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Delegado Federal 06/12/10 Prof.: André Fígaro Direito Constitucional Continuação PROCESSO LEGISLATIVO 3- Deliberação: é a mesma coisa que votação. A votação do projeto de lei é realizada no Plenário da Casa Iniciadora. O projeto poderá ser aprovado ou rejeitado. Todo projeto de lei precisa de um quórum de aprovação para ser aprovado, se o quórum não for atingido, o projeto será rejeitado. O projeto de lei rejeitado irá para o arquivo. Se for aprovado, o projeto irá para a casa revisora. O projeto será novamente discutido e votado, repetem-se as etapas da casa iniciadora. A deliberação na casa revisora, poderão acontecer 3 coisas com o projeto: a) Aprovado: aprovar. Projeto de lei aprovado, vai para sanção ou veto do Presidente da República. b) Rejeitado: rejeitar. Se o projeto de lei for rejeitado na casa revisora ele será arquivado. O projeto de lei rejeitado somente poderá ser proposto na sessão legislativa seguinte (ano que vem). Exceção: se houver maioria absoluta dos votos de uma das Casas (Câmara ou Senado). c) Emendado: alterar o projeto de lei. Se o projeto for alterado na casa revisora, ele retornará à casa iniciadora, que então discutirá a alteração. 4- Sanção ou veto: todo projeto de lei antes de virar lei, passa pelas mãos do Presidente da República. • Sanção é a concordância do Presidente da República com o conteúdo do projeto de lei. Se concordar “sanciona”. • Veto é a discordância do Presidente da República com o conteúdo do projeto de lei. Se discordar “veta”. � Espécies de sanções: existem duas espécies: a) Sanção expressa: é aquela que envolve a manifestação de vontade explícita do Presidente da República. Ele concorda com o conteúdo do projeto de lei. É mais comum. b) Sanção tácita: ocorre com o silêncio do Presidente da República, em 15 dias úteis. O projeto estará sancionado automaticamente. Gera indiretamente um prazo para o veto, que seria exatamente os 15 dias úteis. � Espécies de veto: existem duas espécies: a) Veto total: é aquele que é total. b) Veto parcial: é aquele que é parcial. O Presidente da República pode vetar o parágrafo inteiro, não pode vetar parte de parágrafo, alíneas, incisos, etc. ou se veta total ou não se veta. Tem-se que vetar o inciso inteiro, e não sua parte. � Motivos do veto: a) Político: o Presidente vetará o projeto de lei, se o mesmo for contrário ao interesse público. b) Jurídico: o Presidente vetará as leis inconstitucionais. O motivo jurídico é a inconstitucionalidade e não a ilegalidade. Projeto de lei sancionado, irá para a promulgação. Projeto de lei vetado, retornará ao Poder Legislativo, exatamente para o Congresso Nacional (Câmara + Senado). Congresso Nacional vai analisar o veto do Presidente da República, ou ele aprova o veto ou mantém o mesmo. Possui as seguintes características a sessão que analisa o veto: • Sessão conjunta do Congresso = Câmara + Senado. • A votação é secreta (escrutínio). • Quórum para derrubar o veto é de maioria absoluta. Se o veto for mantido, o projeto vetado irá para o arquivo. Se for veto total, arquiva-se tudo, se for veto parcial, arquiva-se apenas parte dele. Se o Congresso obtiver maioria absoluta, há a derrubada do veto, assim o projeto de lei irá para promulgação. 5- Promulgação:a lei nasce com a promulgação. Quem promulga a lei é o Presidente da República. Também irá para promulgação as leis que foram vetadas pelo Presidente e que tiveram seu veto, derrubado. Se o Presidente da República não promulgar o projeto de lei em 48 horas, quem promulgará será o Presidente do Senado Federal, que terá também 48 horas, e se não o fizer, quem poderá fazê-lo é o Vice Presidente do Senado Federal, este possui o dever constitucional de promulgar. Para o Presidente da República e para o Presidente do Senado Federal, a promulgação é facultativa, mas para o Vice Presidente do Senado Federal é uma obrigação. 6- Publicação: a lei entrará em vigor. ESPÉCIES NORMATIVAS: são os tipos de lei que existem no Brasil (art. 59, CF): “Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.” 1- Lei complementar e lei ordinária Lei complementar: sempre que constar na CF “nos termos da lei”, entenderemos que será nos termos da “lei ordinária”. Quando for necessária lei complementar, virá expressamente, que basicamente é uma lei especial. � Diferenças entre lei ordinária e lei complementar: a) Matéria: porque a matéria da lei complementar está explicitamente fixada na Constituição. É residual. b) Quórum: da lei ordinária é maioria simples (maioria dos presentes); da lei complementar é maioria absoluta (maioria do total dos membros). 2- Emenda Constitucional: é a única espécie normativa que altera a Constituição. A Constituição poderá ser modificada pelos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, que forem aprovados em dois turnos por 3/5 dos votos em cada Casa do Congresso Nacional (art. 5º, §3º, CF). “§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.”
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