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02/06/2020
1
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Conceito:
Corresponde à obrigação do Estado (Latu
sensu) de reparar danos materiais ou imateriais
causados a terceiros em decorrência de
comportamentos comissivos ou omissivos, lícitos
ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos ou
prepostos, no exercício de suas funções.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Conceito:
“É a obrigação que incumbe ao Estado de
reparar economicamente os danos lesivos à
esfera juridicamente garantida de outrem e que
lhe sejam imputáveis em decorrência de
comportamentos unilaterais, lícitos ou ilícitos,
comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos”
(Celso A. B. de Mello)
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Noções Históricas:
 Primeira Fase: Teoria da Irresponsabilidade (até
1873) Estado Absolutista. “The King can do no
wrong”. O Estado não respondia pelos danos
causados por seus Agentes, mas só estes. Foi
utilizada durante os períodos de Monarquia.
 Segunda Fase: Responsabilidade civilística. Teoria
dos atos de império e os atos de gestão, o Estado
respondia só pelo segundo ato, sendo o primeiro
responsabilizado somente o Agente Público.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Terceira Fase: Responsabilidade Publicística -
teoria da culpa do serviço (falta do serviço ou
culpa administrativa) - (Responsabilidade
Subjetiva). O Estado poderia ser responsabilizado
se houvesse culpa do serviço, incidia sobre todos
os atos da administração pública.
 A Administração teria o dever de reparar nas
hipóteses em que o serviço não funcionou,
funcionou mal ou funcionou atrasado, quando era
exigido que tivesse funcionado.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
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02/06/2020
2
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Noções Históricas:
 Quarta Fase: (após 1946) a doutrina passou a
desenvolver o conceito de risco, surgindo, então, a
Teoria do risco-proveito ou risco-benefício, pela
qual o sujeito que se beneficia com o exercício de
determinada atividade deve suportar os danos
dela decorrentes, independentemente de culpa.
(Responsabilidade Civil Objetiva).
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Quarta Fase:
 No Direito Administrativo brasileiro, a teoria do
risco recebeu, desde o início, ampla acolhida por
parte da doutrina e da jurisprudência para servir
de fundamento da responsabilidade pública.
 O STF firmou, à época, o entendimento de que a
teoria do risco administrativo poderia ser extraída
do CC/16. A partir da CF de 1946, esse
posicionamento ganhou status constitucional.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Surgiram duas teorias decorrentes desta:
a) Teoria do risco administrativo: admite causas de
exclusão da responsabilidade do Estado - culpa
exclusiva da vítima ou de terceiro, caso fortuito e
força maior (Regra adotada no Direito Brasileiro).
b) Teoria do risco integral: não admite a existência de
causas de exclusão da responsabilidade. Nela, o
Estado sempre responde pelos danos causados por
seus agentes.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Teoria do risco integral:
 Aplicada no Brasil em casos extraordinários:
 Acidente de trabalho (emprego público);
 DPVAT;
 Atentados terroristas em aeronaves (Lei 10.744/03);
 Dano Ambiental (tema controvertido na doutrina);
 Dano nuclear (art. 21, XXIII, d, da CF) - tema
controvertido, pois a Lei nº 6.653/77 traz hipóteses
de excludentes de responsabilidades.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
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DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Responsabilidade Civil Objetiva do Estado:
CF, Art. 37, § 6º - “As pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Responsabilidade Civil Objetiva do Estado:
CC, Art. 43. “As pessoas jurídicas de direito
público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa
qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os
causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo”.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Responsabilidade Civil Objetiva do Estado:
“importante lembrar que o Estado, como pessoa
jurídica, é um ser inatingível. Somente se faz
presente no mundo jurídico através de seus
agentes, pessoas físicas cuja conduta é a ele
imputada. O Estado, por si só, não pode causar
dano a ninguém.”
