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ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 1 ANATOMIA DA CABEÇA CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A CABEÇA A cabeça é a parte superior do corpo que está fixada ao tronco pelo pescoço. É o centro de controle e comunicação, é a “plataforma de carga” do corpo. Ela abriga o encéfalo, logo, é o local de consciência. Contem receptores sensitivos especiais como olhos, orelhas, boca e nariz. É formada pelo encéfalo e seus revestimentos protetores: orelhas e face. A face tem aberturas e passagens, com glândulas lubrificantes e válvulas para fechar algumas delas. CRÂNIO O crânio é o esqueleto da cabeça, formando por uma série de ossos que dão origem as duas partes: neurocrânio e viserocrânio. NEUROCRÂNIO: é a caixa óssea do encéfalo e das meninges cranianas. Contém as partes proximais dos nervos cranianos e a vasculatura do encéfalo. Em adultos é formado por oito ossos: 4 ímpares {frontal, etmoide, esfenoide e occipital} que estão centralizados na linha mediana, e 2 pares bilaterais {temporal e parietal}. Tem um teto em forma de cúpula denominado calvária e um assolho que também é conhecida como a base do crânio. Os ossos que formam a cálvaria são basicamente planos – frontal, temporal e parietal – e formados por ossificação intramembranácea do mesênquima da cabeça a partir da crista neural. Os ossos da base do crânio são basicamente irregulares e tem grandes partes planas – esfenoide e temporal – formadas por ossificação endocondral da cartilagem, condrocrânio, ou por mais de um tipo de ossificação. O etmoide é um osso irregular que forma uma parte mediana e pequena do neurocrânio, mas faz parte principalmente do viserocrânio. Os ossos que formam o neurocrânio são curvos, com faces externas convexas e faces internas fibrosas. A maioria dos ossos da calvária é unida por suturas fibrosas entrelaçadas. Na infância alguns ossos – esfenoide e occipital – são unidos por sincondroses. A medula espinal mantém a continuidade com o encéfalo através do forame magno, que tem abertura na base do crânio. VISEROCRÂNIO: também chamado de esqueleto facial, compreende os ossos da face que se desenvolvem principalmente no mesênquima dos arcos faríngeos embrionários. Forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca – maxila e mandíbula – nariz/cavidade nasal e a maior parte das órbitas. É formado por quinze ossos irregulares: 3 impares centralizados ou situados na linha mediana {mandíbula, etmoide e vômer}, 6 pares bilaterais {maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais} A maxila e a mandíbula abrigam os dentes. As maxilas representam a maior parte do esqueleto facial superior, formando o esqueleto da arcada dentária superior, que está fixada à base do crânio. A mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior, que é móvel porque se articula com a base do crânio nas articulações temporomandibulares. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 2 Vários ossos do crânio como o frontal, temporal, esfenoide e etmoide, são ossos pneumáticos, contendo espaços aéreos, provavelmente para reduzir seu peso. Com o tempo o volume dos espaços aéreos aumenta. VISTA FRONTAL DO CRÂNIO Também pode ser chamada de vista facial ou anterior do crânio, é formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região nasal, maxila e mandíbula. O frontal, especificamente a sua escama, que é a parte plana, forma o esqueleto da fronte, se articulando na porção inferior com osso nasal e zigomático. Em alguns adultos pode ser observado uma sutura frontal – sutura metópica – persistente ou remanescente na linha mediana da glabela, a área lisa situada entre os arcos superciliares. A sutura frontal divide os ossos frontais do crânio fetal. O násio faz a interseção dos ossos frontal e nasal. O osso frontal também se articula com o lacrimal, etmoide e esfenoide. A aparte orbital forma o teto da órbita e uma porção do assoalho da parte anterior da cavidade do crânio. Em alguns crânios, a margem supraorbital do osso frontal, tem um forame ou incisura supraorbital que dá passagem ao nervo e aos vasos supraorbitais. Acima da margem supraorbital há o arco superciliar, que é uma crista que se estende lateralmente de cada lado da glabela. Os zigomáticos, que formam as proeminências das bochechas, estão situados nas paredes inferior e lateral das órbitas, apoiados sobre as maxilas. As margens anterolaterais, as paredes, o assoalho e grande parte das margens infraorbitais das órbitas são formados por esses ossos quadriláteros. Os zigomáticos articulam-se com o frontal, o esfenoide, o temporal e a maxila. Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme, a abertura nasal anterior no crânio. Na parede lateral de cada cavidade nasal há lâminas ósseas curvas que são chamadas de conchas nasais. As maxilas formam o esqueleto do arco dental superior, seus processos alveolares incluem as cavidades dos dentes e constituem o osso que sustenta os dentes maxilares. As maxilas circundam a maior parte da abertura piriforme e formam as margens infraorbitais medialmente. Elas têm uma ampla conexão com os zigomáticos lateralmente e um forame infraorbital, inferior a cada órbita, que dá passagem ao nervo e aos vasos infraorbitais. A mandíbula é um osso em formato de U que tem um processo alveolar que sustenta os dentes mandibulares. Consiste em uma parte horizontal, o corpo, e uma parte vertical, o ramo. Inferiormente aos segundos dentes prémolares estão os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. A protuberância mentual, que forma a proeminência do queixo, é uma elevação óssea triangular situada em posição inferior à sínfise da mandíbula, a união óssea onde se fundem as metades da mandíbula do lactente ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 3 VISTA LATERAL DO CRÂNIO A vista lateral é formada pelo neurocrânio e viserocrânio. Os principais constituintes do neurocrânio são a fossa temporal, o poro acústico externo do meato acústico externo e o processo mastoide do temporal. Os principais constituintes do viscerocrânio são a fossa infratemporal, o arco zigomático e as faces laterais da maxila e mandíbula. Os limites superior e posterior da fossa temporal são as linhas temporais superior e inferior; o limite anterior é representado pelo frontal e pelo zigomático; e o limite inferior é o arco zigomático. A margem superior desse arco corresponde ao limite inferior do hemisfério cerebral. O arco zigomático é formado pela união do processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal Na parte anterior da fossa temporal, 3 a 4 cm acima do ponto médio do arco zigomático, há uma área clinicamente importante de junções ósseas: o ptério. Em geral, ele é indicado por suturas que formam um H e unem o frontal, o parietal, o esfenoide (asa maior) e o temporal. Menos comum é a articulação de frontal e temporal; às vezes há um ponto de encontro dos quatro ossos. O poro acústico externo é a entrada do meato acústico externo, que leva à membrana timpânica (tímpano). O processo mastoide do temporal situa-se posteroinferiormente ao poro acústico externo do meato. Anteromedialmente ao processo mastoide há o processo estiloide do temporal, uma projeção fina, pontiaguda, semelhante a uma agulha. A fossa infratemporal é um espaço irregular situado inferior e profundamente ao arco zigomático e à mandíbula e posteriormente à maxila ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 4 VISTA OCCIPITAL DO CRÂNIO A vista occipital ou posteriordo crânio é formada pelo occipúcio, parte dos parietais e partes mastoideas dos temporais. A protuberância occipital externa é palpada com facilidade no plano mediano, mas, às vezes, principalmente em mulheres é imperceptível. O ínio é definido pela extremidade da protuberância externa. A crista occipital externa desce da protuberância em direção ao forame magno, a grande abertura na parte basilar do occipital A linha nucal superior, que forma o limite superior do pescoço, estende-se lateralmente a partir de cada lado da protuberância; a linha nucal inferior é menos evidente. No centro do occipúcio, o lambda indica a junção das suturas sagital e lambdóidea. Às vezes o lambda é palpado como uma depressão. Pode haver um ou mais ossos suturais (ossos acessórios) no lambda ou perto do processo mastoide. VISTA SUPERIOR (VERTICAL) DO CRÂNIO A vista superior (vertical) do crânio, em geral um pouco oval, alarga-se em sentido posterolateral nas eminências parietais. Em algumas pessoas as eminências frontais também são visíveis, conferindo à calvária uma aparência quase quadrada. A sutura coronal separa o frontal e os parietais; A sutura sagital separa os parietais; A sutura lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital; O bregma é o ponto de referência formado pela interseção das suturas sagital e coronal; O vértice é o ponto mais alto da calvária e está perto do ponto médio da sutura sagital; O forame parietal é uma abertura pequena e inconstante localizada na região posterior do parietal, perto da sutura sagital. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 5 Pode haver dois forames parietais. A maioria dos forames irregulares e muito variáveis encontrados no neurocrânio consiste em forames emissários que dão passagem às veias emissárias, responsáveis pela conexão entre as veias do couro cabeludo e os seios venosos da dura-máter. VISTA INFERIOR DA BASE DO CRÂNIO A vista inferior da base do crânio é constituída pelo arco alveolar da maxila (a margem livre dos processos alveolares que circundam e sustentam os dentes maxilares); pelos processos palatinos das maxilas; e pelo palatino, esfenoide, vômer, temporal e occipital. A parte anterior do palato duro (palato ósseo) é formada pelos processos palatinos da maxila e a parte posterior, pelas lâminas horizontais dos palatinos. A margem posterior livre do palato duro projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. Posteriormente aos dentes incisivos centrais está a fossa incisiva, uma depressão na linha mediana do palato duro na qual se abrem os canais incisivos. Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de canais incisivos e forames que podem ser bilaterais ou fundidos em uma única estrutura. Na região posterolateral estão situados os forames palatinos maior e menor. Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes aberturas: os cóanos (aberturas nasais posteriores), separados pelo vômer, um osso plano ímpar trapezoide que constitui uma grande parte do septo nasal ósseo. O esfenoide está localizado entre o frontal, o temporal e o occipital, ele é formado por um corpo e três pares de processos: asas maiores, asas menores e processos pterigoides. As asas maiores e menores se estendem lateralmente a partir das faces laterais do corpo do osso. As asas maiores têm faces orbital, temporal e infratemporal observadas nas vistas facial, lateral e inferior do exterior do crânio e as faces cerebrais são observadas nas vistas internas da base do crânio. Os processos pterigoides, formados pelas lâminas lateral e medial, estendem-se em sentido inferior, de cada lado do esfenoide, a partir da junção do corpo e das asas maiores. O sulco para a parte cartilagínea da tuba auditiva situa-se medial à espinha do esfenoide, abaixo da junção da asa maior do esfenoide com a parte petrosa do temporal. As depressões na parte escamosa do temporal, denominadas fossas mandibulares, acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está fechada. A parte posterior da base do crânio é formada pelo occipital, que se articula com o esfenoide anteriormente. As quatro partes do occipital são dispostas ao redor do forame magno, o elemento mais visível da base do crânio. As principais estruturas que atravessam esse grande forame são: a medula espinal (onde se torna contínua com o bulbo do encéfalo); as meninges do encéfalo e da medula espinal; as artérias vertebrais; as artérias espinais anteriores e posteriores; e a raiz espinal do nervo acessório (NC XI). Nas partes laterais do occipital há duas grandes protuberâncias, os côndilos occipitais, por intermédio dos quais o crânio articula-se com a coluna vertebral. A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular, por onde emergem do crânio a veia jugular interna (VJI) e vários nervos cranianos (NC IX ao NC XI). A entrada da artéria carótida interna no canal carótico situa-se imediatamente anterior ao forame jugular. Os processos mastoides são locais de fixação muscular. O forame estilomastóideo, que dá passagem ao nervo facial (NC VII) e à artéria estilomastóidea, situa-se posteriormente à base do processo estiloide. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 6 VISTA SUPERIOR DA BASE DO CRÂNIO A face superior da base do crânio tem três grandes depressões situadas em diferentes níveis: as fossas anterior, média e posterior do crânio, que formam o assoalho côncavo da cavidade do crânio. A fossa anterior do crânio está situada no nível mais alto, e a fossa posterior está no nível mais baixo. FOSSA ANTERIOR A parte inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo estão nessa fossa. É a mais superficial das três fossas do crânio. Essa fossa é formada pelo frontal anteriormente, o etmoide no meio, e o corpo e as asas menores do esfenoide posteriormente. A parte maior da fossa é formada pelas partes orbitais do frontal, que sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas. Essa superfície tem impressões sinuosas (impressões encefálicas) dos giros (cristas) orbitais dos lobos frontais. A crista frontal é uma extensão óssea mediana do frontal. Em sua base está o forame cego do frontal, que dá passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal, mas se torna insignificante depois do nascimento. A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta superiormente a partir do etmoide. De cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme do osso etmoide, semelhante a uma peneira. Seus muitos forames pequenos dão passagem aos nervos olfatórios (NC I), que seguem das áreas olfatórias das cavidades nasais até os bulbos olfatórios do encéfalo, situados sobre essa lâmina. FOSSA MÉDIA A fossa média do crânio, em forma de borboleta, tem uma parte central formada pela sela turca no corpo do esfenoide e grandes partes laterais deprimidas de cada lado. A fossa média do crânio situa-se posteroinferiormente à fossa anterior do crânio, separada dela pelas cristas esfenoidais salientes lateralmente e o limbo esfenoidal no centro. As cristas esfenoidais são formadas principalmente pelas margens posteriores salientes das asas menores dos esfenoides, que se projetam sobre as partes laterais das fossas anteriormente. Os limites mediais das cristas esfenoidais são os processos clinoides anteriores, duas projeções ósseas pontiagudas. Uma crista com proeminência variável, o limbo esfenoidal, é o limite anterior do sulco pré- quiasmático transversal, que se estende entre os canais ópticos direito e esquerdo. Os ossos que formam as partes laterais da fossa são as asas maiores do esfenoide e as partes escamosasdos temporais lateralmente, e as partes petrosas dos temporais posteriormente. As partes laterais da fossa média do crânio sustentam os lobos temporais do encéfalo. O limite entre as fossas média e posterior do crânio é a margem superior da parte petrosa do temporal lateralmente, e uma lâmina plana de osso, o dorso da sela do esfenoide, medialmente A sela turca é a formação óssea em formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. Clinoide significa “pé de cama”, e os quatro processos (dois anteriores e dois posteriores) circundam a fossa hipofisial, o “leito” da hipófise, como os quatro pés de uma cama. A sela turca tem três partes: 1. O tubérculo da sela: uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente e forma o limite posterior do sulco préquiasmático e o limite anterior da fossa hipofisial; 2. A fossa hipofisial: uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a hipófise; 3. O dorso da sela: uma lâmina quadrada de osso que se projeta superiormente a partir do corpo do esfenoide. Forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos clinoides posteriores. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 7 De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames, que formam uma meia-lua, perfuram as raízes das faces cerebrais das asas maiores dos esfenoides. Estruturas que atravessam os forames: Fissura orbital superior: Situada entre as asas maior e menor, abre-se anteriormente para o interior da órbita; Forame redondo: Situado posteriormente à extremidade medial da fissura orbital superior, segue um trajeto horizontal até uma abertura na face anterior da raiz da asa maior do esfenoide para a fossa pterigopalatina, uma estrutura óssea entre o esfenoide, a maxila e os palatinos; Forame oval: Um grande forame posterolateral ao forame redondo; abre-se inferiormente na fossa infratemporal; Forame espinhoso: Situado posterolateralmente ao forame oval e se abre na fossa infratemporal perto da espinha do esfenoide O forame lacerado não faz parte da meia-lua de forames, ele se situa posterolateralmente à fossa hipofisial e é um artefato de um crânio seco. Em vida, é fechado por uma lamina de cartilagem. Apenas alguns ramos da artéria meníngea e pequenas veias atravessam verticalmente a cartilagem. A artéria carótida interna e seus plexos simpático e venoso acompanhantes atravessam a face superior da cartilagem e alguns nervos atravessam-na horizontalmente, seguindo até um forame em seu limite inferior. Na face anterossuperior da parte petrosa do temporal há um estreito sulco do nervo petroso maior, que se estende em sentido posterior e lateral a partir do forame lacerado. Também há um pequeno sulco do nervo petroso menor. FOSSA POSTERIOR A fossa posterior do crânio, a maior e mais profunda das três, aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo. É formada pelo occipital, mas dorso da sela do esfenoide que A partir do dorso as sela há o clivo, que é uma inclinação acentuada no centro da parte anterior da fossa que leva ao forame magno. Posteriormente a essa grande abertura, a fossa posterior do crânio é parcialmente dividida pela crista occipital interna em grandes impressões côncavas bilaterais, as fossas cerebelares. A crista occipital interna termina na protuberância occipital interna formada em relação à confluência dos seios, uma fusão dos seios venosos durais. Sulcos largos mostram o trajeto horizontal do seio transverso e do seio sigmóideo em formato de S. Na base da crista petrosa do temporal está o forame jugular, que dá passagem a vários nervos cranianos além do seio sigmóideo que