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Padrão de Henrença Autossômica Dominante

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“CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA
Profa. Regiane Feliciano
Universidade Nove de Julho
2017
PADRÃO DE HERANÇA 
AUTOSSÔMICA DOMINANTE
Profa. Dra. Regiane Feliciano
Universidade Nove de Julho
2020-1
Material didático
JORDE, Lynn B et al. Genética médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2016. Capítulo: 4 – Herança autossômica Dominante e Recessiva.
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535285383
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535285383
PENETRÂNCIA E EXPRESSIVIDADE
Quantificam a modificação da expressão gênica em função
da variação ambiental e genotípica.
Elas medem respectivamente a porcentagem de casos nos
quais o genes é expresso e o nível de expressão.
HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE
Principais características:
Transmissão vertical do fenótipo da doença,
Ausência de salto de gerações;
Números aproximadamente iguais de homens e
mulheres afetados,
Transmissão pai-filho pode ser observada.
Risco de recorrências – 50% (Risco de qualquer filho de
genitor afetado herdar o fenótipo)
 O fenótipo alterado aparece em todas a gerações, ao que chamamos de transmissão vertical do
gene afetado;
 Tanto homens quanto mulheres são afetados (não pode ser característica dominante ligada ao
Sexo porque um pai transmite a característica para um filho.
Herança Autossômica Dominante
Herança Autossômica Dominante
Expressa-se quando o indivíduo apresenta 
pelo menos um gene alelo dominante.
Ex: Polidactilia – seis ou mais dedos nas mãos e/ou nos pés.
Penetrância incompleta – Expressividade Variável
Genótipos:
AA: Afetado
Aa: Afetado
aa: Normal
Herança Autossômica Dominante
Exemplos clínicos:
 Acondroplasia
 Neurofibromatose
 Síndrome de Marfan
 Retinoblastoma
 Doença de Huntington
SÍNDROME DE MARFAN
SÍNDROME DE MARFAN
A Síndrome de Marfan, é uma desordem do tecido conjuntivo –
excessivamente elástico - caracterizada por membros anormalmente
longos (aracnodactilia).
A maioria destes indivíduos são altos (56% têm estatura maior que 90%
das pessoas de sua idade) e 88% têm dedos muito longos e finos
(aracnodactilia).
Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a
descreveu, em 1896.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Esquelético: caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos
alongados e deformidade torácica – pectus excavatum;
Cardiovascular: caracterizado por alterações da valva mitral e dilatação
da artéria aorta;
Ocular: caracterizado por miopia e luxação do cristalino.
Esta capacidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.
Pectus excavatum em Marfan.
Escoliose e deformidade 
em uma menina de 13 anos 
com Marfan severo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
GENÉTICA DA SÍNDROME
Gene: FBN1
Localização: Cromossomo 15 – Braço longo
◦ Proteína: Fibrilina-1: importante componente na formação das
fibras elásticas.
Sua produção anormal resulta em fibras elásticas anormais
produzindo as alterações que caracterizam a síndrome.
FIBRILINA
Fibrilina – Proteína do tecido conjuntivo: Encontrada na Aorta, no ligamento suspensório do
Cristalino e no Periósteo.
Periósteo – Tecido conjuntivo que reveste os ossos e proporciona uma força de oposição
no crescimento normal do osso.
 Periósteo mais elástico: supercrescimento dos ossos, resultando em defeitos do esqueleto.
Papel no tecido conjuntivo – explicam o papel pleiotrófico – transtorno oculares
esqueléticos e cardíacos.
Lesão aórtica principal manifestação cardíaca - A aorta é rica em fibras elásticas -
Circunferência da aorta está entremeada por grande número de fibras musculares e discreta
matriz de sustentação - 95% morrem por alterações cardíacas
PADRÃO DE HERANÇA
A incidência desta síndrome é de 1 em 10.000 nascidos vivos, sendo
igualmente frequente em homens e mulheres e etnias diferentes.
Em 75% dos casos é por hereditariedade autossômica dominante (um
dos pais ou ambos é afetado), no entanto 25% dos casos são mutações
novas (nenhum dos pais é afetado).