(Carvalho Filho)
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Agentes Públicos:
“São todas as pessoas físicas incumbidas,
definitiva ou transitoriamente, do exercício de
alguma função estatal.”
(Hely Lopes Meirelles)
 Estão incluídos os Servidores Públicos Estatutários,
Servidores Celetistas (Empregados públicos),
Agentes Políticos, Agentes Administrativos,
Militares, agentes temporários, etc.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
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DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. C.F., art. 37, §
6º. I - Agressão praticada por soldado, com a utilização de 
arma da corporação militar: incidência da responsabilidade 
objetiva do Estado, mesmo porque, não obstante fora do 
serviço, foi na condição de policial militar que o soldado foi 
corrigir as pessoas. O que deve ficar assentado é que o 
preceito inscrito no art. 37, § 6º, da C.F., não exige que o 
agente público tenha agido no exercício de suas funções, 
mas na qualidade de agente público.
II. - R.E. não conhecido.“ (RTJ 170/631, Rel. Min. CARLOS
VELLOSO -)
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Espécies de Responsabilidade Civil do Estado:
1. Responsabilidade Civil Contratual: é aquela
decorrente de contratos firmados entre a
Administração Pública e particulares. Suas
consequências estão previstas no próprio
instrumento contratual.
2. Responsabilidade Civil Extracontratual ou
aquiliana: é aquela decorrente de danos
causados a pessoas com as quais o Estado não
tem nenhuma relação especial.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Elementos da Responsabilidade Civil Estatal:
 Segundo entendimento do STF (RE-AgR 481110), os
seguintes elementos caracterizam a
responsabilidade civil do Estado:
1) a alteridade do dano;
2) a causalidade material entre o ‘eventus damni' e o
comportamento positivo (ação) ou negativo
(omissão) do agente público;
3) a oficialidade da atividade causal e lesiva
imputável a agente do Poder Público;
4) a ausência de causa excludente da
responsabilidade estatal.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade das Empresas Prestadoras de 
Serviço Público:
 As empresas de Direito Privado prestadoras de
serviços públicos (concessionárias e permissionárias)
têm responsabilidade civil independentemente de
culpa, respondendo pelos danos causados pela
atividade administrativa desempenhada pelos seus
funcionários e prepostos, na atividade pública.
Exemplos: Transporte coletivo urbano, aquático,
fornecimento de água, energia elétrica, etc.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
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DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Responsabilidade Solidária x Subsidiária do Poder 
Público pelos atos causados pela concessionária:
 Celso Antonio Bandeira de Mello: “a
responsabilidade da concessionária é direta.
Contudo poderá haver responsabilidade subsidiária
do Poder Público (e não solidária) em certos casos”.
Exemplo: concessionária em estado de falência.
 Divergênciadoutrinária quanto a possibilidade de
responsabilidade solidária pela falha na escolha da
empresa prestadora de serviço público.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL“RESPONSABILIDADE CIVIL. PERMISSIONÁRIA DE SERVIÇO 
DE TRANSPORTE PÚBLICO. - ENTRE AS PESSOAS 
JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE 
SERVIÇO PÚBLICO A QUE ALUDE O § 6º DO ARTIGO 37 DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL SE INCLUEM AS 
PERMISSIONÁRIAS DE SERVIÇO PÚBLICOS. - PELA TEORIA 
DO RISCO ADMINISTRATIVO, A RESPONSABILIDADE
OBJETIVA PERMITE QUE A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PÚBLICO OU DE DIREITO PRIVADO DEMONSTRE A CULPA DA
VÍTIMA, A FIM DE EXCLUIR A INDENIZAÇÃO, OU DE DIMINUÍ-
LA. NO CASO, O ACÓRDÃO RECORRIDO DECLARA
INEXISTENTE ESSA PROVA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 279.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO.” (STF - RE
N.° 206.711/RJ – 1ª TURMA – MIN. MOREIRA ALVES – DJ 1999)
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVILCONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. DANOS INDENIZADOS 
AO CONSUMIDOR POR PERMISSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. 
