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Por @coisasdafisio Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com Produzir conteúdos de forma esquematizada e descomplicada Facilitar seu estudo com materiais ilustrados e explicativos Poupar seu tempo reunindo todo o conteúdo em um só lugar com fontes seguras Oferecer materiais organizados em sequência lógica Oferecer conteúdos de valor no Instagram E qual o meu propósito? Espero que esse material facilite seu estudo. Qualquer dúvida entre em contato pelo direct ou e-mail: sarahlizevidal@gmail.com Se você adquiriu esse material ficarei feliz em saber o que achou! Sua opinião é muito importante para mim. Obrigada pela confiança e confere mais conteúdos clicando aqui! Apresentação Me chamo Sarah Elizabeth e sou estudante de fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraíba. Desde 2019 crio conteúdos que facilitam seus estudos diários e em 2020 transformei esses conteúdos em materiais em PDF didáticos que aumentam sua compreensão e produtividade, poupando seu tempo. @coisasdafisio Proibida a venda, distribuição e cópia de qualquer parte desse material sem a prévia autorização da autora. A violação dos direitos autorais é um crime e está sujeito a penalização estabelecido na Lei Federal nº9.610 de 1988 e punido pelo Art. 184 do Código Penal. Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com https://msha.ke/coisasdafisio/ No primeiro contato com o paciente, não esqueça de: Se identificar Explicar ao paciente ou acompanhante o que será realizado e o objetivo Importância dos EPI's É importante saber com que tipo de paciente estamos lidando: Com condição aguda ou crônica Condições agudas Geralmente são pacientes hospitalizados, portam uma ficha multiprofissional Avaliação mais breve e com poucas questões Equilíbrio entre as informações realmente necessárias para a tomada de decisão terapêutica Condições crônicas Presentes em ambulatórios, clínicas ou a domicílio, com ficha de avaliação própria da fisioterapia Entrevista mais detalhada e avaliação bem feita > Sucesso no tratamento Buscar entendimento claro sobre a visão do paciente sobre sua condição de saúde: Enfatizar mudança de comportamento e estilo de vida Ideias de perguntas: Primeiro contato: Tem dor ao repouso? Grau de dor? Dor ao tossir ou ao se movimentar? Sente náusea? Sente tontura ao se levantar? Durante o tratamento: Tossiu ou expeliu secreção hoje? Se sim, qual cor e quanto? Quem vai ajudar quando for para casa? @coisasdafisio Introdução Anamnese Identificação Nome, sexo, idade, endereço, profissão, estado civil, ocupação, escolaridade Algumas doenças respiratórias ocorrem mais em uma determinada faixa etária Se uma mulher fuma a mesma quantidade de cigarros que um homem ao longo da vida, mais homens tem mais chances de desenvolver DPOC, por exemplo Algumas doenças estão relacionados ao tipo de trabalho Evitar levar o paciente a dizer alguma coisa Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com História da doença atual - HDA @coisasdafisio Queixa principal O que motivou o paciente ou o que mais incomodou, deve ser simples e objetivo Colocar entre aspas ou ao final a sigla SIC. Exemplo: "Dor quando respiro" Passo inicial para desenrolar a história da doença atual (HDA) Determinar o sintoma guia- condutor da HDA e explorar esse sintoma: Duração, característica, repercussões na vida, tempo que ocorre, fatores que melhoram ou pioram Evite “sugerir” Antecedentes, medicações e hábitos Antecedentes pessoais e familiares: Doenças cardíacas, diabetes, alcoolismo, tabagismo, obesidade, estilo de vida, cirurgias, hospitalizações, alterações genéticas, alergias, intolerâncias Hábitos de vida e aspectos psicológicos Medicação em uso Quais medicações o paciente está utilizando ou já utilizou Uso de mucoliticos antes e durante a terapia, auxilia Uso de hipertensivos (inibe ECA) gera tosse seca e persistente Medicações relacionadas com a secreção - bronquioncoliticas: Usar a medicação proximo da hora do atendimento, facilita a higiene Sinais e sintomas Tosse: Início, fatores associados, evolução, período do dia que ocorre Frequência, intensidade, relações com o decúbito Duração: Aguda ou crônica, menor ou maior que 3 semanas Seca ou úmida Expectoração: Volume e odor Consistência: Flúida - viscosa, espessa, muito espessa Cor: Amarelo (infecção bacteriana), mucoide (alergia), serosa (viral), sanguinolenta (tuberculose) Dispneia: Aguda ou crônica, ao que tipo de esforço (pequeno, muito, grande), relação com decúbito, avalia pela escala de Borg Dor torácica: Local, intensidade, irradiação, duração, evolução, fatores desencadeantes e de melhora Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com @coisasdafisio Exame físico Inspeção Tonel/Barril Cifótico Infundibuliforme CariniformeNormal Antes de iniciar: Tórax despido e observar se há alterações em outra parte do corpo Inspeção estática: Avaliação do tórax desconsiderando os movimentos respiratórios Deve ser avaliado: Forma do tórax, pele (coloração, hidratação), mamas, presença de nódulos visíveis, musculatura, abaulamentos, retrações, presença