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trabalho 2 estagio - dislexia

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GIULIA MILLANI
 
 
 
 
 Atividade: Transtorno de aprendizagem
Trabalho apresentado à disciplina: Educação Fundamental: Anos Iniciais I, ministrada pela Prof. Miryan Cristina Buzetti
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS
Curso de Pedagogia - NOTURNO
Araraquara – SP
 Agosto/2020
Dislexia
 A dislexia é um transtorno de aprendizagem que é caracterizado por dificuldades em escrever, ler e interpretar. A sua causa tem sido pesquisada e diversas teorias tentam entender e explicar o porquê da dislexia. Existe uma forte tendência de que esta se relaciona a origem à genética e a neurobiologia. 
 Os sinais da Dislexia podem aparecer em maior ou menor amplitude dependendo de fatores como a idade, estimulação, etc. Além disto, estes podem ter agravamento durante o processo de desenvolvimento da criança. Alguns dos fatores que podem contribuir para o surgimento da dislexia são: histórico familiar; falta de atenção e memória; atraso na aquisição da fala e da linguagem; dificuldade de nomear objetos; imaturidade, timidez exagerada; alterações de humor; atraso ou falta de coordenação fina (desenhar, escrever, etc); dificuldade na alfabetização e na aprendizagem de matemática; dificuldade na passagem da escrita e da linguagem falada; incapacidade de aprender a lembrar de palavras visionadas; escrita em reflexo (como espelho); dificuldade em soletrar; falta de prazer na leitura; movimento errático dos olhos na leitura; confusão entre vogais ou substituição de consoante. 
 Os disléxicos recebem informações em uma área diferenciada no cérebro, portanto o cérebro dos disléxicos é normal. Infelizmente receber essas informações em áreas diferentes resultam em falhas nas conexões cerebrais. Devido a essas falhas no processo de leitura cerebral, estes indivíduos têm dificuldades ao aprender a ler, escrever, soletrar, pois fica mais complexo para assimilarem as palavras.
 Uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico, também, não é uma criança de alto risco. Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia tem um componente genético, exceto em caso de acidente cérebro vascular (AVC).
 Assim, para se poder ocorrer um diagnóstico com mais precisão, a criança deve ser avaliada por diferentes tipos de profissionais até que tenha um laudo definitivo sobre o seu caso em particular. O professor não poderá diagnosticar o aluno, porém este deve utilizar a sua observação dentro do contexto sala de aula, percebendo certos aspectos que constituem e caracterizam a dislexia e assim, encaminhar para profissionais adequados para analisar e diagnosticar definitivamente a criança. É possível ocorrer equívoco por parte da aprendizagem, ou seja, talvez a criança nem sofra desse transtorno, mas sim outros fatores externos que podem estar interferindo em sua aprendizagem. 
 A adoção de alguns métodos, a partir do diagnóstico de um profissional é possível iniciar o tratamento. Entre os vários métodos adotados, a Associação Brasileira de Dislexia aconselha a terapia multissensorial, cumulativa e sistemática que trabalha todos os sentidos ao mesmo tempo (como o disléxico assimila facilmente tudo que é vivenciado concretamente, ele pode ser treinado para ler e ouvir, enquanto escreve, por exemplo), o tratamento normalmente é feito por fonoaudiólogos, psicopedagogos e psicólogos especializados no assunto. A intervenção da estimulação da consciência fonológica, faz com que a criança comece a prestar atenção aos sons de forma seletiva, utilizando também as rimas para complementar e ajudar nesse processo e é considerada uma intervenção importante no tratamento.
 Uma criança disléxica não pode ser considerada como “doente grave”, mas o mais importante para o educador é entender, conhecer, encaminhar para o diagnóstico de profissionais e enfim promover ações que levem o estímulo para o desenvolvimento escrito e oral do educando da melhor maneira possível. Após a confirmação deste transtorno deverá ser feito mediações e intervenções na vida da criança como um todo e principalmente na escola, pois é através desse espaço que a criança poderá se desenvolver adequadamente e melhor. Porém deve-se levar em consideração que o processo de intervenção não é só quando o indivíduo consegue compreender a codificação e decodificação de palavras e textos, mas sim, juntamente conseguindo então prestar atenção na compreensão da leitura que é prejudicada por pessoas disléxicas. Sendo assim, a criança necessitará de mais atenção do que outros alunos. 
 De acordo com Vygostsky (1992) apud Brandão (2015, p 16) diz que não é possível pensar na construção da escrita como um processo linear e constante. Durante a aquisição da linguagem oral, a criança também apresenta instabilidades: errando, tentando, manipulando e acertando. É preciso aceitar que todo processo de apropriação de novos conhecimentos requer reflexões e comparações em um percurso de idas e vindas, o qual, longe de estabilidades, nos leva a perguntas, indagações e perplexidades.
Para que haja um trabalho pedagógico que se aproxime ao máximo da necessidade do aluno disléxico, é de extrema importante que o educador tenha os conhecimentos essenciais para com os alunos que possuem estes tipos de transtornos, ou seja, esteja preparado para lidar com esse tipo de situação, para que se possa trabalhar estrategicamente e que a construção do conhecimento também seja motivada precocemente, subsidiando progressos efusivos do educando e na relação de seus familiares. O educador e equipe pedagógica devem apresentar diversas intervenções que criem situações desafiadoras provocando o interesse do aluno pela aprendizagem, esboçando também a oportunidade do desenvolvimento da autonomia deste indivíduo, sua independência e estímulo para a busca de resolução de problema e que saiba lidar com as possibilidades de frustração. 
O lúdico, as brincadeiras, os jogos educativos são um instrumento de valia para propiciar a esses indivíduos uma abordagem que seja mais agradável na busca de suas superações, na melhora do rendimento escolar, do desenvolvimento da abstração, de sua criatividade e imaginação, destacando, valorizando o desenvolvimento da autoestima, equilíbrio emocional e de sociabilidade.
Referência Bibliográfica:
RODRIGUES, Sônia D.; CIASCA, Sylvia M. Dislexia na escola:identificação e possibilidades de intervenção. Rev. Psicopedagogia 2016; 33(100): 86-97
BRANDÃO, Letícia Peixoto Morais. Dislexia: Características e Intervenções. Especialização em Educação Especial e Inclusiva. Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro: RJ. 2015. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/R201671.pdf. Acessado em: 02/04/2016.
CÂNDIDO, Edilde da Conceição. Psicopedagogia para a dislexia nas séries iniciais do ensino fundamental. Especialização em Psicopedagogia. Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro: RJ. 2013. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/T208833.pdf. Acesso em: 01/04/2016.
SILVA, Nilza Sebastiana da; SILVA, Fábio José Antônio da. A dislexia e a dificuldade na aprendizagem. Revista Científica Multidisciplinar, Ano 1, Vol 5 , pp. 75-87 Julho 2016, ISSN: 2448-0959

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