COOPERATIVA QUE COMPRA E DISTRIBUI ENERGIA NA ÁREA
RURAL. AÇÃO REGRESSIVA. POSSIBILIDADE. FORMALIZAÇÃO DE
ACORDO EXTRAJUDICIAL COM O CONSUMIDOR. IRRELEVÂNCIA.
INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. 
DESLIGAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO E 
REFRIGERAÇÃO DE AVIÁRIO. MORTE DE AVES. PREJUÍZOS AO 
CRIADOR. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. INEXISTÊNCIA 
DE CAUSA EXCLUDENTE DA RESPONSABILIDADE. FALHA NA 
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DEVER DE INDENIZAR. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "'Comprovado que a empresa
autora sofreu prejuízos ante a mortandade de aves em sua criação por
conta da queda de energia que paralisou a manutenção dos aviários,
não solucionada no tempo devido, faz jus à indenização pelos danos
materiais a ser paga pela distribuidora de energia elétrica’” Apelação
Cível Biguaçu 0300112-02.2018.8.24.0007 (TJ-SC) Data de
publicação: 30/07/2019
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CHOQUE DE ÔNIBUS 
EM MURO DA RESIDÊNCIA DO AUTOR, APÓS TER COLIDIDO COM 
AUTOMÓVEL. RECONHECIMENTO DE QUE É OBJETIVA A 
RESPONSABILIDADE DO CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO 
SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO EM RELAÇÃO A 
TERCEIRO, NÃO-USUÁRIO DO SERVIÇO. PRECEDENTE DO E. STF. 
ENTENDIMENTO DE QUE A CULPA DE TERCEIRO PELOS FATOS NÃO
EXIME A RESPONSABILIDADE DA RÉ, NOS TERMOS DO ART. 929 E 930 DO
CÓDIGO CIVIL. VERIFICAÇÃO DE QUE, MESMO TENDO O PREPOSTO DA
EMPRESA DE ÔNIBUS AGIDO EM ESTADO DE NECESSIDADE, É DEVER DA
EMPRESA INDENIZAR "A PESSOA LESADA OU O DONO DA COISA" PELO
PREJUÍZO CAUSADO, POR SE CONSTITUIR DE TERCEIRO PREJUDICADO,
O QUAL NÃO TEVE QUALQUER RESPONSABILIDADE PELA SITUAÇÃO DE
PERIGO. CONDENAÇÕES POR DANOS MATERIAIS E MORAIS MANTIDAS,
TAL COMO INDICANDO NA R. SENTENÇA. Recurso de apelação improvido,
com determinação. (TJ-SP - AC: 10017088820168260590 SP 1001708-
88.2016.8.26.0590, Relator: Cristina Zucchi, Data de Julgamento: 29/03/2019)
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DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Sujeito passivo da Ação: Estado e/ou funcionário:
 A vítima poderá acionar:
 Diretamente o Estado por sua responsabilidade
objetiva pelos atos praticados pelos funcionários;
 O Estado e o agente público como responsáveis
solidários, quando a ação for fundada em dolo ou
culpa do agente público.
 Diretamente contra agente público: o STF assentou
o entendimento de que o servidor NÃO pode ser
chamado a responder diretamente pelo dano.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL(INFORMATIVO STF n.° 519) A Turma deu provimento a recurso 
extraordinário para assentar a carência de ação de indenização 
por danos morais ajuizada em desfavor de diretor de universidade 
federal que, nessa qualidade, teria ofendido a honra e a imagem 
de subordinado. Enfatizou-se, no ponto, que o ora recorrido 
ingressara com ação em face do recorrente, cidadão. De outro 
lado, reputou-se violado o § 6º do art. 37 da CF, haja vista que a 
ação por danos causados pelo agente deve ser ajuizada contra a 
pessoa de direito público e as pessoas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos, o que, evidenciaria a 
ilegitimidade passiva do recorrente. Concluiu-se que o recorrido 
não tinha de formalizar ação contra o recorrente, em razão da 
qualidade de agente desse último, pois os atos praticados o foram 
personificando a pessoa jurídica de direito público.
