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A1 CURRÍCULO E CULTURA EDUCACIONAL UVA

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DISCIPLINA: CURRÍCULO E CULTURA EDUCACIONAL 
PROFESSORA: JACQUELINE MAIA DE MIRANDA 
CURSO: LETRAS PORTUGUÊS LITERATURA 
ALUNA: BRUNA CARVALHO DA CUNHA 
MATRÍCULA: 20191302632 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
Nova Base Nacional Comum Curricular: Uma nova forma de Retrocesso da 
Educação Brasileira. 
 
 A Reforma curricular advinda da BNCC está em evidencia há alguns anos, e a 
cada ano que passa as discussões e dúvidas a respeito dos resultados dessa mudança só 
crescem. E mesmo com a evidente necessidade de se haver mudança na educação do país, 
presenciamos uma grande polêmica que atinge todas as camadas pensantes e envolve todo 
o país. A questão é que, ao ser analisado profundamente, esse novo projeto de currículo 
pode parecer como uma forma de retrocesso ou perpetuação das características 
negativas do ensino tradicional, fato bastante preocupante aos olhos dos profissionais 
da área. 
 De acordo com o governo, a BNCC vem com o objetivo de resolver a 
preocupante questão da evasão escolar, que atualmente chega a 17,4% na faixa dos 15 
aos 17 anos, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE) e 
ao mesmo tempo, dar mais autonomia aos estudantes. No caso do ensino médio, o aluno, 
em tese, poderá escolher os assuntos que mais gosta para aprender, de acordo com a 
sua realidade, tornando o ensino mais atrativo, ao passo que outras disciplinas como, 
geografia, história, e artes passarão a não ser obrigatórias. Mas na verdade não 
necessariamente esse poder de escolha pode ser benéfico ao estudante se ele não for 
preparado para saber fazer tal escolha. Nesse sentido, José Valério, professor da rede 
estadual paulista afirma: “Só português e matemática como obrigatórias, isso prepara o 
cidadão pela metade. É uma fragmentação do ensino, não uma interdisciplinaridade 
como deveria ser. Vira uma reforma empresarial, focada no mercado de trabalho e não 
no aluno”. 
 Entre as novas diretrizes se encontra também a mudança na carga horária, 
que em tese irá aumentar, chegando assim no ensino integral. Em tese o aluno passará 
mais tempo na instituição de ensino, inserido em um ambiente que irá reforçar o seu 
crescimento educacional, através de diferentes atividades pedagógicas juntamente com as 
disciplinas escolhida pelo mesmo. Em contrapartida, entendemos a dificuldade que a 
escola tem atualmente de manter os alunos em meio as atividades educacionais na carga 
horária reduzida, nesse caso, essa proposta precisa estar extremamente fundamentada 
para que não haja gastos desnecessários e se obtenha retorno significativo no sentido do 
aumento da qualidade do ensino. A falta de um projeto pedagógico sólido em uma carga 
horária extensa, atrelada a falta de disciplinas que os alunos podem gostar, como a 
Educação Física, pode gerar maior desinteresse por parte deles. 
Em relação a todos esses fatos, é natural que se tenha dúvidas de que esse modelo possa 
ter sucesso na rede de ensino 
 Outra questão que causou polêmica e gera grandes discussões até hoje é a 
possível implementação do Notório Saber, que nada mais é a permissão de que pessoais 
de diferentes áreas de formação possam ensinar qualquer disciplina, desde que tenha um 
conhecimento prévio, excluindo, assim, a obrigação de se cursar uma licenciatura. No 
brasil, diversas escolas já vivem essa realidade, quase 40% dos professores não ministram 
aulas de acordo com suas áreas de formação. Nesse caso seria a institucionalização de um 
problema já existente, como afirma o professor Cosme Ferreira (2016), “O notório saber 
já vale na prática, e vai passar a valer na teoria. Eu temo que diminua o interesse pela 
formação nessas áreas, causando uma precarização do ensino”. A partir da 
implementação do notório saber, corre-se o risco de queda na qualidade de ensino devido 
a duvidosa capacidade dos profissionais técnicos inseridos nesse sistema, além da não 
clareza de como será na prática o processo de escolha desses mesmo profissionais. 
 Já no Ensino Fundamental, o objetivo inicial é não apenas focar no conteúdo, 
mas também na parte prática de alguns deles. Foi apresentada uma lista de competência 
gerais e específicas de cada matéria, entre eles o trabalho e desenvolvimento de 
argumentação, defesa de ponto de vista diferentes, e o uso de tecnologias a fim de 
estimular a formação crítica. Além disso existe seis direitos de aprendizagem para todas 
as crianças: conviver, explorar, expressar-se, explorar e conhecer-se. Ao passo que se 
entende essas mudanças como “bem-vindas”, se observa a falta de preparo dos estudantes 
e dos educadores em relação ao novo modelo educacional. Nesse caso, as duas classes 
reclamam da falta de participação dos mesmo no projeto e nas escolhas de quais 
disciplinas serão colocadas em evidência e se eles terão capacidade de escolher o caminho 
a ser trilhado. Um ponto a mais para se preocupar numa idade cheia de incertezas. 
 Além de tudo o que foi exposto, o coordenador Geral da Campanha Nacional 
pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel (2016), deixa claro que essa medida mascara os 
verdadeiros problemas do ensino no Brasil, quando diz que "Essa reforma é uma falácia, 
porque não resolve as questões estruturais, como a formação de professores e pontos que 
eram demandas dos estudantes que ocuparam as escolas, como a redução do número de 
alunos por classe. De nada adianta ênfase em exatas ou humanidades, se o professor for 
mal preparado, se não houver recurso" 
 De acordo com todas as propostas de mudança, se torna perceptível o caráter 
conservador do documento, em razão a pouca ênfase dada aos direitos sociais, inclusão e 
gênero. Sendo assim, caminha em direção a visão de uma parcela da sociedade que é 
adepta ao projeto de escola sem partido. Esse fator juntamente com a exclusão de 
disciplinas importantíssimas acaba com a possibilidade de formação completa de um 
cidadão. Isso ressalta o quanto o projeto está voltado mais a uma vertente política e mais 
uma vez ignora questões importantíssimas para o desenvolvimento humano, tornando- se 
assim, uma nova forma de retrocesso na educação brasileira. Para que esse cenário 
não se perpetue, será preciso que seja levado em consideração a opinião dos alunos, 
educadores e pais, para que haja de fato uma reforma que atenda as demandas da 
sociedade, melhorando, assim, o ensino brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências: 
 DALLA, Mariana. 5 polêmicas sobre a nova reforma do ensino médio. Da BBC 
Brasil em São Paulo. 24 de setembro de 20016. 
https://www.bbc.com/portuguese/37463190 
Acesso em: 16/09/2020 
CARMO,Maria.https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/12
/04/base-curricular-e-conservadora-privatizante-e-ameaca-autonomia-avaliam. 
Publicação: 4 de dezembro de 2017. Acesso em 16/09/2020 
CARA, Daniel. 5 polêmicas sobre a nova reforma do ensino médio. Da BBC 
Brasil em São Paulo. 24 de setembro de 20016. 
https://www.bbc.com/portuguese/37463190 
Acesso em: 16/09/2020 
 