de deformidades localizadas, presença de drenos, sondas, curativos, suturas, cianose e baqueteamento digital FORMA DO TÓRAX: Varia de acordo o biótipo do paciente Normal: Pequena convexidade anteriormente com dorso mais plano Globoso/tonel: Presença de abaulamento na região anterior, aumentando o diâmetro AP, comum em idosos, mas pode representar uma patologia como enfisema ou asma, progride com a cronicidade da doença Infundibuliforme/sapateiro: Depressão na região epigástrica (abaixo do processo xifóide), geralmente é de natureza congênita Cariniforme/peito de pombo: Esterno mostra-se mais protuso e evidente, comum no raquitismo Escoliótico: Desvio lateral da coluna vertebral, importante anotar o lado da convexidade e verificar ângulo de Cobb, causado por desequilibrios musculares, prejuízo na mecânica respiratória Cifótico: Associado a uma hipercifose da coluna torácica, comum na espondilite anquilosante Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com Percussão Som claro pulmonar: Áreas de projeção pulmonar Som claro timpânico: Som semelhante a uma bexiga cheia de ar Som maciço: Região inframamária direita AUSCULTA Sensibilidade da parede torácica, pontos dolorosos, abaulamentos, sinais de tumoração, tônus muscular, expansibilidade Cirtometria torácica Frêmito tóraco-vocal: Vibrações das cordas vocais transmitidas no tórax Condensações pulmonares: FTV torna-se mais nítido Atelectasias: FTV está diminuído Comparar os hemitorax laterais @coisasdafisio Inspeção Dinâmica: Observa movimentos respiratórios, suas características e alterações Expansibilidade torácica: Observação da expansão da caixa torácica, com a entrada de ar durante a inspiração. É também avaliada durante a palpação Sinais de desconforto respiratório: Uso de mm.acessórios, dispneia e tiragens Padrão respiratório: Abdominal, toracoabdominal, costal ou patológicos Frequência respiratória: Observar o ritmo respiratório, regular ou irregular Palpação Ausculta e percussão Material necessário: Estetoscópio Posicionamento adequado do fisioterapeuta e do paciente Melhor em: Ambiente silencioso e tórax despido Comparar toráx direito com o esquerdo do mesmo paciente e avaliar onde não tem osso Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com @coisasdafisio Sons respiratórios normais: 1- Som traqueal e respiração brônquica: Audível na região de projeção da traquéia, surge da passagem de ar através da glote e traquéia. É um ruído inspiratório soproso, na expiração esse ruído é um pouco mais forte, é importante verificar na obstrução de via superior 2- Murmúrio vesicular (MV): Produzido pela turbulência normal de ar circulante nos pulmões, é leve e suave 3- Respiração broncovesicular: Audível nas regiões onde nãoauscultamos MV, visivel vizinho ao esterno Sons respiratórios anormais Descontínuos: São audíveis na inspiração ou expiração Estertores: Bloqueadores perialveolares Estertores finos ou crepitantes: No final da inspiração, não se modificam com a tosse ou posição do paciente, predomina em bases pulmonares. Produzidos na abertura alveolar na presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar. No final da expansão alveolar ocorre um estalido - algo impede expansão, comum em pneumonia e edema Estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes): Graves e mais duradouros, sofrem alteração com a tosse e posição, podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax e em todo o ciclo respiratório. Relacionados com abertura e fechamentos das vias com secreção viscosa e espessa Contínuos: Podem estar presentes em todo ciclo respiratório Roncos e sibilos: Os roncos (presentes em pneumonia) são sons graves e os sibilos (asma, bronquite, hiperatividade brônquica) são sons agudos. Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento, seja por espasmo, edema ou presença de secreção. Aparecem na Inspiração e na expiração, mas predominam na expiração, surgem e desaparecem num curto período de tempo Estridor: Som produzido pela semi-obstrução da laringe e da traquéia por acúmulo de secreção, dificuldade de deglutir, alterações anatomicas, troncomalacea, engasgo Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com @coisasdafisio O que é? Melhora a informação que fornecemos para o paciente acerca do seu estado de saúde, fornece a evolução do paciente → Melhora credibilidade Dá uma melhor visão sobre como realmente se encontra o paciente e fornece uma medida para avaliar resposta ao tratamento Escala de borg → Quantifica a dispneia A avaliação objetiva por meio de instrumentos: Manovacuometria: Medida objetiva das pressões respiratórias máximas (PRM’s) obtidas ao nível da boca que dão uma ideia de como está a força muscular respiratória. É um método não invasivo A medida pode ser realizada utilizando um equipamento chamado manovacuômetro, que pode ser analógico (para pediatria e adultos) ou digital Medidas fornecidas Fornece as medidas conhecidas como: PImáx (P. Inspiratória máxima): Força muscular inspiratória (valor negativo) PEmáx (P. expiratória máxima): Força muscular expiratória (valor