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Denunciação da Lide:
 Na Ação em que o Estado for acionado sozinho, o
STJ tem entendido pela inviabilidade da
Denunciação à lide (art. 125, II, do CPC/2015), por
dificultar a satisfação da indenização pela vítima
tumultuando o processo, haja vista que teria que
comprovar a responsabilidade subjetiva do agente
público causador do Dano.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Processual civil – Ação de indenização – Responsabilidade objetiva do 
Estado  –  Denunciação  à  lide  do  agente  causador  do  dano  –  Não 
obrigatoriedade  –  Possibilidade  de  ajuizamento  de  ação  regressiva  – 
Divergência jurisprudencial não comprovada – RISTJ, art. 255 e
parágrafos Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil –
Precedentes da 1.ª Seção. Fundando‐se  a  ação  em  responsabilidade 
objetiva,  o  juiz  pode  rejeitar  a  denunciação  da  lide  sem  acarretar 
nulidade  do  processo,  pois  o  preponente,  podendo  acionar 
regressivamente  o  seu  preposto,  não  sofre  qualquer  prejuízo. 
Entendimento consagrado pela 1.ª Seção. Divergência jurisprudencial
que desatende a determinações legais não se presta ao fim proposto.
Recurso especial não conhecido” (STJ, REsp 328.284/RJ, 2.ª Turma, Rel.
Min. Francisco Peçanha Martins, j. 26.04.2005, DJ 06.06.2005 p. 245).
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DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Direito de Regresso em face do Agente Público:
Se o Estado for condenado judicialmente (ou pagar
a dívida espontaneamente), poderá ingressar com
uma “Ação judicial de regresso", visando apurar a
responsabilidade do agente causador do dano.
 A responsabilidade Civil do Estado é objetiva, mas
a do agente é sempre subjetiva, ou seja, é
indispensável a demonstração pelo Estado da
existência de dolo ou de culpa.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 Direito de Regresso em face do Agente Público:
 REQUISITOS:
1) Condenação da Administração Pública a indenizar,
por ato lesivo de seu agente;
2) Pagamento do valor da indenização;
3) Conduta lesiva, dolosa ou culposa do agente
causador do dano.
Obs.: O Procedimento pode ser levado a efeito na
esfera administrativa e pode ser intentada após
afastamento do servidor do seu cargo.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade Civil Estatal por Omissão:
 STF: entende que o art. 37, § 6, não fez distinção
entre ato comissivo e omissivo, aplicando-se a
responsabilidade objetiva para ambos. (ARE 754778
AgR / RS, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado
em 26/11/2013);
 STJ: entende que se aplica a teoria subjetiva, da
culpa anônima do serviço público, nas hipóteses de
omissão da Administração. (AgRg no AREsp 302.747⁄SE,
Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
julgado em 16⁄04⁄2013, DJe 25⁄04⁄2013).