sai do crânio como a veia jugular interna. Anterossuperiormente ao forame jugular está o meato acústico interno para os nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e a artéria do labirinto. O canal do nervo hipoglosso (NC XII) situa- se superiormente à margem anterolateral do forame magno. PAREDES DA CAVIDADE DO CRÂNIO: A espessura das paredes da cavidade do crânio varia nas diferentes regiões. Em geral, são mais finas nas mulheres, nas crianças e nos idosos. Os ossos tendem a ser mais finos em áreas bem cobertas por músculos, como a parte escamosa do temporal. A maioria dos ossos da calvária é formada por lâminas interna e externa de osso compacto, separadas por díploe. A díploe consiste em osso esponjoso, que contém medula óssea vermelha durante a vida, e através dela passam canais formados por veias diploicas. A díploe em uma calvária seca não é vermelha porque a marca seu limite anterior central, e as partes petrosa e mastóidea dos temporais formam as “paredes” anterolaterais ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 8 proteína é removida durante o preparo do crânio. A lâmina interna do osso é mais fina do que a externa, e algumas áreas têm apenas uma fina lâmina de osso compacto sem díploe. Além de abrigar o encéfalo, os ossos do neurocrânio (e os processos que partem dele) são locais de fixação proximal dos fortes músculos da mastigação que se fixam distalmente na mandíbula; logo, grandes forças de tração atravessam a cavidade nasal e as órbitas, situadas entre eles. Assim, partes espessas dos ossos cranianos formam pilares mais fortes ou reforços que conduzem as forças, passando ao largo das órbitas e da cavidade nasal. Os principais são o reforço frontonasal, que se estende da região dos dentes caninos entre as cavidades nasal e orbital até a parte central do frontal, e o reforço arco zigomático – margem orbital lateral, que vai da região dos molares até a parte lateral do frontal e o temporal. Do mesmo modo, reforços occipitais conduzem as forças recebidas lateralmente ao forame magno provenientes da coluna vertebral. REGIÕES DA CABEÇA: A cabeça é dividida em regiões para permitir a comunicação exata acerca da localização das estruturas, lesões ou afecções. Com exceção da região auricular, que compreende a orelha externa, os nomes das regiões neurocranianas da cabeça correspondem aos ossos ou acidentes ósseos subjacentes: regiões frontal, parietal, occipital, temporal e mastóidea. A parte viscerocraniana inclui a região facial, que é dividida em cinco regiões bilaterais e três medianas associadas aos elementos superficiais (regiões oral e da bochecha), passando por estruturas de tecidos moles mais profundas (região parotideomassetérica), até as estruturas ósseas (regiões orbital, infraorbital, nasal, zigomática e mentual) FACE E COURO CABELUDO FACE: A face é a superfície anterior da cabeça, da fronte ao queixo e de uma orelha à outra. O formato básico da face é determinado pelos ossos subjacentes. A face é importante na comunicação. O tamanho relativamente grande dos corpos adiposos da bochecha em lactentes impede seu colapso durante a sucção e produz a aparência bochechuda. Os ossos da face crescem por mais tempo do que os da calvária. O crescimento do etmoide, das cavidades orbitais e das partes superiores das cavidades nasais está quase completo aos 7 anos de idade. A expansão das órbitas e o crescimento do septo nasal deslocam as maxilas em sentido inferoanterior. O crescimento da face é considerável na infância, quando os seios paranasais se desenvolvem e os dentes permanentes irrompem. COURO CABELUDO: O couro cabeludo é formado por pele (normalmente com pelos) e tecido subcutâneo, que cobrem o neurocrânio desde as linhas nucais superiores no occipital até as margens supraorbitais do frontal. Lateralmente, o couro cabeludo estende-se sobre a fáscia temporal até os arcos zigomáticos. O couro cabeludo tem cinco camadas, sendo que as três primeiras são muito próximas e se movem como uma só (p. ex., aoenrugar a fronte e movimentar o couro cabeludo). As cinco camadas são: 1. Pele: fina, exceto na região occipital; contém muitas glândulas sudoríferas e sebáceas, além de folículos pilosos. A irrigação arterial é abundante e há boa drenagem venosa e linfática; ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 9 2. Tecido conectivo: forma a tela subcutânea espessa, densa e ricamente vascularizada, bem suprida por nervos cutâneos; 3. Aponeurose (aponeurose epicrânica): a lâmina tendínea larga e forte que cobre a calvária e é o local de fixação dos ventres musculares que convergem da fronte e do occipúcio (o músculo occipitofrontal) e dos temporais de cada lado (os músculos temporoparietal e auricular superior). Juntas, essas estruturas constituem o epicrânio musculoaponeurótico. O ventre frontal do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo anteriormente, enruga a fronte e eleva os supercílios; o ventre occipital do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo posteriormente, alisando a pele da fronte. O músculo auricular superior (na verdade, uma parte posterior especializada do músculo temporoparietal) eleva a orelha. Todas as partes do epicrânio (músculo e aponeurose) são inervadas pelo nervo facial; 4. Tecido conectivo frouxo: uma camada esponjosa contendo espaços virtuais, que podem ser distendidos por líquido em caso de lesão ou infecção. Essa camada permite o livre movimento do couro cabeludo propriamente dito (as três primeiras camadas — pele, tecido conectivo e aponeurose epicrânica) sobre a calvária 5. Pericrânio: uma camada densa de tecido conectivo que forma o periósteo externo do neurocrânio. Está firmemente fixado, mas pode ser arrancado com facilidade do crânio de pessoas vivas, exceto nos locais onde é contínuo com o tecido fibroso nas suturas do crânio MÚSCULOS DA FACE E DO COURO CABELUDO Os músculos da face (músculos da expressão facial) estão na tela subcutânea da parte anterior e posterior do couro cabeludo, face e pescoço; Todos os músculos da expressão facial desenvolvem-se a partir do mesoderma nos segundos arcos faríngeos. Durante o desenvolvimento embrionário há formação de uma lâmina muscular subcutânea que se estende sobre o pescoço e a face, levando consigo ramos do nervo do arco (o nervo facial, NC VII) para suprir todos os músculos formados a partir do arco; Músculos do Couro Cabeludo, da Fronte e dos Supercílios M. OCCIPITOFRONTAL: é digástrico e plano, os ventres occipital e frontal têm a aponeurose epicrânica, que é um tendão comum aos dois. A aponeurose é uma camada do couro cabeludo, a contração independente do ventre occipital retrai o couro cabeludo e a contração do ventre frontal o protrai. Agindo simultaneamente, o ventre occipital, com fixações ósseas, e o ventre frontal, que não tem fixações ósseas, são sinérgicos; eles elevam os supercílios e produzem rugas transversais na fronte. Músculo Origem Inserção Principal ação Occipitofrontal Ventre frontal Ventre occipital Aponeurose epicrânica Dois terços laterais da linha nucal superior Pele e tela subcutânea dos supercílios e da fronte Aponeurose epicrânica Eleva os supercílios e enruga a pele da fronte; protrai o couro cabeludo (indicando surpresa ou curiosidade) Retrai o couro cabeludo; aumenta a eficácia do ventre frontal ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 10 Orbicular do olho (esfíncter orbital) Margem orbital medial; ligamento palpebral medial; lacrima Pele ao redor da margem da órbita; lâminas tarsais superior e inferior Fecha as pálpebras: a parte palpebral o faz com suavidade; a parte orbital, com firmeza (piscar) Corrugador do supercílio Extremidade medial do arco superciliar Pele superior ao meio da margem supraorbital e arco superciliar Leva o supercílio medial e inferiormente, criando rugas verticais acima do nariz (que exprimem interesse ou preocupação) Prócero mais parte transversa do M. nasal Fáscia aponeurótica que cobre o osso nasal e a cartilagem nasal lateral Pele da fronte inferior, entre os supercílios Abaixa a extremidade medial do supercílio; enruga a pele sobre o dorso do nariz (exprimindo desdém ou aversão) Parte da asa do nariz mais M. levantador do lábio superior e asa do nariz Processo frontal da maxila (margem inferomedial da órbita) Cartilagem alar maior Abaixa a asa lateralmente, dilatando a abertura nasal anterior (i. e., “alargando as narinas”, como durante a raiva ou o esforço) Orbicular da boca (esfíncter oral) Parte medial da maxila e mandíbula; face profunda da pele perioral; ângulo da boca (modíolo) Túnica mucosa dos lábios O tônus fecha a rima da boca; a contração fásica comprime e protrai os lábios (ao beijar) ou resiste à distensão (ao soprar) Levantador do lábio superior Margem infraorbital (maxila) Pele do lábio superior Parte dos Mm. dilatadores da boca; retraem (elevam) e/ou evertem o lábio superior; aprofundam o sulco nasolabial (exprimindo tristeza) Zigomático menor Face anterior, zigomático Pele do lábio superior Parte dos Mm. dilatadores da boca; retraem (elevam) e/ou evertem o lábio superior; aprofundam o sulco nasolabial (exprimindo tristeza) Bucinador (músculo da bochecha) Mandíbula, processos alveolares da maxila e mandíbula, rafe pterigomandibular Ângulo da boca (modíolo); orbicular da boca Pressiona a bochecha contra os dentes molares; atua com a língua para manter o