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A ilusão de ser pago pelo que sabe e não pelos resultados que produz

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A ilusão de ser pago pelo que sabe e não pelos resultados que produz 
Por Luís Marins 
Orestes acha-se merecedor de promoções e aumentos por causa dos diplomas, certificados, 
cursos e experiência acumulada que diz possuir. O problema é que Orestes não cumpre suas 
metas; não aparece com nenhuma idéia nova; não participa dos programas de qualidade; não 
ajuda os colegas e não gosta de atender clientes. 
Há pessoas que têm a expectativa de receber pelo que sabem e não pelo que fazem. Esta é uma 
grande ilusão. Quando um diploma, certificado, curso ou experiência estão numa pessoa que 
produz mais e melhor, aí sim, o aumento ou a promoção poderão ocorrer. Não basta saber. No 
mundo competitivo em que vivemos, com muitos concorrentes, qualidade semelhante e preços 
similares, é preciso mostrar resultados e não só conhecimento teórico. Não basta saber. É 
preciso fazer! 
Como professor, é claro que dou enorme valor ao conhecimento. Mas é preciso não ter a ilusão 
de querer ser pago pelo que você sabe e não pelos resultados que você produz. Quantos 
“gênios” você conhece que não conseguem sustentar uma família ou mesmo a si próprios? 
São pessoas amargas, críticas, chamam a todos de ignorantes, mas não saem do buraco, muitas 
vezes cavado com a arrogância de seu enorme saber. Ganhar pelo que se sabe não é realidade 
nem nas universidades ou centros de pesquisa. Se você não publicar artigos científicos, livros, 
formar pessoas, desenvolver alguma pesquisa de valor, não será reconhecido. Até onde o 
conhecimento é a matéria-prima, se espera que você produza alguma coisa. 
Sei que muitos leitores criticarão este texto. Mas a verdade, nua e crua, é que conhecimento 
sem ação, sem resultados, não tem valor para a sociedade. Orestes não sabe disso e, se sabe, 
não quer enxergar.