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade Civil Estatal por Omissão:
 O Doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello
defende a aplicação da teoria subjetiva à
responsabilização do Estado por omissão;
Assim, somente a omissão causada por culpa dá
ensejo à reparação civil, nos casos em que o Estado
podia e devia agir. A culpa é configurada pela falta
do serviço ou quando este é prestado abaixo dos
padrões legais exigíveis.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
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DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVILCONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CIVIL. RESPONSABILIDADE  CIVIL  DAS 
PESSOAS  PÚBLICAS.ATO  OMISSIVO  DO  PODER  PÚBLICO:  LATROCÍNIO 
PRATICADO  POR  APENADO  FUGITIVO.  RESPONSABILIDADE  SUBJETIVA:  CULPA 
PUBLICIZADA:  FALTA  DO  SERVIÇO.  C.F.,  art.  37,  §  6º.  I.  ‐  Tratando‐se  de  ato 
omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo 
que  exige  dolo  ou  culpa,  esta  numa  de  suas  três  vertentes,  a  negligência,  a 
imperícia  ou  a  imprudência,  não  sendo,  entretanto,  necessário  individualizá‐la, 
dado  que  pode  ser  atribuída  ao  serviço  público,  de  forma  genérica,  a  falta  do 
serviço.  II. ‐ A falta do serviço ‐ faute du service dos franceses ‐ não dispensa o
requisito da causalidade, vale dizer, do nexo de causalidade entre a ação omissiva
atribuída ao poder público e o dano causado a terceiro. III. ‐ Latrocínio praticado
por quadrilha da qual participava um apenado que fugira da prisão tempos antes:
neste caso, não há falar em nexo de causalidade entre a fuga do apenado e o
latrocínio. Precedentes do STF: RE 172.025/RJ, Ministro Ilmar Galvão, "D.J." de
19.12.96; RE 130.764/PR, Relator Ministro Moreira Alves, RTJ 143/270. IV. ‐ RE
conhecido e provido. (STF – 369.820/RS .Min. Carlos Velloso – DJ de 27.02.04)
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVILADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS 
MORAIS. DESCUMPRIMENTO DE ORDEM LIMINAR DE FORNECIMENTO 
DE MEDICAMENTO. DOENÇA GRAVE. MORTE DA ENFERMA. NEXO DE
CAUSALIDADE CONFIGURADO EM FACE DA ANTECIPAÇÃO DO
RESULTADO. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. 1. A Corte de 
origem, valendo-se do conjunto fático-probatório contido nos autos, 
concluiu pelo dever do Estado de indenizar o autor pelo óbito 
precoce de sua esposa, decorrente da omissão estatal em fornecer 
assistência farmacológica imprescindível ao tratamento do câncer 
de pulmão ao qual ela estava acometida. Da forma como posta a
questão, não há como se chegar a entendimento diverso do
contido na decisão hostilizada, necessário seria proceder-se ao
revolvimento das provas apresentadas, finalidade que escapa ao
âmbito do apelo manejado, nos termos da Súmula 7/STJ. 2. Agravo
regimental não provido. (STJ, setembro de 2013).
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVILADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. QUEDA DE 
ÁRVORE. DANO EM VEÍCULO ESTACIONADO NA VIA PÚBLICA. 
NOTIFICAÇÃO DA PREFEITURA ACERCA DO RISCO. INÉRCIA. 
NEGLIGÊNCIA ADMINISTRATIVA COMPROVADA. DEVER DE INDENIZAR
MANTIDO. 1. A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de ser
subjetiva a responsabilidade civil do Estado nas hipóteses de
omissão, devendo ser demonstrada a presença concomitante do
dano, da negligência administrativa e do nexo de causalidade entre
o evento danoso e o comportamento ilícito do Poder Público. 2. Na
hipótese dos autos, conquanto a Corte a quo tenha acenado com
a responsabilidade objetiva do Estado, restaram assentados no
acórdão os pressupostos da responsabilidade subjetiva, inclusive a
conduta culposa, traduzida na negligência do Poder Público, pois
mesmo cientificado do risco de queda da árvore três meses antes,
manteve-se inerte. 4. Recurso especial conhecido em parte e não
provido. (STJ, setembro de 2013).
DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO INDENIZATÓRIA 
CONTRA O ESTADO:
 O STJ tem apontado no sentido de que a
pretensão indenizatória por responsabilidade
civil do Estado prescreveria em cinco anos, nos
termos do art. 1.º do Decreto n. 20.910/32, não
se aplicando, na hipótese, o disposto no art.
206, § 3.º, V, do Código Civil.
XVII - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
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