ALVES, Manuel. 
https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/12/04/base-
curricular-e-conservadora-privatizante-e-ameaca-autonomia-avaliam 
Acesso em 16/09/2020 
 VALÉRIO, José. https://revistaeducacao.com.br/2016/11/24/o-que-os-
professores-pensam-sobre-reforma-no-ensino-medio/. 
Acesso em 16/09/2020 
 ____ https://www.unimonte.br/blog/por-que-a-reforma-curricular-de-ensino-
gera-tanta-polemica/ 
Publicação: 31 de agosto de 2018. Acesso em16/09/2020 
 
____ https://www.nsctotal.com.br/noticias/saiba-o-que-pode-mudar-com-a-
base-nacional-comum-curricular-do-ensino-medio 
Publicação: 21 de maio de 2018. Acesso em 16/09/2020 
 
____https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e 
emprego/noticia/2018/04/entenda-a--base-nacional-comum-curricular-e-a-
reforma-do-ensino-medio-cjg1en22b007401qllhv1upas.html 
Publicação: 24 de abril de 2018. Acesso em 16/09/2020 
____http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 
Acesso em: 16/09/2020 
 
 
 
 
 
https://www.bbc.com/portuguese/37463190
https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/12/04/base-curricular-e-conservadora-privatizante-e-ameaca-autonomia-avaliam
https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/12/04/base-curricular-e-conservadora-privatizante-e-ameaca-autonomia-avaliam
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https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/12/04/base-curricular-e-conservadora-privatizante-e-ameaca-autonomia-avaliam
https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/12/04/base-curricular-e-conservadora-privatizante-e-ameaca-autonomia-avaliam
https://revistaeducacao.com.br/2016/11/24/o-que-os-professores-pensam-sobre-reforma-no-ensino-medio/
https://revistaeducacao.com.br/2016/11/24/o-que-os-professores-pensam-sobre-reforma-no-ensino-medio/
https://www.nsctotal.com.br/noticias/saiba-o-que-pode-mudar-com-a-base-nacional-comum-curricular-do-ensino-medio
https://www.nsctotal.com.br/noticias/saiba-o-que-pode-mudar-com-a-base-nacional-comum-curricular-do-ensino-medio
https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e%20emprego/noticia/2018/04/entenda-a--base-nacional-comum-curricular-e-a-reforma-do-ensino-medio-cjg1en22b007401qllhv1upas.html
https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e%20emprego/noticia/2018/04/entenda-a--base-nacional-comum-curricular-e-a-reforma-do-ensino-medio-cjg1en22b007401qllhv1upas.html
https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e%20emprego/noticia/2018/04/entenda-a--base-nacional-comum-curricular-e-a-reforma-do-ensino-medio-cjg1en22b007401qllhv1upas.html
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

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