alimento entre as faces oclusais e fora do vestíbulo da boca; resiste à distensão (ao soprar) ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 11 Músculo da Boca, dos Lábios e das Bochechas Vários músculos alteram o formato da boca e dos lábios durante a fala. O formato da boca e dos lábios é controlado por um grupo tridimensional complexo de alças musculares, que incluem: - Músculos elevadores, afastadores e eversores do lábio superior; - Músculos depressores, afastadores e eversores do lábio inferior; - Músculo orbicular da boca, o esfíncter ao redor da boca; Zigomático maior Face lateral do zigomático Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; elevam a comissura labial — bilateralmente para sorrir (felicidade); unilateralmente para zombar (desdém) Levantador do ângulo da boca Maxila infraorbital (fossa canina) Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; alarga a rima da boca, como ao sorrir com os dentes à mostra ou fazer careta Risório Fáscia parotídea e pele da boca (muito variável) Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; abaixa a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação (tristeza) Abaixador do ângulo da boca Base anterolateral da mandíbula Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; abaixa a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação (tristeza) Abaixador do lábio inferior Platisma e parte anterolateral do corpo da mandíbula Pele do lábio inferior Parte dos Mm. dilatadores da boca; retrai (abaixa) e/ou everte o lábio inferior (“fazer beicinho”, tristeza) Mentual Corpo da mandíbula (anterior às raízes dos incisivos inferiores) Pele do queixo (sulco mentolabial) Eleva e protrai o lábio inferior; eleva a pele do queixo (exprimindo dúvida) Platisma Tela subcutânea das regiões infraclavicular e supraclavicular Base da mandíbula; pele da bochecha e do lábio inferior; ângulo da boca (modíolo); orbicular da bocaAbaixa a mandíbula (contra resistência); tensiona a pele da região inferior da face e do pescoço (exprimindo tensão e estresse) ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 12 - Músculo bucinador, na bochecha. O músculo orbicular da boca, o primeiro da série de esfíncteres associados ao sistema digestório, circunda a boca nos lábios, controlando a entrada e a saída através da rima da boca, e é importante durante a articulação (fala). O músculo bucinador é retangular, plano e fino, e se fixa lateralmente aos processos alveolares da maxila e mandíbula, em oposição aos dentes molares, e à rafe pterigomandibular, um espessamento tendíneo da fáscia bucofaríngea que separa e dá origem ao músculo constritor superior da faringe posteriormente. Ele ocupa um plano mais profundo e medial do que os outros músculos da face, passa profundamente pela mandíbula e está mais próximo da túnica mucosa da boca do que da pele da face. Os músculos da expressão facial são esfíncteres e dilatadores superficiais dos orifícios da cabeça. Os músculos faciais, supridos pelo nervo facial (NC VII), estão fixados à pele da face, a qual movimentam, gerando as variadas expressões faciais. Os músculos orbicular da boca (na face labial) e bucinador (na face bucal) atuam juntamente com a língua (na face lingual) para manter o alimento entre as faces oclusais dos dentes durante a mastigação e evitar o acúmulo de alimento no vestíbulo da boca. Lateralmente aos ângulos da boca ou comissuras labiais (as junções dos lábios superiores e inferiores), fibras de até nove músculos da face se entrelaçam ou se fundem em uma formação muito variável e multiplanar denominada modíolo, que é a principal responsável pelas covinhas O músculo platisma é uma lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço. As margens anteriores dos dois músculos cruzam-se sobre o queixo e se fundem aos músculos da face. Agindo a partir de sua fixação superior, o músculo platisma tensiona a pele, produz sulcos cutâneos verticais, conduz grande tensão e libera a pressão sobre as veias superficiais. Atuando a partir de sua fixação inferior, o músculo platisma ajuda a abaixar a mandíbula e abaixa os ângulos da boca. Músculos da abertura da órbita A função das pálpebras é proteger os bulbos do olho contra lesões e luz excessiva. As pálpebras também distribuem as lágrimas e mantêm a córnea úmida. O músculo orbicular do olho fecha as pálpebras e enruga a fronte verticalmente. Suas fibras formam círculos concêntricos em torno da margem orbital e das pálpebras. A contração dessas fibras estreita a rima das pálpebras e auxilia o fluxo de líquido lacrimal por meio do início da união das pálpebras na parte lateral, fechando a rima das pálpebras na direção lateromedial. O músculo orbicular do olho tem três partes: 1. Parte palpebral: originada no ligamento palpebral medial e localizada principalmente nas pálpebras, as quais fecha suavemente (como ao piscar ou dormir) para evitar o ressecamento da córnea 2. Parte profunda: passa posteriormente ao saco lacrimal e movimenta as pálpebras medialmente, auxiliando a drenagem das lágrimas 3. Parte orbital: sobrejacente à margem orbital e fixada ao frontal e à maxila medialmente, fecha as pálpebras com firmeza (como ao piscar com força ou semicerrar os olhos) para proteger os bulbos dos olhos contra a luz e a poeira. A contração das três partes do músculo orbicular do olho fecha os olhos com firmeza. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 13 Músculo do Nariz e das Orelhas Os músculos do nariz sinalizam comportamentos respiratórios. NERVOS DA FACE E DO COURO CABELUDO O nervo trigêmeo (NC V) é o principal responsável pela inervação cutânea (sensitiva) da face e da parte anterossuperior do couro cabeludo; O nervo facial (NC VII) é o responsável pela inervação motora dos músculos faciais. Nervos Cutâneos da Face e do Couro Cabeludo - O nervo trigêmeo (NC V) tem origem na face lateral da ponte do mesencéfalo por meio de raízes motora e sensitiva. Essas raízes são comparáveis às raízes motoras (anteriores) e sensitivas (posteriores) dos nervos espinais. O trigêmeo é o nervo sensitivo da face e o nervo motor dos músculos da mastigação e de vários pequenos músculos. - Os prolongamentos s periféricos dos neurônios do gânglio trigeminal constituem as três divisões do nervo: 1. NERVO OFTÁLMICO: Este nervo é o menor das três divisões do trigêmeo. Tem origem do gânglio trigeminal como um nervo completamente sensitivo e supre a área da proeminência frontonasal embrionária. Entra na órbita pela fissura superior e trifurca-se em nervos frontal, nasociliar e lacrimal. Os ramos do nervo oftálmico chegam a pele da face pela abertura da órbita, exceto o nervo nasal. O nervo frontal é o maior ramo da trifurcação do oftálmico, segue ao longo do teto da órbita em direção à abertura da órbita, bifurcando-se aproximadamente no meio do caminho para formar os nervos cutâneos supraorbital e supratroclear, distribuídos para a fronte e o couro cabeludo O nervo nasociliar é o ramo intermediário da trifurcação, envia ramos pra o bulbo do olho e se divide na órbita em nervos etmoidal posterior, etmoidal anterior e infratroclear. Os nervos etmoidais posterior e anterior deixam a órbita, e este último segue um trajeto tortuoso através das cavidades do crânio e nasal. Seu ramo terminal, o nervo nasal externo, é um nervo cutâneo que supre a parte externa do nariz. O nervo infratroclear é um ramo terminal do nervo nasociliar e seu principal ramo cutâneo O nervo lacrimal é o menor ramo da trifurcação é basicamente um ramo cutâneo, mas também tem algumas fibras secretomotoras, enviadas através de um ramo comunicante, de um gânglio associado ao nervo maxilar para inervação da glândula lacrimal. 2. NERVO MAXILAR É a divisão intermediaria do nervo trigêmeo, também se origina como um nervo completamente sensitivo. Segue anteriormente a partir do gânglio trigeminal e deixa o crânio através do forame redondo na base da asa maior do esfenoide. O nervo maxilar entra na fossa pterigopalatina, onde emite ramos para o gânglio pterigopalatino e continua anteriormente, entrando na órbita através da fissura orbital inferior. Dá origem ao nervo zigomático e segue anteriormente até o sulco e o forame infraorbitais como o nervo infraorbital. O nervo zigomático segue até a parede lateral da órbita originando dois dos três ramos cutâneos do nervo maxilar, os nervos zigomaticotemporal e zigomaticofacial. O zigomaticotemporal emite um ramo comunicante que leva fibras secretomotoras para o nervo lacrimal. No trajeto até a face, o nervo infraorbital dá origem a ramos palatinos, ramos para a túnica mucosa do seio maxilar e ramos para os dentes posteriores. Chega à pele da face através do forame infraorbital na face infraorbital da maxila. Os três ramos cutâneos do nervo maxilar suprem a área de pele derivada das proeminências maxilares embrionárias ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 14 3. NERVO MANDIBULAR O nervo mandibular é a divisão maior e inferior do nervo trigêmeo. É formado pela união de fibras sensitivas do gânglio sensitivo com a raiz motora do nervo trigêmeo no forame oval na asa maior do esfenoide, através do qual o nervo mandibular emerge do crânio. Ele tem três ramos sensitivos que suprem a área da pele derivada da proeminência mandibular embrionária. Também envia fibras motoras para os músculos da mastigação. O nervo mandibular é a única