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CASOS CONCRETOS 1 a 6

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CASO CONCRETO 1 
 
1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente 
publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o 
julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o 
julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do 
julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia 
posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel? 
Assiste razão ao advogado de Manoel. Segundo inteligência do art. 935 do CPC/2015 o prazo 
mínimo entre a publicação da pauta e a sessão de julgamento deve ser de 5 dias, sendo vedada 
ao órgão fracionário transferir para sessão seguinte quando esta ocorrer antes do prazo 
mencionado. 
Questões objetivas: 
2) Incumbe ao relator, exceto: 
a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal. 
b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, 
quando for o caso, homologar autocomposição das partes. 
d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado 
em sede de primeiro grau de jurisdição. 
 
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o 
Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: 
 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de 
infringentes; 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo 
Tribunal Federal; 
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do 
recurso; 
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. 
 
CASO CONCRETO 2 
1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter 
a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi 
acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do 
imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter 
a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O 
recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, 
apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo 
relator. Diante do caso indaga-se: 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
O pedido de reconsideração não possui natureza recursal, considerando o rol taxativo do art. 
994 do CPC/2015. No entanto, a doutrina trata o pedido de reconsideração com sucedâneo 
recursal. 
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
A fungibilidade recursal somente poderá ser aplicada quando ocorrer, conforme entendimento 
do STJ, dúvida objetiva acerca da interposição do recurso. No caso concreto, o recorrente 
apresentou pedido de reconsideração no prazo de 10 dias, o que configura erro grosseiro, pois 
o prazo para os embargos de declaração é de 05 dias. Desta forma, o relator não aplicará a 
fungibilidade recursal (art. 188 c/c art. 932,§único do CPC/2015) devido à ocorrência de erro 
grosseiro. 
 
Questões objetivas: 
2) São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de 
Justiça/SP-2006): 
 
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do 
reformatio in peius. 
b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a singularidade, a fungibilidade e 
a proibição do reformatio in peius. 
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a 
garantia do reformatio in peius. 
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a 
infungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a 
proibição do reformatio in peius. 
 
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB 
Nacional – 2009/1). 
 
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a 
interposição de recurso adesivo pela outra parte. 
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a 
desistir do recurso. 
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte. 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido. 
 
CASO CONCRETO 3 
Questão discursiva: 
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida 
Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter 
reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de 
pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a 
associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi 
prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: 
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
A atuação do amicus curiae foi redimensionada no CPC/2015, possibilitando seu ingresso nos 
processos judiciais com ampla repercussão social, econômica e política. Em conformidade com 
o art. 138 da Lei nº 13.105/2015, o amigo da Corte poderá ter seu ingresso solicitado de ofício 
pelo juiz ou através de requerimento. Importante ressaltar que o ingresso do amicus curiae não 
altera a competência tampouco é permitido a interposição de recursos, salvo contra decisão 
que julgar incidente de resolução de demandas repetitivas. Com efeito, o amicus curiae poderá 
contribuir com argumentos, em favor ou contra, a pretensão veiculada pelo autor, consistindo-
se em verdadeiro instrumento de democratização do debate judicial, nos mesmos moldes da 
cultura jurídica norte-americana onde o instituto foi criado. 
 
Questões objetivas: 
2) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso 
em geral (Promotor de Justiça/ MG – 2005): 
 
a) cabimento. 
b) legitimação para recorrer. 
c) interesse para recorrer. 
d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. 
 
3) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz de Direito – SC 
– 2009): 
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação; 
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; 
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo 
imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de 
decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação; 
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do recurso; 
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas 
quando resultar contradição 
 
CASO CONCRETO 4 
 
Questão discursiva: 
1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de 
obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a 
construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a 
desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a 
instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, 
devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentençao autor interpôs recurso 
de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da 
personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso 
indaga-se: 
A) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
R: A apelação não foi formulada adequadamente considerando que contra a decisão que rejeita 
o incidente de desconsideração da personalidade jurídica cabe agravo de instrumento (art. 
1.015 do CPC). Importante ressaltar que as decisões interlocutórias impugnáveis mediante 
apelação são aquelas não contempladas pelo rol exaustivo do art. 1.015, razão pela qual o 
pedido de reforma concernente ao indeferimento da desconsideração da personalidade jurídica 
deve ser inadmitido. 
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
R: No sistema recursal do CPC o juízo de admissibilidade será feito diretamente pelo juízo ad 
quem, conforme dispõe o art. 1.010,§3º 
Questões objetivas: 
2) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto conta 
sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – RO – 2006): 
 
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova; 
b) condenatória de prestação alimentícia; 
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário; 
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código de 
Defesa do Consumidor; e) não confirmando os efeitos da tutela. 
 
3) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes 
hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do TJ/RJ) : 
 
a) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada 
ou cautelar. 
b) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo. 
c) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento 
da inicial. 
d) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou sumário, 
cautelar ou execução 
 
CASO CONCRETO 5 
 
1)Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a 
reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por 
abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, 
não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi 
inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. 
Agiu adequadamente o Relator? 
Não. O art. 1.015 do CPC trata de algumas hipóteses em o recurso de agravo de instrumento 
será interposto contra sentenças parciais, decisões de mérito e sentenças de extinção do 
processo em relação a um dos litisconsortes como na hipótese do caso concreto. Sugere-se que 
o docente aborde em profundidade a extensão do recurso de agravo de instrumento que não 
se limita às decisões interlocutórias 
Questões objetivas: 
2) Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá (MPE-SP - 2011 - MPE-SP - Promotor 
de Justiça): 
 
a) embargos do devedor, seguro o juízo. 
b) recurso de apelação. c) recurso especial. 
d) objeção de pré-executividade. 
e) recurso de agravo de instrumento. 
 
3) Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória 
contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente 
apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim 
sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de 
interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de 
reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no processo. 
A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o instrumento 
do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos autos do 
processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, 
assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado 
pelo agravado. Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da 
consequência processual decorrente ( FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - 
Primeira Fase). 
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade do 
agravante. 
b) Não será admitido o agravo de instrumento. 
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do 
juízo de retratação pelo magistrado. 
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual 
manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem 
resolução do mérito 
 
CASO CONCRETO 6 
 
Questão discursiva: 
1) Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora 
Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de 
instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré 
opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no 
julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que 
julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O 
recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 
da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
O CPC alinhou a sistemática dos embargos de declaração regida pela Lei nº 9.099/95 com a regra 
geral dos embargos de declaração. Neste sentido, os embargos de declaração interrompem o 
prazo para os demais recursos tanto no CPC como no microssistema processual dos juizados 
especiais cíveis, conforme dispõe o art. 1.065 do CPC. 
 
Questões objetivas: 
2) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – 
Prova 1 – Concurso 2014): 
 
a) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial. 
b) devem ser interpostos no prazo de cinco dias. 
c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes. d) podem 
dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente 
protelatórios. 
e) não estão sujeitos a preparo. 
 
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua 
competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão? 
 
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional. 
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. 
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. 
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão. 
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. o art. 1.027, II, do 
CPC, o STJ é competente para apreciar recurso ordinário interpostos contra decisões proferidas 
em Mandados de Segurança, independente do conteúdo, pelos Tribunais Regionais Federais e 
Tribunais de Justiça

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