Penetrância completa - Expressividade Variável
FAMOSOS
Michael Phelps
Schiavelli
Faraón Arencator
Nicola Pagannini
DIAGNÓSTICO
 Critérios Clínicos são base para o diagnóstico: sinais de
Marfan
 Requisitos principais:
 Nos casos esporádicos
 Nos casos familiares
 Sequenciamento genético do gene FBN1
 Cabe ao geneticista clínico a investigação da família para
aconselhamento genético dos afetados.
TRATAMENTO
Não existe cura – melhora na qualidade de vida
 Acompanhamento Cardiologista
 Fisioterapia -
 Acompanhamento Psicológico
 Cinta ortopédica – correção escoliose
DOENÇA DE HUNTINGTON
 Doença neurológica degenerativa de causa
genética.
 Caracterizada por alterações psiquiátricas,
cognitivas e motoras progressivas.
 Deve seu nome ao médico norte-
americano George Huntington, de Ohio, que a
descreveu em 1872.
Huntington causa degeneração
dos núcleos lenticulares (em
roxo), responsável entre outras
funções pelo controle de
movimentos voluntários.
DOENÇA DE HUNTINGTON
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Coréia (movimentos involuntários, rápidos, irregulares e sem
finalidade, associados à diminuição da força muscular) –
Ocorrem especialmente nas extremidades (mãos e antebraços
principalmente) e na face.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Decadência mental progressiva
Problemas psiquiátricos: demência e
distúrbio afetivo.
Perda da visão periférica.
Perda substancia de neuronios no cérebro
Em alguns casos – perda de 25% do peso
total do cérebro
 1 em cada 20.000 - Europa
 Mais frequente em brancos;
 Sintomas aparecem dos 30 aos 50 anos – antecipação (2
anos – raro) – Penetrância relacionada com a idade.
 Desenvolve-se lentamente, provocando uma degeneração
progressiva do cérebro;
 Na fase final leva à morte - após diagnóstico inicial: 10-15
anos.
EPIDEMIOLOGIA
MARCADOR GENÉTICO
Gene: HTT ou HD
Localização: Cromossomo 4 – Braço curto
Proteína: Huntingtina
Penetrância completa – 100% - relacionada com 
a idade.
Expressividade variável
HTT
HUNTINGTINA
Normal: 10 a 26 repetições
Afetado: Acima de 36 cópias
Quanto maior o numero de repetições, início mais precoce do 
distúrbio.
Ex: Neurônios que 
secretam GABA
Contração 
muscular
Relaxamento
muscular
Sem GABACom GABA
GABA (Ácido gama-
aminobutírico) é o principal 
neurotransmissor inibidor no 
sistema nervoso central dos 
mamíferos.
Aumento nas sequencias de Glutamina
Morte dos neurônios
Diminuição de GABA
Mais atividade excitatória no córtex motor
Coréia e contrações musculares.
Apoptose
DIAGNÓSTICO
Clínico: observação dos sintomas;
Laboratorial: exames de líquor (dosagem do GABA (corpos celulares dos neurônios)
bastante reduzida), sangue, urina e Rx normal;
Teste genético: mutação no gene HTT - Histórico familiar;
Exame de neuroimagem: atrofia do núcleo caudado, sendo observados nos estágios
intermediários e tardios da doença.
Na doença avançada pode-se encontrar atrofia cortical mais difusa.
PROGNÓSTICO
A sobrevida varia muito de indivíduo para indivíduo, mas geralmente é de cerca de 10-20
anos após o aparecimento do primeiro sintoma.
A morte não é pela doença, mas sim, como consequência de problemas:
Respiratórios (30%);
Cardíacos (25%) causados pela movimentação ineficiente da musculatura;
Suicídio (7%) que tem um risco aumentado pelo quadro depressivo;
Lesões de quedas frequentes e por má nutrição.
TRATAMENTO
Se restringe a amenizar os sintomas motores, e eventualmente os
psiquiátricos, com fármacos e outros eventuais tratamentos que o paciente
possa buscar para melhorar se quadro específico.
OBRIGADA!
Contato: regianefeliciano@gmail.com

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