positivo) Como são medidas de pressão, a unidade de medida é cmH2O Como realizar? As diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: Paciente sentado com joelhos e quadril a 90 graus em relação ao assento, costas encostadas na cadeira Explicar o procedimento e familiarizar com o equipamento que será utilizado Paciente tem que ter nível de cognição satisfatória Colocar clipe nasal no nariz do paciente e orientar continue a respirar pela boca Manobra de PImáx: Orientar ao paciente exalar todo o ar até o nível de volume residual (VR) e após isso realizar uma manobra inspiratória máxima que atinja capacidade pulmonar total (CPT) Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com @coisasdafisio É um teste volitivo que depende do esforço do paciente, é normal observarmos o “efeito aprendizado” O paciente, à medida que realiza os testes acaba tendo melhor desempenho em relação ao anterior; por isso que, o último valor dos testes realizados nunca poderá ser o maior, pois isso representaria o efeito aprendizado e não a força real do paciente Manobra de PEmáx: Solicitar que o paciente “encha o peito de ar” até CPT e após isso faça um esforço expiratório máximo e único até VR Manobras rápidas e intensas Devem ser realizadas pelo menos 3-5 manobras de cada (PI e PE) com intervalo de pelo menos 60 segundos Não considere uma manobra como verdadeira, cada vez que realiza o pcte aprende e melhora seu desempenho: Última manobra não pode ser considerada a maior, aí faz mais até abaixar novamente São consideradas aceitáveis e reprodutíveis manobras que não diferem entre si mais do 10% O valor considerado como a PImáx e PEmáx será aquele maior valor obtido Interpretação de dados Gênero: Feminino = 0 / Masculino= 1 PImáx = 63.27 -0.55 x (idade) + 17.96 x (gênero) + 0.58 x (peso) PEmáx = -61.41 + 2.29 x (idade) - 0.03 x (idade x idade)+ 33.72 x (gênero) + 1.40 x (circunferência abdominal entre a ultima costela e a crista iliaca a cintura) O resultado da equação é o que esperado 100% para aquele paciente e o que o mesmo alcança no teste pode superar esses 100% ou ficar abaixo. Basta fazermos uma regra de 3 Exemplo Paciente: M.A, homem, 65 anos, diagnóstico de DPOC, circunferência abdominal 107cm, peso 98kg. Cálculo da PImáx e Pemáx predita: PImáx= 63.27 - 0.55 (65) + 17.96 (1) + 0.58 (98) = 102,32 cmH2O = 102 cmH2O PEmáx= -61.41 + 2.29 (65) - 0.03 (65 x65)+ 33.72 (1) + 1.40 (107)= 144,21 cmH2O= 144 cmH2O Resultado do teste de manovacuometria do paciente PImáx obtida: 71 cmH2O Pemáx obtida: 100 cmH2O É necessário fazer uma regra de 3 para PImáx e PEmáx Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com @coisasdafisio Regra de 3 para PImax PEmax 102-100% 71-x Fazendo a regra de 3: x=69% do predito 144-100% 100-x Fazendo a regra de 3: x=70% do predito Esses valores mostram que o paciente possui uma perda da força muscular respiratória leve a moderada O mesmo teve uma PImáx de 69% do predito e uma PEmáx de 70%do predito O exame isolado não tem valor se o terapeuta não aliar aos achados clínicos como sintomas, capacidade de exercício, etc. Importante ressaltar que a manovacuometria é um método ambulatorial de verificação das PRM’s Não invasivo e de baixo custo comparado a outros métodos Outras formas de obter a medida da força muscular respiratória estão disponíveis a nível de pesquisa científica e de centros mais especializados, mas esses necessitam de suporte, pois são invasivos e de alto custo Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com O Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é a medida que consegue traduzir o pico de fluxo gerado numa expiração máxima Peak Flow é um dispositivo conhecido para realizar de maneira prática e objetiva a avaliação do PFE. O Peak Flow foi originalmente desenhado para avaliar e monitorar pacientes com asma moderada a grave @coisasdafisio O que é? Como medir? Resultados A realização da medição do PFE pode ser feita ambulatorialmente e a domicílio (pelo próprio paciente ou responsável) Paciente segura o equipamento e realiza a manobra Deve ser realizado com o paciente sentado, solicitando que o mesmo “encha o peito de ar” atingindo CPT e após isso faça uma expiração máxima, no dispositivo, como se tivesse realizando uma “baforada” no espelho Pacientes com asma brônquica: Realizar pelo menos 3 medições durante o dia: ao acordar, após o uso do broncodilatador e à noite Adultos: Variabilidade diurna maior que 20% entre essas medidas é maior que 30% para crianças pode-se dizer que o paciente pode estar caminhando para uma crise Outros pacientes: Observar, em cada situação clínica, a importância do monitoramento do PFE Doenças neuromusculares a queda do PFE pode representar uma redução da capacidade de produzir uma tosse eficiente e isso pode prejudicar o mecanismo de proteção de vias aérea Valores de referência: Tabelas específicas em livros que levam em consideração peso, altura e gênero. Unidade de medida do PFE é L/min. Licenciado para - Thalita Carolina Rosalen - 43126335845 - Protegido por Eduzz.com
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