divisão do nervo trigêmeo que tem fibras motoras. Os principais ramos cutâneos dele são os nervos auriculotemporal, bucal e mentual. No trajeto até a pele, o nervo auriculotemporalsegue profundamente à glândula parótida, levando até ela fibras secretomotoras oriundas de um gânglio associado a essa divisão do trigêmeo. NERVO ORIGEM TRAJETO DISTRIBUIÇÃO Supraorbital Maior ramo da bifurcação do N. frontal, aproximadamente no meio do teto da órbita Continua anteriormente ao longo do teto da órbita, emergindo através da incisura ou forame supraorbital; ascende na fronte, dividindo-se em ramos Túnica mucosa do seio frontal; pele e túnica conjuntiva do meio da pálpebra superior; pele e pericrânio da região anterolateral da fronte e couro cabeludo até o vértice (linha interauricular) Supratroclear Menor ramo da bifurcação do N. frontal, aproximadamente no meio do teto da órbita Continua em sentido anteromedial ao longo do teto da órbita, seguindo lateralmente à tróclea e ascendendo na fronte Pele e túnica conjuntiva da face medial da pálpebra superior; pele e pericrânio da região anteromedial da fronte Lacrimal Menor ramo da trifurcação do N. oftálmico , proximal à fissura orbital superior Segue em sentido superolateral através da órbita, recebendo fibras secretomotoras através de um ramo comunicante do nervo zigomaticotemporal Glândula lacrimal (fibras secretomotoras); pequena área de pele e túnica conjuntiva da parte lateral da pálpebra superior Infratroclear Ramo terminal (com o N. etmoidal anterior) do N. nasocilia Acompanha a parede medial da órbita, passando inferiormente à tróclea Pele lateral à raiz do nariz; pele e túnica conjuntiva das pálpebras adjacentes ao canto medial, saco ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 15 lacrimal e carúncula lacrimal Nasal externo Ramo terminal do N. etmoidal anterior Emerge da cavidade nasal passando entre o osso nasal e a cartilagem nasal lateral Pele da asa do nariz, vestíbulo e dorso do nariz, inclusive o ápice Infraorbital Continuação do NC V2 distal à sua entrada na órbita através da fissura orbital inferior Atravessa o sulco infraorbital e o canal no assoalho da órbita, dando origem a ramos alveolares superiores; depois emerge através do forame infraorbital, dividindo-se imediatamente em ramos palpebral inferior, nasais interno e externo, e labial superior Túnica mucosa do seio maxilar; dentes prémolares, caninos e incisivos maxilares; pele e túnica conjuntiva da pálpebra inferior; pele da bochecha, região lateral do nariz e região anteroinferior do septo nasal; pele e túnica mucosa oral do lábio superior Zigomaticofacial Ramo terminal menor (com o N. zigomaticotemporal) do N. zigomático Atravessa o canal zigomaticofacial no zigomático no ângulo inferolateral da órbita Pele na proeminência da bochecha Zigomaticotemporal Ramo terminal maior (com o N. zigomaticofacial) do N. zigomático Envia o ramo comunicante para o N. lacrimal na órbita; depois segue até a fossa temporal através do canal zigomaticotemporal no zigomático Pele sem pelos na parte anterior da fossa temporal Auriculotemporal Na fossa infratemporal através de duas raízes do tronco posterior do NC V3 que circundam a artéria meníngea média Segue em direção posterior, profundamente ao ramo da mandíbula e à parte profunda superior da glândula parótida, emergindo posteriormente à articulação temporomandibular Pele anterior à orelha e dois terços posteriores da região temporal; pele do trago e hélice adjacente da orelha; pele do teto do meato acústico externo; e pele da membrana timpânica superior Bucal Na fossa infratemporal como ramo sensitivo do tronco anterior do NC V3 Passa entre duas partes do M. pterigóideo lateral, emergindo anteriormente do revestimento do ramo da mandíbula e M. Pele e túnica mucosa oral da bochecha (sobrejacente e profundamente à parte anterior do M. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 16 masseter, unindo-se aos ramos bucais do N. facial bucinador); gengiva bucal adjacente ao segundo e ao terceiro molares Mentual Ramo terminal do N. alveolar inferior (NC V3) Emerge do canal mandibular através do forame mentual na face anterolateral do corpo da mandíbula Pele do queixo e pele; túnica mucosa oral do lábio inferior Auricular magno Nn. espinais C2 e C3 através do plexo cervical Ascende verticalmente através do músculo esternocleidomastóideo, posterior à veia jugular externa Pele sobre o ângulo da mandíbula e lobo inferior da orelha; bainha parotídea Occipital menor Nn. espinais C2 e C3 através do plexo cervical Segue a margem posterior do músculo esternocleidomastóideo; depois ascende posteriormente à orelha Couro cabeludo posterior à orelha Occipital maior Como ramo medial do ramo posterior do N. espinal C2 Emerge entre o áxis e o M. oblíquo inferior da cabeça; depois perfura o M. trapézio Couro cabeludo da região occipital Occipital terceiro Como ramo lateral do ramo posterior do N. espinal C3 Perfura o M. trapézio Couro cabeludo das regiões occipital inferior e suboccipital VASCULATURA SUPERFICIAL DA FACE E DO COURO CABELUDO A face é ricamente suprida por artérias superficiais e veias externas, como comprovam o rubor e a palidez. Os ramos terminais de artérias e veias anastomosam-se livremente, o que inclui anastomoses através da linha mediana com seus pares contralaterais Artérias Superficiais da Face e do Couro Cabeludo A maioria das artérias superficiais da face é ramo ou derivada de ramos da artéria carótida externa. As artérias seguem na segunda camada do couro cabeludo, a camada de tecido conectivo subcutâneo entre a pele e a aponeurose epicrânica. As artérias anastomosam-se livremente com artérias adjacentes e, através da linha média, com a artéria contralateral. As paredes arteriais estão firmemente fixadas ao tecido conectivo denso no qual as artérias estão inseridas, o que limita sua capacidade de contração quando seccionadas. Logo, as feridas do couro cabeludo estão associadas a hemorragia abundante ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 17 ARTÉRIA ORIGEM TRAJETO DISTRIBUIÇÃO Facial A. carótida externa Ascende profundamente à glândula submandibular; espirala-se ao redor da margem inferior da mandíbula e entra na face Músculos da expressão facial e face Labial inferior A. facial perto do ângulo da boca Segue medialmente no lábio inferior Lábio inferior Labial superior A. facial perto do ângulo da boca Segue medialmente no lábio superior Lábio superior e asa (lateral) e septo do nariz Nasal lateral A. facial quando ascende ao longo do nariz Segue até a asa do nariz Pele na asa e dorso do nariz Angular Ramo terminal da A. facial Segue até o ângulo medial do olho Parte superior da bochecha e pálpebra inferior Occipital A. carótida externa Segue medial ao ventre posterior do M. digástrico e processo mastoide; acompanha o N. occipital na região occipital Couro cabeludo do dorso da cabeça, até o vértice Auricular posterior A. carótida externa Segue posteriormente, profundamente à glândula parótida, ao longo do processo estiloide, entre o processo mastoide e a orelha Orelha e couro cabeludo posterior à orelha Temporal superficial Ramo terminal menor da A. carótida externa Ascende anteriormente à orelha até a região temporal e termina no couro cabeludo Músculos faciais e pele das regiões frontal e temporal Facialtransversa A. temporal superficial na glândula parótida Atravessa a face superficialmente ao M. masseter e inferiormente ao arco zigomático Glândula parótida e ducto parotídeo, músculos e pele da face ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 18 Mentual Ramo terminal da A. alveolar inferior Emerge do forame mentual e segue até o queixo Músculos faciais e pele do queixo Supraorbital Ramo terminal da A. oftálmica Segue superiormente a partir do forame supraorbital Músculos e pele da fronte e couro cabeludo e túnica conjuntiva superior Supratroclear Ramo terminal da A. oftálmica Segue superiormente a partir da incisura supratroclear Músculos e pele da fronte e couro cabeludo e túnica conjuntiva superior A irrigação arterial provém das artérias carótidas externas por intermédio das artérias occipital, auricular posterior e temporal superficial e das artérias carótidas internas por intermédio das artérias supratroclear e supraorbital. As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue para o neurocrânio, que é suprido basicamente pela artéria meníngea média. Veias da Face e do Couro Cabeludo VEIA ORIGEM TRAJETO TÉRMINO ÁREA DRENADA Supratroclear plexo venoso na fronte e no couro cabeludo, se comunica com o ramo frontal da V. temporal superficial, a veia contralateral e V. supraorbital Desce perto da linha mediana da fronte até a raiz do nariz, onde se une à V. supraorbita V. angular na raiz do nariz Parte anterior do couro cabeludo e da fronte Supraorbital Começa na fronte anastomosando- se com a tributária frontal da V. temporal superficial Segue medialmente superior à órbita; une-se à V. supratroclear; um ramo atravessa a incisura supraorbital e se une à V. oftálmica superior V. angular na raiz do nariz Parte anterior do couro cabeludo e da fronte ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 19 Angular Começa na raiz do nariz pela união das Vv. supratroclear e supraorbital Desce obliquamente ao longo da raiz e face lateral do nariz até a margem orbital inferior Torna-se a