por falta de estrutura, falta de administração pelos poderes públicos. Que no momento que poderiam fazer algo devidamente ao povo, não o fazem o que colabora inada mais para o crescimento da desigualdade. As oportunidades para essas pessoas são praticamente nulas, por isso que tanto crescer o comércio ilegal, como os camelôs que são como fuga para um sustento devido para a família. Do que ainda um estado ou cidade impor como ilegal, sendo não oferece o devido auxílio a essas pessoas. É muito mais fácil debater, criticar esse tipo comércio se você não apresenta, não oferece condições cabíveis para que os mesmos saiam do comércio ilegal e se legalizem? Sei que não deve ser fácil mas o que não pode acontecer, o que acontece, é falar que é ilegal, que não se deve mas não oferecer uma solução para o problema. Que nada mais é do que o estado deve assegurar ao cidadão, mas só vemos isso funcionar com aqueles de situação mais favorecida.
Nesse último livro o autor, CANCLINI, fala sobre esse crescimento, por isso há esse combante entre a “cidade legal” e a “cidade ilegal” que tanto cresce em nosso estado. A cidade legal, ou a cidade global é aquela que oferece condições, como moradia, educação, saúde, segurança, emprego, podemos pensar como a cidade perfeita, a cidade dos sonhos, com diversas oportunidade. Já a cidade ilegal, ou a cidade real é aquela que mostra a verdadeira realidade da maioria, uma cidade que só preservar, ensina, oferece para aqueles que tem condições, aqueles que moram na cidade real, vivem a precariedade do sistema, falta de estrutura, saneamento básico, educação, segurança, saúde e muito mais.
Analisando todas essas questões é possível chegar a conclusão de que hoje nós vivemos um reflexo do passado, com o tempo as coisas só pioraram, aqueles que tem as oportunidades se isolando mais enquanto aqueles que não tem, que vivem as margens até mesmo das estatísticas, só crescem, tentando a todo instante pela sua sobrevivência, por uma qualidade de vida de melhor.