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Conceito de Justiça em Platão

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Conceito de Justiça em Platão
A justiça tem duas partes: 
1) a primeira na realização do homem, estando este em equilíbrio com as aptidões de sua alma, ter-se-á a realização da justiça. 
2) a segunda na cidade, que para a mesma ser justa necessita-se que cada indivíduo cumpra a sua função.
1) a primeira na realização do homem:
Platão tem como princípio que a justiça é absoluta, então toda ação deve ser justa ou injusta.
Platão reconhece a justiça como sinônimo de harmonia social, relacionando também esse conceito à ideia de que o justo é aquele que se comporta de acordo com a lei, defende que o conceito de justiça abrange tanto a dimensão individual quanto coletiva: a justiça é uma relação adequada e harmoniosa entre as partes beligerantes de uma mesma pessoa ou de uma comunidade.[3] Platão associava a justiça aos valores morais.
Diante dos diálogos foram surgindo diversas posições e tipos de argumentações. Dentre os principais interlocutores estavam Céfalo, Polemarco[8] e Transímaco[9].
Para Céfalo a justiça consiste em falar a verdade e devolver ao outro o que lhe tomou, Sócrates vai rebater essa ideia dizendo que se justiça é algo absoluto não deverá haver exceções, por exemplo se um amigo empresta uma arma a outro e depois a quer de volta para fazer algo mal a alguém seria injusto devolver aquilo que lhe tomou. 
Polemarco, filho de Céfalo, diz que ser justo é ajudar os amigos e prejudicar os inimigos e, Sócrates diz que essa tese é antagônica, pois roubar um amigo é ser injusto e um inimigo é ser justo como alguém pode ser justo e injusto em uma mesma ação. 
A segunda refutação que ele faz é que a amizade é algo passível de erro, pode-se prejudicar um amigo pensando que o mesmo é um inimigo. A terceira e última refutação, a Polemarco é a ideia de que a justiça é algo virtuoso e positivo, ela não comporta fazer o mal. 
A terceira tese que Sócrates irá refutar é a de Trasímaco que defende a justiça como a conveniência do mais forte. A primeira contestação que Sócrates irá fazer é que a justiça sendo absoluta ela não pode ficar à mercê da vontade do mais forte. A segunda contestação é baseada no erro do mais forte, ele pode errar fazendo algo achando que será benéfico a ele, porém acabar se prejudicando.
Depois de refutado, Trasímaco apresenta uma nova tese que diz que a injustiça compensa e que o injusto é sempre mais feliz que o homem justo. Logo após a nova tese de Trasímaco, Glauco como se fizesse um adendo diz que o homem é injusto, de per si, e usa a alegoria de Giges para justificar sua asserção, o homem é justo porque é coagido a assim ser, ou seja, a justiça não passa de uma convenção social, imposta ao indivíduo.
Sócrates para rebater todas essas teses conceitua justiça a partir do homem dentro da polis, podemos dividir a alma do homem em três partes: razão, coragem e temperança. A primeira é a busca pela verdade a inteligência o poder reflexivo, a segunda é a proteção dos corpos, a arte da guerra e a terceira são os desejos da carne. Toda alma do homem pode ser tripartida, assim todos somos racionais, corajosos e desejosos, em escalas diferentes.
2) a segunda na cidade:
Como já foi dito, a justiça para Platão tem duas partes e a segunda é a cidade justa, na qual cada indivíduo ocupa seu lugar dentro da polis, de acordo com sua maior aptidão. Para ele, Aquele que tiver maior sabedoria deve governar a cidade, os que forem mais corajosos irão compor o exército e o temperado irá trabalhar. Platão acreditava que necessário a criação de um método que fosse capaz de impedir que houvesse a incompetência e a corrupção existissem no governo público.  
Com isso, ele determinou que, uma cidade justa divida em três categorias: politica, defesa e economia.
Economia que são os artesãos: que cuidariam dos serviços gerais da cidade, mantendo-a limpa e em ordem. Também seriam aqueles que cuidariam do sustento de todos.
Defesa que são os guerreiros: que cuidariam da segurança da cidade.
Política que são os filósofos: que elaborariam as regras e leis da cidade. Quem deveria governar segundo Platão, era o filósofo, porque ele se preocuparia com a sociedade como um todo. Então Platão dizia que a forma correta de governo deveria se espelhar na alma e no ser humano, como se fosse um corpo humano, a cabeça é que governa, e na cidade ideal, quem governaria seriam os filósofos; Platão acreditava e dizia que era muito importante que toda a cidade fosse feliz. Sendo assim,
uma classe não poderia usufruir de uma felicidade superior a de outra classe, todos, independentemente de sua categoria deveriam possuir a mesma felicidade.
Mas, para haver felicidade, seria necessário que houvesse justiça, e para haver justiça seria necessário partir da estaca zero. 
Então, Platão acreditava que a família deveria deixar de existir, e que toda educação deveria ser de responsabilidade estatal, então ao nascer, as crianças deveriam ser retiradas de seus pais, e serem educadas pela cidade, elas seriam então, enviadas para o campo, Sendo assim, não caberia aos pais não conhecerem seus filhos, e nem aos filhos não saberem quem seria seus pais. Com isso, não haveria laços familiares e as pessoas seriam menos egoístas e alheias aos maus hábitos.
Entrando mais detalhe sob a educação de responsabilidade estatal:
Nos primeiros anos de vida, considerando a faixa etária dos 03 aos 06 anos, as crianças deveriam participar de jogos educativos, em um lugar apropriado para elas. 
No ciclo entre 10 e os 13 anos, a criança deveria aprender a ler e a escrever para poder iniciar os estudos. 
No período dos 13 aos 16 anos, começaria a etapa da educação musical. Para Platão, a pessoa educada pela música, desenvolve seu espírito e o desejo de satisfação pelo belo e de repugnância pelo feio. 
Por imposição do serviço militar, entre 17 e 18 anos, os jovens seriam obrigados a interromper os estudos intelectuais por dois ou três anos.
 E aos 20, os jovens seriam submetidos a um teste para saber qual carreira eles iriam adotar, os jovens que fossem reprovados, os mais dotados eram destinados ao exército. Em uma segunda seleção, a maioria dos jovens seriam encaminhados para diversas profissões e ofícios civis, e os aprovados iniciariam os estudos superiores. 
Aos 35 anos os jovens já estariam na plena posse deste instrumento, o único que conduz à verdade. 
Platão, ele teve duas chances de por em prática sua cidade ideal, porém em nenhuma delas ele conseguiu realiza-la. Após isso, reconheceu que sua cidade ideal, baseada na justiça entre as classes e na felicidade única dos homens, era utópica.

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