V. facial na margem inferior da órbita Parte anterior do couro cabeludo e fronte; pálpebras superior e inferior e túnica conjuntiva; pode receber a drenagem do seio cavernoso Facial Continuação da V. angular além da margem inferior da órbita Desce ao longo da margem lateral do nariz, recebendo as Vv. nasal externa e palpebral inferior; depois segue obliquamente através da face para cruzar a margem inferior da mandíbula; recebe comunicação da V. retromandibular V. jugular interna oposta ou inferior ao nível do hioide Parte anterior do couro cabeludo e fronte; pálpebras; parte externa do nariz; região anterior da bochecha; lábios; queixo; e glândula submandibula Facial profunda Plexo venoso pterigóideo Segue anteriormente sobre a maxila, superiormente ao M. bucinador e profundamente ao M. masseter, emergindo medialmente à margem anterior do M. masseter para a face Entra na face posterior da V. facia Fossa infratemporal (a maioria das áreas supridas pela A. maxilar) ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 20 Temporal superficial Começa a partir do amplo plexo venoso na lateral do couro cabeludo e ao longo do arco zigomático As tributárias frontal e parietal se unem anteriormente à orelha; cruza a raiz temporal do arco zigomático para sair da região temporal e entrar na substância da glândula parótida Une-se à veia maxilar posteriormente ao colo da mandíbula para formar a V. retromandibular Região lateral do couro cabeludo; face superficial do M. temporal; e orelha externa Retromandibular Formada anteriormente à orelha pela união das Vv. temporal superficial e maxilar Segue posterior e profundamente ao ramo da mandíbula através da substância da glândula parótida; comunica-se na extremidade inferior com a veia facial Une-se à V. auricular posterior para formar a V. jugular externa Glândula parótida e M. masseter Drenagem Linfática da Face e do Couro Cabeludo O couro cabeludo não tem linfonodos e, com exceção das regiões parotideomassetérica e da bochecha, a face não tem linfonodos. A linfa do couro cabeludo, da face e do pescoço drena para o anel superficial de linfonodos — submentual, submandibular, parotídeo, mastóideo e occipital — localizado na junção da cabeça e pescoço. Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias, e os linfáticos profundos acompanham as artérias. Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço drenam direta ou indiretamente para os linfonodos cervicais profundos. A linfa desses linfonodos profundos segue até o tronco linfático jugular, que se une ao ducto torácico no lado esquerdo e à VJI ou veia braquiocefálica no lado direito - A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, inclusive das pálpebras, drena para os linfonodos parotídeos superficiais; - A linfa dos linfonodos parotídeos profundos drena para os linfonodos cervicais profundos - A linfa proveniente do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior drena para os linfonodos submandibulares - A linfa proveniente do queixo e da parte central do lábio inferior drena para os linfonodos submentuais. ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 21 MENINGES CRANIANAS As meninges cranianas são membranas de revestimento do encéfalo imediatamente internas ao crânio. Elas protegem o encéfalo, compõem a estrutura de sustentação das artérias, veias e seios venosos e encerram uma cavidade preenchida por líquido, o espaço subaracnóideo, que é fundamental para a função normal do encéfalo. As meninges são formadas por três camadas de tecido conectivo membranáceo: 1) DURA-MÁTER: camada fibrosa externa espessa e resistente; 2) ARACNOIDE-MÁTER: camada fina intermediária; 3) PIA-MÁTER: delicada camada interna vascularizada A aracnoide e pia-máter juntas formam a leptomeninge; A aracnoide é separada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o liquido cefalorraquidiano (LCS) O LCS é produzido pelos plexos corióideos dos quatro ventrículos do encéfalo. Este liquido deixa o sistema ventricular e entra no espaço subaracnóideo entre a aracnoide e a pia-máter, onde protege e nutre o encéfalo. DURA-MÁTER É uma membrana bilaminar, densa e espessa, também conhecida como paquimeninge. Está aderida à lâmina interna da calvária Tem duas camadas: camada periosteal externa que é formada pelo periósteo que cobre a face interna da calvária e a camada meníngea interna, que é uma membrana fibrosa forte e contínua no forame magno com a parte espinal da dura-máter que reveste a medula espinal. A camada periosteal externa adere a face interna do crânio, sua fixação é resistente ao longo das linhas de sutura e na base do crânio. A camada periosteal externa é contínua nos forames cranianos com o periósteo na face externa da calvária. Essa camada externa não é contínua com a dura-máter da medula espinal, que tem apenas uma camada meníngea. Exceto nos locais em que há seios durais e invaginações, a camada interna da meninge está intimamente fundida à camada periosteal, sendo impossível a separação. As camadas externa e interna fundidas da dura-máter sobre a calvária podem ser facilmente arrancadas dos ossos do crânio. Na base do crânio, as duas camadas da dura-máterestão firmemente fixadas e é difícil separá- las dos ossos Invaginações ou reflexões da dura-máter As invaginações de dura-máter dividem a cavidade do crânio em compartimentos, formando divisões parciais (septos durais) entre algumas partes do encéfalo e oferecendo suporte para outras partes. As invaginações da dura-máter são: Foice do cérebro a maior invaginação da dura-máter, está situada na fissura longitudinal do cérebro que separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. A foice do cérebro está fixada no plano mediano à face interna da calvária, a partir da crista frontal do frontal e crista ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 22 etmoidal do etmoide anteriormente até a protuberância occipital interna posteriormente. Termina tornando-se contínua com o tentório do cerebelo. Tentório do cerebelo a segunda maior invaginação da dura-máter, é um septo largo, em formato de meia-lua, que separa os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais do cerebelo. O tentório do cerebelo fixa-se na parte rostral aos processos clinoides do esfenoide, na parte rostrolateral à parte petrosa do temporal, e na parte posterolateral à face interna do occipital e parte do parietal. A foice do cerebelo se fixa ao tentório do cerebelo e o mantém elevado. O tentório do cerebelo divide a cavidade do crânio em compartimentos supratentorial e infratentorial. O compartimento supratentorial é dividido em metades direita e esquerda pela foice do cérebro. A margem anteromedial côncava do tentório do cerebelo é livre, produzindo uma abertura denominada incisura do tentório através da qual o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) estende-se da fossa posterior até a fossa média do crânio Foice do cerebelo é uma invaginação vertical da dura-máter situada inferiormente ao tentório do cerebelo na parte posterior da fossa posterior do crânio. Está fixada à crista occipital interna e separa parcialmente os hemisférios do cerebelo Diafragma da sela a menor invaginação da dura-máter, é uma lâmina circular de dura, que fica suspensa entre os processos clinoides, formando um teto parcial sobre a fossa hipofisial no esfenoide. O diafragma da sela cobre a hipófise nessa fossa e tem uma abertura para a passagem do infundíbulo e das veias hipofisiais. Seios venosos da dura-máter Os seios venosos da dura-máter são espaços revestidos por endotélio entre as lâminas periosteal e meníngea da dura. Formam-se nos locais onde os septos durais se fixam ao longo da margem livre da foice do cérebro e em relação às formações do assoalho do crânio. Grandes veias da superfície do encéfalo drenam para esses seios e a maior parte do sangue do encéfalo drena finalmente através deles para as VJI. O seio sagital superior situa-se na margem fixada convexa da foice do cérebro Confluência dos seios = local de união dos seios sagital superior, reto, occipital e transverso. O seio sagital superior recebe as veias cerebrais superiores e comunica-se de cada lado, através de aberturas semelhantes a fendas, com as lacunas venosas laterais, expansões laterais do seio sagital superior. As granulações aracnóideas são prolongamentos em tufo da aracnoide-máter que se salientam através da lâmina meníngea da dura-máter para os seios venosos durais, principalmente as lacunas laterais, e afetam a transferência de LCS para o sistema venoso Os corpos de Pacchioni são formados quando as granulações aracnoideas estão altas e pode causar erosão do osso formando foveolas granulares na calvaria. O seio sagital inferior é muito menor do que o seio sagital superior. Segue na margem livre côncava inferior da foice do cérebro e termina no seio reto O seio reto é formado pela união do seio sagital inferior com a veia cerebral magna. Segue em sentido inferoposterior ao longo da linha de fixação da foice do cérebro até o tentório do cerebelo, onde se une à confluência dos seios. Os seios transversos seguem lateralmente a partir da confluência dos seios, formando um sulco nos occipitais e nos ângulos posteroinferiores dos parietais. Os seios transversos seguem ao longo das margens do tentório do cerebelo fixadas posterolateralmente e, depois, tornam-se os seios ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 23 sigmóideos à medida que se aproximam da face posterior das partes petrosas dos temporais. O sangue recebido pela confluência dos seios é drenado pelos seios transversos, mas raramente de forma igual. Em geral, o seio esquerdo é maior. Os seios sigmóideos seguem trajetos em forma de S na fossa posterior do crânio, formando sulcos profundos no temporal e no occipital. Cada seio sigmóideo segue anteriormente e depois continua inferiormente como a VJI após atravessar o forame jugular O seio occipital situa-se na margem fixada da foice do cerebelo e termina superiormente na confluência dos seios. O seio occipital comunica-se inferiormente com o plexo venoso vertebral interno O seio cavernoso, um grande plexo venoso, está localizado de cada lado da sela turca, sobre a face superior do corpo do esfenoide, que contém o seio esfenoidal. Os seios cavernosos drenam em sentido posteroinferior através dos seios petrosos superior e inferior e veias emissárias para os plexos basilar e pterigoideo. Em cada seio cavernoso estão a artéria carótida interna e o nervo abducente. Os seios petrosos superiores iniciam-se nas extremidades posteriores das veias que formam o seio cavernoso e seguem até os seios transversos no local onde esses seios curvam-se inferiormente para formar os seios sigmóideos. Cada seio petroso superior está situado na margem anterolateral fixa do tentório do cerebelo, que se fixa à margem superior da parte petrosa do temporal. Os seios petrosos inferiores também começam na extremidade posterior do seio cavernoso inferiormente. Cada seio petroso inferior segue em um sulco entre a parte petrosa do temporal e a parte basilar do occipital . Os seios petrosos inferiores drenam o seio cavernoso diretamente para a transição do seio sigmóideo para a VJI no forame jugular. O plexo basilar une os seios petrosos inferiores e comunica-se inferiormente com o plexo venoso vertebral interno. As veias emissárias unem os seios venosos durais às veias fora do crânio. Embora não tenham válvulas e o sangue possa fluir nas duas direções, o fluxo geralmente se faz na direção oposta ao encéfalo. O tamanho e o número de veias emissárias variam; muitas veias pequenas não têm nome. As crianças e alguns adultos têm uma veia emissária frontal. Atravessa o forame cego do crânio, unindo o seio sagital superior às veias do seio frontal e cavidades nasais. Uma veia emissária parietal, que pode ser bilateral, atravessa o forame parietal na calvária, unindo o seio sagital superiormente às veias externas a ele, sobretudo aquelas no couro cabeludo. A veia emissária mastóidea atravessa o forame mastóideo e une cada seio sigmóideo à veia occipital ou auricular posterior. Também pode haver uma veia emissária condilar posterior, que atravessa o canal condilar, unindo o seio sigmóideo ao plexo venoso suboccipital. Vasculatura da dura-máter As artérias da dura-máter fornecem mais sangue para a calvária do que para a dura-máter. O maior desses vasos, a artéria meníngea média, é um ramo da artéria maxilar. Entra no assoalho da fossa média do crânio através do forame espinhoso, segue lateralmente na fossa, e vira-se em sentido superoanterior sobre a asa maior do esfenoide, onde se divide em ramos anterior e posterior. O ramo frontal da artéria meníngea média segue superiormente até o ptério e depois se curva posteriormente para ascender em direção ao vértice do crânio. O ramo parietal da artéria meníngea média segue em sentido posterossuperiore ramifica-se (divide-se em ramos de distribuição) sobre a face posterior do crânio. Pequenas áreas de dura-máter são supridas por outras artérias: ramos meníngeos das artérias oftálmicas, ramos das artérias occipitais e pequenos ramos das artérias ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 24 vertebrais. As veias da dura-máter acompanham as artérias meníngeas, amiúde em pares. As veias meníngeas médias acompanham a artéria meníngea média, deixam a cavidade do crânio através do forame espinhoso ou forame oval e drenam para o plexo venoso pterigoideo. Inervação da dura-máter A dura-máter dos assoalhos das fossas anterior e média do crânio e do teto da fossa posterior do crânio é inervada por ramos meníngeos que se originam direta ou indiretamente do nervo trigêmeo. A trifurcação do nervo trigêmeo contribui com ramos meníngeos. Os ramos meníngeos anteriores dos nervos etmoidais e os ramos meníngeos dos nervos maxilar e mandibular suprem a dura-máter da fossa anterior do crânio. As fibras de dor são mais numerosas nos locais onde artérias e veias seguem na dura-máter. A dor originada na dura-máter geralmente é referida, percebida como cefaleia originada nas regiões cutânea ou mucosa supridas pelo nervo cervical ou pela divisão do nervo trigêmeo envolvido ARACNOIDE E PIA-MÁTER A aracnoide-máter craniana contém fibroblastos, fibras de colágeno e algumas fibras elásticas. Embora fina, a espessura da aracnoide-máter é suficiente para que seja manipulada com pinça. A aracnoide-máter avascular, embora esteja intimamente aplicada à lâmina meníngea da dura-máter, não está fixada à dura-máter; é mantida contra a face interna da dura-máter pela pressão do LCS no espaço subaracnóideo. A pia-máter craniana é membrana ainda mais fina do que a aracnoide-máter; é muito vascularizada por uma rede de finos vasos sanguíneos. É difícil ver a pia-máter, mas ela confere uma aparência brilhante à superfície do encéfalo. A pia adere à superfície do encéfalo e segue todos os seus contornos. Quando as artérias cerebrais penetram no córtex cerebral, a piamáter as segue por uma curta distância, formando um revestimento pial e um espaço periarterial ESPAÇOS MENÍNGEOS Dos três “espaços” meníngeos comumente citados em relação às meninges cranianas, apenas um existe como espaço na ausência de doença. A interface dura-máter-crânio (“espaço” extradural ou epidural) não é um espaço natural entre o crânio e a lâmina periosteal externa da dura-máter porque a dura está fixada aos ossos. Só se torna um espaço extradural em caso de afecção — por exemplo, quando o sangue proveniente da ruptura de vasos meníngeos afasta o periósteo do crânio. O espaço extradural cranial potencial ou patológico não é contínuo com o espaço extradural espinal (um espaço natural ocupado por gordura peridural e um plexo venoso), porque o primeiro situa-se externamente ao periósteo que reveste o crânio, e o segundo situa-se internamente ao periósteo que reveste as vértebras separa as duas camadas das leptomeninges, a aracnoide e a pia. A pressão no LCS mantém a aracnoide aposta à camada meníngea de dura-máter, e na região do seio sagital superior e lacunas venosas adjacentes as granulações aracnóideas projetam-se através da dura-máter para o seio venoso da dura-máter cheio de sangue; Do mesmo modo, a interface ou junção da dura-máter com a aracnoide-máter (“espaço subdural”) não é um espaço natural entre a dura-máter e a aracnoide-máter. Um espaço pode surgir na camada de células da margem dural em virtude de traumatismo, como um golpe forte na cabeça; ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 25 O espaço subaracnóideo, entre a aracnoide-máter e a pia-máter, é um espaço real que contém LCS, células trabeculares, artérias e veias ENCÉFALO PARTES DO ENCÉFALO O encéfalo é formado pelo telencéfalo (cérebro), cerebelo e tronco encefálico; O telencéfalo ou cérebro inclui os hemisférios cerebrais e os núcleos da base. Os hemisférios cerebrais, separados pela foice do cérebro na fissura longitudinal do cérebro, são as características dominantes do encéfalo; O sulco central separa os lobos frontais (anteriormente) dos lobos parietais (posteriormente). Em vista lateral, esses lobos situam-se superiormente ao sulco lateral transverso e ao lobo temporal inferior a ele; Os lobos occipitais posicionados posteriormente são separados dos lobos parietal e temporal pelo plano do sulco parietoccipital, visível na face medial do cérebro em uma hemissecção do encéfalo; O diencéfalo é formado pelo epitálamo, pelo tálamo e pelo hipotálamo e forma o núcleo central do encéfalo; O mesencéfalo, a parte anterior do tronco encefálico, situa-se na junção das fossas média e posterior do crânio. Os NC III e IV estão associados ao mesencéfalo; A ponte é a parte do tronco encefálico situada entre o mesencéfalo rostralmente e o bulbo caudalmente; situa-se na parte anterior da fossa posterior do crânio. O NC V está associado à ponte; O bulbo (medula oblonga) é a subdivisão mais caudal do tronco encefálico, contínua com a medula espinal; situa-se na fossa posterior do crânio. Os NC IX, X e XII estão associados ao bulbo, ao passo que os NC VI–VIII estão associados à junção da ponte e do bulbo; O cerebelo é a grande massa encefálica situada posteriormente à ponte e ao bulbo e inferiormente à parte posterior do cérebro. Situa-se sob o tentório do cerebelo na fossa posterior do crânio. Consiste em dois hemisférios laterais unidos por uma parte intermediária estreita, o verme do cerebelo. SISTEMA VENTRICULAR DO ENCÉFALO O sistema ventricular do encéfalo consiste em dois ventrículos laterais e os terceiro e quarto ventrículos medianos unidos pelo aqueduto do mesencéfalo; O LCS, secretado principalmente pelos plexos corióideos dos ventrículos, preenche essas cavidades encefálicas e o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula espinal Ventrículos do encéfalo Os ventrículos laterais, o primeiro e o segundo ventrículos, são as maiores cavidades do sistema ventricular e ocupam grandes áreas dos hemisférios cerebrais. Cada ventrículo lateral abre-se, através de um forame interventricular, para o terceiro ventrículo; ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 26 O terceiro ventrículo, uma cavidade em forma de fenda entre as metades direita e esquerda do diencéfalo, é contínuo em sentido posteroinferior com o aqueduto do mesencéfalo, que une o terceiro e o quarto ventrículos; O quarto ventrículo, piramidal, na parte posterior da ponte e bulbo, estende-se em sentido inferoposterior. Inferiormente, afila-se até formar um canal estreito que continua até a região cervical da medula espinal como o canal central; O LCS drena do quarto ventrículo para o espaço subaracnóideo através de uma abertura mediana única e um par de aberturas laterais. Essas aberturas são os únicos meios pelos quais o LCS entra no espaço subaracnóideo. Em caso de obstrução, o LCS se acumula e os ventrículos se distendem, comprimindo os hemisférios cerebrais. Cisternas Subaracnóideas Em algumas áreas na base do encéfalo, a aracnoide e a pia estão bem separadas pelas cisternas subaracnóideas que contêm LCS, e estruturas dos tecidos moles que “ancoram” o encéfalo, como as trabéculas aracnóideas, a rede vascular e, em alguns casos, as raízes dos nervos cranianos. As principais cisternas subaracnóideas intracranianas são: Cisterna cerebelobulbar: a maior das cisternas subaracnóideas, localizada entre o cerebelo e o bulbo; recebe LCS das aberturas do quarto ventrículo. É dividida em cisterna cerebelobulbar posterior e cisterna cerebelobulbar lateral Cisterna pontocerebelar: um amplo espaço ventralà ponte, contínuo inferiormente com o espaço subaracnóideo espinal Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular entre os pedúnculos cerebrais do mesencéfalo Cisterna quiasmática: inferior e anterior ao quiasma óptico, o ponto de cruzamento ou decussação das fibras dos nervos ópticos Cisterna colicular: localizada entre a parte posterior do corpo caloso e a face superior do cerebelo; contém partes da veia cerebral magna Cisterna circundante: localizada na face lateral do mesencéfalo e contínua posteriormente com a cisterna colicular. Secreção de liquido cerebroespinal O líquido cerebrospinal (LCS) é secretado (400 a 500 m l/dia) principalmente por células epiteliais coroidais (células ependimárias modificadas) dos plexos corióideos nos ventrículos laterais e no terceiro e no quarto ventrículos. Os plexos corióideos consistem em franjas vasculares de pia-máter (tela corióidea) cobertas por células epiteliais cúbicas. Invaginam-se para os tetos do terceiro e do quatro ventrículos e nos assoalhos dos corpos e cornos inferiores dos ventrículos laterais. Circulação de liquido cerebroespinal O LCS deixa os ventrículos laterais através dos forames interventriculares e entra no terceiro ventrículo. A partir daí, o LCS atravessa o aqueduto do mesencéfalo para o quarto ventrículo. Parte do LCS deixa esse ventrículo através de suas aberturas mediana e lateral e entra no espaço subaracnóideo, que é contínuo ao redor da medula espinal e na região posterossuperior sobre o cerebelo. Entretanto, a maior parte do LCS flui para as cisternas interpeduncular e colicular. O LCS das várias cisternas subaracnóideas flui superiormente pelos sulcos e fissuras nas faces medial e superolateral dos hemisférios cerebrais. O LCS também penetra nas extensões do espaço ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 27 subaracnóideo ao redor dos nervos cranianos, sendo as mais importantes aquelas que circundam os nervos ópticos. Absorção de liquido cerebroespinal Os principais locais de absorção de LCS para o sistema venoso são as granulações aracnóideas, principalmente aquelas que se projetam para o seio sagital superior e suas lacunas laterais. O espaço subaracnóideo contendo LCS estende-se para os centros das granulações aracnóideas. O LCS entra no sistema venoso por duas vias: 1) a maior parte do LCS entra no sistema venoso por transporte através das células das granulações aracnóideas para os seios venosos da dura-máter; 2) parte do LCS desloca-se entre as células que formam as granulações aracnóideas Funções do liquido cerebroespinal LCS protege o encéfalo, proporcionando um amortecimento contra golpes na cabeça; O LCS no espaço subaracnóideo permite que o encéfalo flutue, o que impede que seu peso comprima as raízes dos nervos cranianos e os vasos sanguíneos contra a face interna do crânio. Como o encéfalo é um pouco mais pesado do que o LCS, os giros na face basal do encéfalo ficam em contato com as fossas cranianas no assoalho da cavidade do crânio na posição ereta; Na posição ortostática, o LCS está nas cisternas subaracnóideas e sulcos nas partes superior e lateral do encéfalo; portanto, o LCS e a dura-máter normalmente separam a parte superior do encéfalo da calvária; IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO A vascularização encefálica provém das artérias carótida interna e vertebral, cujos ramos terminais estão situados no espaço subaracnóideo. A drenagem venosa encefálica ocorre pelas veias cerebrais e cerebelares que drenam para os seios venosos durais adjacentes; Artérias carótidas internas As artérias carótidas internas originam-se no pescoço a partir das artérias carótidas comuns; Cada artéria carótida interna entra na cavidade do crânio através do canal carótico na parte petrosa do temporal; As artérias carótidas internas seguem anteriormente através dos seios cavernosos, com os nervos abducentes e muito próximas dos nervos oculomotor e troclear, passando no sulco carótico na lateral do corpo do esfenoide; Os ramos terminais das artérias carótidas internas são as artérias cerebrais anterior e média; Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos costumam ser chamados de circulação anterior do encéfalo. As artérias cerebrais anteriores são unidas pela artéria comunicante anterior. Perto de seu término, as artérias carótidas internas são unidas às artérias cerebrais posteriores pelas artérias comunicantes posteriores, completando o círculo arterial do cérebro ao redor da fossa interpeduncular, a depressão profunda na face inferior do mesencéfalo entre os pedúnculos cerebrais ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 28 Artérias vertebrais As artérias vertebrais originam-se na raiz do pescoço como os primeiros ramos da primeira parte das artérias subclávias; As duas artérias vertebrais geralmente têm tamanhos diferentes, sendo a esquerda maior do que a direita; As partes transversárias das artérias vertebrais ascendem através dos forames transversários das seis primeiras vértebras cervicais As partes atlânticas das artérias vertebrais (partes relacionadas com o atlas, vértebra C I) perfuram a dura-máter e a aracnoide-máter e atravessam o forame magno; As partes intracranianas das artérias vertebrais unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar; A artéria basilar, ascende até o clivo, a face inclinada do dorso da sela até o forame magno, através da cisterna pontocerebelar até a margem superior da ponte. Termina dividindo-se em duas artérias cerebrais posteriores Artérias Cerebrais Além de enviar ramos para as partes mais profundas do encéfalo, os ramos corticais de cada artéria cerebral irrigam uma superfície e um polo do cérebro Os ramos corticais da: Artéria cerebral anterior irrigam a maior parte das faces medial e superior do encéfalo e o polo frontal Artéria cerebral média irrigam a face lateral do encéfalo e o polo temporal Artéria cerebral posterior irrigam a face inferior do encéfalo e o polo occipital Círculo arterial do cérebro O círculo arterial do cérebro (de Willis) é um arranjo quase pentagonal de vasos na face anterior do encéfalo. É uma anastomose importante na base do encéfalo entre as quatro artérias (duas artérias vertebrais e duas artérias carótidas internas) que irrigam o encéfalo O círculo arterial é formado sequencialmente no sentido anteroposterior pela(s): Artéria comunicante anterior Artérias cerebrais anteriores Artérias carótidas internas Artérias comunicantes posteriores Artérias cerebrais posteriores. DRENAGEM VENOSA DO ENCÉFALO ARTÉRIA ORIGEM DISTRIBUIÇÃO Carótida interna A. carótida comum na margem superior da cartilagem tireóidea Emite ramos para as paredes do seio cavernoso, hipófise e gânglio trigeminal; responsável pela vascularização primária do encéfalo ANATOMIA II ANA CAROLINI VENTURIM, BÁRBARA LÉO E PALOMA MAMERI – MED006 29 Cerebral anterior A. carótida interna Hemisférios cerebrais, exceto para os lobos occipitais Comunicante anterior A. cerebral anterior Círculo arterial do cérebro (de Willis) Cerebral média Continuação da A. carótida interna distal à artéria cerebral anterior Maior parte da face lateral dos hemisférios cerebrais Vertebral A. subclávia Meninges cranianas e cerebelo Basilar Formada pela união de Aa. vertebrais Tronco encefálico, cerebelo e cérebro Cerebral posterior Ramo terminal da A. basilar Face inferior do hemisfério cerebral e lobo occipital Comunicante posterior A. cerebral posterior Trato óptico, pedúnculo cerebral, cápsula interna e tálamo REGIÕES PAROTIDEOMASSETÉRICA E TEMPORAL, FOSSA INFRATEMPORAL